Revista Estilo - Junho 2018

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Gente da Gente Ano 09 Ed. 02 Abr Mai Jun 2018

DESTAQUE

Juca Máximo Pintor, designer e publicitário cearense tem o seu trabalho reconhecido em eventos nacionais e internacionais

Didi e Porto Freire: sonhos e abraços

GIRO

Gramado: influência europeia


// EDITORIAL

Editorial N

esta edição, a Estilo conversa com o artista plástico cearense Juca Máximo. Ele comenta sobre o sucesso do seu trabalho, com premiações nacionais e internacionais, e releva as técnicas usadas em suas obras.

Expediente Estilo é uma publicação da Porto Freire Engenharia PRESIDENTE

Jorge Wilson Porto Freire DIRETORA TÉCNICA

Abraçar, sentir-se acolhida e incentivada a buscar novos caminhos. Conheça a história da Didi, que, em 11 anos na Porto Freire, conheceu o companheirismo no ambiente de trabalho e, com isso, aprendeu a ressignificar sua vida. Os fãs de séries como o Senhor dos Anéis já têm o seu point: Robbit, um restaurante com decoração inspirada em histórias medievais e um cardápio recheado de sabores e encantamentos.

Tatiana Freire DIRETORIA ADMINISTRATIVA FINANCEIRA

Adriana Freire COORDENADORA DE MARKETING

Valdenisia Souza REDAÇÃO

Com o condomínio Villa Gaudí, que está sendo construído no Parque del Sol, a Porto Freire se candidata ao Selo Verde, na categoria ouro. A certificação é concedida pela Prefeitura de Fortaleza a empreendimentos que investem em construção sustentável e melhoria na qualidade de vida urbana.

R&B Comunicação JORNALISTA RESPONSÁVEL

Rozanne Quezado PRODUÇÃO E REVISÃO

Rozanne Quezado Lucílio Lessa Valdenisia Souza FOTOS

Jarbas Oliveira e banco de imagens PROJETO GRÁFICO

Raphael Lira DIREÇÃO DE ARTE E DIAGRAMAÇÃO

Promosell Comunicação Fale conosco (85) 3299 6600 gestaomkt@portofreire.com.br

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Revista Estilo Porto Freire

O turismo brasileiro vai além do litoral. Um exemplo é Gramado, uma das cidades mais lindas do sul do país, situada na Serra Gaúcha, com influência europeia na arquitetura, cultura e gastronomia. Chegar em casa e relaxar das tensões do dia a dia. Quem não sonha com isso depois de uma jornada dura no trabalho? A Estilo traz dicas de decoração que vão ajudar a transformar a sua casa em um refúgio antiestresse. O que leva um artista a compor músicas que tocam tão profundamente o coração dos ouvintes? Na coletânea de livros sobre a MPB, o radialista e escritor Ruy Godinho revela o segredo das composições, contado pelos próprios autores.


SUMÁRIO

Sumário 04|

Destaque Juca Máximo Sucesso no Brasil e exterior

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10| Gente da Gente

Giro

O abraço genuíno da Didi

30|

24| À Mesa

Robbit e a influência medieval

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Gramado, a Suíça Brasileira

Tijolo por Tijolo

Porto Freire concorre ao Selo Verde

Estilo Indica

Os bastidores da música brasileira

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// Destaque

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O traço do artista Texto: Lucílio Lessa Fotos: Jarbas Oliveira

Cearense de Fortaleza, o pintor e designer Juca Máximo, 32 anos, vem ganhando espaço significativo em competições internacionais e levando o nome do Ceará para as maiores revistas especializadas sobre artes plásticas. Com cerca de 30 telas, Juca fala com a Estilo sobre seu trabalho e a técnica usada em suas obras, além de dissertar sobre os limites da arte. O artista atua em pintura a óleo, pintura acrílica, aquarela, gravuras, nanquim, lápis, digital arte, escultura em clay e escultura digital, com traços fortes, contrastes e muitas pinceladas.

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// Destaque

Além de pintar, Juca toca violoncelo, guitarra e instrumentos de corda.

Revista Estilo - Juca, de onde surgiu o seu interesse pela arte? Juca Máximo - Aos 12 anos, tinha um vizinho, um pouco mais velho, que pintava camisa a mão. Ele se chama Michel Távora, artista plástico muito conhecido, que inclusive está expondo nessa galeria (Escola Mais Design, a qual Juca está à frente). Michel foi meu influenciador nessa área artística, tanto na pintura quanto na música. Toco violoncelo, guitarra, instrumentos de corda. Mas, em relação à pintura, foi uma descoberta do nada, eu não tinha interesses artísticos, nem sabia desenhar muito. Aprimorei a partir dessa experiência com o Michel. Uma das minhas maiores referências é Van Gogh. Como ele, comecei a pintar por volta dos 30 anos, uma coincidência que notei em sua biografia. Gosto dos impressionistas. Sou estudioso de arte, sempre fui, desde a faculdade (publicidade). Me apaixonei pelos impressionistas e os pós-impressionistas, como Van Gogh e Monet. Eles são minhas referências. Meu trabalho possui muitas partes pinceladas, traços que, de perto, você enxerga a sutileza. Tenho essa veia impressionista.

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“Tenho pegada impressionista, mas são expressões intimistas, mais externo que interno”, diz.

RE - Poderia definir a sua técnica a partir do impressionismo? JM - O que eu acho mais bacana são as pinceladas fortes e a imagem que elas formam. Não é uma figura traçada com muita textura de sombra ou contraste de cores, é um impressionismo que você usa pinceladas, usa seu traço e tem que agrupar para entender que imagem é aquela. Então, se você pegar um quadro (impressionista), você não vai entender direito que é uma paisagem, mas quando você se distancia, passa a enxergar. Essa é a característica do impressionismo, a de acumular pinceladas para formar uma imagem a partir do traço mais forte. Isso é o que mais me agrada.

atenção, vou tentando interpretar o que aquela imagem estaria sentindo, pensando, sem me dizer. Penso no que aquela pessoa estaria querendo expressar, o que ela pode estar vivendo. Se ela está feliz, se está triste, se tem alguma angústia ou aflição, e procuro passar isso. Quando eu pego na essência da imagem, começo a traçar. Tento, então, fazer na parte de fundo, a perspectiva, como ela estaria se sentindo, se está em lugar escuro, enfim, a intenção do sentimento. Então, jogo um pouco de luz, coloco um ponto de luz na bochecha, outro perto do olhar. Coloco minha interpretação do que as pessoas sentem.

