Educar 114 Julho 2017

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Edição 114 - Ano 9 - Julho 2017 Foto: Gabriella Cameu Fotografia Distribuição gratuita e direcionada


AS SALAS DE AULA MAPLE BEAR: Mais que espaços de convivência, as salas de aula Maple Bear Florianópolis são parte integrante da própria metodologia educacional. Estimulantes e acolhedoras, elas são projetadas para garantir a melhor dinâmica de ensino. Acomodam com eficiência compartilhamentos em círculo, explorações individuais e atividades em grupos, proporcionando também aproveitamento completo do tempo. Além disso, as salas de aula da Maple Bear Florianópolis são equipadas com materiais manipulativos, livros e Centros de Aprendizagem temáticos. Esse ambiente permite a realização de experiências concretas e estimula a construção do conhecimento. CONHEÇA ALGUNS CENTROS DE APRENDIZAGEM: • Math Centre • Sand and Water Centre • Science Centre • Block Centre • Drama Centre • Reading Centre • Computer Centre • Imaginative Play Centre


EDIÇÃO 114 • ANO 9 • JULHO 2017

EDITORA

Priscilla Koerich

ARTE

Eduardo Carvalho Motta

COLABORADORES DESTA EDIÇÃO

Amanda Martins Auxiliadora Mesquita Bárbara Benatti Camila Martinelli Carolina Fernandes Cláudia Prates Claudio Moreira Denise Ferreira Fernanda Moura Gabriella Cameu Milena Luisa Priscila Cruz Renata de Sá Juglair

REVISÃO

Cláudia Prates

IMPRESSÃO

As opiniões veiculadas nos artigos assinados não refletem necessariamente a opinião da revista. Os artigos e os anúncios publicados são de total responsabilidade de seus autores e/ou suas empresas. Não é permitida a reprodução de qualquer conteúdo desta publicação sem prévia autorização da editora.

Foto: Dani Coelho Fotografia

Editorial

“A educação como um dos bens mais preciosos” Educar uma criança é, provavelmente, um dos maiores desafios que alguém pode ter de enfrentar. A vontade de se ser bom pai ou boa mãe anda quase sempre de mãos dadas com um conjunto de medos e de interrogações. Não há manuais, mas há, sim, referências. Referências essas que buscamos na nossa própria criação, nos valores que nos foram passados e nas relações que estabelecemos. Nós tentamos diariamente ensinar conforme fomos ensinados, porém o que funciona para um pode não necessariamente funcionar para o outro. Temos que nos ajustar enquanto caminhamos, mas se esforçando para manter os princípios fundamentais nos quais confiamos. Pessoalmente, eu acredito que não há jeito errado ou correto - cada indivíduo é diferente e temos que aprender a respeitar e a aceitar, mutuamente, essas diferenças. No entanto, creio que ensinar nossos filhos a amar a Deus, amar a si mesmo, independentemente de quão diferente o mundo o perceba, valorizando os bons costumes e a determinação de alcançar seus objetivos na vida, são elementos-chave para essa caminhada linda e desafiadora. Educar, a meu ver, é transmitir à criança o essencial da vida. Para que no futuro ela consiga enxergar além de sua existência. E para que ela tenha a capacidade de abrir os olhos e permitir que o mundo apareça refletido dentro de si própria. Encontro-me embalada pelo tema “educação”, há tanto pra se falar sobre… mas nessa edição nós vamos além: publicamos um texto incrível sobre o sono do bebê, escrito com carinho pela pedagoga Auxiliadora Mesquita. Muito frequentemente a gente se depara com mamães e papais aflitos, que não sabem muito bem como lidar com essa questão. E sabemos que há, também, aqueles que não têm muito conhecimento sobre a importância do sono e o que ele representa para a saúde, o desenvolvimento e o bem-estar de bebês e crianças, bem como o equilíbrio de toda a família. Espero que gostem! Um grande abraço e até a próxima edição!

A Revista Educar, publicação mensal da Pequeninos Revista Educativa Ltda, tem distribuição gratuita e direcionada aos pais, em inúmeros pontos comerciais e instituições de ensino de Joinville, Florianópolis e São José / SC. Para assinatura, sugestões, críticas ou elogios, envie e-mail para educar@revistaeducar.com.br ou entre em contato pelo nosso site:

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Ligue para: Tel.: (48) 99158.3342 Ou envie e-mail para: comercial@revistaeducar.com.br

Priscilla Koerich educar@revistaeducar.com.br

Nossa Capa O bebê que está na nossa capa desse mês é o Martin, filho da Gabriella Cameu e do Thomas Pessoa. Gabi, uma fotógrafa apaixonada por sua profissão, viu sua vida ganhar mais sentido e inspiração depois da chegada do pequeno Martin. À ela, nossos sinceros agradecimentos e nossa admiração, pelo lindo trabalho que desenvolve e por ter nos cedido tantas imagens belíssimas de seu filho amado! Para acompanhá-la e conhecer seu trabalho, digite @gabriellacameu no Instagram ou acesse o site www.gabriellacameu.com.br.


