Revista Setimo Selo

Page 1




´Indice


06 Editorial 08

Cobertura sem cereja

14 32 Resenha Entrevista

Shows e 33

eventos

34 36 Ser independente... Coquetel Molotov 40 O que + rola por ai...


Editorial

Bem-vindos a mais uma edição da Revista Sétimo Selo. Para esta edição preparamos uma entrevista especial com a banda Bertola. Falamos um pouco sobre o que a banda aprendeu durante esse período de estrada, o som e as músicas que fazem mais sucesso, as novidades que estão vindo por aí em breve e o que eles fazem fora da cena musical. Claro que também não poderíamos deixar de pegar as referências e indicações. O objetivo da Revista continua por querer mostrar o que acontece na cena independente em geral. Como foi dito por Flávio Bertola, e percebemos isso a cada dia mais: “O independente deixa de ser uma estilo de vida e passa a ser uma espécie de necessidade...” Sim! Todos nós somos independentes e/ou a vida nos obriga a ser. Então, apesar de todas as diferenças, o “ser independente” é o que torna o indivíduo comum na massa, é o que nos torna semelhantes. O foco desta edição é, portanto, demonstrar que cada um tem uma cabeça, mas fazemos parte de um todo comum, ditado por regras e hipocrisias, às vezes verdade e... quase sempre mentira.

Sétimo Selo 6


O que você vai ver nesta edição: 08

34

Cobertura sem cereja:

Sem sensualidade ou sexualidade, mas sem deixar de ser feminina, a mulher vai às ruas como veio ao mundo para protestar contra os abusos e a desigualdade socio-cultural entre os sexos.

14

Banda Bertola:

“Quem tem medo sai da frente!” Entrevista com a banda e fotos dos shows.

32

#Resenha:

Lançamento do videoclipe da música Entardecer, gravada junto com os amigos!

33

OQMRPA: Tattoos e teatro neste mës!

36 U ai ... en tã o qu e eu so u te ? In de pe nd en

40

Ser Independente: Conceitual e despojado!

Coquetel Molotov:

Influência do rock além do meio musical, comportamento e... Tendência???

42 Shows:

Na Obra e no Centro Cultural nem Secos

@

C O N T A T O

Sétimo Selo 7


Cobertura s

A

Sétimo Selo cobriu a Marcha das vadias: passeata contra a exploração sexual das mulheres e a favor de uma liberdade mais justa! Confiram aqui as imagens do movimento.

Início da concentração Rumo à rua Guaicurus

Sétimo Selo 8


sem Cereja!

Passeata rumo à praça da Estação

Sétimo Selo 9


SĂŠtimo Selo 10


Encontro de vadias na Praça da Estação

Sétimo Selo 11


Todos dizem Nテグ ao abuso contra a Mulher!

Sテゥtimo Selo 12



Entrevista o, v i s s a m l l o R Um Rock ‘n ssa E ! e t n a g l o p m e sarcástico e a t s e d a d a t s i v re t n e a d n a b a é ! a l o t r e B a d n edição: Ba S.S: Como surgiu a banda e a inspiração do nome? Bom, na verdade a banda surgiu já faz muito tempo, porque eu já tinha uma banda com o Lucas, a Sinergia desde 2006, na verdade início de 2006; e nós produzimos várias músicas e decidimos que queríamos gravar um CD, porém a banda acabou… Eu resolvi continuar com o projeto sozinho, mas como a banda mudou e já não eram mais os mesmos músicos, eu resolvi colocar o nome: Bertola e Sétimo Selo 14

os noctívagos. Noctívagos porque eu conheci as pessoas da banda no Maleta (rsrs), que era um lugar boêmio, e como nós também gostávamos da noite, resolvemos colocar este nome.

S.S: Quem é o Bertola e quem são Os Noctívagos? Eu sou Flávio Bertola, vocalista; os noctívagos são Lucas Nascimento na guitarra, Serginho Ribeiro no contrabaixo e Del Cabral na bateria.


S.S: Vocês se conhecem mesmo a quanto tempo? Na verdade, o Serginho eu já conheço a mais tempo que o Lucas. O Serginho eu conheci a mais tempo, de bares e noites. Ele já era mais noctívago! O Cabral que é o nosso baterista atualmente, tocava em uma banda chamda Gardenais, essa banda tem todo um histórico formado aqui em BH e quando eu via ele tocar nos shows da Gardenais, eu já ficava de olho, porque ele tem uma pegada musical muito forte, uma intensidade muito grande no modo de tocar e eu acho que isso combina muito bem com o nosso estilo.