RE - Qual foi o seu diferencial que tanto chamou atenção de curadores internacionais?

RE - A Monalisa se enquadraria nessa técnica? JM - A Monalisa possui uma técnica de pintura clássica. Se você for ver, ele (Leonardo da Vinci) usou um retrato clássico, bem renascentista, com iluminação. O Renascimento passa essa parte intimista. Naquela época, os italianos usavam muito, eles pegavam alguma característica daquela pessoa que ela queria passar. Por exemplo, o cara era um prefeito de uma cidade, um duque ou alguém importante, e ele dizia: “Quero passar serenidade”. Então, os artistas pintavam assim, mesmo que a pessoa não passasse isso no dia a dia. No quadro da Monalisa, ele quis passar mistério.

JM - Todo artista procura um traço. Como eu já trabalhava há dez anos com ilustração, tinha noção da minha pegada, como era, então, procurei um traço que me agradava. Foi até engraçado porque é uma coisa que alguns artistas passam a vida inteira e não acham. Eu encontrei o traço. Ele tem a pegada impressionista, mas são expressões intimistas, mais externo que interno. Quando eu pego uma foto ou imagem, ou algo vem a minha mente ou me chama

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// Destaque

No Festival de Arte e Cultura de Canadá, a sua obra recebeu medalha de bronze.

RE - Algumas obras suas vêm garantindo repercussão internacional para o seu trabalho, em especial uma série de retratos (Expressionismo I, II e III). Poderia falar um pouco sobre esse momento da sua carreira? As imagens neles estão passando sofrimento? JM - (Mostrando o quadro Expressionismo II) Na verdade, é bom a pessoa interpretar o que ela sente. O meu sentimento, quando fiz, quando vi pela primeira vez a imagem, foi de angústia, de ausência de algo. Esse quadro me deu medalha de bronze no Canadá, no Festival de Arte e Cultura. Fiquei entre os 150 melhores em Lion, em um universo de dez mil inscritos. Artistas de alto padrão. Esse quadro também me colocou como finalista em Berlim, no festival Azucar Brinks, e em Londres, no Jackson Jopp 2017, no qual havia 30 mil inscritos. Fui o único brasileiro. RE - Imagino que muitas obras de bons artistas acabem nem chegando ao conhecimento de quem julga. Assim, qual é o caminho para se ter um trabalho notado? Existe uma técnica para a apreciação da arte ou é só sentimento? JM - Isso é bem distinto, porque a arte em si é uma questão de interpretação. Sobre esses festivais - eu já me inscrevi em alguns -, em que todo mundo pergunta como eu fiz para chegar nesses prêmios, digo que também perco muito. E quando você vai ver quem

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ganha, muitas vezes a obra, na minha visão, não possui uma beleza plástica, não tem um conceito forte, mas alguém achou bacana. Então, a arte é subjetiva demais, diferente da publicidade, onde eu já possuo 24 peças premiadas. A arte não é assim. Depende do jurado, do dia dele, do sentimento dele, depende do que ele tem de percepção de arte, da experiência. A gente precisa estar atento para a arte. Eu acredito que (a arte) tenha que ter uma beleza estética, ela deve ser bela aos olhos. A minha visão sobre arte é isso. Quando eu vejo um quadro, tento ver a beleza estética, depois eu ligo para o conceito. O que me atrai são as belezas estéticas. É o que eu encontro nos grandes pintores: um padrão de cores, texturas, contrastes e pinceladas bem elaboradas. Essa é minha visão sobre arte. Mas a arte é muito subjetiva. RE - Qual a dificuldade que o cearense enfrenta para concorrer com pessoas do mundo inteiro? Como é esse cenário da disputa internacional? JM - Para ser bem sincero, eles não ligam para onde você mora. Eles focam no seu trabalho. RE - Mas a figura do agente, por exemplo, não seria fundamental? JM - Tem um mercado de agentes, os marchands, mas eu não tenho esse comercial, eu mesmo vou atrás. Sobre as seleções, eles


“A arte é subjetiva, diferente da publicidade, onde eu já possuo 24 peças premiadas”, diz.

não ligam para o local de onde você vem, eles olham a obra, interpretam e julgam se cabe ou não para a curadoria deles. Dificuldades para se inscrever existem, pois é tudo muito caro. Por exemplo, eu possuo 12 trabalhos que considero aptos a ganharem festivais, mas eu só escolho dois ou três. Cada inscrição varia entre 100 e 200 dólares. Então, eu faço dez trabalhos, mas não posso inscrever todos em um festival. RE - Vale tudo na arte? JM - Não é (exatamente) a questão de valer tudo. A arte é um movimento. A maioria dos artistas tem uma interpretação pessoal de onde ele está na sociedade, de onde ele vive, do que ele acredita que deve ser melhor. O artista não deve se prender a nada, ele tem que ser livre, tem que interpretar e passar isso. Querendo ou não, isso faz parte de um movimento que é contra muita coisa que a gente vive. A pessoa tem o direito de se expressar. Mas há intervenções

A arte é um movimento. O artista não deve se prender a nada”, afirma Juca

artísticas que, aos meus olhos, não aprovaria, não colocaria em uma galeria. Há muita coisa ofensiva. E muitas vezes é isso que o artista quer passar. Talvez o cara que fez queira ser ofensivo, queira dar uma cutucada, mostrar que algo está errado. Se você pensar nesse ponto de vista, no Renascimento teve isso, no Impressionismo teve isso. Eles foram rejeitados demais. Se você vir os quadros mais caros do mundo, todos os pintores foram rejeitados em todas as galerias na época. Então, às vezes a gente precisa chocar o mundo. RE - Em 2017, o Museu de Arte Moderna apresentou uma exposição com um artista nu que gerou muita polêmica pelo fato de uma criança ser uma das presentes, inclusive tocando os pés do artista. Você é a favor de haver censura em relação a alguns trabalhos? JM - Deve existir, não para o artista fazer arte, mas para as pessoas observarem. Tem

que ter. Se eu quero chocar com uma coisa ofensiva, porque eu vou mostrar para uma criança? Tem que ter censura sim, limite de idade. Essa polêmica que você citou, falando como publicitário, não colocaria (essa exposição) pelo simples fato de haver todo tipo de pessoa, o conservador, o moderno, o que apoia certos grupos de sexualidade, grupos religiosos. Além de colocar, pior ainda é retirar depois. Como curador da marca, eu pensaria em não fazer isso. Se tivesse sido colocada uma censura, talvez a polêmica fosse menor. As crianças não têm obrigação de ver certas coisas. Precisamos prezar pelo bom senso. Não deve ter censura para o artista, mas deve ter para a exposição. É como um filme, a sétima arte tem censura para certas idades. Eu tenho quadros bem intimistas, bem sexuais, mas não estão expostos na minha casa para meu filho ver. Ficam no meu ateliê, escondidos. Não é porque o nu é feio, é porque não é a hora de ele ver isso.​

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// Gente da Gente

Depois daquele abraรงo 10

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Há mais de uma década trabalhando na Porto Freire Engenharia, Diana, ou melhor Didi, conta sobre a realização de sonhos e sua experiência na construtora. “Me sinto acolhida”.

