Drops #241

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TIAGO DIAS/ESP. EM

ESTADO DE MINAS >> quinta-feira, 4 de outubro de 2012

K-pop Encantados com o pop sul-coreano, jovens mineiros montam grupos de dança para homenagear os ídolos de uma indústria musical em pleno crescimento no mundo

Na foto, Lívia Rodrigues, Paula Rayssa, Gleison de Souza (deitado), Gabriel Nagao e Luiz Felipe Mota fazendo as poses icônicas do hit Gangnam style

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A cada dia o fenômeno k-pop — uma abreviatura do termo em inglês korean pop — conquista mais fãs ao redor do planeta, deixando de ser uma exclusividade dos jovens ligados nas empolgantes novidades do Extremo Oriente. Como o Brasil foi invadido por essa onda, a capital mineira não poderia ficar de fora dessa. Recentemente, a Praça da Estação, na Região Central de Belo Horizonte, foi tomada por fãs de pop coreano com o objetivo de realizar um flashmob do hit Gangnam style, do cantor Psy, cujo clipe já foi visto mais de 290 milhões de vezes no YouTube. Um feito que o registrou no livro dos recordes Guiness como o vídeo mais assistido e curtido da história do site. O single fez tanto sucesso que acabou chamando atenção de famosos, como Justin Bieber e Britney Spears, além de ter ganhando uma polêmica versão em português, feita pelo cantor Latino. Mas o pop coreano não vive apenas das composições do rapper Psy. Luiz Felipe Mota, de 21 anos, por exemplo, conta que conheceu esse estilo por meio de uma música do grupo SHINee e logo aprendeu sua coreografia. Uma das coisas que mais chamaram sua atenção foi a mistura dançante de pop com rhythm and blues, contando ainda com passos inspirados no hip-hop. O universitário conta que chegou a fazer aulas de dança de rua, mas acabou escolhendo o k-pop. “Não gosto só da dança, mas da união que existe entre os fãs de um determinado estilo. Vim de um grupo desunido, como muitos em BH, mas vejo que as pessoas que curtem músicas coreanas trabalham mais unidas. Isso contagia”, declara.

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Saiba mais sobre os grupos de k-pop e assista aos melhore clipes no bit.ly/clipeskpop

GRUPOS COVER A estudante Paula Rayssa, de 18, garante que sempre procurou por novidades do lado de lá do mundo por influência do seu pai, que também tem afinidade com a cultura asiática. Por causa disso, ela acabou descobrindo os astros do k-pop há alguns anos. Paula, mais conhecida entre seus amigos como Kity, gosta tanto do som e das coreografias que criou com um grupo de dança cover, o Step Gold. Hoje, ela e seus amigos se apresentam em festas e baladas na cidade dedicadas a esse estilo. O grupo chegou até a participar de disputas na cidade de São Paulo, concorrendo com grupos de outras partes do país. “Quando descobri os milhões de coreografias de k-pop, quis aprender cada uma delas. Acho que foi exatamente isso que me fez gostar ainda mais desse estilo”, afirma. Também por dentro das tendências asiáticas está o professor de dança Gabriel Nagao, de 20, que aproveitou o boom da música coreana para abrir turmas especiais para quem curte as batidas do k-pop. “Os grupos covers se espelham nas coreografias de seus ídolos para dançar e se divertir. Ao pesquisar mais, pude descobrir que os maiores nomes do k-pop atual desenvolveram seus passos elaborados baseados justamente nos movimentos de grandes expoentes da dança urbana. Foi daí que veio a minha ideia de ensinar a técnica de dança mais correta e fiel a esse ritmo animado“, explica.

EXPANSÃO CULTURAL A partir dos anos 1990, a Coreia do Sul iniciou um movimento de expansão cultural que ganhou força com a exportação de suas novelas, filmes e músicas regionais. Essa popularização foi batizada de Hallyu, a “onda coreana”. Desde então, o mundo tem se deparado com o surgimento de grandes nomes e grupos da cativante música pop sul-coreana, como Big Bang, Girl’s Generation, Super Junior, BoA, SHINee, 4Minute e 2NE1.


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