Revista Educar Junho 2013

Page 1

Informação útil para todos!

www.revistaeducar.com.br

Edição 66 • Ano 6 • Junho 2013 Distribuição gratuita e direcionada Foto: Vinny Studio • Impressão: Impressul


Editorial Arte, música, bagunça e amor Pensar na possibilidade de ter um filho bagunceiro e barulhento me assustava um pouco. Achava que, se meu filho fosse assim, eu não iria conseguir controlálo, e me preocupava, de antemão, com o que as pessoas pensariam de mim e da forma como eu o estava educando. Bruno (hoje com 3 anos) nasceu e com o passar do tempo foi se revelando um menininho bagunceiro e um pouco barulhento - ele sempre adorou cantar, seu prazer maior é segurar um ukulele (um violãozinho havaiano) e soltar a voz com músicas dos Beatles – sim, ele é apaixonado pelas canções da banda e sabe várias de cor e salteado. Ele também adora rabiscar as paredes do banheiro. Depois de cada banho, a gente encontra verdadeiras obras de arte espalhadas pelo box – tinta de caneta que sai com água, porque eu não sou tão doida assim, não é? Descobri, aos pouquinhos, que o jeito de ele ser é o melhor jeito do mundo. Que vê-lo descobrindo músicas e artes é extremamente importante (leia as matérias sobre esses temas, da Bárbara Maglia e Annette Keis, nesta edição). Que a voz dele me encanta e me faz querer cantar junto – mesmo quando o vizinho do apartamento de baixo cisma em reclamar. Que a forma como ele anda ou corre me faz sorrir. Que bagunça e barulho (moderados, é claro) fazem parte da infância. Que a preocupação que eu pensei que pudesse ter com barulho e bagunça não é nada em comparação ao tamanho do amor que sinto por ele. E que ter um filho é a maior felicidade que pode haver neste mundo. Cláudia Prates educar@revistaeducar.com.br Cláudia Prates (Educar)

eDIÇÃO 66 ANO 6 JUNHO 2013 EDITORA Cláudia S. Prates JORNALISTA RESPONSÁVEL Lúcio Flávio Filho (MTB 21.441) ARTE Cláudia S. Prates Rique Dantas COLABORADORES desta edição Auxiliadora Mesquita / Bárbara Maglia / Aline Magagnin / Francisco Vieira / Annette Keis REVISÃO Vânia Dantas Pinto CONTATO COMERCIAL: 48 8845.7346 comercial@revistaeducar.com.br IMPRESSÃO 47 9143.4416 (Fábia) ou 47 9181.4223 (Andrei)

www.impressul.com.br

•As opiniões veiculadas nos artigos assinados não refletem necessariamente a opinião da revista. Os artigos e os anúncios publicados são de total responsabilidade de seus autores e/ou suas empresas. •Não é permitida a reprodução de qualquer conteúdo desta publicação sem prévia autorização da editora. •A Revista Educar, publicação mensal da Pequeninos Revista Educativa Ltda, tem tiragem de 9.000 exemplares e é distribuída gratuitamente em diversos pontos de Joinville, Florianópolis e São José. •Para assinatura, sugestões, críticas ou elogios, envie e-mail para: educar@revistaeducar.com.br ou entre em contato pelo nosso site www.revistaeducar.com.br

A fofura está no ar... Paola nasceu para brilhar! Pelo menos foi essa a impressão que tivemos logo que vimos o resultado deste ensaio fotográfico, cuidadosamente registrado pelas lentes do talentoso fotógrafo Vinny, de Joinville. Paola Reimer (3 anos), dona do sorriso da capa, é filha de Enadila Reimer e de Paulo Nestor Reimer. Fotos: Vinny Studio (vinnystudio.com.br) Figurino: Kleine Kinder (47 3433.4389, Joinville)


Show infantil

Patati Patata em Joinvil e! A dupla de palhaços mais amada do Brasil chega a Joinville com um mega espetáculo: A VOLTA AO MUNDO COM PATATI PATATÁ. A turnê, já assistida por mais de meio milhão de pessoas, está percorrendo todas as grandes cidades do país. O show é baseado nas canções do DVD homônimo e conta em seu repertório com ‘’Amazônia’’, ‘’Amigos Diferentes’’, ‘’Culinária Mundial’’, ‘’Chegou o Verão’’, ‘’A Dança do Lôro’’, ‘’Obrigado Deusão’’, além dos sucessos que marcaram toda a carreira da dupla. O cenário é composto por pontos turísticos de várias partes do mundo, como a Torre Eiffel, a Estátua da Liberdade, a Torre de Pisa e o Cristo Redentor. Dia 16 de junho, às 16h30, no Centreventos Cau Hansen, Joinville. Ingressos no www. ticketcenter.com.br e na Bumerangue Brinquedos, no Shopping Cidade das Flores. Informações: (47) 9138.1388 - 3422-5951 / (48) 9992.7080.

