Revista Novacer Edição 68 Dezembro 2015

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Ano 6

Dezembro/2015

Edição 68

www.novacer.com.br

Retrospectiva:

mais de 15 reportagens para recordar Mais um ano chega ao fim. E, para comemorar, a NovaCer separou as matérias mais relevantes do ano em cada mês em uma edição mais do que especial. Relembre notícias, fotos e eventos que marcaram este setor ao longo de 2015.


O forno pode ser construído nos tamanhos de: 18,0m x 3,0m x 2,8m / 18 ,0m x 4,0m x 2,8m / 20,0m x 3,0m x 2,8m 20 ,0m x 4,0m x 2,8m / 24,0m x 3,0m x 2,8m / 24 ,0m x 4,0m x 2,8m

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SUMÁRIO

MEIO AMBIENTE 15: Encontro Nacional de Cerâmica é realizado no Rio Grande do Sul

EDITORIAL

ECONOMIA E NEGÓCIOS

DESENVOLVIMENTO

FEIRAS

12: Carta ao Ceramista

16: Confiança contra a crise

18: Vantagens da cerâmica nas construções

22: Movimentação na feira da Anfamec surpreende

Diretor Geraldo Salvador Junior

direcao@novacer.com.br

revista@novacer.com.br Av. Centenário, 3773, Sala 804, Cep: 88801-000 - Criciúma - SC Centro Executivo Iceberg Fone/Fax: +55 (48) 3045-7865 +55 (48) 3045-7869

Comercial Moara Espindola Salvador

comercial@novacer.com.br

Administrativo Financeiro Felipe Souza

financeiro@novacer.com.br

Jornalista Responsável Juliana Nunes - SC04239-JP

redacao@novacer.com.br

Diagramação & Arte Jefferson Salvador Juliana Nunes

arte@novacer.com.br

Redação Juliana Nunes

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Fotografia & Marketing Digital Natanael Knabben revista@novacer.com.br

Impressão Gráfica Soller Tiragem 3500 exemplares

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Não nos responsabilizamos pelos artigos assinados


FEIRAS

DESENVOLVIMENTO

24: Encontro Nacional de Cerâmica é realizado no RS

30: Forno traz economia de 50% para cerâmica de SC

MEIO AMBIENTE

DESENVOLVIMENTO

20: Desafios ambientais como oportunidades

35: Ceramistas vão à Venezuela para conhecer secador rápido

DESENVOLVIMENTO

DESENVOLVIMENTO

21: Conhecer a argila garante qualidade às peças cerâmicas

36: Cerâmica do Rio Grande do Sul investe em modernização

DESENVOLVIMENTO

DESENVOLVIMENTO

23: Índice de absorção de água na cerâmica

38: Certifiquei meu produto, e agora?

MEIO AMBIENTE

FEIRAS

32: Pesquisador estuda uso de resíduos para fabricar tijolos

40: Ceramitec 2015 tem ampla propagação internacional

SUMÁRIO

Dezembro 2015

FEIRAS 34: Encontro do Nordeste reúne o setor no Piauí

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EDITORIAL

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Carta ao Ceramista Chegamos ao final de mais um ano! E, para encerrar 2015, relembre nesta edição os melhores momentos do setor, com as principais notícias divulgadas ao longo deste ano. Foram temas especiais de capa assuntos como meio ambiente, cobertura de feiras nacionais e internacionais, argila, crise e construção civil. Além disso, estudos, economia, novas tecnologias e iniciativas ambientais também ganharam destaque em nossas edições durante o ano de 2015. Nossa intenção foi levar a você, ceramista, as melhores histórias, as mais bem-vindas alternativas ao seu negócio, o melhor conteúdo e a melhor informação. Esperamos ter cumprido este objetivo. Para 2016, desejamos continuar divulgando os principais acontecimentos do setor e grandes novidades tanto no âmbito nacional como internacional. Além disso, queremos continuar contando com sua leitura e parceria no próximo ano. A equipe NovaCer deseja aos leitores, anunciantes e parceiros os melhores votos de felicidade, boas festas e harmonia. Um novo ano nos espera e com ele a esperança de dias melhores. As expectativas são muitas. Sucesso!

A Direção

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Em junho de 2015, a NovaCer fez uma reportagem com a cerâmica Santo Antônio, de Mara Rosa, no estado de Goiás. A empresa recupera as jazidas de extração de argila por meio da Piscicultura. A indústria transformou crateras em tanques para criatórios de peixes. Há 11 anos, a indústria faz a recuperação da área degradada por meio de cultivo de peixes. No total, são sete tanques para a criação de espécies como Matrinchã, Pintado, Caranha, Piau e Tilapia. No entanto, segundo o proprietário da cerâmica, Amado Olímpio Rosa, somente isso não era suficiente para mudar o cenário. Dessa forma, o empresário conta ainda que em volta dos tanques foram plantadas espécies frutíferas, como jambo amarelo, jamelão, abacate, pinha, limão e muitas outras. Também foram incluídas plantas nativas, por exemplo, ipê-roxo, pau-brasil, balsamo, mogno, peroba, cedro e gueroba. “Toda a área foi revitalizada e o meio ambiente saiu ganhando, pois o que antes era paisagem degradada ganhou vida e atraiu pássaros e animais silvestres, o que tornou essa área um bosque de recreação e de lazer que tem permitido a todos bons momentos”, relatou o ceramista. Conforme Rosa, a execução deste projeto vem ao encontro dos valores e da missão da cerâmica Santo Antônio, em ser a solução em produtos cerâmicos, de forma a contribuir na transformação dos sonhos de morar bem, valorizando o bem-estar social e respeitando o meio ambiente. Com esta iniciativa, de valorizar o ecossistema local e fazer o reflorestamento das áreas, a empresa foi reconhecida em 2008. “Tivemos o orgulho de receber o Prêmio Crea de Meio Ambiente, na categoria Minas e Lavras, e ter nosso trabalho apresentado como exemplo de sustentabilidade na mineração. Tudo isso nos deixou ainda mais motivados e cientes da nossa responsabilidade”, acrescentou Rosa. Para ele, o principal fornecedor e par-

Empresa recupera as jazidas de extração de argila por meio do cultivo de peixes há 11 anos

ceiro da cerâmica Santo Antônio é o meio ambiente, de onde se retira a argila e o combustível energético para as fábricas. “E essa parceria só é satisfatória quando todas as partes saem ganhando: tanto o homem quanto a natureza”, disse. NC

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MEIO AMBIENTE

Cerâmica de GO reaproveita jazida para Piscicultura

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ECONOMIA E NEGÓCIOS

Foto: divulgação

Confiança contra a crise Foi perceptível que 2015 foi um ano difícil tanto para a economia como para a maioria dos negócios no país. Pensando nessa realidade, a NovaCer trouxe como reportagem de capa o tema confiança contra crise em sua edição especial de 100 páginas, no mês de setembro de 2015. Especialistas das áreas de economia e gestão deram dicas de como enxergar as oportunidades onde ninguém vê e fazer o melhor investimento possível. Para o doutor em Economia e ex-secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Julio Sérgio Gomes de Almeida, nesse momento de crise, é quando as empresas se mostram, é quando várias empresas despontam e também quando as empresas passam por dificuldades. Portanto, para superar esse momento e manter os negócios, o especialista em gestão de pessoas e professor da Fundação Armando Alvares Penteado (FAAP), Daniel de Carvalho Luz, alertou que os empresários devem parar de reclamar e agir. “Não se pode esperar que

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o “Estado” resolva todos os problemas. O Estado tem se revelado incompetente, temos que pensar de modo heterodoxo. Se quisermos resultados diferentes daqueles que obtivemos até agora, temos de agir de modo diferente de como estávamos agindo”, acrescentou. Para Almeida, quem souber nesse momento investir em inovações, não apenas tecnológicas, mas em vários outros campos, como administração, parque produtivo e pessoal, poderá ganhar os frutos disso quando a economia voltar a crescer. “A preocupação das empresas deve ser de procurar o melhor meio para superar as adversidades da economia e sair na frente”, disse o economista. Confiança é a palavra-chave para sair da crise, segundo a economista e diretora executiva da Anima Consultoria Empresarial, Ana Alves da Silva. "Uma crise econômica, em geral, possui componentes financeiros, econômicos e psicológicos. Especialistas afirmam que a confiança é o primeiro passo para a mudança”.


