Odisseia Poética com a Ética da Tormenta

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Osvaldo Sousa

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Odisseia Poética com a Ética da Tormenta

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w ev ie FICHA TÉCNICA

EDIÇÃO: Osvaldo

Sousa TÍTULO: Odisseia Poética com a Ética da Tormenta AUTOR: Osvaldo Sousa REVISÃO, CAPA E PAGINAÇÃO: Paulo

Silva Resende

1.ª EDIÇÃO

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LISBOA, 2011

IMPRESSÃO E ACABAMENTO: Publidisa ISBN: 978-989-97288-0-6

DEPÓSITO LEGAL: 325726/11

© OSVALDO SOUSA

PUBLICAÇÃO E COMERCIALIZAÇÃO

Sítio do Livro, Lda. Lg. Machado de Assis, lote 2, porta C — 1700-116 Lisboa www.sitiodolivro.pt


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disseia Poetica com a Etica da Tormenta

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Osvaldo Sousa


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Odisseia Poética com a Ética da Tormenta

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A nossa amizade e as nossas diferencas

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s nossas diferenças são...

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nossa amizade é...

Todo o gesto sem preço que faz rir Uma mão na hora de dor que lembra o amor Aquele soprar de valor que não é mais do que calor humano Que até passa o sentir do ferir

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Pequenos desentendimentos que nos levam a pensar que somos o que não somos, maiores que os outros; a falta de compreensão e a ausência de respeito pela vontade de outro; o não apreciar o que de bom existe, o não reconhecimento pelo mérito que sempre pertenceu ao outro e que nos beneficia; as nossas diferenças são o que pensamos sem a verdadeira noção! POEMA DE:

Osvaldo De Sousa e Ondina Tavares

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Sou como o pássaro que alto voa, voa estilhando as suas asas como único tesouro, voa desafiando a esfera e a gravidade que o sustém, voa despenando a solidão, desejando o infinito, lagrimando o amor Só voa, voa triste bajulando a imensidão da criação que Jaz como a sua infortuna vida

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Osvaldo Sousa

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A

solidão do amor

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rendeste o Amor

Às vezes penso que sofro sozinho, porque gira em torno de mim uma imensidão de dúvidas, são dúvidas que delas tento fazer razões para a persistência, não sei se bem faço quando o que me devia mover era o amor, mas esse já o fizeram refém mesmo antes de o mundo o julgar! POEMA

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Os desabafos de uma vida


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senti a necessidade de aclamar com os dons das minhas simples palavras as dores e as ardências de uma vida tida como vivida, nas ilusões de mim como ser. As minhas enormes chamas de sentimentos foram cobertas pela mansidão da supremacia que cobria as emoções da minha triste vida, que no eu reflectia quando te via, jamais deras conta porque eras mas eu, embriagados nas constâncias de sorrisos cómicos disfarçávamos o inédito que nos unia.

Odisseia Poética com a Ética da Tormenta

N

os oceanos que me firmam

Até que os meus oceanos vibres se tornaram de tanto ires e vires como reentrâncias e saliências, pois os motivos eram tão somente este nobre e doce sentimento que jaz, vingo nessas divas letras que dão sentido aos meus dons!

ESTE É UM POEMA QUE DEDICO A TODOS OS AMANTES

DA PAIXÃO, POIS A POESIA REFLECTE O ROMANTISMO...

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DA MINHA SIMPLES IMAGINAÇÃO:

Osvaldo de Sousa

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O coração palpita a mente tonteia... De que tanto padeço eu? Sonhos tornaram-se desejo de uma realidade confusa, Ausência dominada pela solidão no leito da paixão, Se ao menos pudesse confessar este ardor sem flor como sedução, quem sabe não darias amor como resposta no valor de tanta rodeia...

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Osvaldo Sousa

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D

estreza da Solidão

DE::

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PARA:


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O que sou? Sou vida, algo que te dá sentido como ser, transparência de uma sabedoria feita a rigor, sou vida, Reconhecida pela maioria, valorizada por minoria,

Odisseia Poética com a Ética da Tormenta

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ida um Dom igual ao teu Sorriso

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Sou o que sou, vida diadema de todos os sorrisos da criação.

