Educar 98 fevereiro 2016

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Informação útil para todos!

Pato, Fabiana e Isabelle Resoluções em família

Nalu Pelo Mundo de volta às ondas... e à EDUCAR!

Para ficar bem e com o coração em paz

Perguntas difíceis, respostas possíveis Como agir diante do questionamento das crianças?

www.revistaeducar.com.br

Edição 98 • Ano 8 • Fevereiro 2016 Distribuição gratuita e direcionada Foto: Micaela Torres Fotografia • Impressão: Impressul


Nossa capa NALU PELO MUNDO

Everaldo Pato, Fabiana e Isabelle, os aventureiros e divertidos integrantes da família NALU PELO MUNDO (Canal Off), foram clicados por Micaela Torres (48 9906.0016/8462.4397), em ensaio exclusivo para a Revista Educar. Isabelle, essa menina linda, doce e esperta que adora viajar pelo mundo com os pais, veste figurino verão da loja Turma da Cuca (Rua Princesa Izabel, 365, Joinville, 47 3433.9508).

eDIÇÃO 98 • ANO 8 FEVEREIRO 2016 EDITORA Cláudia S. Prates JORNALISTA RESPONSÁVEL Lúcio Flávio Filho (MTB 21.441) ARTE Cláudia Prates e Rique Dantas COLABORADORES desta edição Auxiliadora Mesquita Bárbara Maglia Fernanda Moura REVISÃO Vânia Dantas Pinto IMPRESSÃO

47 9143.4416 / 47 9181.4223 www.impressul.com.br

Editorial Para dar valor

•As opiniões veiculadas nos artigos assinados não refletem necessariamente a opinião da revista. Os artigos e os anúncios publicados são de total responsabilidade de seus autores e/ou suas empresas.

Foto Micaela Torres

Educar não é fácil. Esforço, força de vontade e persistência fazem parte desse pacote que, muitas vezes, insiste em nos testar. Há algumas semanas, Bruno, meu filho de 6 anos, me pediu um brinquedo e, apesar de meu marido e eu não comprarmos presentes fora de época, ou seja, que não sejam para o Dia das Crianças, aniversário ou Natal, resolvemos criar uma “caixinha do bom comportamento”, que funciona assim: se ele se comportar bem, ganha moedas no fim do dia e as deposita na caixa, a fim de juntar e comprar o sonhado item. Não achamos que é preciso oferecer prêmios quando ele mostra boas atitudes (o bom comportamento, em nossa opinião, é uma obrigação diária). O objetivo da caixa, neste caso, serve como uma oportunidade para Bruno entender que, se ele faz por onde, se ajuda em casa (com as tarefas possíveis pra sua idade), se é solidário e dá valor ao bem que deseja, aí sim, ele merece um presente. A ideia, até o momento, tem dado certo – ele ainda não completou o valor de que precisa e nem todo dia age corretamente a ponto de conseguir as Cláudia Prates moedas, mas já entendeu que precisa se esforçar educar@revistaeducar.com.br pra ter o que quer. E está começando a entender também que determinação, responsabilidade e Revista Educar comprometimento precisam estar presentes em seu @claudiaeducar dia a dia, o tempo todo, e que é pra toda a vida.

•Não é permitida a reprodução de qualquer conteúdo desta publicação sem prévia autorização da editora. •A Revista Educar, publicação mensal da Pequeninos Revista Educativa Ltda, tem tiragem de 9.000 exemplares e é distribuída gratuitamente em diversos pontos de Joinville, Florianópolis e São José / SC. •Para assinatura, sugestões, críticas ou elogios, envie e-mail para educar@ revistaeducar.com.br ou entre em contato pelo nosso site www.revistaeducar.com.br.

PARA ANUNCIAR:

48 8845.7346 comercial@revistaeducar.com.br



Comportamento

E agora?

Pais estressados,

Filhos estressados.

