Informativo SENGE em Notícias julho e agosto 2017

Page 1

Julho e Agosto 2017

Wanderlino Teixeira (E), Cláudio Henrique Bezerra, Francisco Almeida, Murilo Pinheiro, Gerson Tertuliano, Fernando Palmezan e Walter Santana (D)

Presidente da FNE, engenheiro eletricista Murilo Celso de Campos Pinheiro visita a sede do SENGE-GO Em sua visita também esteve na sede do Crea-GO e participou do plenária. Página 03

05

06

11

Celg D, Enel, STIUEG e SENGE-GO assinam acordo coletivo de trabalho

Sustentabilidade como uma virtude ética na engenharia

PALESTRA “Mudanças na Legislação trabalhista”


Palavra do presidente EXPEDIENTE

Órgão de divulgação do Sindicato dos Engenheiros de Goiás

DIRETOR PRESIDENTE Gerson Tertuliano Eng. Eletricista DIRETOR PRIMEIRO VICE-PRESIDENTE Wanderlino Teixeira de Carvalho Geólogo DIRETOR SEGUNDO VICE-PRESIDENTE Caio Antônio de Gusmão Eng. Civil DIRETOR PRIMEIRO SECRETÁRIO Cláudio Henrique Bezerra Azevedo Eng. Eletricista DIRETOR (A) SEGUNDO SECRETÁRIO Ana Maria de Deus Eng. Eletricista DIRETOR PRIMEIRO TESOUREIRO José Augusto Lopes dos Santos Eng. Eletricista DIRETOR SEGUNDO TESOUREIRO João Batista Tibiriçá Eng. Civil SUPLENTE DIRETORIA Flávio de Souza Fernandes Eng. Eletricista João Dib Filho Eng. Eletricista Fabrício Ribeiro Eng. Civil Antônio Augusto Soares Frasca Geólogo André Pereira Marques Eng. Eletricista Flávio Gomes Moreira da Silva Eng. Eletricista Luiz Carlos Carneiro de Oliveira Eng. Eletricista CONSELHO FISCAL Samantha Junqueira Moreira Efetivo - Eng. Civil Alexandre Vieira Moura Efetivo - Eng. Civil José Luiz Barbosa Araújo Efetivo - Eng. Agrônomo Marcos Rogério Nunes Suplente - Eng. Agrônomo Mário Cezar Guerino Suplente - Eng. Civil Wagner Alves Vilela Suplente - Eng. Civil REPRESENTANTES JUNTO À FNE Annibal Lacerda Margon Efetivo - Eng. Agrônomo Marcelo Emílio Monteiro Efetivo - Eng. Agrônomo José Martins de Oliveira Suplente - Eng. Agrônomo Fernanda Lobo Macedo Suplente - Eng. Civil PRODUÇÃO Joelma Nogueira - Redação Vinícius Alves - Projeto gráfico e diagramação Stylo Gráfica - Impressão

TRIÊNIO 2016/2019

Circulação gratuita entre os associados Endereço: Av. Portugal, nº 482 Setor Oeste, Goiânia-GO Telefones: 3251-8181 / 3251-8967 Email: senge-go@uol.com.br Site: www.senge-go.org.br Todos os artigos e citações aqui divulgados são de responsabilidade da Diretoria. As matérias assinadas são de responsabilidades dos autores e não correspondem necessariamente à opinião do Jornal.

02

Informativo Senge | Julho e Agosto 2017

CARREIRA

do profissional de engenharia

P

ara se falar sobre a CARREIRA DO PROFISSIONAL DE ENGENHARIA, temos de começar lembrando que ela já nasce de uma decisão não muito solida quando o jovem estudante aos seus 17 /18 anos tem de decidir sobre a profissão que terá pelo resto de sua vida profissional e às vezes ele não esta preparado para tal, na maioria dos casos sua definição se baseia em influencia da família, dos colegas e da mídia que divulga as profissões mais vantajosas do ponto de vista financeiro. Neste aspecto as entidades de classe entre elas o Sindicato e o Crea, tem o dever de mostrar de forma clara a grandeza e as oportunidades da carreira de engenheiro e da importância que ela tem no desenvolvimento de uma nação soberana e prospera. Países como a China, a Noruega entre outros hoje em vias de se tornarem países desenvolvidos apostaram muito na educação e principalmente na formação de engenheiros para garantirem seu progresso técnico cientifico e se desenvolverem para países de primeiro mundo, mesmo nos nossos vizinhos próximos, Chile entre outros, estão se despontando como emergentes por conta do grande incentivo a engenharia como mola propulsora do progresso. A engenharia é a ferramenta que torna os sonhos em realidade, produz e constrói o progresso. Hoje nos temos um quadro muito adverso à carreira de engenheiro em face da crise mundial que diminuíram muito as oportunidades de trabalho, lembrando que crise é crise mesmo com todo rigor da palavra e que somente um chamamento a ENGENHARIA UNIDA devolvera a nossa profissão o lugar de destaque que merece. A economia mundial e, sobretudo do Brasil, passando a ser a condutora da forma de sair da crise, passa a ser muito recessiva e corta postos de trabalho além de tornar horizontes muito difíceis para a engenharia,citando como exemplo a recente PEC da maldade que congela por 20 anos os concursos e sendo o estado brasileiro o grande provedor de vagas de trabalho, estas são cada vez mais escassas.