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Osvaldo de Sousa Estas linhas, às quais me capricho, são para ti, podes considerá-las exclusivas.

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Osvaldo Sousa

TEXTO DE:

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Sou escravo da poesia porque Ela me liberta através das palavras E uso-as para jubilar o sorriso, a simpatia de ti, como ser que és; “...” Agindo no domínio dela, deixo neste simples papel as minhas nobres frases de carinho, para que quando o acaso nos distancie tenhas nelas o rosto do que vivemos, seja no passado, presente ou futuro, desde que eu esteja uns minutos ou eternamente longe de ti!!!

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Sei que as palavras são como excesso para ti e que lê-las desromantiza aquilo que podia ser prático, mas estas palavras que agora registo como teu poeta, têm o dever de ser teu refúgio, tuas madrinhas, e te consolarão para seres na presença do mundo o ser que és.


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os espinhos e os abrolhos abriram-se e deles saíram os gemidos em forma de luz a vestimenta de uma só cor no dia da mãe África

Odisseia Poética com a Ética da Tormenta

O

s Íris da mãe África!

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DEDICO ESTE POEMA AOS AFRICANOS QUE POR MOTIVOS DIVERSOS LUTAM FORA DA SUA PÁTRIA ÁFRICA DA MINHA SIMPLES AUTORIA:

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Osvaldo de Sousa

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A imaginação Certa!!!

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Osvaldo Sousa

Se eu pudesse ser o que não sou, Serias o que não és, Se o que eu desejo pudesse ser o que eu Quero, Serias o que eu não tenho. Se o que é será, Então serás o que eu sempre quis

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A

ngola Liberta!

DE::

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PARA:


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Sou como as flores que florescem com o sol da primavera… Deixo-me ser porque o clima me faz êxodo para os meus sentimentos, assim como depois de uma época elas apagam, assim também me murcho quando me esfrias com o teu adeus de partida...

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Odisseia Poética com a Ética da Tormenta

A

verdade de um só dia

or detrás do Amor

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Ter amor é compreender os motivos e os porquês, Não ter amor é usá-lo como desculpa para as consequências, Ter amor é louvar os maus e os bons momentos, Não ter amor é ser ingénuo com a vida, e seus coloridos e doloridos...

DE::

PARA:

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Angola que um dia esse patriota profetizou, Havemos de nos encontrar Nos gemidos que o mundo ouviu,

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Osvaldo Sousa

Nas lágrimas que borbulhastes, E que delas se fizeram oceanos, E que nelas gentes confiaram.

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E

s-me aqui, És-me Angola,

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És-nos hoje porque delas se fizeram Íris, E que juntos louvamos com a voz de Agostinho Neto Que um dia disse: “havemos de nos encontrar”, E que delas o criador fez profecias memoráveis!!!


Pr

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Quando partiste, fiquei em solidão Quando partiste, as minhas lágrimas Pareciam gotas de orvalho Quando partiste, o meu coração não mais bateu Quando partiste, refugiei-me na minha tristeza Quando partiste, o meu caminho não teve fim Quando partist,e as nuvens abriram-se e o infinito levou-te Quando partiste, vi o anjo que te protege dizer que a tua Partida era mera profecia de factos que havias de cumprir na condição de nómada Quando partiste, tive uma visão que me revelou a tua vinda Quando partiste, tudo terminou porque havia de recomeçar quando viesses!!!

Odisseia Poética com a Ética da Tormenta

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oema de Partida

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Um dia sonhei que iria conhecer alguém muito especial, Mas nunca pensei que esse alguém existisse e que exerceria Grandes influências nos meus sentimentos, e quando te vejo, o meu coração palpita mais e mais, e a minha alma confirma Que esse alguém és tu...

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Osvaldo Sousa

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S

onho realizado

DE::

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PARA:


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Quando a lua me sorrir Vou lembrar-me de ti e clamar o teu valor

Odisseia Poética com a Ética da Tormenta

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ivo com as Lembranças

Quando a distância te levar de mim, Vou-me lembrar que a vida me quis ferir

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Quando o sonho me vier consolar, Vou sentir o teu amor e deixar que o desejo seja o Senhor E pedir que a realidade não me acorde Para não sentir a dor da solidão

Quando o destino me quiser testar, Vou chorar e fazer das minhas lágrimas mar

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Para que o nosso amor navegue sempre sem fim!