Como sair desse ciclo? A essa altura de nossas vidas, todos sabemos muito bem o que é ficar estressado. Afinal, ele é uma resposta esperta de nosso corpo aos perigos do dia a dia e nossos ancestrais tinham mais é que ficar estressados quando se viam frente a frente com um leão no caminho! Hoje em dia, nossos “leões” são outros: uma vida cada vez mais rápida, múltiplas obrigações diárias e uma lista de preocupações mais longa do que todos os animais da floresta reunidos. O pior é que nossos pequenos podem acabar entrando nesse “clima”. O estresse pode ser mesmo contagioso e nosso estado de tensão pode ser percebido e absorvido por quem está à nossa volta. Ruim para a convivência entre adultos, mas ainda pior para as crianças, despreparadas para lidar com o estresse e dependentes de papai e mamãe. A pesquisadora Lídia Weber, da UFPR, fez uma pesquisa com 500 crianças e adolescentes em que 15% deles apresentavam sintomas de estresse. E descobriu que 61% das crianças estressadas indicavam viver num ambiente em que o clima conjugal era estressante.


Educar • Fevereiro/2016

David Code, um religioso e autor americano, acredita que esse é um dos fatores mais importantes para o surgimento do estresse em crianças. De acordo com o escritor, as crianças são esponjas e o estresse dos pais é rapidamente absorvido pelos pequenos. Ele acredita que as crianças funcionam como aquele “canário” da mina de carvão, indicando com seu comportamento e até com problemas de saúde os níveis tóxicos de estresse numa família. Code também pensa que o problema não está nas agendas cheias dos pais, mas sim no isolamento social e num estilo de vida que prioriza a criança a qualquer custo, inclusive do próprio casamento. A receita de David Code para melhorar o problema? Invista em suas relações – como marido e mulher e como amigo, colega, parente e cidadão. Em outras palavras: socializar, em todos os níveis, pode ajudar a melhorar o estresse do casal e, por consequência, o estresse dos filhos também. Outros pesquisadores acham que, além disso, é preciso ensinar os pequenos a lidarem com o estresse. Como? Encorajando as crianças a expressar suas emoções, e desenvolver a capacidade de entender e regular essas emoções. Usar as palavras para descobrir o que estamos sentindo e por que estamos sentindo pode ser o primeiro passo para conviver com o estresse, em adultos ou crianças. E encará-lo com outros olhos pode ser a chave para que ele fique a nosso favor. Kelly MacGonigal, uma psicóloga americana, propõe exatamente isso. Depois de passar 10 anos de sua carreira alertando as pessoas sobre os perigos do estresse, Kelly descobriu que a forma como as pessoas encaram o estresse é mais importante do que o estresse em si. Testes e análises estatísticas apontaram que, se

você passar por uma situação estressante mas encarar sua resposta fisiológica – o coração acelerado, a boca seca, etc – como uma ferramenta do seu corpo para enfrentar o problema à sua frente, a própria resposta fisiológica muda. E para melhor! E tem mais: além da famosa adrenalina, Kelly garante que o estresse libera em nosso organismo um outro hormônio, chamado oxitocina. Tem gente que o chama de “o hormônio do amor”, pois seria o responsável hormonal pela vontade de ficar junto e fazer um chameguinho. O que muita gente não sabe é que ele também ajuda as células do coração a se regenerarem dos danos causados pelo estresse. Então, como impedir que o estresse afete negativamente nossas crianças? Encarando o estresse como um instrumento a seu favor, acreditando que ele vai te ajudar a descobrir a melhor saída! E aprendendo a conversar sobre as emoções - as suas e as dos outros. Aproveite para ensinar seu filho ou sua filha a conversar também. Não deixe de namorar bastante com seu marido ou sua mulher e tente sempre diminuir o isolamento social, mantendo uma vida social ativa e os parentes por perto, sempre que puder. Afinal, o estresse é uma resposta individual mas nenhum de nossos ancestrais teria sobrevivido a tantos leões por dia se os tivesse enfrentado sozinho. E se não tivesse ensinado aos pequenos que é junto que a gente fica mais forte.

Auxiliadora Mesquita Pedagoga

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Variedades Por Auxiliadora Mesquita

Onde uma criança nasce cidadã?

Quando as crianças crescem...