Educar • junho

3


Comportamento


Educar • Junho/2013

Já as crianças ainda não conhecem e estão aprendendo as regras e condutas sociais. Ninguém nasce sabendo que mentir é errado, não é algo inato que já vem no componente biológico do indivíduo. Isso é uma norma criada e instituída pela sociedade. Por isso, crianças, até uns cinco anos de idade, estão processando e internalizando esta regra, ainda não a assimilaram. Assim, é esperado que tentem burlar a norma, algumas vezes, para testar e se certificar de que a regra é válida e respeitada. Nessas horas, é papel do adulto ensinar, não aceitar e, principalmente, não fechar os olhos justificando: “isso é coisa de criança”. Mesmo porque não é. Explicar o motivo da regra com calma e firmeza vai fazer com que o pequeno comece a compreendê-la. E, caso aconteça novamente, converse, relembre que isso já aconteceu anteriormente e que não quer que isso se repita. Além de desconhecer as regras sociais, as crianças, até uns cinco anos, não conseguem diferenciar a realidade da fantasia. Assim, se você lhes disser que o coelhinho da Páscoa existe, elas vão acreditar. Por isso, crianças, desta idade, podem mentir sem que tenham a intenção de fazê-lo. De qualquer forma, é bom ficar atento à mentira e ao contexto, afinal nem sempre a mentira acontece sem querer. Por exemplo, se uma criança diz: “eu vi o Papai Noel na janela! É verdade!”, é uma mentira fantasiosa: ela quer tanto ver o Papai Noel que chegou a fantasiar a situação. E como ainda não distingue a realidade da fantasia, não se deu conta que isso não pode ser verdade. Agora, se você lhe pergunta: “comeu toda sua comida?” E ela responde: “comi”, sendo que não comeu, é uma mentira intencional. Ela sabe da verdade e escolheu dizer o contrário. Muitas vezes, as crianças mentem por medo das consequências ou por vergonha do que fizeram. Por isso,

é importante mostrar um caminho alternativo à mentira. Ensiná-la a pedir desculpas e a assumir as consequências de seus atos e escolhas também faz parte do desenvolvimento emocional de uma criança. Ou seja, ela exercita enquanto é pequena o que vai acontecer no futuro quando for um adulto. Por exemplo, se ela machucou um colega, precisa pedir desculpas, ou se já foi avisada que se não fizer toda a lição de casa perderia o direito de ver seu desenho favorito, precisa aceitar as consequências de ter burlado a regra da casa. Além disso, deixar claro que mentindo ela perde a confiança dos outros é fundamental para que entenda o principal motivo pelo qual deve ser verdadeira. Ensiná-la a não mentir vai ajudá-la a acreditar e respeitar os outros, dois fatores essenciais na construção de qualquer relação saudável e verdadeira.

Fernanda M. de Moura Pedagoga e responsável pela Escola Infantil Espaço Crescer (Florianópolis). contato@espacocrescerfloripa.com.br

5


Universo infantil

Todo artista tem que manter um lado “criança” para trabalhar, pois até mesmo os que têm grande conteúdo intelectual fazem algo em comum com os pequenos – imaginam mundos, criam personagens e inventam histórias. Alguns deles decidem levar essa criatividade diretamente para os “miúdos”. De onde vem essa vontade? Às vezes, de editores ou diretores de gravadora que veem uma ótima chance de engordar o caixa. O fenômeno “Harry Porter”, por exemplo, levou uma enxurrada de personalidades e artistas americanos e ingleses a lançarem toda sorte de livros e cds feitos para criança, com resultados variados de qualidade e sucesso. Madonna, Britney Spears, a modelo Cindy Crawford e até Bob Dylan entraram na onda. Mas há aqueles que veem surgir uma vontade genuína de se expressar para esse mundo lúdico tão próximo do seu. Não é raro, por exemplo, que o artista lance uma obra infantil após o nascimento de um filho. O ator Lázaro Ramos estreou em abril um musical infantil escrito por ele, “A menina Edith e a velha sentada”, baseado num livro que ele mesmo escreveu.