S.S: Pra conhecer um pouco do pessoal da banda, o que fazem no

mundo fora da música? O Cabral é engenheiro, o Serginho é sócio da PatoMultimídia com o Leo Moraes, o Lucas é analista editorial e eu sou analista de sistemas, mas não estou exercendo a profissão no momento, também dou aulas de Yoga, tenho formação e já pratico a mais de oito anos. Por enquanto a gente ainda não consegue viver de música mas a pretensão é essa.

S.S: Qual ou quais são as músicas preferidas da banda? Eu acho que cada um tem a sua, mas algumas músicas são mais a marca registrada da nossa banda, como por exemplo: Beleza Perversa, Helena e Jonnhy Kamicaze, uma música que não pode falSétimo Selo 15


tar nunca! Normalmente a gente termina o show com ela.

S.S: Sentimos uma pegada muito rock’n roll, e em muitas letras como o lodo da mente, tem uma pegada mais blues... Quais são as referências musicais e/ou artísticas em geral?

Serginho, Flávio, Cabral e Lucas. (Da esquerda para a direita.)

Bom, em termos de música, nossas influências são estas: o Rock’n Roll e o Blues. Mas cada pessoa da banda tem seus artistas preferidos. O nosso baterista, o Cabral gosta muito do Led Zeppelin, do John Sétimo Selo 16

Bonham, que é uma referência pra ele, e ele gosta muito do Kiss também. O Lucas gosta muito do Pink Floyd, do jeito que o Gilmour toca. O Serginho já é mais grooveiro, ele curte esse estilo mais swingado. E eu, acredito que sou um vocalista que tento colocar um pouco mais de intensidade e de agressividade no palco e naquilo que a gente faz, eu pessoalmente tenho muita influência dos titãs, principalmente daquela fase do Cabeça de Dinossauro, que para mim foi um marco na história do rock nacional, Legião Urbana, algumas outras bandas dos anos 80, a Finnis Africae, que é uma banda pouco conhecida, mas que eu gosto muito, Hojerizah, a Picassos Falsos… Então as influências são muito variadas, mas nossas músicas estão mais na onda do Rock’n Roll e do Blues mesmo.


S.S: Quais materiais vocês já têm gravados?

que valeu muito a pena a gente ter lançado o CD lá, foi a escolha certa.

Nós lançamos nosso primeiro CD, O lodo da mente; em dezembro de 2009 no museu Inimá de Paula.

S.S: Como foi esse show? O show foi legal, eu acho que por ser o primeiro CD, nós cometemos uma série de erros que certamente nós não cometeremos no segundo. Lógico que o fato de lançar um CD no final do ano é um erro, porque não dá tempo para as pessoas assimilarem nem pra crítica assimilar, então nós temos a impressão de que lançamos o Cd… e no ano seguinte... ele já morreu. Esse tipo de coisa nós vamos fazer diferente no segundo. Mas, foi muito legal, o Museu Inimá de Paula tem um auditório muito bom, é um lugar muito legal, eu acho

Show no Matriz.

S.S: As músicas seguem um tom de sarcasmo e falam muito do comportamento das pessoas, como é o processo de criação? Depende muito. Muitas vezes eu escrevo a letra e o Lucas faz a música depois. Já aconteceu em várias músicas de fazermos tudo juntos. Nós vamos pra minha casa, compramos umas cervejas, tocamos um violão e aí começa a sair tudo junto. Então não existe uma regra no processo de criação, depende muito da música, da fase Sétimo Selo 17


de cada um dos integrantes e da inspiração.

S.S: Do lançamento do primeiro CD em 2009 até hoje, a banda abriu mão de alguma coisa? Quais as transformações, se houve? Bom, nós aprendemos que sozinhos nós não fazemos nada, isso é uma regra na música independente, e até você conseguir achar as pessoas certas com as quais

você possa se juntar, eu acho que isso leva tempo. Desde aquela época, a gente tentou se inserir em vários grupos que existem em BH, mas não nos adaptamos. Eu acredito que o grupo com o qual a gente teve mais afinidade até hoje, foi o BH Indie, pela forma como é feito o festival e as relações pessoais que acontecem através do festival são mais espontâneas. Nós aprendemos que existem certas bandas que fazem um sucesso momentâneo no meio independente, o chamado hype (promoção extrema de uma pessoa, idéia ou produto), e que muitas vezes esse sucesso acaba do mesmo jeito que veio. Então vale a pena construírmos uma carreira aos poucos, de forma consistente, sem querer estar na “crista da onda” o tempo inteiro. S.S: Quais os objetivos da banda no cenário “Indie”?