1988 2015

Quando começou a ir à clínica, Lynn apreciava o jeito familiar de uma jovem enfermeira, Nicole Khran. Até que um dia, Lynn descobriu o porquê: elas já se conheciam de longa data! Vinte e cinco anos antes, foi a enfermeira Lynn que ajudou a cuidar de Nicole, um bebê que nasceu com graves problemas intestinais e teve de se alimentar por sonda durante muito tempo na infância. A enfermeira Bartos não www.sfgate.com

www.sfgate.com

Quando nossas crianças crescem, esperamos que se tornem adultos capazes e felizes e que contribuam, à sua maneira, para o mundo em que vivemos. Uma enfermeira americana aposentada descobriu isso de uma forma emocionante. Lynn Bartos é uma senhora de Milwaulkee, nos Estados Unidos, que frequenta regularmente uma clínica para tomar os remédios para sua artrite.

Nas Filipinas está acontecendo a discussão sobre uma lei que impede que crianças abandonadas, mesmo quando adotadas, recebam a cidadania do país. Já no Canadá, uma lei do governo conservador, no poder até o ano passado, retirou a cidadania plena de filhos de canadenses, mesmo nascidos em solo canadense, que tivessem direito a outra nacionalidade por um de seus pais. Isso nos faz lembrar que a situação das crianças pelo mundo está longe se ser segura. www.rappler.com

Do forno

poderia ter ficado mais feliz: “Aquele bebezinho de quem cuidei está agora cuidando de mim”.

Países mundo afora têm leis diferentes sobre o direito das crianças a uma nacionalidade. Alguns poucos países admitem que é cidadão qualquer criança que tenha nascido em terras daquele país. Outros exigem para a cidadania que a criança seja filha de cidadãos do país. Ainda outros, uma combinação das duas exigências. Em tempos de crise de refugiados e discussões sobre imigração, é preciso lembrar um dos direitos fundamentais das crianças: toda criança tem direito a uma nacionalidade!


Educar • Fevereiro 2016

“Destralhando” o quarto das crianças

Se não é, que tal transformá-lo em um? Ele vai continuar pensando por si mesmo e ainda vai poder inventar brincadeiras bem divertidas. É só fazer um dedoche com a carinha de seu filho ou sua filha. Com as dicas da blogueira Devany LeDrew, é fácil e rápido de fazer, e os materiais são bem simples. Ela usou folhas de EVA, grampeador, grampos e um furador (para ir furando até fazer dois buracos em que caibam os dedos da criança).

Decluttering – que algumas pessoas estão traduzindo por destralhar, em português – é a difícil tarefa de livrar nossos espaços do excesso de coisas. Objetos demais aumentam a bagunça, dificultam a limpeza e não deixam espaço para a mudança e o novo chegarem. Além disso, livrar-se dos excessos é uma boa lição que as crianças podem aprender desde cedo. Que tal começando pelo quarto delas?

A diferença – e a diversão – é que no lugar do rosto de heróis e princesas vai o rostinho do seu próprio filhote. Escolha uma foto com dimensões adequadas, nem muito pequena, nem muito grande. Se ficar com pena de recortar a foto, tire uma cópia e peça para os pequenos colorirem.

Para exercer o desapego no quarto dos pequenos, comece por brinquedos quebrados, meias sem par e pelúcias de que a criança nem se lembra mais. Também dê uma olhada no material escolar e de artes: lápis minúsculos, canetas hidrográficas secas e livros de outras fases da criança e sem valor sentimental podem ganhar um novo destino. Jogos com peças faltando e lembrancinhas que não têm mais graça também podem sair. E não se esqueça de roupas e sapatos que não servem mais.

www.stillplayingschool.com

Seu filho é um fantoche?

E, se preferir, ao invés de grampear, use cola de EVA, achada em qualquer papelaria. Pronto, esse sim é um personagem inesquecível!

Agora sim, o espaço já começa a se abrir para novas aventuras!

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Interação entre pais e filhos

Educar • Fevereiro/2016

Tema desta edição:

A mascotinha da Revista Educar Conteúdo Auxiliadora Mesquita Arte Rique Dantas / Cláudia Prates