Variedades

As novidades quentinhas, direto...

do forno

Por Auxiliadora Mesquita

Os bebês de Anne Geddes cresceram A fotógrafa Anne Geddes ficou famosa mundialmente com suas fotos perfeitas de recém-nascidos e bebês. Sua forma de fotografar esses pequeninos tesouros se tornou imediatamente reconhecível e encantou a todos. A criatividade e originalidade da australiana também serviu de fonte de inspiração para muitos fotógrafos mundo afora. Em 2016, Anne resolveu dar uma espiadinha em como “seus bebês” andam ultimamente. Daí surgiu o projeto de procurar e fotografar aqueles bebês fotografados por ela a partir dos anos 1990. O resultado é pura doçura: Anne posta em seu Instagram e em sua fanpage, no Facebook, os retratos dos bebês e fotos dos pequenos agora, em suas vidas de adulto. Uma pequena biografia, sempre com palavras meigas de Anne Geddes, completa o quadro da vida de cada um. E torna ainda mais mágico o click daqueles “pequetitos” que cresceram e se tornaram adultos. Emoção pura!

Bebendo água no frio

Introduzindo novidades na alimentação do bebê Aos 6 meses, os bebês já podem começar a se alimentar com outros alimentos além do leite. A introdução de novos alimentos deve ser gradativa e não é necessário abandonar o aleitamento materno completamente. Começar pelas papinhas de fruta facilita, pois, sua doçura natural costuma fazer sucesso com os bebês. As papinhas salgadas também entram no menu, mas lembre-se: elas não levam sal! Faça-as com legumes e outros vegetais e as carnes de sua preferência. É muito importante se lembrar que o estômago dos bebês é bem pequenino, por isso não se assuste com a pequena quantidade que ele vai ingerir. Aos 6 meses, cabem no pequenino 2 ou 3 colheres de sopa apenas. E depois de 1 ano até os 2, os bebês consomem por volta de uma xícara (250ml) por refeição! Uma última dica: evite o liquidificador – amassando com um garfo você mantém uma boa textura para os dentinhos e a boquinha ir treinando a mastigação!

No verão é difícil se esquecer dela: o calor logo pede um gostoso copo de água. E até as crianças costumam avisar papai e mamãe de que estão com sede. Já com as temperaturas mais baixas, nem sempre as crianças vão sentir necessidade de se hidratar. É que a sensação de sede diminui, mas continua sendo importante manter-se bem hidratado. Um corpo bem hidratado evita problemas renais, doenças de pele e mantém o sistema imune trabalhando direitinho. A água, filtrada ou mineral, deve sempre ser oferecida para se tornar um hábito. E os sucos refrescantes do inverno podem ser oferecidos de acordo com o gosto da criança ou substituídos por líquidos mornos: um chazinho leve de ervas, como camomila, erva cidreira, hortelã ou erva-doce pode ser uma boa opção. E uma sopinha gostosa hidrata, nutre e ainda costuma fazer sucesso com a criançada. Um lembrete: até os 6 meses esses líquidos não são necessários para o bebê que mama no peito!


Educar • julho/2017

Tablets e atraso na fala: um novo estudo Um estudo apresentado recentemente num encontro de pediatria aponta que o uso de tablets e smartphones por bebês, na faixa dos seis meses aos dois anos de idade, pode ter conexão com atrasos no desenvolvimento da fala. A pesquisa, liderada pela Dra. Catherine Birken, analisou os relatos de quase 900 pais que descreveram o tempo que as crianças passavam usando as telinhas, por dia. Os pesquisadores então avaliaram o desenvolvimento da linguagem nas crianças. O resultado? Para cada 30 minutos de aumento do uso diário dos aparelhos, havia um aumento de 49% no risco de apresentar “atraso expressivo na linguagem” – a capacidade de usar sons e palavras para se comunicar. Os pesquisadores alertam que o uso da tecnologia não pareceu afetar a linguagem corporal ou a capacidade de se relacionar. E lembram que é necessário um estudo maior, para comprovar uma relação de causa e efeito. Mas fica o alerta: bebês se beneficiam muito da interação com outros seres humanos.

Brincando dentro de casa

Essa é uma ótima brincadeira para os dias muito frios e dá para fazer até em apartamento – basta um corredor, papel crepom e fita adesiva. A ideia é imitar aqueles “labirintos de laser” que vira e mexe aparecem em filmes e até em vídeo games. Mas as crianças nem precisam saber disso! A diversão está garantida no desafio de ultrapassar os obstáculos sem derrubar nenhum. A “montagem” não poderia ser mais simples: prenda as tiras de papel crepom nas paredes do corredor formando um conjunto de “obstáculos”. Pense na altura e coordenação motora da faixa etária que você tem em casa para o desafio não ficar nem muito fácil nem impossível de ser superado. Vale passar a fita em alturas diferentes para que os pequenos tenham que pensar em diferentes soluções: passar a perna por cima, arrastar-se, “espremer-se” num cantinho... Diversão garantida!

Uma porta para as fadas Para muitas crianças, as fadinhas são seres mágicos e muito graciosos que encantam. E se não há problema para os pais, a fantasia dos pequenos pode ser estimulada e ir ainda mais longe. Além de livros, filmes e brinquedos com o tema, já faz algum tempo que surgiu a ideia de instalar portas para as fadinhas em uma parede da casa. É uma invenção muito fofa: uma “porta”, pequenina e bem bonitinha, é colocada numa parede da casa, logo acima do rodapé. Outros enfeites podem ser adicionados ao redor dela. Está criada a mágica! Algumas famílias usam a portinha especial para deixar bilhetinhos e fazer a brincadeira ficar ainda mais gostosa. E para quem não tem habilidade ou tempo para fazer suas próprias portas, já existem kits prontos no mercado, em sites de artesanato. Depois é só dar boas-vindas às fadas – e à imaginação!