A falta de convicção nas medidas econômicas e o desentendimento na política são alguns dos fatores que levam à perda de credibilidade e segurança neste momento de crise que o país vive. Para o economista Enio Coan, o Brasil passa por uma crise política que vem afetando a economia. Crise esta que surgiu de um processo de denúncias desde o mensalão e acabou se espalhando para outros setores do Governo, como estatais, ministérios e autarquias. “A crise política quando duradoura pode atingir a economia num todo pela questão da segurança e credibilidade. Se o empresariado perde a confiança, vai parar de investir, como aconteceu no Brasil. E, com a queda nos investimentos, o país parou de crescer e de gerar empregos”, elucidou. Por outro lado, conforme Coan, o Governo perdeu o controle das contas públicas. Ou seja, gastou demais – Copa do Mundo, Eleições, Pacto Político e Olimpíadas, entre outros –, desequilibrando as contas e gerando a necessidade de aumentar impostos e cortar benefícios. “Ao fazer isso, o Governo sofreu um grande desgaste, uma vez que a socie-

dade foi surpreendida, pois na campanha política se dizia que o país estava muito bem. Isso levou a queda de popularidade e perda de credibilidade”. Coan ainda acrescentou que um Governo até pode perder a popularidade, mas jamais a credibilidade, uma vez que isso acarreta em perda de confiança dos investidores e, dessa forma, o país para de crescer e pode entrar em recessão, gerando desemprego e crise, se durar muito tempo. Para o doutor em Economia e ex-secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Julio Sérgio Gomes de Almeida, a solução para isso é fazer com que o empresário volte a ter confiança na economia. “É necessário fazer com que essa crise política, esse fracionamento do poder político, diminua, e se volte a ter um caminho conjunto envolvendo o Governo e Congresso Nacional. Tem havido um divórcio muito grande entre eles. De certa forma, cada um atirando para um lado, o que tem dificultado muito a volta da confiança na economia. Penso que esse é o primeiro passo a ser feito nessa direção”, constatou Almeida.

ECONOMIA E NEGÓCIOS

A crise é de confiança

Crise ou oportunidade? A escolha é sua "Quando nos referimos à crise, nos perguntamos: Será a crise um perigo ou uma oportunidade? A palavra crise, em chinês, é composta por dois ideogramas (letras), um significa perigo e o outro oportunidade. Se conseguirmos enfrentar as crises observando o que elas possuem de oportunidade, encontraremos a motivação real para superá-las. Não afirmo que é fácil, mas necessário, na medida em que a atitude pró-ativa pode transformar a visão de crise", disse a economista e diretora Executiva da Anima Consultoria Empresarial, Ana Alves da Silva. A primeira condição para identificar e aproveitar as oportunidades em meio à crise é não permitir que o “desespero social” tome conta da sua mente, segundo a palestrante motiva-

cional e autora do livro Confiança – A Chave Para o Sucesso Pessoal e Empresarial, Leila Navarro. Outro posicionamento importante, conforme ela, é ampliar a visão. “Ficar batendo na mesma tecla só o conduzirá para o mesmo lugar. O meu termômetro para identificar e avaliar se estou diante de uma oportunidade e devo investir parte de três princípios: estou me divertindo, estou aprendendo e estou ganhando dinheiro. O divertimento é o prazer da alma na matéria, aprender é o desenvolvimento como ser humano, ganhar dinheiro significa que as pessoas precisam do que sei e faço. Quando essas questões estão alicerçadas em nossos próprios valores afasta a crise e atrai muitas oportunidades”, finalizou. NC

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D E S E N VO LV I M E N T O

Vantagens da cerâmica nas construções

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As vantagens do uso de materiais cerâmicos nas construções foi o tema da reportagem do mês de fevereiro. A NovaCer mostrou por meio desta reportagem como as cerâmicas vermelhas saem na frente quando o assunto é alta resistência, durabilidade e conforto térmico e acústico. Comparando os materiais disponíveis no mercado hoje, conforme o consultor em cerâmica Vitor Nandi, as cerâmicas vermelhas apresentam maior facilidade de manuseio com melhores acabamentos e possuem menor absorção de água, diminuindo infiltrações. “As paredes de concreto, por exemplo, são mais frias e tendem a molhar mais em tempo de chuvas, nesse caso, é preciso ter cuidado redobrado com a impermeabilização para não ter paredes descascadas com o passar do tempo”, contou. Para Nandi, os tijolos cerâmicos possuem isolamento térmico e acústico melhor que os blocos de concreto e sua resistência mecânica é superior em relação a outros tipos

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comuns de materiais usualmente utilizados. “Além disso, possui facilidade de manuseio e assentamento, bem como, maior resistência ao fogo devido ao seu processo de fabricação que, por sofrer sinterização em temperaturas que oscilam entre 800 a 950ºC, são inertes até esta faixa de calor. Sua absorção d’água baixa favorece maior vida útil e menor proliferação de sais solúveis em sua superfície, isso também favorece na diminuição de micro-organismos. Em alguns casos podem ter formas geométricas que facilitam e melhoram seu efeito estético”, relatou. Segundo a técnica em cerâmica, Monica Chiusano Cocchi, os blocos cerâmicos tem maior produtividade, pois são produtos 40% mais leves e consomem menos argamassas de assentamento e reboco. “Os tijolos ou blocos cerâmicos são divididos em duas categorias: estruturais e de vedação. Além de proporcionar conforto térmico e acústico, é preciso cuidado na escolha do produto, materiais com melhor qualidade, menor desperdício. Os blocos cerâmicos estruturais, por exemplo, chegam a uma economia de 30% no final da obra e acelera a construção das paredes”, disse. “As principais características dos produtos cerâmicos estão em sua absorção d’água, que está entre 8 e 22%; em sua resistência que, para os blocos de vedação, estão superior a 1,5 MPa e, para os blocos estruturais, 3,0 Mpa; em sua condutividade térmica que é baixa (~ 1,10 W/mºC), em sua estabilidade dimensional que, por norma, oscila em no máximo 3 mm; e em sua resistência ao fogo, que é muito maior em relação a outros produtos, já que em seu processo passa por uma etapa de sinterização em temperaturas usualmente maiores que 800ºC”, disse Nandi. “São peças de preço relativamente baixo e que em sua grande maioria atendem as expectativas dos clientes consumidores. A única coisa que ainda precisa melhorar é a questão da padronização e normalização”, disse o engenheiro cerâmico Odenir Vagner. NC


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MEIO AMBIENTE

Desafios ambientais como oportunidades É preciso sabedoria para manter o meio ambiente intacto para continuar produzindo Foto: divulgação

