Revista NovaCer Edição 117 de Fevereiro 2023

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INDÚSTRIA CERÂMICA VERMELHA

FILHOS DA TERRA

PRODUÇÃO CERÂMICA CRESCE 5 VEZES

CRESCIMENTO E INOVAÇÃO NA PRODUÇÃO CERÂMICA DE MS

NOVACER
FEVEREIRO 2023 / EDIÇÃO 117 @REVISTANOVACER

ÍNDICE E TEMAS

DESAFIOS DA INDÚSTRIA

expectativas recuam

MAIS DE 1.060 REUNIÕES COM EMPRESAS

modelo de inovação para o setor

PARTICIPAÇÃO

Sustentabilidade

DELEGAÇÃO DE INVESTIDORES GOVERNAMENTAIS

Flexibilidade

SUSTENTABILIDADE E DIGITALIZAÇÃO 07
13
11 Inovação Tecnológica
09
TECNA FUTURE LAB 15
e Diversidade 05
INTERNACIONAL
Inclusão

CARTA DO EDITOR

Caro leitor,

É com grande prazer que apresentamos nesta edição uma reportagem especial sobre o notável crescimento da indústria cerâmica em Rio Verde de Mato Grosso do Sul, uma região que tem transformado recursos naturais em pilares de desenvolvimento sustentável

Nosso foco é destacar como a tecnologia e a sustentabilidade têm impulsionado a produção local de cerâmica vermelha, quintuplicando a capacidade de produção e fortalecendo a economia regional

Nossa matéria aborda a importância das jazidas de argila que datam do período devoniano, as inovações tecnológicas nas fábricas, e o compromisso com práticas ambientais responsáveis que garantem não apenas o progresso econômico, mas também a conservação do nosso patrimônio natural.

Esperamos que esta edição inspire nossos leitores a refletir sobre como recursos naturais, quando geridos de forma consciente e inovadora, podem ser fontes vitais de prosperidade e sustentabilidade

04 Fevereiro2023/edição117

DESTAQUES

Em Munique, a cerâmica vermelha é um elemento tradicional na arquitetura. Os tijolos de terracota, feitos de argila local, são usados em fachadas, telhados e pisos, proporcionando uma estética rústica e durável que resiste ao teste do tempo e complementa a paisagem natural

Em Frankfurt, a cerâmica vermelha é usada de forma icônica na arquitetura Os tijolos de terracota, fabricados a partir de argila local, são fundamentais não apenas para a estética dos edifícios, mas também para sua funcionalidade em um ambiente úmido. A durabilidade desses tijolos os torna ideais para enfrentar a elevação das marés, enquanto sua cor rica complementa os reflexos dourados da luz do sol sobre os canais, conferindo à cidade uma beleza única que captura a essência da tradição veneziana.

BERLIM,

Em Berlim, os tijolos de cerâmica vermelha têm sido uma escolha popular desde a época dos romanos Usados em edifícios históricos e novas construções, esses tijolos não só oferecem durabilidade, mas também adicionam um charme antigo à paisagem urbana

ALEMANHA MUNIQUE, ALEMANHA
05 Fevereiro2023/edição117
FRANKFURT, ALEMANHA

PRODUÇÃO CERÂMICA CRESCE

5 VEZES ALINHADA À SUSTENTABILIDADE EM MATO GROSSO DO SUL

Resiliência e Adaptação: O Varejo de Construção Diante dos Desafios da Indústria

06
Fevereiro2023/edição117

Tecnologia e sustentabilidade andaram lado a lado para aumentar em cinco vezes a capacidade de produção de peças, como telhas e tijolos em Rio Verde de MT, que abastecem a indústria civil de Campo Grande Nas Escrituras Sagradas é dito que o homem veio do pó da terra e que a ela voltará Em Rio Verde de Mato Grosso, a 203 km de Campo Grande, é pela terra que se ganha o sustento, num contexto diferente da forte economia agropecuária em Mato Grosso do Sul Na localidade, a fabricação das cerâmicas derivadas de argila encontrada em jazidas locais é como um “sopro divino” na economia na cidade, que gera renda e abastece indústrias em Mato Grosso do Sul.

07 Fevereiro2023/edição117

NOVOS DESAFIOS

Os paredões de argila de Rio Verde impressionam pela imponência do material que já está estabelecido naquele solo há cerca de 400 milhões de anos e que guarda tesouros da terra, que contam a pré-história de Mato Grosso do Sul. Se ao pó da terra voltaremos, em Rio Verde também é nela que se trabalha. É essa “herança” do período geológico devoniano que serve de matéria-prima para as indústrias de cerâmicas da cidade, que mensalmente produzem milhões de telhas e tijolos para abastecer a construção civil, do interior à Capital de Mato Grosso do Sul.

