POPmagazine - abril/maio2010

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Chegamos... E para celebrar as vitórias que todos nós conseguimos diariamente, a POPmagazine tráz em sua capa o grande (e merecedor) vencedor da 10ª edição do reality show Big Brother Brasil, Marcelo Dourado. Além dele, entrevistamos também a roqueira Syang. As já conhecidas colunas estão recheadas de textos interessantes, divertidos e de dicas bacanérrimas. E a partir desta edição mais duas colunas farão parte de nossa revista, sejam bem-vindos Thaís e Edson. Além de mais dois repórteres, bemvindos também Luciana e Douglas. A edição que vem trará outras gratas surpresas, tenho certeza que vocês vão aprovar. Mas enquanto isso, leiam cada página, informem-se, divirtam-se e se gostarem de verdade contem aos amigos e pessoas queridas, se não gostarem contatem aos inimigos e pessoas detestáveis, o que vale mesmo é vocês nos ajudarem a divulgar a revista. Rá! Sucesso, sempre! E não esqueçam de conferir nossos contatos na pág 58 e nos digam o que acharam desta edição. Beijos, Andréa Alves


Por Nágila Câmara

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O irresistível sabor do chocolate Como o chocolate surgiu e se espalhou pelo mundo, sua relação com a saúde e algumas curiosidades Em todas as formas, em várias cores e sabores, acrescido de frutas, especiarias ou qualquer outro tipo de ingrediente, associado à gastronomia, à indústria de cosméticos ou à indústria de bebidas, ou simplesmente na sua comum aparição, o chocolate encanta e conquista paladares de pessoas do mundo inteiro. Sua história permeia entre mitos e lendas de civilizações antigas, como os Astecas e os Maias, aumentando ainda mais os seus mistérios.

Um pouco de história Diz a lenda, que o deus asteca Quetzalcoatl foi aos campos luminosos do Reino dos Filhos do Sol e furtou as sementes da árvore sagrada, com o intuito de dar aos mortais algo que lhes proporcionasse alegria e prazer. Assim,

o cacaueiro teria surgido na região em que se situavam os Astecas, no México. Lendas à parte, os primeiros relatos sobre o cacau foram feitos por descobridores que seguiram Cristóvão Colombo, em sua quarta expedição pelas Américas. No entanto, segundo alguns estudos, os Maias já consumiam a bebida de chocolate desde 600 anos antes de Cristo, na América Central. Anos mais tarde, com a chegada dos espanhóis para conquistar o México, o cacaueiro e a bebida dele extraída seriam “descobertos” e levados para a Europa, onde conseguiria, aos poucos e combinado especialmente com açúcar, agradar aos europeus. Essas civilizações antigas usavam as sementes do cacau como moeda, trocando-as por diversas coisas. Além disso, a bebida amarga originada do fruto era muito estimada, sendo servida em ocasiões especiais (cerimônias sagradas) e podendo ser tomada apenas em taças de ouro. O rei Montezuma (Asteca) não se servia mais que uma vez na mesma taça, um dos fatos que impressionou o comandante espanhol Hernán Cortés e acentuou sua vontade de introduzir o cacau no velho continente.

De alimento dos deuses a alimento popular O sabor do chocolate espalhou-se pela Europa, tornandose conhecido, principalmente, pela nobreza europeia, que o tinha como símbolo de status e até mesmo como artigo de moda.

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misfério Norte, presenteando com ovos de pata e de galinha pintados em várias cores. Esse ritual pagão celebrava a volta à vida e coincidia com a data da Páscoa cristã, marcada pela ressurreição de Cristo. Com o costume difundido pelo mundo e o desenvolvimento da indústria de chocolates, os ingleses começaram a produzir os ovos de chocolate. Com o tempo, o ovo de chocolate tornouse símbolo da Páscoa e passou a fazer parte da cultura popular, influenciada, acima de tudo, pelo capitalismo e o consumismo exacerbado, o que proporciona, a cada ano, um aumento na produção de qualquer tipo de chocolate nessa época. Embora, ele seja opção de presente