Educar • Junho/2013

Arnaldo Antunes, que foi da banda Titãs, se juntou a outros roqueiros como Edgard Scandurra (do Ira!) e Taciana Barros (da Gang 90) e fizeram “O Pequeno Cidadão” em 2009. Os filhos participaram do Cd e foi fácil: já sabiam as canções, feitas para eles e que eram cantadas em casa, no dia a dia. Fernanda Takai, do Pato Fu, é outra que descobriu um mundo de possibilidades depois da chegada da filha. Com o marido (e pai!) produziu o incrível “Música de Brinquedo”, que ganhou até o Grammy Latino de álbum infantil. Nele, músicas conhecidas do universo pop foram tocadas em instrumentos de brinquedo. Acredite: aquele pianinho de plástico consegue tocar Sonífera Ilha e até Bohemian Rhapsody! Fernanda gostou tanto da experiência que também escreveu um livro infantil, A Gueixa e o Panda Vermelho. Escrever para crianças também já fez a cabeça de alguns autores consagrados. Uns se inspiram na própria infância. João Ubaldo Ribeiro escreveu um livro com conselhos que ouvia de seu pai. E a poeta Adélia Prado contou a vida de uma menina que parece ser ela mesma quando pequena. Outras vezes, um grande autor escreve para crianças usando a mesma “verve” de seus escritos adultos. Érico Veríssimo, grande escritor gaúcho, tem títulos infantis como “Rosa no castelo encantado”, “As aventuras do Avião Vermelho” e a versão mais divertida, criativa e imperdível da história dos Três Porquinhos, “Os Três Porquinhos Pobres”.

A dupla Kleiton e Kledir e a compositora Adriana Calcanhoto também colocaram o talento a serviço das crianças. Kleiton e Kleidir fizeram o álbum “Par ou Ímpar”. E Adriana criou até uma outra Adriana – a Partimpim – para cantar músicas que fizeram grande sucesso junto ao público infantil, com muitos shows pelo país afora.

Essa história de artista famoso criar para a meninada não é nova. Nos anos 70, a coleção “Disquinho”, de histórias infantis, contava com a competência musical de um gênio da MPB – Braguinha, o João de Barro. E Toquinho, Chico Buarque e Vinícius criaram música infantil que segue cantando e encantando gerações. Parece haver entre esses dois mundos – o da criança e o do artista – uma atração mais que especial. Afinal, são mundos onde tudo pode acontecer - cada detalhe está para ser descoberto e se pode perguntar qualquer coisa! Deve ser por isso que Pablo Neruda, grande poeta chileno, escreveu para as crianças o seu “Livro das Perguntas”. Afinal, só mesmo poetas e crianças se perguntariam: por que os tubarões não atacam as sereias?

Auxiliadora Mesquita Pedagoga

7


Livros

Brinque-Book EU QUERO UM AMIGO

Os amigos estão sempre presentes em nossa vida, mas eles exercem sempre a mesma função? Às vezes, precisamos de um amigo que tenha coragem e diga-nos a verdade; às vezes, de um que nos dê espaço quando queremos ficar sozinhos. Por meio de um texto sensível e ilustrações criativas, Anette Bley nos mostra que podemos encontrar a amizade em toda a parte, até nas pessoas mais inesperadas.

O CASO DO FAVO DE MEL

Uma abelha esforçada teve seu mel roubado... quem foi o culpado? Todos na floresta são suspeitos… Essa leitura pode ser acessada via smartphone ou tablet, escaneando o QR code no interior do livro.

EU FICO FELIZ, VOCÊ FICA FELIZ

O urso e o arganaz se encontram no meio da floresta. O urso tem uma almofada, o arganaz uma flauta. Eles decidem trocar uma coisa pela outra: assim o arganaz pode descansar e o urso pode tocar música. Depois, fazem mais uma troca vantajosa, e depois mais uma troca e mais uma. Ao final de muitas trocas e diálogos, os dois chegam à mesma conclusão: nada tem mais valor do que a amizade.

Ideia de boneco “Todo mundo deveria ter uma árvore como amiga e cuidar dela”. Esse é o enredo do livro IDEIA DE BONECO, escrito pela Adriana Felicíssimo e ilustrado pela Bianca Faraj, que tem por objetivo sensibilizar, por meio de seus personagens, os jovens leitores e todas as gerações para a importância de se proteger o meio ambiente e as espécies. Editora Hedra Educação



Variedades

Do forno Por Auxiliadora Mesquita

Será que é hora de dormir... na casa do amiguinho?

Hoje, mais do que nunca, crianças e adolescentes crescem cercados por imagens idealizadas e cheias de “tratamento de imagem”. Fica mais difícil achar que seu corpo – maravilhoso em sua imensa capacidade – é tão bom quanto aqueles outros. Mas vale a pena tentar proteger filhos e filhas dessa angústia desnecessária. Como? Comece evitando a exposição constante a revistas e sites de moda e beleza, com seus padrões irreais.

