Revista Senge em noticias Setembro e Outubro 2017

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Setembro e Outubro 2017

Gerson Tertuliano, Wanderlino Teixeira Murilo Pinheiro e Flavio Fernandes em visita ao STAD da FNE

74ª SOEA

Semana Oficial da Engenharia e da Agronomia

O sistema CONFEA CREA e MUTUA, promoveram a 74ª SOEA na belíssima cidade de Belém do Pará. Página 04

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Privatização total do setor elétrico vai trazer tarifaço

Ações do Núcleo Jovem Engenheiro

SENGE-GO promove encontro CAFÉ COM ENGENHARIA


Palavra do presidente EXPEDIENTE

Órgão de divulgação do Sindicato dos Engenheiros de Goiás

DIRETOR PRESIDENTE Gerson Tertuliano Eng. Eletricista DIRETOR PRIMEIRO VICE-PRESIDENTE Wanderlino Teixeira de Carvalho Geólogo DIRETOR SEGUNDO VICE-PRESIDENTE Caio Antônio de Gusmão Eng. Civil DIRETOR PRIMEIRO SECRETÁRIO Cláudio Henrique Bezerra Azevedo Eng. Eletricista DIRETOR (A) SEGUNDO SECRETÁRIO Ana Maria de Deus Eng. Eletricista DIRETOR PRIMEIRO TESOUREIRO José Augusto Lopes dos Santos Eng. Eletricista DIRETOR SEGUNDO TESOUREIRO João Batista Tibiriçá Eng. Civil SUPLENTE DIRETORIA Flávio de Souza Fernandes (licença) Eng. Eletricista João Dib Filho Eng. Eletricista Fabrício Ribeiro Eng. Civil Antônio Augusto Soares Frasca Geólogo André Pereira Marques Eng. Eletricista Flávio Gomes Moreira da Silva Eng. Eletricista Luiz Carlos Carneiro de Oliveira Eng. Eletricista CONSELHO FISCAL Samantha Junqueira Moreira (afastamento) Efetivo - Eng. Civil Alexandre Vieira Moura Efetivo - Eng. Civil José Luiz Barbosa Araújo Efetivo - Eng. Agrônomo Marcos Rogério Nunes Suplente - Eng. Agrônomo Mário Cezar Guerino Suplente - Eng. Civil Wagner Alves Vilela Junior Suplente - Eng. Eletricista REPRESENTANTES JUNTO À FNE Annibal Lacerda Margon Efetivo - Eng. Agrônomo Marcelo Emílio Monteiro Efetivo - Eng. Agrônomo José Martins de Oliveira Suplente - Eng. Agrônomo Fernanda Lobo Macedo Suplente - Eng. Civil PRODUÇÃO Vinícius Alves - Projeto gráfico e diagramação Art3 - Impressão

TRIÊNIO 2016/2019

Circulação gratuita entre os associados Endereço: Av. Portugal, nº 482 Setor Oeste, Goiânia-GO Telefones: 3251-8181 / 3251-8967 Email: senge-go@uol.com.br Site: www.senge-go.org.br Todos os artigos e citações aqui divulgados são de responsabilidade da Diretoria. As matérias assinadas são de responsabilidades dos autores e não correspondem necessariamente à opinião do Jornal.

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Informativo Senge | Setembro e Outubro 2017

O que esperar do sindicato após a implantação da REFORMA TRABALHISTA

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reforma trabalhista ainda não chegou apesar de aprovada pelo congresso nacional, mas já sinaliza o que teremos pela frente, trabalhadores mais desprotegidos e sindicados mais fragilizados. Algumas maldades previstas a serem impostas aos trabalhadores serão inevitavelmente implantadas pelos empregadores como, por exemplo, considerar o acordado entre as partes sobre o legislado, o que por certo beneficiará apenas o patronato, pois as representações dos trabalhadores não estarão em condições de igualdade vez que a reforma enfraquece os sindicatos à medida que tira além de direitos, uma importante fonte de manutenção financeira representada pela contribuição sindical agora facultativa, reforma esta que não afetará o sistema patronal que continuará sendo beneficiado com repasses de outras fontes importantes da Federação das Indústrias e Comércio; o equilíbrio da balança de forças entre trabalhadores e empregadores estará fatalmente comprometido. Somado a isto, a ampliação da terceirização também aprovada pelos congressistas fere os direitos fundamentais dos trabalhadores e desmonta o sistema de proteção, o que provocará uma redução dos salários e um grande aumento da jornada de trabalho. Com a fragilização do sistema sin-

dical dos trabalhadores, estes terão de buscar suas demandas individualmente na justiça do trabalho sem a representação por substituição dos sindicatos o que tornará difícil ou mesmo impossível demandar contra as empresas empregadoras por motivos óbvios de temor a represálias ou mesmo pelos custos excessivos que os trabalhadores terão de desembolsar. É por esta razão que o sindicato dos engenheiros vem se preparando para este novo período onde acreditamos que seremos muito procurados para representar os trabalhadores. Para que isto aconteça, é preciso que os profissionais se filiem ao seu sindicato representativo, pois somente os sindicalizados serão atendidos, pagando a contribuição associativa e que tenham a consciência de que a Contribuição Sindical agora facultativa é extremamente necessária para manter e fortalecer sua representação.