Precisamos das notícias para tomar decisões mais inteligentes e melhorar nossa qualidade de vida. E ainda que muitas vezes nossa vontade seja desligar tudo e fazer de conta que não estamos nem vendo nem ouvindo nada, afundar nossa cabeça na areia nunca funciona. Saber o que se passa em nosso mundo é fundamental e para isso precisamos de uma imprensa forte, digna e eficiente. Já uma boa imprensa não sobrevive sem um repórter corajoso e competente. E ainda bem que eles existem! São os bons repórteres que vão atrás da informação verdadeira e útil e depois nos contam tudo. Desde como nos proteger do vírus que pode prejudicar nossos bebês, passando por onde encontrar aquela novidade que vai deixar nossa criança mais linda até nos dar a dica de onde ir para um final de semana divertido com nossos filhos. São eles também que trazem as más notícias, infelizmente. Mas é sabendo delas que podemos descobrir por onde ir e que caminhos evitar, separando o joio do trigo e vendo às claras quem e o que vale a pena – e o que não vale. É assim, recebendo as boas e as más notícias, que podemos fazer as escolhas que mudam nosso presente e nosso futuro. No dia 16 de Fevereiro, nossos parabéns agradecidos a esses profissionais tão importantes para o nosso dia a dia e para o futuro das novas gerações.

Quero ser repórter!

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Interação entre pais e filhos

Pipoca em: Eu vou ser repórter!


• Repórter é a pessoa que descobre as informações mais importantes sobre alguma coisa e conta essas informações para as outras pessoas em forma de notícia. A notícia pode ser contada num jornal, numa revista, na TV, no rádio e também na internet.

• Para descobrir sobre os acontecimentos, o repórter pode ir até o lugar onde tudo está acontecendo. Também precisa fazer perguntas para outras pessoas que estão lá ou que sabem sobre o assunto. Os repórteres também podem pesquisar em livros, filmes, documentos, jornais e revistas para descobrir mais ainda.

• Para escrever a notícia, o repórter tem que descobrir direitinho o máximo que puder sobre os acontecimentos. Ele precisa saber o que aconteceu e onde foi. Também precisa saber quem estava no acontecimento, quando foi que aconteceu e como foi tudo. Para ser um bom repórter, é preciso observar bem, fazer as perguntas certas e só contar a verdade, sem inventar nada!

• Para ser repórter, é preciso ter curiosidade, inteligência, paciência, coragem e perseverança. Também é preciso estudar bastante, ler muito e prestar atenção em tudo o que acontece à sua volta. Você acha que seria um bom repórter? Que tal entrevistar algumas pessoas da sua casa ou os seus vizinhos e depois pedir ajuda a um adulto para escrever o seu próprio jornal ou um blog?

Achei para você!

Internet

A CURIOSIDADE PREMIADA De Fernanda Lopes de Almeida (Editora Ática). A menina dessa história não é uma repórter, mas bem que poderia ser! Ela quer saber sobre tudo que acontece à sua volta e deixa o papai e a mamãe malucos com tantas perguntas. Mas o que eles descobrem é que a curiosidade da filha é muito importante. Está curioso para descobrir por que?

Google

Livro

JORNAL DA MÔNICA Nesse pequeno vídeo de quase 4 minutos, Cebolinha e Mônica apresentam um jornal de televisão que conta com a participação divertida de vários repórteres: os personagens da Turma! Muita confusão e risadas. (www. youtube.com/watch?v=MBqLSQ0PeRo)

Youtube

Você sabia?


O que seus filhos aprendem aqui, eles levam para toda a vida. Conhe莽a hoje mesmo a Maple Bear Florian贸polis. Acesse maplebear.com.br/florianopolis e agende uma visita. Rua Ant么nio Gomes, 55 - Balne谩rio Estreito (48) 3012-1255 | 3091-1435 florianopolis@maplebear.com.br


Educar • Fevereiro/2016 13

Nutrição

Exemplos e incentivos para uma boa alimentação Ensinar as crianças a comer bem é um desafio para muitas famílias e as consequências de uma alimentação incorreta podem ser graves: obesidade, anemia, deficiências nutricionais, dificuldades no aprendizado, problemas no crescimento e no desenvolvimento físico. Mas existem algumas estratégias que podem ajudar nessa tarefa e facilitar na hora da refeição.

deixe que eles o/a acompanhem ao hortifruti, peça ajuda para escolher frutas e legumes. Dependendo da idade, eles podem ajudar a lavar as verduras, misturar os ingredientes para um bolo, enrolar panquecas ou montar o próprio prato.