Tente não contar calorias ou criticar o que a criança está comendo – se ela está obesa, leve-a ao pediatra. Se só quer comer “bobagens”, tente fazer junto com ela coisas saudáveis e gostosas. E elogie-se: se a criança ouve você elogiando partes suas que não estão dentro dos padrões, vai entender a mensagem. Afinal, aquela sua “barriguinha” guardou o pequeno durante 9 meses!

Linguagem de sinais de bebês Novidade canadense: linguagem de sinais para pais e bebês se comunicarem antes do aprendizado da fala. Destinadas a bebês no primeiro ano de vida, o momento ideal seria entre os 4 e os 8 meses. O bebê seria capaz de sinalizar entre 6 e 8 meses, com o desenvolvimento das habilidades motoras necessárias. As aulas acontecem com canções e os novos sinais são ensinados a partir de temas semanais. A repetição é fundamental. E os especialistas canadenses garantem que isso não atrapalha nem atrasa a aquisição da fala. A interação com os pais seria melhorada e, num ambiente de falantes, a criança vai aprender as palavras e aos poucos substituir seus gestos pelas palavras.

Contar assim é fácil!

Contar é mais fácil para as crianças se for de maneira divertida e concreta, ao alcance dos dedos e dos olhos. Uma ideia divertida e fácil de fazer é um “tapetinho” dividido em quadrados – para cada quadrado, um número e objetos interessantes na quantidade suficiente. Os quadrados podem ser abertos – para colocar os objetos dentro e enrolar o tapete depois. Ou tudo pode ser guardado em uma sacolinha, sem bagunça.

rriere

Crescendo feliz no seu próprio corpo

Hoje, com mais de 1000 saquinhos desenhados e um milhão de acessos na internet, as embalagens viraram um sucesso. Que tal se inspirar? Quem não sabe desenhar, pode colocar um bilhetinho ou rima “surpresa” no lanche. Você pode até não ficar famoso, mas vai colocar um sorriso no rosto do filhote!

Lafe

Prepare uma mochila com roupas e calçados apropriados e a “necessaire” do pequeno. Não se esqueça de colocar lanchinho e brinquedo, incluindo um brinquedo de “apoio” emocional. E nada de ficar ligando para a criança o tempo todo. Combine um horário para conversar. E avise: ela pode voltar para casa a hora que quiser.

O recheio não se sabe – é provável que fosse a pasta de amendoim que os americanos adoram. Mas a embalagem, quanta diferença! Um artista gráfico dos EUA, pai de dois garotos, ficou famoso na internet com suas criativas embalagens de sanduíche. David Laferriere começou a brincadeira quando os garotos eram pequenos – todo dia, na lancheira, um desenho diferente na embalagem do lanche.

v id Da

Quando a criança se sente mais segura e capaz, pode surgir a vontade de dormir na casa de um amigo ou parente. É um sinal de autonomia e desenvolvimento. Só é preciso tomar alguns cuidados. A vontade deve partir da criança e é preciso que ela já saiba ir ao banheiro e dormir sozinha. E é claro que você precisa ter confiança nos adultos com quem ela vai ficar.

Sanduíches criativos


Promoção

Sorteio! Você tem criança pequena em casa, que adora brincar? Então participe da nossa promoção! A Educar, numa parceria com a Yellow Brinquedos, vai sortear 2 kits de Croms, as divertidas bolinhas com os rostos dos personagens Marvel, cada kit contendo 3 unidades, e 2 latas do quebra-cabeça 3D (de 48 peças) das Princesas Disney. Para participar, basta enviar e-mail até o dia 30 de junho de 2013 para promocao@revistaeducar.com.br. No título do e-mail, escreva EDUCAR & YELLOW. Informe seu nome completo, telefone e a cidade onde mora. Serão 4 sorteados, cada um levará um dos itens descritos acima. O resultado será divulgado em nosso site a partir do dia 5 de julho.

Educar • Junho/2013 11



Interação entre pais e filhos

Educar • Junho/2013

A mascotinha da Revista Educar

Tema desta edição: Conteúdo Auxiliadora Mesquita Arte Rique Dantas / Cláudia Prates

Meios de transporte

O que é bem grande para as crianças, quase sempre barulhento, e está por toda parte, deixando todas elas fascinadas? Se você falou em carros, navios e aviões, acertou em cheio! Os pequenos, desde cedo, observam curiosos essas máquinas tão poderosas. E mesmo quando nos tornamos adultos, não perdemos de todo esse fascínio.

dado ao uso das bicicletas. Considerado o transporte “do futuro” por ser compacta, não poluente e ainda ajudar a manter a saúde do corpo, bicicletas, no entanto, não recebem a devida atenção, nem dos motoristas nem das autoridades. Conscientizar os pequenos sobre o uso seguro das bikes pode ajudar a formar ciclistas – e motoristas – mais pacíficos e protegidos no futuro.