Gerson Tertuliano Presidente do SENGE-GO e Engenheiro Eletricista e de Segurança do Trabalho


Energia

Privatização total do setor elétrico vai trazer

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Sindicato dos Engenheiros no Estado de Goiás, SENGE-GO Repudia a forma que este Pacote de privatizações, onde se coloca a venda a ELETROBRAS, Aeroportos, entre eles o de Congonhas, altamente rentável, Rodovias e Portos, no modelo que vem se realizando além de se posicionar favorável a reestatização das empresas já atingida por estas ações altamente prejudiciais ao Brasil. Transcrevemos artigo sobre a nota técnica 5/2017 que propõe alterações danosas ao setor elétrico brasileiro.

O Ministério de Minas e Energia emitiu a Nota Técnica n° 5/2017, propondo alterações das normas que regem o setor elétrico brasileiro, com o objetivo declarado de “aprimoramento do marco legal” desse setor. Esse “aprimoramento”, porém, pode levar a uma mudança radical, de orientação ultraliberal, do funcionamento do sistema elétrico do país como um todo. “O centro desse novo modelo é o conceito de que a energia elétrica é uma mercadoria, uma commodity, que pode ser vendida e comprada em um mercado livre de energia elétrica”, diz o engenheiro Ronaldo Custódio, ex-diretor técnico da Eletrosul, idealizador do Atlas Eólico do Rio Grande do Sul e professor no curso de especialização em Energias Renováveís da PUC-RS. Para os consumidores, uma das principais consequências dessa mudança pode ser um aumento de até 6 vezes no preço pago hoje pela energia. As mudanças propostas na Nota Técnica, assinala Custódio, abandonam o conceito de energia elétrica como serviço e bem público e alteram o atual modelo, implantado pela lei 10.848/2014 e e s t r u t u r a d o

TARIFAÇO

As alterações no setor darão fim à energia como bem público em torno de três eixos: universalização, modicidade tarifária e garantia de suprimento. “Neste modelo, a energia elétrica é um bem público regulado, não existindo liberdade total de compra e venda. Até existe um mercado livre de energia, mas, majoritariamente, o modelo é regulado, com preços definidos pelo setor público. As medidas previstas na nota técnica objetivam a ampliação e consolidação do mercado livre. Será possível, entre outras coisas, especular com o preço e a oferta da energia. Esse novo modelo proposto coloca em risco a segurança energética do país”, alerta o engenheiro que trabalha no setor elétrico há 30 anos. As propostas de “aprimoramento do marco legal” propõem a criação de um ambiente especulativo para o comércio de energia, com a formação de uma bolsa de energia, com total liberdade de definição de preços pelos agentes operadores. Isso significa, observa ainda Ronaldo Custódio, que a operação do sistema elétrico passará a se dar pela cotação de mercado e não mais pelo custo, o que

permitirá que a especulação de preço afete a operação de todo sistema energético. “Uma coisa é você especular com a venda de uma mercadoria qualquer, como o sabonete, por exemplo. Como é que você consegue minimizar o preço de um produto no mercado capitalista? Tendo equilíbrio entre oferta e demanda. Se eu tiver muita oferta, o preço cai. No setor da energia, isso é um perigo, pois esse equilíbrio implica o que alguns economistas chamam de escassez relativa. Você consegue o preço máximo quando há um principio de escassez, sem ainda faltar o produto, mas no limite disso acontecer. Nesta situação, você tem o ganho máximo com aquele produto. Mas uma coisa é faltar sabonete no mercado, outra, bem diferente, é faltar energia”. Fonte: CUT

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FOTO: LUCAS QUEIROZ

Evento

Semana Oficial

da Engenharia e da Agronomia O sistema CONFEA CREA e MUTUA, promoveram a 74ª SOEA na belíssima cidade de Belém do Pará

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ntre os dias 08 a 11 de agosto, a cidade de Belém do Pará recebeu cerca de três mil profissionais do Sistema Profissional, oportunidade em que além do congraçamento dos profissionais foram realizados encontros e palestras de grande valia para todos. A Federação Nacional dos Engenheiros levou seus projetos e divulgação em STAND próprio que se tornou um ponto de referencia

para encontros e discussões sobre o futuro da Engenharia. Destacamos neste evento a reunião do Movimento em defesa das entidades de Classe do Sistema CONFEA/CREA, que culminou com o lançamento da CARTA DE BELÉM, que REIVINDICA as urgentes providências do Sistema: 1- Que o Plenário do CONFEA aprove uma nova Resolução com a mesma redação da Resolução nº 1027, de

23/08/2010, reestabelecendo desse modo o critério de mensuração, através da indicação do profissional, com RESTABELECIMENTO do REPASSE da parcela das ART’s para as entidades de classe. 2- Que se notifique ao TCU que as entidades não temem nenhuma fiscalização ou auditoria, pois as mesmas trabalham sempre cumprindo as normativas encaminhadas e a Lei das Parcerias – Lei 13019 de 31/07/2014.