Foto: Marcos Ganndu Sétimo Selo 18


“Indie” eu não sei… rsrs

(primeiro momento ‘‘constrangimento’’ da entevistadora rsrs)

S.S: “Independente” seria a palavra certa. É... porque esse termo Indie ficou uma coisa muito pejorativa né? É aquela pessoa que tem que usar roupa xadrez (desculpa, você está de xadrez, mas eu não estou te chamando de Indie rsrs)... (segundo momento ‘‘constrangimento’’ da entrevistadora) … que usa allstar vermelho, que lê o blog do Lucio Ribeiro e que curte bandas que parecem com Los Hermanos e bandas instrumentais genéricas, então não somos isso rsrs. Somos uma banda independente, e até esse

termo “independente” já está um pouco em desuso porque todo mundo hoje em dia é independente, tirando a Ivete Sangalo e a Cláudia Leite, todo mundo é independente. Mas eu acredito que o nosso objetivo é conseguir nos sustentar através da música. Inclusive o Lucas e eu, estamos fazendo um curso no Sebrae de planejamento estratégico para músicos, nesse curso estão presentes mais de 20 bandas! Nós estamos passando por um período de transição em que todos se sentem um pouco perdidos, em que o artista tem que assumir o controle sobre sua carreira, fazer um planejamento, ficar por dentro da produção, traçar os objetivos… Nós estamos tentando isso: fazer com que a banda fique mais organizada nesse sentido da produção, para que possamos, em um futuro próximo, conseguirmos nos sustentar através da música. Sétimo Selo 19


S.S: Para atingir a autosuficiência, o artista depende muito do retorno do público. Com a sociedade em que vivemos hoje, que já não é tão politizada como antes e nem muito voltada às questões sociais, há obstáculos ao ver da banda? Quais os desafios?

Acho que ainda existem pessoas cultas e politizadas sim. O problema maior é que esse nicho não se encontra localizado numa única área. Portanto o desafio é conseguir um meio de circular e levar a nossa música aonde essas pessoas estão.

S.S: Como é produzir um evento como o Som na Sucata? Quais as dificuldades e o que a banda agregou para si? A maior dificuldade é lidar com os imprevistos Sétimo Selo 20

que acontecem. Por mais que você faça um planejamento minucioso, sempre surgem imprevistos. É nessa hora que a gente tem que ter força e agilidade para lidar com os problemas.

S.S: Qual a periodicidade do evento, ele será mesmo semestral? Por enquanto não há uma periodicidade bem definida. O próximo evento será nos dias 11 e 12 de agosto.

S.S: E quanto a lei do silêncio, qual a proposta do evento em relação à isso? Ou não houve empecilhos? Não houve empecilhos, até porquê, o horário do evento evento foi durante a tarde e terminou por volta de 21:00hs no máximo. Pretendemos manter este horário.


S.S: Vocês já participaram de diversos shows e eventos, qual foi o mais marcante?

uma fã pedindo pra tocar uma música pra ela, Qual foi a sensação de receber esta carta?

Bom, um show muito importante pra gente foi o show que fizemos no evento que estamos produzindo, chamado Som na Sucata, no prédio Rainha da Sucata na praça da Liberdade. O primeiro evento foi muito legal, as pessoas curtiram muito e acho que essa experiência de fazer um show em locais públicos é muito interessante, porque tocamos pra um público variadíssimo, desde crianças até idosos; pessoas comuns que gostam da nossa música. Então esse show, o primeiro show que fizemos lá, foi muito legal e muito importante. Ele ocorreu em 26 de Fevereiro deste ano. Já estamos produzindo o segundo!

