Ed. 8 - Ano 2 - 09/2010

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Revista

SEMMEDIDA Ano 2 - Nº 8 - Setembro de 2010

writers Editora

Comunicação

Para quem não tem medo da fita métrica

LEITURA DIGITAL

“Without Measure” with content in english

POR UM MUNDO

SUSTENTÁVEL

Pages 134 at 140

Gastronomia

Jordão Bar: um toque de sabor no Tatuapé

Moda

Claudia Blanco: uma estilista fascinante

Meio ambiente

Uma mulher que não admite a discriminação

Reciclagem: você também pode fazer

Tati Reghin Nesta edição, o quarto volume dos Cadernos Gastronômicos Adria.



Universo plus size:

a cada dia ampliando mais seu espaço. Merecidamente, é claro Ana Oliveira/Primelight Fotografia

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Revista

SEMMEDIDA Para quem não tem medo da fita métrica

“Sem” Preposição Ausência de condição necessária. “Medida” Substantivo feminino O que não pode ou não deve ser ultrapassado; limite, termo. A revista Sem Medida é uma publicação eletrônica periódica editada pela Writers Editora e Comunicação Ltda., de acesso gratuito através do web site: www.semmedida.com.br. Os artigos publicados aqui não refletem, necessariamente, as posições ideológicas do projeto e da editora e são de inteira responsabilidade de seus autores. Editores Roberto Paes e Francisco Reis Jornalista responsável Francisco Reis (MTb: 14.887) freis@semmedida.com.br Produção gráfica e webdesign Roberto Paes rpaes@semmedida.com.br Tradução (português/inglês) Ana Paula Menezes (Mundo GG) Publicidade Departamento - contato@semmedida.com.br

Writers Editora e Comunicação Ltda. Rua Prof. Guilherme B. Sabino, 1347 Cj 112 - Jd. Marajoara - São Paulo - SP Cep: 04678-002 Tel.: 55 (11) 3729-3534 Web site: www.writers.com.br E-mail: contato@writers.com.br

ste foi um mês importante para todo o universo plus size. De um lado o movimento ganhou, novamente, espaço na grande mídia, onde se abordou o estar acima do peso de forma sensata, sem apelações ou distorções que nos façam parecer pessoas desesperadas em busca de atenção e aceitação. Por outro, conseguimos chamar a atenção de uma grande loja de departamento (veja matéria nesta edição), a Renner, quanto às nossas necessidades por vestuário levando em consideração nossas medidas. Enquanto isso, aqui na redação de Sem Medida, continuamos nosso trabalho, levantando assuntos e criando matérias que agradem nossos leitores. Aliás, neste sentido, decidimos esvaziar as gavetas e publicar algumas matérias que haviam sido escritas para edições anteriores e que, por limitação do número de páginas, não publicamos. Um destes exemplos é a matéria com o consultor Paulo Cioffi, que inaugura uma seção dedicada a sugestões para quem quer começar seu próprio negócio. Paulo assessora pessoas em todo o Brasil na montagem de restaurantes. Além disso, nesta edição, entrevistamos mais uma linda mulher plus size, Tatiane Reghin, que conta suas experiências como alguém que está acima do peso e passou por cima de preconceito e discriminação para ser feliz. Despertamos o apetite dos leitores mostrando o Jordão Bar, um paraíso da boa comida, no bairro do Tatuapé e apresentamos, em nosso bloco de moda, a Claudia Blanco Collection, a Ness Confecções e a inauguração da “loja de rua” da Bializ’s. No bloco de cultura, apresentamos o Clube da Comédia, um espetáculo de Stand up que faz humor inteligente e se tornou uma opção para quem está cansado do humor “enlatado” e medíocre apresentado na TV e apresentamos o programa Rítimo Brasil. Ainda, neste bloco, falamos sobre o Gaar, uma entidade que cuida de animais de rua e nos faz pensar o quanto somos irracionais. Mostramos, também, como é possível ajudar o planeta praticando a coleta seletiva de lixo e incentivando a reciclagem. Boa leitura. Roberto Paes.

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POR UM MUNDO

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Ă?ndice 8 Perfil

Aminais 84

24 Onde ir

Planeta 92


40 Moda

Carros 100

68 Cultura

Sonho 110


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POR UM MUNDO

SUSTENTÁVEL

A forma como você está acostumad Até 2015, mais de 40 mihões de pe um destes aparelhos para ter acesso


Sem Medida é uma revista que nasceu digital para poder oferecer conteúdo gratuito e, acima de tudo, incentivar a preservação dos recursos naturais e promover o equilíbrio do meio-ambiente.

Mude seus hábitos. Leia em formato digital.

do a ler está mudando. essoas estarão usando o on-line à informação.

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À frente de seu tempo.


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Tati Reghin as diferenças existem e devem ser respeitadas Texto: da Redação | Imagens: arquivo entrevistada Available in English. See page 134

Esta é a conclusão que a jovem, modelo do Plus Size Models Guide (PMSG), chegou depois de passar por muito constrangimento apenas por ser diferente dos “padrões normais”.

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atiane Reghin sempre teve a tendência para engordar. Tanto por parte de pai como por parte de mãe. Ela sempre foi acima do peso, e desde muito cedo já começou a lutar contra balança. “Com sete anos, minha mãe já me levava em alguns médicos, para tratar meu sobrepeso, e lá vinham as caminhadas, as dietas que eram uma tortura pra mim”, lembra Tatiane. “Sei que ela só estava pensando no meu bem, na minha saúde. Mas para uma criança de sete anos, tudo aquilo não passava de uma sessão de tortura. Essa luta para emagrecer, sempre foi algo constante na minha vida, em todas as fases. Já cheguei a perder até 10 quilos em uma dieta, mas depois recuperei tudo em pouco tempo”. Como ela tinha uma certa facilidade para perder peso, mas também facilidade em ganhar, todas as tentativas de sua mãe resultavam em uma menina plus size. E Tatiane descobriu que a escola, com certeza, é o lugar mais cruel para uma criança que está acima do peso. “Meu maior terror era quando, duas vezes no ano, meu professor de educação física pesava todos os alunos e marcava o peso em voz alta, perto dos outros alunos da minha sala”, lembra Tatiane Reghin. “Mas tudo isso não me afetou. Hoje são só histórias engraçadas. Uma das fases mais difíceis é com certeza na ado-

lescência, quando começam os primeiros namoros, as roupas da moda que todas as suas amigas estão usando, o padrão estabelecido nas revistas que as adolescentes lêem e você não cabe dentro delas”. Tatiane lembra que a dificuldade em achar roupa sempre foi constante, porque só agora começam a surgir as confecções especializadas em modelos plus size que produzem roupas bonitas com uma numeração maior. Segunda ela, antigamente você simplesmente não achava. Era só roupas feias, que deixavam as pessoas com a aparência de mais velha. Fora o constrangimento em lojas, sempre com aquela vendedora “super bem treinada”, que quando a cliente entra na porta da loja ela fala, “não tem roupa do seu tamanho”. “Já passei por situações muito chatas por estar acima do peso, comentários, piadas”, lembra chateada Tatiane. “Não que hoje ainda não escute mais nada a respeito, nenhuma piada ou comentário, ou até ‘conselhos’. Mas hoje sei quem sou. E sei lidar melhor com as situações”. Para ela, as coisas melhoraram bastante, pois sabe onde vai encontrar roupas adequadas e bonitas. “O engraçado é que quando olho minhas fotos mais antigas, percebo que era bonita, e não tão gorda como eu me via na época”, compara Tatiane. “Queria ter tido essa visão que te-

“As pessoas só fazem com você aquilo que você permite que elas façam. O mais importante não é o que pensam e dizem ao seu respeito, e sim, o que você pensa ao seu respeito.”

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nho hoje, naquela época. Não teria sofrido tanto, não teria dado tanta atenção para o que as pessoas falavam. Construindo o futuro Mas a modelo sabe que o futuro começa agora, e se prepara para ser uma grande empresária. “Foi um pouco difícil escolher a carreira que iria seguir”, conta Tatiane. “Quando estava no ensino médio, comecei a pesquisar muitas carreiras, fazer testes vocacionais, e confesso que tudo isso me deixou mais confusa. Sempre gostei de arte, de todos os tipos. Gosto de usar a criatividade nas coisas que faço, fazer algo comum se tornar diferente, mais atrativo. Então achei o Desenho Industrial, mas comecei a fazer um pouco contrariada no começo, mas depois comprovei que tinha acertado quando escolhi esta área anos atrás. Estou amando o curso. Sei que é a escolha certa, pois corresponde a tudo que sempre quis em uma carreira. Vou poder me expressar, inovar, através das minhas criações”. E Tatiane abraçou mesmo o Desenho Industrial. Parou tudo o que estava fazendo e começou a investir em outros cursos de capacitação dentro da área, como, por exemplo, alguns cursos na área gráfica. A intenção de Tatiane é terminar a graduação e se tornar uma designer reconhe-

cida, criando projetos inovadores. Além disso, ela também sonha em fazer uma pós-graduação no exterior, em países de ponta na área do designer industrial. Segundo ela, aqui no Brasil, o designer ainda está conquistando seu espaço, e conhecimentos adquiridos em lugares onde a profissão já tem tradição e reconhecimento serão essenciais para a carreira. “A princípio quero trabalhar em grandes empresas da área a fim de adquirir conhecimento e experiência”, antecipa Tatiane. “Mas futuramente, quero abrir minha empresa. Mas além da visão comercial, tenho certeza que todos podemos melhorar a realidade e ajudar as pessoas através de nossas profissões. Quero através do meu trabalho, ajudar em causas como essa das pessoas plus size, fazendo as pessoas perceberem que as diferenças existem e devem ser respeitadas”. Uma designer na passarela Mas antes de se tornar uma designer de renome, Tatiane Reghin se arriscou nas passarelas: virou modelo plus size. “Nunca me imaginei como uma modelo”, diz Reghin. “A idéia que tinha de uma modelo era aquelas meninas super magras e altas. Fiquei sabendo da categoria plus size por uma amiga, que me incentivou a mandar minhas fotos, para a agência PSMG, e

“O engraçado é que quando olho minhas fotos mais antigas, percebo que era bonita, e não tão gorda como eu me via na época. Queria ter tido essa visão que tenho hoje, naquela época.”

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quando recebi um e-mail positivo, me convidando a fazer parte do catálogo de modelos, fiquei muito feliz e surpresa”. E o namorado, da época, a incentivou muito na hora de fazer o book, indicou um fotógrafo conhecido, e fez questão de acompanhá-la na sessão de fotos. “No começo, estava um pouco envergonhada”, lembra sorrindo Tatiane, “Mas o fotógrafo me deixou bastante à vontade. Gostei bastante do resultado”. Mesmo assim, ela tinha vergonha de falar sobre o fato de ser uma modelo plus size, achava que as pessoas iriam criticála. Mesmo com receio colocou as fotos no Orkut, e para sua surpresa, recebeu vários comentários de amigos elogiando as fotos. “O convite, o book, todo o processo foi essencial para minha auto-estima. Posso dizer que sou muito mais segura e feliz comigo mesmo depois que passei a ser uma modelo plus size e a aceitar e valorizar minhas diferenças”, diz Tatiane Reghin. Ela acha que o mercado de modelos plus size é uma categoria que está crescendo, pouco conhecida. “Não sabia da existência deste mercado, até pouco tempo. Mas acho que está no caminho. Desde que me tornei modelo plus size, tenho acompanhado os progressos da área, e fico muito feliz com algumas portas que estão se abrindo”, diz Reguin. “Acredito que há muito que conquistar ainda, como

respeito, reconhecimento, apoio. Hoje somos 53% da população brasileira, e falta de visão, continuar ignorando a existência das pessoas que estão acima do peso e continuar criando uma moda que só se enquadra em pessoas com manequim 38, 40 é um erro. Como já foi dito diversas vezes, o mercado plus size não é uma apologia à obesidade, e sim um mercado que está de acordo com a realidade, de que as pessoas são diferentes e devem ser respeitadas por isso. Todos devem ter o direito de comprar suas roupas sem constrangimentos e poder andar bem vestidos, com roupas de qualidade e bonitas”. Com isso, Tatiane “deletou” os problemas por estar acima do peso e passou para uma nova fase. “Quando passamos por uma situação ruim, podemos aprender com aquilo ou ser derrotado pela situação”, filosofa Tatiane. “Eu escolhi aprender com as coisas que passei. Conheço pessoas que se deixaram derrotar, por questões de aparência e outros problemas, e resolvi que não queria que aquilo acontecesse comigo. Então, sempre tento aprender, amadurecer com uma situação. Não gosto de ser negativa amargurada, na verdade, deleto as coisas ruins que acontecem, só deixo a lição que aprendi com a situação. Valorizo as coisas boas da vida, que são muitas. Com certeza, o que me ajudou muito foi o fato de ser cristã, e ter certeza do amor de

“Quero através do meu trabalho, ajudar em causas como essa das pessoas plus size, fazendo as pessoas perceberem que as diferenças existem e devem ser respeitadas.”

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Deus por mim, e do valor que tenho para Ele. Jesus morreu na cruz por mim, isso prova o valor que tenho”. Mas Tatiane aproveitou o fato de ser plus size para começar a desenvolver outras características, para compensar aquilo que ela acreditava não ter, no caso ser magra e bonita. Desenvolveu características importantes para o seu caráter com a certeza de que sua história teria sido diferente, caso não fosse plus size. Hoje ela se acha uma pessoa livre de preconceitos de toda espécie, que valoriza coisas importantes como o caráter e uma pessoa que ama a vida. “Hoje posso dizer que me aceito. O fato de eu estar acima do peso, não significa que não sou bonita”, afirma Tatiane. “As diferenças fazem as pessoas únicas e especiais. Tenho minhas diferenças, e tenho orgulho delas. Sou bonita da maneira que sou. Claro que tenho a preocupação, com minha saúde, mas sei também que nunca vou ficar, magrinha, porque minha estrutura é de uma pessoa grande, tenho 1,76 de altura, meus irmão tem 1,90 e 1,95 de altura. Tenho consciência disso e não fico buscando um padrão de beleza estabelecido, que não tem nada a ver comigo”. Ela confessa que nunca teve um milhões de caras atrás dela, mas afirma que nunca esteve sozinha por muito tempo. “Já escutei que só seria feliz em um relacionamento quando emagrecesse, pois homem não gosta de mulheres gordas”,

lembra Tatiane, “Mas hoje sei que isso não é verdade. Acho que o sucesso de um relacionamento tem mais a ver com suas atitudes e a da outra pessoa, do que, com o seu peso. Assim como as pessoas são diferentes, os gostos também são diferentes. Você só tem que gostar de você, se aceitar, se valorizar, então vai achar uma pessoa que também te valoriza e aceita você, como você é”. Tatiane Reghin afirma que o mais importante é saber quem é, e onde deseja chegar. “Quando você se conhece e tem objetivos na vida, você passa a ter consciência do seu valor”, diz Tatiane. “Quando você se aceita, se ama, não vai permitir que ninguém te desrespeite. As pessoas só fazem com você aquilo que você permite que elas façam. O mais importante não é o que pensam e dizem ao seu respeito, e sim, o que você pensa ao seu respeito. Não temos que perder tempo com sentimentos de inferioridade. Somos todos especiais e únicos, porque Deus nos fez assim. O tempo passa rápido, e devemos usar cada minuto para usufruir das milhares de coisas boas que a vida oferece. Gosto muito de vídeo clip “Filtro Solar”, na versão feita pelo Pedro Bial que entre diversos conselhos diz: Mas, pode crer, daqui a vinte anos, você vai evocar as suas fotos e perceber de um jeito, que você nem desconfia hoje em dia, quantas tantas alternativas se lhe escancaravam à sua frente, e como você realmente tava com tudo em cima”.

“Meu maior terror era quando, duas vezes no ano, meu professor de educação física pesava todos os alunos e marcava o peso em voz alta, perto dos outros alunos da minha sala.”

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Jordão Bar uma opção sofisticada no bairro do Tatuapé Texto: da Redação | Imagens: divulgação/Mauro Holanda

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Atravessar a cidade em busca de boa gastronomia e lazer est谩 se tornando uma tarefa complicada. Isso tem favorecido o surgimento de 贸timos restaurantes e bares, distantes dos pontos tradicionais conhecidos pelos paulistanos.