SERVIÇOS OFERECIDOS PELO SENGE *ATENDIMENTO ODONTOLÓGICO Adultos: Atendimento às terças e quintas-feiras, (Clínico Geral) mediante agendamento prévio com Idália Neves pelo telefone: (62) 3251-8181 Crianças e adolescentes de 0 a 17 (Prevenção odontológica): Atendimento todos os dias, mediante agendamento prévio com Idália Neves pelo telefone: (62) 3251-8181 Dra. Celina Nasser Galante Elias - CROGO – 1947 (Prevenção odontológica para bebês, crianças e adolescentes) Dr. Olegário Antônio Teixeira Neto - CROGO - 11.077 (Especialista em Periodontia/Tratamento da gengiva) Dra. Norllyana Rangel Machado - CROGO - 11.845 (Clínico Geral)

ASSISTÊNCIA JURÍDICA TRABALHISTA E PREVIDENCIÁRIA (LOCAL: SEDE DO SINDICATO) Assistência Jurídica está sob o comando do Dr. Isonel Bruno da Silveira Neto (OAB – 11.664). Marcar horário antecipadamente pelo telefone: (62) 3251-8181

CONVÊNIOS COM DESCONTO Especialidades Odontológicas, Médicos, Clínicas, Terapia Cognitiva Comportamental e Laboratórios

PLANO DE SAÚDE UNIMED Oferecemos plano de saúde da Unimed com condições exclusivas para os sindicalizados e seus dependentes. Informe-se: (62) 3251-8181

*O SINDICATO POSSUI CONSULTÓRIO PRÓPRIO QUE ESTÁ LOCALIZADO NA SUA SEDE, NA AV. PORTUGAL, Nº 482, NO SETOR OESTE. PARA AGENDAMENTO DE CONSULTAS, BASTA LIGAR PARA IDÁLIA NEVES: (62) 3251-8181 *Os atendimentos serão realizados com tabela própria

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Informativo Senge | Setembro e Outubro 2017


Núcleo Jovem Engenheiro

Ações do Núcleo Jovem Engenheiro Núcleo Jovem engenheiro do Senge-Go promove mais uma campanha de sucesso

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epois do sucesso com a Campanha em prol da Ética Profissional, onde o SENGE produziu e divulgou 07 vídeos abordando os princípios éticos das profissões de Engenharia e Agronomia, o Núcleo Jovem Engenheiro promove a campanha de valorização do voto, visando o engajamento dos profissionais nas eleições para o Sistema Confea/ Crea no dia 15 de dezembro. A campanha contempla a divulgação de 06 vídeos abordando a importância do ato de votar e eleger seus representantes, participando ativamente do Sistema Profissional. Os vídeos serão disponibilizados a cada semana no site e nas redes sociais do SENGE. Para o conselheiro Aquila Levindo, coordenador do NJE “A ideia com mais essa campanha é fazer com que o profissional seja parte integrante do Sistema, responsável pelo avanço e desenvolvimento do País e das nossas profissões e que para isso é fundamental participar da escolha dos nossos representantes”.

Entre os dias 2 e 6 de outubro acontecerá em Anápolis, na Universidade Estadual de Goiás, a XV SEMEC - Semana de Engenharia Civil - SEMEC. O evento já é apoiado pelo SENGE há mais de 5 anos e nesta edição terá como tema “Engenharia, pilares para o desenvolvimento do país”. Os organizadores preveem um público de aproximadamente 400 pessoas, alunos das instituições locais e de regiões próximas. O conselheiro do SENGE no CREA Goiás e coordenador do Núcleo Jovem do Senge, Eng. Civil Ulysses Sena compõe o rol de palestrantes do evento. O Senge também exibirá no evento os vídeos da campanha em prol da ética profissional.

Semana de Mercado No período de 16 a 19 de outubro acontecerá em Goiânia mais uma edição da Semana de Mercado, o evento tem caráter técnico com o intuito de estreitar os laços entre a academia e a indústria, e preparar os discentes das Escolas de Engenharias da Universidade Federal de Goiás (EE-UFG) para atender as reais necessidades do mercado de trabalho e, com isso, melhor preparar os futuros engenheiros. Em sua primeira edição em 2016, contou com a presença de 25 empresas e profissionais, e mais de 250 participantes dos principais cursos de engenharia. Para esta edição o tema será “Desafios da engenharia

em cenários de crise”. O evento contará com a participação das maiores empresas do estado e é previsto um público de 350 alunos de todas as engenharias da UFG. Entre as atividades, estão previstas: palestras, nas quais as empresas apresentarão suas culturas e o perfil esperado para seus profissionais; visitas técnicas, para que os alunos interajam diretamente com a realidade do mercado de trabalho; workshops, focado no desenvolvimento de habilidades essenciais para a carreira; paineis, com a presença de grandes especialistas para uma análise atual e futura do mercado da engenharia no Brasil e no mundo;

feira de recrutamento, onde as empresas poderão trazer seus profissionais de RH para uma rodada de entrevistas, pitches e demonstração de cases. Os coordenadores do Núcleo Jovem Engenheiro do SENGE, Eng. Elet. Emely Gomes e Eng. Sanitarista e Ambiental. Guilherme Milhomem compõe o rol de palestrantes desta edição. O evento é apoiado pelo Sindicato dos Engenheiros no Estado de Goiás desde sua primeira edição e é promovido pela Agremiação Politécnica da UFG, iniciativa de estudantes de Engenharia da Universidade Federal de Goiás norteada pelo lema “Amor pela engenharia e excelência nos resultados”.