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Educação

Por Priscila Cruz*, fundadora e presidente-executiva do movimento Todos Pela Educação

Brincar não é brincadeira. É parte fundamental do desenvolvimento da criança Na última edição da Educar, falei um pouco sobre a importância do Brincar para o desenvolvimento das crianças. Mas esse é um tema tão importante, que vou retomar neste mês. Vocês sabiam que cada vez menos as crianças têm brincado livres, ao ar livre? E que cada vez mais têm ficado dentro de casa, vendo TV, jogando video game ou cuidando dos irmãos?

• Crianças que brincam mais aprendem a perseverar, a controlar a atenção (foco) e a dominar as emoções.

Brincar é tão importante que é instintivo, como querer andar. Todos os animais brincam. As formigas, os golfinhos e os seres humanos.

• Uma vida adulta feliz é propiciada principalmente pela saúde emocional que temos na infância. Em seguida, pelo comportamento social, e só depois pelo desempenho acadêmico.

E quanto mais inteligentes, mais brincam. Os golfinhos brincam mais que as formigas. Os seres humanos brincam mais que os golfinhos.

• Brincar estimula o crescimento dos nervos da amígdala (emoções), promove o desenvolvimento do córtex pré-frontal (cognição) e da maturidade emocional e aumenta a capacidade de decisão.

Existem muitas evidências da importância de brincar.

Jaak Panksepp

” www.tpe.org.br

Ilustração: Brgfx / Freepik

Brincar é a fonte de alegria do cérebro

Este artigo foi originalmente publicado em sua coluna no UOL Educação e editado especialmente para a Revista Educar

• Crianças que brincam mais na pré-escola têm melhores notas ao longo do percurso escolar.

*Mestre em Administração Pública pela Harvard Kennedy School, sócia-fundadora e presidente-executiva do Todos Pela Educação (TPE).

Por Priscila Cruz*, fundadora e presidente-executiva do movimento Todos Pela Educação


Educar • julho/2017

É... Não é brincadeira mesmo! E tem muito mais. Brincar: • aumenta a autopercepção, a autoestima e o autorrespeito; • melhora e mantém a saúde física e mental;

E se você, adulto, brincar junto, ganha tudo isso também!

• dá a oportunidade de se socializar com crianças diferentes;

Então, que tal aproveitar essas férias escolares para brincar ainda mais com as crianças?

• promove a criatividade, a imaginação e a independência; • constrói resiliência por meio do enfrentamento dos riscos e desafios e da necessidade de solucionar problemas e de lidar com o novo; • dá a oportunidade de aprender a conhecer o ambiente e a comunidade; • previne acidentes: quanto mais eu brinco, menos me machuco.

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Capa

Capa

Ai, que soninho gostoso! AJUDANDO AS CRIANÇAS A DORMIR BEM O sono é fundamental para a saúde, o desenvolvimento e o bem-estar de bebês e crianças. Ele serve para descansar, regular e recuperar nosso organismo. Mas nem sempre é fácil para os pais.

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Texto: Auxiliadora Mesquita | Fotos: Gabriella Cameu Fotografia

urante os primeiros meses, o sono dos bebês é interrompido frequentemente pois a fome chega rápido em um estômago tão pequenino! E outros incômodos podem perturbar o soninho deles: cólicas, frio, fralda molhada... Daí que mamães e papais têm que se desdobrar numa constante vigília! Depois que as crianças crescem, surgem outros problemas que atrapalham um sono tranquilo. Podem surgir medos, pesadelos, xixi na cama e até aquela vontade irresistível de ficar mais tempo acordado ou querer dormir pertinho dos pais. A verdade é que o sono, mesmo o de bebês e crianças, é sempre individual. Seu tempo de duração, a melhor forma de chegar até ele e as condições para que seja tranquilo e saudável vão de acordo com cada organismo e suas necessidades. Mas existem orientações gerais e dicas que facilitam a vida de papais e mamães e apontam para maneiras mais práticas de trazer esse soninho, tão bem-vindo e necessário.


Educar • julho/2017

ACABEI DE CHEGAR, PRECISO DORMIR! Recém-nascidos dormem muito, mas isso não significa que durmam longas horas seguidas. Pelo contrário: nas 18 horas que dormem por dia, costumam acordar a cada 3 ou 4 horas. A fome logo chega e o chorinho vai indicar que está na hora da próxima mamada. Bebês também não fazem a menor ideia que chegaram a um mundo com dia e noite, por isso o sono e a necessidade de chamar papai e mamãe não respeita nem relógio nem calendário. Após as primeiras semanas, o bebê espaça um pouco seu acordar, dormindo cerca de 4 a 5 horas de cada vez. Muitos começam a dar uma “esticadinha” à noite. E se o bebê está ganhando peso normalmente, não é preciso se preocupar. Caso contrário, é bom ficar atenta e, se necessário, acordá-lo para mamar. É importante contar com o acompanhamento e a orientação do pediatra se o bebê dormir muito e não estiver ganhando peso. Com esses soninhos curtos, muitos preferem deixar o bebê no quarto. Ficando próximo da mãe e do pai é mais fácil atender às necessidades do bebê sem muita complicação. Já a prática de dividir a mesma cama com os pequenos ainda é bastante polêmica: existem defensores, que citam vantagens para pais e filhos e alegam que não há perigo, se feito corretamente. Já as associações de pediatria de muitos países desaconselham fortemente essa prática, apontando os riscos envolvidos para o bebê. Informe-se bem antes de tomar a decisão de deixar o bebê em sua própria cama. De forma geral, a recomendação é de que o bebê durma no seu próprio espaço, em berço ou berço acoplado, e sem “acessórios” como travesseiros, almofadas, enfeites e bichinhos. O colchão deve ser firme e o bebê deve sempre ser deitado de costas.