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odos os dias você sai de casa cedo, mais cedo do que normalmente gostaria, e passa algumas horas indo para o trabalho. No final da tarde, invertendo sua rota, lá se vão mais uma ou duas horas parado em congestionamentos. Agora, imagine qual seria sua disposição para tirar o carro da garagem, num sábado, e ir encontrar os amigos em um bairro que fica do outro lado da cidade. Nenhuma, não é? Por conta desta dificuldade, cada vez maior nos grandes centros, estão surgindo em alguns bairros, principalmente no Tatuapé, zona Leste da cidade de São Paulo, bares e restaurantes que oferecem aos moradores da região a possibilidade de se divertirem sem sequer precisarem tirar o carro da garagem. Inicialmente a região abrigou casas que estavam voltadas para um público jovem, mas hoje, empresários preocupados em oferecer serviços para quem gosta de boa gastronomia estão inaugurando locais mais sofisticados. Essa é a proposta do Jordão Bar, uma casa inaugurada há poucas semanas e que, segundo um de seus proprietários, Carlos Warzée, será conhecida como um “bar gourmet”, onde se alia o desejo gastronômico ao etílico. No que diz respeito à culinária, o Jordão tem uma orientação notadamente alemã, mas também mostra toques internacionais com a introdução de pratos da cozinha espanhola e brasileira. Já a carta de bebidas oferece drinks variados, a tradicional caipirinha e as cachaças especiais, cervejas nacionais e importadas, vários tipos de destilados, com destaque para o uísque e, além disso, uma grande

O interior, revestido de madeira rústica dá um ar intimista ao ambiente e revela uma sofisticação que certamente pessoas jovens e em busca de algazarra não gostarão. 26 |SEM MEDIDA


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Localizada em uma esquina, a fachada harmoniza com uma elegante calçada, iluminada por lustres que lembram a São Paulo do tempo dos bondes...

variedade de licores. Quem assina os pratos que os freqüentadores poderão degustar, enquanto passam horas agradáveis sem se preocupar com o trânsito, são Lígia Warzée, filha de Carlos e chef de cozinha formada pela Faculdade Anhembi Morumbi e Clark Teixeira, que retorna ao Brasil e traz na mala uma larga experiência adquirida nos EUA, com passagem por restaurantes como o Carmine’s, de Nova Iorque e, também, em outras casas com orientação gastronômica espanhola. Lígia explica que a tarefa destinada a ela e ao Clark foi montar um cardápio que ultrapassasse as barreiras impostas pelo que se espera encontrar em um bar. “Por ser um bar, não víamos o cardápio sem apresentar as porções tradicionais, como, por exemplo, bolinho de bacalhau. Porém, dicidimos incluir nas porções algumas opções que cativassem o cliente pelo ineditismo, e os fizessem voltar por causa dele e não apenas pelo chope. Então adicionamos o bolinho de risoto e o escondidinho de carne de panela”, explica Lígia. Indo além das porções, o que inspirou a chef durante a escolha dos pratos não foi seu lado profissional e sim sua experiência como consumidora. Ela conta que ao freqüentar bares espalhados pela cidade junto com os amigos, dificilmente opta pelas porções e, na maioria das vezes prefere os lanches, como, por exemplo, o de Filet Mignon acompanhado de queijo prato. É por isso que o Jordão também oferece esta opção e, além dos lanches, para quem está realmente com fome e em busca de uma refeição, o cardápio conta com pratos

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tradicionais da gastronomia alemã, como o Eisbein (joelho de porco), ou o Kassler (bisteca de porco defumada com chucrute). O toque “brasileiro” da casa fica por conta da culinária nordestina e apresenta pratos cujos ingredientes principais são a carne seca e a mandioca, sempre presentes no conhecidísimo “escondidinho”. Clark Teixeira adiciona ao cardápio, um toque espanhol oferecendo uma grande variedade de tapas, que podem ser degustadas como entradas, enquanto se aguarda pelo prato principal, ou, ser um aperitivo delicioso, se a intenção é apenas ter uma opção para acompanhar a bebida. A variedade oferecida é grande, indo desde o roast beef com tomilho até o ceviche (pedaços de robalo e salmão servidos com cebola roxa, gengibre, tomate, aipo, suco de limão e pimenta dedo de moça), passando pelo canapé, a burata (um tipo de queijo italiano com um sabor entre a mussarela de búfala e a manteiga), o mix de azeitonas, os mariscos ao vinagrete e as patas de caranguejo com crudites (vegetais crus acompanhados de mostarda de limão picante). Além de todas as tentações gastronômicas e etílicas oferecidas pelo Jordão, algo que chama muito a atenção e que certamente vai agradar quem visita a casa é sua concepção arquitetônica. O lugar é gigantesco e abriga, com conforto e comodidade, 220 pessoas. Localizada em uma esquina, a fachada harmoniza com uma elegante calçada, iluminada por lustres que lembram a São Paulo do tempo dos bondes, as paredes misturam tijolos aparentes com madeira e pequenos jardins dão um toque tropical ao lugar. Quem

...para quem está realmente com fome e em busca de uma refeição, o cardápio conta com pratos tradicionais da gastronomia alemã, como o Eisbein, ou o Kassler. 34 |SEM MEDIDA


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No que diz respeito à culinária, o Jordão tem uma orientação notadamente alemã, mas também mostra toques internacionais com a introdução de pratos da cozinha espanhola e brasileira. parar o carro na porta do Jordão, em um dia ensolarado, certamente gostaria de encontrar algumas mesas disponíveis na calçada. O interior, revestido de madeira rústica dá um ar intimista ao ambiente e revela uma sofisticação que certamente pessoas jovens e em busca de algazarra não gostarão. As mesas, para quatro pessoas, são facilmente cambiáveis para formar uma acomodação maior, para um bom número de clientes. O bar é amplo, com cadeiras altas e confortáveis. No apoio do teto estão televisores. Trata-se de um local onde se pode ficar alguns minutos à espera de quem vai acompanha-lo à mesa, ou então, passar alguns momentos agradáveis simplesmente bebendo algo enquanto o tempo passa. O serviço é impecável. A brigada de garçons é bem treinada e bastante afinada com o timming da cozinha. Um prato, em média, leva cerca de 15 minutos para estar na mesa, diante de quem o pediu. Enfim, o Jordão Bar é um daqueles lugares no Tatuapé que vale a pena conhecer. Tudo nele é um convite para se passar

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bons momentos enquanto se degusta uma boa culinária acompanhada de uma carta seleta e bem harmonizada de bebidas. E o melhor, desde que você more na região, é poder fazer isso sem tirar o carro da garagem, ou, na pior das hipóteses, guiando por apenas algumas quadras. Serviço O Jordão Bar fica na rua Apucarana, 1452, no bairro do Tatuapé, em São Paulo. Seus horários de funcionamento são, de domingo à quarta-feira, das 17h30 às 00h00; às quintas e sextas-feiras, das 17h30 à 1h00 e aos sábados, das 12h00 à 1h00. Seu telefone é (11) 2671-0670 e seu web site é www.jordaobar.com.br. A casa tem capacidade para 220 pessoas, não aceita cheques, aceita todos os cartões, exceto o Hipercard, aceita os tickets VR, Sodexo e Visa Vale. O valor cobrado por rolha é de R$ 25,00. O Jordão oferece serviço de valet (R$ 10,00), música ambiente, área para fumantes, acesso para deficientes e wireless.


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Claudia Blanco uma carreira de sucesso que começou na infância Texto: da Redação | Imagens: divulgação

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Dizem por aí que quando alguém faz aquilo que gosta, o sucesso profissional surge como consequência. Em parte, isso é verdade. Mas, no caso da estilista e empresária de moda Claudia Blanco, além da paixão, não podemos deixar de acrescentar à receita uma grande dose de dedicação e aperfeiçoamento profissional.

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relação de Claudia com a moda nasceu muito cedo, aos 13 anos, proporcionada pela mãe, que trabalhava como modelista, costureira e bordadeira. Naquela época na cidade de Goiânia, na região CentroOeste do Brasil. Ela conta que, na ocasião, apaixonou-se pelo glamour e requinte que aquele universo transpirava e, então, tomou a decisão de tornar-se uma estilista. Mas, como toda paixão, a de Claudia pela moda, precisava ser lapidada. Mais tarde, como não existiam cursos superiores nesta área, ela decidiu formar seu conhecimento de forma autodidática, frequentando o circuito alternativo. Com 20 anos de idade, Claudia decide lançar sua própria marca e cria a Claudia Blanco Collection, em Goiânia. Em 1994 ela se transfere para São Paulo. Na capital paulista, a estilista e empresária percebe, através de pesquisas, que existe uma deficiência gigantesca no que diz respeito à produção de moda feminina nos tamanhos que vão desde o 40 até o 58 e decide direcionar sua empresa e sua criatividade nesta direção. O resultado deste pioneirismo, associado à versatilidade de suas coleções, fez da Claudia Blanco Collection uma marca reconhecida e requisitada pelo universo que hoje conhecemos como plus size. Atualmente, com 45 anos de idade,

Claudia conta que se sente recompensada pelo reconhecimento de seu trabalho. “Hoje, quando recebo elogios de clientes que se sentem felizes por encontrar o tipo de moda que procuravam, fico contente por saber que minha paixão foi direcionada da forma certa e reconheço que tudo o que aprendi, com o esforço de quem não vê limites naquilo que pode aprender, valeu a pena”, conta Claudia Blanco. E esta caminhada, sempre alimentada pela paixão, fez com que Claudia se formasse em Design de Moda e, em seguida, em diversos outros cursos que, segundo ela, somados ao conhecimento que adquiriu com suas diversas pesquisas fora do País, deram a ela bagagem suficiente para circular desde a criação até o desenvolvimento final do produto. “Com 15 anos eu gerenciava os departamentos de produção e estilo de uma confecção em Goiânia. Logo passei a atuar como modelo e, paralelamente, comecei a criar minha própria moda. Hoje, além de ser a estilista da Claudia Blanco Collection, atuo em diversas áreas da empresa como produtora de estilo, desenvolvedora de estampas, designer de acessórios, que acompanham alguns looks e, também, sou responsável pela verificação da qualidade de tudo o que vai ser exposto em nossas vitrines”, explica Claudia. Claudia não gosta muito de falar em

“Nossa moda é para a mulher de classe média, confiante em seu estilo, inovadora e com identidade própria. Uma das características da marca é o ‘espírito inovador.”

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números ou citar dados específicos sobre a Claudia Blanco Collection. Para quem está distante da empresária e estilista, isso soa como uma forma de proteger seu negócio da concorrência, mas, para quem teve a oportunidade de conhecê-la, um motivo plausível para o segredo nada mais é do que a falta de necessidade que Claudia sente de se gabar do próprio sucesso. Ela revela que a empresa conta com uma equipe formada por profissionais qualificados nas áreas de modelagem, corte, costura, acabamento, controle de qualidade, responsáveis pela produção, vendedoras e representantes treinadas para fornecer um atendimento diferenciado aos clientes. Todos, é claro, capitaneados por ela. A Claudia Blanco Collection lança coleções de verão e de inverno como qualquer outra empresa ligada ao mundo da moda. Porém, um de seus diferenciais está nos lançamentos que ocorrem entre as estações, organizados para ocorrer quinzenalmente e onde a empresa apresenta novos modelos, padronagens de estampas inéditas, com cores que se integram e complementam os looks lançados na estação. “Nossa moda é para a mulher de classe média, confiante em seu estilo, inovadora e com identidade própria. Uma das características da marca é o ‘espírito inovador’, as coleções sempre recebem uma mistura do contemporâneo com o vanguardis-

ta. Unimos o conceito e as tendências da moda atual, estilizando com moulages especiais”, conta Claudia. A esta altura, quem estiver pensando que Claudia Blanco é uma daquelas estilistas que “cria sem levar em conta o que suas clientes querem” está enganado. Provavelmente, uma das lições que ela aprendeu ao longo de sua carreira é a que ensina a associar, na criação de seus produtos, criatividade às necessidades de quem a consome. “Recebemos um feedback positivo do público plus size, sabemos que isso se deve ao fato de criarmos modelos diferenciados com detalhes e estampas exclusivas e que, certamente, vão ao encontro ao que estas mulheres estão interessadas em vestir. Não existe moda que possa ser imposta ao público. O que existe é moda criativa, inovadora e que vá ao encontro às necessidades e aos anseios do público”, ensina Claudia. A Cláudia Blanco Collection possui lojas em São Paulo e, como forma de chegar a todas as regiões do Brasil, também trabalha com representantes e oferece seus produtos através do site (www.claudiablanco.com.br). Aliás, antecipando, e confirmando o que Sem Medida disse a respeito de ampliar mercados, na edição anterior, a grife também exporta para o mercado plus size de outros países, como, por exemplo, Oriente Médio, Itália, Estados Unidos. “Te-

“É gratificante desenvolver modelos com identidade, para mulheres independentes, que sabem valorizar suas formas e beleza. Sabemos que o segmento plus size crescerá muito.”

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mos um show room na rua Sólon, 593, no bairro do Bom Retiro, e a loja no Mega Pólo Moda, na rua Barão de Ladário, 566/670, no bairro do Brás, na ala Polo, loja 307, ambas em São Paulo e a segunda dedicada somente às vendas para o atacado. Não temos uma loja virtual no sentido estrito que isso representa, por que fazemos uma moda muito customizada. Porém, o cliente através do site, os interessados em nossos produtos poderão conhecer os modelos e nos enviar um e-mail com a indicação das referências e numeração do seu interesse. Depois de consultarmos o estoque, havendo disponibilidade, enviamos os looks escolhidos através do correio. O pagamento é realizado com cartão de crédito, depósito bancário ou cheque”, conta Claudia. Para finalizar, Claudia conta que se sente recompensada e satisfeita por ter escolhido o universo plus size como seus clientes. Ela diz que sente prazer em explorar sua criatividade e criar moda para um público que, como qualquer outro, gosta de se vestir bem. “É gratificante desenvolver modelos com identidade, para mulheres independentes, que sabem valorizar suas formas e beleza”, afirma Claudia. Quando perguntamos quais são seus planos para o futuro, Claudia comenta que a Claudia Blanco Collection sempre trabalhou para produzir moda com personalidade e de qualidade. “Sabemos que o segmento plus size ainda crescerá muito no mercado da

moda, portanto, queremos fidelizar o cliente oferecendo produtos com características diferenciadas”, finaliza a empresária e estilista Claudia Blanco. A coleção Verão 2011 Ao que parece, a Claudia Blanco Collection, vai se manter fiel ao espírito inovador que a marca propõe e que consagrou o sucesso de suas coleções anteriores. A natureza é exaltada na coleção verão 2011, que traz modelos com indiscutível leveza e estilo. O tema da coleção é Fauna e Flora, os modelos retratam animais, flores e plantas utilizando-se de suas formas e cores. Em sua constante busca por inovações, a grife apresenta a coleção com pinturas e estampas exclusivas, sempre com um toque artesanal. Peças que variam de tecidos tecnológicos a seda pura, com acabamento de alta costura. Uma coleção com silhuetas estilizadas, que ganham dimensões em vestidos que contrastam curtos estruturados e longos fluídos. O tipo de moda ideal para a mulher plus size moderna, contemporânea, que valoriza sua forma e beleza. A estilista acredita que, a união do moderno com o clássico “bem dosado” é sempre bem vinda, acompanhar as tendências e, sobretudo, ter atitude própria e bom-senso é fundamental.

Na capital paulista, a estilista e empresária percebe que existe uma deficiência gigantesca no que diz respeito à produção de moda feminina nos tamanhos que vão desde o 40 até o 58.

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Ness lingerie para todas as idades e ocasiões Texto: da Redação | Imagens: divulgação

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Existem as mulheres jovens e as maduras, as plus sizes arrebatadoras e outras, mais comportadas. Atender a todas as idades e estilos, com um design que atenda a todas e para momentos em que a sedução fala mais alto, é a proposta da Ness Confecções.

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história da Ness Confecções começou há 15 anos, quando Márcia Ramos Constantino, então dona de uma loja especializada em lingeries, decidiu deixar o balcão e tomar o acento criativo de sua própria marca. Ela conta que o início foi difícil, semelhante ao de qualquer pessoa que tenta fazer seus sonhos se tornarem realidade. No começo foram muitas pesquisas, aquisição de máquinas, contratação de funcionários e a compra de moldes prontos. Naquela época, a Ness não se preocupava em fazer tamanhos plus size e atendia apenas os tamanhos padrão. Porém, à medida que a clientela aumentou, surgiram os pedidos de clientes com manequins maiores e, como a procura aumentou, Márcia decidiu atender também à essa necessidade. “Eu confeccionava tamanhos normais para minha loja, e as clientes que estão acima do peso, sempre reclamavam que eu não criava nada para elas. Então, comecei fazer alguns modelos grandes sob encomenda, e foi um sucesso total”, conta Márcia. Atualmente, a empresa cria “lingeries dia” do tamanho 44 ao 54 e, em breve, pretende colocar à venda, uma “linha noite”, com camisolas, shorts doll e pijamas, com numeração semelhante à que já produz para outras linhas. À frente da criação de todos os modelos que produz e comercializa, Márcia conta que a Ness possui linhas básicas, que atendem às necessidades do dia a dia, com detalhes em renda, babados e passa-fitas e, também, oferece uma linha que ela considera como “sensual chic”, onde predominam o tule bordado bicolor, o cetim, as bijuterias nas alças que podem ficar à mostra e muita renda. Afinal, como Márcia afirma, em uma coleção sensual, renda não pode faltar. Para a empresária, um dos grandes diferenciais de mercado, que torna os produtos criados pela Ness incomparáveis, é a experiência acumulada da empresa na cria-

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ção de lingeries. “Nós já confeccionávamos lingeries tamanhos ‘normais’ e trouxemos toda a experiência que conseguimos para a confecção de tamanhos maiores. Isso, somado a muitas pesquisas, me permitiu uma modelagem que realmente veste o que colocamos nas etiquetas. Nosso número 44 realmente veste em uma mulher manequim 44 e o mesmo se repete em toda a nossa numeração”, conta Márcia. Outro diferencial da marca são os tecidos usados e o acabamento das peças. Dando privilégios aos produtos nacionais, Márcia conta que 80% do que é usado na fábrica vem de produtores brasileiros e 20% fica por conta de produtos importados. Suas lingeries utilizam cotton com passa-fitas, micro-fibras, tactel com estampas florais e poá, tule bordado bicolor, cetim e bijuterias nas alças. O resultado do trabalho feito pela Ness são peças de ótimo caimento, que valorizam as curvas e a sensualidade das mulheres plus size e, ao mesmo tempo, em peças mais simples, oferecem conforto, sem abrir mão da graça e da elegância. “Nossa intenção, desde o dia em que decidimos oferecer lingeries para o público plus size, foi aliar durabilidade, bom gosto e conforto, usando materiais de boa qualidade e acessórios decorativos que estivessem em harmonia com os tecidos”, conclui Márcia. A Ness trabalha no varejo, fornecendo suas peças para lojistas de São Paulo e de cidades do interior do estado. O plano de expansão de Márcia prevê a disponibilidade de seus produtos em outros estados brasileiros e, como a grande maioria das empresas do setor plus size, a Ness também pretende fixar uma loja virtual na internet (www.nesslingerie.com.br). Enquanto isso não acontece, para que você saiba onde encontrar as lingeries criadas pela empresa, envie um e-mail para nessconf@globo. com informando qual região você reside ou trabalha. Em seguida, Márcia enviará a lista de lojas mais próximas.

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Bializ’s conforto e comodidade para consumidoras fiéis Texto: da Redação | Imagens: divulgação

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Especializada no atendimento a mulheres plus size, a Bializ’s abandona o conceito impessoal dos shopping centers e aposta numa volta ao passado, quando as lojas de rua dominavam os grandes centros e os consumidores podiam ver o cĂŠu sob suas cabeças.