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// Gente da Gente

Didi tem um olhar meio magnético das pessoas verdadeiramente especiais.

“Voltei a estudar, incentivada pelos amigos da Porto Freire”. O abraço foi o divisor de águas na forma como ela encarava a rotina de trabalho.

D

iana Pereira da Silva, a Didi, 43 anos, começou a entrevista como quem já tinha costume. Difícil não se encantar com a serenidade do seu sorriso. E aquele olhar, aquele jeito meio magnético das pessoas verdadeiramente especiais. Didi não faz esforço para ser quem é. De repente, é como se a gente passasse a conversar com uma amiga de tempos. Não existem freios no que ela diz. É franca. Fala de si com transparência. Mas, sua personalidade é tão afável, calma, que é um susto quando nos deparamos com as passagens difíceis de sua vida, as quais ela relata com dignidade, gratidão e fé. Didi é assim, corajosa. Alguém que precisou ter força, confiança, não só para viver, mas, para sonhar.

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O ABRAÇO Onze anos. Esse é o tempo que Didi tem de Porto Freire. Da Diana de antes dessa fase, ela fala com carinho, respeito, mas com o distanciamento de mais de uma década. “Era muito tímida. Cheguei aqui depois de anos como zeladora em uma outra empresa, limpando as construções. Muito cansativo. Ao chegar, passei a limpar maquetes e a servir o café. Foi uma diferença grande”, diz, com bom humor. Mas a diferença sentida por Didi vai além do dia a dia dos afazeres como copeira. O divisor de águas na forma como ela encarava a rotina de trabalho se deu por meio de um abraço. “Eu vinha de uma experiência onde era cada um no seu quadrado. Tinha muito aquela coisa de patrão e empregado. E aqui foi totalmente diferente. Me trataram como pessoa, independente do cargo que eu estava exercendo. O pessoal da equipe me abraçava, me tratava com carinho, atenção. Eu não estava acostumada com aquilo. Não sabia o que era um abraço. Me senti acolhida”, diz.

SONHAR GRANDE A convivência com a equipe deu injeção de ânimo, autoestima para Didi passar a fazer planos. Tendo chegado a morar em um barraco de lona, ela passou a cultivar o sonho de ter a sua própria casa. Não foi fácil para Didi, que precisou de um empurrãozinho de uma amiga corretora para tentar. “Eu me inspirava muito na garra das meninas (corretoras). Elas batalhavam, tinham as dificuldades delas, mas buscavam vencer. A Patrícia (corretora) me deu muita força. Ela disse para mim: ‘sonhar grande e sonhar pequeno dão o mesmo trabalho. Melhor sonhar grande’”, lembra. Daí para a compra da casa foi pulo? Não, não foi. Rolou ainda muita água debaixo da ponte, muito jornal lido na parte de classificados, muitas noites com os filhos imaginando como seria quando conseguissem. Até que pintou um leilão da Caixa Econômica Federal. “Eu fiquei naquela euforia de quem sonha. O rapaz que fez o meu cadastro não estava colocando muita fé, senti isso. Mas consegui”, comemora. Voltar a sonhar. Esse foi um dos maiores ganhos da Didi. “Eu comecei a ter um diálogo com Deus. Tive esse encontro com Ele. Então, voltei a estudar, incentivada pelos amigos da Porto Freire. Não somos sacos de lixo onde as pessoas depositam seus problemas. Somos pessoas e precisamos de respeito e de confiar em nós mesmos para cuidarmos do nosso jardim, que é a nossa vida. É assim que eu sinto graças ao que eu aprendi nessa empresa, que considero minha casa”, diz. Perguntada sobre o futuro, Didi revela que após concluir, recentemente, o ensino fundamental e o ensino médio, deu início ao curso de enfermagem. “É um desafio, mas estou no caminho”, diz ela, enchendo a quem a ouve de orgulho. Didi é inspiração. Didi está no centro do palco da sua própria vida. Pronta, mas ainda em processo constante de evolução. E quem cruzar com ela pelos corredores do estande de vendas, não se encabule, lhe dê um abraço.

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// Bem viver

RefĂşgio

antiestresse

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Nada melhor que, depois de um dia estressante no trabalho, voltar para casa. Mas, para que o lar seja uma fonte renovadora de energia, é necessário que o ambiente seja harmonioso e a decoração pode ser um grande aliado para tornar a sua casa acolhedora e relaxante. Confira as dicas da Estilo e faça do seu lar o lugar ideal para manter a mente, o corpo e alma em equilíbrio.

Um estudo realizado pela Associação Internacional do Controle de Estresse coloca o Brasil no segundo lugar no ranking mundial de estresse ocupacional. Perde apenas para o Japão. De acordo com a entidade, 9 entre 10 pessoas que estão no mercado de trabalho têm sintomas de ansiedade e 47% da população sofre de depressão. Embora alarmante, o resultado dessa pesquisa já é constatado rotineiramente em consultórios médicos, sendo o estresse a terceira causa de afastamento do trabalho. Se você se vê nessa estatística ou começa a perceber que as exigências e o ritmo de trabalho se acumulam e podem desencadear problemas de saúde, que vão desde um desânimo crônico até doenças graves, como hipertensão, é hora de colocar em prática algumas estratégias simples, porém eficazes, para ajudar a reduzir os níveis de estresse. Aliada aos conselhos básicos, e extremamente importantes, de especialistas da área de saúde - manter uma alimentação saudável, praticar exercícios físicos e de relaxamento, planejar atividades gratificantes fora do trabalho e dormir, pelo menos, oito horas por dia -, uma boa dica para manter a saúde física e mental é transformar a sua casa no espaço ideal para recarregar as energias depois de uma rotina diária de trabalho.