Exemplos dos pais

“Fast food” saudável

Não importa a idade da criança: para que ela aprenda a se alimentar bem, é importante que observe os pais comendo frutas, legumes e verduras. E em vez de você se preocupar com a quantidade de comida que o pequeno come todo dia, dê mais importância à comida preparada em casa, com ingredientes frescos e naturais. É bom que a criança aprenda a regular a quantidade de comida ingerida – o suficiente para nutrir o corpo, sem exageros. Forçar ou insistir que a criança “raspe o prato” é um hábito que deve ser abolido da vida diária.

Ter um dia para fugir da rotina é prazeroso em qualquer idade, mas o fast food, rico em gordura, sódio e pobre em nutrientes, pode ser substituído por versões caseiras, preparadas com ingredientes selecionados e nutritivos. O tradicional hambúrguer com batata frita, por exemplo, pode ser feito em casa, com carne moída, pão integral e batatas assadas no forno. Com um pouco de criatividade, a refeição fica mais econômica, saudável e muito gostosa! Fazer as refeições em família é uma das melhores maneiras de investir na educação alimentar das crianças. Mesmo que não seja possível repetir isso em todas as refeições, tente reunir todos pelo menos uma vez ao dia, para passar um tempo em família e dar bons exemplos às crianças.

Hábitos que ensinam Uma boa maneira de incentivar seu filho a manter uma alimentação saudável é ensiná-lo de onde vem a comida - mostrar que o leite vem da vaca, que as maçãs são colhidas das árvores, que as verduras nascem no solo etc. Inclua seus filhos na preparação das refeições - isso pode gerar bons momentos em família e melhorar a aceitação de alimentos que eles costumam rejeitar. E

Francielly Caobianco

Nutricionista (CRN10 -2180) www.abcnacozinha.com.br Joinville


Família

Pato, Fabiana e Isabelle:

Nalu de volta às ondas (e à EDUCAR!) Fotos: Micaela Torres Figurino Nalu: Turma da Cuca (Joinville) Texto: Auxiliadora Mesquita

Ilustração freepik.com

Já conversamos antes com essa família de alto astral e voltamos a bater um papo com Pato, Fabiana e Isabelle. Aproveitamos para saber das novidades da próxima temporada do Nalu pelo Mundo, que estreia em abril deste ano no Canal Off. Num dia lindíssimo e iluminado, em Floripa, a família desse surfista catarinense campeão deixou-se fotografar para nossa revista com seu melhor sorriso – o sorriso verdadeiro de uma família entusiasmada e em sintonia. Do que eles mais gostam, eles não fazem segredo: viagens, mar e... uns dos outros! A todo momento vemos o quanto eles se preocupam em fazer o que está ao alcance para ver o outro feliz e satisfeito. E isso vale até para a pequena Isabelle, que já nasceu viajante e mantém sempre o pique para as próximas aventuras. E as próximas aventuras vêm aí! Na temporada 2016 do programa, eles já começam mostrando sua nova casa. Um bangalô na praia? Um apartamento com vista pro mar? Nada disso – a casa dessa família aventureira é o barco e o desta temporada é novo e confortável. Com ele, Pato, Fabiana e Isabelle viveram novas experiências

dentro e fora d’água nas ilhas da Polinésia Francesa, um lugar de natureza exuberante e mar deslumbrante. Com filmagens nas famosas ilhas Tahiti e Moorea e no arquipélago de Tuamotus, o programa vai seguir Pato na sua busca incessante pela próxima onda. Vai mostrar, também, o dia a dia e as descobertas de Fabiana e Isabelle, sempre juntas nessas aventuras. Como Pato, além de surfar, ainda traz o pão – ôps, o peixe! – de cada dia, a mesa dos aventureiros está sempre repleta de receitas diferentes com os pescados. “Comemos muito sashimi fresco”, entrega Fabiana. “E fizemos atum fresco de tudo que era receita!”. Um favorito da família foi a receita típica da Polinésia Francesa, o Poisson Cru: cubos de peixe cru com leite de coco, pepino e tomate. Hummm! De quebra, ainda conheceram lugares acessíveis somente por barco, praticamente secretos. “Saber que existem lugares intocáveis, onde o homem não tem acesso, nos encheu de felicidade”, garante Pato. E eles lembram que as pessoas que vivem nas ilhas levam uma vida simples, aproveitando com sabedoria e alegria o que a natureza lhes oferece. Mas se você está achando tudo tranquilo demais, saiba que entre um pôr do sol aqui e outro lá, muita coisa radical pode acontecer! “Viver a bordo já é bem radical”, ri Fabiana. “Pato surfou ondas incríveis, descobrimos ilhas paradisíacas, mergulhamos com arraias e tubarões e enfrentamos tempestades em alto mar”. Fabiana garante que tudo que ela quer é continuar essa vida cigana. E Pato confessa que não há nada melhor do que estar dentro d’água. Então é só aguardar a próxima temporada para acompanhar essa família ensolarada em suas novas aventuras mundo afora. Enquanto isso, mergulhe nas respostas que esse trio deu para nossas perguntas curiosas: é pura harmonia entre areia, sol e mar!