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inguém aqui é ingênuo o suficiente a ponto de dizer que os shoppings não deveriam existir. Eles agregam uma série de confortos, como, por exemplo, praças de alimentação, cinemas, estacionamento – hoje não tão cômodos assim – e, acima de tudo, oferecem a segurança que as ruas das grandes capitais deixaram de oferecer há muito tempo. Porém, neste emaranhado de lojas, umas coladas nas outras, quem não é grande o suficiente para comprar “toda uma esquina”, acaba tendo que abrir mão de alguns charmes que agradavam e fidelizavam muitos consumidores. Foi procurando resgatar a possibilidade de voltar a oferecer aos seus clientes uma série de “mimos” que a Bializ’s, uma loja bastante conhecida pelas mulheres plus size, decidiu deixar o shopping center e se instalar em uma linda casa no bairro de Santana, na zona Norte da cidade de São Paulo. Segundo Alessandra de Moraes, gerente comercial da Bializ’s, o que levou a marca a fazer isso foi a possibilidade de ter um lugar especial. “Há muito tempo queríamos um espaço só nosso, um lugar com estacionamento, bem localizado e onde pudéssemos oferecer um atendimento especial, que muitas vezes, no shopping, não da para ter, pois sempre esta com muito fluxo de pessoas. Aqui, neste novo espaço, acreditamos que a cliente possa se sentir muito melhor atendida e assim entender realmente o que ela veio buscar”. A Bializ’s, segundo Alessandra, nasceu há 3 anos, quando os empreendedores criaram a marca porque sentiram no mercado de moda a necessidade de atender a mulheres que estão acima do que se convencionou chamar de “peso ideal” e que, apesar de todo preconceito, representavam a “verdadeira mulher brasileira” e gostavam de se sentir bem. “Nós decidimos atender este público específico porque acreditamos que este é um seguimento que tende a crescer de forma constante e existe pouca opção de qualidade para estas consumidoras. Nossa proposta não se limita a oferecer apenas roupas. Nós somos uma espécie de “loja de departamento”, que oferece tudo em termos de vestu-

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ário e acessórios, mas com um tratamento pessoal”, afirma Alessandra. E quando se trata de vestir uma plus size dos pés à cabeça, a Bializ’s não brinca em serviço. Segundo Alessandra, quem entrar na loja vai encontrar moda íntima, sapatos, bolsas, chapéus, bijuterias e, é claro, as mais elegantes e conceituadas peças de vestuário. “Nossa proposta é oferecer produtos para clientes que gostam e que querem estar dentro dos padrões ditados pela moda, independente, da conceituação genérica feita pela mídia em nossos dias”, afirma Alessandra. Neste sentido, a Bializ’s compõe seu mix de produtos com grifes que são bastante conhecidas da consumidora plus size, como, por exemplo, as peças da Claudia Blanco Collection (veja matéria nesta edição), Lígia Nogueira, Belle Carolle e a Yasyl Lingerie. Para Alessandra, o conceito da empresa não é o de oferecer dezenas de marcas, mas sim apenas aquelas que se destacam pela qualidade e pelo arrojo de suas criações. E, neste sentido, uma das marcas que recebeu destaque especial no novo ponto da Bializ’s foi a grife de lingeries Yasyl, da empresária Silvia Gomez (veja matéria na Sem Medida nº 5, de novembro de 2009). “Quando estávamos no shopping, já trabalhávamos com as lingeries da Yasyl, que sempre fizeram muito sucesso entre nossas clientes. Quando pensamos em ‘voltar para as ruas’, imaginamos que a marca merecia um destaque especial e um lugar próprio dentro da loja. Quando oferecemos esta possibilidade à Silvia, ela aceitou e ficamos muito felizes com a parceria”, explica Alessandra. Para quem deseja ser atendido “como nos velhos tempos”, com todo o charme e atenção que uma loja de rua pode oferecer, visite a nova loja da Biazil’s na rua Conselheiro Saraiva, 39, no bairro de Santana, em São Paulo. O telefone para contato é o (11) 2977-4388. O horário de funcionamento da loja é das 10h00 às 20h00. Você pode ir de metrô, afinal a loja fica perto da estação Santana. Mas, diante da possibilidade de se vestir da cabeça aos pés, nosso conselho é que você vá com seu carro, com um porta-malas bem grande.

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Stand up humor inteligente como antigamente Texto: da Redação | Imagens: divulgação

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Fazer as pessoas rirem com uma buzinada de carro, ou com a reforma de casa ou até mesmo com o rompimento de um relacionamento, apenas com a expressão corporal, não é para qualquer um.

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ais de uma hora de risadas soltas. Algumas, até soltas demais. Um espetáculo onde o tempo voa e quando a gente percebe, estamos leves, livres e muito, muito mais alegres do que quando entramos no teatro. É isso que ocorre, com a maioria das pessoas que assiste o Clube da Comédia Stand up, dentro do projeto “Humor no Procópio”. Danilo Gentili, Marcela Leal, Marcelo Mansfield e Oscar Filho, que formam o elenco fixo, mais alguns convidados especiais, já levaram mais de 200 mil pessoas ao teatro para se divertirem muito. Para quem ainda não teve a oportunidade de assistir uma comédia do estilo “Stand up” (do inglês levantar-se), o espetáculo acontece com uma sequência de apresentações conduzidas por um Mestre de Cerimônia (MC), que pode ser um dos comediantes ou uma pessoa que só faz a apresentação. Em um trecho do filme “Um professor aloprado”, com Eddie Murphy, o personagem vai com sua namorada a um bar onde há um show Stand up. Na primeira vez, o comediante se dá bem ridicularizando o excesso de peso do professor. Na segunda, o alter ego do professor dá o troco e o comediante sai de cena.

Nesse tipo de espetáculo, a competência do artista fica ainda mais evidente. Não dá para enganar. Se ele é bom, o público ri. Caso contrário, o silêncio pode ser muito cruel. Mas o silêncio durante a apresentação do Clube da Comédia Stand up só apareceu por que o público queria ficar cada vez mais atento à piada para, em seguida, explodir em uma gostosa gargalhada. Inteligência e raciocínio rápido O que uma reforma de casa pode ter de engraçado? Bem, se quem contar a história for Marcelo Mansfield, prepara-se. Ele conseguiu fazer o público inteiro rir contando as peripécias de uma noite entre escombros. Quem consegue rir depois de um relacionamento interrompido? Marcela Leal consegue, e, mais do que isso, faz as outras pessoas rirem e ainda brinca com a platéia. Ao contar uma piada sobre seu (fictício) ex-namorado, “dividiu” sua dor com uma garota da platéia que não conseguia parar de rir. E o que tem de engraçado na velha mania masculina em buzinar ao ver uma moça bonita na calçada? Nada. Até pode ser, mas então, por que o público morreu de rir quando Oscar Filho perguntou se alguma

O Stand up é um gênero de comédia totalmente diferente dos programas humorísticos apresentados na televisão e dos shows de piadas como os que estamos acostumados a ver.

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Este gênero de comédia nasceu nos Estados Unidos, por volta do final do século XIX e, naquela época, quem praticava o Stand up era considerado um mero contador de piadas, alguém que entretia a platéia até que o “verdadeiro” espetáculo começasse. garota já havia saído correndo atrás de alguém que tivesse buzinado para ela? E assim o tempo vai passando, os comediantes se sucedendo, às vezes não dá tempo nem de se recompor da última piada e lá vem outra. Para isso colabora a inteligência dos atores, que escrevem seus próprios textos. “Essa é uma característica do Stand up”, explica André Bernardes, um dos convidados da noite e que também faz espetáculo no Kadak, em Alphaville. “Eu me inspiro no cotidiano das pessoas, coisas que me chamam a atenção. Anoto, quando acho necessário, e desenvolvo a piada para o próximo espetáculo”. E nessa preparação, todos procuram achar fatos com os quais o público se identifique na hora do espetáculo. “O Stand up tem essa característica de fazer com quem vem ao teatro se identifique com uma ou mais piadas que a gente prepara”, conta Léo Lins, outro convidado do espetáculo, que mora e se apresenta no Rio de Janeiro. As piadas vão aparecendo, e, de repente alguém da platéia ri mais alto, grita, ou se manifesta mais efusivamente. Nessa hora, quem está no palco emenda alguma frase e a platéia quase vem abaixo. Não apenas pela piada, mas pelo fato de que alguém da platéia “participou”, ou no míni-

mo serviu de “apoio” para a piada. Porém, o brincar com a platéia não é consenso entre os comediantes. Enquanto André Bernardes gosta desse tipo atitude, “para que a platéia perceba que o improviso acontece, e que é tudo sem ensaiar”, Marcelo Mansfield prefere não interagir com o público. “Acho que a pessoa que vem ao teatro, vem para ver os atores, não para serem vistos, por isso prefiro não interagir”. Independente de interagir ou não com o público, todos os comediantes do “Clube da Comédia”, e seus convidados, conseguiram passar, durante 70 minutos, a certeza de que não é preciso mostrar o corpo, nem apelar para baixarias com conotações sexuais par fazer humor. O bom humor resulta da uma mistura de inteligência, competência, experiência e, é claro, dom para trasmiti-lo a uma platéia cansada de ser maltratada pelo “ditos programas humorísticos” da televisão. Humor sem artifícios Para quem ainda não teve a oportunidade de assistir a uma apresentação de Stand up, vale a pena dizer que este é um gênero de comédia totalmente diferente dos programas humorísticos apresentados

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na televisão e dos shows de piadas como os que estamos acostumados a ver. Nele, um humorista sobe ao palco para ser ele mesmo, sem interpretar personagem algum e sem qualquer recurso teatral, como, por exemplo, cenários e figurinos. Em pé, acompanhado apenas por um microfone, o artista apresenta seu show, satirizando situações vividas ou vistas no cotidiano. O que torna este tipo de show tão atraente é, em primeiro lugar, o fato de que ele nos convida a uma espécie de “conversa entre amigos”, igual àquelas que temos no happy-hour, e da qual, se desejarmos, podemos também participar. E, em segundo lugar, e, talvez o mais importante, é que no Stand up acabamos descobrindo as facetas da personalidade e da visão que aquele humorista que se apresenta tem a respeito do mundo que o cerca. Este gênero de comédia nasceu nos Estados Unidos, por volta do final do século XIX e, naquela época, quem praticava o Stand up era considerado um mero contador de piadas, alguém que entretia a platéia até que o “verdadeiro” espetáculo começasse. Comediantes que se tornaram altamente conceituados e até hoje são considerados os pais deste tipo de entretenimento são Jack Benny, Fred Allen e Bob Hope. Aos poucos, o Stand up ganhou

respeito e quem atuava no gênero começou a aparecer em clubes noturmos, abrindo shows de outros artistas até que caiu no gosto do público, que, algumas vezes, ia até o clube apenas para assistir a esta apresentação. Na década de 70, o Stand up explodiu e surgiram programas como o Saturday Night Live e The Tonight Show, onde foram lançadas carreiras como as de Richard Pryor e George Carlin. Steve Martin e Bill Cosby que tiveram sucesso semelhante, e se caracterizaram por um humor mais suave. Alguns nomes alcançaram uma popularidade tão grande que conseguiram chamar a atenção da televisão e do cinema, como, por exemplo, Robin Williams, Eddie Murphy e Billy Crystal. No Brasil, o Stand up começou sua escalada de forma tímida, com a participação de Diogo Portugal e Bruno Motta apresentando o gênero no Prêmio Multishow do Bom Humor Brasileiro, em 1996 e 1998, respectivamente. Ambos eram os únicos a utilizar o estilo num festival criado por Wilson Cunha, com o objetivo de incentivar o Stand up. Em Curitiba, Diogo participa de noites de humor variadas, onde ele apresenta, também, números de Stand up. Bruno, em Minas Gerais, estréia seu solo “De Pé!”, além de fazer shows com outros hu-

Os biógrafos do Stand-up brasileiro consideram a entrevista de Diogo Portugal no Programa do Jô, como fator decisivo para chamar a atenção dos brasileiros para este gênero de comédia.

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No Brasil, o Stand up começou sua escalada de forma tímida, com a participação de Diogo Portugal e Bruno Motta apresentando o gênero no Prêmio Multishow do Bom Humor Brasileiro, em 1996 e 1998, respectivamente. moristas. Ao mesmo tempo, Fernando Ceylão dava os primeiros passos do gênero no Rio de Janeiro, com diversos espetáculos solos. Mais tarde, os três se encontram no Risorama, criado por Diogo Portugal para o Festival de Teatro de Curitiba. Fernando Ceylão se junta aos redatores da Globo, Cláudio Torres Gonzaga e Fábio Porchat, além dos atores Paulo Carvalho e Fernando Caruso para criar o Clube de Comédia em Pé, que estréia no Rio Design Leblon. O Comédia em Pé torna-se o primeiro grupo de Stand up brasileiro. Algumas semanas depois, em São Paulo, o grupo que se reunia pela internet e lança o Clube da Comédia Stand up, no bar Beverly Hills. O Comédia em Pé prossegue suas apresentações na capital carioca e, em São Paulo, o Clube da Comédia ganha o reforço de Diogo Portugal, enquanto deixam o grupo Henrique Pantarotto e, depois, Márcio Ribeiro. Os biógrafos do Stand up brasileiro consideram a entrevista de Diogo Portugal no Programa do Jô, como fator decisivo para chamar a atenção dos brasileiros para este gênero de comédia. Ele menciona os diversos shows de que participa e atrai o público e a mídia para os locais onde se apresenta. No Rio, o Comédia em Pé passa a se apresentar em teatros, ficando

em cartaz nos dois extremos da cidade simultaneamente. Em Belo Horizonte, Bruno Motta cria o ImproRiso, que reúne comédia Stand up, personagens e cenas. Em Curitiba, alavancadas por Diogo, surgem outras noites de humor Stand up. Em São Paulo, Danilo Gentili, que acabara de entrar no Clube da Comédia, convida Márcio Ribeiro e reúne jovens humoristas que frequentavam o Clube para criar o Comédia Ao Vivo. Serviço Clube da Comédia, com Danilo Gentili, Marcelo Mansfield, Marcela Leal, Oscar Filho e convidados, se apresenta todas as quartas-feiras às 21h00, no Teatro Procópio Ferreira, na rua Augusta, 2823, no bairro dos Jardins, em São Paulo. A temporada segue até o dia 27 de outubro. A apresentação dura 70 minutos e os ingressos custam R$ 40,00 (inteira) e R$ 20,00 (meia entrada - carteira de estudante e idosos). A bilheteria está aberta de terça a domingo das 14h às 19h ou você pode comprar antecipadamente pelo endereço www.ingressorapido.com.br. A classificação etária é para maiores de 14 anos. O teatro, com capacidade para 670 pessoas e lugares para portadores de necessidades especiais.

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Faa Morena uma mulher apaixonada pela música e pela família Texto: da Redação | Imagens: divulgação

Aos 52 anos, a apresentadora do programa Ritmo Brasil, da Rede TV!, Faa Morena, ainda pretende alcançar muitas conquistas. Mãe de três filhos, Faa conta um pouco sobre sua carreira, da paixão pela música e da relação com os filhos.

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paixão pela música começou muito cedo na vida da Faa Morena, ainda na infância. E o cenário musical do Paí­s não poderia ser melhor, passava por um movimento muito rico. Ela ouvia Elis Regina e Roberto Carlos, Chico Buarque, Caetano Veloso, Wilson Simonal, que estavam no auge da fama na época. Sempre ligada no mundo musical, não deixou escapar a oportunidade de fazer um programa na Rede TV, o Ritmo Brasil. “A gestação do programa durou alguns meses e o nome foi escolhido por uma enquete no site da emissora”, lembra Morena. “É um momento de descontração que levo às casas dos telespectadores, no final das tardes de domingo. Dá trabalho, mas é muito gratificante”. O Ritmo Brasil, segundo ela, tem como foco principal uma programação musical de qualidade, e as curiosidades dos artistas, que o público tem vontade de conhecer, mas dificilmente tem a chance de ver em outros programas. No Ritmo Brasil, todos os ritmos são bem-vindos: MPB, Forró, Hip Hop, Eletrônica, Regional, Pop, Samba, Pagode, Rock, Sertanejo, Funk etc. E com isso, ela aprendeu a gostar de todos os ritmos, acumulando mais de 300 CD’s em sua casa. Ela ouve música na hora do banho, enquanto se maqueia, enfim, a toda hora. Com isso, além de uma profissão, Faa Morena conquistou muitos amigos em seu trabalho, principalmente por recebe-los em sua casa. “Isso não me parece ruim”, afirma a apresentadora que relembra uma vez quando fez uma matéria para o programa em sua casa e trouxe as duas duplas sertanejas Marlon e Maicon e André e Adriano. “Fizemos um churrasco e foi uma noite muito gostosa”, lembra sorrindo. “Na sobremesa, claro, sempre rola aquela cantoria. Outra vez recebi Maurício Manieri, que tocou piano maravilhosamente. Sempre faço umas reuniões em casa”. Melhor anfitriã

Talvez por isso, ou pelo seu jeito de deixar os entrevistados bem a vontade, ela é

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apontada como a melhor anfitriã brasileira. Ela fica agradecida pelo elogio e credita esse sucesso ao fato de adorar receber as pessoas e deixá-las à vontade. “Tenho um jeito muito simples de ser e sou cativada com os detalhes de cada um”, explica. “Sinto um interesse absurdamente profundo pelos artistas/amigos que recebo ou entrevisto. Minhas entrevistas são cercadas de respeito e crédito pelo entrevistado. A partir disso, muitas coisas surgem. Desde risadas, até lágrimas”. E no meio do mundo musical, era inevitável não ser contaminada pela vontade de gravar. Sob a desculpa de “deixar uma história para os filhos”, um amigo a convidou para gravar. Ela gostou da idéia de tal maneira, que, mesmo com o amigo a deixando no começo das gravações, ela continuou em frente e finalizou o trabalho da maneira mais profissional possível. Ela define seu estilo musical como sendo Música Popular Brasileira, cantada do seu jeito. “No CD é possível ouvir desde pop até canções românticas, mas com meu jeito próprio de cantar”, conta Faa Morena. “Num segundo projeto, que não lancei, também cantava o sertanejo, bossa nova, um sambinha. O importante era me convencer visceralmente, só, que nesse momento, pretendo continuar apenas como apresentadora. Percebi que para fazer as duas coisas, cantar e apresentar, seria muito difícil. Sou feliz, apresentando meus artistas queridos”. E os filhos, além de contarem com uma cantora e apresentadora contam, antes de tudo, com uma amiga. “Sou uma mãezona”, diz abrindo os braços e um lindo sorriso. “Queria ter uma mãe como eu! Optei por educar meus filhos e estar sempre ao lado deles e hoje, sou uma mãe-amiga. Falamos sobre todos os assuntos, discutimos sobre futebol, frequentamos juntos restaurantes, bares, sempre na companhia de amigos meus ou deles. Nunca deixei babás tomarem conta. Hoje, temos uma relação familiar de cumplicidade e nos ajudamos mutuamente como seres humanos. São os recheios de minha vida”. Mãe, apresentadora e cantora e ainda arruma um tempo para manter a forma e

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“O importante era me convencer de que podia ser cantora, só que nesse momento, pretendo continuar apenas como apresentadora.” a beleza. Até os 45 anos, não dava muita atenção para isso, era bela por natureza. Daquela idade para cá, começou a se cuidar mais, porém, sem neuroses. Usa cremes no corpo e no rosto, faz pilates, dança de salão, bebe três litros de água por dia e escreve poesias, que faz bem para a alma e, consequentemente, para a saúde. Com isso, as dores na coluna sumiram, ela corrigiu a postura, não apenas física, mas também perante à vida o que a deixou mais serena e tranquila. Para relaxar, adora ler um bom livro, mas é uma leitora exigente. “Um bom livro é aquele que me prende desde o começo

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da leitura”, explica Morena. “Às vezes dou uma chance para o livro ficar bom depois do primeiro capítulo, mas se isso não acontece, eu o fecho e parto para outro”. Feliz, realizada como mãe e profissional ainda espera por alguém especial, que seja romântico como ela. Enquanto isso, vai ouvindo as notas que a vida lhe canta e procura seguir sua verdade, sem nunca esquecer da força que existe na lei da ação e reação da qual ela é uma seguidora. “Se movemos uma pedra aqui, claro que todo o universo é mobilizado”, filosofa Morena. “Daí, nossos movimentos precisam ser mais responsáveis.”