PSSSH, BEBÊ DORMINDO! A partir dos 3 meses, os bebês dormem por volta de 14 horas por dia e já conseguem seguir 8 ou 9 horas de sono à noite, com 1 ou 2 interrupções para mamar. Duas ou três sonecas de dia também são comuns. Tantos números podem deixar os pais preocupados: será que meu bebê segue as regras? Lembre-se sempre de que cada criança é uma e na dúvida, consulte seu pediatra. Nessa fase, o sono é leve e chorinhos e barulhos feitos pelo bebê não precisam ser motivo de preocupação. Na maioria das vezes, os pequeninos acordam e voltam a dormir por conta própria. Por isso é tão importante não se apavorar e correr para retirar o bebê do berço. O importante é ficar atento caso o bebê chore continuamente, já que isso indicará que ele precisa de alguma coisa: alimentar-se, ter as fraldas trocadas ou ter sua temperatura ajustada, evitando o frio e o calor. Também pode indicar, é claro, dor ou desconforto. No caso das trocas de fralda e da amamentação noturna, uma boa dica é fazer isso de forma bem suave, rápida e silenciosa. Assim o bebê não é estimulado e volta a dormir tranquilamente. Essa também é uma boa idade para começar a estabelecer rotinas que levem a um bom sono noturno. Pode ser um banho e canções de ninar, por exemplo. Feitos repetidamente, criam um estado propício para que o bebê consiga dormir por conta própria. E um bom sono vai ser aproveitado por todos: dos 6 meses até 1 ano de idade ainda podem acordar à noite para mamar, mas a maioria já consegue esperar até a manhã chegar!

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Capa

MUNDO, ACORDEI! De 1 ano até os 3, o entusiasmo dos pequenos com o mundo ao seu redor e a vontade de ficar perto dos pais todo o tempo, podem tornar mais difícil convencê-los a irem para a cama. Nessa fase, também costuma ser muito importante uma ou duas sonecas, totalizando até 3 horas por dia. Esses repousos deixam a criança mais descansada e tranquila. E mesmo aqueles que não querem dormir se beneficiam de um tempo durante o dia em que fiquem num ambiente de quietude. Ao contrário do que pode parecer, não dormir de dia pode aumentar a dificuldade de dormir à noite. E nessas horas de recusa em ir para cama à noite, vale a dica da rotina e dos rituais. Nada complicado: coisas simples e curtas, mas que indiquem ao pequenino que está chegando a hora de dormir. Um banho gostoso, sem muito estímulo de brincadeiras; escovar os dentinhos; ouvir uma história ou uma música suave. Tudo contribui para mostrar que chegou a hora. Uma boa dica é deixar que as crianças tenham algum “controle” nesse momento: escolher o pijama, a história a ser lida ou levar um brinquedo para a cama, podem ser a chave para deixar o sono chegar. Evite nessa idade programas de TV, eletrônicos antes do sono ou atividades que estimulem ou assustem. Os eletrônicos emitem uma luz que estimula o estado acordado. E elementos assustadores podem levar a sonhos e pesadelos, bastante comuns nessa idade. Como é uma fase em que fantasia e realidade se confundem, conforte e acalme sua criança após o pesadelo até que volte a dormir.

GRANDE DEMAIS PARA PERDER TEMPO DORMINDO Dos 3 aos 6 anos, as crianças continuam precisando de 11 a 12 horas de sono por dia. E a turma de 7 a 12 anos deveria dormir por volta de 10 a 11 horas. Mas na prática, não é o que se vê hoje em dia. Sem a soneca de dia, com muitas atividades fora de casa, tarefas escolares e uma vida familiar que vai até tarde, muitas crianças estão ficando sem o sono reparador de que tanto necessitam para crescer com saúde, física e mental. O déficit do sono pode causar danos em longo prazo, mas também atrapalha bastante no dia a dia. Hiperatividade, irritabilidade e desconcentração podem resultar de uma noite de sono curta demais. Por isso, é tão importante continuar com a rotina, para que o sono das crianças não fique prejudicado. Mais fácil falar do que fazer, mas é preciso tentar alternativas até acertar aquela que funcione com seu filho. Uma boa regra geral é manter sempre o mesmo horário. Avisar à criança 30 minutos antes que está chegando a hora de ir para a cama. Dez minutos antes, torne a lembrá-la e comece a preparar as atividades relaxantes que vão fazer juntos para chamar o sono. Valem aqueles velhos “truques”: banho tranquilo, escovar os dentes, ler uma história, orações. Um brinquedo ou outro objeto de afeição podem ser usados. Com um pouco de planejamento, paciência e firmeza, é possível tornar a hora de ir para a cama um momento gostoso. O esforço vai valer a pena ao ver sua criança crescendo feliz, saudável e pronta para enfrentar o dia, com disposição e alegria!


Educar • julho/2017 11

Estou tendo pesadelos! Ninguém sabe ao certo porque eles acontecem, mas os pesadelos surgem quando ainda somos bem pequeninos. São eventos do estágio REM do sono, aquele em que o cérebro está mais ativo, processando experiências e informações. Pesadelos costumam vir carregados de imagens e emoções, e por isso, são especialmente aflitivos para as crianças. Nos pequenos ainda existe grande confusão entre fantasia e a realidade. E mesmo a partir dos 7 anos, quando já entendem que sonharam, ainda ficam assustados. É impossível prevenir. O melhor é evitar filmes e atividades assustadoras e tentar ter uma boa noite de sono. Quando o pesadelo acontecer, é preciso confortar e explicar que já acabou e que não está no mundo real. Nessas horas, vale a criatividade – e a paciência – de papais e mamães para mandar aquelas coisas ruins embora...