Uma casa organizada ajuda a recarregar as energias no final do dia. www.portofreire.com.br

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// Bem viver

ORGANIZAÇÃO A primeira providência, de acordo com a designer de interiores Clara Maria Alvoredo, é deixar a casa em ordem. “Manter a casa organizada não é somente uma questão de estética, mas uma forma de proporcionar uma sensação de conforto que contribuirá para reduzir o estresse. A organização eleva o bem-estar, enquanto um ambiente bagunçado deixar qualquer pessoa irritada. Por isso, a transformação do lar em um local de tranquilidade e relaxamento precisa contar com o apoio de todos os que convivem na casa para manter a ordem”, afirma a profissional. Móveis práticos e adequados ao tamanho de cada ambiente irão produzir uma decoração harmoniosa e trazer conforto. “Lugares apertados, com muitas peças ou móveis grandes podem gerar desconforto, principalmente para quem sofre de ansiedade. Já uma sala com poucos móveis e espaços vazios entre eles, vai proporcionar um ambiente arejado, que transmite paz e bem-estar. A mesa de centro, por exemplo, deve ser pequena para não atrapalhar o fluxo, e devemos usar o mínimo de objetos sobre ela”, aconselha. Priorizar móveis com gavetas, onde os objetos podem ser guardados, evita a poluição visual e o acúmulo de poeira. “Um lugar limpo e em ordem é essencial para gerar energias positivas”, insiste Maria Clara. Outro item importante é a iluminação. “Durante o dia, é imprescindível a entrada do sol. Além de iluminar naturalmente os ambientes, proporciona boas energias para a casa e os seus moradores. À noite, uma luz bem posicionada vai criar uma atmosfera confortável e convidativa”, ressalta.

AROMAS CURATIVOS Como a integração com a natureza é importante para reduzir o estresse, Maria Clara aconselha o cultivo de plantas em casa. “Além de adornar, as plantas oxigenam o ambiente, ajudando a purificar o ar e reduzir os níveis de ansiedade. Algumas têm propriedades que podem influenciar na qualidade do sono, como o jasmim. O aroma da flor tem propriedades relaxantes que reduzem os níveis de ansiedade, tranquilizam a mente e ajudam a dormir melhor”, diz. Já a Aloe Vera, além das inúmeras propriedades curativas, tem a capacidade de esfriar o ambiente. Em cidades quentes, como Fortaleza, a presença desta planta na sala, por exemplo, é muito bem-vinda porque gera uma sensação de frescor que acalma. Com seu aroma característico, a lavanda é recomendada para as pessoas que sofrem de ansiedade, já que produz calma, sossego. Outra planta que pode ser tão eficiente quanto o Valium é a gardênia, que ainda dá um toque de beleza à decoração. Se não for possível ter plantas em casa, aposte no uso de aromatizantes de ambientes que, além de deixar a casa com um cheiro agradável, proporcionará uma sensação de frescura e tranquilidade. Escolha essências relaxantes, como lavanda e hortelã.

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SEU QUARTO, SEU REFÚGIO Quem vive em casa de família grande, às vezes, tem dificuldade para conseguir aquele momento especial de relaxamento, por isso, é importante encontrar um cantinho para chamar de seu. Que pode ser o quarto. “O quarto é o local onde você irá estar com você mesmo, por a cabeça no travesseiro e tomar mais consciência dos seus sentimentos. É uma espécie de refúgio antiestresse. Mas, para ele cumprir esta missão, é preciso deixá-lo confortável e aconchegante”, garante Maria Clara. O primeiro investimento é na cama. Ela tem papel fundamental para proporcionar uma boa noite de sono. Por isso, compre um colchão de qualidade. O preço pode ser um pouco salgado, mas, a longo prazo, a sua saúde agradecerá. Aposte em cores suaves que favorecem a tranquilidade e o descanso. A decoração

em tom pastel, além de versátil e elegante, cria uma atmosfera mais relaxante. Por outro lado, evite o excesso de objetos de decoração e invista em móveis práticos, com gavetas e portas, para guardar itens do seu dia a dia. Deixar roupas espalhadas pelo quarto produz um ambiente conturbado que prejudica o esvaziamento da mente. E, finalmente, para ter uma boa noite de sono, resista à tentação de usar as redes sociais na hora de dormir ou ver Tv na cama – o ideal é deixar a televisão na sala. Apague ou guarde numa gaveta os aparelhos eletrônicos. Pesquisas demonstram que estes equipamentos, enquanto estão ligados na tomada, emitem ondas eletromagnéticas que podem perturbar a tranquilidade do seu sono, causando uma sensação de cansaço ao despertar e a repetição, noite após noite, pode afetar a produtividade no trabalho e gerar mais estresse.

As plantas purificam o ar e ajudam a reduzir os níveis de ansiedade

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// Giro


A suíça brasileira Com forte influência de imigrantes europeus, Gramado é um pedacinho do Velho Continente em terra brasilis. A arquitetura, a culinária, com destaque para os cafés coloniais e as casas de chocolates e fondues, belas paisagens naturais e o clima com estações bem definidas fazem da cidade um dos destinos turísticos mais concorridos do país. Percorra com a Estilo os caminhos de puro encantamento desta cidade que mais parece saída dos sonhos. Texto: Rozanne Quezado Fotos: Roberto Lefkovics e banco de imagens


// Giro

N

em só de litoral vive o turismo brasileiro. Um dos destinos mais procurados do país está a 830 metros do nível do mar, cercado de montanhas e bosques, com um clima que em nada lembra o calor das belas praias do Nordeste – mesmo no verão a temperatura média é de 22 graus e as noites são sempre frescas. Assim é Gramado, uma das mais charmosas cidades do Rio Grande do Sul. Localizada na Serra Gaúcha, na Região das Hortênsias, a cidade tem ares europeus. Ela nasceu sob a influência de imigrantes do Velho Continente, principalmente alemães e italianos. A arquitetura e a gastronomia, que remetem aos países de origem dos seus habitantes, o clima fresco e as ruas caprichosamente bem cuidadas, dão a sensação de se estar em outro país. Com estas características, a cidade ganhou o apelido de ‘Suíça brasileira’.

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A arquitetura com forte influência de países europeus.

Palácio que sedia o Festival Internacional de Cinema.

Estes atrativos, aliados a uma natureza exuberante, fizeram Gramado conquistar turistas e transformar esta atividade em sua principal receita. Para tanto, investiu em uma importante infraestrutura turística, com ampla rede de hotelaria, comércio e serviços de entretenimento. Além disso, promove durante o ano inteiro grandes eventos, com destaque para o Festival Internacional de Cinema, Festival de Publicidade, Chocofest, Festa da Colônia e Natal de Luz. Os visitantes têm a sua disposição desde hotéis luxuosos às românticas pousadas cercadas de verde. A culinária típica pode ser saboreada em restaurantes, galeterias, casas de fondues e cafés coloniais.