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Animais será que eles é que são os irracionais? Texto: da Redação | Imagens: Wikipedia Commons

Um jornalista mata a ex-namorada pelas costas. Uma moça e seu namorado matam os pais a pauladas. Enquanto isso tudo acontece, um cão rouba dois gomos de linguiça para matar a fome.

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Wikimedia Commons/fourlingual

LEITURA DIGITAL

POR UM MUNDO

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or mais estranho que possa parecer a comparação, ela é muito importante para mostrar que, nos dias de hoje, irracionais são os ditos “seres humanos”. A violência contra o próximo está ficando cada vez maior e, às vezes, extrapolam para os animais. Pobres vítimas indefesas que não têm como se defenderem e que acabam sentindo na própria pele o quanto o ser humano pode ser irracional. Mas se existem pessoas que descontam suas frustrações nos animais, existem outras que dedicam boa parte de sua vida à sua proteção. Pessoas como Sonia Pequeno, que há 15 anos estava envolvida com a Associação dos Amigos dos Animais de Campinas, AAAC e que tem abrigo. Analisando a situação dos cães e gatos, Sonia percebeu a necessidade de se fazer castração, pois a proliferação de cães e gatos é enorme. E assim surgiu o Grupo de Apoio ao Animal de Rua de Campinas, GAAR, com o objetivo de arrecadar verbas para a castração dos animais. Entusiasta e uma defensora ferrenha dos animais, Sonia Pequeno começou a falar com as pessoas e muitas outras mostraram preocupação com o aumento de animais das ruas. O trabalho começou de forma simples e rústica e foi crescendo graças à seriedade de como ele era executado. Sônia foi arrumando outras pessoas como Rosana Campos, psicóloga clínica, que se juntou ao grupo formado hoje por nove pessoas. “Somos uma equipe pequena e muito unida”, explica a atual presidente do GAAR. “Praticamos a própria filosofia do animal. Dar afeto, ser leal, ter paciência, saber lidar com as diferenças, trocar idéias e respeitar a essência de cada um”.

Mas a batalha não tem sido fácil. O grupo recebe ajuda para realizar o trabalho, mas ainda falta bastante para conseguirem administrar os gastos e as necessidades que existem. “Algumas pessoas nos ajudam de diferentes formas”, explica Rosana. “Comprando rifas, camisetas, adesivos e outros objetos que temos na lojinha do site do GAAR. Também fazem doações para o bazar que realizamos mensalmente e temos alguns sócios-contribuintes. Eles são poucos para a garantia da mensalidade”, contabiliza Rosana, dizendo que a contribuição certa daria segurança para o Grupo poder ajudar mais animais. Um grande dificuldade A grande parte dos gastos é assumida pela equipe. Algumas pessoas dão lares temporários para os animais retirados dos maus tratos, mas na maioria das vezes, até por este espaço o GAAR precisa pagar. O Grupo não tem abrigo ou sede própria. O contato pode ser feito pelos sites, orkut e email gaarcampinas@yahoo.com.br. Não existe instalações. Quando há necessidade de tratar de um animal, o Grupo paga por lares temporários até poder coloca-lo para adoção. Para tentar arrecadar verbas, o GAAR divulga os e-mails e site da instituição (gaarcampinas.org e sitiodaaninha.org), além de divulgar os Orkuts GAAR Comunidade e GAAR Campinas, divulgação de adoção de animais. E para conseguirem ajuda, doam jornais para quem adotar um animal. Também compram ração e dão para os protetores independentes que têm muitos animais e precisam de ajuda. O objetivo principal era a castração de animais, mas é muito difícil não deixar de

“Um animal é como se tivesse três anos de idade. Imagine abandonar uma criança nessa idade numa estrada e fugir de carro e o animalzinho correndo atrás.” SEM MEDIDA| 87


animal que também sofre. Todo dinheiro arrecadado é da forma como foi descrita acima, e principalmente, do nosso próprio bolso. Por isso temos um limite que nos angustia bastante”. O outro lado Se existem pessoas preocupadas em proteger os animais, existem outras que não se importam com um animal, por julgar que eles não merecem carinho e respeito. “Nosso trabalho nos traz muita tristeza, insônia e choro”, afirma Rosana. “Todo ser vivo sente dor, sente falta do seu dono. Um animal é como se tivesse três anos de idade. Imagine abandonar uma criança nessa idade numa estrada e fugir de carro e o animalzinho correndo atrás. Ou bater com pau na cabeça de um ser humano a ponto dos olhos saírem das órbitas”. Rosana Campos diz que é tão desumano, frio, grotesco que não dá para conceituar uma pessoa que abandona um animal, como fazendo parte da raça Humana. Segundo ela, o ser humano em sua natureza traz dentro de si a compaixão, a solidariedade, tem amor, carinho, vontade de se doar, tem apego. Mas as pessoas estão perdendo o medo de denunciar os maus tratos aos animais. Tanto assim que a Delegacia de Animais, 4ª DP não dá conta de tantas denúncias. Existem pessoas que tem coragem de fazer Boletim de Ocorrência, apesar de muitas se omitirem e não fazerem nada por medo de quem maltrata seu animal poder persegui-lo, por ser um psicopata. “Mas é necessário o população acordar”, conclama Rosana. “Eu falo dos animais porque trabalho com eles, mas não dá mais para ser omisso seja com maus

“Os sócios-contribuintes são poucos para a garantia da mensalidade. Com uma contribuição certa, daria mais segurança para o GAAR poder ajudar mais animais.” 88 |SEM MEDIDA

Wikimedia Commons/Orlovic

pegar um animal maltratado, um cão que está totalmente doente e não dar o carinho e cuidado que ele merece. Foram feitas parcerias com veterinários para que seja possível realizar castrações a um preço razoável. E é um trabalho de campo. “Vamos para a periferia falar com os donos de animais, castramos os que estão perambulando pela rua (sem dono), e pedimos para que todos castrem, independente de serem de raça ou mestiço”, afirma Rosana Campos. “Buscamos sempre orientar as pessoas sobre a importância da castração. Seja pela questão da saúde pública, ou de próprio bem estar para o cachorro. Hoje se sabe que um animal castrado fica menos violento, e tem menos chance de adquirir uma doença como o câncer. Além disso, é um ato de compaixão da população em ajudar a diminuir o número de cães e gatos que estão nas ruas correndo o risco de serem maltratados ou ficarem doentes e morrerem”. O Grupo faz mutirões de castração nos bairros e clínicas, além de encaminhar pessoas para fazer a castração do seu animal. “Castramos em torno de 30 animais por mês, mas é muito pouco”, lamenta Rosana. “E cuidamos em torno de 15 protetores que tem canis (mais ou menos 20 cães) por pessoas (com ração, remédio, cobertas, etc)”. E tudo isso sem contar com nenhuma ajuda do Poder Público ou empresas, como gostariam. E isso tem uma explicação psicológica. “Existe um preconceito forte de que se for ajudar, a prioridade é o ser humano. Por exemplo, uma creche ou asilo. Mas a ajuda não precisa ser excludente”, afirma a presidente do GAAR. “Quem ajuda um ser vivo pode se compadecer de um


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tratos aos animais, às crianças, mulheres, idosos, enfim, qualquer ser vivo que é subjugado de uma forma cruel e indigna. É um abuso à integridade desse ser. É crime. Essas pessoas têm que ser denunciadas e responder pelo crime que estão cometendo”. Como adotar A presidente do GAAR aconselha a quem quiser um bicho de estimação, não compra-lo, para que o comércio de animais seja eliminado. Segundo ela, animais não vendidos são descartados e os que procriam ficam a vida inteira presos, só fazendo isso, dando lucros a quem cuida deles que não têm nenhum compromisso em continuar cuidando desses animais em sua velhice. Uma opção são as feiras de adoção promovidas por diversas Ongs. Além disso, há inúmeros sites para adoção em todo o Brasil com todo tipo de animais para serem doados. Rosana adverte: precisamos acabar com esse conceito que somente cão de raça pode ser um bom cão. Segundo ela, isso é mais do ego da pessoa que compra do que da capacidade do animal. A pessoa deve pensar se realmente quer ter um cão ou gato. Eles vivem cerca de 18 anos e é uma responsabilidade. É como ter um filho. Não dá para mudar de ideia. A presidente do GAAR diz que não se deve adotar para dar de presente. Segundo ela, animal não é brinquedo, nem para mimar filhos, esposas ou namoradas. Uma vez definido que irá adquirir um filhote, ele não deve ser impulsivo porque

todo filhote é gracioso, mas eles crescem. Não se deve esquecer que irão ter gastos com ração, vacinas, doença, além de um local onde ele ficará quando você viajar. Mas, se quiser mesmo compartilhar a vida com um animal, é porque você tem certeza de que vale a pena, porque já refletiu e quer que um animal seja parte da família. E como ele integrará a família, é importante pensar e conversar sobre o tamanho, a questão da pelagem, tem cães que precisam de tosa, ver o temperamento (alegre, expansivo, quieto ou um cão de guarda). Depois de tudo isso pensado e decidido, prepare-se: é só alegria. “Os animais domésticos são quase como um filho, um amigo, um companheiro quando você o ama de verdade”, compara Rosana Campos. “A vida se completa neles. Seja cão ou gato, vão trazer essa companhia, alegria, um sentido de viver como qualquer ser vivo que ao estarmos vinculados nos faz bem porque existe a cumplicidade e o amor. E eles têm um amor incondicional incrível. Há uma relação absurdamente telepática com seus donos. É maravilhoso virar criança com eles porque nos buscam para brincar, passear, deitam para pedir carinho e são muito gratos! No caso dos cães, por serem territoriais, protegem o seu lar. Mas o amor é o divisor de águas”. Se você quiser conhecer melhor o GAAR, envie um e-mail, gaarcampinas@ yahoo.com.br ou visite os sites www.gaarcampinas.org, www.sitiodaaninha.org, ou no Orkut: GAAR ou GAAR Campinas (criada para divulgar também animais para adoção e pedir ajuda).

O objetivo principal era a castração de animais, mas é muito difícil não deixar de pegar um animal maltratado, um cão que está totalmente doente e não dar o carinho e cuidado que ele merece. SEM MEDIDA| 91


Reciclar um ato de amor para com o planeta e com todos nós Texto: da Redação | Imagens: Wikipedia Commons Available in English. See page 137

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LEITURA DIGITAL

POR UM MUNDO

SUSTENTÁVEL

Quando você recicla, além de não estar tirando nada da natureza, ainda está impedindo que material que poderia ser utilizado seja jogado indevidamente poluindo o meio-ambiente.

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esde os tempos de faculdade, Lincoln Soares dos Santos fazia pesquisas envolvendo reciclagem. Mais tarde, em sua empresa, passou a desenvolver a reciclagem de materiais plásticos, fazendo granulados a partir do processo de extrusão, revendendo-os para outras empresas como matéria prima para novos produtos. Mas o trabalho não é tão simples quanto parece, e ele explica o motivo. “Promover a reciclagem é dar vida nova a materiais plásticos e outros que acabariam em lixões ou aterros sanitários. Não é apenas uma atitude ecologicamente correta, é uma atitude de visão”, afirma o empresário. “A primeira idéia de reciclagem é a de preservação do meio ambiente, até mesmo porque se não reciclarmos, vamos matar nosso planeta. Mas também reciclamos porque temos fontes esgotáveis como o petróleo, como no caso da água, caso não existisse tratamento só teríamos água impura (esgoto) para nosso consumo então a reciclagem hoje para nós já deveria ser um hábito”. A reciclagem só traz benefícios para o meio ambiente porque quando se coleta esses materiais, são toneladas e mais toneladas de material bom que não vão ficar 100, 200 ou até 1000 anos para se decompor no meio ambiente. Eles terão um destino muito melhor e mais agradável para nosso planeta. Além de beneficiar o meio ambiente, a reciclagem também gera outro benefício, que é a geração de empregos oferecidos pelas recicladoras. Isso é uma forma direta de benefício. A outra é as pessoas andarem pelas ruas da sua cidade e não verem papéis, latas, plásticos jogados pela rua. “Mas ainda não chegamos a esse ponto a não ser pelas latas de refrigerante e pneus que já não encontramos mais em nossas calçadas”, afirma Santos.

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Como posso ajudar Para quem quer ajudar, pode começar em casa, de forma simples, mas também estendendo isso para o seu trabalho e aos colegas de escritório, fazendo uma coleta seletiva. Quanto mais reciclamos (reduzimos e reutilizamos), menos vamos destruir nosso planeta. Podemos reciclar muito mais do que pensamos como, por exemplo, aquele óleo de cozinha que depois da fritura algumas vezes vai para o ralo da pia, pode ser reciclado para fazer sabão além dos materiais mais comuns como plástico, papel (sem gordura), latas, embalagens tetra pack e vidro. Mas cuidado. “Não adianta separarmos o reciclado em casa e depois colocar na lixeira ou na porta de casa para o lixeiro pegar”, alerta o reciclador. “Duas medidas fáceis podem ser tomadas. Uma é levar o reciclado para algum ponto de coleta seletiva e outro é fazer uma espécie de parceria com as recicladoras. No caso de muitos condomínios, uma vez por semana ou dia sim, dia não, a recicladora coleta o material e leva para o seu destino correto. Isso só depende de entrar em contato e negociar a melhor forma para se fazer a coleta”, explica Santos. E não precisa grandes equipamentos para fazer a reciclagem. De baldes para diferenciar do lixo comum ou mesmo sacolas, mas o maior equipamento é a força de vontade de cada um, pois, só assim conseguiremos aplicar plenamente a reciclagem. Também não é necessário grandes gastos em supermercados ou em lojas de produto de limpeza para comprar baldes grandes e sacos próprios para lixo.

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Reciclagem no Brasil Segundo Lincoln Santos, o Brasil apresenta um índice elevado de reciclagem. No caso das embalagens de vidro, 47% são recicladas, somando 470 mil t/ano. No caso do papelão/papel, 79,6% do papelão e 43,7% do papel de escritório produzido são reciclados. Com as embalagens tetra pack a taxa de reciclagem no Brasil é de 26,6%, totalizando cerca de 52 mil toneladas por ano. Com o plástico, reciclamos aproximadamente 556 mil toneladas isso dá apenas 21,24% do total produzido e 54,8% de garrafas PET. Agora o campeão de reciclagem é a lata de alumínio, 91,5% do total produzido, o maior do mundo. Mas estes números poderiam ser melhores, se não houvessem limitações. “São as limitações de cada material, como no caso do vidro, que não se pode misturar com diferentes tipos de vidros. O de carro tem que ser separado dos vidros de garrafa. Os papéis não podem conter óleo, nas latas, contaminação orgânica ou areia e nos plásticos não se pode misturar plásticos que não tenham a mesma compatibilidade química. E algumas vezes a falta de material, pois quanto mais reciclarmos mais vamos expandir e modernizarmos as recicladoras”, explica o sócio-Diretor da JL Reciclagens. Mas nem tudo está perdido. “Hoje se tem apoios para indústrias de reciclagem, tanto financeiramente como em palestras e cursos para quem já está no mercado e para quem está começando”, explica Lincoln Santos. “O que falta é divulgação e pontos de coleta seletiva para cada vez mais incentivarmos a reciclagem e facilitarmos a operação porque a qualquer barreira que a pessoa encontra ela vai parar de praticar a reciclagem e com isso já sabemos o mal que é gerado para nós e para a natureza”.

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Impreza design arrojado, conforto e muita potência para você Texto: da Redação | Imagens: divulgação

O Subaru Impreza WRX é um carro muito dócil. Confortável e espaçoso é perfeito para um passeio. Mas não pise fundo no acelerador. Você pode despertar uma fera quase indomável.

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Subaru é a divisão automotiva da Fuji Heavy Industries Ltd. (FHI), uma empresa completa e versátil. Completa por que desenvolve vários produtos baseados numa tecnologia confiável de divisões como a Automobile Division, a Aerospace Division, a Bus Manufacturing & House Prefabricating Division, uma divisão de produtos industriais, e a Transportation & Ecology Systems Division. E para atingir um alto padrão em dirigir, é preciso buscar contentamento e segurança. Este ideal é simbolizado no mecanismo AWD (all wheel drive = tração integral e permanente nas quatro rodas) que é implementado tanto em carros para rali quanto para o consumidor final. Os carros da Subaru World Rally Team que utilizam este mecanismo estão, cada vez mais, obtendo melhores resultados em competições. A força, a estrutura e resistência desses carros de competição são tão boas, que o piloto de rali Patrick Richard, capotou seu Subaru no Rallye Baie Chaleurs, prova do campeonato canadense, saiu do carro com o navegador ainda preso, pôs o Impreza de volta à pista, girou a chave e continuou para vencer o rali, com as peças penduradas ao carro e balançando ao sabor do vento. Mas a Subaru tem uma família Impreza constituída de seis diferentes versões equipadas com quatro opções de motor: 1.5 (115 cv, 4 AT/5MT); 2.0 (160 cv 4AT/5MT); WRX (230 cv 5MT) e STI (310 cv 6MT), para que você não precise “pilotar” a versão de rali. Com esses lançamentos, a linha Impreza torna a qualidade e tecnologia Subaru ainda mais acessível ao consumidor brasileiro, que passa a poder desfrutar do exclusivo sistema de tração Symmetrical AWD e da motorização boxer, que equipam todas as suas versões, além do exclusivo prazo de garantia de cinco anos sem limite de quilometragem para os modelos com motor aspirado.