Foi meio estranho porque eu não estava acostumado com isso, mas gostei muito, achei muito legal isso ter acontecido. Na verdade o que aconteceu foi que nós fomos fazer um show no Matriz e eu dei um CD da banda pro Charles, que é o segurança do local; ele levou pra ouvir na casa dele e a filha dele gostou tanto que confiscou o Cd e escreveu essa cartinha pra gente… Eu achei muito legal, esse tipo de coisa é uma prova de que fazemos um rock popular, que não tem nada de alternativo, então as pessoas que não estão envolvidas nesse meio musical de alguma forma, gostam do nosso som. Não há restrição de idade, de classe social, de nada… E isso é muito legal, eu fiquei muito emocionado.

S.S: Vimos no blog de vocês uma cartinha de

Sétimo Selo 21


S.S: Quanto ao clipe “Beleza Perversa”, muitas garotas e principalmente os garotos, se identificam muito com a letra; ela foi inspirada em alguém? Na verdade essa música, a letra dela quem escreveu foi um amigo meu chamado Leo Minduri, ele escreveu a letra mas eu acredito que não tenha sido inspirado em um personagem específico não, acho que é uma coisa mais da imaginação dele mesmo. Na época que eu o conheci , nós freqüentávamos muitos bares e íamos ao Malleta, sentávamos lá e observávamos muito as pessoas, principalmente as mulheres né?! Então, sempre surgia um personagem. Como nós estávamos montando uma banda (eu e os meus amigos noctívagos) o Leo escreveu essa letra e deu pra gente musicar. Aí eu e Sétimo Selo 22

o Lucas trabalhamos nela e a musicamos. Taí o resultado…

S.S: Da cena independente mineira, quais outras bandas vocês curtem? Tem muitas bandas. Nós curtimos muito a banda Valsa Binária, que é do nosso amigo Léo Moraes, nós achamos a banda sensacional. Tem a banda Spooler que é uma banda supermoderna, com elementos eletrônicos, é uma banda muito legal também. Tem uma banda chamada Hotel Catete, que é umas das coisas mais originais que eu vi ultimamente em BH, eles resgatam aquela boemia antiga do Lupicínio Rodrigues, eu acho essa banda muito boa. Tem muita coisa, tem muita banda independente boa em BH com certeza!

S.S: Estamos vendo a


cena independente crescer cada vez mais, e tal como o grunge, o punk (e outras vertentes) passa a ser também um estilo de vida. Muitos “organizadores de eventos” veêm nisso uma oportunidade de ganhar dinheiro fácil. Qual sua opinião sobre isso?

(Flávio) acho que depende do grupo. Existem sim certos grupos e produtorres que realmente gostam de explorar o artista. Às vezes eles escolhem as bandas eleitas deles pra pagar um bom cachê e muitas vezes usam bandas menores como uma espécie de massa ou de manobra pra conseguir objetivos políticos e isso tem acontecido muito, não só aqui em BH,

Show no evento Som na

mas em vários lugares do país também. Eu sou contra isso! Mas existem grupos diferentes, não existe

Sucata I.

Eu

Sétimo Selo 23


só um grupo aqui (Belo Horizonte). Nós da banda Bertola, também estamos tentando formar o nosso, através do Som na Sucata, nós objetivamos fazer um movimento itinerante que possa realmente rodar por BH nos locais públicos, ás vezes até tentar um patrocínio pra conseguir pagar um cachê pras bandas. Então, eu acredito que os artistas se unindo pra produzir os próprios eventos vai ser a saída pro meio indepen-dente a partir de agora.

S.S: O que vocês acham da cena independente mineira, ela é autêntica ou vocês acham que sofremos depreciação em relação ao movimento original devido o capitalismo e os interesses pessoais, ou isso é normal? Musicalmente falando, a cena independente de Sétimo Selo 24

BH é riquíssima… riquíssima! O que falta são certos ajustes para que possamos tornar essa cena sustentável, e isso depende não só das bandas, mas também dos produtores, dos donos de casa de shows em geral, da imprensa, das rádios… É um conjunto de elementos que devem ser mudados, por exemplo, em relação às casas de show, todas as casas de médio porte são voltadas às bandas cover, isso é um problema sério sem dúvida, se os donos

das casas de shows se conscientizarem que existe uma cena independente muito rica em BH e que essa cena pode se sustentar também, até comercialmente pra eles, seria lucrativo, a coisa toda mu-


daria…

S.S: O que vocês têm ouvido ultimamente? E lido? Pra lhe dizer a verdade, eu tenho ouvido muita banda independente. Porque eu acredito que, também como artista, quero saber o que as pessoas da minha época tem a dizer, qual a opinião delas e o que elas estão falando. Eu, pessoalmente, jamais sairia da minha casa pra ouvir uma banda co-