ENTRETENIMENTO São muitas as opções de entretenimento da cidade que atraem os mais diversos públicos. Começando por uma caminhada sem pressa pelo centro da cidade, apreciando as belas edificações em estilo europeu e as praças bem ornamentadas, visitando as lojinhas de souvenirs, cafés e casas de chocolate. Mais adiante, estão a Rua Coberta, cheia de restaurantes, a Igreja Matriz de São Pedro, com seu revestimento todo em pedra, a Fonte dos Desejos e o Palácio dos Festivais, onde acontece a concorrida entrega do Kikito dourado, o prêmio dos melhores do Festival de Cinema. Imperdível a visita à Igreja do Relógio, no alto do morro, que oferece uma linda vista da cidade. Com belas paisagens naturais, Gramado é um convite a um passeio ao ar livre. O Lago Negro, importante cartão-postal, com suas águas profundas de cor verde escuro, pode ser percorrido com os pedalinhos que se aluga no local, em formato de cisne ou caravela. No entorno do lago, trilhas recheadas de belas hortênsias, a flor mais popular da região. Outro passeio imperdível é caminhar pelo Le Jardin ou Parque das Lavandas. Inspirado nos jardins de lavanda europeus, o local tem ainda uma loja temática, estufas de produção de flores e um café, onde se pode saborear o famoso doce apfelstrudel, feito de massa fina e crocante, recheado com maçã, canela, passas e nozes.

O Lago Negro é um dos mais belos atrativos de Gramado.

Le Jardin, inspirado nos parques de lavanda europeus, e Igreja de São Pedro.

Saindo dos parques, é hora de entrar no mundo dos museus. São muitos com temáticas distintas, sendo o Dreamland um dos mais procurados. É que lá estão as réplicas feitas de cera de celebridades nacionais e internacionais. São mais de 50 personagens, em diferentes cenários. Os apaixonados por carros e motos não podem deixar de visitar o Harley Motor Show, um museu-bar, com legendárias motocicletas decorando o local, bem como o museu Hollywood Dream Cars e ver de perto algumas raridades dos anos 20 aos anos 60, como o Ford Victória 1956 conversível, único exemplar existente no país.

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// Giro

MINIATURA E A NEVE

A neve do Snowland e as belas miniaturas do Mini Mundo.

Um dos locais mais atrativos de Gramado, principalmente para quem viaja com crianças, é o Mini Mundo, um parque ao ar livre com a reprodução em miniatura de uma cidade, com castelos, palácios, estações de trens, casinhas e uma população formada por mais de dois mil bonequinhos. No local, estão réplicas de importantes monumentos, como o Castelo de Neuschwanstein, na Alemanha. Esquiar no Brasil é possível. Em Gramado está o Snowland, o primeiro parque de neve indoor da América Latina. O complexo tem 16 mil metros quadrados, com pistas de esqui, snowboard e patinação. O parque possui equipamentos que mantêm as temperaturas entre 3 e 5 graus negativos e produzem neve de verdade a partir da reprodução do microclima natural.

MAIS ATRAÇÕES

50 réplicas de cera de celebridades compõem o Dreamland.

Quem viaja com crianças encontrará muito o que visitar em Gramado. Diversão certa, o Terra Mágica Florybal é um parque temático repleto de atrações, como as réplicas de dinossauros, cinema 7D, simulador de montanha russa, minas e cascata de chocolates. Outro lugar que encanta a garotada - e também os adultos -, é o Mundo do Chocolate, com suas esculturas feitas de chocolate de animais e monumentos conhecidos mundialmente, como o Cristo Redentor e a Torre Eiffel – esta tem mais de quatro metros de altura e consumiu 880 quilos de chocolate. No local, os visitantes assistem à confecção dos chocolates e podem degustar os variados produtos ofertados.

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Esculturas da Torre Eiffel e da Esfinge feitas de chocolate.


Em Canela, a Catedral de Pedra é um dos grandes atrativos.

PELA SERRA GAÚCHA

Para quem dispõe de mais uns dias, vale visitar as atrações das cidades vizinhas, igualmente encantadoras, como Canela. Lá, além de passear pelo centro, visitando lojinhas artesanais e atrações como a magnífica Catedral de Pedra e o Mundo a Vapor – museu com histórias e réplicas de trens -, vale conhecer a famosa Cascata do Caracol, numa incrível viagem feita de bondinho, onde se pode apreciar as belas paisagens verdes da região. Outro passeio interessante é percorrer de trem Maria Fumaça a região da uva e do vinho, passando pelas cidades de Bento Gonçalves, Garibaldi e Carlos Barbosa. O tour inclui a visita a uma vinícola colonial para conhecer de perto todo o processo de fabricação de vinho e degustação das bebidas produzidas no local.

Bondinhos conduzem à Cascata do Caracol, numa viagem com belas paisagens.

Percorrer a região da uva e do vinho de trem Maria Fumaça.

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// À Mesa

Da literatura para a mesa Novo point da cidade, o Robbit, na Cidade dos Funcionários, pertinho do Parque del Sol, tem o mérito de sair um pouco da caixinha com um atendimento irreverente, informal. Todo inspirado em livros, séries e filmes medievais, o lugar encanta pelo charme e pela gastronomia.

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// À Mesa

N

a Idade Média, tavernas eram lugares onde plebeus se encontravam, onde soldados e viajantes podiam beber e comer como iguais, deixando do lado de fora as estratificações sociais que separavam grupos distintos. Hoje, pode-se dizer que as tavernas modernas também juntam pessoas, mas nem de longe estão alheias ao mundo exterior. Desta vez, positivamente. É o caso do Robbit - sim, escrito dessa forma -, novo endereço gastronômico da cidade. Inspirado na Nova Zelândia e livremente em obras como Hobbit, Senhor dos Anéis e a série Game of Thrones, o local é praticamente um cenário para quem, além de comer e conversar com os amigos, deseja ficar bem na foto nas redes sociais. Nos mínimos detalhes, tudo no interior do Robbit foi pensado para criar um efeito de encantamento aos visitantes. “Fomos garimpando tudo, desde as maçanetas em forma de dragão às armas medievais que colocamos nas paredes. E trabalhamos bastante o neon para dar um efeito moderno”, destaca o gerente Leonardo Collares sobre alguns objetos facilmente encontráveis em qualquer um dos três espaços de convivência da casa, que abriu em outubro de 2017. São dois ambientes internos e um externo, com capacidade total para 140 pessoas.