Os “Meios de Transporte” também fazem parte dos conteúdos escolares em todas as idades. E não é para menos – além de fazer parte de nosso dia a dia, seu uso traz enormes benefícios. E também vários problemas, que merecem ser pensados por nossas crianças, cidadãos de hoje e do futuro.

É claro que o melhor aprendizado que sua criança poderá ter sobre as regras de segurança e civilidade no trânsito não vai vir da professora da escola nem de livros e revistas. Como em tantos outros aspectos da vida, virá diretamente do exemplo dos pais. Então, mãos à obra – ou aos volantes! Mostrem a seus filhos que os meios de transporte são maravilhosos porque tornam nossas vidas melhores, mais práticas e confortáveis. E que devem ser usados, sempre, com sabedoria.

É importante que os pais conversem com as crianças, mesmo as bem pequenas, sobre o comportamento seguro como pedestres. Outro cuidado especial deve ser


Hist贸ria infantil

So de vez em quando


Curiosidades e sugestões

Educar • Junho/2013

Voce sabia? ●Meios de transporte são todas as coisas que usamos

para levar pessoas ou coisas de um lugar para o outro. Alimentos, remédios, roupas e máquinas precisam ir da fazenda ou da fábrica para as lojas. E de lá para as nossas casas e escritórios. Pessoas precisam ir a muitos lugares: às vezes, os lugares estão perto, mas outras vezes estão bem longe.

●Podemos transportar as coisas e as pessoas pelo ar,

pela água ou pelo chão mesmo. Se levamos coisas ou pessoas pelo ar, chamamos de transporte aéreo – são os aviões e os foguetes. Pelos rios, oceanos e lagos usamos canoas, barcos e navios – é o transporte aquático. E pela terra podemos usar bicicleta, moto, carro, ônibus e caminhões de vários tamanhos. É o transporte terrestre.

●Os meios de transporte ajudam muito a nossa vida e

nós nem saberíamos viver sem eles. Mas é importante

Achei pra voce! Livros

OS SONS DOS MEIOS DE TRANSPORTE Editora Ciranda Cultural Nesse volume de capa dura, com ilustrações bem coloridas e versinhos engraçados, sua criança aprende sobre alguns meios de transporte. E ainda se diverte apertando o botão certo para escutar o som de cada veículo. Para os pequenos, bons momentos de atenção e alegria.

saber usar. Muitos precisam de combustíveis e a fumaça que fazem estragam o ar e o nosso planeta. Carros demais nas ruas também fazem tudo andar muito devagar. É preciso pensar e escolher bem os nossos meios de transporte.

SEGURANÇA NO TRÂNSITO Para evitar acidentes e problemas, é muito importante seguir as regras em qualquer meio de transporte – na terra, no ar ou na água. No carro, use a cadeirinha e o cinto de segurança, e vá sempre no banco de trás. E peça à mamãe e ao papai para obedecer às regras do trânsito. Você conhece as placas e sinais? E o semáforo, você já viu?

Dvd

CARROS (DISNEY-PIXAR) Se seus filhos ainda não conhecem as incríveis aventuras de McQueen, um carrinho vermelho de corrida, não deixe pra depois! Esse sucesso da Disney faz a alegria de crianças de todas as idades. Junto de seus amigos – e inimigos, para aquela dose de emoção – McQueen é o herói que está sempre aprendendo. MEIOS DE TRANSPORTE: BRINCANDO COM DOBRADURAS Edições Loyola Para crianças maiores, esse livro traz ideias incríveis de dobraduras do tipo origami – todas sobre meios de transporte. Sua criança poderá fazer com as próprias mãos carros, aviões e trens, tudo com papel e um pouquinho de paciência.


BERÇÁRIO - EDUCAÇÃO INFANTIL - ENSINO FUNDAMENTAL

a r a p o d a r a p e r p Seu filho s e d a d i n u t r o p o e um mundo d 1

06/01/10

10:38

AN SCH C RI

C

M

OL

AM

O

E

Logo_final.pdf

Y

CM

MY

CY

CMY

FL

O

anópolis

Ames Flori

RI

IS

K

ANÓ

PO

L

Na Ames o inglês e o portu guês se combinam para fo rmar alunos cidadãos do mundo , cientes de sua responsabi lidade, líderes de comunidade, ec ologicamente responsáve is e conhecedores de divers as culturas internacionais.