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Já foram tantas lágrimas derramadas que mesmo que o teu coração fosse do tamanho de uma barragem não o podia suportar, foram imensos gestos perdidos por amor, coisas que nem mil anos poderiam explicar, factos escondidos e perdoados, sorrisos falsos mas com tom de encantos, cenas incríveis de lembranças, momentos que me fizeram recuar no tempo supondo que o outrora fosse hoje para te dizer como mensagem de última tentativa que os sonhos têm razão de ser mas a realidade merece ser vivida quando a consciência o sente!!!

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Osvaldo Sousa

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erdido pela Dúvida


Eu não te perdi

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as palavras se esgotaram mas esse vai mostrar-te que elas nascem quando penso em ti

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Sou o maior quando não me fazes sentir menor, Sinto-me dono da situação porque sei brincar com as letras, Com elas faço palavras e frases que atestam a dor, que escondem o amor, pois não houve tremor que me fizesse medo como o teu génio, vivi todas as razões, conquistei todos os corações sem perda, e hoje choro porque te conheci flor porque és o meu louvor, e sem a nossa amizade a pobreza substitui a minha destreza

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Odisseia Poética com a Ética da Tormenta

J

á escrevi tantos poemas que às vezes penso que

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E uso-as para jubilar o sorriso e a simpatia de ti como ser que és “... ” Fizeste-me Privilegiado

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Osvaldo Sousa

Mesmo que fosse o escolhido, E pudesse partilhar de todos os dons, ver e sentir as maravilhas, sonhar sem fim, ainda assim não me sentiria feliz, a não ser que me fosse dada a oportunidade de sorrir pela diferença da cor, de conviver com as surpresas do amor, de valorizar o prazer sem medo, e de dizer em poucas palavras que foi bom conhecer-te para poder continuar a viver suportando a dor!!!

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S

ou escravo da poesia porque Ela me liberta através das palavras

DA AUTORIA DE:

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PARA


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Fazer da vida uma felicidade Para o teu coração bater sem ilusão Viver contigo como uma amiga

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Sou uma estrela quero brilhar sem fim Vou iluminar todos os sonhos Deixar a minha força ser a razão

Cantar com a tua voz E pedir a um amigo que escute Porque os motivos não nos prendem a uma vida escravizada

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Odisseia Poética com a Ética da Tormenta

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força de um sonho

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Estas linhas são como representação da minha pessoa, em que faço deste gesto questão de estar perto de ti quando na verdade o acaso que não nos pode separar nos afasta no bom sentido da palavra, uma vez que assim o compreendo... Escusado será dizer-te que ficarei embainhado nas lágrimas de saudades, mas ao mesmo tempo laureio de felicidade sabendo que esta é a primeira das muitas viagens que irás fazer nos teus currículos de Diva; não te acanhes, aproveita e tira proveito desta oportunidade, pois bem sabes que mereces tanto, é que um dia havemos de viajar juntos. Assim como eu, não esqueças que és o meu tesouro e que os piratas da ocasião como o destino estão prontos a roubar e destruir o que o Criador construiu, mas jamais o acaso triunfará nesta que é a relação mais linda e afectuosa como a nossa; ficarei pois contando os dias para que voltes a fim de brigarmos novamente como a verdade e a razão!

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Osvaldo Sousa

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A

Denise

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Nela deixo aquele beijo e as recomendações que sempre te faço!!!


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Caríssima, tomei a liberdade de lhe endereçar esta missiva esperando que a mesma lhe vá encontrar de perfeita disposição. Na verdade sinto-me na obrigação de lhe pedir eternas desculpas por ter lhe causado danos devido à minha insensatez, só o facto de saber que por um impulso gerei desconfiança para a pessoa que em mim confiou, não sei; é como se eu traísse a minha inata consciência, enfim, só o soberano universal poderia atestar a minha profunda contristação. Não me quero com este gesto redimir, pelo contrário, reconheço que falhei, espero sim que os teus, inclusive o teu pai, que perante esta situação agiu com a postura que o caracteriza como homem de formação, te desculpem e voltem a confiar plenamente em ti porque devem... De mim só me resta agradecer-te por me teres contemplado com a tua amizade, que eu nem fui capaz de gerir com a inalteza que merecias.