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Encontro O Núcleo Jovem juntamente com diretores e conselheiros do SENGEGO realizam animado encontro onde se discutiu o panorama e perspectivas da engenharia nacional

SENGE-GO promove encontro CAFÉ COM ENGENHARIA Reunião Diretores, Conselheiros do SENGE no CREA-GO e Núcleo Jovem Profissional

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o dia o4 de agosto do corrente ano, em animado encontro no auditório do sindicato travou-se um importante debate sobre a engenharia nacional. O Presidente do sindicato Eng. Gerson Tertuliano iniciou fazendo uma panorâmica da representatividade da engenharia nas graves questões nacionais e da necessidade do Sistema CONFEA-CREA voltar a ter o proselitismo e a representatividade que deve ter, no caso das questões tanto da engenharia quanto dos destinos da nação, se manifestando de forma rápida e objetiva. Comentou a passividade do sistema em questões recentes como os graves acidentes ocorridos com a barragem de Mariana, a queda de elevados e o incêndio da boate Kiss no Rio Grande do Sul, onde o CONFEA foi um dos últimos a se manifestar e mesmo assim não apresentou nenhuma proposta de correção de rumos. O Presidente citou ainda a necessidade imperiosa da união da engenharia para enfrentarmos estes problemas da categoria e do Brasil, com trabalho e posição firme. O Vice Presidente do Senge, geólogo Wanderlino tomou a palavra para expor a grave situação da extinção da obrigatoriedade do pagamento da Contribuição Sindical e as graves consequências da artimanha do governo para acabar com a maioria dos sindicatos. Grande número de participantes da reunião fizeram uso da palavra com propos-

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Informativo Senge | Setembro e Outubro 2017

tas e sugestões, como a participação forte dos Acadêmicos que propuseram incentivar e ampliar a filiação de novos profissionais e estudantes, a questão do corpo de bombeiros que não possui profissionais de engenharia também foi muito discutida assim como a situação da engenharia e do mercado de trabalho. A eng. Emely coordenadora geral do núcleo Jovem Engenheiro do Senge-GO, falou da necessidade de aproximar o Sindicato aos profissionais e das ações que o núcleo jovem vem realizando, falou também da iniciativa da FNE Federação Nacional dos Engenheiros de criar o núcleo jovem, e que o Senge-Go está engajado com os profissionais dos outros estados para tornar um movimento forte e de troca de experiências, informou ainda sobre os vários benefícios que o sindicato oferece. Na questão salarial, o eng. Alexandre Diretor do Senge, informou sobre a conquista dos Engenheiros da prefeitura de Goiânia graças a participação decisiva do SENGE e a Engenheira Caroline falou sobre o salário aviltante da prefeitura de Aparecida de Goiânia. O Senge sugeriu seguir o exemplo de Goiânia, para que se forme um grupo para discutir o assunto e ver as ações que podem ser feitas. A Professora Ressiliane Ribeiro Prata Alonso da Faculdade Araguaia informou sobre o espaço nas Academias para se falar sobre sistema sindical e sobre o CREA citan-

do que já existe matéria na grade curricular de ética profissional, e que realiza junto com o CREA palestras. Fez o convite para que o SENGE também fale sobre o sistema sindical. Nesta fase da reunião o Presidente do SENGE destacou a importância do voto nas próximas eleições do sistema profissional CREA/CONFEA e que este voto é fundamental para melhorar nosso sistema, escolhendo representantes que realmente contribuam e tenham propostas sérias para a engenharia Nacional e que a Federação Nacional dos Engenheiros tem um bonito projeto para resolver esta questão. Foi feita a proposta de se aprovar a gratuidade da filiação para o primeiro ano e o presidente esclareceu que esta medida é valida somente para o recém formado de até 1 ano, e que o acadêmico pode ser filiado mas não tem direito a voto. Os Acadêmicos Granato e Credisson parabenizaram o Senge pela atuação e se colocaram como responsáveis pela divulgação e filiação de novos acadêmicos da UFG. A Eng. Emely propôs que para termos maior engajamento, reuniões menores, reunião de grupos de trabalho, o que foi aprovado e dado a ela esta atribuição de programar as reuniões e os respectivos grupos de trabalho. Vários outros participantes tiveram falas importantes e foi realmente uma noite de muita conversa e de ideias brilhantes que vamos colocar em pratica.


Antônio Augusto de Queiroz

ARTIGO

Jornalista, analista político e diretor de documentação do Diap

A nova narrativa do governo para aprovar a reforma da Previdência É verdade que o sistema previdenciário requer aperfeiçoamentos, inclusive para tornálo mais compatível com a situação demográfica e também para melhorar o equilíbrio financeiro e atuarial do sistema, mas as reformas, como regra, precisam ter claras regras de transição e respeitar o direito acumulado, vigorando, em sua plenitude, prioritariamente para os futuros segurados, o que não acontece com a PEC 287

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pós defender a reforma da Previdência exclusivamente pela aspecto fiscal, alegando a existência de “déficits”, insustentabilidade do sistema e necessidade de cumprimento do novo regime fiscal (EC 95), o governo agora trabalha nova narrativa, que consiste, de um lado, em denunciar supostos privilégios, especialmente dos servidores públicos, e, de outro, afirmar que a reforma irá contribuir para reduzir as desigualdades de renda no Brasil. A nova narrativa vai insistir que, além de usufruir por mais tempo, o benefício médio das aposentadorias e pensões do setor público é pelo menos sete vezes maior que a do setor privado, o que caracterizaria privilégio. Obviamente vai omitir que: 1) o servidor paga sobre a totalidade da remuneração; 2) a proporção entre custeio e benefício é a mesma que existe no RGPS; 3) o servidor já está sujeito a idade mínima, com efeitos plenos para todos que ingressaram desde 1998; e 4) desde de 2013, pelo menos no plano federal, já não tem mais direito a paridade nem integralidade, sendo-lhes aplicadas as mesmas regras do setor privado no tocante a teto de benefício e regra de cálculo da aposentadoria. Omitirá, ainda, que a redução da aposentadoria e da pensão do servidor público não vai melhorar o valor do benefício do segurado do INSS, passando a impressão de que a reforma não irá atingir o trabalhador do setor privado, sob o falso fundamento de que a maioria recebe apenas um salário mínimo.