Em agosto de 2015, a NovaCer abordou como reportagem principal como transformar os desafios ambientais em oportunidades. Segundo o engenheiro civil e geógrafo David Zee, para que os recursos naturais sejam contínuos e infinitos, é preciso sabedoria para manter o meio ambiente intacto para continuar produzindo. “Preocupar-se com o meio ambiente é manter um elemento vivo, chamado Mãe Terra, ativo e, desta forma, não ter que precisar reproduzir seu trabalho. Além de não sabermos realizar, não temos conhecimento suficiente para substitui-lo”, disse Zee. Segundo o geógrafo, o principal desafio é saber manter ao mesmo tempo a viabilidade econômica do seu negócio, o bem social e a conservação dos recursos naturais. “Os três fatores devem caminhar lado a lado”, acrescentou. Ainda segundo ele é preciso transformar estes desafios em oportunidades, por meio da pesquisa e da inovação, procurando

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conceber novos procedimentos e tecnologias, reduzindo o consumo dos recursos naturais e otimizando os resultados. Conforme a engenheira ambiental Cíntia Casagrande, o homem precisa manter o meio ambiente em equilíbrio, pois se o meio em que vive está com algum problema isso poderá afetar diretamente a saúde. “Podemos tomar como exemplo o caso de uma olaria que polui o ar deixando o seu filtro desligado. A fumaça poluída poderá atingir a pele ou os pulmões das pessoas”, esclareceu. Para Zee, é necessário ainda procurar sempre analisar a possibilidade de adotar a regra dos 3R’s e otimizar os resultados. “A regra dos 3R’s compreendem as seguintes considerações: reduzir o consumo dos recursos naturais (energia, matéria-prima e água); reutilizar os resíduos da fábrica através de um pré-tratamento para adequar ao reúso; e reciclar materiais inservíveis, adotando parcerias externas ou mesmo internas”, elucidou. Todas as atividades que geram serviços ocasionam impactos ambientais em seu dia a dia, segundo Cíntia. Porém, ela explica que muitos destes impactos podem ser evitados ou minimizados, caso a empresa adote medidas de equilíbrio econômico e ambiental. “Ou seja, gerar mais produtos e serviços com menor uso dos recursos e diminuição da geração de resíduos e poluentes. Muitas empresas aderiram o uso de “circuito fechado”, ou seja, os resíduos retornam ao processo produtivo em forma de matéria-prima e praticamente nada é jogado fora. Além de economizar os recursos, evita a poluição e aumenta os lucros”, assegurou. Para evitar agressões ao meio ambiente, a dica de Zee para os ceramistas é analisar com cuidado todas as interações que a fábrica faz com o meio ambiente desde a importação dos recursos naturais para a produção até a exportação dos resíduos para o meio exterior da empresa. “Estas interações devem ser estudadas de forma a serem o menos agressivas possíveis”, completou. NC


O conhecimento das matérias-primas por meio de suas características cerâmicas é de suma importância para a obtenção de produtos cerâmicos com os padrões de qualidade preestabelecidos pela empresa. Foi pensando nisso que a NovaCer levou até você, ceramista, as principais informações de como conhecer melhor as matérias-primas e, desta forma, reduzir retrabalhos no processo de produção com mão de obra, energia e desgaste de peças e equipamentos. O tema foi abordado na edição de junho da revista. Segundo o engenheiro ambiental e coordenador do laboratório de ensaios cerâmicos do Senai-ESDT, Francis de Matos Aquino, é preciso analisar por meio de ensaios preliminares as propriedades físicas e químicas da argila com a finalidade de classificar e avaliar a constituição mineralógica das argilas para o uso no processo de produção das peças cerâmicas. Para realizar a caracterização de argilas, Aquino explicou que existem algumas técnicas. Entre elas Unidade Residual, Resíduo em Peneira, Análise quantitativa de impurezas, Plasticidade, Contração Linear, Resistência Mecânica, Composição Granulométrica, Absorção de água, Porosidade Aparente, Massa Específica Aparente e Massa Específica Aparente da parte sólida, Análise Química, Difratometria de Raio X, Capacidade de troca de Cátions (CTC) e Análise Térmica Diferencial (ATD). “Através destes

ensaios, pode-se avaliar qualitativamente as impurezas, estimar o grau de sinterização após a queima e o comportamento das argilas durante as fases de conformação e de secagem das peças cerâmicas”, contou o engenheiro ambiental. Tão importante quanto realizar ensaios de caracterização é analisar os resultados e tomar as ações devidas, conforme o técnico em cerâmica Emerson Dias. “Ao reconhecer um índice de retração através dos ensaios, é possível o ceramista realizar adequações no processo para que assim se possa adequar os produtos aos requisitos normativos. Realizar o ensaio de resíduo ou reconhecer este índice antes mesmo de se utilizar a argila ou composição reduz-se em muito a possibilidade de trincas em fissuras durante o processo de fabricação”. Ainda de acordo com Dias, infelizmente muitos ceramistas não se utilizam desta prática para definição de seus processos e assim chegam a “pagar” um preço alto durante o processo de fabricação. “Ao se definir a aquisição de um equipamento, a realização dos ensaios de caracterização se faz extremamente necessária. Penso que os fabricantes de máquinas têm importante papel nesta fase de caracterização dentro de um processo de venda técnica. Acredito que agindo desta forma o fabricante conseguirá se diferenciar dos demais diante de um processo de venda”, aconselhou. NC

D E S E N VO LV I M E N T O

Conhecer a argila garante qualidade às peças cerâmicas

Ensaio de caracterização de matéria-prima Resistência à Compressão

Foto: Senai-ESDT NovaCer • Ano 6 • De zembro • Edição 68

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FEIRAS 22

Movimentação na feira da Anfamec surpreende Em abril, a NovaCer trouxe uma reportagem falando sobre como foi a primeira edição da Feira de Negócios e Arena de Conhecimentos para a Indústria de Cerâmica Vermelha, de 12 a 14 de março de 2015, em São Paulo. Com a missão de viver, pensar e sentir o novo momento do setor, o evento foi organizado pela Associação Nacional dos Fabricantes de Máquinas e Equipamentos para a Indústria Cerâmica (Anfamec). “Nosso evento refletiu o esforço que nós, ceramistas, fabricantes e empresários, estamos fazendo para a evolução do segmento e a ampliação de seu papel nas transformações econômicas e sociais brasileiras”, destacou o presidente da Anfamec, Matheus Rodrigues. Nesta feira, um novo formato foi desenvolvido para demonstrar o potencial transformador da indústria de cerâmica vermelha no país. Na Arena de Especialistas, o intuito foi viver os rumos do mercado da construção. Nas Oficinas de Soluções, os ceramistas foram estimulados a pensar em novas possibilidades para superar as adversidades cotidianas. Já a feira permitiu sentir os novos rumos do setor. Para o empresário João Martins, da Cerâmica Livramento, no Maranhão, o evento superou as expectativas. “A feira foi uma excelente oportunidade para conhecermos novas tecnologias e novos fornecedores. Serviu ainda para ver as novidades em equipamentos e produtos para o setor da cerâmica vermelha e negociar a aquisi-

