SINDIAUDITORIA em ação - Abril 2019

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em ação Abril de 2019 | Número 28| Ano 8

SINDIAUDITORIA COMPLETA 11 ANOS E HOMENAGEIA SEUS FILIADOS APOSENTADOS No próximo dia 24 de abril, o Sindiauditoria comemora 11 anos de fundação. A ideia de criar o sindicato surgiu em 2008, um momento em que os auditores internos, na sua maioria oriundos do concurso público de 2006, sentiam a necessidade de uma instância de representação da categoria. Era uma época muito preocupante, já que alguns direitos estavam sob ameaça. Além disso, existia uma real necessidade de modernizar o trabalho de auditoria interna em Santa Catarina e ao mesmo tempo de pensar a função pública como uma carreira. Ao longo do tempo, a forma de fazer auditoria interna evoluiu no Poder Executivo catarinense e o Sindiauditoria acompanhou essas transformações. Menos reativos e mais voltados para a resolução dos problemas, antes que eles se tornem um prejuízo para o Estado, os auditores internos hoje são verdadeiros parceiros dos gestores públicos na orientação sobre a melhor forma de aplicar os recursos e evitar o gasto inadequado. Através da promoção de eventos, do incentivo à capacitação e de parcerias institucionais, o sindicato acabou contribuindo também com esse novo patamar da profissão. “Nos momentos de mudança e de instabilidade, é sempre bom olhar para trás e reconhecer quantos obstáculos já foram vencidos. Nossa categoria está cada vez mais unida, organizada e pronta para enfrentar novos desafios. Tenho certeza que durante esses anos, todos nós aprendemos muito uns com os outros e agora não será diferente”, analisa a presidente do Sindiaditoria, Luciana Berniere.

O Sindiauditoria é obra de muitas ideias e de muitas mãos. Vários são os personagens dessa história que contribuíram para a formação e o aperfeiçoamento da instituição todos esses anos. Para comemorar a data, o nosso informativo faz uma homenagem aos nossos filiados que hoje estão aposentados e que ajudaram a construir essa história.

Divulgação/Sindiauditoria

SINDIAUDITORIA ELEGE NOVA DIRETORIA O auditor interno André Luiz de Rezende foi eleito presidente do Sindiauditoria durante a última Assembleia Geral Ordinária da categoria, que ocorreu na terça-feira 2 de abril. Na oportunidade, os filiados elegeram também os novos membros da diretoria e do conselho fiscal para a gestão 2019/2020. A atual presidente Luciana Berniere prestou contas da sua gestão, que começou no dia 24 de setembro, e agradeceu a colaboração de todos nesses últimos meses. A nova equipe assume no próximo dia 1 de maio.


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ESPECIAL Estado, e depois para a coordenação de administração financeira, contabilidade e auditoria do órgão central sistêmico. “Após tantas formações e experiências, eu conquistei meu espaço e fui convidado para ser auditor interno do Poder Executivo, função que necessita de extrema atenção e zelo pelo dinheiro público que merece ser empregado com responsabilidade”, completa Osmar. Em 1991, aos 48 anos, o profissional decidiu se aposentar, e virou assessor de um deputado da época. Voltou para a secretaria da Fazenda em 1995, já no governo Paulo Afonso. Na época foi o responsável por modernizar o sistema de fluxo de caixa. A aposentadoria de vez veio aos 55 anos, onde decidiu dedicar-se a outras funções. Virou pastor e hoje é tesoureiro nas igrejas luteranas reformadas da Grande Florianópolis. Aprendeu alemão e decidiu viajar o mundo com sua esposa Miriam de Andrade. Dos filhos, fala com orgulho e carinho. “O meu filho mais velho é agrônomo, o do meio é Major da Polícia Militar e o mais novo decidiu pela Economia”. Aos 77 anos, Osmar Klauberg fala com segurança tudo que aprendeu em seus anos como auditor interno. “É uma profissão nobre. O perfil de alguém que assume esta função caminham pela seriedade, dedicação e respeito por todos aqueles que nós representamos: a população”, conclui.

Kamila Brito/Sindiauditoria

“A auditoria interna é a verdade, é a transparência, é um direito"

Kamila Brito/Sindiauditoria

Osmar Klauberg, nascido em Ituporanga, veio sozinho para Florianópolis aos 16 anos. Aos 10, saiu de casa para morar com o avô, buscando por mais oportunidades de estudo. O incentivo para continuar a carreira acadêmica partiu da professora Nilza, que enxergou nele a facilidade em lidar com os números. Ao terminar o ginásio, Osmar conseguiu com a ajuda de amigos um emprego na Fundição Sapé, na capital catarinense, e passou a residir na rua Conselheiro Mafra, no Centro da Capital. “Sempre tive dificuldade com a língua portuguesa. Mas com os números era tudo diferente”, lembra. Apesar da mudança de cidade, os estudos continuaram na Academia de Comércio, onde se formou em Técnico de Contabilidade. O curso abriu muitas portas, dentre essas o concurso que prestou para auxiliar contábil na Secretaria da Fazenda de Santa Catarina. O ano era 1963. Logo ingressou também no curso de Ciência Econômicas, na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). A formação e a experiência na área ajudaram Klauberg a ser promovido para outras áreas, dentre elas a de assessor técnico de contabilidade, de consultor e por fim de auditor. O profissional também fez outros cursos, como o de Administração e Gerência no Rio de Janeiro, em 1964. Em 1971, após já estar formado, ingressou no curso de Contabilidade, também na UFSC. Em 1983, foi promovido ao cargo de Diretor de Contas Geral do