Tem que ser na cama da mamãe! A cama compartilhada é um tema polêmico. Muitas pessoas acreditam que não há nada de errado em deixar que as crianças durmam com seus pais o tanto que quiserem. E que, com o tempo e a maturação, os pequenos irão migrar naturalmente para seus quartos. Por outro lado, muitos consideram essa prática ruim para as crianças e para o casal. Nesses casos, não há ciência que comprove o que é para ser feito. Use seu instinto, bom senso e também suas próprias necessidades para orientar sua atitude quanto a essa questão. Caso considere que é necessário que cada um – filhos e casal – tenha seu próprio espaço, não hesite em delimitá-los, com firmeza, carinho e paciência. Fiz xixi na cama Muitos fatores estão envolvidos no famoso “xixi na cama”. E em muitos casos, a solução do problema acontece espontaneamente. A vergonha costuma ser maior do que qualquer outro desconforto e é aconselhável que não se dê mais drama ao evento do que realmente existe. Caso o problema seja constante ou persista por muito tempo, vale uma consulta para verificar se problemas mais graves ou doenças estão causando o descontrole. Tranquilidade e objetividade são as palavras-chave aqui. Não consigo dormir! Infelizmente, a insônia pode acometer até nossos pequeninos. Por isso é bom ficar de olho. E caso perceba uma dificuldade constante da criança em pegar no sono ou se ela acorda muitas vezes durante a noite, um médico deverá ser consultado. Distúrbios respiratórios ou neurológicos podem atrapalhar o sono. Ronco, sonolência excessiva durante o dia ou sono agitado com muita movimentação corporal podem ser sintomas importantes. A criança se beneficiará de um exame mais completo.


Capa

Educar • julho/2017 12

A alimentação e o sono Já é bem difundido que o sono é parte fundamental do crescimento e desenvolvimento do organismo dos pequenos, além de estar relacionado com a saúde emocional e o sistema imunológico. Mas você sabia que crianças que dormem pouco ou dormem mal, podem ter problemas com a alimentação?

Durante uma noite de sono, vários hormônios são produzidos e regulados, entre eles os hormônios relacionados a fome. Esses hormônios se chamam grelina e leptina, e são responsáveis pelos reflexos de fome e saciedade, ou seja, eles que nos avisam quando devemos começar a comer e quando devemos parar de comer. Quando não dormimos o suficiente, esses hormônios acabam ficando desregulados, levando ao aumento do apetite, especialmente de alimentos mais calóricos como doces, massas e biscoitos. Com o tempo, esse aumento da fome por alimentos calóricos acaba levando ao ganho de peso excessivo, podendo chegar a obesidade. Por esse motivo, é muito importante que as crianças tenham boas noites de sono e com qualidade. Existem alimentos que podem auxiliar o sono por estimularem a produção de hormônios e outros que podem atrapalhar este momento, por deixarem os pequenos agitados. Alguns alimentos possuem uma substância chamada triptofano, que é um aminoácido precursor da melatonina, hormônio que estimula e regula o sono. Exemplos desses alimentos são: leites e derivados, banana, aveia, grão de bico, frutas secas e oleaginosas. Uma boa ideia para refeição antes de dormir seria um mingau de aveia com banana, ou um “mix” de frutas secas e amêndoas ou castanhas. Além destes, chás como camomila e erva cidreira exercem efeito calmante nas crianças, auxiliando no relaxamento antes de dormir. Já alguns tipos de alimentos devem ser evitados pelo menos 2 horas antes de dormir, como chás estimulantes (chá preto, chá verde), café, chás diuréticos (hibisco, cavalinha), alimentos com muito açúcar, como refrigerantes, bolachas recheadas, doces, pois dão muita energia e estimulam o corpo da criança, assim como refeições pesadas com muita gordura ou carne, pois podem causar indigestão. É importante lembrar que os alimentos não possuem o poder de induzir o sono sozinhos, é preciso também que a criança tenha uma rotina antes de dormir, como por exemplo, tomar banho, escurecer o quarto, colocar uma música calma, para que o corpo entenda que aquele é o momento de relaxar e iniciar a produção de melatonina, facilitando o descanso e promovendo uma boa noite de sono, para que na manhã seguinte a criança esteja disposta para suas atividades, aproveitando o seu dia.

Mingau de Aveia com Banana Ingredientes: • ¼ de xícara de aveia em flocos. • de xícara de leite de coco. • 1 banana amassada.

Modo de fazer: Coloque a aveia o leite e a banana em uma panela pequena e cozinhe em fogo baixo por cerca de 5 minutos, mexendo de vez em quando até engrossar. Deixe esfriar um pouco e sirva.

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Momentos em família

Educar • julho/2017 16

O LADO QUENTINHO DO INVERNO Me conta uma coisa. Você conhece algo mais quentinho que abraço de filho, deitado na cama em um dia frio de inverno? Eu não. Inverno é tempo de pensar em carinhos, chamegos na cama e de passar o dia de pijama. Inverno tem cheirinho de bolo saindo do forno (de preferência feito pela avó, que veio passar uns dias com a gente), de dar longas gargalhadas durante uma brincadeira daquele jogo que só as crianças sabem explicar. É tempo de sentar no sofá, sem hora para levantar, curtindo longas sessões de cineminha regadas a muita pipoca e sorrisos. Inverno é tempo de unir a família em casa, curtindo o lado quentinho da estação com todo o amor que cada um tem para dar. É tempo de reduzir a energia, ficar mais quietinho esperando que o calor humano que

Milena Luisa

mãe de Artur (9), Mateus (6) e Pedro (4). Sonhadora e idealizadora do Sementinha de Gente

vem do coração esquente o corpo. Na coluna deste mês não trouxe um DIY, pois resolvi fazer um convite para você acessar lá no www.sementinhadegente.com.br o baixar o e-book produzido com muito amor, com várias pequenas dicas de como aproveitar o lado quentinho do inverno com seus momentos em família, sem grandes programações, apenas muito amor envolvido. Amei pensar em cada detalhe deste e-book e é uma alegria poder compartilhar com vocês. As fotos são da fotógrafa Lis Sayuri da Babuska Fotografia e os pijamas da Mensageiro dos Sonhos. Aproveite seus momentos e compartilhe também suas dicas com outras familinhas usando a hashtag #OLadoQuentinhodoInverno nas redes sociais.