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ção de algumas máquinas”, relatou. Segundo o diretor da Anfamec, Mauricio Carnevalli, o evento representou a união nunca antes vista dos fornecedores que, apesar de concorrentes comerciais, a grande maioria estava sob a bandeira da Anfamec. “O evento representou ainda a vontade de fazer dar certo, apesar do ceticismo de alguns, e um marco no setor, mais focado e mais coeso”. Para Carnevalli, todo segmento produtivo do país tem que se reunir periodicamente para discutir problemas, ver novidades e sentir que o setor está respaldado por fornecedores que estão em sintonia com as necessidades do setor. Em um espaço de mais de 7 mil metros quadrados, a feira da Anfamec contou com a exposição de 80 máquinas e equipamentos produzidos por 90 marcas nacionais e internacionais. Robótica, automação, aprimoramento de processos e produtos e tecnologias de ponta para a indústria de cerâmica vermelha foram os destaques da primeira feira. No total, o evento somou 240 toneladas em máquinas e equipamentos para o setor cerâmico. A metalúrgica Nandi, de Tubarão (SC), foi uma das empresas que participou do evento como expositora. Na avaliação do sócio proprietário da empresa, Ítalo Nandi, o evento foi muito satisfatório. “Mesmo na situação atual da economia, onde todo mundo está um pouco inseguro, a feira foi muito boa. O evento conseguiu passar uma confiança muito grande aos ceramistas”. A movimentação também foi surpreendente, segundo Nandi. “Foi mais do que esperávamos. Nesta feira, em especial, conseguimos confirmar negócios que já estavam em andamento e abrir novos negócios”, acrescentou. Adriano Campos, gerente da Busch do Brasil, foi outro expositor que se surpreendeu com o evento. "A Anfamec em sua primeira feira me surpreendeu positivamente. Estávamos com uma expectativa inferior ao que aconteceu. O movimento foi fantástico. Os ceramistas que estiveram na feira estavam realmente interessados em investir, pessoas buscando melhorias e em busca de qualidade”, contou. NC


O índice de absorção de água é um indicador da qualidade do produto bastante significativo do processo de produção cerâmica

Índice de absorção de água na cerâmica foi o tema da reportagem especial do mês de maio da NovaCer. De acordo com o técnico em cerâmica Antônio Carlos Pimenta Araújo, o processo de produção das cerâmicas tem relação direta com o valor de absorção de água, “já que produtos cerâmicos podem ter porosidade aberta em função de uma queima rápida ou de baixa temperatura e também por combustão de materiais que deixam espaços vazios onde a água pode entrar”. Para o coordenador de Inovação, Gestão e Processo Produtivo do Instituto Senai de Tecnologia em Materiais, de Criciúma (SC), Anselmo Medeiros Marcelino, o índice de absorção de água é um indicador da qualidade do produto bastante significativo do processo de produção cerâmica. “A partir dele pode-se ter ideia que as matérias-primas foram bem selecionadas e formuladas, que o processo de conformação foi bem realizado e que o processo de queima foi adequado. Outras etapas do processo também influenciam diretamente neste índice, porém com um grau de significância um pouco menor”, relatou. Marcelino ainda explicou que a absorção de

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Índice de absorção de água na cerâmica

água tem relação com a resistência mecânica das peças. “Conforme a definição de absorção de água, quanto maior este índice, maior é o percentual de porosidade aberta de um corpo cerâmico, sendo assim, maior é a fragilidade do tijolo ou da telha, pois há uma probabilidade maior do aparecimento de falhas e consequentemente a diminuição da resistência mecânica. Porém, Dias complementou que a resistência mecânica também está associada a outros requisitos. Na opinião de Pimenta, esta é uma correlação não direta e que geralmente é erroneamente interpretada. “Um produto cerâmico bem queimado pode ter boa resistência mecânica e um determinado valor de absorção de água, mas se elevarmos a temperatura de queima deste produto podemos diminuir a porosidade e até formar fase vítrea, mas, não necessariamente aumentar a resistência. Por outro lado, este produto queimado a temperaturas menores tende a ter maior porosidade e menor resistência. Assim, cabe ao ceramista sempre estudar suas argilas e processos para definir massas e processos adequados ao que é requisitado em norma”, concluiu Pimenta. NC

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FEIRAS

Encontro Nacional de Cerâmica é realizado no RS

Foto: divulgação / Anicer

Evento organizado pela Anicer ocorreu de 16 a 19 de setembro, na cidade de Porto Alegre

A edição de outubro trouxe o balanço da feira organizada pela Associação Nacional da Indústria Cerâmica (Anicer), que ocorreu de 16 a 19 de setembro, em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. O 44º Encontro Nacional da Indústria de Cerâmica Vermelha e a 18ª Exposição Internacional de Máquinas, Equipamentos, Automotivos, Serviços e Insumos para a Indústria Cerâmica (Expoanicer) foram realizados no Centro de Eventos da Fiergs. O objetivo do evento foi reunir empresários do setor interessados em inovação, tecnologia e conhecimento. Durante os três dias, o encontro recebeu 1.697 visitantes e participantes. Além do Brasil, prestigiaram o evento pessoas da Argentina, Bolívia, Colômbia e Paraguai. “O evento ultrapassou minhas expectativas em função do grande envolvimento e trabalho de toda a nossa equipe, incluindo também o pessoal do Sindicer/RS e muitos membros da diretoria”, contou o presidente da Anicer, Cesar Gonçalves. “O encontro é uma conquista e uma marca do nosso setor. Este evento, além de trazer conhecimento técnico, exposição de máquinas

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e visitas técnicas, também proporciona ao ceramista a possibilidade de rever os amigos e trocar experiência com os demais colegas do setor”, disse o segundo vice-presidente da Anicer e presidente do Sindicer/MS, proprietário das cerâmicas Campo Grande e Ceramitelha (MS), Natel Moraes. Em 2015, o encontro contou com seis clínicas tecnológicas, seis minicursos e dois fóruns empresariais. Entre os principais temas abordados estão energia, queima, secagem, licenciamento ambiental, normas, marketing e negócios. Além disso, foram entregues os certificados de qualificação no Programa Setorial de Qualidade (PSQ), do PBQP-H, para as empresas que se adequaram às normas técnicas. Os convidados também conheceram a vencedora do Prêmio Jovem Ceramista 2015, a estudante do Centro Universitário Barriga Verde (Unibave), Jordana Mariot Inocente. A jovem escreveu o trabalho intitulado “Estudo das perdas térmicas de um forno túnel brasileiro”, sob orientação do professor Vitor de Souza Nandi. Também fez parte da programação do evento a entrega do Prêmio João-de-Barro, que prestigia personalidades e empresas que mais se destacaram ao longo do ano no setor. Em 2015, os vencedores foram Fernando Antônio Ibiapina Cunha/CE, na categoria Personalidade; Ceagra - Grupo Tavares/CE, na categoria Cerâmica; O Sindicercon/SP foi o vencedor da categoria melhor instituição; Na de Fornecedor, levou o prêmio a Verdés S.A. Máquinas e Instalações/ SP; O prêmio de melhor estande ficou para Icon Estampos S/A; e na categoria Ação Sustentável a Acervir Florestal foi quem levou o prêmio. A próxima edição do Encontro Nacional ocorrerá em São Paulo. “A expectativa é muito boa. Teremos um encontro no estado que tem a economia mais forte do país, onde estão cerâmicas com alta tecnologia e muitos fornecedores por perto. As associações e sindicatos de São Paulo e a Anicer já estão empenhados em realizar mais um grande evento”, disse o presidente da Anicer. NC


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ENTREVISTA

Entrevistas especiais Em 2015, conversamos com especialistas de diversas áreas para falar sobre os mais atuais temas do setor. Entre os assuntos abordados em nossas páginas amarelas estão gestão financeira e custos, alvenaria estrutural, saúde ocupacional e empreendedorismo. Também conhecemos um pouco mais do setor em alguns estados, como Santa Catarina, Goiás e Rio Grande do Sul, entre outros. Relembre quem a NovaCer entrevistou ao longo de 2015.