ver, que faz um cover do Deep Purple por exemplo durante duas horas igualzinho! Eu prefiro ouvir o original! Então sempre que tem uma banda diferente que me chama a atenção, eu procuro ir, procuro conhecer até porque isso acaba me inspirando também, como músico e como artista. É uma oportunidade de conhecer coisas novas, de trocar idéias depois do show com as pessoas, ver o que elas pensam e tudo isso acaba me inspirando, principalmente como artista. Já na leitura, tenho um gosto literário muito peculiar, meu pai era professor de português, então ele me incutiu o hábito da leitura desde muito cedo, só que aos poucos eu fui definindo um gosto específico, por exemplo, em relação à poesia, eu considero três poetas insuperáveis, que são o Fernando Pessoa, o Baudelaire e o Rimbaud, são três poetas que eu adoro e acho que realmente são os Sétimo Selo 25


melhores. Já na prosa, eu gosto muito de um escritor também francês chamado Maupassant, que é um contista muito bom. Brasileiro eu gosto muito da Hilda Hilst, tem uma outra poeta chamada Ana Cristina César também muito boa, então a minha vertente é essa.

S.S: Pra gente conhecer mais sobre a banda e conferir as músicas e o clipe, onde podemos encontrá-los no mundo virtual? Além

do

blog

http://bandabertola.com.br/ blog/ e o myspace, tam-

bém temos o site oficial da

banda que é www.bandabertola.com.br, lá tem o link pra todas as redes sociais e nós também estamos com nosso CD na Tratore, que é uma distribuidora independente, é a maior distribuidora independente do Brasil, também temos o Cd em outras lojas como a Amazon e a distribuição digital, no itunes por exemplo. Além disso, quem procurar nos sites de busca vai encontrar nosso som disponível em diversos lugares, pra poder baixar, de graça ou não… Quem quiser contribuir, por favor, fique à vontade!

S.S: Quais são as expectativas para o futuro? Bom, nós queremos terminar de gravar esse CD ainda esse ano, se o cd não ficar pronto até setembro ou outubro nós não vamos lançá-lo esse ano, vamos deixar pro próximo ano, e já com esse CD preFlávio Bertola

Sétimo Selo 26


tendemos começar uma mini turnê principalmente pelo interior de MG e depois sair um pouco do estado pra fazer shows no Rio e em São Paulo. São os próximos objetivos.

S.S: Sobre o Cd que irão lançar, o que pode adiantar pra galera do conteúdo? Na verdade, esse próximo CD é um pouco diferente do primeiro, porque no primeiro nós entramos no estúdio já com todas as músicas prontas, nós já tocávamos essas músicas há muito tempo, os arranjos já estavam bem elaborados… Agora é diferente, nós já temos quatro músicas gravadas, mas a maioria das músicas desse disco os arranjos ainda nem estão prontos. Então nós estamos fazendo uma pré-produção no estúdio antes, pra não perder muito tempo e depois entrar no estúdio pra gravar!

Sérgio Ribeiro

Vai ser um processo mais lento do que no primeiro mas eu posso adiantar que não vai mudar muito

Lucas Nascimento Sétimo Selo 27


em relação à pegada, ao tema das nossas músicas, ao sarcasmo. E tem até uma música que acredito vai ser o carro-chefe do cd que se chama “Pão de Queijo Fields Forever” que fala sobre essa cultura mineira, xiita, de forma bem irônica. E acho que talvez, o que mudou foi a inserção de uma música que o Lucas criou chamada “Palavras ao Vento”, que é uma música muito bonita e que vai trazer pra nossa banda um certo lirismo poético que não houve no primeiro CD. Isso vai ser uma grande novidade!

S.S: Para uma banda independente, às vezes é dificil conciliar ensaios, shows, contas pra pagar, vida pessoal, família... Qual a dica pra quem está começando? Eu acho que a dica é: sempre ter um bom diálogo com as pessoas da banda, nunca marcar um Sétimo Selo 28

show ou um ensaio antes de falar com os demais integrantes pra não causar problemas. Então se você

Del Cabral

tiver um bom relacionamento com as pessoas da sua banda, vocês sempre encontrão um tempo, um horário em que todos podem se dedicar, isso é importante, sempre manter um diálogo e informar a todos o que está acontecendo na banda, tudo, porque assim não há problemas nem mal entendidos.