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Interação entre pais e filhos

Educar • julho/2017 19

A mascotinha da Revista Educar

Tema desta edição:

“QUE FRIO!” Conteúdo Auxiliadora Mesquita | Arte Cláudia Prates

Aqui no Sul, mais do que em outras partes do Brasil, sabe-se bem o que é o frio - a região sofre a influência direta da chamada Massa Polar Atlântica. O resultado? Temperaturas prá lá de geladinhas no inverno. Na maioria das áreas, as temperaturas baixas podem causar geadas. E o vento gelado faz com que a sensação térmica seja ainda mais baixa do que aquela que os termômetros marcam. Já nas serras gaúchas e catarinenses, a neve pode aparecer com seu charme indiscutível, mas com um friozinho daqueles... O frio é uma ocorrência física objetiva, mas existe um componente subjetivo em como a gente se sente com ele por perto. Quem não conhece aquele parente ou amigo que empurra as cobertas da cama ou sai por aí só com uma camisa no corpo, mesmo com os termômetros lá embaixo? E quem não tem uma amiga ou colega que basta um ventinho de nada para logo aparecer com suéter, casaco e luvas? Exageros à parte, precisamos nos proteger do frio, mas sem ter medo dele. E como nossas crianças vão crescer se encontrando com o Sr. Inverno todos os anos, é bom que aprendam a aproveitar a estação sem complicações. Afinal, frio não é sinônimo de ficar trancado em casa o tempo todo. Como dizem os guias turísticos de tantos

países europeus, não existe temperatura errada – apenas roupas inadequadas. Portanto, munidos de roupinhas adequadas, criatividade e cuidados, a criançada pode brincar e se divertir tranquilamente no frio. E para começar a curtir o clima gelado, nada como acompanhar as aventuras e as dicas de nossa mascotinha, a Pipoca. Brrrr, que delícia!

OPÇÃO DE


Interação entre pais e filhos

em: “Que frio!” A MÃE DE PEDRO O CHAMOU BAIXINHO: “PEDRO, ESTÁ NA HORA DE LEVANTAR. É HORA DE IR PARA A ESCOLA”. PEDRO OUVIU, MAS PUXOU A COBERTA PARA CIMA. “AI, QUE FRIO!” PENSOU ELE. PIPOCA TAMBÉM ESTAVA BEM ENROLADINHA NA CAMA DELA. MAS SEU AMIGO PRECISAVA IR PARA A ESCOLA. O QUE FAZER?

PIPOCA TEVE UMA IDEIA. FOI ATÉ O ARMÁRIO DE PEDRO E PEGOU UM CASACO BEM QUENTINHO. ABRIU A GAVETA E ESCOLHEU UM BONITO PAR DE MEIAS. E AINDA ACHOU LUVAS E UM GORRO PARA A CABEÇA.

AGORA MEU AMIGO VAI CONTINUAR QUENTINHO TODO O TEMPO!

AI, QUE FRIO!

PIPOCA PUXOU AS COBERTAS DE PEDRO. E ENTÃO ELE VIU TUDO QUE ELA HAVIA TRAZIDO PARA ELE FICAR BEM PROTEGIDO DO FRIO. “MUITO ESPERTA VOCÊ, MINHA AMIGA”, DISSE ELE.

“ASSIM EU POSSO ATÉ BRINCAR NA ESCOLA QUE NÃO VOU NEM LIGAR PARA O FRIO”.

PEDRO SE VESTIU E TOMOU O CAFÉ DA MANHÃ. PIPOCA SE DESPEDIU DELE E ELE FOI PARA A ESCOLA. E DEPOIS QUE ELE SAIU, SABE O QUE NOSSA AMIGA RESOLVEU FAZER? VOLTOU PARA A CAMA QUENTINHA DELA. AI, QUE FRRRRRIO!

QUE FRIO!


Educar • julho/2017 21

Achei pra você

Frio!

Frio é o que sentimos quando perdemos calor para o ambiente à nossa volta. Se está quente ao nosso redor, não perdemos o quentinho do nosso próprio corpo – então ficamos sentindo nosso próprio calor! Ao contrário, se está frio a nossa volta, nosso corpo perde calor para o ambiente e começamos a sentir... brrr, frio! Quando está frio no ambiente não quer dizer que não podemos sair, brincar, passear e nos divertir. Só é preciso tomar alguns cuidados. É importante, por exemplo, usar roupas em “camadas”. Funciona assim: você vai colocando as roupinhas mais leves mais perto do seu corpo. E por cima, vai colocando as roupas mais grossas, os casacos e sapatos. Assim, quando você sentir mais frio, vai aumentando as camadas. Se o frio diminuir, é só diminuir as camadas também, tirando algumas peças de roupa. Uma outra dica importante é proteger bem as “pontas” do nosso corpo: nossas mãozinhas, pezinhos e cabeça devem ficar bem agasalhados. Não brigue com a mamãe se ela pedir para você calçar as meias, as luvas e colocar o seu gorrinho. É para você ficar bem protegido do frio. E não se esqueça: no inverno, também precisamos tomar líquidos, como água, sucos, chazinhos e sopinhas gostosas. E usar o filtro solar se for ficar sob o sol. Um hidratante pode ser bom para não deixar a pele ressecada. Depois, é só aproveitar: o frio é uma delícia!