Educar • Fevereiro/2016 15

Isabelle

Pato

O que você mais gosta de fazer quando está na areia da praia? Fazer castelos e poças. Coisa boa para distrair no avião é... assistir vários filmes. Se você fosse morar num lugar só seria... no Hawaii. O que é preciso para ser um bom amigo ou amiga? Ouvir os comentários dos outros e ser respeitado. Comida preferida feita em casa: a da minha mãe. Comida de restaurante: Spaguetti a Bolonhesa. Mania “secreta” antes de dormir: dar um beijinho de boa noite nos meus pais. Se você está triste, você quer... chorar e dar um abraço na minha mãe. Se você está contente você quer... sair de casa.

Minha Santa Catarina é... o melhor lugar do mundo. A melhor onda é... Teahupoo. Comida preferida feita em casa: a comida da Fá. Comida preferida de restaurante: japonesa. Brincadeira preferida de pai e filha: pega-pega na areia. Viagem que falta para fazer: Irlanda. Olhando para a Isabelle, você quer... que ela seja feliz. Olhando para a Fabiana, você quer... que ela continue assim. Olhando no espelho, você quer... surfar muito. Pato fora d’água prefere... estar dentro d’agua.

Fabiana Viagem boa precisa de... novidade! Água ou areia? Água. Truque de beleza que não falha: protetor solar com cor. Comida preferida feita em casa: meu antepasto de beringela. Comida preferida de restaurante: japonesa. Melhor vista para o mar: dentro dele. Melhor hora do dia para você: pôr do sol. Olhando para a Isabelle, você quer... que ela continue empolgada com a vida como ela é. Olhando para o Pato você quer... que ele seja mais tranquilo. Olhando no espelho você quer... continuar com essa vida cigana.


Como agir?

Perguntas difíceis, respostas possíveis (e sinceras) Muitas famílias colecionam histórias que, depois do susto, provocam gargalhadas em coro nos almoços de domingo. É o menino que pergunta de onde vem os bebês; menina que pergunta quem molha o seu xixi; molecote que quer saber como a luz chega na lâmpada e sapeca querendo entender por que o amiguinho bebe refri se faz tanto mal – na frente da mãe do pequeno! Por volta dos três anos as crianças são tomadas por uma curiosidade sem fim. No início os “porquês” vem um atrás do outro e parece que o pequeno detetive nem está tão interessado assim na resposta - quer mesmo é perguntar! Aponta a metralhadora de perguntas a um adulto disponível – ou não – e o cessar fogo só acontece quando algo muito interessante aparece. Com o tempo as perguntas vão se complexificando e surge uma curiosidade sobre a funcionalidade das coisas. Nesta fase, eles começam a se interessar pelo mundo a sua volta e os processos que fazem as coisas do seu dia


Educar • Fevereiro/2016 17

a dia acontecerem. “Como a água chega no cano?”; “Por que o Papai trabalha?”;“De onde a INTERNET ‘caiu’?”... E tantas outras... Mais perto dos cinco anos, os questionamentos tomam um caráter mais reflexivo, filosófico e as perguntas giram mais em torno de assuntos da vida familiar e escolar. Aí, é comum que apareça a tão temida “De onde vem os bebês?”, ou “Por que os pais da minha amiga não moram na mesma casa?” e ainda “Por que algumas pessoas são pobres e outras ricas?”. Para se sair bem neste “quiz” interminável, é importante que os pais tenham algumas coisas em mente: •T odos os questionamentos são válidos! Nunca censure seu filho por perguntar, por mais constrangedora que seja a pergunta. Curiosidade é saúde cognitiva e deve sempre ser incentivada. Se as perguntas em público o incomodam, ou constrangem muito, peça a seu filho que, quando quiser perguntar alguma coisa, o faça em particular a você. • Menos é mais! Evite explicações longas e complexas inadequadas à idade. Respostas curtas e simples costumam satisfazer melhor os pequenos. Se a curiosidade não for satisfeita, ele irá além nas perguntas, e você também pode ir além nas respostas. Respostas longas e complicadas tendem a confundir mais do que clarear. • “Quer que eu desenhe?” Sim! Use os recursos disponíveis para ilustrar explicações que assim exigirem. Fotos, ilustrações, vídeos e tudo mais que estiver à mão.