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A primeira entrevista do ano da NovaCer foi com o presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Máquinas e Equipamentos para Indústria Cerâmica (Anfamec), Matheus Rodrigues. Nesta entrevista, ele falou sobre o setor das indústrias fabricantes de equipamentos para cerâmica vermelha. Além disso, contou como foi criada a Anfamec, qual o seu papel no desenvolvimento do setor e as ações desta associação criada para representar os interesses dos fabricantes de máquinas e equipamentos no fomento às novas oportunidades para os ceramistas e o segmento.

Sérgio Luiz Moretto foi o entrevistado da edição do mês de fevereiro. Na entrevista, ele falou sobre seus dois mandatos durante seis anos no Sindicato das Indústrias de Olaria, de Cerâmica para Construção, de Mármores e Granitos de Chapecó (Sicec), em Santa Catarina, e também sobre o setor. Ele comentou os desafios do Sicec para os próximos anos e como está o setor nesta região. Além disso, falou sobre como é a questão de automação nas cerâmicas e o que ainda precisa melhorar para que o setor possa avançar.

Março foi o mês que a Novacer conversou com o presidente do Instituto para o Desenvolvimento Sustentável (IDS), o PhD Antônio Luís Aulicino. O tema abordado foi Processo Prospectivo, utilizado para construção do futuro estratégico de longo prazo, que proporciona a predisposição para fazer mudanças, rupturas/inovações, preparar as pessoas e adaptar os recursos para enfrentar possíveis adversidades e aproveitar melhor as possíveis oportunidades.

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ENTREVISTA

O diretor da Bonfanti, Luiz Bisaccioni, é o entrevistado das páginas amarelas da edição de abril. Na entrevista, ele falou sobre como começou a trabalhar na empresa, sobre os últimos lançamentos e sobre a parceria entre a Bonfanti e Marcheluzzo Impianti. Alicerçada em uma existência de mais de 100 anos, a Bonfanti atua em três áreas de negócios, sendo elas projetos e fabricação de instalações completas para a indústria de cerâmica vermelha, projetos e fabricação de máquinas e equipamentos para a indústria de borracha e plástico e fundição em ferro cinzento, nodular e coquilhado. Bisaccioni, que está há 40 anos na empresa, contou ainda sobre como avalia o mercado de cerâmica vermelha no Brasil e sobre o que faz da Bonfanti uma empresa de sucesso.

Em maio, a entrevista especial foi com a empresária e consultora Ana Alves. Com experiência em gestão empresarial por mais de 20 anos, é palestrante, instrutora e facilitadora, tendo ministrado cursos e palestras, além de consultoria, nos Estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais e Ceará, atuando, também, na Universidade Federal de Juiz de Fora e Universidade Federal do Ceará. Na entrevista à NovaCer, a empresária falou sobre gestão financeira e custos, planejamento estratégico, Business Plan e análises estatísticas, entre outros assuntos.

A entrevista especial do mês de junho foi com o presidente da Associação dos Ceramistas do Norte do Estado de Goiás (Asceno), Belmonte Amado Rosa Cavalcante. Na entrevista, ele falou sobre as principais características do setor na região e sobre as principais ações da Asceno em prol das indústrias cerâmicas. Além disso, comentou sobre a experiência da aplicação do método do processo prospectivo e sobre as melhorias no setor após a implantação do projeto.

Em julho, a entrevista especial foi com o empresário e presidente do Sindicato das Indústrias de Olaria e de Cerâmica para Construção no Estado do Rio Grande do Sul (Sindicer/RS), Jorge Romeu Ritter. Na entrevista, ele citou as características do setor no estado do Rio Grande Sul, que sediou em setembro o 44º Encontro Nacional da Indústria de Cerâmica Vermelha. O presidente ainda comentou as ações e projetos desenvolvidos pelo sindicato em prol das indústrias do setor.

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ENTREVISTA

A entrevista especial do mês de agosto foi com o presidente do Sindicato da Indústria de Cerâmica Vermelha da Paraíba (Sindicer/PB), João Neto. Na entrevista ele, que também é diretor da cerâmica Salema, falou sobre as características do setor no estado, sobre as ações do Sindicer e sobre os desafios em unir mais este setor, para que possam crescer em conjunto e mostrar que é possível competir com qualidade. Neto é graduado em Administração pela UFPB e possui MBA em Gestão de Projetos pela FGV. Ele também é diretor do Programa Paraibano da Qualidade - PPQ e membro do GAP/Anicer - Grupo de Apoio à Presidência da Associação Nacional de Cerâmica.

A entrevistada especial do mês de setembro foi com Patricia Bernardo de Figueiredo. Ela é médica especialista em Medicina do Trabalho pela AMB e professora convidada do curso de pós-graduação em Medicina do Trabalho pela Mestra e coordenadora de Segurança e Saúde do Serviço Social da Indústria – Sesi de Santa Catarina. Na entrevista, Patricia falou sobre a importância de investir em saúde ocupacional, sobre como se encontra a situação do trabalhador brasileiro diante das doenças ocupacionais atualmente e sobre práticas que podem ser adotadas pelas empresas no que se refere à prevenção das doenças ocupacionais, entre outros assuntos.

Em outubro, os leitores da NovaCer conheceram um pouco mais sobre o tema Alvenaria Estrutural. Para falar sobre este assunto, a NovaCer entrevistou o engenheiro civil e professor da UFSCar Guilherme Aris Parsekian. Ele também é mestre em Estruturas (distinção, EESC-USP), doutor em Construção Civil (Escola Politécnica-USP) e pós-doutorado na University of Calgary. Na entrevista, ele falou sobre como surgiu o sistema, qual sua importância, como funciona e como deve ser a qualidade dos blocos, entre outros. Parsekian já participou direta ou indiretamente de mais de duas centenas de projetos de edifícios e outras construções. Têm experiência na área de engenharia civil, particularmente na área de edificações em alvenaria estrutural e estruturas de concreto, com diversas consultorias realizadas.

O engenheiro cerâmico e do vidro e mestre em engenharia de materiais, pela Universidade de Aveiro, Portugal, Vitor Salvado Frutuoso da Costa, foi o entrevistado do mês de novembro. Na entrevista, ele falou sobre como melhorar a produtividade e tornar-se mais competitivo. Vitor já trabalhou em vários setores desde a indústria cerâmica de sanitários e porcelanas até a do barro vermelho, onde atua há 12 anos. O engenheiro, que já atuou em países como Itália, Colômbia e Equador, atualmente está no Brasil, onde dá assistência técnica às empresas de cerâmica.