As jazidas da cidade guardam verdadeiros tesouros da terra São fósseis – restos de animais ou vegetais conservados em rochas – e icnofósseis –vestígios da passagem de um organismo por uma superfície, como as marcas das pegadas, a toca e indícios da alimentação Esses elementos, inclusive, confirmam que Mato Grosso do Sul já foi submerso por um oceano De acordo com a pós-doutora em geociências e coordenadora do GeoPaLab (Laboratório de Geologia e Paleontologia) da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), professora Edna Maria Facincani, os organismos pré-históricos foram extintos há milhões de anos, restanto apenas esses pequenos registros da passagem deles pela terra. “Eles estão registrados aqui na forma de fósseis

08 Fevereiro2023/edição117

nesse pacote sedimentar que nós denominamos principalmente de argilitos Para a economia da região de Rio Verde, isso é algo muito importante, porque são a base da fabricação cerâmica, para a produção de tijolos e telhas É muito importante até na questão da renda da região”, aponta Qualidade reconhecida e produção tecnológica

Não é à toa, portanto, que a cidade é polo cerâmico no Centro-Oeste A qualidade da argila encontrada nas jazidas da cidade são reconhecidas devido às característica físico-químicas que resultam num produto de excelente qualidade, sobretudo a cerâmica vermelha, considerada uma das melhores da região brasileira. Além disso, a argila

aflorou próxima ao solo, de forma que a extração requer retirada de pouco aterro para chegar até ela. Assim, a matéria-prima ganha status de ouro, fator que atraiu muitas empresas décadas atrás, chegando a 15 da década de 1970 O número de indústrias reduziu ao longo dos anos, mas sem perder a capacidade de produção devido ao emprego de tecnologias. Se há 40 anos a produção era de 3 milhões de peças, atualmente a cidade produz 15 milhões com cerca de dez “fornos”, como também são conhecidas as cerâmicas. Isso representa crescimento de cinco vezes na capacidade de produção sem perder a qualidade e sustentabilidade Atualmente, mais de mil pessoas são empregadas direta ou indiretamente nessa indústria, conforme relata Natel Moraes, presidente da Sindicer (Sindicato das Indústrias Cerâmicas de Mato Grosso do Sul).

09 Fevereiro2023/edição117

O SETOR POSSUI DESAFIOS IMPORTANTES

10 Fevereiro2023/edição117

CONCEBIDACOMOUMAEVOLUÇÃODATECNARGILLA-QUEERAUM EVENTOLÍDERMUNDIALEMSUPRIMENTOSPARAAINDÚSTRIADE CERÂMICAETIJOLOS

“Nossa argila é muito boa e, devido a isso, muitas empresas do passado foram se instalando e [a cidade] se tornou um grande polo Isso diminuiu ao longo dos anos, mas aumentou a tecnologia e produção Foi-se conhecendo mais a matéria-prima”, explica.

O vice-presidente regional da Fiems (Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso do Sul), Luiz Cláudio Sabedotti Fornari, relembra que o Estado até meados da década de 1990 era muito dependente da produção de telhas e tijolos de São Paulo.

O cenário mudou quando empresários procuraram uma cidade próxima a Campo Grande que fornecesse uma boa argila que pudesse competir em qualidade com a produção do estado vizinho, especialmente para atender à demanda da Capital que estava em pleno desenvolvimento. Assim, no início dos anos 2000, ceramistas de MS se uniram para procurar tecnologias que pudessem ajudar com a argila sul-mato-grossense

“Quando alcançamos essa formação conhecida como Ponta Grossa, a gente instalou a indústria aqui. Foi difícil até dominar essa argila, que tem uma qualidade diferente, e São Paulo continuou a atender até que os empresários conseguissem dominar e superar a qualidade de São Paulo Daí para frente, a maioria das peças que abastecem Campo Grande vem de Rio Verde de MT e, depois, por algumas outras poucas cidades, como Coxim e Três Lagoas”, afirma Luiz Claudio.

Fiems e Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) foram grandes apoiadores desse movimento com o incentivo para que os industriais conhecessem as ferramentas desenvolvidas na Europa, como Espanha e Itália “Foram tempos difíceis Mas, da dor surgiu a tecnologia. Uma técnica de queima que é muito utilizada no Brasil foi desenvolvida aqui em Rio Verde depois que os empresários se uniram e buscaram métodos diferentes para a preparação da argila Isso levou a um desenvolvimento muito grande”, celebra o diretor.