Ora, é verdade que a maioria ganha apenas um salário mínimo, mas também não é menos verdade que, após a reforma, para ter direito a esse benefício de um salário mínimo, o segurado do INSS também terá que trabalhar mais, contribuir por mais tempo e ter idade mais avançada, exatamente como será para o servidor. Ou, mais grave, omite-se ainda que a maioria dos benefícios de um salário mínimo é decorrente de aposentadoria por idade e de que a carência para fazer jus a esse benefício é atualmente de 15 anos, e que estará sendo aumentada para 25 anos, excluindo do direito a esse benefício milhões de trabalhadores. Basta dizer que de todos os atuais aposentados por idade do INSS, apenas 24% comprovaram 25 ou mais anos de carência (contribuição) no momento da aposentadoria, o que significa que se a carência atual fosse de 25 anos, em lugar dos 15 anos atuais, 76% dos atuais aposentados por idade não estariam em usufruto de direito. Também omitem o fato de que pelo menos um terço dos atuais segurados, com idade igual ou superior a 55 anos, não teria como comprovar 25 anos de contribuição ao completar os 65 anos de idade, ficando excluindo do direito à aposentadoria por idade. A nova narrativa, com base em estudo do Banco Santander, sob o título “Reforma da Previdência e Redução da Desigualdade”, também vai disseminar a ideia de que o atual modelo previdenciário privilegia as camadas mais ricas e educadas da população, e que a reforma terá efeitos redistributivos direitos e indiretos para

o conjunto da sociedade, ajudando a corrigir a grave desigualdade de renda existente no Brasil. Dirá, por fim, que a reforma preserva as condições de acesso para a camada mais pobre da população, e que se não houver a reforma o governo não terá como expandir políticas distributivas, como a assistência social, a valorização do salário mínimo e o investimento em educação básica, como se o objetivo da reforma fosse melhorar a vida das pessoas. Mais ainda: já sinaliza, em tom de ameaça, o risco de, sem a reforma da Previdência, não conseguir pagar os benefícios dos atuais aposentados. É verdade que o sistema previdenciário requer aperfeiçoamentos, inclusive para torná-lo mais compatível com a situação demográfica e também para melhorar o equilíbrio financeiro e atuarial do sistema, mas as reformas, como regra, precisam ter claras regras de transição e respeitar o direito acumulado, vigorando, em sua plenitude, prioritariamente para os futuros segurados, o que não acontece com a PEC 287. O objetivo principal da reforma, a julgar pelo discurso da equipe econômica desenvolvido até aqui, parecer ser apenas o de reduzir a despesa pública, para gerar superávit primário e honrar o compromisso com os credores, e o de criar as condições para privatizar a previdência pública, favorecendo o sistema financeiro. A reforma precisa equilibrar os sacrifícios e não penalizar apenas e exclusivamente os segurados do INSS e dos regimes próprios dos servidores civis. FONTE PAGINA DO DIAP

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Posse da ABES Goiás

Posse da Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental - ABES Seção Goiás A Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental – ABES seção Goiás, realizou cerimonia de posse da Diretoria e Conselhos Consultivo e Fiscal, Biênio 2017/2018 no Clube de Engenharia de Goiás

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m cerimônia muito concorrida com a presença de autoridades, políticos e representantes de entidades de classe e órgãos públicos foi empossada a nova diretoria da ABES/GOIÁS. Tomou posse como presidente para o mandato de 2017 a 2018, a Engenheira Marisa Pignataro de Sant’Anna, demais diretores, conselheiros e representantes junto ao conselho Diretor Nacional em substituição a gestão do presidente José Vicente Granato. Em seu discurso de posse Mariza falou do grande desafio de juntamente com seus colegas de diretoria manter o trabalho dos antecessores que fizeram a ABES Goiás se destacar no cenário nacional sendo hoje a 4ª mais

representativa entre s seções estaduais. A presidente eleita abordou a nobre função da Associação de congregar profissionais de todo o Brasil nas áreas do conhecimento de saneamento e meio ambiente, liderando as discussões relativas a estes temas, alavancando novas tecnologias e tratando de políticas institucionais, a fim de promover o saneamento ambiental, melhorando a vida das pessoas. Destacou ainda que o momento atual exige a adoção de políticas públicas, planejamento, subsídios públicos e privados, numa união de esforços para resolver os graves problemas de saneamento básico e da tão sonhada universalização. Finalizando agradeceu aos colegas da SECIMA, que prestigiaram

o evento juntamente com o secretário Vilmar Rocha, e aos colegas da SANEAGO. O Sindicato dos Engenheiros participou do evento na pessoa do seu presidente Engenheiro Gerson Tertuliano e seu vice presidente Wanderlino Teixeira que desejaram a sua nobre engenheira também filiada do SENGE pleno êxito junto com sua diretoria na condução da entidade.