S.S: Qual a próxima banda que vocês gostariam que estrevistássemos? O Hotel Catete seria uma banda legal pra vocês entrevistarem porque é uma banda muito original, o Bruno é meu amigo mas eu não estou “puxando sardinha” rsrs a banda é mesmo muito boa e seria muito interessante, seria uma entrevista até divertidíssima pra vocês fazerem.

o que está realmente acontecendo no meio musical belorizontino, e eu queria deixar um recado pro público que curte música aqui em BH que procurem saber sobre as coisas novas que estão acontecendo, porque tem bandas independentes muito legais e quem gosta de música eu tenho certeza absoluta que irá se surpreender!!!

S.S: Um recado pra galera que acompanha a revista...

Eu achei muito legal a iniciativa da revista Sétimo Selo o Luis já havia me falado sobre esse projeto e acho que muitas vezes a gente se encontra pra reclamar das coisas “… ahh que tá tudo muito ruim!” Mas ninguém coloca a mão na massa pra fazer as coisas e eu acho que esse lance da revista vai ser muito legal pra poder divulgar

No dia 18 de dezembro de 2009, a Banda Bertola lançou o seu primeiro CD “O Lodo da Mente” no auditório do Museu Inimá de Paula. Nesse show foram tocadas as 12 músicas do CD, e a resposta do público e dos jornalistas presentes no evento não poderia ter sido melhor. Todos acharam o show muito intenso e divertido e a banda espera dar continuidade a esse trabaho que tem recebido elogios tanto do público, quanto da crítica.

Sétimo Selo 29


Contato com a banda: 3224-5287

SĂŠtimo Selo 30


http://www.bandabertola.com.br http://bandabertola.com.br/blog/ https://www.facebook.com/bandabertola contato@bandabertola.com.br

SĂŠtimo Selo 31


#Resenha Video Clipe

“Entardecer” é o primeiro clipe da banda Quase Coadjuvante, retirado do dual-single “Gênio Ruim”, que também comporá o próximo disco da banda “Cartas para a próxima estação”, em produção no Estúdio Giffoni em Belo Horizonte.

Foi filmado em Belo Horizonte, no domingo de 27/05/2012, durante a festa de despedida da antiga casa de Jonathan (guitarra e voz), que foi demolida devido a questões de especulação imobiliária. Na ocasião todos os amigos que fizeram parte da história da casa e que também tiveram a casa como parte de sua própria história compareceram para o registro. O processo de produção foi todo encabeçado pela própria banda, com a ajuda dos amigos no processo de captação das imagens. Download e letra: http://quasecoadjuvante.bandcamp.com/track/entardecer Filmado por: Luiz Ramos Marco Antônio Pablo Bernardo Lucas Botelho Jonathan Tadeu

Roteiro e edição por: Jonathan Tadeu Colaboradores: Guilherme Vilella Tiago de Caux Lígia Milagres Ana Luppi

Contatos: http://www.quasecoadjuvante.tnb.art.br https://www.facebook.com/quasecoadjuvante twitter: @qse_coadjuvante quasecoadjuvante@gmail.com (31) 8759-8350 (Tiago)

Sétimo Selo 32


Evento

Shows A OBRA BAR DANÇANTE Rua Rio Grande Do Norte, 1168 26/07/12 R$15,00 22H

A OBRA BAR DANÇANTE Rua Rio Grande Do Norte, 1168 19/07/12 R$15,00 22H

CENTRO CULTURAL NEM SECOS Rua São Salvador, 9 - Bonfim 29/07/12 17H ENTRADA: Alimentos, agasalhos, brinquedos e livros.