• Prepare-se. As crianças são diferentes, vivem histórias diferentes e, por isso, fazem perguntas diferentes. No entanto, há alguns clássicos – esteja preparada(o) para eles. Converse em família – entre os adultos – para decidir como gostariam que os assuntos fossem abordados. Sexo, religião e questões de gênero, por exemplo, devem ser trabalhados de maneira una e coerente para que a criança não fique confusa ao receber respostas discrepantes de diferentes membros da família. • Reconheça seus limites. Não minta ou enrole seu filho quando não souber alguma resposta. Um sincero “não sei” e um convite para pesquisar a reposta juntos ensinam muito mais e ainda estreitam os laços entre você e o pequeno Sherlock. • Não esqueça o essencial: ensine ao seu filho que não existe ‘uma’ resposta. O mundo é grande e complexo e para quase 100% das perguntas há um outro sem número de respostas igualmente válidas. E o mais importante: por favor, registre! Anote, faça pequenos vídeos ou algum outro tipo de registro da carreira em construção do pequeno detetive. É uma delícia relembrar essa fase tão rica e divertida depois que eles crescem. Acredite: depois que as suas bochechas perderem o rubor, você vai achar muita graça daquela “saia justa” na frente do chefe! Bárbara Farias Maglia

Psicóloga (CRP 12/06523) Crianças, Adolescentes e Apoio Parental - (48) 9687-1400 psi.barbaramaglia@gmail.com


Escola Por Bárbara Maglia, Psicóloga (CRP 12/06523)

O olhar mágico de um professor

Se algum dia você me perguntar qual a ferramenta pedagógica mais valiosa de um professor, eu certamente direi que é o olhar. O olhar de um professor de um BOM professor - tem até um quê de mágico, eu arriscaria... Vê além do que aparenta, vê além do que se mostra. O olhar de um professor não é olhar de olho. É olhar de olho, de boca, de nariz, de orelhas, de braços e pernas. É olhar de corpo inteiro, de corpo cheio! É um olhar que vê, sim, mas que sente, escuta, cheira, prova, toca, vive! Um professor verdadeiramente conectado “vê”com todos os seus sentidos e tem “olhos” por todo o corpo. É dono de um olhar “cego”, por um lado, porque deve ser livre e sem a priori. É muito diferente de um olhar de mãe, procurando o sorriso da vovó ou a sisudez do papai nos traços do rebento.

iStock

Olhar de professor não vê rótulo e não vê capa - vê gente, vê criança. O professor olha como se visse pela primeira vez. Não procura nada, deixa-se encantar e seduzir por cada faceta do seu pupilo como se nunca houvesse visto coisa igual! Assim, dá a chance ao seu aluno para experimentar-se sempre diferente, sempre novo. Porque há sempre a chance de mudar, melhorar, crescer e progredir. Professor tem olhos que não se cansam, que nunca dormem. Estão sempre atentos, com o “pó de pirlimpimpim” a postos para enxergar aquilo que ninguém viu ainda. Sempre alerta para ver que o “menino mordedor” é um excelente pintor e que a “menina santinha” também sabe ser danadinha.


Cultura e entretenimento

Educar • Fevereiro/2016 19

Área Vip

Jair Oliveira e Luciana Mello

A fazenda - De onde vêm os cereais, as verduras, o leite, a carne, a lã e os ovos? Com este livro, os pequenos vão conhecer como é a vida no campo e como são os animais que vivem em uma fazenda – da galinha à vaca, do pato à ovelha.

Entre 5 e 7 anos

Repleto de segredos a serem descobertos, o Manual do Pirata representa a verdadeira (e repugnante) missão de ser um corsário, desde o recrutamento até a hora do grude (comida) e o terrível castigo de andar na prancha. Crianças, preparem-se para zarpar!