Equilíbrio notável Para uma direção segura é necessário reagir rápido em situações desagradáveis que aparecem de repente. O motor em oposição horizontal e a simetria lateral do layout do AWD da Subaru oferecem um equilíbrio notável e, mesmo em situações repentinas, o modelo possui precisão e conforto, de forma segura. E ainda, a tecnologia, como o ABS, aumenta a capacidade de evitar o perigo. Desviando de repente para evitar algo que cai de um caminhão na frente, por exemplo, o equilíbiro oferecido pelo Subaru AWD, mantém o carro estável até mesmo quando o motorista reage com um movimento brusco no volante. Quando a situação é mais crítica, e apenas frear não pode parar o carro na hora, o motorista deve reagir rapidamente nas rodas de direção. Nessa situação, o Subaru AWD, por meio do seu baixo centro de gravidade, a simetria lateral do layout, e uma distribuição apropriada da carga na frente e na traseira do veículo, pode levar a uma estabilidade notável e a um resultado confiável sobre suas capacidades de evitar o perigo. Em uma situação para evitar um obstáculo, o AWD e o ABS (anti blocking system), atuam em conjunto e o veículo se mantém estável até mesmo quando se freia de repente. E essa estabilidade se mantém até mesmo ao sair de um túnel e descobrir que o lado externo está molhado. Nesse momento, o Subaru AWD responde com o controle apropriado nas novas condições da estrada distribuindo apropriadamente o torque para as rodas traseiras e dianteiras, mantendo o carro estável, aumentando a segurança e permitindo que o motorista tenha o controle da situação. Motor fundamental Você pode não saber, mas se já foi proprietário de um Fusca, você já teve um

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carro com motor “Boxer”. A Subaru é a única marca japonesa que utiliza o motor em oposição horizontal, com seu superior equilíbrio rotacional. Centrado em torno do eixo de transmissão, os pistões, também opostos, são propositalmente posicionados para repetir o movimento com reciprocidade. Como esse movimento parece muito com dois boxeadores muito bem treinados trocando socos, o motor em oposição horizontal recebeu o apelido de Boxer. Para os motores configurados em ‘V’, um layout simétrico é estruturalmente impossível. A Subaru passou a usar o motor Boxer em 1965. Ela empregou o modelo nos primeiros carros FWD produzidos em massa no Japão. Desde então, a tecnologia foi se tornando parte da tradição da Subaru. Segurança ativa Uma boa carroçaria, um excelente motor e um conceito de “Direção ativa, segurança ativa da Subaru associou o motor em oposição horizontal ao original sistema AWD. Os veículos 4WD (tração nas quatro rodas) de passageiros produzidos em massa pela Subaru são precursores dos carros AWD e estrearam em 1972. Naquela época, os veículos 4WD eram resistentes, apropriados para andar através dos campos. Incorporar o sistema 4WD nos carros de passageiros foi uma ideia revolucionária na qual a Subaru focou para ter o melhor da união de dois mundos num único modelo que tivesse conforto e tração de direção superior. Nos anos seguintes, a empresa continuou a refinar as tecnologias do seu original sistema AWD para assegurar maiores níveis de segurança e estabilidade na estrada. As bases do sistema AWD que têm possibilitado a liderança mundial da Subaru nesse segmento são o exclusivo motor em oposição horizontal, o original layout simétrico do AWD com montagem longitudinal,

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a transmissão, o eixo de transmissão de direção, e o diferencial traseiro posicionados linearmente. Esse layout, com o seu baixo centro de gravidade e sua excelente distribuição de peso, é a idéia básica do sistema AWD, possibilitando estabilidade máxima ao dirigir e também uma performance confortável como se pode notar pelos objetivos de ‘Segurança Ativa’. O layout simples do AWD da Subaru resulta em qualidade porque também é altamente confiável, com barulhos reduzidos e baixo consumo de combustível, que são atributos essenciais para carros AWD se tornarem bastante populares. Conforto ao dirigir Andar de carro confortavelmente de uma forma que não canse o motorista é um aspecto importante de segurança. Por exemplo, com o baixo centro de gravidade e a excelente estabilidade do AWD da Subaru, o veículo tem um alto grau de estabilidade em estradas de linhas retas, e mantém o motorista confortável, mesmo dirigindo em longas distâncias, desempenhando um papel importante em direção com segurança. O Impreza também oferece um habitáculo confortável para apoiar o motorista, incluindo características como fácil operabilidade e um campo visual limpo do seu banco. O carro não causa estresse e reduz os fatores que cansam o motorista. Essa é uma característica de segurança que privine o surgimento de situações de perigo Por conta do AWD, o Impreza se mantém estável e em linha reta. O carro oferece um passeio confortável mesmo quando chove nas estradas tornando-as especialmente escorregadias em condições de chuva. Quando o pneu passa sobre uma poça, fica fácil perder o controle de direção. Seja como for, com o AWD, todas as quatro rodas são mantidas em equilíbrio e oferecem segurança. A simetria lateral do Impreza e o baixo

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centro de gravidade oferecem paz de espírito até mesmo em estradas com baixa aderência (chuva, lama, neve, etc.), às quais não estamos familiarizados. Com o AWD, todas as quatro rodas proporcionam um firme e seguro equilíbrio na estrada. Por essa razão, o Impreza leva a um passeio seguro mesmo quando está ventando em uma estrada de montanha. Você já tirou o carro da pista em uma curva? Com o Impreza AWD você terá segurança por meio de todas as quatro rodas e por causa do notável equilíbrio realizado através do baixo centro de gravidade. A Subaru projetou uma coluna de pro-

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teção (coluna A, entre parabrisa e vidro da porta) com uma forma que assegura um ângulo grande de visão. Esse pilar é uma parte importante dos elementos estruturais da carroceria de um veículo. Em qualquer outro carro, ele impede a visão do motorista. A Subaru fez questão de um exame detalhado da forma e do ângulo desse pilar de proteção de uma série de perspectivas, incluindo o ângulo do pilar, estilo, beleza e visão. O resultado foi uma coluna que diminui ao mínimo possível a restrição do campo visual do motorista. Além disso, a estrutura projetada melhora a visão acima da tampa do motor e


para fora da janela traseira do carro, fazendo com que fique fácil saber o que acontece na frente e na traseira do veículo. Linha 2001 A Subaru apresenta no Salão de Nova Iorque a nova geração Impreza WRX STi, versão criada na década de 80 especialmente para ralis onde não fez feio conquistando prêmios e fãs. Também por isso, ganhou uma versão mais poderosa tanto para o Impreza sedan, quanto para o hatch. Equipado com motor Boxer 2.5, de 305

cavalos com turbo e intercooler, câmbio manual de 6 marchas e a tradicional tração integral, a linha 2011 recebeu melhorias para deixá-lo mais estável em altas velocidades. Para baixar seu centro de gravidade, ele teve sua suspensão recalibrada e recebeu rodas BBS de aro 18, o que lhe garante melhor a precisão na pilotagem e redução da inclinação do modelo nas curvas. Dentre as novidades estão os novos para-choques, nova grade frontal e o enorme aerofólio traseiro, que em altas velocidades ajuda reduzir o arrasto aerodinâmico e mantém a traseira sempre estável.

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Negócios quem sabe chegou a hora de abrir o seu? Texto: da Redação | Imagens: arquivo entrevistado

Num momento ou outro da vida, quase todo mundo já desejou ser dono de seu próprio negócio para poder colocar suas ideias em prática e, é claro, ficar milionário. Nesta edição entrevistamos alguém que pode ajudar você a montar seu restaurante.

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omo todo bom consultor, Paulo Sergio Cioffi, um proprietário de seu próprio negócio, a empresa de consultoria na área de alimentação, a Cioffi Gastronômica, afirma que está errado quem pensa que ao abrir seu próprio negócio uma pessoa poderá fazer o que quiser e em pouco tempo estará milionária. Para ele, dar vazão à criatividade é um ponto importante para qualquer empresário, mas Paulo avisa que às vezes, é necessário adequar sonhos à realidade e contar com a ajuda de profissionais como ele, especializados em orientar e ajudar pessoas a conseguirem ter sucesso e, principalmente, satisfação pessoal e econômica. “Eu não quero jogar ‘um balde de água fria’ em quem pensa em abrir um negócio. Eu mesmo segui por esse caminho e não me arrependo até hoje. Mas o que um candidato a empresário não deve perder nunca de vista é o fato de que suas idéias, às vezes, podem precisar de alguma adaptação ou mesmo de mudanças radicais para funcionarem. É aí que elas precisam da assessoria de um, ou até mesmo vários, consultores”, explica Paulo. “Ainda existe muita confusão em relação ao empreendedorismo no Brasil. O confundem com época de folga, disponibilidade de tempo etc. E isso é um grande erro, pois, principalmente na fase de implantação de um novo negócio, o que acontece é exatamente o contrário.” A Cioffi Gastronômica, fundada em 1999 por Paulo, atua em duas vertentes na área de alimentação. A primeira, que segundo o consultor tornou-se o carro chefe da empresa, é ajudar quem não é desta área a dar os primeiros passos na abertura e no gerenciamento, por exemplo, de um restaurante. A segunda, conta Paulo, é assessorar quem já tem seu negócio

de alimentação aberto e precisa corrigir algumas falhas que surgiram ao longo do tempo, como, por exemplo, cortar gastos desnecessários, evitar desperdícios no trato com as matérias-primas, selecionar e qualificar fornecedores e adequar cardápios às necessidades de seu público. Paulo conta que a idéia de criar a empresa surgiu quase que por acaso. Ele adquiriu experiência na área trabalhando “no chão de fábrica”, gerenciando algumas boas casas do ramo de alimentação e, também, ajudando empresas fornecedoras de produtos e serviços a desenvolverem seu trabalho. Passado algum tempo, Paulo começou a ser indicado, sistematicamente, para opinar e aconselhar outros negócios semelhantes ao que ele trabalhava. “Não demorou muito para que eu percebesse uma boa oportunidade de negócios oferecendo assessoria e então criar a Cioffi Gastronômica foi um passo quase que automático,” conta Paulo. Desde então ele assessora os mais diversos tipos de restaurantes, desde os pequenos que servem refeições por quilo até restaurantes grandes e famosos. Isso sem falar no atendimento que sua empresa faz ao Sebrae orientando a montagem de um programa de auxílio aos empreendedores que desejam montar negócios na área de alimentação. Atualmente a Cioffi Gastronômica atende clientes nas capitais e no interior de São Paulo, Rio de Janeiro e outros estados, pessoalmente ou através de trabalho à distância. Restaurante: um bom negócio Paulo diz que apesar das dificuldades inerentes a qualquer negócio, montar um restaurante é um excelente negócio e que, se bem direcionado e gerenciado, pode render muito. Segundo ele, não existe um tipo

O candidato a dono de um restaurante ainda tem que se preocupar com o cumprimento de uma série de normas, algumas delas fiscalizadas pelo governo. 112 |SEM MEDIDA


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Apesar das dificuldades inerentes a qualquer negócio, montar um restaurante é um excelente negócio e que, se bem direcionado e gerenciado, pode render muito. específico de restaurante que faça sucesso e seja garantia de uma aposentadoria feliz para seu proprietário. Para Paulo, um restaurante por quilo pode se transformar numa mina de ouro desde que ele esteja no lugar certo, oferecendo o produto certo, para o cliente certo. “Não adianta alguém querer montar um restaurante deste tipo num bairro residencial, ou querer manter a casa aberta à noite. O tipo de público interessado neste tipo de casa são profissionais, gente que tem horário de almoço contado, que precisa voltar ao trabalho depressa e sem se sentir pesado e com sono por causa da comida. O melhor lugar para se ter um restaurante deste tipo é num bairro de grande concentração comercial,” explica Paulo. “Porém, se você está interessado em montar um restaurante à la carte, com cardápio diferenciado, carta de bebidas e um certo requinte, as condições são completamente diferentes. Você pode até se dar ao luxo de estar num bairro residencial, mas terá que tomar alguns cuidados, como, por exemplo, ter um serviço de manobristas, estacionamento e seguranças. Afinal, quem sai para almoçar ou jantar num restaurante deste, vai com seu carro e espera segurança e conforto”, diz Paulo. Ele comenta que outro ponto importante para o sucesso de um restaurante é a capacidade de seus fundadores de perceberem que aquilo que eles estão fazendo está dando resultado ou não. “Muita gente chama isso de ‘tino’ para os negócios. Eu prefiro chamar de percepção. Um dono de restaurante que pretende oferecer uma gastronomia sofisticada não precisa ser um chef de cozinha, mas ele precisa ter um paladar apurado, principalmente para saber se o chef que ele contratou tem capacidade para fazer o que o restaurante necessita. Da mesma forma, precisa ter

um conhecimento sobre bebidas para não oferecer pratos sofisticados e ter em sua carta de vinhos, por exemplo, uma bebida de qualidade inferior a dos pratos que oferece”, explica Paulo. Segundo ele, alguns empresários têm na sua mesa o conceito de sua empresa impresso em letras grandes e o lê todos os dias, para que não se perca e tome decisões que afaste seu negócio desta meta importante. O empresário que senta no caixa, compra, recebe e paga, esta perdendo dinheiro todo dia, e nem percebe isso. “Muitas vezes se atola em atividades operacionais, que são necessárias, mas não tão importantes como a de controlar e comparar se o que está acontecendo está de acordo com o planejado,” diz Paulo. “Na minha humilde opinião, empreendedor que opera, não sabe o quanto esta perdendo em ser operário e não ser um empresário”. Para ele, empresário é aquele ser que idealiza o negócio, está sempre em contato com seu mercado fornecedor conhecendo suas novidades, sempre entendendo seu mercado concorrente e vendo quais são as novidades, tem os controles sendo feitos por seus colaboradores, checando-os para ver se as metas estabelecidas por ele estão sendo cumpridas. Quando perguntamos a ele se existem locais bons ou ruins para se abrir um restaurante, Paulo é categórico em afirmar que isso não existe. “Em todos os lugares existe gente disposta a pagar para comer bem”, diz ele. “É claro que existem restaurantes que sofrem com a sazonalidade das regiões onde estão instalados. Um restaurante no litoral, por exemplo, tem possibilidade maior de faturamento durante a temporada das férias de verão do que nos demais meses, mas se a gastronomia for boa e os preços não forem abusivos, os

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próprios moradores da região podem fazer a casa ‘girar’ fora da temporada”, afirma Paulo. Bons profissionais Para se ter um restaurante de sucesso, além de tudo o que já foi dito, Paulo conta que é necessário prestar atenção a outros dois fatores. O primeiro é a matéria-prima usada no preparo dos pratos e o segundo é contar com uma boa equipe de profissionais. “Você pode ter a localização certa, ter as condições físicas para atender o público que pretende e, mesmo assim, naufragar em pouquíssimo tempo. O que faz um restaurante ter sucesso é a qualidade daquilo que ele serve e qualidade só se consegue tendo produtos bons. Não há chef de cozinha que consiga salvar um prato feito com produtos de má qualidade”, explica Paulo. “Além disso, o proprietário de um restaurante também precisa oferecer um bom atendimento. Todo restaurante precisa de um ótimo chef, que seja criativo, atento às necessidades do paladar de seus clientes e que também saiba liderar uma cozinha. No salão é indispensável a contratação de um bom maitrê e uma brigada de garçons atenciosa e que saiba o que está servindo. Já cansei de ver restaurantes onde as pessoas pedem a opinião dos garçons e eles demonstram um total desconhecimento das características dos pratos do cardápio, ou então, profissionais que não sabem sequer sugerir uma bebida que harmonize com o prato escolhido pelo cliente”, comenta Paulo. E, como se não bastassem todos estes cuidados, o candidato a dono de um restaurante ainda tem que se preocupar com o cumprimento de uma série de normas, algumas delas fiscalizadas pelo governo

e outras por órgãos não-governamentais. Talvez a mais importante delas, comenta Paulo, seja a norma sanitária, mas também existem regras a serem seguidas no que diz respeito ao zoneamento, legislação trabalhista e ao recolhimento de impostos. Porém, depois de tantos alertas, Paulo comenta que nem tudo no dia a dia de um restaurante é preocupação. Segundo ele, depois de um determinado momento, quando tudo está funcionando como um relógio suíço, os proprietários da casa têm o direito de relaxar um pouco e aproveitar. E, neste sentido, Paulo diz que não está somente se referindo ao lucro, que na verdade fica em torno de 20 ou 30% do faturamento. Ele comenta que não existe recompensa maior do que ver todas as mesas ocupadas, o burburinho das pessoas conversando alegremente e o olhar de satisfação em seus rostos enquanto agradecem pela refeição saborosa que acabaram de comer. “Em todos estes anos assessorando pessoas na abertura de restaurantes, me acostumei a ver proprietários felizes com o resultado de seus negócios. Muitos deles abriram outras casas, com o mesmo perfil da primeira, ou com outro conceito gastronômico e vi muita gente ficando rica com o setor de alimentação. Porém, tenho certeza que a grande realização de todos eles é ver a casa cheia desde a hora que abre até a hora que fecha e receber os cumprimentos de clientes que já voltaram tantas vezes, que podem ser até considerados como bons amigos. Não há satisfação maior que agradar o paladar de alguém”, finaliza Paulo Cioffi. Se você se animou para montar um restaurante e quer alguns conselhos de alguém que já ajudou muita gente a ter seu próprio restaurante, visite o site www.cioffigastronomica.com.br.

Empresário é aquele ser que idealiza o negócio, está sempre em contato com seu mercado fornecedor conhecendo suas novidades, sempre entendendo seu mercado concorrente. 116 |SEM MEDIDA


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Perfil pesquisa aponta hábitos do universo plus size Texto: da Redação | Imagens: Wikipedia Commons arquivo SM

Em pouco menos de dois meses a pesquisa de perfil sócio-econômico plus size, criada pela editora Writers e divulgada para os leitores da revista Sem Medida, foi respondida por mais de 400 pessoas.

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egundo pesquisa realizada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), em 2004, o percentual de brasileiros que estavam acima do peso representava 51% da população. Além deste dado, pouco ou nada se sabia a respeito do perfil sócioeconômico e dos hábitos de consumo do universo plus size. Nesta matéria, graças à iniciativa da editora Writers e da revista Sem Medida, apresentamos a tabulação consolidada dos primeiros 423 questionários respondidos pelos nossos leitores. No primeiro bloco de perguntas, a pesquisa procurou determinar a localização geográfica dos entrevistados e descobrimos que 65,2% do universo pesquisado está na região Sudeste do Brasil, 17,4% vive na região Sul, 5,2% está no CentroOeste, 8,7% na região Nordeste e 3,3% das respostas vieram da região Norte do País. Concentrando os resultados apenas na região Sudeste, percebemos que 42,0% dos entrevistados está no estado de São Paulo, 12,2% estão no Rio de Janeiro, 9,4% vivem em Minas Gerais e 1,4% dos pesquisados está no Espírito Santo. No que se refere ao sexo dos entrevistados, apuramos que 90,5% deles pertence ao sexo feminino e apenas 9,4% é do sexo masculino. Quanto à faixa, 52,8% tem idade entre 21 e 30 anos, 23,6% está na faixa dos 31 e 40 anos, 9% tem idade entre 41 e 50 anos, 2,9% tem mais de 50 anos e 11,6% está na faixa dos 11 e 20 anos de idade.