Posse da nova diretoria da ADEMI-GO

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Gerson T, Yoave. Presidente Roberto Elias, Francisco Almenda e Ilesio Fereira

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Informativo Senge | Setembro e Outubro 2017

Sindicato dos Engenheiros no Estado de Goiás SENGE – GO, participou no dia 29 de agosto de 2017 representado pelo presidente Eng. Eletricista Gerson Tertuliano da posse da nova diretoria da ADEMI-GO e do INSTITUTO CIDADES em concorrida solenidade no espaço Maison Florency em Goiânia. Foram empossados os engenheiros Roberto Elias de Lima Fernandes e Guilherme Pinheiro de Lima nas presidências da Associação das Empresas do Mercado Imobiliário de Goiás (Ademi) e do Instituto Cidade respectivamente, em substituição aos engenheiros Renato de Sousa Correia e Ilézio Inácio Ferreira. No seu discurso de Posse o Engenheiro Roberto Elias destacou os relevantes serviços prestados pelos dois grandes empreendedores que estavam deixando os cargos mas que continuariam prestando grande colaboração com as entidades. O Evento contou com diversas autoridades do mundo politico de Goiás entre elas o Sr. Íris Resende prefeito de Goiânia, do secretario Vilmar Rocha e do prefeito de Aragarças, Sr. José Elias Fernandes. O Sindicato dos engenheiros no estado de Goiás parabeniza as novas diretorias desejando pleno êxito na condução de tão importantes entidades representativas da engenharia goiana.


SOLENIDADE

PREMIAÇÃO

O Sindicato dos Engenheiros no Estado de Goiás, na pessoa do seu presidente Eng. Eletricista Gerson Tertuliano foi homenageado pela direção da Agremiação Politécnica da UFG através de seu diretor TIAGO GUIMARÃES GRANATO DE ARAÚJO com um troféu pela parceria que vem sendo feita com a Universidade Federal de Goiás na realização do Congresso de Engenharia e tecnologia CET 2017. Destaca-se neste bonito troféu a inscrição: “Amor pela Engenharia e Excelência nos Resultados”.

Jogo Rápido

o membro, do O SENGE-GO participou com os relacionados unt Ass de e Fórum Permanent na pessoa de ao Setor Energético de Goiás, tuliano da 13ª Ter seu presidente Eng. Gerson Reitoria da da ário plen reunião realizada no Deputado do ncia sidê pre a PUC Goiás, sob onsável pela Estadual Simeyzon, também resp Assembleia da rgia Comissão de Minas e Ene relevantes dos rda abo m fora e Legislativa ond anfi O trião da temas de interesse do estado. ado saudou Am o Casa, reitor Wolmir Therezi serviço que nde gra o u taco os presentes e des petência com a e ndo olve env des o Fórum vem ta Nes n. eyzo e perseverança do Dep. Sim grande de s stra pale as vári reunião ocorreram ncia eriê exp a o mpl exe por o interesse com federação dos do BIOGÁS desenvolvida pela tura familiar icul agr trabalhadores rurais na to econômico mui jeto pro ás, Goi no estado de nto contou e de grande relevância. O eve as Linha de tem os ainda com palestras com A energia e sil, Bra do co Ban financiamento do rurais proferida a biomassa em propriedades tor técnico dire com muita competência pelo Candido. ar Edm Sr. , da Sigma Engenharia do uta Dep o niza abe par GO O SENGEque o fórum vem iço serv nde gra pelo n eyzo Sim ás. desenvolvendo em prol de Goi

POSSE DA ASES

A Associação dos Engenheiros da SANEAGO – ASES importante entidade de representação dos engenheiros, fundada em 1984, realizou solenidade, no dia 11 de agosto de 2017, no auditório do CREAGO onde foi empossada a diretoria para o biênio 2017 – 2019. Assumiu a presidência o Engenheiro Alexandre Gomes de Souza bem como sua diretoria, conselho deliberativo e conselho fiscal. O Sindicato dos Engenheiros parabeniza esta nova gestão com votos de uma gestão com pleno êxito e realizações, reafirmando nossa intenção de cada vez buscar o crescimento da engenharia e de nossos representados.

INAUGURAÇÃO PLANO DE SAÚDE

Nosso plano de Saúde em convênio com a UNIMED cada dia mais se solidifica transformando-se num grande beneficio que pode ser usufruído pelos filiados do SENGE-GO oferecendo planos atrativos do ponto de vista financeiro e através das parcerias da UNIMED como descontos em medicamentos em grandes redes de farmácia. Venha conhecer nosso plano de Saúde, você não vai se arrepender.

No dia 19 de setembro de 2017 o Governo do Estado de Goiás e a SANEAGO, maior estatal do estado, inauguraram o Sistema Produtor Mauro Borges, uma das maiores obras de saneamento do País que garantirá o abastecimento de água de Goiânia e região metropolitana. Parabenizamos principalmente a ENGENHARIA E TRABALHADORES da SANEAGO que com luta, dedicação e, sobretudo conhecimento técnico provaram que uma EMPRESA PÚBLICA pode e deve gerar obras e realizações desta magnitude.