Chocolate faz bem

Com a aparição das primeiras fábricas de chocolate, na Suíça, foi inventado o chocolate em tabletes ou em barra. Logo depois, por consequência dos avanços no processo de fermentação do leite, surgiu a ideia de acrescentálo à pasta de cacau, produzindo, deste modo, o famoso chocolate ao leite. A plantação de cacau, a indústria do chocolate e seus consumidores cresceram cada vez mais, disseminando esse gostinho inconfundível pelo mundo inteiro. E, a infusão do ovo de chocolate na Páscoa cristã, também contribuiu e continua contribuindo para esse processo. O costume começou com os chineses, que comemoravam a chegada da primavera no He-

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Por conter vitaminas A, B, C, D e E, e sais minerais, como o ferro e o fósforo, o chocolate acaba sendo um alimento nutritivo, além de apresentar um alto teor de antioxidantes denominados flavonóides, que, segundo alguns estudos, podem combater os radicais livres, retardando o envelhecimento, e reduzir os riscos de doenças cardiovasculares, diminuindo os níveis de LDL (o mau colesterol) no sangue . O chocolate possui também, substâncias que estimulam a produção de serotonina, um neurotransmissor que auxilia no combate à ansiedade e à depressão, o que provoca uma sensação de prazer e bem-estar. E, por esse motivo, ele é considerado afrodisíaco. Importante: é no chocolate amargo que essas substâncias apresentam números representativos e, por consequência, podem ajudar a saúde.


Mas também faz mal O consumo de chocolate deve ser moderado, pois ele é altamente calórico, devido ao açúcar adicionado na sua produção. E o chocolate ao leite e o branco possuem as gorduras saturadas advindas do leite, o que também é prejudicial à saúde. Existem pessoas sensíveis ao chocolate, podendo apresentar enxaquecas, irritação na pele, no estômago e no intestino. Além de uma possível diarreia, causada pelo consumo excessivo. Ele pode, ainda, causar dependência. A teobromina, a cafeína e a feniletiamina são as três substâncias que podem provocá-la. O dependente, geralmente pessoas ansiosas e angustiadas, precisa consumir chocolate para se sentir bem ou, quando fica muito tempo sem comê-lo, demonstra sintomas depressivos.

É de chocolate J Existem várias maneiras de apreciar esse produto advindo do cacau. Para aqueles mais exóticos, besouro com cobertura de chocolate, um dos pratos apresentados no festival de

comida selvagem deste ano, na Nova Zelândia, pode ser uma delas.

J 26 de março é o Dia Nacional do Cacau e do Chocolate. A data foi criada como forma de incentivo aos produtores brasileiros de cacau.

J Estudos comprovam que o chocolate amargo quando consumido sem mastigar, apenas derretido com a saliva da boca, causa um estado de excitação maior do que o de um beijo apaixonado sem abraço. Para alguns, o melhor é unir o sabor do chocolate ao beijo.

J A escola de samba Rosas de Ouro, campeã do Carnaval paulista deste ano, entrou na avenida com o samba-enredo “O cacau chegou”. Ao longo de suas alas e alegorias, a escola contava e valorizava a história do cacau e do chocolate. Lançando aroma de chocolate, distribuindo bombons e com a bateria vestida de Willy Wonca, personagem de “A Fantástica Fábrica de Chocolates”, a Rosas conquistou o público presente no sambódromo.

J Um carro de Fórmula 3 adaptado por cientistas da Universidade de Warwick, na Grã-Bretanha, é movido por restos de chocolate, cenoura, amido de batata e fibra de linho. O modelo faz

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mundo, que atualmente é do Brasil. Com 3,82 metros de altura e pesando três toneladas, o bichinho foi construído em apenas três dias pelo escultor Harry Johnson, conhecido como o escultor mais rápido do mundo, na África do Sul. Depois da exposição, o coelho é quebrado e os pedaços são doados para 250 crianças carentes.

J O tipo de solo, a umidade, o calor e a variedade do grão interferem no aroma, na textura e no sabor do cacau, alterando, assim, o chocolate produzido. A fama dos chocolates europeus, como belgas e suíços, deriva dos grãos utilizados, como também da tecnologia empregada e, principalmente, da tradição desses países em fazer bons chocolates.

J O Brasil já foi o maior produtor de cacau do

0 a 100 quilômetros por hora em 2,5 segundos e atinge a velocidade máxima de 217 quilômetros por hora.

mundo, atualmente, no estado da Bahia é onde se encontram as maiores plantações do fruto. Por causa do ataque de uma praga, chamada vassoura-de-bruxa, a produção diminuiu significativamente. O cacau, por ser plantado à sombra da floresta, é o responsável pela preservação de parte da Mata Atlântica existente nessa região.