UNIDADE CENTRO Rua Crispim Mira, 351 (048) 3025.1231

UNIDADE JURERÊ INTERNACIONAL Av. das Raias, 308 (048) 3284.8985 / 3284.8996


Educação

Educar • Junho/2013 17

Pais e profissionais da educação de todo o país discutem o tema Geração Z: família e escola na era digital O ambiente que há pouco tempo era definido pelo trio lápis, papel e lousa passou por uma revolução e, hoje, vive uma nova era, decorrente da infinidade de possibilidades trazidas pelas tecnologias digitais. Vivemos a época da comunicação instantânea, do jamais sonhado acúmulo de informações, que exige de pais e educadores constante atualização. A definição sociológica denominada geração “Z” caracterizase pelas crianças nascidas na era da internet, inseridas no mundo virtual, nas redes de relacionamento, nos blogs, etc., são os chamados nativos digitais. A educadora Patrícia Konder Lins e Silva, fundadora da Escola Parque, do Rio de Janeiro, marco do ensino liberal no Brasil, explica que a educação está atravessando uma crise de paradigma, devido ao advento das novas tecnologias. “Essas crianças nativas digitais chegam às escolas muito mais informadas do que jamais estiveram. Elas chegam mergulhadas num sistema que, em muitos casos, ainda tem um quê de novidade para os professores”. Por isso, é importante colocar o assunto em pauta e trabalhar de forma que a família, a escola e as tecnologias do Século XXI tenham uma convivência saudável. Com a missão de ajudar pais, futuros pais e agentes de educação a formar verdadeiros cidadãos, a Escola de Pais do Brasil (EPB), fundada em 16 de outubro de 1963 em São Paulo, realiza, há 50 anos, reuniões nas escolas para discutir assuntos diversos. Em maio, ocorreu em São Paulo o 50º Congresso Nacional EPB e, simultaneamente, o 2º

Congresso Internacional no Brasil, voltados para a rede pública e privada de educação e para a sociedade em geral.

A Escola de Pais do Brasil A EPB é uma organização não governamental, sem fins econômicos, voltada para orientar pais e educadores, assim como educar crianças e adolescentes. O trabalho é voluntário e gratuito, tendo como finalidade aprimorar a formação dos pais, futuros pais, cuidadores e educadores, por meio da transmissão de conhecimentos básicos de psicologia e de técnicas pedagógicas que favoreçam o relacionamento entre pais e filhos, procurando conscientizá-los da sua responsabilidade e do seu papel na educação dos filhos, valorizar e fortalecer a família e, indiretamente, formar as crianças.

Francisco Xavier Medeiros Vieira

Presidente do Comitê Organizador do 50º Congresso Nacional EPB


Arte


Educar • Junho/2013 19

A arte encanta a humanidade desde o começo. Teatro, pintura, música, dança, cinema, moda, literatura e muito mais fazem parte desse universo mágico. Por meio dela, celebramos, contemplamos a vida e a convivência humana se manifesta. Na escola, queremos preparar nossos filhos para a vida. A arte-educação desempenha um papel fundamental nessa tarefa. O que acontece nessas aulas, a que podemos chamar de alfabetização visual, é um saber cada vez mais importante em nosso mundo. Encontramos imagens em todos os cantos: em casa, as vemos na televisão, em revistas ou pela internet. Deparamonos com elas no trabalho ou a caminho dele: na rua, em forma de gigantescos ‘outdoors’ de propaganda, ou até mesmo no elevador, com uma telinha no canto. Imagens são formas poderosas de representação e sedução. Queremos que nossos filhos estejam preparados, sabendo avaliá-las e decifrá-las. Esse conhecer se forma, como primeiro passo, pelo experimentar, pelo ‘fazer mesmo’, pelo ‘entrar no mundo’ fascinante das artes. Nele há muito o quê descobrir e aprender: o universo das imagens, sensações, impressões, intuições. Porque você só ama o que conhece. A descoberta criativa por meio da criação em conjunto com amigos, e com diversão, é a base para o conhecimento e o trabalho competente. Fazendo arte, eles pesquisam, elaboram, compartilham, analisam e criticam.