Sétimo Selo 33


O que + rola 1° ENCONTRO DE TATUADORES DA SAVASSI 18 E 19 DE AGOSTO - BH MG STUDIOS PARTICIPANTES: Pietá Tattoo Bozó Tattoo TattooReggae Souless Tattoo Caverna Tattoo Stattoos Tatuagem Tattoo e Companhia Armani Tattoo e Piercing CONVIDADOS: Deputamadre Tatuaria Tony Piercing - PR Kelson Frost De 14:00h às 22:00h Info: (31) 3261-7765 meia entrada a todos: R$10,00 www.tabutattoo.com.br Local: HOTEL QUALITY Av. Afonso Pena, 3761 Mangabeiras

“A-MOSTRA.LAB” surge do desejo de alargar portas, de proporcionar um ambiente de trocas, reunir diferentes jovens artistas cênicos, a fim de incentivar e fortalecer a cena teatral com a troca de impressões e expressões entre artistas e público. ESQUYNA ESPAÇO COLETIVO TEATRAL

RUA CÉLIA DE SOUZA, 571 SAGRADA FAMÍLIA. INFO: (31) 9395-0500

Sétimo Selo 34


por aí...

Durante o mês de julho de 2012, a mostra “Em contato com a agua lavar abundantemente com os olhos” que ocupará a galeria do térreo do Centro Cultural da UFMG, torna públicos os procedimentos poéticos de três artistas que, selecionados por edital, ocuparam por dez meses um espaço coletivo dedicado à criação e à experimentação. CENTRO CULTURAL UFMG AV. SANTOS DUMONT, 174 MAIS INFO: (31) 3409-8290

Sétimo Selo 35


SER INDEPENDENT “É ser igual mosca... tá A larva da mosca é muito útil na medicina legal e na pesca. O estado de desenvolvimento da larva pode ajudar na determinação do tempo decorrido desde a morte de uma pessoa. Uma vez que a larva só se alimenta de carne morta e alimentos podres, surgiram experiências, em ambiente controlado, para introduzir a larva em feridas, eliminando a carne putrefacta, evitando a gangrena. O ciclo de vida de uma mosca varia de 25 a 30 dias. Então moscas, uní-vos para eliminar a podridão deste mundo! Y e a h ! Sétimo Selo 36

Uai... então eu sou Independente?


Banda Paz-me

TE...

na bosta mas tá feliz!” ( Banda Paz-me)

Não seu idiota. VOCÊ é mesmo uma mosca!

Sétimo Selo 37


Coquetel Molotov Até onde o gosto musical pode influenciar em decisões na vida das pessoas? É uma espécie de preconceito ou ordem natural das coisas? Eis a seguir, uma coluna que muito aguçou a curiosidade e o interesse.

Por mais preconceituoso que seja, não dá para fugir: a forma como a pessoa fala, se veste, age, trabalha, dirige e muitas coisas mais dizem muito sobre o indivíduo. Dá para julgar cada um por esse tipo de coisa? Cada um avalia da forma como achar melhor. Da mesma forma, os hábitos culturais – os livros que lê, a música que ouve, os eventos frequenta – também dizem bastante sobre as pessoas. Existe a chance de se errar por completo, mas faz parte do jogo. Dois fatos importantes, apesar de corriqueiros, mostram que os apreciadores de rock podem ter esperança de dias melhores, apesar dos ca-

Sétimo Selo 38

sos recorrentes de preconceito explícito e perseguição por conta do gosto pessoal em pleno século XXI – algumas dessas excrescências têm sido narradas em textos no Combate Rock. No começo de agosto um gerente de uma grande multinacional instalada no ABC (Grande São Paulo) penava para contratar um estagiário para a área de contabilidade e administração. Analisou diversos currículos e entrevistou 24 jovens ainda na faculdade ou egressos de cursos técnicos. Conversou com todo o tipo de gente, do mais certinho ao mais despojado, do mais conservador à mais desinibida e modernosa. Preconceitos à parte, procurou focar apenas a questão técnica e os conhecimentos exigidos.


Alguns candidatos até possuíam a maioria dos requisitos exigidos, mas acabaram desclassificados em um quesito fundamental para o gerente: informação geral, que inclui hábitos culturais. O escolhido foi um rapaz de 20 anos, o penúltimo a ser escolhido. Bem vestido, mas de forma casual, usando rabo de cavalo, mostrou segurança e certa descontração, além de bom vocabulário e de se expressar de forma razoável, bem acima da média. Durante as perguntas, o gestor observou que o garoto segurava um livro e carregava um iPod. O livro era a biografia de Eric Clapton. Após a quinta pergunta, direcionou a conversa para co-