Outo fato que tem de ser considerado e o de que a engenharia nacional pela grandeza e especialização de suas empreiteiras incomodou o mercado mundial e com a atuação da lava jato foram drasticamente atingidas com profundo corte de postos de trabalho dos engenheiros. Outro fato extremamente ruim foi a corrupção e a investigação da PETROBRAS nossa maior geradora de empregos de engenharia que foi duramente atingida e atualmente sofre um grave desmonte com venda de ativos pois também incomodava muito o mercado internacional. Entre outras maldades citamos o polo indústria naval no rio grande do sul construído parafabricar as plataformas da Petrobras que esta abandonado fechando nossas vagas e gerando milhares de empregos fora do brasil na importação desta plataformas. Temos de destacar as reformasem curso patrocinadas pela CNI e Federação das Industrias que vão incentivar ainda mais o desemprego alarmante que hoje passa de 15 milhões de trabalhadores pois somente vão proporcionar mais facilidades de demissões aos empresários já que o necessário investimento e credito não são visualizados no horizonte. Por fim nos engenheiros temos de começar a mudar este estado de coisas produzindo, inovando e nos apegando a um ideal de ENGENHARIA UNIDA talvez tendo de atuar muito mais na carreira da engenharia politica, para levarmos o Brasil novamente aos trilhos da ordem e progresso e devolvermos a nossos jovens a confiança na carreira de engenheiro. Salve a Engenharia.

Gerson Tertuliano Presidente do SENGE-GO e Engenheiro Eletricista e de Segurança do Trabalho


Visita

Presidente da Federação Nacional dos Engenheiros - FNE, engenheiro eletricista Murilo Celso de Campos Pinheiro visita a sede do SENGE-GO Em sua visita também esteve na sede do Crea-GO e participou do plenária

FOTO: WELLINGTON ALVES

FOTO: IMPRENSA CREA-GO

D

urante a visita na sede do Sindicato dos Engenheiros no Estado de Goiás – SENGE-GO, o eng. Murilo Pinheiro se reuniu com o Presidente Engenheiro Eletricista Gerson Tertuliano e Diretores do sindicato para discutir o futuro da Engenharia, destacando a unidade da Engenharia com ênfase a engenharia no cenário nacional, sua conjuntura e as perspectivas para o futuro da classe. Logo após se dirigiu para a sede do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Goiás – Crea-GO, onde se reuniu com o Presidente do Crea Go Engenheiro Agrônomo Francisco Antônio Silva de Almeida, juntamente com o coordenador geral do Projeto Cresce Brasil, da FNE, Eng. Eletricista Fernando Palmezan; da assessora da presidência da FNE, Paula Bortolini; do presidente do Sindicato dos Engenheiros no Estado de Goiás SENGE-GO, Gerson Tertuliano; do 1º vice-presidente do SENGE-GO, Geólogo Wanderlino Teixeira; e o diretor secretário do Sindicato, Cláudio Henrique Bezerra. O presidente da FNE tem realizado encontros institucionais com lideranças da área tecnológica para ampliar o debate e mobilizar as instituições em prol da engenharia brasileira, com intuito de gerar uma aproximação da Federação Nacional dos Engenheiros com os CREA de todo Pais. Após conversarem sobre estes relevantes temas principalmente sobre o cenário nacional e a participação do CONFEA nas questões nacionais, discussão que aproximou as convicções dos Diretores do Crea-GO as ideias da FNE, o presidente do Crea-GO, dando sequencia a reunião apresentou todo o trabalho de vir-

Presidente da FNE Eng. Eletricista Murilo Celso de Campos Pinheiro, Presidente do SENGE GO Eng. Eletricista Gerson Tertuliano, Vice-presidente SENGE GO Geólogo Wanderlino Teixeira e Diretores tualização dos serviços do Conselho para que tudo seja feito 100% online com destaque para o serviço de fiscalização inteligente, por meio da Plataforma ArcGIS, oferecendo agilidade e segurança nos processos. “Um trabalho fantástico. Parabenizo o pre-

sidente Francisco pelo seu trabalho e seu empenho e pela sua dedicação e liderança”, destacou Murilo. O mesmo foi convidado a participar da Sessão Plenária do Crea Go onde discursou destacando a importância de uma Engenharia Unida. www.senge-go.org.br

03


Qualificação

Mais uma vez o SENGE-GO vem demonstrando na prática que a melhor receita para sair da crise é se qualificar sempre Foram realizados três excelentes cursos nos últimos 03 meses