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Forno traz economia de 50% para cerâmica de SC

A instalação de um forno móvel na cerâmica Porto Galera, de Santa Catarina, foi tema de uma das reportagens da edição de agosto da revista NovaCer. O assunto foi destaque na revista pois o investimento no forno rendeu à indústria economia de 50% no combustível da queima, além de redução da mão de obra, agilidade na carga e descarga do material e baixo índice de quebra. Instalado em abril deste ano pela Metalúrgica Costa, de Vargem Grande do Sul, São Paulo, o forno ainda trouxe aumento na produtividade e melhor qualidade no produto acabado. Antes do forno móvel, a cerâmica Porto Galera, que está há 12 anos no mercado, utilizava o forno do tipo Intermitente (abóboda). Conforme o proprietário da indústria, Aloir Alécio Dias, o custo para queimar 36 mil peças dentro de cada forno era de R$ 3 mil de lenha. “Como eu tinha dois fornos deste tipo eu queimava em torno de 76 mil peças nos dois fornos e tinha um custo total de queima de R$ 6 mil de lenha. Hoje nas duas plataformas do novo forno eu gasto menos de 3 mil de farelo e cavaco. Meu forno reduziu custo de queima em pouco mais

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de 50%. Hoje gasto em torno de R$ 2,8 mil em combustível para queimar 76 mil peças”. Dias contou também que hoje queima apenas em um forno. “Antes eu queimava em dois fornos a mesma quantidade de peças. Hoje queimo em apenas um e só da economia da lenha para o farelo eu já pago a prestação do forno”, contou. Além do baixo consumo de queima, segundo o proprietário da Metalúrgica Costa, Ivanildo da Costa dos Santos, são vantagens deste forno a opção de aproveitamento do calor para o secador, baixa manutenção em todo o sistema e a opção de queima de material, que pode ser tanto bloco como telha. A Metalúrgica Costa já fabricou cerca de 49 fornos deste modelo. A capacidade deste forno é de queimar cerca de 65 mil peças por vez de blocos 9x14x24. O combustível utilizado pode ser lenha, cavaco ou pó de serra. Entre os benefícios do forno, conforme o proprietário da Metalúrgica Costa, está queima homogênea de todas as peças e pouca quebra. “Além disso, por ser revestido com manta, seu tempo de queima é reduzido, causando assim menos poluição no meio ambiente. NC



MEIO AMBIENTE

Pesquisador estuda uso de resíduos para fabricar tijolos Pesquisa estudou o aproveitamento da escória de aciaria de Forno Elétrico a Arco

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Em fevereiro de 2015, a NovaCer entrevistou o estudante de engenharia civil Michel Hitoshi Watanabe para falar sobre a pesquisa realizada na Universidade de Sorocaba (Uniso), em São Paulo. O jovem estudou o aproveitamento da escória de aciaria de Forno Elétrico a Arco - FEA para fabricação de tijolos maciços. O material são impurezas geradas na siderurgia, na transformação de ferro em aço. A pesquisa foi desenvolvida pelo estudante, com a orientação do prof. Dr. Haroldo Lhou Hasegawa, coordenador do curso de Engenharia de Materiais da Uniso. “Percebemos que a escória de FEA era descartada nos aterros sanitários, assim como o lixo comum, podendo então diminuir a vida útil desses locais, logo, resolvemos desenvolver um estudo para encontrar


O universitário ressaltou ainda que este projeto foi apenas uma demonstração para verificação da possibilidade do aproveitamento da escória de aciaria de FEA em tijolos cerâmicos. “Para pôr o projeto em prática, diversos testes devem ser realizados, pois o resíduo possui enxofre, manganês e fósforo, sendo necessário saber como será seu comportamento no decorrer do tempo em uma construção”, finalizou.

MEIO AMBIENTE

uma utilização desse resíduo. A ideia foi incorporar na massa cerâmica devido à grande quantidade de empresas deste setor na região de Itu (SP)”, disse Watanabe. O estudante complementou que a escória é gerada durante os processos de pirometalurgia. “Estima-se que em 2012 o Brasil produziu 17,7 milhões de toneladas desse material, sendo esse o maior volume de resíduo produzido no mundo. O meu trabalho visa a incorporação da escória de FEA na massa de cerâmica vermelha. Diversas empresas vêm investindo em pesquisas e desenvolvimentos, sendo os materiais cerâmicos da construção civil largamente estudados para a incorporação de resíduos industriais”, relatou. O trabalho que se tornará linha de pesquisa de mestrado foi concluído no final de 2014. Foram 18 meses de pesquisas, experimentos e ensaios. Os testes foram realizados de acordo com a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), e foram desenvolvidos na Uniso, com o apoio da empresa de consultoria Alfa Engenharia Ambiental, formada por ex-alunos, e pelo Laboratório de Ensaios de Materiais para Construção Civil Qualitec.

Ganhos para o meio ambiente A argila representa a terceira maior extração de minério do país, com produção estimada em 180 milhões de toneladas, atrás apenas dos agregados e do minério de ferro, com 542 milhões de toneladas e 380 milhões de toneladas, respectivamente, tornando o Brasil o terceiro maior produtor de cerâmica vermelha, atrás apenas da China e da Índia. A argila que atualmente é utilizada para a produção de tijolos nas cerâmicas é um bem material que, depois de retirado da natureza, não é possível que retorne. Foi pensando nisso, que Watanabe desenvolveu o projeto. “A pesquisa visa prorrogar a escassez desse recurso natural, já que com a utilização da escória de FEA a quantidade de argila utilizada na massa diminuirá. Outro ganho é prolongar a vida útil dos aterros sanitários, já

que a escória em contato com o solo pode contaminar a superfície e o lençol freático”, contou. Além dos ganhos ambientais, a adição deste resíduo melhorou as propriedades físicas e tecnológicas do material cerâmico. “Portanto, além de um produto bom, na outra ponta do processo, tem-se a extração da argila que pode ser diminuída, minimizando a degradação ambiental decorrentes nas jazidas e uma nova alternativa de utilização da escória de FEA”, complementou. Para Watanabe, o estudo contribui com o setor de cerâmica vermelha, permitindo a fabricação de materiais sustentáveis e inovadores na construção civil. “Além disso, pode gerar uma renda extra às indústrias cerâmicas por receber este resíduo de outras empresas”, concluiu o estudante. NC

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FEIRAS Foto: Sindicer / Piauí

Encontro do Nordeste reúne o setor no Piauí

Marcelo Almeida / Fiepi

Um dos eventos destaques do setor realizados em 2015 foi a 10º Convenção Nordeste de Cerâmica Vermelha e o 20º Encontro dos Sindicatos de Cerâmica Vermelha do Nordeste, de 11 a 13 de junho, no Piauí. Em julho, a NovaCer contou como foi esta feira que ocorreu no Blue Tree Rio Poty Hotel, em Teresina. Durante os três dias, o evento contou com a participação de 400 pessoas, entre empresários, profissionais e investidores da indústria de cerâmica vermelha de diversos estados brasileiros. Além disso, participaram como expositores 25 empresas fabricantes de produtos e equipamentos para a indústria cerâmica vindos de São Paulo, Santa Catarina, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul, entre outros estados. O encontro teve como objetivo intensificar a interação e a troca de experiências. “Nosso objetivo foi possibilitar aos ceramistas do Nordeste a oportunidade de conhecer algumas cerâmicas importantes no cenário nacional e também de realizarem negócios”, relatou o

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presidente do Sindicer/PI, Waldyr De Moraes Júnior. Em 2015, o encontro contou com palestras e debates sobre Norma de Desempenho, NR-12 e Liderança e Inovação. “Esta última foi uma palestra motivacional, que de uma forma genérica abordou temas do nosso cotidiano, mostrando como o empresário pode Inovar e Liderar”, disse o presidente do Sindicer/PI. A programação contou ainda com visitas técnicas a cerâmicas do Estado. Foram elas as indústrias do Grupo Mafrense (Cermar e Blocomar) e as cerâmicas Santa Maria e Cevvap. Um dos participantes que aprovou o evento foi Heline Melo, gerente do Centro de Tecnologia da Cerâmica do Senai/PI. Ele afirmou que de maneira geral o evento foi um sucesso. “Superou as expectativas. As cerâmicas do Piauí são muito organizadas e têm um nível técnico muito bom. Então é um diferencial. Estávamos precisando deste tipo de evento no Piauí”. Além de Helina, uma comitiva de empresários da Paraíba também esteve presente. "O evento foi fantástico. Foi um dos maiores encontros que já tivemos no Nordeste e com visitas das melhores que já tivemos nos encontros nacionais. Por fim, o encontro de Sindicers pôde unir as lideranças do nordeste e discutir este tempo de crise, foi muito gratificante e participativo. O Sindicer/PI e suas cerâmicas estão de parabéns", afirmou o ceramista participante da comitiva Francisco Xavier de Andrade, da cerâmica Salema. NC