Robbit é inspirado em obras como Senhor dos Aneis.

A fachada é discreta, escura, com mesas que formam o primeiro ambiente da casa. Exceto por uma parede com luzes pensada para o Natal e que caiu no gosto dos frequentadores, não há nada que chame muito a atenção em um primeiro momento. É só quando se chega à porta principal que o clima medieval tem início. A elegante porta verde é um convite à surpresa, parece anunciar. Curiosamente, a palavra pizza, em neon, é repetida no canto superior nas duas partes da porta, indicando que a casa, apesar de medieval, tem pegada italiana. “É tudo uma brincadeira. A gente misturou referências, brincou com isso. Nós tentamos misturar esse ar medieval com um ar contemporâneo. O nosso atendimento é mais leve, todo mundo é bem jovem”, diz.

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Asas em neon dão clima ao espaço e convidam para a foto.

Elementos medievais integram a decoração da casa.


Estilo Viking impacta na entrada da Cabana.

SALÕES Antes mesmo de entrarmos no salão principal, o espaço Cabana parece atrair o nosso olhar. Predominantemente em madeira, é o resultado de pesquisa e toques de originalidade. Logo na entrada, um tapete sintético de pele de urso, também colocado propositalmente nos bancos em forma de troncos. Tudo meio viking. Cada uma das oito mesas desse local acolhe seis pessoas, sendo que duas de 15 a 20 pessoas. Um lugar ideal para confraternizações, em tons de verde e vermelho, e toque industrial nos lustres. Bandeiras de famílias da Nova Zelândia se misturam às armas medievais nas paredes. É um espaço mais intimista, mais escuro. A música alta traz privacidade às mesas. No salão principal, onde cabem 60 pessoas, as espadas e correntes também são o destaque. Todo em tons de amarelo, com detalhes verdes e vermelhos, o espaço tem uma iluminação baixa, gerando uma sensação de conforto. O chão é de cimento queimado e as mesas super modernas. Um grande sofá em couro, para mais de 25 pessoas está situado imediatamente ao lado direito, dando o tom de requinte que se vê também no restante de todo o espaço. Do lugar, dá para ver a cozinha. Os clientes, inclusive, são convidados a conhecê-la. Uma enorme parede em tijolos dá um toque especial. Já o teto é revestido com material de isolamento acústico. Próximos aos toilettes, asas em neon convidam os frequentadores a posarem para fotos e vídeos. Os banheiros, diga-se de passagem, são um show à parte. Espelhos enormes rodeados de luzes, como em um camarim, reforçam o conceito de super produção. Cartazes com referência à cultura de Nova Zelândia dominam um lado inteiro da parede. As pias em cimento trabalhado conferem ainda mais charme ao lugar.

Tons de amarelo, com detalhes verdes e vermelhos, no salão principal.

Armas, como a alabarda medieval, decoram os ambientes.

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As pizzas sĂŁo finas e crocantes.

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GASTRONOMIA De acordo com Leo, as massas são o ponto alto do cardápio, que também possui outros pratos. “A nossa pizza é bem fininha, é para comer com a mão, bem crocante. Iremos inaugurar em breve um setor na cozinha para fazer pizza napolitana, mais rústica, tradicional, com sabores bem diferentes dos que têm em Fortaleza”, informa.

O Trio de bruschetas é uma das entradas mais pedidas

Das nove pizzas tradicionais hoje no cardápio, a que a casa sugere é a de Pepperoni (R$ 44,00) que leva molho pesto feito no próprio Robbit e muito pepperoni. Das rústicas, a queridinha é a de salmão flambado com couve crock e cream cheese. Super bonita, vai com bastante salmão e uma porção generosa de couve frita em cima (R$ 55,00). Das seis entradas, a dica é o trio de bruschettas ou então a Trilogia Robbit, bem temperado mix de frutos do mar, com camarão, mexilhão e lula (R$ 35,00). Outra especialidade da casa são os sucos. Tanto os tradicionais de fruta quanto os mixes sem álcool. O de morango é o mais pedido (R$ 13,00). Um dos drinks que mais saem é o Gerald, feito com refrigerante São Geraldo. Na versão com álcool, ele leva Jack Daniels e um pouco de xarope de pêssego. Sensacional. Há ainda os chás industrializados e as cervejas. De sobremesa, aposte nas pizzas doces. A queridinha delas é a de tortinha de limão, que leva marshmallows e raspas de limão. A pequena sai por R$ 22,00 e a grande por R$ 35,00. É, basicamente, uma torta de limão em forma de pizza. Simples e diferente. O ticket médio no Robbit é em torno de R$ 50,00. A casa é aberta de terça a quinta das 18 às 23 horas, e de sexta a domingo das 18 horas à meia noite. Fica na Rua Walter de Castro, 374, Cidade dos Funcionários. Contato: (85) 3036. 5070.

Os nomes dos pratos remetem aos filmes medievais.

Drink com refrigerante São Geraldo com ou sem álcool.

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// Tijolo por tijolo

Porto Verde Respeitar o meio ambiente e buscar aplicar técnicas que possam gerar ações que causem menos interferência na natureza e nos elementos que a cercam é também uma necessidade da vida moderna. Ciente dessas questões e preocupada com a gestão da responsabilidade ambiental, bem como geração de economia para os seus clientes, a Porto Freire vem, há anos, adotando práticas que causem o menor i m p acto p o ssíve l no m eio a m b i e n te , e ag o ra p le ite ia a co n qu i sta d o S e lo Ve rd e .

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Villa Gaudí, exemplo de construção com sustentabilidade

O investimento em práticas sustentáveis é uma realidade cada vez mais presente nas corporações. Em busca de maior evolução no que tange a tais questões sustentáveis, a Porto Freire Engenharia tem intensificado ainda mais o apoio à sustentabilidade por meio das construções sob sua responsabilidade. Um exemplo é o empreendimento Villa Gaudí, que está sendo construído no Parque del Sol, em Fortaleza. Tudo para que o cliente possa viver bem e contar com espaços inteligentes e inspiradores, que proporcionem a vivência de momentos em ambiente especial, sustentável e em plena harmonia e equilíbrio com a natureza, sem esquecer da beleza e do conforto. Com alguns ajustes, aliados à prática de sustentabilidade já existente na política de gestão da empresa, o Villa Gaudí permitirá à Porto Freire a busca pelo Selo Verde, uma certificação ambiental concedida pela Prefeitura Municipal de Fortaleza a empreendimentos cujo objetivo seja a promoção de índices de sustentabilidade de construções e uma consequente melhoria na qualidade de vida urbana.