O

Sindicato dos Engenheiros do Estado de Goiás – SENGE-GO, em parceria com a Associação dos Engenheiros da Celg D – AEC, realizaram o curso de Energia Solar Fotovoltaica, onde tiveram presentes 34 engenheiros, que além de agregar novos conhecimentos, compartilharam suas experiências, no curso foi explanado desde conceitos, aplicações de sistemas fotovoltaicos, como está o panorama atual, operação e manutenção, entre outros de riquíssimo conteúdo. E o melhor, não ficaram somente na sala de aula, foram direto para a prática, como podem ver nas fotos. Realmente enriquecedor este curso ministrado pelo professor Prof. Dr. Enes Gonçalves Marra, da EMC/UFG, Prof. Dr. Sérgio Pires Pimentel, da EMC/UFG e o Prof. Tiago Alves Barros Rosa, do Senai, vocês estão de parabéns pela didática adotada. Também foram realizados na Sede do Sindicato os treinamentos em REVIT e MS PROJECT, ministrados pelo empresário e Gestor do BIM Goiás Kildere Whikichan,

04

Informativo Senge | Julho e Agosto 2017

cursos estes abertos inclusive para os universitários da área, visando a interação do aluno com o mercado de trabalho. Durante o curso foram explanadas as mais novas tendências na área de tecnologia e inovação em prol da construção civil. Trabalhando na prática a construção virtual, a melhoria dos projetos e soluções tecnológicas, evitando retrabalhos e com isto tendo uma enorme economia na área da construção.


Acordo Coletivo de Trabalho STIUEG – Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias no Estado de Goiás, juntamente com o Sindicato dos Engenheiros no Estado de Goiás SENGE-GO assinam acordo coletivo de trabalho biênio 2017/2018 com a Celg Distribuição e Enel

Celg Distribuição, Enel, STIUEG e SENGE-GO assinam acordo coletivo de trabalho biênio 2017/2018

O

Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias no Estado de Goiás STIUEG, juntamente com o Sindicato dos Engenheiros no Estado de Goiás SENGE-GO assinam acordo coletivo de trabalho biênio 2017/2018 com a Celg Distribuição e Enel. No Acordo foi tratado Reposição Salarial, Auxílio Creche/Pré-escolar, Auxílio Educação, Remuneração por serviços Extraordinários, Formação além do exigido, Readaptação Profissional, Complementação de salários de Empregados em auxílio doença, Complementação de salários de Empregados afastados por acidente de trabalho, Conquistas anteriores, Políticas de Relações Sindicais e Participação Sindical.

Mais uma vez prevalecendo a força sindical, fazendo jus a classe dos profissionais.

SERVIÇOS OFERECIDOS PELO SENGE *ATENDIMENTO ODONTOLÓGICO Adultos: Atendimento às terças e quintas-feiras, (Clínico Geral) mediante agendamento prévio com Idália Neves pelo telefone: (62) 3251-8181 Crianças e adolescentes de 0 a 17 (Prevenção odontológica): Atendimento todos os dias, mediante agendamento prévio com Idália Neves pelo telefone: (62) 3251-8181 Dra. Celina Nasser Galante Elias - CROGO – 1947 (Prevenção odontológica para bebês, crianças e adolescentes) Dr. Olegário Antônio Teixeira Neto - CROGO - 11.077 (Especialista em Periodontia/Tratamento da gengiva) Dra. Norllyana Rangel Machado - CROGO - 11.845 (Clínico Geral)

ASSISTÊNCIA JURÍDICA TRABALHISTA E PREVIDENCIÁRIA (LOCAL: SEDE DO SINDICATO) Assistência Jurídica está sob o comando do Dr. Isonel Bruno da Silveira Neto (OAB – 11.664). Marcar horário antecipadamente pelo telefone: (62) 3251-8181

CONVÊNIOS COM DESCONTO Especialidades Odontológicas, Médicos, Clínicas, Terapia Cognitiva Comportamental e Laboratórios

PLANO DE SAÚDE UNIMED Oferecemos plano de saúde da Unimed com condições exclusivas para os sindicalizados e seus dependentes. Informe-se: (62) 3251-8181

*O SINDICATO POSSUI CONSULTÓRIO PRÓPRIO QUE ESTÁ LOCALIZADO NA SUA SEDE, NA AV. PORTUGAL, Nº 482, NO SETOR OESTE. PARA AGENDAMENTO DE CONSULTAS, BASTA LIGAR PARA IDÁLIA NEVES: (62) 3251-8181 *Os atendimentos serão realizados com tabela própria

www.senge-go.org.br

05


Autores

Marcella de Almeida Castro1; Emely Kely de Souza Gomes2 Esp. em Gestão Ambiental, CREA Goiás, Goiânia-GO; 2Esp. em Docência e Gestão do Ensino Superior, CREA Goiás, Goiânia-GO