Em janeiro de 2015, a NovaCer publicou uma reportagem sobre as visitas técnicas realizadas em empresas da Venezuela. Cerca de 19 ceramistas foram ao país para conhecer o Secador Rápido de Taliscas. A viagem, realizada por meio da Agência NovaCer, em parceria com Jorge Luiz Francisco, ocorreu em novembro de 2014. Foram dois dias de visitas em cerâmicas fabricantes de blocos de vedação e telhas extrudadas. De acordo com Francisco, que acompanhou os ceramistas durante as visitas, o equipamento consome 30% menos energia elétrica se comparado com secadores tradicionais. “Outras características são redução considerável de mão de obra, o espaço físico para construção é menor e o custo construtivo mais baixo, pois não são utilizadas vagonetas, nem carregadores e descarregadores automáticos. Além destas vantagens, o equipamento pode secar de 12 até 20 toneladas/hora, além de trabalhar quantas horas necessitarmos por dia”, explicou. O empresário Carlos Ricardo Simonassi, da empresa Telhafort Simonassi, foi um dos ceramistas que participou das visitas técnicas na Venezuela. Para ele, o secador apresentou vantagens interessantes. Entre elas, o empresário citou a praticidade do equipamento, a qualidade do material e o custo baixo de construção. “Gostei muito do secador. As peças apresenta-

ram resultados satisfatórios. É um equipamento competitivo que tem futuro no Brasil. Inclusive, estudo a possibilidade de adquirir um para minha empresa”, comentou. A cerâmica de Simonassi fica em Eunápolis, no Sul da Bahia, e é fabricante de telhas, tijolos e elementos vazados. Para Francisco, o objetivo de conhecer a tecnologia de secagem rápida foi cumprido. "Atualmente no Brasil demoramos, no mínimo, entre 24 e 36 horas para secar os produtos cerâmicos fabricados dentro de nossas fábricas e, com este tipo de secador, passamos a secar em uma hora, ou seja, este equipamento revolucionará o conceito de secagem no Brasil”, concluiu. NC

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D E S E N VO LV I M E N T O

Ceramistas vão à Venezuela para conhecer secador rápido

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D E S E N VO LV I M E N T O

Cerâmica do Rio Grande do Sul investe em modernização

Fotos: cerâmica Candelária

Na edição de setembro de 2015, a NovaCer fez uma reportagem especial com a cerâmica Candelária, localizada no Rio Grande do Sul. Fundada em outubro de 1956, a cerâmica é uma indústria exemplar no país quando o assunto é investir em modernização. A última inovação da empresa foi a aquisição de um robô para fazer a carga e descarga e paletização. Com este investimento, a indústria estima redução de 30 a 40% da folha de pagamento. Segundo um dos sócios da cerâmica Jacson Orlando Lange, o investimento foi feito devido à falta de mão de obra qualificada. A Candelária foi fundada por Elemar Doebber que, no começo, produzia tijolos para a sua própria morada. Após os vizinhos perceberem a produção de tijolos, se interessaram em adquiri-los para fazer as suas casas também, o que foi para o fundador da empresa uma oportunidade de negócio. No início, suas atividades eram a fabricação de tijolos maciços e telhas. Os primeiros tijolos foram fabricados

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com movimentos de uma turbina e, após, por um motor a óleo diesel, devido à falta de energia elétrica na época. Em 1970, a indústria já buscava novas tecnologias e aperfeiçoamento de seus produtos. “Nessa época, já contando com a energia elétrica e uma máquina com bomba a vácuo, começou a produzir tijolos furados”, disse a administradora da empresa Glaucy Ortiz Lange. Depois disso, em junho de 1994, os diretores Sônia Maria Lange e Orlando Geraldo Lange foram buscar novas tecnologias na Europa. Depois desta viagem, uma nova tecnologia foi implantada, determinando uma fase de expansão na empresa. “Esta fase passou a se consolidar em 1995, com a instalação de um forno túnel totalmente automatizado para a queima dos tijolos, onde permitiu à empresa triplicar a sua produção, passando a produzir 1 milhão de peças ao mês. Este progresso permitiu a geração de empregos e divisas para o município”, contou Glaucy. Após todo esse trabalho e progresso, começou a vir o reconhecimento. Já em 1998 a empresa é reconhecida nacionalmente e internacionalmente pelo seu trabalho, sendo agraciada pelo Troféu Guarita como Empresa Destaque do Rio Grande do Sul e reconhecida Internacionalmente pelo Troféu Símbolo Internacional no mesmo ano. E de lá para cá a empresa é agraciada anualmente como destaque empresarial e profissional, conforme a administradora da empresa, Glaucy Ortiz Lange. Apesar de todo reconhecimento recebido e tecnologias implantadas, a empresa não parou por aí. Em 2006, a Candelária investe pesado na instalação de um novo maquinário para a fabricação dos tijolos e adquire um programa de qualidade voltado a seus produtos para melhor atender seus clientes, construindo assim na sua sede um laboratório para efetuar todos e quaisquer


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ensaios necessários em seus produtos. Atualmente, a cerâmica Candelária produz tijolos dos mais variados modelos e tamanhos dentro das normas exigidas pelo Inmetro, possuindo um parque fabril totalmente automatizado com um dos fornos mais modernos da América Latina. “Possuímos automatismo de carga, automatismo no transporte de vagonetas e vagões, automatismo no secador e forno”, relatou Glaucy. A empresa conta hoje com 44 funcionários e fabrica 1,3 milhão de peças por mês, exportando para países do Mercosul, principalmente para o Uruguai. A estrutura física da empresa serve-se de 19 hectares para a extração da argila, 14 hectares de conservação e recuperação ambiental e ainda dois hectares utilizados para depósito, juntamente com os pavilhões e escritório da empresa.