Gato com Frio, de Mary e Eliardo França. (Editora Ática) Nesse livro da adorável coleção Gato e Rato, um gatinho está sentindo muito frio e sai tentando descobrir uma forma de se esquentar. Com texto pequeno formado por frases curtas e lindas ilustrações, essa coleção é ideal para aqueles que já se aventuram a ler as primeiras letras. Mas também pode ser divertido para os pequeninos acompanharem a leitura dos pais.

Que frio!, de Ronni dos Santos Oliveira (Ed. Scipione) Um patinho não se deixa intimidar pelo frio e só quer saber de brincar e se divertir na água. Mas a água está gelada e quem tenta fazer como ele logo desiste. Mas será que o patinho vai ficar sozinho o tempo todo? E será que ele vai aguentar por muito tempo?

O que é? Quente e Frio, de Emmanuel Bernhard. (Ed. Cia Nacional) Esse livro explica para as crianças maiores o que é o quente e o que é o frio. Dando exemplos do dia a dia e informações científicas e curiosas, esse livro é ideal para o pequeno cientista de casa. Dá até para fazer as experiências que os personagens do livro propõem.


Desenvolvimento

Educar • julho/2017 22

A arte e a infância Não é novidade que as crianças adoram pintar, desenhar e se movimentar. Experimentar o que o seu corpo é capaz de fazer usando materiais e técnicas artísticas atraem a atenção dos pequenos.

Na primeira infância, eles passam por momentos de descoberta e de experimentações de si e do mundo que os cerca. Tudo é novidade, por isso têm muita curiosidade em explorar. Neste sentido a arte é uma ótima ferramenta para canalizar essa vontade de conhecer e de se reconhecer. Isso porque pode ser usada como um elemento de expressão do pensamento e das emoções. Entender e conscientizar-se de seus sentimentos é uma tarefa difícil para as crianças pequenas. Elas ainda não possuem vivências suficientes para reconhecê-los. Elas precisam que experiências concretas aconteçam repetidas vezes para associar o que sentem ao nome da emoção. Enquanto estão aprendendo a fazer esta relação e a entender seus sentimentos, podem usar a arte como um canalizador destas emoções. Ter espaço para se soltar por meio da música, do desenho, da pintura, pode ajudar as crianças a dizer o que precisam e o que querem externar. Por meio da arte, elas também têm oportunidade de manipular materiais diferentes e de aprender sobre o seu manuseio. Além disso, usam o seu corpo, trabalhando a coordenação motora e exercitando a adequação dos seus movimentos em diversas situações. Crianças pequenas precisam ter tempo e espaço para experimentar a arte do seu jeito. Por isso, é importante que o adulto não se preocupe com o resultado final que, geralmente, não segue os padrões estéticos dos grandes, mas que respeite a vontade da criança e deixe ela se divertir com o processo. Pequenas modificações nos materiais ou na organização do espaço podem facilitar a hora da brincadeira com a arte. Se o pequeno ainda não conseguir desenhar dentro de uma folha A4, ofereça uma cartolina. Se ele fura a folha de papel sulfite quando pinta, é melhor apresentar-lhe o papel cartão. O mais importante é deixar a criança se soltar e conhecer uma nova forma de diversão, de experimentação e de autoconhecimento. E quem sabe, ao observar a criança, o papai ou a mamãe se animam a sujar as mãos, a desenhar por puro prazer ou a dançar livremente, sem se preocupar com a estética dos seus movimentos ou dos seus registros?

Fernanda Mello de Moura Pedagoga


Os momentos mais especiais têm algo em comum: eles não se repetem. Isso inspirou o Clube do Confete a transformar tais momentos em lembranças apaixonantes, porque o coração é o lar de tudo que dura para sempre, e nele habita o inesquecível. O Clube do Confete é mais do que um espaço premium para festas. Somos um grupo de pessoas genuinamente apaixonadas pelo que fazemos. Cuidamos de cada detalhe com perfeccionismo e atenção, ao cliente e seus convidados. Uma grande festa é feita de pessoas felizes, e felicidade é a nossa especialidade. • Festas Infantis • Festas de 15 anos • Festas empresariais

Agora, com novas atrações na melhor casa de festas da cidade!

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Eventos

Você conhece o Floripinhas? Nós somos o único site dedicado exclusivamente à divulgação da agenda de eventos infantis em Florianópolis e região. Estamos muito felizes de poder fazer parte da Revista Educar! Agora todos os meses estaremos aqui com dicas e sugestões de atividades para fazer com as crianças na nossa cidade. Nosso objetivo é apresentar mais opções para as famílias que buscam diversão, além de valorizar os grupos e locais que promovem atrações de qualidade. Para estrear este espaço, trazemos aqui algumas sugestões de colônias de férias, para as crianças se divertirem neste recesso escolar. E também algumas ideias de passeios para fazer em família. Esperamos que vocês se divirtam! Beijos, Denise, mãe do Bem e da Ana Rosa Renata, mãe do Theo e da Laura