1

Sustentabilidade como uma virtude ética na engenharia e as ações desenvolvidas no CREA Goiás Apresentado no Congresso Técnico Científico da Engenharia e da Agronomia – CONTECC’2017 8 a 11 de agosto de 2017 – Belém-PA, Brasil Palavras-chave: Ética; sustentabilidade; engenharia, virtude, desenvolvimento sustentável. INTRODUÇÃO Existem termos que não são de fácil definição, até podemos reconhecê-los, mas são definições que carregam um emaranhado interpretações que mais permeiam o campo das ideias e sentimentos, tornando-se uma tarefa um tanto filosófica. É o que acontece com a sustentabilidade e o conceito de desenvolvimento sustentável. A definição clássica de desenvolvimento sustentável, publicada no relatório “Nosso Futuro Comum” da Comissão Brundtland – “O desenvolvimento capaz de suprir as necessidades da geração atual, sem comprometer a capacidade de atender as necessidades das futuras gerações” (ONU, 1987), se desdobrou nos mais diversos usos e apropriações sobre sustentabilidade, que hoje se encontram diluídas nas embalagens de supermercado e repetidas nas redes sociais, saturando seu sentido e, até mesmo, banalizando suas possíveis interpretações. Esse consumo simbólico da sustentabilidade pode se tornar perverso ao ocultar seu verdadeiro sentido e dar-lhe caráter de mercadoria. Mas, ainda assim, há de ser lembrado que, a difusão do vocábulo, mesmo que de forma banal criou um novo e importante valor para a sociedade, que a faz esperar um futuro e conscientizar-se da sua fragilidade.

06

Informativo Senge | Julho e Agosto 2017

Para Comte-Sponville (1995): “A virtude de um homem é uma força que age, ou que pode agir [...] é o que constitui seu valor, em outras palavras sua excelência própria [...] é o poder específico de afirmar sua humanidade (no sentido normativo da palavra). ” A partir dessa observação é possível construir o seguinte silogismo: Se a sustentabilidade é o uso racional dos recursos naturais hoje, de forma que fique garantido o desenvolvimento das futuras gerações; e se essa é uma força que age humanamente com o uso da razão para o bem, afirmando a excelência do homem na sua maneira de ser; ou seja, ‘uma virtude’. Logo, a sustentabilidade é uma virtude. O agir sustentável é o agir para o bem da humanidade, é querer ter um estilo de vida com uma menor pegada ecológica possível, querer morar em casas mais saudáveis, em cidades melhores e mais sustentáveis é perceber-se parte de um todo muito maior, de onde também faz parte, toda natureza com a qual a humanidade tem uma relação de dependência. E mais, Comte-Sponville (1995) cita Aristóteles ao explicar que a virtude é uma maneira de ser, “é o que somos (logo o que podemos fazer), é nossa maneira de ser e agir humanamente (a humanidade, nesse sentido, é um valor); e, por essa análise, trazemos o ser ético sustentável para o campo dos valores. A sustentabilidade é uma virtude que pode cada vez mais se tornar um valor, na

medida que for ensinada e incentivada.Tentar aplicar a sustentabilidade na Engenharia é tentar desenvolver seus valores qualitativos, é buscar evoluir como profissionais mais humanos, é compreender o caminho que leva a essa virtude essencial para a vida. MATERIAIS E MÉTODOS Utilizando o método hipotético-dedutivo, esta pesquisa foi feita principalmente por meio de levantamento de dados bibliográficos para um melhor entendimento e compreensão do problema a ser tratado, com o objetivo de torná-lo mais familiarizado à comunidade científica. Procedimentalmente o tema foi pesquisado em monografias, dissertações de mestrado, livros, artigos publicados em periódicos e estudos lançados por entidades confiáveis e referências especificadas na bibliografia ao final do trabalho. Também foram analisados os dados contidos em relatórios


ARTIGO referentes as ações do CREA Goiás ligadas a responsabilidade socioambiental e desenvolvimento sustentável. RESULTADOS E DISCUSSÃO Antes de abordar a Sustentabilidade como uma virtude ética na Engenharia, cabe abordar os chamados pilares da sustentabilidade, dentro do conceito do Triple Bottom Line, que em inglês, é conhecido por 3P ( People, Planet e Profit ); no português, seria PPL (Pessoas, Planeta e Lucro). Analisando-os separadamente, tem-se: Econômico, cujo propósito é a criação de projetos viáveis, onde os custos e esforços gastos no processo são compensados, vantajosamente no decorrer de um prazo conveniente; Ambiental, cujo objetivo é analisar a interação de processos com o meio ambiente sem lhe causar danos permanentes; e Social, que se preocupa com o estabelecimento de ações justas para trabalhadores, parceiros e sociedade. (Elkington, 1994, apud Oliveira, et al., 2010) Reconhecer esses pilares e apoiar todas as ações e projetos sobre eles é essencial para entregar a segurança, qualidade e economia indispensáveis aos serviços prestados pela engenharia à sociedade. Faz-se necessário, ainda, rever a concepção do