“Essa função necessita de extrema atenção e zelo pelo dinheiro público” Os quase 90 anos de Cantalicio Dionisio Siqueira reservam uma viagem no tempo pela Ilha de Florianópolis dos anos de 1920 e pela história da auditoria interna do Poder Executivo catarinense. Com alegria em compartilhar tantas experiências que perpetuam anos de profissão, o manezinho de Canasvieiras coloca na mesa papéis e certificados amarelados pelo tempo, responsáveis por carregar parte de uma vida. É com carinho que ele relembra a própria história. Tudo começou ainda era um menino, trabalhando no Cartório do Brito, na época localizado na mesma região, como responsável em levar malotes, ainda era um menino. Sempre visionário e atento ao futuro, concluiu o Ensino Médio no Instituto Estadual de Educação e logo integrou a Escola Técnica do Comércio de Santa Catarina, onde se formou em Contabilidade


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ESPECIAL

“O auditor interno precisa desmistificar a imagem de punição”

O sonho do magistério, de continuar a viagem pela filosofia e a literatura, foram deixados de lado por Jairo Nunes de Sousa. Aos 77 anos, o senhor de terno e gravata, voz grave e ponderada, lembra com carinho da jornada que iniciou em 1962 na Secretaria de Estado da Fazenda. Recém saído do exército brasileiro, e logo após prestar vestibular para a Universidade Federal (UFSC), Jairo jamais imaginara que tantos planos fossem acabar diferentes no auge dos seus 20 anos. Ao ser convidado por um conhecido, foi admitido pelo Estado como Técnico de Contabilidade, e ao longo de 30 anos foi nomeado para outras funções à medida que apresentava competência e responsabilidade que os cargos exigiam. De técnico passou para diretor de orçamento, depois subchefe de orçamento de finanças e planejamento, até ser nomeado auditor interno do Poder Executivo. Em sua rotina de trabalho bastante corrida estavam as atividades de elaborar o orçamento do Estado, analisar todas as propostas orçamentárias, além de fazer toda composição geral dos recursos. “Meu negócio eram as letras. Detestava os números! Enquanto cursava a faculdade tinha que lidar com a minha realidade que era a Matemática. Fiquei quatro anos na universidade, mas não consegui a graduação de fato, devido a minha baixa frequência nas aulas. Ti-

nha que faltar muitas vezes por conta do trabalho”, relembra Jairo. Os anos foram passando, e os cálculos que antes traziam arrepios foram se tornando parte daquele jovem. Em 1979, foi enviado pelo Estado para um curso na área de finanças em Brasília, por lá ficou durante três meses. Depois de um tempo, foi encaminhado a São Paulo, dessa vez o objetivo era um curso na área de gestão de pessoas, na época denominado gerência de pessoas, da Fundação Getúlio Vargas (FGV) umas das mais renomadas do País. Durante este período, Jairo perdeu o pai de um ataque fulminante. Dedicou a vida a mãe, que partiu aos 85 anos. Não casou e nem teve filhos. Hoje, o manezinho da Ilha de Florianópolis aproveita o tempo livre ao lado dos irmãos, netos e amigos. Gosta de viajar e recordar-se com gratidão por ter tido a oportunidade de conhecer países como Portugal, Itália e França. Dedica-se à igreja católica que frequenta, e aproveita para passear pela cidade e ler revistas. Aos amigos de profissão deixa o recado: “O auditor interno do Poder Executivo precisa desmistificar a imagem de punição, de vigilante que está ali para reprimir. O trabalho deve ser feito com leveza, objetivando a correção do que for necessário para que as atividades sejam realizadas com transparência e excelência”.