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ARTIGO

Marcio Pochmann Economista e professor livre docente da Universidade de Campinas (Unicamp)

A desigualdade do capital

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ara um País situado entre os mais desiguais do mundo, a proliferação de informações e análises a respeito da péssima distribuição da renda, ao invés de contribuir para o seu enfrentamento termina, muitas vezes, favorecendo o contrário. Exemplo disso ocorreu na década de 1970, quando o IBGE divulgou pela primeira vez o segundo censo demográfico contendo informações sobre rendimentos dos brasileiros, o que permitiu comprovar o aumento da concentração de renda. Os 5% mais ricos da população aumentaram de 27,3% para 36,2% a participação no total da renda nacional, enquanto os 40% mais pobres reduziram de 11,2% para 9,1% entre 1960 e 1970. Na época, a revelação dos dados oficiais foi acompanhada por grande controvérsia a respeito da concentração da renda no Brasil. Para além das informações do censo demográfico de 1970, outros dados foram adotados nos estudos, como os do Imposto de Renda para identificar rendimentos do capital (lucros, juros, renda da terra e alugueis) e do trabalho (salários, ordenados e remuneração), bem como da antiga Lei dos 2/3 (substituída pela Relação Anual de Informações Sociais - RAIS) sobre rendimentos individuais dos ocupados formais. No ano de 1973, por exemplo, o livro "A distribuição de renda e desenvolvimento econômico no Brasil" de C. Langoni (RJ, Expressão e Cultura) apontou que o Gini da desigualdade do capital era de 0,78, muito maior que o Gini do trabalho (0,47). Três décadas depois, em 2004, o livro "Os ricos no Brasil organizado" por A. Campos e outros pesquisadores (SP, Cortez) também se utilizando da declaração do Importo de Renda para definir rendimento do capital e do trabalho, iden-

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Informativo Senge | Setembro e Outubro 2017

Quando as políticas públicas começavam a desenhar uma ação para atacar a desigualdade extrema do capital, o condomínio de interesses em torno do Projeto para o futuro destitui a presidenta democraticamente eleita. No seu lugar, emergiram as reformas contra os pobres e os segmentos de rendimentos intermediários, o que tem favorecido ainda mais as rendas do capital tificou que somente 0,001% das famílias brasileiras concentravam 40% de todo o estoque da riqueza nacional. Nesse mesmo sentido, os estudos mais recentes que incorporam dados do capital, não fundamentalmente do trabalho e de transferência sociais das políticas públicas, seguem apontando que a desigualdade do capital é extrema, bem mais intensa que a do trabalho. Conclusão que se pode obter do estudo de 2017 de M. Morgan (Extreme andPersistentInequality: New Evidence for BrazilCombiningNationalAccounts, Surveysand Fiscal Data, 2001-2015), quando indica que a desigualdade caiu para o conjunto dos pobres e dos segmentos de renda intermediária, isso é aqueles que possuem rendimentos do trabalho e derivados das políticas públicas (pensões, aposentadorias e bolsas),

mas manteve a desigualdade extremamente elevada nos detentores do capital. Os dados censitários e das Pnad do IBGE, que coletam relativamente melhor os rendimentos do trabalho e de transferências públicas, não deixam dúvidas que nos anos 2000, ao contrário da década de 1990, a desigualdade de renda caiu significativamente. O mesmo também pode ser registrado nas informações das contas nacionais do IBGE que indicam aumento da participação dos rendimentos do trabalho no idêntico período de tempo, concomitante à queda relativa da renda do capital. Mas com as informações derivadas da declaração do Imposto de Renda, que melhor expressa a renda do capital, a trajetória da desigualdade não se alterou. Natural, pois nos anos de 2000, o que se mais avançou foram as políticas adotadas para melhorar a vida dos pobres e daqueles com renda intermediária. Quando as políticas públicas começavam a desenhar uma ação para atacar a desigualdade extrema do capital, o condomínio de interesses em torno do Projeto para o futuro destitui a presidenta democraticamente eleita. No seu lugar, emergiram as reformas contra os pobres e os segmentos de rendimentos intermediários, o que tem favorecido ainda mais as rendas do capital. Mas isso, os estudos recentes não mostram. A piora na desigualdade da renda está de volta, mesmo que alguns estudos e meios de comunicação preocupam-se mais em desconstituir o passado que melhorou inequivocamente a vida dos pobres e daqueles com rendimentos intermediários, sem prejudicar os ricos. FONTE PAGINA DO DIAPHTTP://WWW.DIAP.ORG.BR/INDEX. PHP/NOTICIAS/ARTIGOS/27513-A-DESIGUALDADE-DO-CAPITAL


Homenagem

Geólogo da CPRM é homenageado na descoberta da jazida de bauxita em Goiás

Justa homenagem ao profissional Geologo José Domingos Baeta Jr. que se destacou pelos relevantes serviços prestados

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geólogo José Domingos Baeta Jr. (ex-geólogo da SUREG-GO) e o Serviço Geológico do Brasil/CPRM foram homenageados pela Terra Goyana Mineradora e EDEM – Empresa de Desenvolvimento em Mineração e Participações Ltda, no dia 05/08/2017, por sua importante e decisiva contribuição no processo de descoberta da Mina de Bauxita de Barro Alto. Esta homenagem e reconhecimento tem origem na pesquisa bibliográfica realizada em 1999 pelos geólogos Luiz Antônio Vessani e Lincoln Gambier (EDEM – Empresa de Desenvolvimento em Mineração e Participações Ltda) visando informações e dados que contribuíssem à descoberta de bauxita em Goiás para produção de sulfato de alumínio. A pesquisa bibliográfica realizada levouos a seguinte descrição contida na Pag. 89 – Cap. Geologia Econômica – Proj. Goianésia-Barro Alto – CPRM – 1972: “1.6 – Bauxita: Na folha Goianésia, a NE do povoado de Sta Rita do Novo Destino, ocorrem uma vasta área anortositos bandados grosseiros, os