11 Fevereiro2023/edição117

Terra e desenvolvimento sustentável Todo o desenvolvimento e uso das jazidas de argila precisam ser feitos de forma sustentável, com autorizações ambientais e certificado por órgãos federais. Todas as empresas precisam de autorização da ANM (Agência Nacional de Mineração), negociar com o proprietário da lavra (caso seja de terceiros) e obter licenças municipais. Depois é preciso ingressar com processo de licenciamento ambiental no Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul) Amauri Olartechea, responsável pelo setor de Recursos Humanos da Cerâmica Cotto Figueira, explica que a olaria possui uma série de autorizações que permitem a exploração das jazidas de forma responsável e sustentável “Nós fazemos a reposição de material conforme a jazida vai avançando Tiramos a argila e depois colocamos um outro material, um aterro para suprir aquele solo e assim vem com a

vegetação, um pasto e assim por diante para voltar a recuperação daquela área onde nós utilizamos”, explica. Como exemplo, cita uma área usada anos atrás que foi vendida para o ramo da piscicultura e ganhou uma nova função social, empregando pessoas em outra indústria. “Foi aproveitada aquela área, que passou a ser explorada com tanques para peixes e dando uma responsabilidade e retornando uso social daquela área para nossa comunidade”, afirma. Sustentabilidade e segurança são palavras-chave Palavras-chave na indústria de cerâmicas,

12 Fevereiro2023/edição117

N O V I D A D E P A R A A P R Ó X

Otreinamentocontínuodosfuncionáriosé essencialparamanteraeficiênciaoperacional

sustentabilidade e segurança fazem parte da equação que amparou a modernização desse segmento produtivo para além da tecnologia, como detalha o diretor regional da federação da indústria, Luiz Cláudio Entre os avanços ao longo das últimas quatro décadas, está a preocupação com a emissão de carbono, processo de queima e filtragem das chaminés que aquecem as peças em temperaturas de até mil graus Celsius. Ele exemplifica: a lenha é reduzida a ponto de cavaco, ou seja, em pequenos pedaços. Ela é colocada em máquinas com sensores de temperatura, que conhecem cada etapa do processo e que são ligadas e desligadas automaticamente.

Assim, o que antes era suor, calor e peso para os trabalhadores, hoje é automatizado para aumentar a segurança e eficiência sem que o operário precise tocar na madeira ou na máquina. Outra mudança foi a origem dessa madeira que é usada nos fornos das cerâmicas. “O sistema de queima foi de lenha comum para queima automática com cavaco de lenha de eucalipto Essa é uma lenha plantada ou de produção própria. Eu preciso queimar lenha que tenha reposição florestal, não podemos queimar mais lenha nativa”, detalha A doutora em engenharia civil Maria Angélica Covelo Silva, na obra “Cerâmica vermelha: Desempenho, Sustentabilidade e

E M U I T A S
A F E I R A P R O M E T
E D I Ç Ã O
I M A
13 Fevereiro2023/edição117

TECNOLOGIAS E TENDÊNCIAS ESTÉTICAS

As peças feitas com esse material apresentam uma boa vida útil devido ao desempenho térmico, desempenho acústico e resistência ao fogo Assim, por exemplo, o conforto térmico reduz a necessidade de uso de ar-condicionado ou outros aparelhos com alto consumo de energia elétrica Além disso, a pesquisadora acrescenta que a evolução de produção da cerâmica ao decorrer dos séculos foi pautada em quatro eixos. O mesmo caminho foi seguido pela indústria em Mato Grosso do Sul:

Impacto ambiental e sustentabilidade; Tecnologia de produção; Qualidade e desempenho dos produtos finais; Produtividade no processo de execução das obras.

Terra que gera emprego e renda

O processo de produção de tijolos é composto por várias etapas dentro de uma olaria: extração da argila que, posteriormente, é misturada e moída Depois, esse material é levado para a olaria, onde é molhado para fazer a modelagem e, em seguida, passa por um processo de secagem. Por último, o tijolo passa pela queima nos fornos para finalmente atingir o ponto ideal para ser usado na construção de muros, casas e prédios.

16 Fevereiro2023/edição117

Algumas partes do processo são automatizadas por máquinas Contudo, outras necessitam do ser humano. Há 11 anos na Cerâmica Campo Grande, o encarregado Marcos de Araújo Lima relata que antes trabalhava em um supermercado Porém, este já é o emprego mais longo na vida profissional.

Ele elogia as condições de trabalho da indústria cerâmica em comparação com o setor de comércio “Eu acredito que uma das coisas que mais me fez ficar aqui depois de ter trabalhado em outros lugares foi a flexibilidade de tempo e o próprio relacionamento entre os funcionários, com o patrão

São pessoas que ajudam bastante os funcionários”, pontua O salário também é um dos outros pontos destacados pelo operário, que tem jornada diária de 6 horas. “Considero boa a remuneração Levando em consideração a cidade, está até um pouco acima da média”, acrescenta.

Além disso, a sucessão familiar também é presente na indústria cerâmica de Rio Verde de Mato Grosso Amauri Olartechea explica como o ofício é passado de geração em geração.