Kamila Brito/Sindiauditoria

no ano de 1951, aos 22 anos. Não satisfeito, resolveu continuar a estudar e formou-se em Economia em 1957. Para ajudar a pagar os estudos, atuou também como escriturário da companhia Nestlé e trabalhou na Serviços Aéreos Cruzeiro do Sul, antiga companhia aérea brasileira, onde conheceu sua esposa, Eutália Lopes Siqueira, hoje com 85 anos. O casal, que celebrará 63 anos de união em 13 de outubro, possui quatro filhos (três mulheres e um homem) e são avós de quatro netas, formadas nas áreas de Medicina, Odontologia e Administração. Sua trajetória no governo catarinense começou em 8 de junho de 1966, o cargo era de Assistente Técnico Contábil. Anos depois, ao mostrar sua seriedade e compromisso, Cantalício foi convidado a ser o diretor da primeira Divisão de Auditoria In-

terna, quando foi instituída a Secretaria da Fazenda no Estado. O cargo de livre nomeação, na época, foi dado pelo governador Colombo Machado Salles. A atividade era exercida com base na examinação de estoque, licitações, contabilidade e pagamentos, esta através de despesas de empenho. Durante o trabalho, Cantalicio tinha como base a Lei Federal 4320 de 1964, que “institui normas gerais de direito financeiro para elaboração e controle dos orçamentos e balanços”. “Naquele tempo atuamos nos órgãos diretos e indiretos do poder executivo do Estado. Foi tempo muito bom do qual sinto saudades”, relembra com saudosismo. A aposentadoria da função por tempo de serviço veio em 1984. Após sair da instituição integrou na Celesc, Centrais Elétricas de Santa Catarina, onde também atuou

como auditor interno por mais 17 anos. A aposentadoria veio em 1998, onde decidiu parar as atividades para estar ainda mais próximo da família. Hoje, Cantalício aproveita para ler biografias, as que mais gostou foram a de Jô Soares e do ex-presidente da República, Fernando Henrique Cardoso, acompanhar as notícias e ir à igreja aos finais de semana. “Desejo aos meus colegas de trabalho que continuem desenvolvendo esta atividade tão importante para o serviço público com base nos princípios que vestem a honestidade. A auditoria é a verdade, é a transparência, é um direito que todo o cidadão possui e por isso, merece ser feito com total comprometimento”, afirma. Ao final da conversa, ele mostra com orgulho seu certificado como membro do Instituto dos Auditores Internos do Brasil de 1977.


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EVENTOS

FLORIANÓPOLIS É CONFIRMADA COMO SEDE DO CONGRESSO BRASILEIRO DE AUDITORIA INTERNA EM 2019 Em um cenário em que o País nunca precisou tanto de auditores internos preparados, encontrar soluções e incentivar o fortalecimento das áreas de auditoria nas empresas públicas e privadas tornou-se essencial. Essas e outras relevantes pautas estarão no centro dos debates durante a 39a edição do Conbrai (Congresso Brasileiro de Auditoria Interna), que neste ano ocorrerá em Florianópolis, entre os dias 15 e 17 de setembro. Com o tema ‘Tecnologia e Inovação para a Auditoria Interna’ o evento terá mais de 30 apresentações, com alguns dos principais nomes da profissão que abordarão questões envolvendo Lava Jato, Lei Anticorrupção, compliance, auditoria governamental, prevenção a fraudes, big data, analytics e auditoria de TI. Também estão previstas realizações de debates inéditos com a presença de gestores de corporações internacionais. Acompanhando o crescimento da carreira e das últimas edições do congresso, 2019 promete quebrar novamente o recorde em participações, superando em 15% o Conbrai anterior. São esperados em Santa Catarina Divulgação

mais de 800 profissionais vindos de todas as partes do Brasil. “As instituições brasileiras, sejam públicas ou privadas, têm investido com responsabilidade em suas áreas de integridade que incluem auditoria, controle interno, compliance e riscos, incentivando o acesso a conferências, cursos e certificações internacionais. O cenário é de desafios tecnológicos imensos para o setor e o Conbrai é a mais importante bússola, capaz de mostrar as últimas tendências e soluções para o fortalecimento da carreira”, lembra Paulo Gomes, diretor-geral do IIA Brasil (Instituto dos Auditores Internos do Brasil), uma das entidades promotoras do congresso. Ao longo dos próximos meses, o IIA Brasil divulgará detalhes de painéis e a confirmação de nomes de alguns dos mais respeitados auditores do planeta, membros da direção do The Institute of Internal Auditors – a principal instituição da carreira no mundo, com 200 mil associados. Inscrições As inscrições já estão liberadas e podem ser realizadas por meio do site: iiabrasil.org.br/conbrai.

Informativo do Sindicato dos Auditores Internos do Poder Executivo do Estado de Santa Catarina - SINDIAUDITORIA

Presidente Luciana Bernieri Pereira Vice-Presidente Daniela Potrich Oliveira Diretor de Comunicação Luciana Zanatta Pompeo Diretora Administrativo-financeiro Alcione Teresa Costa Diretor Jurídico Valdor Angelo Montagna Diretor de Relações Sociais e Intersindicais Marcio Cassol Carvalho Secretária Magali Geovana Ramlow Campelli Conselho Fiscal Caio Jamundá, Isadora Castelli e Ricardo Cavalcanti Peixoto Filho Suplentes do Conselho Fiscal Clóvis Renato Squio e Leda Candida L. P. Cipoli Ribeiro Texto e edição Jaércio da Silva (DRT|SC 4026) Kamila Brito

CONTATO assessoria@sindiauditoria.com.br www.sindiauditoria.org.br


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