Luiz Vessani e Lincoln Gambier, ao Baeta quais ao se intemperizarem, assumem aspecto de minério de alumínio.” Entendida desde o primeiro momento como uma singular informação e avaliação para o potencial mineral e aos objetivos do Projeto, constituiu o principal alvo a ser averiguado e avaliado e que, após todas as etapas de exploração e pesquisa mineral, redundou, pela EDEM e Terra Goyana Mineração, na descoberta e viabilidade de uma importante jazida de bauxita, hoje em lavra no muncípio de Barro Alto-GO. Esta homenagem representa, portanto,

um significativo reconhecimento ao trabalho realizado pelo Serviço Geológico do Brasil no desenvolvimento de estudo visando entender o ambiente geológico e seu potencial mineral e, em especial, ao geólogo José Domingos Baeta Jr. que, além de descrever pela primeira vez a ocorrência de pontos de bauxita em gabro-anortosito do Maciço Básico-Ultrabásico de Barro Alto-GO, deu o primeiro passo e definiu o rumo do caminho para que competências posteriores construíssem a descoberta e o desenvolvimento de uma mina. Competências estas encontradas nas propostas, realizações e resultados da Terra Goyana Mineradora e EDEM, como a concepção do projeto, o cheque e a avaliação de anomalias, o amplo trabalho de pesquisa mineral e avaliação de recursos e a superação de enormes desafios os quais reverteram em sucesso e levaram a implantação de uma importante e expressiva mina de bauxita no estado de Goiás. A essas competências somam-se uma visão empresarial que reconhece a dimensão e a importância dos vários e reais elos da cadeia mineral e de seus atores capazes de levarem a descoberta e viabilidade de uma jazida mineral. www.senge-go.org.br

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FNE Apesar dos avanços significativos, campo brasileiro esbarra em entraves logísticos

Agricultura promissora e inovadora

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FNE reuniu especialistas em 4 de agosto último, na capital paulista, no seminário “Inovação, segurança alimentar e logística”. O evento teve o apoio da Confederação Nacional dos Trabalhadores Liberais Universitários Regulamentados (CNTU), do Instituto Superior de Inovação e Tecnologia (Isitec) e da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo. À abertura, o titular dessa pasta, Arnaldo Jardim, salientou como a agricultura se tornou fundamental ao País: “Sem ela, não conseguiríamos sobreviver a quase quatro anos de recessão econômica.” Corroborando a avaliação quanto à performance do agronegócio brasileiro, o coordenador do projeto “Cresce Brasil + Engenharia + Desenvolvimento”, Fernando Palmezan Neto, observou que a expertise do setor deveria ser usada em outras atividades. O pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e presidente da Associação Brasileira de Engenharia Agrícola (Sbea), Paulo Estevão Cruvinel, à mesa inicial “Produção e cadeia de valor”, disse que ao País se apresenta uma grande tarefa: ajudar a alimentar o mundo. Ele explicou: “Temos uma expansão da demanda mundial por alimentos impulsionada pelo crescimento populacional e pela inserção de novos consumidores à economia de mercado.” Nesse cenário, prosseguiu, o Brasil desponta com a melhor área disponível à agricultura, com mais de 400 milhões de hectares. Todavia, a intensa produção agrícola que se espera para os próximos anos deverá equilibrar a utilização de recursos naturais

FOTO: BEATRIZ ARRUDA

Da esquerda para a direita, Luiz Antônio Pinazza, Paulo Estevão Cruvinel e Fernando Palmezan finitos, observou Cruvinel. Ainda sobre o mesmo tema, Luiz Antonio Pinazza, consultor técnico da Associação Brasileira do Agronegócio (Abag), enfatizou o papel da pesquisa e da ciência nos avanços da agricultura nacional. LOGÍSTICA DEFICITÁRIA Ao mesmo tempo em que surpreende o mundo com a produção de mais de 230 milhões de toneladas de grãos, o País enfrenta problemas de logística, como escassez de locais para armazenamento e deficiência no escoamento das safras. O tema esteve em tela na última mesa do seminário. Thiago Guilherme Péra, coordenador do grupo de pesquisas e extensão agroindustrial de logística da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” da Universidade de São Paulo (Esalq/USP), foi taxativo: “Não existe agronegócio sem logística.” Ele lamentou

que as rodovias ainda são as mais utilizadas na movimentação de cargas dentro do extenso território nacional e a subutilização dos modais ferroviário e hidroviário. Péra disse que o custo da exportação de soja para a China é de US$ 92,12 por tonelada e desse montante, US$ 75,49 são gastos no transporte, por estrada, de Mato Grosso ao Porto de Santos, em São Paulo. A perda de competitividade também se dá com a inadequada capacidade de estocagem, hoje entre 70% e 80% em média, sendo que o ideal, disse ele, é ter 120%, para o agricultor trabalhar com o produto em épocas de não safra. De 2007 a 2015, com base em dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a nossa capacidade de estocagem cresceu 4,41%, e a produção de grãos, 5,81%. Rosângela Ribeiro Gil Colaborou Jéssica Silva

FILIADA A

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