homem como um sujeito cartesiano, cuja existência é apenas definida por sua capacidade de pensar, um sujeito que se vê senhor e mestre da natureza, pois é essa maneira de pensar que deflagra as inúmeras crises ambientais e sociais que assolam nossa existência. O antropocentrismo, o sentido pragmático utilitarista do pensamento cartesiano, e a oposição do sujeito em relação ao objeto natureza marcaram a modernidade, e essa visão rompe qualquer possibilidade de integração homem-natureza, dentro da visão holística, que considera ambos como parte do universo. Nesse sentido o homem vem criando um conceito artificial de natureza, definida como aquilo que se opõe a cultura, é esta que domina a natureza, e dominar a natureza só tem sentido a partir da premissa de que o homem é não-natureza. Mas se ambos são partes integrantes de um mesmo Universo, dominar a natureza é dominar o homem e destruir a natureza é destruir o homem. (Vieira, 2008) A própria ciência, realidade objetiva criada pelos homens e mãe das engenharias, é herdeira desse racionalismo. Mas a noção de natureza separada do homem e de suas relações sociais, econômicas e políticas, só será superada a partir de transformações no embasamento filosófico que alicerçam pensamento, a ciência, a linguagem, a cultura. Cultura compreendida como a própria natureza humana. (Vieira, 2008) Parece impossível enxergar a engenharia com todos os seus emaranhados de consumo – devorando energia e recursos naturais - como algo que possa ser sustentável. Avaliando por um lado, a engenharia é contrária a sustentabilidade, observada sua relação com a natureza carregada do pensamento cartesiano, e desse ponto de vista o meio ambiente excluiria a interferência humana, o que é impossível. Por outro lado, torna-se relativamente simples imaginar a engenharia mais diligente com relação ao

uso dos recursos naturais e mais eficiente em suas atividades. Mas imaginar uma engenharia mais eficiente quantitativamente pode obscurecer seu valor qualitativo. Valor esse que, pautado pela sustentabilidade, pode encarar a fragilidade do planeta e a escassez de recursos naturais como uma oportunidade para investigar novas possibilidades e é esse a verdadeiro papel do engenheiro. E isso deve ser feito não como uma forma de legitimação técnica para promover soluções convencionais, mas como forma de exercer a profissão de forma ética e sustentável. Os problemas globais que assolam a humanidade hoje podem se tornar oportunidades para definir uma nova abordagem prática na profissão de engenheiro, resgatando o sentido da participação individual nos projetos de engenharia e avaliando o seu impacto para o meio em relação ao seu desempenho ético, pois são as ações individuais e coletivas que configuram o contexto do desenvolvimento sustentável. A engenharia, sob o prisma da sustentabilidade, deve ser vista de forma holística, entrelaçando meio ambiente, relações sociais e subjetividade humana, aqui entra toda a compreensão do que se foi dito sobre a sustentabilidade como o um valor ético na engenharia, entendendo as relações entre as responsabilidades individuais e coletivas dentro da atuação da profissão. A tendência atual dos modelos de gestão retira a sustentabilidade da condição de nicho e a coloca numa condição de foco principal. O Crea Goiás, atento à realidade deste movimento, não pode apenas definir ingenuamente este termo como uma forma aparentemente mais sofisticada para dizer “bom para natureza”. Este termo complexo e elaborado, como abordado, vem sendo valorizado e inserido verdadeiramente na estratégia de atuação e à essência da gestão deste Conselho Regional. www.senge-go.org.br

07


Reforma Trabalhista e Previdenciária

Manifestantes vão às ruas em busca de manter seus direitos como trabalhadores, lutando contra a reforma trabalhista e previdenciária Trabalhadores de todo pais juntamente com o povo demostra a insatisfação crescente das medidas do governo atual que somente visam o capital e a perda de direitos

08

Informativo Senge | Julho e Agosto 2017

N

o dia 28 de junho de 2017, houve greve geral em todo o País, onde os Manifestantes foram às ruas em busca de manter seus direitos trabalhistas, lutando contra a reforma trabalhista e previdenciária, as terceirizações e os retrocessos que vive o País enquanto a crise política se aprofunda. Cidadãos convocadas pelas centrais sindicais, associações e movimentos sociais, forma em massa para somar forças. Em várias cidade e capitais tivemos paralisação de diversos setores da área produtiva, como escolas, transportes, entre outros. Em Goiânia, o protesto também pediu a saída do presidente da República, Michel Temer (PMDB), e se posicionando contra as reformas Trabalhista e da Previdência. De acordo com a organização, o protesto

reuniu 3,5 mil pessoas. Já a Polícia Militar apenas acompanhou o ato não informando a quantidade de manifestantes. Desde a madrugada, integrantes de centrais sindicais bloquearam a garagem da Metrobus e impediram a circulação dos ônibus do Eixo Anhanguera, que normalizou cerca de 4 horas depois. Logo em seguida os manifestantes seguiram para a Praça Cívica. Depois seguiram em caminhada pela Avenida Goiás até a Praça do Trabalhador, onde encerraram o protesto por volta das 12h30min. A FNE apoia os trabalhadores engajados nos protestos e paralisações desta sexta-feira e se soma às denúncias e mobilizações contra as reformas do governo e a perda de direitos em curso no Congresso Nacional, Redação FNE.