nhecimentos gerais e percebeu que o rapaz lia jornais e se interessava pelo noticiário. “Você gosta de rock?”, perguntou o gerente. “Sim, e de jazz também”, respondeu o garoto. O entrevistador não se conteve e indagou se o rapaz se importava de mostrar o que o iPod continha. E viu um gosto eclético dentro do próprio rock: havia muita coisa de Black Sabbath, Deep Purple, AC/DC, mas também de Miles Davis e big bands. “Não aprecio rock, não suporto o que minhas filhas ouvem, mesmo seja Rolling Stones, meu negócio é Mozart, Bach e música erudita. Mas uma coisa eu aprendi nas empresas em que passei e nos processos seletivos que coordenei: quem gosta de rock geralmente é um profissional mais antenado, que costuma ler mais do que a média porque se interessa pelos artistas do estilo. Geralmente são mais bem informados sobre o que acontece no mundo e respondem bem no trabalho quando são contratados. Nunca me arrependi ao levar em consideração também esse critério”, diz o gerente.

Sétimo Selo 39


O resultado é que o garoto foi contratado após 15 minutos de conversa, enquanto cada entrevista com os outros candidatos durava 40 minutos. “Não tive dúvida alguma ao contratá-lo. E o mais interessante disso: percebo que essa é uma tendência em parte do mercado há pelo menos três anos, pois converso muito com amigos de outras empresas e esse tipo de critério está bastante disseminado. Quem gosta de rock é ao menos diferenciado”, finalizou o gestor. Já em uma escola particular da zona oeste de São Paulo, do tipo mais alternativo e liberal, o trabalho de conclusão do ensino médio era uma espécie de TCC (Trabalho de Conclusão de Curso) das faculdades. A diferença é que, para não ter essa carga de responsabilidade, foi criado uma espécie de concurso para premiar algumas categorias de trabalhos – profundidade do tema, ousadia, importância social e mais alguns critérios. O vencedor geral foi o de uma menina esperta de 17 anos, fi-lha de um jornalista pouco chegado ao rock, mas com bom gosto para ouvir jazz e blues. O trabalho traduzia para a garotada a importância dos Beatles para a música popular do século XX.

Sétimo Selo 40

Para isso realizou uma ampla pesquisa sobre as origens do blues, do jazz, da country music norte-americana e traçou um panorama completo da evolução do rock desde os primórdios até os megashows de Rush, AC/DC, U2 e Metallica. Seu trabalho contou ainda com a defesa de uma tese em frente a uma banca de professores. O resultado é que, além do prêmio principal – placa de prata e uma quantia em dinheiro em forma de vale para ser gasto em uma livraria –, acabou sendo agraciada com a proposta de transformar seu trabalho em um pequeno livro, bancado pela escola.


gosta de rock é muito melhor aluno do que os outros nas escolas. Mas o simples fato de haver reconhecimento de que apreciar rock frequentemente leva a uma situação diferenciada já é um alento diante dos seguidos casos de intolerância e preconceito.

Detalhe: a reivindicação partiu dos colegas da menina, que ficaram fascinados com a história do rock – poucos deles eram íntimos do gênero, pelo que o pai da menina me contou. Os Beatles foram o ponto de partida para uma aluna de um colégio paulistano para traçar um panorama extenso e completo sobre a história do rock; o trabalho ganhou prêmio e vai se transformar em livro. Seria um flagrante exagero afirmar que gostar de rock facilita a obtenção de emprego ou estágio – ou que quem

Gostar de rock não torna ninguém melhor ou pior, mais ou menos competente, mais ou menos inteligente. Mas os casos acima mostram que o roqueiro pode se beneficiar de situações em que é possível se mostrar diferenciado, mostrando uma cultura geral acima da média e mais versatilidade no campo profissional. E o que é melhor, isso começa a ser reconhecido por um parte do mercado. Bom gosto não se discute: adquire-se.

Fonte - http://blogs.estadao.com.br/ combate_rock/gostar-de-rock-comecaa-pesar-na-avaliacao-profissional/ Coluna de Marcelo Moreira

Sétimo Selo 41


FALE COM A a t s a b , a t s i v e r a d r a p i c i t r a p a Par s o ç e r e d n e s o d s é v a r t a r a t a t n nos co ! s ê c o v s o m a abaixo. Aguard

/Revista7Selo @Revista7Selo

@

setimoseloproducoes@gmail.com

Sétimo Selo 42


GENTE! S A C I CRÍT ELOG

IOS

SUGESTÕES INDICAÇÕES LANÇAMENTOS SHOW DA SUA BANDA

Sétimo Selo 43



Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.