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Odisseia Poética com a Ética da Tormenta

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Edigilnia

Fico assim desejando um dia merecer o teu valioso perdão.

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Vi todo o lindo do meu mundo, Os astros e as paisagens sem a cor e o som dos pássaros. E deu-me o desejo absurdo de sofrer, Porquê, meu sublime Portugal?

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Osvaldo Sousa

Posso falar bonito, escrever enigmas, Mas se não sentir a tua alegria E merecer o teu perdão, de que me serve a destreza das minhas palavras.

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equenas inspirações

Quando sentir a tua falta, Vou lagrimar em forma de letra, E fazer da saudade o poema mais lindo da minha autoria para te lembrar a destreza da minha força.

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Quando penso em ti Sinto vontade de fazer um poema, E quando o leio, o coração palpita, E percebo que significas a dor que tanto sofri e o amor que colhi por tanto louvor.

Esta noite vou ser o sonho E contar-te em segredo Que o meu futuro poema apaixonará todos os corações, Porque é escrito àimagem das tuas qualidades.


Odisseia Poética com a Ética da Tormenta

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Sou mendigo, Sonho porque sou vida, Não sei, sinto, tenho os dias nas mãos, A razão é a paixão que por te domina, O enigma é o amor que me negas.

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Uso as palavras para mostrar o teu diadema, E agora não sentindo a tua dor, Não vendo a tua cor, E sem o teu amor, Onde está o meu valor.

Ter alma é poder gritar que o amor é um valor, Não ter alma é separar o amor conforme a cor, Ter alma é usar o amor para vencer a dor.

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Ser poeta é ser capaz de juntar as letras, Ser poeta é usar as palavras para promover a paz, Ser poeta é ter a força para denunciar a dor, Ser poeta é saber conviver com o amor quando o mundo vangloria o horror.

Esta noite eu vi como o amor me faz presa, Transforma as palavras doce em dor, E faz de mim poeta triste, Que feliz se torna porque a sua paixão é uma flor.

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A vida é feita de paixões e desilusões, Pois nem quem a fez convive com tanta inspiração, E se o mundo continuasse, o que seria do coração, Sim, porque esse esfriaria de tanta emoção.

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Osvaldo Sousa

Faltam para terminar, poemas – sobre política dos PALOP’S, Multiculturalidade e SIDA!?

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R

eacção de um Criador

A

política

tem que ser integração

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Multiculturalidade, porque sois motivo de discórdia? Se ao menos um simples ser como eu pudesse entender a tua origem! Vá, dizei-nos o benefício da tua existência, Decerto sois o fluir da imigração, Mas vi como és desprezada pela sociedade que tanto emigrou, Não se espantem com a minha permanência, integrem-me para que o progresso seja o louvor comum do nosso Portugal!!!


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Por mais que o amor me fascine Poderia eu perder a vida numa dor que não é a razão do coração? Pois não desprezarei abraços de ninguém mesmo que a SIDA esteja em nós, Estarei vigilante desejando os prazeres de todas as cores, Chorando quando o preservativo negar fazer parte da minha relação.

Odisseia Poética com a Ética da Tormenta

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escrimino a SIDA, não uma Amizade

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u queria ter a felicidade dos pássaros,

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Voar e esquecer os desafios da terra, E se eu pudesse voar? Quantos carros luxuosos sem meus irmãos angolanos, Quantas dobras de petróleo só para os senhores santomenses, Não poderia suportar nas alturas a cor do caju sem a convivência guineense, Voar só para ver a labuta dos cabo-verdianos, E quando pousar queira Deus que seja na pérola do Índico sem a injustiça dos grandes moçambicanos, Não quero voar e ver a tristeza dos que não mereceram o calor dos poderosos, Vou sonhar com eles e pedir o louvor dos céus.

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Pr Osvaldo Sousa

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