Jogo Rápido PALESTRA

O Sindicato dos Engenheiros no Estado de Goiás SENGE-GO participou no dia 19 de junho de 2017 representado pelo presidente eng. Eletricista Gerson Tertuliano da Palestra com Gustavo Loyola é doutor em economia pela Fundação Getúlio Vargas de São Paulo (FGV-SP) e sócio-diretor da Tendências Consultoria Integrada. Formado pela Universidade de Brasília (UnB), foi diretor de Normas do Mercado Financeiro e chefe do Departamento de Normas do Mercado de Capitais do BC. Entre 2003 e 2006, presidiu o Conselho Fiscal do Itaú. Loyola atuou ainda como diretor da Planibanc Corretora de Valores (1987-1989) e diretor-adjunto do Banco de Investimento Planibanc S.A (1989). Projeto Goiânia 2033 e as Perspectivas da Economia Brasileira. O evento ocorreu no auditório da Acieg, realizado pelo Conselho de desenvolvimento Econômico, Sustentável e Estratégico de Goiânia-CODESE. Contou também com a participação do consultor Lino Gaviolli (Siemens) e do especialista em inovação, Valter Pieracciani (Claeq). No final o CODESE homenageou seus colaboradores presentes.

NÚCLEO JOVEM

16º PRÊMIO CREA GOIÁS DE MEIO AMBIENTE

O Crea-GO realizou no dia 08 de junho o lançamento do 16º Prêmio Crea Goiás de Meio Ambiente. O evento, que neste ano tem como tema “Água. A origem de tudo. Não deixe a vida secar”, reconhece, anualmente, expressivos projetos/programas executados por personalidades, entidades, instituições públicas e privadas, pessoas físicas e jurídicas, propriedades rurais e profissionais da imprensa, em prol do desenvolvimento sustentável no Estado de Goiás. Durante o lançamento, a palestra magna “Programa Cultivando Água Boa” foi ministrada pelo Eng. Agr. Jorge Miguel Samek, que tratou da iniciativa da Itaipu Binacional, implantada enquanto era diretor geral da usina.

Núcleo Jovem do Sindic ato dos Engenheiros no Estad o de Goiás, participou no dia 07 de abril de 2017 da reunião da ONG En genheiros sem fronteiras, organiza ção esta que o SENGE-GO tem apoia do através de algumas parcerias.

Anuncie aqui sua empresa, produto ou serviço! Faça a diferença em sua área e divulgue sua empresa conosco

Alcance expressivo

• 4 mil exemplares • Distribuição gratuita e dirigida • Público segmentado

Para anunciar, basta entrar em contato pelo telefone: (62) 3251-8181 ou pelo e-mail: senge-go@uol.com.br *Valores especiais para associados

www.senge-go.org.br

09


A Ética na Engenharia

A ÉTICA NA ENGENHARIA Sustentabilidade ao Meio Ambiente Durante muito tempo falar em ética nas empresas, em especial nas atividades de engenharia, era algo bastante raro até por ser um tema pouco entendido, como sendo uma função empresarial essencial

D

e acordo com Marcos Portnoi, ética é um conjunto de princípios ou padrões pelos nos quais se pautam a conduta humana. Algumas vezes a ética é chamada de “moral”, e por extensão, seu estudo frequentemente chamado de Filosofia Moral. Assim, como um ramo da Filosofia, a ética é considerada uma ciência normativa, já que trata de normas da conduta humana, em diferença às ciências formais (como Matemática e Lógica) e às ciências empíricas, como a Química e a Física. Durante muito tempo falar em ética nas empresas, em especial nas atividades de engenharia, era algo bastante raro até por ser um tema pouco entendido, como sendo uma função empresarial essencial. Além disso, nas carreiras afetas à Engenharia, como as de técnicos de nível médio, tecnólogos e os próprios engenheiros, este tema era praticamente ausente no currículo acadêmico voltado a formação destes profissionais. Uma das razões deste cenário, que vinha desde a formação profissional, tinha como origem o fato de que os “Códigos de Ética” das diversas profissões, nas últimas décadas, não terem sido assuntos considerados como sendo merecedores de aprofundamento nos bancos escolares, principalmente não se tornando foco de discussões e debates que levassem até a ser um objeto para “estudos de caso”, como são diversos outros temas que perpassam a dinâmica de uma formação profissional. Um profissional do ramo da engenharia