TEATRO E EVENTOS Festa Junina Tarde em Família Jardim do Rancho Espaço Natural para Eventos Data: 16/07 Horário: 14h Café Colonial da Família Pensando e Construindo Nosso Mundo Data: 05/08 Horário: 15h Pista de Patinação no Gelo Floripa Shopping - Até: 10/08 Espetáculo Faixa de Graça Circo da Dona Bilica - Data: 23/07 Horário: 16h

COLÔNIAS DE FÉRIAS Pensando e Construindo Nosso Mundo Período: de 3 a 28 de julho Tema: Nosso Mundo de Cores Endereço: Rua Papa João XXIII, 121 Contato: (48) 3209-6700 contato@pcnossomundo.com.br

Sesc Florianópolis Período: 17 a 21/07 e 24 a 28/07 Tema: O mundo do circo Endereço: Travessa Siriaco Atherino, 100 – Centro Contato: (48) 3229-2200 Lápis LAB e Jardim do Rancho Período: 17 a 28/07 Tema: Arte + Criatividade + Natureza Endereço: Presidente Coutinho, 147 – Centro Contato: (48) 3222 3576 Cozinha da Nine Tema: Da semente ao prato Endereço: Srv Alvorada, 152 - Campeche Contato: (48) 996530166 cozinhadanine@gmail.com Ah, e para ficar por dentro da programação completa, visite nosso site www.floripinhas.com.br e redes sociais: Instagram: @floripinhas ou facebook: /floripinhas

Ilustração: Rodrigo Kurtz

Dicas

Educar • julho/2017 24


Informe publicitário

Meu filho não consegue ler, escreve ao contrário, troca letras e, não divide! O que ele tem de errado?

E AGORA? O QUE EU FAÇO? Aprender as primeiras letras e números é uma etapa muito especial. Algumas crianças aprendem com muita facilidade; outras, no entanto, apresentam dificuldades, precisam de muita atenção, ou por falta de maturidade ou algo mais específico.

O aprender é complexo. Envolve cérebro, estimulação, organização visual, velocidade do processamento, ou seja, todas as ações que irão desenvolver as estruturas e as funções do Sistema Nervoso Central. Assim, o intelecto surge da elaboração dos estímulos de um ato motor e perceptivo no cérebro, gerando duas ações: o comportamento e as emoções. A criança é capaz, inteligente, mas, na hora de ler, escrever ou contar, as dificuldades de aprendizagem podem ser confundidas com o TRANSTORNO DE APRENDIZAGEM-TA. Para verificar é preciso alguns exames: 1- PRONTIDÃO, OFTALMO, FONO-AUDIO: as dificuldades podem ter relação com a falta de visão, audição, prontidão, problemas na proposta pedagógica, problemas familiares ou déficits cognitivos, etc.; 2- NEUROPSICOLÓGICO: identifica o tipo de TA e, os demais sintomas, que alteram o desenvolvimento, como falta de interesse, déficit de atenção, hiperatividade e outros. Há três tipos de TA:

TA da leitura, DISLEXIA, não compreende as palavras escritas, tem dificuldade em ler as palavras, baixa velocidade, falha na correção, lê com distorções, omissões ou substituições. TA da matemática, DISCALCULIA, tem habilidades matemáticas, mas, não resolve os problemas, raciocínio numérico e conceitos de símbolos afetados, não maneja ou reconhece os números. Apresenta

outras dificuldades, como linguísticas (compreensão e nomeação de termos, operações ou conceitos e, transposição de problemas escritos em símbolos), perceptuais (reconhecer símbolos numéricos ou aritméticos, ou agrupamento e conjuntos), de atenção (copiar números ou cifras, sinais), e matemáticas (sequência nas etapas, contar, aprender tabuadas). TA da expressão escrita, DISGRAFIA, dificuldades com a grafia ou caligrafia, em compor textos escritos, erros de gramática e pontuação, má organização dos parágrafos, prejuízos na expressão escrita, inabilidade ou diminuição da escrita. A avaliação NEUROPSICOLÓGICA visa identificar as alterações das funções cognitivas, como: ATENÇÃO, MEMÓRIA, INTELECTO, PERCEPÇÃO, LINGUAGEM, CALCULIA e outras, para propor um tratamento. A REABILITAÇÃO NEUROPSICOLÓGICA visa examinar a realidade e elaborar uma proposta individualizada que ofereça uma alternativa, para a retomada do desenvolvimento e do aprendizado. O Espaço Energia Vital, localizado no centro de Floripa, propicia a avaliação com testes e a reabilitação, com neurogames e jogos psicopedagógicos e técnicas da psicologia comportamental e cognitiva.

Por - Ana Villas Boas Psicóloga credenciada do Instituto Mais Sáude

PLANO MAIS SAÚDE - A partir de R$ 19,90 Titular (sem limite de idade), Cônjuge (sem limite de idade), Filhos (até 24 anos).

JOINVILLE

FLORIANÓPOLIS

Rua Rio Branco, 275, Centro, Joinville, SC (47) 3402-2000

Rua Felipe Schmidt, 515, Centro, Florianópolis, SC (48) 3365-6700

www.institutomaissaude.com.br


Galeria Nossa Cara

Educar • julho/2017

Você também!

Quer ver seu filho nas páginas da Educar? É simples, basta usar a hashtag #revistaeducar nas redes sociais. Ou envie a foto dele para: nossacara@revistaeducar.com.br Na mensagem, escreva o nome completo e idade da criança + cidade e nomes completos dos pais.

Taiany

Paulo Vitor

Caio

Sarah

de Júlia Rollin

Souza

João Vitor

Rafaella e Ms. Grazi

Matheus

Tiago

Bruno

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