Quando o assunto é peso, 39,1% pesa entre 91 e 110 quilos, 32,8% se encaixa na faixa entre 71 e 90 quilos, 17,2% entre 111 e 130 quilos, 5,3% está acima dos 131 quilos e 4,6% está na faixa dos 51 a 70 quilos. Em relação à altura, 55,9% mede entre 1,61 e 1,70 metro, 20,9% está entre 1,51 e 1,60 metro, 19,9% mede entre 1,70 e 1,80 metro, 2,1% está acima de 1,81 e 0,9% tem uma altura inferior a 1,51. Quando o assunto é IMC (Índice de Massa Corporal), 34,4% dos entrevistados possui obesidade Grau 1, 30,1% tem obesidade Grau 2, 21,6% possui obesidade Grau 3, 13,8% está com sobrepeso. Quanto ao grau de escolaridade, 4,2% dos que responderam à pesquisa possuem mestrado, 49,2% tem superior completo, 25,3% superior incompleto, 14,0% possuem o ensino médio completo, 1,2% o médio incompleto, 4% completaram o ensino básico, 0,5% não completaram o ensino básico. No que se refere ao tipo de ocupação, 67,5% estão empregados, 16,8% estão desempregados, 1% é de aposentados e 1,2% ainda estão estudando. Em relação aos cargos ocupados pelos que estão empregados 34,1% são empregados operacionais, 29,9% são sócios de empresas privadas, 9,8% ocupam cargos de gerência, 5,2% são estagiários, 2,7% ocupam cargos de direção e 1% são superintendentes. No que se refere à renda individual do universo pesquisado, 74,6% ganham entre R$ 500,00 e R$ 2.000,00, 11,5% está

No que se refere aos textos publicados, 58,2% dos entrevistados achou excelente, 32,4% achou o conteúdo bom, 2,5% acha os textos regulares e nenhum entrevistado achou os assuntos da revista ruins.

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na faixa dos R$ 2.001,00 e 3.500,00, 8% recebe entre R$ 3.501,00 e 5.000,00, 0,5% está na faixa dos R$ 5.001,00 e 6.500,00, 1,5% recebe salários entre R$ 6.501,00 e 8.000,00 e 3,27% recebe salários maiores que R$ 8 mil. Quando o assunto é renda familiar, 30,6% ficam entre R$ 500,00 e R$ 2.000,00, 23,3% entre R$ 2.001,00 e 3.500,00, 17,5% entre R$ 3.501,00 e 5.000,00, 7,7% entre R$ 5.001,00 e 6.500,00, 7,2% na faixa entre R$ 6.501,00 e 8.000,00 e o número dos que acumulam rendimentos superiores a R$ 8.000,00 sobe para 21,5%. No enquadramento sócio-econômico, 21,8% dos entrevistados se encaixa na categoria B, 57,2% na categoria C, 16,8% estão na categoria D e apenas 1,5% se encaixou na categoria E. Até o momento, nenhum entrevistado pela pesquisa atingiu o critério A da classificação sócio-econômica. Quanto ao estado civil 59,3% declarouse solteiro, 35,9% é casado, 3,5% estão divorciados e 0,5% são viúvos. Com relação a filhos, 67,5% respondeu que não os tem, 30,4% tem entre 1 e 3 filhos, 1% afirma ter entre 4 e 6 filhos e apenas 0,2% da amostragem tem mais que 6 filhos. Em relação à moradia, descobrimos que 33,6% mora em apartamento e 65,5% reside em casas térreas. 31,1% destes imóveis são propriedades de família, 22,6% deles vive em imóvel alugado, 10,8% reside em imóvel com financiamento ainda sendo quitado e 34,6% possui imóvel próprio totalmente quitado. A grande maioria

dos entrevistados, 86,9%, não possui um segundo imóvel, 14,2% possui imóvel na praia e 5,5% possui um imóvel no campo. No que diz respeito ao consumo, 40,4% dos entrevistados possui ao menos um computador, 34,6% possui dois computadores, 18% possui mais de dois computadores e apenas 4% dos entrevistados não possui computador. Quando o assunto se torna o tipo de computador, 39,7% possui um desktop, 16,3% possui um computador portátil e 37,9% possuem os dois tipos de computador. A forma de acesso à internet preferido dos entrevistados é o doméstico, com 61,8% dos entrevistados, o acesso no trabalho acumulou 10,8%, o acesso misto ficou com 23,8%, o acesso via lan house é usado por apenas 0,7% dos entrevistados. A conexão discada é usada por 3,2% dos entrevistados e a conexão de banda larga fica com 93,9% das respostas. Quando o assunto é o que fazer com o tempo quando se está plugado, 90,7% das respostas ficou com o envio e recebimento de e-mails, 80,1% respondeu que acessa notícias, 74,8% utiliza seu tempo na rede para fazer pesquisas, 51% revelou que faz compras em lojas virtuais e 56% navega por web sites diversos. No quesito comunidades e redes sociais, 87,6% dos entrevistados tem Orkut, 41,2% participa do Facebook, 51% tem e segue alguém pelo Twitter, apenas 7,2% participa do Ning e 22,6% participa de outras redes sociais não listadas. Quanto aos hábitos de leitura, 61,8% do universo lê jornais diários, 65,3% dos

Observando apenas a região Sudeste, percebemos que 42,0% dos entrevistados está no estado de São Paulo, 12,2% estão no Rio de Janeiro, 9,4% vivem em Minas Gerais e 1,4% dos pesquisados está no Espírito Santo.

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No enquadramento sócio-econômico, 21,8% dos entrevistados se encaixa na categoria B, 57,2% na categoria C, 16,8% estão na categoria D e apenas 1,5% dos entrevistados se encaixou na categoria E. entrevistados lê revistas semanais e 89,9% aprecia a leitura de livros. Quando o assunto são as viagens de férias, 56,7% confessa que faz ao menos uma viagem, enquanto 14% faz entre 3 e 4 viagens, 9% faz mais que quatro viagens e 16,5% não viaja em suas férias. Os locais preferidos por quem sai a passeio é o Nordeste com 33,4% das respostas, em seguida vem a região Sudeste com 32,6%, depois o Sul com 17,8% e finalmente o Centro-Oeste com 3,2% e o Norte com 0,7% das viagens a passeio. Quando estão em casa, 39,4% dos entrevistados diz que sai ao menos duas vezes por mês para se divertir, já 24,6% afirma que sai no mínimo três vezes, 29,4% afirma sair mais que quatro vezes e apenas 3% dos entrevistados não saem de casa para se divertir. Entre os locais mais procurados para o lazer estão os restaurantes com 73,8%, em seguida os cinemas com 69,8%, depois os bares com 52,7%, em seguida vêem os shows musicais, depois os parques, em seguida vieram os teatros com 33,9%, e depois as baladas com 28,8%. A forma preferida dos entrevistados para o pagamento de suas despesas foi o dinheiro vivo com 42,9%, em seguida veio o cartão de débito com 31,9%, depois o cartão de crédito com 21,3% e em último, o cheque, com apenas 0,2% da preferência dos entrevistados. Para encerrar a pesquisa, fizemos algumas perguntas específicas sobre a re-

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vista Sem Medida e, no que diz respeito à qualidade gráfica da publicação 57,4% dos entrevistados a classificaram como excelente, 33,4% acha a revista boa, 2,7% acha a qualidade gráfica da revista regular e nenhum entrevistado achou Sem Medida ruim. No que se refere aos textos publicados, 58,2% dos entrevistados achou excelente, 32,4% achou o conteúdo bom, 2,5% acha os textos regulares e nenhum entrevistado achou os assuntos da revista ruins. Quando perguntados se gostariam de receber informações sobre a revista em seus endereços eletrônicos, 76,1% respondeu positivamente para o envio de mensagens. Quanto aos assuntos abordados por Sem Medida, 80,4% dos entrevistados dizem que apreciam as matérias voltadas para o comportamento do universo plus size, 70,1% para os assuntos relacionados à moda, 63,3% lê as entrevistas com personalidades plus size, 58,2% gosta de ver os ensaios de moda, 57,5% matérias apresentando restaurantes e bares, 54% prefere assuntos relacionados a cultura, 52,2% preocupam-se com matérias relacionadas à saúde, 50,7% gosta da publicação de ensaios fotográficos sobre temas culturais, 43,4% de matérias contendo receitas para o preparo doméstico, 39,9% de matérias sobre turismo, 27% de artigos assinados por especialistas, 20,6% de matérias apresentando artigos de luxo e 15,8% gosta de matérias sobre bebidas.


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Engajamento blogueira sensibiliza grandes magazines Texto: da Redação | Imagens: arquivo entrevistada

Não adianta ficar de braços cruzados esperando que a sociedade e os fabricantes de roupas entendam que é necessário oferecer roupas de tamanho grande. É preciso ir à luta.

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Wikimedia Commons/Fm-pas

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F

oi isso que fez o blog Poderosas Gordinhas. Começou uma campanha “Por Tamanhos Maiores em Todas as Lojas”, idealizada com o objetivo de mobilizar as grandes lojas de departamento a oferecerem em sua grade de confecções (feminina e masculina), peças maiores que o tamanho 48. Oferecendo suporte de informações, opiniões e perfil de consumidoras do universo plus size. A campanha não tem o objetivo de intimidar as lojas, ao contrário, apenas deseja que seus proprietários percebam que a população consumidora está sendo deixada de lado e o quanto seria importante atender a este público. A campanha não é uma manifestação ou movimento, apenas uma forma de expressar a opinião de muitas consumidoras. “Tudo começou pelo twitter, onde, durante uma saudável discussão sobre os tamanhos oferecidos nas grandes lojas de departamentos, muitas mulheres mostraram estar insatisfeitas com a grade de numeração que, em geral, vai apenas até o 48, e mesmo assim, não atende com exatidão este manequim”, explica Alcione Ribeiro, formada em Propaganda e Marketing e criadora do blog Poderosas Gordinhas. “Isso me fez pensar sobre o que poderia ser feito para que essas lojas passassem a enxergar esta fatia do mercado consumidor que foi esquecida”. Alcione começou a divulgar pela internet suas idéias. O twitter foi uma grande ferramenta de comunicação. Através dele, outros blogs foram aderindo à campanha lançada em 21 de maio, e passaram a divulgar em suas páginas, agregando novos seguidores e adeptos da campanha. Grandes parceiras Em julho, a Lepoque, loja especialista em tamanhos grandes, entrou em contato com Alcione Ribeiro querendo apoiar a campanha. Isso foi muito importante tanto pelo fato de a empresa ser uma das grandes marcas no mercado, como um sinal de que a campanha estava começando a surtir efeito. Era a primeira parceira. “Reforcei a divulgação pela internet e,

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Da esquerda para a direita, Nathália Koehler, Gerente de Produto - linha praia e sazonais da Renner; Alcione Ribeiro, do site Poderosas Gordinhas e Gabriela Fork - Gerente de Produto - linha feminino adulto, da Renner.

em agosto, fui procurada pela equipe de compras das Lojas Renner”, lembra Alcione. “Ela disse acreditar que a campanha começava a fazer efeito, e que algumas lojas de departamento já comentavam sobre isso. Então, quiseram estreitar a relação para conhecer melhor a campanha e o que nós, mulheres GG, buscamos nas vitrines”. Desse relacionamento começou uma deliciosa parceria com a Renner. Durante um período houve troca de e-mails e telefonemas, sempre discutindo sobre os tipos de modelos que as mulheres plus size querem encontrar em tamanhos maiores que o manequim 48. “Eles foram super receptivos, atenciosos e bem interessados em ouvir”, lembra Alcione. “Para complementar as informações, fui solicitando opiniões de outras blogueiras e também leitoras do blog, pois queria que a Renner conhecesse a opinião de todas. A blogueira Papu Morgado também colaborou muito enviando o resultado de uma pesquisa que ela realizou em seu blog Curlvely Fashion, com


expostos e opinando sobre cada um. “Paula se dispôs a ser nossa ‘modelo do dia’ e provou inúmeras peças, comprovando a necessidade de ampliar a numeração da grade. Paula, que usa manequim 48, provou cerca de 13 peças, mas apenas duas lhe serviram. O que deixa mais do que provado que algo precisa mudar”, explica Alcione Ribeiro. Bons resultados

opiniões diversas sobre os tipos de peças as mulheres GG procuram. O que foi de grande importância”. Com isso, parte da equipe da Renner veio até São Paulo com o intuito de conhecer as lojas de tamanhos especiais e saber o que era a moda plus size. Além disso, promoveu um delicioso encontro para discutir o assunto. O encontro aconteceu na loja do Morumbi Shopping, e Alcione Ribeiro e Paula Bastos, dona do site Grandes Mulheres estiveram presentes. “O encontro foi repleto de trocas, as meninas mostraram sobre as tendências de moda da Renner e nós pudemos opinar sobre o que é viável ou não para nós”, lembra Alcione. “Estampas, cores, cortes, tecidos, tudo foi devidamente discutido e avaliado, desde a moda convencional, até lingerie e moda praia. Os acessórios também entraram em pauta. Apontamos a dificuldade de encontrarmos cintos em tamanhos superiores a 105 cm nessas lojas”. Após o bate-papo, todo mundo andou por toda loja avaliando os “modelitos” já

“Atualmente a Renner disponibiliza em algumas de suas lojas, roupas até o tamanho 52, eu mesma pude comprovar isso adquirindo algumas peças”, conta Alcione. “Isso é uma grande conquista, pois encontrar roupas com essa numeração era algo impossível numa loja como essa. Acredito que os resultados estão apenas começando, muito em breve teremos mais lojas participando e aderindo à campanha”. Para a criadora do blog Poderosas Gordinhas, o vestuário é um tema fundamental, pois toda mulher deseja se vestir bem, com roupas que realmente lhe sirvam e que estejam dentro do conceito atual da moda. “Por muito tempo a mulher que estava acima do peso tinha que se contentar com camisetas e batas largas, calças legging, roupas com elástico, estampas de ‘vó’, como se dissessem ‘você é/está gorda e não precisa se vestir bem’. Então, encontrar roupa de bom gosto, com qualidade e estilo, colabora com a mudança de comportamento dessas mulheres, que passam a se valorizar mais e compreendem que, ser gorda, não é ser feia, mal zelada ou esquecida pela sociedade. Mas, não vivemos apenas de aparência, temos que nos preocupar com todo conteúdo” afirma Alcione. Ela ainda diz que o movimento plus size não é uma militância, mas sim um estilo de vida. “E deve abordar questões sobre saúde, beleza, profissão, mercado de trabalho, oportunidades, formação, comportamento e potencial de consumo. Só assim o movimento ganhará não só força, mas reconhecimento de que é algo que realmente vale a pena”, finaliza a criadora do blog Poderosas Gordinhas.

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Bazar uma chance de trocar e fazer novas amizades Texto: da Redação | Imagens: Roberto Paes arquivo Garotas Formosas

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A segunda edição do bazar de trocas plus size, promovido pelo site Garotas Formosas, reuniu em São Paulo, dezenas de pessoas interessadas em trocar roupas e acessórios. O evento teve sua importância reconhecida pelo grande número de pessoas e pela presença da equipe do programa Vitrine, da TV Cultura.

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ara quem ainda não tinha ouvido falar do encontro, o Bazar de trocas promovido pelo site Garotas Formosas é um encontro de mulheres plus size cuja finalidade é promover a troca de roupas, calçados e acessórios. Peças usadas, em bom estado de conservação, que são avaliadas e pontuadas de acordo com uma tabela criada pelas promotoras do evento. Estes pontos são transformados em créditos que as proprietárias dos artigos, durante o evento, usam para adquirir produtos de outras participantes. Esta é a segunda edição do evento. O primeiro, realizado em junho de 2010 (veja matéria na edição nº 5, Ano 2), formatado nos moldes de um encontro semelhante, realizado no sul do País, atraiu um número menor de pessoas, mas serviu de piloto para tornar a idéia conhecida entre as paulistanas. Segundo Graziela Matte, uma das organizadoras e proprietária do site Garotas Formosas, a grande diferença entre a primeira e a segunda edição está na presença de participantes. “Na primeira edição foram abertas trinta vagas, e nessa, abrimos vagas para 50 participantes. Outra mudança foi em relação às trocas. No primeiro bazar, as pessoas trocavam entre si, mas corriam o risco de não encontrar peças da pessoa que gostaria de trocar peças com ela. Desta vez, elaboramos uma tabela de valores, onde estão discriminados todos os tipos de roupas, calçados e acessórios, cada um tem um valor que é repassado à participante. Quando abrimos o bazar, elas escolhem as peças que estão interessadas e trocam pelo crédito que têm em mãos”. Para Rebecca Steinhoff, outra organizadora e também proprietária do site, o ineditismo da primeira edição foi o responsável pela pouca participação. Já, para esta segunda, comenta ela, com a divulgação feita pela site e o “boca a boca” realizado pelas pessoas que estiveram no primeiro evento, garantiu o sucesso e a participação de um número três vezes superior à anterior. “O carinho que colocamos em cada detalhe da organização do evento, a divulgação em vários meios de comunicação e o entusiasmo das mulheres que participaram do

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Da esquerda para a direita, Graziela Matte, Luciane Russo e Rebecca Steinhoff, proprietárias do site Garotas Formosas e responsáveis pela criação do Bazar.

primeiro bazar foram essenciais para o sucesso desta edição”, comenta Rebecca. Além do motivo principal do encontro, a troca de roupas, calçados e acessórios, a exemplo da primeira, esta edição do Bazar contou com outras atrações. Segundo Luciane Russo, organizadora e proprietária do Garotas Formosas, as participantes puderam assistir a uma apresentação da bailarina de dança do ventre, Cibele Latifa, que além de dançar, ensinou alguns passos às participantes. “Ainda, tivemos o auxílio de uma consultora de moda, Dany Braga, que deu várias dicas às participantes, para aju-


dar na escolha da peça ideal. O fotógrafo Toni Escalante estava presente e registrou os melhores momentos do nosso “TrocaTroca GG” e, desta vez, conseguimos chamar até mesmo a atenção da mídia. A equipe de reportagem do programa Vitrine, da TV Cultura, em matéria especial feita por Sabrina Parlatore, cobriu o Bazar”, explica Luciane. Várias empresas também estiveram presentes e o bazar contou com o apoio do Buffet da Virgínia e várias empresas de vestuário, como, por exemplo, a Flor de Jambo, a Camomilah Lingerie, a Yasyl

Lingerie, a GG Sexy Lingerie, a Anna Joana camisolas e pijamas, a Caudia Blanco Confecções, a Palank Fashion, além de empresas e personalidades de outros setores, como a Metal Print, Queen of the Boys, Landan Acessórios, Amaterasu Design Comunicativo, Fernanda Ferrer Acessórios femininos e VG Confecções, além do cantor Cléo Motta. Outra participante que merece destaque por sua presença é a blogueira Alcione Ribeiro, que além de ajudar na divulgação do bazar é a responsável pela campanha “Por Tamanhos Maiores”, cuja finalidade é conscientizar as grandes marcas de vestuário quanto à necessidade de criar e comercializar peças desenvolvidas para o público plus size (veja também matéria sobre este assunto nesta edição). Graças ao sucesso da segunda edição do bazar de trocas, as organizadoras do evento já pensam em um calendário fixo para as próximas edições e pretendem, antes do final do ano, ainda realizar um terceiro encontro. Para quem esteve presente, a impressão que ficou foi muito boa. “Amei. Estou morando em São Paulo há 5 meses e ainda não conheço quase ninguém. Vim ao bazar sem saber o que encontraria e fui surpreendida com uma decoração lindíssima, petiscos deliciosos e uma tarde animada” comenta Raisa Kahn. Telma Fernandes, outra participante, diz que “a idéia é excelente, as organizadoras estão de parabéns pela iniciativa”. “Foi maravilhoso passar a tarde no bazar. Espero ter a oportunidade de reencontrá-las em breve. Adorei conhecer as responsáveis pelo site. Sou super fã do trabalho delas”, comentou Marli Oliveirra. Para finalizar, as organizadoras do bazar agradeceram aos particpantes e a todos os que estiveram envolvidos no projeto. “Gostaríamos de agradecer a todos que nos ajudaram nesse nosso projeto, e principalmente às participantes, todas muito dispostas a fazer suas trocas. As pessoas interagiram umas com as outras e se divertiram bastante. O resultado é recompensador quando vemos todas sorrindo e nos agradecendo pela oportunidade de participar do ‘Troca-Troca GG’”, comentam Graziela, Luciane e Rebecca.