10

Informativo Senge | Julho e Agosto 2017

quer seja Técnico, Tecnólogo ou Engenheiro que eventualmente usa sua carreira para transgredir ou dar lastro a uma ação irregular, não só age de maneira que tangencia a ética, mas também faz o uso indevido do nome da profissão perante a sociedade. Ou seja, ao agir desta maneira está promovendo uma ação que não só a si lhe impacta, mas que reflete negativamente para toda a profissão, em especial no conceito, respeito e confiança que a sociedade deposita nas carreiras de engenharia. Em relação ao meio ambiente, a responsabilidade que o profissional de engenharia recebe em ter o “poder transformador” é desafiadora e contemporânea em especial quanto ao princípio da ética ambiental, onde a profissão tem que estar orientada dentro do respeito pelo desenvolvimento sustentável e principalmente, como já dito, de não sobrepor o interesse, próprio ou do seu contratante, ou seja, de privilegiar o pessoal em detrimento ao coletivo em que se insere o meio ambiente. É importante destacar que na atuação do profissional da engenharia este requer uma série de cuidados fundamentais, sendo o primeiro deles buscar se informar, com dados objetivos ou através do profissional que gerenciou a obra, ou o autor do projeto, antes de emitir uma opinião derradeira quanto a algum fato em que seja requerido sua opinião ou pelo menos tomar os devidos cuidados e considerações para que o seu parecer ou opinião seja realizado a partir de bases que, se forem hipotéticas, estabeleçam pelo menos as condicionantes às variáveis e também citando que não teve acesso as questões técnicas e consequentemente deixando muito claro o procedimento considerado para sua análise em que se baseia sua opinião. O exercício das práticas éticas é extremamente importante também no convívio nas empresas, e desde cedo, os jovens profissionais devem aprender que o trabalho em equipe acaba sendo um exercício das

melhores práticas éticas. A retirada do individualismo na execução e nas conquistas é uma prática a se colocar aos jovens, em especial para alguns bastante alienados por influências dos “cases” apresentados em filmes de Hollywood e em algumas revistas de negócio, que vangloriam a ação individual, a qualquer custo, sem compromisso de buscar o crédito no coletivo ou até se apropriando do crédito de terceiros, como sendo a melhor forma de galgar cargos e subir na profissão. Ou seja, crescer a qualquer custo e sem a devida postura ética seria algo que a permissividade empresarial sustentaria e até reconheceria positivamente. A concorrência desleal e as práticas de cartelização ou concentração econômica visando controlar mercado para dele se aproveitar, além de ilegais, são também práticas não éticas e merecem ser condenadas até por serem muitas vezes ilegais. Portanto, ética é uma função vital de qualquer profissional e organização que deve se atentar, incentivar e promover, até como forma de sobrevivência, ressaltando que tal demanda será crescente nos próximos anos, tanto por acionistas, como por seus clientes, e em especial pela própria.

Áquila Silva Levindo / 1015803610D-GO Engenheiro Sanitarista e Ambiental e conselheiro no CREA-GO pelo Sindicato dos Engenheiros no Estado de Goiás


Palestra A procuradora-chefe do Ministério Público do Trabalho em Goiás, Janilda Guimarães de Lima, proferiu a palestra com o tema “Mudanças na Legislação trabalhista” No decorrer da palestra ela mostrou comparações da lei atual com a proposta da Reforma trabalhista que representa uma grade perda de direitos

D

urante recente reunião de diretoria, foi aberto um espaço para que recebêssemos a Procuradora-chefe Janilda Guimarães de Lima, que palestrou de uma forma enriquecedora de fatos e questões que deixou claro e notório sua insatisfação com a forma que a reforma foi elaborada e o rumo que tomou a mesma. Caracterizando o maior golpe aos direitos dos trabalhadores e aos padrões da civilidade mínima na relação entre capital e trabalho será desferido sem qualquer constrangimento, a classe trabalhadora, pela pior composição parlamentar de todos os tempos. Tomou como exemplo o continente europeu, que a vinte anos atrás optou por um regime de trabalho muito parecido com o Projeto de Lei no 6787 que está em análise para ser aprovado no Brasil, e que após estes vinte anos a Europa enfrenta um grande problema, pois houve um aumento considerável na desigualdade social, os jovens já não têm mais anseio por uma carreira ou estudo, pois não há garantia de carreira, entre outros. Citou algumas de suas preocupações em relação a esta proposta: Alteração da Constituição Federal com quórum desqualificado (Subversão dos princípios fundamentais da Constituição Federal de 88 – princípios da dignidade da pessoa humana, valor social do trabalho, da melhoria da condição social e função social da propriedade – arts 1o, 3o, 7o e 170 da Constituição Federal). Não é momento para alterar leis trabalhistas – O trabalhador não é o culpado pela crise. Talvez seja o momento de uma grande coalisão que pressupõe ativa participação de ambas as partes (capital e trabalho) na construção de um novo rumo para a solução dos problemas da crise, principalmente as

entidades sindicais e demais órgãos. Neste momento a procuradora colocou a falta de preparo e conhecimento das pessoas envolvidas na criação desta nova lei, que fere a constituição e que por isso são feitas tantas leis que não sobrevivem na prática. Ausência da discussão acerca da desoneração da folha de pagamento das empresas. O projeto de lei dispõe, ainda, sobre alterações nas regras do trabalho em regime de tempo parcial. Segundo a atual redação das Leis do Trabalho considera-se trabalho em regime de tempo parcial aquele cuja duração não exceda a vinte e cinco horas semanais. Além disso, o art. 59, §4o, da CLT veda a prestação de horas extras pelos empregados sob o regime de tempo parcial. Com a nova redação dada pelo PL 6787/2016 o trabalho em regime de tempo parcial será aquele com duração de até 30 horas semanais, vedada prestação de hora extra. Ou 26 horas semanais, podendo haver a prestação de no máximo 6 horas extras por semana. Portanto, a proposta veda a prestação de hora extra quando a jornada for de 30 horas semanais, mas permite a presta-