Conquista do PSQ A cerâmica Candelária está a cada dia na busca do crescimento e inovações, tendo a qualidade como uma melhoria constante. E com isso pretende continuar cada vez mais conquistando novos clientes, tanto no mercado nacional, como no internacional. Foi com esta visão que a empresa conquistou a qualificação do PSQ, no início de 2012. “Ter a certificação do PSQ é o desejo de todas as empresas que prezam pela qualidade de seu produto e zelam pelo seu nome. Com esta certificação, passamos a ser uma opção aos consumidores públicos e privados, com o status de qualificação do PBQ P-H. A valorização dos nossos produtos passa por manter-nos competitivos, elevando a imagem do setor e do produto cerâmico" disse a administradora da empresa, Glaucy Ortiz Lange. A Candelária trabalhou por 10 anos para atender as normas da ABNT e a conquista

do PSQ foi a melhor forma de gratificação por todo trabalho desempenhado, segundo Glaucy. “Assumimos este compromisso específico do setor pelo aumento da qualidade, padronização dos blocos e tijolos cerâmicos disponíveis no mercado, com intuito de combater a não conformidade”, complementou. NC

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Certifiquei meu produto, e agora? Após certificar, é preciso investir na manutenção do sistema de gestão da qualidade da empresa

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A reportagem que ganhou destaque na edição de março de 2015 foi sobre o que fazer após certificar o produto. É certo que a certificação de produtos, mesmo sendo voluntária para materiais cerâmicos, é o que vai garantir a permanência de empresas no mercado. A qualificação é um processo de avaliação da conformidade que consiste em atestar que determinado produto, processo, serviço ou profissional atende a requisitos mínimos pré-definidos em normas, especificação ou regulamentos técnicos, nacional ou internacional. Para obter a qualificação, muitos empresários passam vários meses dedicando grande parte do seu tempo na implementação de novos métodos de trabalho até a chegada da certificação. Mas depois de receber o selo de qualidade, o sistema de gestão fica es-


sendo um referencial de qualidade para os mais diversos produtos e serviços. Garantir o atendimento a uma norma técnica é uma obrigação, conforme o artigo 39 do CDC, e a certificação ABNT é uma forma da empresa garantir seu atendimento”, relatou o coordenador de certificação de produtos da ABNT. Conforme o tecnólogo em qualidade e MBA em gestão da qualidade e processos, Emerson Dias, treinamento de pessoal também é fundamental para o processo de continuidade e para fortalecimento da cultura da qualidade. “Muitas empresas que realizei o processo de implantação e implementação solicitam o aumento das horas de consultoria para realização do processo de manutenção, pois creditam um benefício enorme para fortalecimentos dos objetivos conquistados”, acrescentou. A certificação pode auxiliar ainda a promover o marketing da cerâmica. Segundo Dias, a qualificação atua como embasamento técnico para divulgação das informações e apresentação do produto ao mercado. Entre as estratégias de marketing para a cerâmica, o tecnólogo citou criação de um site ativo, folders técnicos, realização de seminários de aplicação de seu produto e participação em feiras especializadas, entre outras. Outra dica de Dias é controlar o processo e implementar filosofia de melhoria contínua, para manter a empresa certificada. “Acredito que assim a empresa tem grandes chances de alcançar novos objetivos e manter os já conquistados. Após receber a qualificação, pode-se implementar um sistema de gestão da qualidade capaz de definir políticas, sistemáticas, metodologia e controle operacional”, complementou. NC

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D E S E N VO LV I M E N T O

quecido. O certificado vai para um quadro, fixado em locais de acesso da empresa, publicado no site, impresso no cartão de visita e, às vezes, até nas embalagens dos produtos. Pronto! Todos acreditam que o trabalho acabou. Errado. Na verdade, é a partir deste momento que o trabalho mais árduo começa, pois a manutenção do sistema de gestão da qualidade é uma tarefa que exige dedicação. Segundo o tecnólogo em qualidade e MBA em gestão da qualidade e processos, Emerson Dias, o primeiro cuidado é com o comodismo. “Consegui a qualificação e pronto, nada mais a fazer. Nesta frase, estão os maiores erros de todo empresário. Muito pelo contrário, após a qualificação, há um início de um ciclo que é tão ou mais importante do que o ciclo concluído. ‘É hora de mostrar o sorriso lindo’, ‘é chegada a hora de apresentar o produto e esta nova consciência ao mercado consumidor’", relatou. Para Dias, após certificar o produto, é preciso investir na manutenção de seu sistema de gestão da qualidade, em treinamento de pessoal, na manutenção dos parâmetros e requisitos do processo e sobretudo em uma política de marketing. “É preciso realizar ações de cunho de manutenção, é necessário acompanhar os dados coletados diariamente e propor as ações para manutenção/ correção de modo a garantir a confiabilidade do processo e a conformidade do produto”, informou. Depois de receber a certificação, a empresa deve manter as condições que deram origem a qualificação, conforme o coordenador de certificação de produtos da ABNT, Felipe Dytz. Segundo ele, é preciso investir na divulgação da certificação dos seus produtos, de forma a sensibilizar os clientes. Para isso, Dytz acrescentou que a ABNT disponibiliza para o fabricante a Marca de Conformidade para que a empresa possa utilizar em seus produtos e veículos de comunicação. Além disso, a empresa e os produtos certificados passam a ser visualizados no site da ABNT. “A Marca de Conformidade ABNT possui uma credibilidade muito grande no mercado,

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FEIRAS

Ceramitec 2015 tem ampla propagação internacional Fotos: Messe München International

Em 2015, mais de 15 mil participantes de 93 países participaram da Ceramitec, uma das maiores feiras mundiais da construção civil, realizada de 20 a 23 de outubro. Na edição de novembro, a NovaCer contou como foi este evento realizado em Munique, na Alemanha. Em um espaço de 40 mil metros quadra-

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dos, a feira reuniu um total de 617 expositores de 37 países, no Centro de Exposições da Messe München. Destes, cerca de 60% eram expositores internacionais. Os temas principais abordados no evento deste ano foram cerâmica técnica, metalurgia do pó, indústria 4.0 e impressão 3D. Umas das empresas participantes como expositora foi a Direxa, empresa que faz a engenharia de fábricas completas, especificamente de fornos e secadores. Para a empresa, o evento de 2015 foi a oportunidade para lançar um novo forno túnel sem vagões (o “Skate Kiln”). A empresa estava em um dos maiores estandes do galpão de cerâmica vermelha junto com o grupo de empresa Steele. “Faz três anos que trabalhamos em desenhos e testes desse novo conceito patenteado. Tivemos muitos clientes que mostraram interesse e muitos contatos bons. O forno túnel existe há mais de 60 anos e esse conceito de forno túnel sem vagão é a primeira inovação de verdade desde então em fornos para cerâmica vermelha (e branca)”, disse o diretor da Direxa do Brasil, Clement Cadier. O vice-diretor da Messe München, Gerhard Gerritzen, avaliou a grandiosidade do evento. Para ele, a Ceramitec 2015 foi um dos eventos da Messe München com a mais ampla disseminação internacional de participação. “Com uma quota de participantes do exterior superior a 60%, a Ceramitec é considerada uma feira líder do setor em todo o mundo. Expositores e visitantes apreciaram a ampla gama de produtos e serviços oferecidos na feira", disse. Para o mundo da cerâmica e da metalurgia do pó, a feira Ceramitec é a mais bem sucedida feira internacional de fornecedores para todos os segmentos da indústria e um ponto de encontro para os principais fabricantes, usuários e cientistas. Ela cobre todo o espectro da indústria cerâmica - que vão desde cerâmicas clássicas e matérias-primas sobre metalurgia do pó até cerâmicas técnicas.


A Associação Nacional da Indústria Cerâmica (Anicer) organizou um grupo de empresários para conhecer a tecnologia utilizada na Europa. No total, foram 42 pessoas. “Vimos visitantes do mundo todo, expositores de todos os continentes, máquinas e equipamentos de ponta, novidades em automação e robótica, além da oportunidade incrível de entender os rumos da indústria cerâmica e as ferramentas que nos ajudarão nesse processo. Vale ressaltar ainda a organização primorosa da MMI, que recebeu nossa delegação com muito carinho e atenção. Além disso, também fomos muito bem recebidos pelos vários fabricantes de equipamentos, alguns que já executam operações no Brasil e outros que estão pretendendo investir em nosso país”, relatou o presidente da Anicer, Cesar Gonçalves. A delegação de empresários brasileiros visitou também duas cerâmicas que estão entre

FEIRAS

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