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English content Translation: Ana Paula Menezes

Tatiane Reguin

Differences exist and must be respected

That is the conclusion made by Tatiane Reghin, model of the Plus Size Model Guide, after going through an embarrassing situation just because she was no standard. Tatiane Reghin always had a tendency to gain weight on her father and on her mother side. She has always been overweight and since early age she started fighting with her weight. “At the age of seven my mother used to take me to the doctors to treat my extra weight and there is came the exercising, the diets, it was all a torture to me” says she. “I know she just wanted my health but to a seven year old it was a torture anyways. This struggle was always present un my life through all the periods. I’ve lost 20 pounds once, but in a little while I got it all back.” With all that gaining and losing weight, Tatiane’s mother’s effort resulted in a plus size girl. And Tatiane found out that the

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school can be the most cruel place to an overweight girl. “My biggest fear happened during physical education classes when the teacher brought a scale to class and would inform everybody about everybody’s weight.” She remembers. “But this hasn’t affected me. Today I laugh about it. One of the most difficult phases for sure is adolescence when you start dating , you start choosing your own clothes and you see them on the magazines but they just don’t fit” Tatiane remembers that the difficulty in finding clothes was always there, because only recently stores started paying attention to the plus size audience, producing bigger e prettier clothes. According to her you just could not find


any clothes for bigger people. The outfits were ugly and they made everybody look older. Besides that all the customers had to be embarrassed by that “well trained” salesperson that was always ready to say that they did not have that piece in your size. I’ve been to awful situations with comments or jokes because of my weight. Not that this does not happen until these days – people still joke, comment or even offer advice that will help me lose weight – but now I know who I am. And I can handle things better now. In her opinion, things are a lot better, because she knows where she can find beautiful and nice clothes. “The funny thing is now I look at my old pictures and I realize how pretty I was and not as fat as I thought I was” she states. “I wish I had seen it at that time. I would not have suffered so much and I would not have paid so much attention to what people said. Building the future However the model knows that the future is now and she is preparing herself to become a businesswoman. “It was a little difficult choosing what career to follow” she tells us. When I was in high school, I started to research about different professions and I did some tests in order to see what area was the most suitable for me and I have to confess that I even got more confused. I’ve always liked all sorts of arts. I also like to use my creativity, to turn something ordinary into something creative, different. I started to attend Industrial Design classes, but at first I did not like it very much, but then I figured I had made the right choice. I love the course and it corresponds to all that I’ve always wanted in a career. I can express myself and also innovate through my work. And she did embrace Industrial Design. She stopped all other projects and started investing in courses inside her area of work such as some lessons on the graphic area.

Her intention is to graduate and become a renowned designer, creating different things. Besides she also plans to do some post graduation abroad, in countries with advanced technology in her area. According to her, in Brazil the professionals still have to find his place in the market as also they need to find specialization in this field “At first I want to work in big companies to acquire knowledge and experience” Tatiane foresees. But in the future, I want to open my own company. Besides the commercial part I am sure we can all make our reality better and help people through our profession. I want through my job to be able to help people, like plus size people, making everybody realize that the differences exist and they must be respected.” . A designer in the runnaway Before becoming a successful designer, Tatiane Reghin took a chance in the runaway: she became a plus size model. I’ve never pictured myself as a model” she tells us. “The image of the supermodel in my head were those tall, skinny women. I heard about the plus size for a friend and she also told me to send some pictures to my current agency, PSMG and when I received a positive asking me to join their cast I got really surprised and happy”. Her boyfriend at the time also motivated her to create her book, he indicated photographer and also walked her to the photo shoot. “At the beginning I was a little ashamed of doing it, but the photographer made me really comfortable. I really like the result”. Still she was embarrassed to discuss being a plus size model with people, afraid of being criticized and judged. Despite the fear she displayed her pictures into a website and to her surprise she received a lot of compliments on the pictures. “The invitation to join the agency casting, the photos and all the process were essential to my self esteem. I can say that I am more secure and happier with myself after

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becoming a plus size model. I’ve learned how to accept and value my differences. She thinks that the plus size model market is growing up but it is still unknown to the majority of the public. “I didn’t even know there was a market no too long ago. But I think we are on the way. Since I’ve become a plus size model I’ve been following the progress of the area and I see some doors opening to us although we still have lost to conquer like respect, recognition and support. The plus size people represent 53% of the Brazilian population and we still lack prospects. To keep on ignoring overweight people and producing clothes that goes up to size 8 or 10 is a huge mistake. As it has been said many times before the plus size market is not about obesity but a market that acknowledges that people are different and they must be respected for that. Everybody should be able o buy their own clothes without any embarrassment and everybody has the right to use nice, quality clothes. Now Tatiane forgot all about her overweight issues and she is in a new phase. When we are exposed to a bad situation we have to options: to be defeated by that or learn from it” she claims. “I chose to learn from the things that happened to me. I know people who let themselves be defeated because of their physical appearance or other problems and I decided that I didn’t want that for myself. So I always try to learn from a situation. I don’t like to live in negativity and in fact I erase all the bad things that happened always taking the lesson from the situation. I value the good things in life and there are many good things in my life to value. My beliefs have also helped me a lot and my faith in my love for God and His love for me proves the value that I know I have. But Tatiane took the fact of being a plus size girl to develop her own abilities, to compensate what she believed she did not have like being thin or being tall. She developed important characteristics to her character having in mind what would have happened if she was not a plus size model. Today she believes she is free

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from all prejudice and that she knows how to value important things in people like their character. “Today I can finally say that I accept myself. The fact that I am overweight doesn’t mean I am not pretty” reveals Tatiane. “The differences make each person unique and special. I have my share of diversity and I am proud of them. I am pretty the way I am Of course I worry about my health but I know I would never be skinny because I have a big structure I am almost 6 feet tall. I am aware that searching for a standard imposed by other people has nothing to do with me.” She states that she never had million guys after her but on the other hand she was never alone for a long time. “I have heard that I would only be happy in a relationship when I lost some weight because guys don’t like big girls. But now I know it is not true. I think the success of a relationship has to do with their attitude, much more than their weight. People are different and so are their opinions and ideas. You only have to love yourself and value yourself and then you will find someone that loves you and value you all the same. Tatiane claims that the most important is to know who you are and where you want to be. “When you know yourself and you have objectives to reach, you know how worthy you are. When you accept and love yourself you will not allow anyone to disrespect you. People can only do to you what you let them do. It’s not important what people think about you, but what you think about you. We should not waste our time feeling worse than anyone. We are all special and unique because God made us that way. Time passes you by and we should use every minute to enjoy thousands of things that life offers you. I like that video “Wear Sunscreen” – in Brazil a famous TV host is responsible for the version –in which there is a line that says “in 20 years, you’ll look back at photos of yourself and recall in a way you can’t grasp now how muc possibility lay before you and how fabulous you really looked. You are not as fat as you imagine.”


Recicling

An act of love to our planet

LEITURA DIGITAL

POR UM MUNDO

SUSTENTÁVEL

When you start recycling you are doing two good things: you are not taking anything from Mother Nature and you are not polluting your environment. A lot has been said about recycling. But what is it? Lincoln Soares, the associate and director of JL Plastic Material Recycling and an expert in polymers explains: “Recycling is giving a new cycle to that material that has already been used and it can be done in three ways: granulated as we do here in our company, as a form of art or with any domestic usage. Since college Soares is doing research in the recycling area. At his company he started developing plastic recycling, making granulated from the extrusion process and reintroducing the recycled materials in places where they used it as the basis of a new product. The process may seem simple but Soares explains it is not: “Recycling is giving life to plastic or other material that would probably end up in a dumpster.

It’s not only ecologically correct, but it is also visionary. The first consideration of the recycling process is to preserve the environment because if we don’t do that we will kill our planet. Also we have to consider the fact that we not have some natural resources like petrol or water in the future. The water is already on a cleaning process and if we did not do this we would not have water to drink, so recycling should be a habit by now”. Recycling brings a lot of benefits to the environment, because some materials would take hundreds or thousands of years to decompose. If we recycle we give a better destiny to those materials. Another benefit is the creation of new job perspectives created by the recycling companies directly. One other benefit is to see less garbage on the streets. “We still have a long way to go, people at first

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collect cans and rubber” explain Santos. How can I help If you want to help you can start at home and then take it to your friends and co-workers. The more we recycle, the less we destroy our planet. We can recycle a whole variety of things: oil used in the kitchen can be turned into soap. Other materials can be recycled: plastic, paper, cans and glass. But be careful: “You should not separate all the different types of waste inside your house and then put it all together for the garbage collectors to pick it up.” Soares alerts: “You can take the recycling material to specific places where they have selective waste collection. Or if you live in an apartment building you can make arrangements with the selective waste collectors and they pick the waste up, they can do that once or twice a week, it depends on what you prefer.” And you do not have to possess big equipments or a huge investment to recycle, all you need is big buckets or bags to separate what can be really used. The rest is on you, it is up to you and you only. Recycling in Brazil According to Lincoln, Brazil has a high recycling rate. Glass, for instance, has a 47% recycling rate in a total of 470 tons/ year. Paper has a 43.7 rate and ordinary plastic is only 21.24%, but total we have a 54.8% if we count plastic bottles. But the real winner is aluminum with an incredible total of 91.5% recycling rate, the biggest one in the world. Those numbers could be bigger if there were not so many limitations. “It is the limitation of each material, for instance: we cannot have different types of glass put together, a car glass has to be separated from a bottle glass. Paper cannot have oil stains and plastic needs to have a chemical agreement between the elements. But not all is lost: “Today

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we have the financial and educational support of the industry” Lincoln explains “what we miss so far is to publish more information and we need more selective waste collection places to stimulate recycling and make it a simple process because we do not want people give up on recycling if the process is to complicated for them because we know what can happen if we do not recycle”.


The balance

Published August 2009.

Know how to mix and match foods and beverages When two people get along we said that one completes the other. When we put together food and drinks we can have, if the combination is perfect, the same idea. If the combination is not good your meal can be a total fiasco. It is not rare for someone to leave a restaurant with a bad impression on the menu or on the drinks that went with the meal. When this happens, most of the time, the guilty one is the person responsible for the combination between foods and drinks. And if it is your choice it is time to learn how to balance it. If the decision on what goes with what is a suggestion of the waiter, the chef or the sommelier it is time to distinguish who can have such an important role. The balance between foods and drinks is something that takes many professionals in the food area to dedicate themselves into finding the perfect combination so that your meal can be something to remember. Nowadays, gastronomy is becoming more and more popular and cooking for your friends and family made this balance between foods and drinks a must to those who want to brag themselves in the kitchen are. To create this balance is necessary to identify some important characteristics in foods and drinks and after identifying them you try to make pleasant combinations so it can smell good and it can provoke your taste. A lot of this balance is made as a complement of a characteristic in the food matching a characteristic in the beverage. In some other cases, the balance is made based on the contrast of these characteristics. What you have to take into consideration in a balance attempt is the smell and taste characteristic of what you

want to mix. You can have a particular dish in mind and then select a drink to go with it or you can have a beverage and select what is more appropriate to eat with that. Whatever the dilemma is, experts say we should take into account the strong points of what is being balanced. How remarkable is the smell and taste in that particular food or drink. To have an idea try to compare the strength between a filet mignon and a chicken breast. And no matter what the beverage is, it must be as strong as them. Besides the strength, the intensity of the smell and taste should be taken into account. Some spices can make people notice the food miles away from distance such as basil. Others, like rosemary are delicate and simple. The balance in those cases has to be done with strong or delicate beverages. Strength, intensity being used we should move on to the next topic: the taste of the food or drink being used. The acidity for example may not be in the dish but can be only in the sauce for example. If you have grilled salmon for example, covered with passion fruit sauce, you know that the acidity on the fruit will be transferred to the dish and thus the best beverage is as acid as the fruit. In the Asian kitchen we can find a lot bittersweet dishes. On the other hand a good part of the Western gastronomy is based on salty dishes. This is a challenge if you try to make a balance because you

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cannot choose a beverage ‘as salty as the dish’. The best option is to use a neutral beverage or you can choose a sweet wine and balance by making a contrast. If we deal with sweet or bittersweet dishes a good option is to use a sweet beverage according to experts. The most indicated beverage Each beverage admirers has an opinion on what goes better with what. Wine admirers will probably say that it is the best beverage to balance and a beer admirer will probably say the same. If you look into bookstores you will see a lot of works about wine and food but you will also find other pieces of work which will increase your number of options when balancing meals and drinks. If you prefer the Internet, try the liquor companies’ websites. They usually offer a lot of suggestions for your balance. Besides those rules mentioned above another fact to consider is the culture in which each dish comes from. If you are trying German cooking you will probably prepare a dish with pork meat and if you want to be traditional you will eat this dish with a good beer on your hands. If you try some French or Italian cooking try some good wine to go with it. And finally observe the climate conditions when choosing elements for your balance. You may be trying a dish that would be perfect with whisky but if you are in the Brazilian summer at lunchtime for instance that may be not a good option. In that particular case a light meal like a salad or seafood joined by a white wine would be a delightful option. Don’t be afraid to make mistakes As we Said Brazilian people are now starting to pay attention to gastronomy. In São Paulo city as in other states every day new courses and professionals willing to teach us a little bit of this art. If you go for a autodidact learning books and online information are a huge source of information. What you need is curiosity, a

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will to learn and to try new things. Some people may think that creating a balance between food and drink is a science but it is not, it is instead and art and like all the other artistic expression it has a variety of styles and tendencies. In a experimental country such as Brazil we have been facing an tendency to explore the Japanese and the Asian spices. If you let yourself go in this big pool of smell and taste you may find balance that the good gastronomy admires will always applause.


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Cadernos

Gastron么micos Encarte especial da revista Sem Medida

Primavera



6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 26 28

Índice Activita à Pizzaiola Linguine nutritivo Espaguete ao molho de lima da Persia com erva doce Espiral ao molho de queijo com almondegas de frango Furado ao molho de milho com frango Bavette ao molho de champignon com presunto Salada ao molho de laranja com Manga Gravata ao pesto de tomate seco com rúcula Iscas de salmão com molho de queijo Lasanha ao creme de mandioquinha com alho poró Lasanha de salmão com ervas Pena ao molho de linguiça com couve


Cadernos Gastronômicos Adria/Sem Medida Esse encarte faz parte de uma coleção de quatro fascículos criados pela Writer Editora e Comunicação Ltda., por meio de uma parceria com a Adria Alimentos do Brasil, empresa de massas e biscoitos. A intenção desse projeto é oferecer gratuitamente aos leitores da revista Sem Medida um livreto com 12 receitas temáticas para cada estação do ano. A publicação acontece a cada três meses e traz pratos especiais desenvolvidos pela cozinha experimental Adria, usando os produtos da marca e ingredientes saudáveis e de qualidade. A Adria harmonizou pratos exclusivos com as características de cada estação - Inverno, Verão, Outono e Primavera - para você viver momentos inesquecíveis em sua cozinha. Convide a família e os amigos e compartilhe as delícias que preparamos! Programação de publicação Caderno Verão - Edição de Dezembro de 2009 Caderno Outono - Edição de Março de 2010 Caderno Inverno - Edição de Junho de 2010 Caderno Primavera - Edição de Setembro de 2010 © 2009 - Writers Editora e Comunicação Ltda. Todos os direitos reservados. É permitida a veiculação, impressão e reprodução deste encarte apenas em sua totalidade e desde que sejam mantidas todas as características editoriais e gráficas do projeto, da forma como foi concebido por seus autores, com suas devidas logomarcas. Projeto editorial e gráfico Writers Editora e Comunicação Ltda. Receitas Equipe da cozinha experimental da Adria Alimentos do Brasil Fotos Adria Alimentos do Brasil Produção gráfica Writers Editora e Comunicação Ltda. Circulação (encartado) revista Sem Medida

Writers Editora e Comunicação Ltda. R. Prof. Guilherme B. Sabino, 1347 - Cj. 112 Jd. Marajoara - São Paulo - SP - 04678-002 Tels.: 55 (11) 2638-4825/3729-3534 contato@writers.com.br Adria Alimentos do Brasil www.adria.com.br

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Cadernos

Gastron么micos Encarte especial da revista Sem Medida

Caderno de

Primavera


Activita à Pizzaiola

Rendimento

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Porções


Ingredientes 1 embalagem de Espaguete Adria Activita 3 Cereais 500g 10 tomates maduros, sem pele, sem sementes e cortados em cubos 200g de mussarela em cubinhos 150g de azeitonas pretas, sem caroço e picadas queijo parmesão ralado sal a gosto Pesto de Manjericão 2 dentes de alho ½ maço de manjericão ½ xícara (chá) de azeite

Modo de preparo Comece preparando o pesto de manjericão. Leve ao liquidificador, os dentes de alho, o maço de manjericão, azeite em fio. Acerte o sal e reserve. Numa panela grande ferva 5 litros de água com sal. Coloque a massa e mexa de vez em quando ou até que água volte a ferver. Deixe cozinhar conforme o tempo indicado na embalagem ou até que fique “al dente”, ou seja, macia, porém resistente à mordida. Num refratário grande, junte os tomates, mussarela, azeitonas e as folinhas de manjericão. Escorra a massa, despeje no refratário, regue por cima o pesto de manjericão e com a ajuda de dois garfos grandes mexa delicadamente até envolver bem todos os ingredientes. Polvilhe queijo parmesão e sirva a seguir. Tempo de preparo: 50 minutos