ção de 6 horas extras por semana na jornada de 26 horas, podendo a jornada atingir 32 horas por semana. Ademais, o projeto de lei regulamenta a eleição de representante dos trabalhadores no local de trabalho, quando a empresa possuir mais de 200 empregados, conforme art. 11 da Constituição Federal. No decorrer da palestra foi falado com mais ênfase no Trabalho intermitente, que no contrato zero hora, o trabalhador fica à disposição 24 horas por dia. O valor a ser pago pode ser fixado de acordo com o horário que será trabalhado ou com o serviço que será feito. Em resumo, foram discutidas as desvantagens, a forma apressada com que o governo quer aprovar estas leis e a Dra. Janilda inclusive mencionou que quando se faz as pressas é mais fácil de enganar e que quando os maiores interessados perceberem já será tarde para solucionar. A palestra foi de extrema importância para o entendimento deste projeto e o SENGE-GO manifesta seu agradecimento e apoio a Dra. Janilda pela aula de civilidade e que esta defesa deve ser incorporada por todos os trabalhadores do Brasil. www.senge-go.org.br

11


FNE Apesar de tudo, há bons ventos que vêm do Congresso MURILO CELSO DE CAMPOS PINHEIRO

A

crise política vivida no Brasil,além de todas as suas consequências práticas negativas, pode ter também um efeito simbólico devastador. É a cristalização da ideia de que a totalidade dos políticos – e consequentemente a própria política –são agentes nefastos e corruptos. Na esteira dessa crença, nega-se o papel de instituições que são essenciais a uma democracia, cujo exemplo emblemático é o Congresso Nacional. Ainda que, lamentavelmente, muitos parlamentares estejam implicados em crimes e desvios FOTO: EDGAR MARRA

e não se pautem pelo interesse público oupelo compromisso com os cidadãos que lhes confiaram o voto, é preciso que a sociedade tenha clareza de quão fundamental é o Parlamento na representação de seus anseios e preocupações, assim como na determinação dos rumos do País. A tarefa a ser cumprida é criar regras que possibilitem a eleição de gente séria e disposta a trabalhar pela população e não em benefício próprio. Enquanto não chegamos a isso, cabe lembrar que há, mesmo em meio a toda disfunção que experimentamos hoje, iniciativas corretas, importantes e muito bem-vindas. Uma delas é a Frente Parlamentar Mista da Engenharia, Infraestrutura e Desenvolvimento Nacional, liderada pelo deputado federal Ronaldo Lessa (PDT-AL) e que tem participação ativa da Federação Nacional dos Engenheiros (FNE). Esse grupo de deputados e senadores, dos mais variados partidos, tem envidado esforços para colocar na pauta das duas casas de lei temas de interesse da nossa categoria e visando a retomada do crescimento econômico. Entre esses, a proposta de carreira pública de Estado para engenheiros, o debate sobre contratação de conteúdo local pelas empresas interessadas em explorar petróleo e gás no Brasil e as 5 mil obras paralisadas que precisam ter andamento. Na mesma linha e de imensa impor-

tância, foi lançada em 21 de junho último a Frente Parlamentar Mista em Defesa da Soberania Nacional, que tem o deputado Patrus Ananias (PT-MG) como secretário-geral e o senador Roberto Requião (PMDB-PR) como presidente. O objetivo, conforme declaração do parlamentar paranaense, é “reunir não apenas o Congresso, e sim todo o País em defesa dos interesses nacionais”. Segundo divulgado pelo site do Senado, entre as medidas a serem combatidas, Requião lista “a venda de terras para estrangeiros sem qualquer limite, os preços irrisórios do petróleo da camada do pré-sal, a submissão absoluta à globalização financeira, a cessão da base de Alcântara, a desindustrialização, tornando o Brasil mero produtor de commodities minerais e agrícolas, as reformas trabalhista e previdenciária que precarizam os direitos dos trabalhadores”. Ou seja, é o Congresso emitindo um chamado de agregação e engajamento à sociedade brasileira que precisa se unir em torno de bandeiras que possam tirar o Brasil da grave crise atual. Devemos manter nossa confiança no potencial nacional e buscar os meios de realizá-lo, tendo o fortalecimento da democracia como premissa básica.

Murilo Celso de Campos Pinheiro Presidente da FNE e da Confederação Nacional dos Trabalhadores Liberais Universitários Regulamentados (CNTU)

FILIADA A

Visite nosso site

www.fne.org.br


Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.