Quando observo as crianças no trabalho criativo e vejo como elas estão concentradas, então, com a alegria delas me contagio. Nessa hora fica quase visível o quanto acontece nessas cabecinhas e como elas estão tranquilas e focadas. Conseguir fazer uma obra, sem ajuda, as deixa felizes e com excelente autoestima. Nas aulas de pintura, simulamos a situação “atelier”. Cada criança trabalha sua tela, mas ocorrem muitas interações: ofertas de cores especiais, discussões sobre efeitos e muito mais. Para demonstrar, trabalho também minha tela. Observar o processo de fazer ensina melhor do que as palavras. Dessa forma, os alunos se inspiram, se contagiam e aprendem. A título de exemplo, numa das últimas aulas descobrimos várias cores “que dão apetite”; numa outra, pintando ovos de Páscoa, e a conversa foi longe no mundo da filosofia. Na aula os alunos desenvolvem as próprias ideias, refletem e discutem com os colegas, criam coragem e disciplina para persegui-las e aprofundá-las. E isso tudo, brincando e se divertindo, mergulhados na magia de fazer arte.

Annette Keis Artista Plástica, Orientadora de Oficinas de Desenho e Pintura E-mail: arteannette@gmail.com Blog: www.arteannette.blogspot.com.br


Moda infantil e cinema

Mami Canguru

A febre dos ANGRY BIRDS

Botinha curta para elas!

Bibi

Os canos das botas para as meninas diminuiu neste inverno 2013. As botinhas curtas estão com tudo, e várias marcas já fizeram suas versões. As “mais mais” vêm com spikes no próprio couro - inspiradas na Susan Boot, da grife Chloé - ou no salto, que fazem um charminho.

Kyly

Matelassê: quentinho e charmoso

Quem diria que um joguinho inofensivo criado para smartphone se transformaria numa onda tão apaixonante para os meninos? Pois o game está na crista da onda, e há crianças aficcionadas pelos passarinhos mais arremessados do momento. É claro que a moda aproveitou e lançou vários produtos licenciados: já podemos encontrar roupas, bonés, chinelos e acessórios, entre outros. Eles adoram!

O matelassê está em alta na moda, e as peças infantis também estão vindo com esse detalhe. Na malha ou no nylon, formam casacos quentinhos e gostosos de usar. Já os detalhes localizados nas mangas ou laterais da perna dão bossa e atualizam o look.

Universidade Monstros

Lojas Renner

Fique por dentro das novidades do mundo infantil

Aline Magagnin é mãe, advogada

e responsável pelo site Mami Canguru, que aborda assuntos infantis: moda, brinquedos, festas e novidades em geral. www.mamicanguru.com.br contato@mamicanguru.com.br

A continuação de uma das animações mais legais da Disney Pixar já tem data de estreia nos melhores cinemas do país: dia 21 de junho. O filme se passa cerca de dez anos antes de Monsters, Inc., quando Mike Wazowski e James P. Sullivan estão na universidade. No primeiro filme eles são amigos, mas na época da universidade existia, entre eles, rivalidade e inimizade. Monsters University revela, então, o segredo de como Mike e Sulley se tornaram amigos e anos depois, em Monsters, Inc., foram trabalhar na fábrica.



Nutrição e Saúde

A Organização Mundial da Saúde recomenda que as crianças recebam até os 6 meses de idade o aleitamento materno exclusivo e, após esse período, iniciem a alimentação complementar juntamente com o leite materno até os 2 anos. Normalmente, os pais têm muitas dúvidas de quando começar a alimentação complementar, o que oferecer e como ofertar esses alimentos. É importante ressaltar que esse processo de transição, assim como a forma e o tipo de alimento que será oferecido, interferirá diretamente na saúde e no desenvolvimento da criança. Alguns estudos comprovam que a ausência de amamentação e a introdução precoce de alimentos antes dos 4 meses de idade, aumenta o risco de obesidade na infância e na vida adulta, além de propiciar o maior desenvolvimento de doenças alérgicas. Também é importante ressaltar que a introdução tardia da alimentação complementar tem algumas consequências como: deficiências nutricionais, retardo do crescimento e do desenvolvimento e deficiências imunológicas.


Varie o cardápio o máximo que puder, pois isso encoraja a criança a experimentar novos sabores. Somente uma alimentação variada oferece as quantidades de vitaminas, minerais e outros nutrientes de que ela necessita. Também dê preferência para as frutas, legumes e verduras da época - além de serem mais baratos, são mais nutritivos. E lembrese: prefira sempre os alimentos orgânicos!

A “nova alimentação” deve ser iniciada gradativamente, oferecendo apenas um tipo de alimento a cada dois dias em pequenas quantidades (2 colheres de chá), pois, assim, é possível verificar se a criança tem alguma alergia alimentar. Inicie com frutas amassadas e sucos de frutas; os líquidos devem ser oferecidos com colher, já que a mamadeira prejudica o desenvolvimento dos mecanismos de autoregulação da ingestão energética. Em relação às chamadas “papas salgadas” que são oferecidas no almoço e no jantar, os alimentos devem ser bem cozidos, amassados e servidos separadamente no prato. Evite ao máximo liquidificar ou peneirar as preparações, pois isso dificulta o reconhecimento da consistência, do sabor e da cor dos alimentos. Além disso, a introdução da alimentação complementar espessa vai estimular a criança nas funções de lateralização da língua e no reflexo de mastigação.