CERTIFICAÇÃO OURO De acordo com a Prefeitura, o Selo Verde é concedido em quatro níveis: bronze, prata, ouro e diamante. A avaliação é realizada segundo 45 critérios, sendo 12 obrigatórios e 33 opcionais, distribuídos em seis fatores: Cidade Sustentável, Hídrico, Ambiente Saudável, Energético, Materiais e Resíduos e Social. Entre os aspectos a serem analisados para a concessão da certificação, estão o acesso ao transporte público, gentilezas urbanas, iluminação natural e captação de águas pluviais. A Porto Freire será candidata à certificação da categoria Ouro com o empreendimento Villa Gaudí. “Agregamos as práticas que temos atualmente no nosso empreendimento para poder aderir ao selo da Prefeitura. A ação não nos gerou custo, apenas de adaptação de processos. Com isso, o maior beneficiário será o condômino, o morador, o nosso cliente, porque essas práticas aplicadas ao empreendimento vão fazer com que ele tenha redução de gastos de energia, água e taxa de condomínio”, explica Everton Jean, coordenador de projetos e incorporação da Porto Freire.

Everton Jean, coordenador de projetos e incorporação

Farney Garcia, coordenador de suprimentos da Porto Freire.

PRÁTICAS APLICADAS Entre as práticas sustentáveis que já vinham sendo aplicadas pela Porto Freire, estão a compra de metais e louças com reutilização de água, incentivo à economia de água, racionamento das bacias sanitárias com duplo acionamento e aplicação de luminárias de led, que são as aconselhadas pelo fator energético, pois consomem menos energia e têm mais durabilidade. “Dentro da questão social e ambiental, adotamos a praça do Parque del Sol, cuidamos e revitalizamos o local, de modo que as pessoas possam usar este espaço com segurança e conforto. Além disso, buscamos trazer as pessoas do entorno para o empreendimento, agregar de alguma maneira e reduzir o impacto que causou aquele empreendimento na redondeza. Sem contar a questão da conectividade, que está dentro do fator social. Nós disponilizamos rede wi-fi de forma gratuita”, explica o coordenador de suprimentos da Porto Freire, Farney Garcia.

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Com o Villa Gaudí, a Porto Freire pleiteia o Selo Verde

CUMPRINDO OS REQUISITOS Em relação aos critérios para a obtenção do selo, o projeto da Porto Freire contemplará todos, inclusive alguns que não são obrigatórios. No que diz respeito ao fator Cidade Sustentável, o empreendimento contará com ações voltadas para os recursos hídricos, sobretudo a capacitação de recursos naturais que possam ser reaproveitados, além da disponibilização do acesso a transporte público e gentileza urbana, por meio da implantação da “calçada para todos”, ou seja, calçada acessível para todas as pessoas. Além do investimento em conectividade por meio de rede wi-fi. No tocante ao ‘Ambiente Saudável’, o projeto criará espaços com iluminação natural, além da ventilação natural, que não é obrigatório, mas está contemplada no mesmo. Já no item Energético, o Villa Gaudí oferece luminárias de led como incentivo à iluminação eficiente, para atender a um dos requisitos obrigatórios. Os opcionais também estão contemplados no projeto como a iluminação automática, elevadores eficientes, que não geram perda de energia, e sistema de aquecimento de água a gás.

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Sobre outro item dos seis fatores, o Hídrico, a ideia é construir um poço na obra, de modo que a água seja reutilizada. “No Villa Gaudí, o poço é profundo e devidamente homologado para que futuramente os moradores possam reutilizar a água pelo condomínio, situação possível porque o lençol freático retém a água da chuva. A reutilização de água ajudará na redução do consumo de água do condomínio”, ressalta Farney Garcia. O quinto ponto, Materiais e Resíduos, contempla dois critérios obrigatórios: armazenamento seletivo e os resíduos da construção civil. “São pontos, de fato, obrigatórios, mas que nós já fazemos. Temos rigoroso acompanhamento e controle dos resíduos sólidos e da coleta seletiva, e estamos tentando fazer uma parceria com catadores cadastrados pela Prefeitura para que eles possam pegar esses resíduos e destinar para o local correto”, diz Everton Jean.


A praça do Parque del Sol foi adotada e revitalizada pelo Porto Freire

Porto Freire investe em práticas de sustentabilidade.

“No que diz respeito ao Villa Gaudí, vamos controlar a geração de resíduos sólidos da construção por metro quadrado e por centímentro. Será feito um acompanhamento, de modo que já elaboramos um indicador para cada metro quadrado de área construída, uma altura em centímetros de resíduos. Atualmente, estamos com uma meta de nove centímetros por metro quadrado de área construída de resíduo gerado. Teremos esse acompanhamento e indicador, mas a tendência é baixar nos proximos empreendimentos para 8 ou 8,5 centímetros”, explica Farney Garcia. Ainda sobre os materiais e resíduos, o empreendimento, além de contar com a uti-

lização de material regional, terá todo o equipamento proveniente de reflorestamento, com aquisição de madeira com esse selo. O projeto prevê ainda a disponibilização de um local destinado para coleta seletiva, onde os próprios condôminos farão a organização seletiva dos resíduos, e isso também pode agregar valor financeiro para eles ou abatimento na conta de energia. Sobre o sexto e último fator, o Social, a Porto Freire está investindo na intensificação de treinamento dos seus colaboradores para conscientizá-los a respeito da importância do empreendimento sustentável, para que estes sejam, efetivamente, disseminadores dessa prática.

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// Estilo Indica

NOS BASTIDORES DA CANÇÃO O que inspira um compositor na hora da criação de uma música? A curiosidade, comum aos apaixonados pelo universo das canções, pode ser satisfeita na instigante coleção literária “Então, foi assim? Os bastidores da criação musical brasileira”, do pesquisador e radialista Ruy Godinho. Desde o primeiro volume, apresentado em 2008, até o quarto, lançado recentemente, a coletânea revela a biografia de canções de sucesso, além de segredos da MPB.