Toque do Chef: Os tomates frescos podem ser substituídos por tomates pelados enlatados ou assados. Para assá-los, faça um corte em cruz na base dos tomates e leve-os ao forno, regados com 1 fio de azeite até ficarem macios e a pele abrir. Cadernos Gastronômicos - Primavera - Adria/Sem Medida| 7


Linguine nutritivo 8 |Cadernos Gastronômicos - Primavera - Adria/Sem Medida

Rendimento

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Porções


Ingredientes 1 embalagem de Linguine Soja e Cálcio Activita 4 colheres (sopa) de creme vegetal light 1 cebola média, picada 1 dente de alho, picado 5 tomates maduros, sem pele e sem sementes, picados 400g de presunto magro, em cubos 100g de queijo prato light, em cubos 2 ovos inteiros e 2 claras, cozidos Sal, pimenta dedo de moça e manjericão a gosto

Modo de preparo Comece preparando o molho de tomate. Numa panela média, aqueça o creme vegetal light, refogue a cebola e o alho, junte os tomates e deixe cozinhar até ficar macio. Acrescente a pimenta dedo de moça, o manjericão, acerte o sal e reserve. Numa panela grande ferva 5 litros de água com sal. Coloque a massa e mexa de vez em quando, até que a água volte a ferver. Deixe cozinhar de acordo com o tempo indicado na embalagem ou até que fique “al dente”, ou seja, macia, porém resistente à mordida. Escorra a massa, acomode num refratário grande, acrescente o molho de tomate, o presunto magro, o queijo prato light, os ovos e as claras e envolva bem com a ajuda de 2 garfos grandes e sirva a seguir. Tempo de Preparo: 20 minutos

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Espaguete ao molho de lima da Pérsia com erva doce

Rendimento

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Porções


Ingredientes 1 embalagem de Espaguete Adria com Ovos 500g 4 colheres (sopa) de manteiga ou margarina 1 cebola, picada raspas de 2 limas da pérsia 1 ramo de erva doce, em tirinhas 1 ½ xícara (chá) de creme de leite 6 colheres (sopa) de suco da lima da pérsia queijo parmesão, ralado sal e pimenta-do-reino a gosto

Modo de preparo Comece preparando o molho de lima da pérsia com erva doce. Numa panela média, aqueça a manteiga ou margarina e refogue a cebola. Junte as raspas de lima da pérsia, o erva doce, o creme de leite e por último o suco de lima da pérsia e mexa delicadamente. Acerte o sal, tempere com a pimenta-do-reino e reserve. Numa panela grande ferva 5 litros de água com sal e cozinhe a massa. Para isso, coloque a massa e mexa de vez em quando, até que a água volte a ferver. Deixe cozinhar de acordo com o tempo indicado na embalagem ou até que fique “al dente”, ou seja, macia, porém resistente à mordida. Escorra a massa, acomode num refratário grande, acrescente o molho de lima da pérsia com erva doce e envolva bem com a ajuda de dois garfos grandes. Polvilhe o queijo parmesão e sirva a seguir. Tempo de Preparo: 20 minutos

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Espiral ao molho de queijo com alm么ndegas de frango

Rendimento

6

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Por莽玫es


Ingredientes 1 embalagem de Espiral Adria queijo parmesão, ralado sal Molho de Queijo: 2 colheres (sopa) de margarina 2 colheres (sopa) de farinha de trigo 1 litro de leite 3 colheres (sopa) de queijo cremoso sal, pimenta-do-reino, noz moscada e gengibre ralado a gosto Almôndegas de Frango: 500g de peito de frango 3 colheres (sopa) de azeite 6 fatias de pão de forma, sem casca e picadas 2 ovos, batidos ½ xícara (chá) de milho verde em conserva 1 pacote de creme de cebola sal, pimenta-do-reino e salsinha a gosto

Modo de preparo Comece preparando o molho de queijo. Numa panela média, aqueça a manteiga ou margarina e doure a farinha de trigo. Junte o leite aos poucos, mexendo sempre para não empelotar. Acrescente o queijo cremoso e mexa delicadamente até derreter. Acerte o sal e tempere com pimenta-do-reino, noz moscada e gengibre. Retire do fogo e reserve. Prepare as almôndegas de frango. Tempere o frango com sal, pimenta-do-reino e reserve. Numa panela média, aqueça o azeite, refogue o frango, cubra com água e deixe cozinhar por 20 minutos. Retire da panela, deixe amornar e leve ao processador para triturar. Numa tigela média, coloque as fatias de pão de forma, regue com o caldo do frango que se formou na panela, junte o frango triturado, ovos, milho, creme de cebola, a salsinha e misture bem até formar uma massa. Modele as almôndegas em formato de bolinhas, unte uma assadeira com bastante margarina, acomode-as, cubra com papelalumínio e leve ao forno médio (180ºC) por 30 minutos. Para dourar as almôndegas, retire o papel-alumínio 10 minutos antes de finalizar o tempo. Numa panela grande ferva 5 litros de água com sal e cozinhe a massa. Para isso, coloque a massa e mexa de vez em quando, até que a água volte a ferver. Deixe cozinhar de acordo com o tempo indicado na embalagem ou até que fique “al dente”, ou seja, macia, porém resistente à mordida. Escorra a massa, acrescente o molho de queijo e envolva bem com a ajuda de dois garfos grandes. Polvilhe o queijo parmesão, acomode por cima as almôndegas de frango e sirva a seguir. Tempo de Preparo: 1 hora

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Furado ao molho de milho com frango 14 |Cadernos Gastronômicos - Primavera - Adria/Sem Medida

Rendimento

6

Porções


Ingredientes 1 embalagem de Furado com ovos Adria 500g de peito de frango, em cubos 3 dentes de alho, picados 4 colheres (sopa) de azeite sal, pimenta-do-reino e tomilho a gosto Molho de Milho 2 colheres (sopa) de manteiga ou margarina 2 colheres (sopa) de farinha de trigo 1 litro de leite 2 colheres (sopa) de azeite 2 dentes de alho, picados 2 latas de milho verde em conserva sal, pimenta-do-reino, noz-moscada e salsinha a gosto

Modo de preparo Comece temperando o frango. Numa tigela média, junte ½ kg de frango, 3 dentes de alho, sal, pimenta-do-reino, tomilho e deixe pegar gosto por 1 hora. Prepare o molho de milho. Numa panela média, aqueça 2 colheres (sopa) de manteiga ou margarina e doure 2 colheres (sopa) de farinha de trigo. Junte 1 litro de leite aos poucos, mexendo sempre para não empelotar. Acerte o sal, tempere com a pimenta-do-reino e a noz-moscada. Retire do fogo e reserve. Numa frigideira média, aqueça 2 colheres (sopa) de azeite, refogue 2 dentes de alho, junte 2 latas de milho verde e deixe dourar, retire do fogo e reserve. Bata no liquidificador o molho branco com o milho refogado, reservando ½ xícara (chá) de milho para decorar o prato. Numa frigideira média, aqueça 4 colheres (sopa) de azeite e doure bem os cubos de frango. Numa panela grande ferva 5 litros de água com sal e cozinhe a massa. Para isso, coloque a massa e mexa de vez em quando, até que a água volte a ferver. Deixe cozinhar de acordo com o tempo indicado na embalagem ou até que fique “al dente”, ou seja, macia, porém resistente à mordida. Escorra a massa, acrescente o molho de milho, espalhe por cima os cubos de frango e decore com milho e salsinha. Tempo de Preparo: 1 hora e 40 minutos

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Bavette ao molho de champignon com presunto

Rendimento

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Porçþes


Ingredientes 1 embalagem de Bavette Adria Grano D’oro 2 colheres (sopa) de azeite 1 cebola pequena, picada 2 dentes alho, picados 200g de presunto, em cubos 100g de champignon, em fatias 500ml de molho de tomate ½ lata de creme de leite queijo parmesão, ralado sal e salsinha picada a gosto

Modo de preparo Comece preparando o molho de champignon com presunto. Numa panela média, aqueça o azeite, refogue a cebola e o alho. Junte o presunto, o champignon e deixe refogar por mais 2 minutos. Acrescente o molho de tomate, o creme de leite, acerte o sal, tempere com salsinha e reserve. Numa panela grande ferva 5 litros de água com sal. Coloque a massa e mexa de vez em quando, até que a água volte a ferver. Deixe cozinhar de acordo com o tempo indicado na embalagem ou até que fique “al dente”, ou seja, macia, porém resistente à mordida. Escorra a massa, acomode num refratário grande, acrescente o molho de champignon com presunto e envolva bem com a ajuda de 2 garfos grandes. Polvilhe o queijo parmesão e sirva a seguir. Tempo de Preparo: 20 minutos

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Salada ao molho de laranja com manga

Rendimento

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Porções


Ingredientes 1 embalagem de Penne Adria Grano D’Oro (500g) 2 cenouras médias, raladas 1 manga madura, em fatias 1 xícara (chá) de uvas passas pretas 1 ½ xícara (chá) de creme de leite ½ xícara (chá) de suco de laranja raspas de laranja a gosto sal e pimenta-do-reino a gosto folhas de alface

Modo de preparo Modo de Preparo: Numa panela grande ferva 5 litros de água com sal e cozinhe a massa. Para isso, coloque a massa e mexa de vez em quando, até que água volte a ferver. Deixe cozinhar de acordo com o tempo indicado na embalagem ou até que fique “al dente”, ou seja, macia, porém resistente à mordida. Escorra a massa e esfrie em água corrente. Num refratário grande, junte a massa, a cenoura, a manga, as uvas passas, mexa delicadamente e reserve. Prepare o molho de laranja. Numa tigela pequena, junte o suco de laranja, o creme de leite, as raspas de laranja e com a ajuda de um batedor de arame misture bem até envolver todos os ingredientes. Tempere o molho com sal e pimenta-do-reino. Regue a salada, enfeite com folhas de alface e sirva a seguir. Tempo de Preparo: 20 minutos

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Gravata ao pesto de tomate seco com rúcula

Rendimento

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Porções


Ingredientes 1 embalagem de Gravata Adria 1 xícara (chá) de azeite de oliva 200g de tomate seco, picados 2 dentes de alho, picados 50g de nozes, picadas queijo parmesão, ralado 1 maço de rúcula sal

Modo de preparo Comece preparando o pesto de tomate seco. Leve ao liquidificador, o azeite, o tomate seco, o alho, as nozes e bata até envolver bem todos os ingredientes. Acerte o sal e reserve. Numa panela grande ferva 5 litros de água com sal e cozinhe a massa. Para isso, coloque a massa e mexa de vez em quando, até que a água volte a ferver. Deixe cozinhar de acordo com o tempo indicado na embalagem ou até que fique “al dente”, ou seja, macia, porém resistente à mordida. Escorra a massa, acomode num refratário grande, acrescente o pesto de tomate seco e envolva bem com a ajuda de dois garfos grandes. Polvilhe o queijo parmesão, acomode por cima as folhas de rúcula e sirva a seguir. Tempo de Preparo: 20 minutos

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Isca de salm茫o com molho de queijo

Rendimento

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iscas


Ingredientes 1embalagem de Biscoito Água e Sal Adria, picados em pedaços pequenos 3 colheres (sopa) de linhaça 500g de iscas de salmão 2 colheres (sopa) de azeite 3 dentes de alho, picados suco de 1 limão ervas picadas a gosto (alecrim, tomilho, salsinha, endro, entre outras.) 2 claras de ovo 1 colher (sopa) de margarina sal Molho de Queijo 200g de queijo cremoso 50g de queijo provolone, ralado 2 colheres (sopa) de azeite 2 colheres (sopa) de maionese sal

Modo de preparo Comece temperando as iscas de salmão. Numa tigela pequena, junte as iscas de salmão, azeite, dentes de alho, suco de limão, as ervas, misture bem, acerte o sal e reserve. Bata as claras e reserve. Misture bem o biscoito com a linhaça e reserve. Passe as iscas de salmão pela clara de ovo e empane com a mistura de biscoito com linhaça. Unte uma assadeira média com margarina, acomode as iscas de salmão empanadas, cubra com papel-alumínio e leve ao forno pré-aquecido (180º) por 20 minutos. Após os 10 minutos, retire o papel alumínio e vire as iscas, cubra novamente e deixe por mais 10 minutos. Prepare o molho de queijo. Numa tigela pequena, junte o queijo cremoso, queijo provolone, azeite, maionese e misture até envolver bem. Acerte o sal e sirva as iscas de salmão com o molho de queijo. Tempo de Preparo: 40 minutos

Cadernos Gastronômicos - Primavera - Adria/Sem Medida| 23


Lasanha ao creme de mandioquinha e alho por贸

Rendimento

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Por莽玫es


Ingredientes Molho Branco 5 colheres (sopa) de manteiga ou margarina 5 colheres (sopa) de farinha de trigo 2 litros de leite sal, pimenta-do-reino e noz moscada a gosto Creme de Mandioquinha 2 colheres (sopa) de azeite 3 dentes de alho, picados 1 cebola pequena, picada 1 kg de mandioquinha, picada 2 tabletes de caldo de legumes sal Refogado de Alho Poró 2 colheres (sopa) de azeite 2 dentes de alho, picados 3 xícaras (chá) de alho poró, em rodelas 2 tomates, sem sementes e picados sal e salsinha picada a gosto Para a Montagem 1 embalagem de Lasanha Direto ao Forno Adria (500g) 400g de presunto, em fatias queijo parmesão, ralado

Modo de preparo Comece preparando o molho branco. Numa panela média, aqueça a manteiga ou margarina e doure a farinha de trigo. Junte o leite aos poucos, mexendo sempre para não empelotar. Acerte o sal, tempere com a pimenta-do-reino e a noz moscada, retire do fogo e reserve. Prepare o creme de mandioquinha. Numa panela de pressão, aqueça o azeite, refogue 3 dentes de alho e cebola. Junte a mandioquinha, caldo de legumes, 1 ½ litro de água e deixe cozinhar até a mandioquinha ficar bem macia. Retire do fogo e bata tudo no liquidificador até formar um creme, acerte o sal, se necessário e reserve. Prepare o refogado de alho poró. Numa frigideira média, aqueça o azeite e refogue o alho. Junte o alho poro e os tomates e deixe refogar por 5 minutos. Acerte o sal, salpique salsinha, mexa delicadamente e reserve. Monte a Lasanha Direto ao Forno Adria num refratário grande e fundo. Divida o molho branco e o creme de mandioquinha em 3 partes, as tiras de lasanha em 4, as fatias de presunto e o refogado de alho poró em 2. Alterne as camadas de molho e massa da seguinte forma: molho branco, fatias de presunto, tiras de lasanha, creme de mandioquinha, refogado de alho poró, tiras de lasanha, molho branco, fatias de presunto, tiras de lasanha, creme de mandioquinha, refogado de alho poró, tiras de lasanha, molho branco, creme de mandioquinha e finalmente queijo parmesão. Cubra com papel-alumínio e leve ao forno médio (200ºC) por 50 minutos. Para dourar a superfície, retire o papel-alumínio 10 minutos antes de finalizar o tempo. Tempo de Preparo: 1 hora e 50 minutos

Cadernos Gastronômicos - Primavera - Adria/Sem Medida| 25


Lasanha de salmão com ervas

Rendimento

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Porções


Ingredientes Molho Branco: 9 colheres (sopa) de manteiga ou margarina 9 colheres (sopa) de farinha de trigo 3 ½ litros de leite sal, pimenta-do-reino e noz moscada a gosto Para a Montagem: 1 embalagem de Lasanha Direto ao Forno Adria (500g) 1 kg de filé de salmão 4 colheres (sopa) de azeite 3 dentes de alho, picados suco de 1 limão ervas picadas a gosto (alecrim, tomilho, salsinha, endro, etc.) 400g de mussarela, em fatias queijo parmesão, ralado sal

Modo de preparo Comece preparando o salmão com ervas. Numa assadeira média, acomode os filés de salmão e tempere com azeite, alho, suco de limão, ervas e sal. Cubra com papelalumínio e leve ao forno médio (180ºC) pré-aquecido por 25 minutos. Retire do forno, corte os filés de salmão em lascas e reserve. Prepare o molho branco. Numa panela média, aqueça a manteiga ou margarina e doure com a farinha de trigo. Junte o leite aos poucos, mexendo sempre para não empelotar. Acerte o sal e tempere com pimenta-do-reino e noz moscada. Retire do fogo e reserve. Monte a Lasanha Direto ao Forno Adria num refratário grande e fundo. Divida as tiras de lasanha em 4 partes, o molho branco em 5 e as fatias de mussarela e as lascas de salmão em 2. Alterne as camadas de molho e massa da seguinte forma: molho branco, fatias de mussarela, tiras de lasanha, molho branco, lascas de salmão, tiras de lasanha, molho branco, fatias de mussarela, tiras de lasanha, molho branco, lascas de salmão, tiras de lasanha, molho branco e finalmente queijo parmesão. Cubra com papel-alumínio e leve ao forno médio (200ºC) por 50 minutos. Para dourar a superfície, retire o papelalumínio 10 minutos antes de finalizar o tempo. Tempo de Preparo: 1 hora e 50 minutos

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Pena ao molho de linguiça com couve 28 |Cadernos Gastronômicos - Primavera - Adria/Sem Medida

Rendimento

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Porções


Ingredientes 1 embalagem de Pena Adria (500g) 500g de linguiça de frango 1 maço de couve manteiga, em tirinhas 5 colheres (sopa) de azeite 1 cebola média, picada 4 dentes de alho, picados 700ml de molho de tomate sal e pimenta-do-reino a gosto

Modo de preparo Corte 2 gomos de linguiça em rodelas. Do restante, retire a pele e bata a carne no liquidificador e reserve. Numa frigideira grande, aqueça o azeite, junte a cebola, o alho, a linguiça moída e as rodelas e deixe refogar bem. Retire as rodelas de lingüiça e reserve para decorar. Acrescente a couve manteiga, acerte o sal, tempere com pimenta-do-reino e deixe refogar por mais 5 minutos e reserve. Numa panela grande ferva 5 litros de água com sal e cozinhe a massa. Para isso, coloque a massa e mexa de vez em quando, até que a água volte a ferver. Deixe cozinhar de acordo com o tempo indicado na embalagem ou até que fique “al dente”, ou seja, macia, porém resistente à mordida. Numa panela média, aqueça o molho de tomate e reserve. Escorra a massa, acrescente o molho e o refogado de linguiça com couve e envolva tudo com a ajuda de dois garfos grandes. Decore com as rodelas de linguiça e sirva a seguir. Tempo de Preparo: 20 minutos

Toque do Chef: A linguiça de frango pode ser substituída por linguiça suína. Cadernos Gastronômicos - Primavera - Adria/Sem Medida| 29



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