Deve-se ter cautela durante a introdução de novos alimentos como o leite e derivados, alimentos que contém glúten, açúcar, ovo, milho, soja, oleaginosas, feijão, frutas cítricas, carne bovina e suína, pois, comumente, estão relacionados com alergia e hipersensibilidade. Sempre que você tiver dúvidas e dificuldades no processo da alimentação complementar, procure um profissional que possa auxiliar e dar orientações específicas para o seu filho.

Manoela Menegazzo (CRN 10 1410) e Daniela Muniz (CRN 10 1595) Nutricionistas e proprietárias da Doce Vida - Assessoria em Nutrição


Música e coração

Segundo o dicionário, “a música é uma arte que se constitui basicamente em combinar sons e silêncio seguindo uma pré organização ao longo do tempo”. Agora pare um pouquinho. Coloque a mão sobre o peito e sinta. Combinação de sons e silêncio. Dê uma voltinha pela sala e escute seus passos. Combinação de sons e silêncio seguindo uma pré organização ao longo do tempo. Viu só que lindo? Nós somos música! E ela, desde os nossos primeiros momentos, lá na barriga, embala nossa existência. Ou você acha que pode existir melhor canção de ninar que o tum tum do coração da nossa mãe? A música é parte indissociável de nós. Nosso interesse pelos sons, pelos ciclos e pelo ritmo é verdadeiramente orgânica. Nossos dias são feitos de ciclos ritmados, a natureza é feita deles! Pense no movimento do sol, que segue o mesmo ritmo todos os dias, ano após ano. Ou nas marés com seu vai e vem de tons graves. Dito isso, pense que maravilha usar essa ferramenta fantástica na educação! A música, além de favorecer o cérebro - porque assim como um novo idioma, também obriga a cuca a fazer muita ginástica - é uma maneira deliciosa de rechear a aprendizagem de significado. Na primeira infância, a música opera milagres com as cantigas para os rituais diários! Até o cascãozinho mais rebelde se rende a uma boa cantiga de hora do banho! As canções de ninar, da hora do lanche, hora de escovar os dentes etc, sinalizam à criança o que está por vir, tranquilizando os pequenos que buscam segurança na rotina e nos rituais. Para a alfabetização, então, música é ouro puro! As sílabas ditas de forma ritmada ajudam a criança a identificar os sons das letras, por exemplo. Fora as cantigas e trava línguas que contribuem para a aquisição de ritmo na leitura.


Educar • Junho/2013 25

Depois, na adolescência, a música tem papel de destaque. Levante a mão quem nunca passou horas decorando a música preferida! Ou quem aí nunca fez uma paródia para algum trabalho escolar. Pense aí em expansão de vocabulário, métrica, poesia... Nem os mais velhos escapam de aprender com música! Há trabalhos lindos com idosos utilizando canções como ferramenta para o resgate de memórias distantes. Porque você pode não lembrar de muita coisa, mas com certeza sentirá um arrepio ao ouvir a trilha sonora do seu primeiro beijo. E mais (como se precisasse): música ajuda nos esportes e na aprendizagem de outros idiomas também! Afinal, o que é uma língua estrangeira desconhecida senão uma música que ainda não compreendemos a letra? E o que é o sotaque senão um pequeno equívoco rítmico? E quem aí se arrisca a dizer que as braçadas do nadador ou as pedaladas do ciclista não são música pura? Uma arte que se constitui basicamente em combinar sons e silêncio seguindo uma pré organização ao longo do tempo. Não. Música é mais. Música é bem mais que isso...

Inglês, Espanhol, Alemão e Português para estrangeiros Rua Saguaçu, 80, Joinville (47) 3422 0271 www.planetaidiomas.com.br

Bárbara F. Maglia

Psicóloga (CRP 12/06523)



Gabriela

Yasmin

Rafaela

Pedro Inácio

Nicole

Kaike

Mariah Sofia

Nicole

Juliana, Eduardo e Giovana

João Pedro

Heitor

Gustavo

Nossa Cara

Para participar dessa galeria, envie foto(s) de boa qualidade para nossacara@revistaeducar.com.br com as seguintes informações: nome completo e idade da criança, cidade, telefone, escola e nomes completos dos pais. Isabelly

Luiz Eduardo e Mariah



Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.