Ruy Godinho lançou a coletânea da MPB


OS SEGREDOS DAS CANÇÕES Alguns trechos do livro sobre o momento de criação, as emoções e situações em que as músicas surgiram, contadas pelos próprios autores: Vapor Barato (Jards Macalé e Waly Salomão) “O Waly foi preso em São Paulo com uma bagana dentro do bolso. A gente vivia como hippies, com aquela vestimenta meio pobre, meio estilosa. Quando saiu da prisão, foi morar em Niterói porque estava paranoico com as grandes cidades. E um dia chegou lá em casa com essa letra. O vapor barato tinha dois sentidos: o vapor do navio e o vapor que é o cara que vende drogas. Porque o vapor do navio era barato mesmo, era baratíssimo. E o barato porque se dizia que (a droga) dava barato, que estava no barato, a onda que dava. Então, tinha esses dois sentidos”, afirma Jards Macalé. O que motivou o cantor Milton Nascimento a compor, em parceria com Ronaldo Bastos, a belíssima música Cais, interpretada por ele e divas da MPB, como Elis Regina e Nana Caymmi? Neste trabalho, Milton criou a melodia e pediu ao amigo Ronaldo para fazer a letra. “Como estávamos iniciando a parceria, acho que ele queria me testar, saber se eu poderia dar conta do recado. Então, tive que inventar – daí o ‘invento o cais’ – e pensei na Nana Caymmi por quem era absolutamente maluco – tão louco que até hoje a peço em casamento e lhe envio flores todos os dias. Fiz a música para ela. Acho que virei compositor fazendo Cais”, declarou o letrista Ronaldo Bastos no programa “Então, foi assim?”, produzido e apresentado pelo pesquisador, radialista e escritor, Ruy Godinho. A revelação dos bastidores da criação de músicas que passearam pelo programa ao longo dos anos, rendeu mais que declarações primorosas sobre as particularidades do processo criativo de autores e compositores de canções que marcaram época. Juntando esse vasto material, surgiu a ideia de criar um livro sobre o tema. Em 2008, nasceu o primeiro “Então, foi assim? Os bastidores da criação musical brasileira”. Nele, está a história da origem de 80 sucessos da MPB. Dois anos depois, chega o segundo volume com 62 histórias inéditas sobre a gênese das composições, o processo criativo e as curiosidades do cancioneiro popular. A leitura se repete no terceiro volume, em 2013, com a eleição de outras 44 músicas. Agora, lançado no final do ano passado, o quarto volume reúne 40 histórias de músicas de compositores como Lenine, Carlos Lira, Milton Nascimento, Lô Borges e Jards Macalé.

TOADA (Zé Renato, Cláudio Nucci e Juca Filho) “O mais marcante no processo criativo dessa música é que ela começou para ser minha e do Zé Renato com outra segunda. Aí o Claudio Nucci fez uma segunda nova quando a gente perdeu a fita com a segunda original. E eu fiz a letra e estourou”, admite Juca Filho. “E o detalhe e o maior segredo – que eu até já contei para a pessoa – é que, na verdade, a musa inspiradora não era morena. Quase todas as mulheres da minha vida são morenas. Porque eu gosto de morenas. Por acaso essa era uma loura (risos).” PARA LENNON E MC CARTNEY (Lô Borges, Márcio Borges e Fernando Brant) “Eu estava tocando piano, como sempre. Eu era um cara que não largava o instrumento. Ou estava no piano ou com o violão. E nesse belo dia teve essa comemoração lá em casa, aquelas farras de músicos, aqueles encontros de amigos. Então, no meio daquela festa, eu estava tocando piano. A festa acontecendo e ninguém prestava a atenção no que eu estava tocando. Uma hora, o Marcinho e o Fernando Brant entraram na saleta em que eu estava tocando e eu falei: ‘Pessoal, eu estou fazendo uma música aqui. Querem escutar? Eu acho que a música está pronta. Quem sabe vocês não fazem uma letra pra ela? No momento, a namorada do Fernando Brant, [Leise], estava fazendo uma macarronada. Enquanto ela fazia a macarronada, os dois se trancaram no quarto e fizeram a letra da música. A letra foi feita super-rápido também. Eles estavam mais interessados em comer a macarronada”, resume Lô Borges.

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//Estilo Indica

SAIBA MAIS Tudo começou em 1997, quando, ao lado de Adriane Lorenzo, Ruy Godinho produzia o programa “Estação Brasil” para a Rádio Cultura. Para a produção do quadro “A Origem da Música”, eles faziam pesquisas sobre o tema e convidavam os compositores para contar sobre o momento de criação de suas canções. Criou-se, então, um grande acervo e Ruy Godinho teve a ideia de transformar esse valioso material em livro. O projeto foi desenvolvido pela ONG AbraVideo. Durante o lançamento do IV volume, Ruy Godinho teceu considerações sobre os livros: “o projeto todo, desde o primeiro volume, é sobre a biografia das canções, como foi que elas surgiram. No segundo volume, acrescentei os processos criativos e a relação de parcerias - me inspirei nas histórias como ‘passei quatro meses para escrever uma letra’ ou ‘eu escrevi em 20 minutos e nunca pesquisei sobre esse assunto, foi quase que uma psicografia’. No terceiro volume, acrescentei qual a relação da criação musical com o divino, porque os compositores, inclusive Luís Vieira, falam que ‘em coisas de Deus não se deve bulir’. Senti que muitos compositores se referiam à composição musical como um dom de Deus. No quarto volume, agora, trago a pergunta de qual seu diferencial, porque você sabe que é só uma projeção nesse mercado musical brasileiro, no qual o cara tem que ter um diferencial forte”. O “Então, foi assim” volume 4 está sendo comercializado por R$ 50,00 para um exemplar e preços promocionais de R$ 40,00 (cada) para aquisição de 3 exemplares e R$ 35,00 (cada) para a aquisição de 5 exemplares. Os demais volumes podem ser comprados pelo site: http://www.entaofoiassim.com.br/

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ALGUMAS DAS CANÇÕES COMENTADAS NO VOL. 4: Espanhola - Flávio Venturini e Guarabyra Porto Solidão - Zeca Bahia e Ginco Frisson - Tunai e Sergio natureza Toada - Zé Renato, Cláudio Nucci e Juca Filho Coração de estudante - Wagner Tiso e Milton Nascimento Paciência - Lenine e Dudu Falcão Para Lennon e Mc Cartney - Lô Borges, Márcio Borges e Fernando Brant Tropicana - Vicente Barreto e Alceu Valença Cais - Milton Nascimento e Ronaldo Bastos Jura secreta- Sueli Costa e Abel Silva Brincar de viver - Jon Lucien e Guilherme Arantes Vapor Barato - Jards Macalé e Waly Salomão Certas Canções - Tunai e Milton Nascimento Essa mulher - Joyce e Ana Terra Clube da Esquina Nº 2 - Lô Borges, Milton Nascimento e Márcio Borges Zanzibar - Armandinho e Fausto Nilo O trem azul - Lô Borges e Ronaldo Bastos

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