No livro Coisas que andam, as páginas se abrem para lindas ilustrações e um texto simples com rimas aparece. São seis veículos para a criançada trocar e combinar as páginas várias vezes. É diversão do começo ao fim!

Cláudia Prates

O livro Como desenhar filhotes fofinhos mistura duas coisas que as crianças adoram: filhotes fofos e a hora de desenhar. E basta seguir o passo a passo para criar no seu próprio quadro o desenho correspondente. Entre 2 e 4 anos

A partir dos 5 anos

A partir de 8 anos

Girassol

Músicos. Cantores. Compositores. Pais. Lindos, talentosos - e em pose exclusiva para a Revista Educar. :)


Fotos Getty Images / Ilustração Freepik

Um novo ano

O ano novo iniciou e a rotina começa a fluir com mais naturalidade. Os dias passam rapidamente e o cotidiano começa a se movimentar de forma automática. E as resoluções de fim de ano? Já foram colocadas em prática ou está difícil de dar conta de mais essas incumbências?


Educar • Fevereiro/2016 21

A maioria de nós termina o ano cansado, superatarefado e vislumbrando um ano novo diferente. Uns querem mais tempo, outros mais saúde, cada um com suas inquietações. O importante mesmo é reconhecer o que traz felicidade e paz e correr atrás disso. No entanto, na maioria das vezes, dependemos dos outros para sermos felizes. Ver o filho com saúde, o marido (ou a esposa) feliz, conviver com os avós nos deixa com o coração em paz. Então, por que será que as resoluções de fim de ano são, geralmente, feitas individualmente? Por que também não fazê-las em família? Conversar com as pessoas que realmente fazem diferença sobre o que as incomoda e sobre como acham que poderiam melhorar como um grupo pode ajudar na convivência e a estreitar o vínculo familiar. Uma conversa leve, sem discussões. O intuito é deixar o diálogo aberto e tentar explicar e entender o jeito de cada um enxergar a rotina e as relações familiares. Muitas vezes, uma briga ou um desentendimento começa com atitudes tão simples de serem modificadas. Outras vezes, aquilo que incomoda nem sequer é conhecido pela pessoa que está perto e convivendo com você. Conhecer o seu lado e a sua maneira de sentir tal comportamento pode ajudá-la a mudar ou a, pelo menos, ser mais sensível aos seus sentimentos. Depois de conversar, é bom fazerem combinações, de modo que todos os participantes estejam de acordo; do contrário, não vai dar certo. É sempre bom lembrar que mudanças são difíceis de serem vividas, por isso, talvez, seja melhor começar com pequenas metas, dando um passo de cada vez. Assim, é mais provável que sejam bem sucedidas.

Conseguir enxergar o esforço do outro em mudar determinada atitude é importante. Pode estar longe de estar perfeito, e talvez nunca chegue a tanto, mas se a pessoa está tentando é porque ela se importa e isso faz toda a diferença. Apoiar um ao outro e saber elogiar dá força para a família e a torna ainda mais unida. É importante não deixar que a rotina engula as tentativas para tornar a convivência em família mais agradável e feliz e colocar esses combinados em prática constantemente. De vez em quando, é bom retomar essa conversa para mudar ou adicionar alguma tentativa de mudança que não esteja funcionando. E, quem sabe, ao final desse ano, todos os membros da família consigam se sentir menos cansados e mais dispostos. Afinal, uma convivência harmônica e agradável em família nos ajuda a lidar com as adversidades do mundo exterior. Pois, no fim das contas, havendo amor e vontade, tudo fica mais fácil.

Fernanda Mello de Moura Pedagoga



Educar • Fevereiro/2016 23

Galeria de férias!

Envie foto(s) de sua criança para nossacara@revistaeducar.com.br com nome completo e idade, cidade e nomes dos pais. Theodora, Vitória, João Pedro e Davi

Johanna, Yojin, Jessica, Diego, Michelle, Newton, Lida e Jesus

José Francisco

Carlos Eduardo, Myllena, Derick, Luis Gustavo, Sophia e Maria Eduarda

Antônia

Nicolas Gabriela, Marcela e Milena

Christian

Samuel



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