17 Fevereiro2023/edição117

Descubra como as características das matérias-primas determinam a qualidade e uso na indústria cerâmica.

14 dezembro2019/edição104

RELEVÂNCIA PARA O MERCADO

“Ao longo desses 40 anos nós temos a sucessão familiar Muitos funcionários se aposentaram e já têm o filho trabalhando conosco”, conclui.

Da argila aos tijolos, das mãos que fabricam os tijolos, àquelas que constroem paredes e tetos O segmento industrial da cerâmica em Rio Verde integra a geração de receita à cidade e ao Estado, além de proporcionar renda e emprego para milhares de moradores Em Rio Verde, é da terra que se edifica o sonho da moradia, do teto sob a cabeça, de lares para dormir e sonhar, antes que tudo volte a ser pó

A argila de Rio Verde é mais do que apenas matéria-prima; é um tesouro arqueológico que revela fósseis e icnofósseis, testemunhos da rica biodiversidade que uma vez habitou a região. Segundo a pós-doutora Edna Maria Facincani, coordenadora do GeoPaLab da UFMS, esses registros são cruciais para entender o passado geológico e biológico do estado e também representam uma base sólida para a indústria cerâmica local

19 Fevereiro2023/edição117
20 Fevereiro2023/edição117

Rio Verde se estabeleceu como um polo cerâmico no Centro-Oeste, graças à alta qualidade da argila, que possui características físico-químicas ideais para a produção de cerâmica vermelha de alta qualidade

A proximidade da argila com a superfície facilita sua extração, reduzindo o impacto ambiental e os custos associados. Essa combinação de fatores atraiu diversas empresas para a região desde a década de 1970, embora o número de indústrias tenha se reduzido, a capacidade de produção se manteve robusta devido ao emprego de novas tecnologias

Toda a extração e uso das jazidas de argila em Rio Verde são realizados de maneira sustentável, com a obtenção necessária de autorizações ambientais e a adesão a práticas que garantem a reposição e recuperação das áreas exploradas A Cerâmica Cotto Figueira, por exemplo, é um modelo de práticas sustentáveis, recuperando áreas utilizadas para a extração de argila e reintegrando-as com novos usos, como a piscicultura.

21 Fevereiro2023/edição117

Mas o que salta aos olhos hoje é o desempenho do mercado imobiliário como força propulsora do setor Como tem sido amplamente destacado, a construção está sob o efeito do ciclo de negócios iniciado ainda em 2019 e intensificado com a queda das taxas de juros do crédito imobiliário em 2020

Tanto a PNAD quanto o Caged confirmam a contribuição do mercado imobiliário para os resultados alcançados nesse primeiro semestre de 2022. Vale lembrar que Edificações tem a maior participação tanto no PIB quanto na ocupação dentro da construção.

Em julho, o Caged apontou que o emprego teve alta de 10,5% em 12 meses, sendo que o segmento de Edificações comandou as contratações, com variação de 13,2%, enquanto em Serviços Especializados o emprego aumentou 13,4% e em infraestrutura, 4%, na mesma comparação.

A Sondagem da Construção do FGV IBRE confirma o cenário de crescimento, mas traz algumas qualificações importantes para que se possa entender o que ocorre no setor.

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A introdução de tecnologias avançadas transformou profundamente a indústria cerâmica de Rio Verde. Antes marcada pelo trabalho físico intenso, hoje se beneficia de processos automatizados que aumentam a segurança e eficiência, reduzindo a necessidade de contato direto dos trabalhadores com materiais pesados e quentes.

As inovações incluem a utilização de lenha de eucalipto com reposição florestal para a queima de cerâmicas, refletindo um compromisso com a sustentabilidade ambiental e a responsabilidade social.

A evolução da produção cerâmica em Rio Verde também é marcada pelo forte vínculo com a educação e a transferência de conhecimento, aspectos fundamentais para a sustentabilidade a longo prazo da indústria Parcerias com instituições acadêmicas e programas de treinamento são essenciais para manter a força de trabalho local bem informada e preparada para os desafios futuros.

Por outro lado, em Preparação de Terrenos, que representa o início do ciclo de produção, ocorreu alta de 2,3 pontos e é o segmento com melhor percepção relativa da atividade setorial (ver gráfico a seguir)

Também se sobressai o segmento de Obras Viárias, que apresenta a maior alta em pontos do indicador entre dezembro e agosto (8,8 pontos), refletindo o ciclo de obras do ano de eleições Em contrapartida, em Obras de Acabamento houve uma inflexão muito forte. Esse segmento está associado às reformas, mas também representa a parte final do ciclo produtivo, assim é possível que volte a se recuperar

De todo modo, intriga ver que o segmento de Edificações, que comanda a geração de empregos, tem Índice de Confiança e de percepção de atividade abaixo da média do setor.

23 Fevereiro2023/edição117
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