J Aqueles que apreciam tanto cerveja quanto J A cidade de Gramado, no Rio Grande do Sul, chocolate, podem consumir as duas coisas de uma só vez. Basta tomar uma cerveja de chocolate.

J São várias as opções entre shampoo, condicionador, creme para cabelo, creme para a pele, batom e outros cosméticos, a base de chocolate, principalmente com a função de hidratar. Embora, muitas pessoas busquem esses produtos, apenas, para exalar chocolate.

J Um coelhinho de Páscoa gigante tenta bater o recorde de maior escultura de chocolate do

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concretiza a transformação do cacau em chocolate. São várias fábricas de chocolate caseiro que proporcionam visitas em seu interior, além dos mais diversos sabores agregados a esse alimento. Em março, ocorre o Festival do Chocolate (Chocofest), regado, é claro, com bastante chocolate.

J Para os amantes da sétima arte, alguns filmes com muito chocolate, por exemplo: “A Fantástica Fábrica de Chocolates” e “Chocolate” – podem ser interessantes. “A Fantástica Fábrica de Chocolates” possui duas versões, a pri-


meira foi produzida em 1971 e a segunda em 2005. Ambas contam basicamente a mesma história - Willy Wonca, sua mágica e misteriosa fábrica de chocolates e cinco crianças sorteadas para conhecer esse fantástico universo, dentre elas, o menino Charlie, que terá uma agradável surpresa no final. O filme “Chocolate”, lançado em 2000, retrata a história de uma nômade que se muda com sua filha de seis anos para um vilarejo na França. Ela abre uma chocolataria no local e, aos poucos, utiliza o alimento para combater o conservadorismo extremista da maioria dos habitantes da cidade.

Os culpados Alimento dos deuses, sim, de todos eles. Ou seria alimento do diabo? É impossível resistir a essa tentação, cujo nome é provocante por si só. Chocolate, ah, o chocolate! Aquele que derrete na boca, altera nossos sentidos, provoca paixões, explosões num pequeno toque entre lábios, língua e dentes... basta apenas uma mordida, uma única mordida e nós não somos mais os mesmos. Que delícia de momento! Seria necessário eternizá-lo e,

ainda assim, não seria nada fácil explicar toda a sua complexidade, toda a sua intensidade, sua voracidade. Tudo o que ele exprime é reservado a uma só pessoa, conceito totalmente particular e temporário. Ele é assim, um misto de sensações que despertam a vontade de descobrir os seus mistérios, uma Alice perdida no país das maravilhas, curiosa, quer provar, experimentar, conhecer toda essa magia. Não é somente paladar, vai além, é olfativo, tátil, é visual. Encanta até mesmo na sua forma mais simples, e tanta simplicidade não lhe cabe. Ele é excepcionalmente saboroso, inigualável em qualquer de suas variedades. E quando vier o sentimento de culpa, fique tranquilo, não há culpa, somos todos inocentes. O verdadeiro culpado é ele! Tão contraditório, nos proporciona prazeres incomparáveis e, logo depois, nos assola com esse julgamento e a consequente punição de nós mesmos. Não somos exagerados, o exagerado é ele! Exagerado em tudo, em tudo o que queremos, em tudo o que nos acalma, em tudo o que nos faz sentir bem e em tudo o que nos faz sentir mal. Mas se engordarmos, não vai ser culpa dele. De tão culpado, ele é inocente!

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E-mail pra quê? E-mail – Eletronic mail... o que em bom português significa correio eletrônico... e em melhor português ainda... é uma carta que você pode mandar pela internet... Isso... chegamos na definição que eu queria.. c-a-r-t-a... Quem de nós nunca enviou uma carta? Quem nunca recebeu uma? Quem não sabe como fazê-lo? Em um passado nem tão distante... era uma alegria quando recebíamos uma carta... principalmente se ela estava sendo aguardada... e muito mais ainda se ela era de uma pessoa querida que havia se lembrado de nós... Mas hoje... infelizmente... como tem ocorrido com todos os novos meios de comunicação que a internet nos proporciona... e graças a inclusão digital... as pessoas perderam totalmente a noção do que seria enviar uma carta... mesmo ela sendo eletrônica... Para! Pensa! Visualiza! Você resolve fazer uma promessa para o seu santo de devoção... e promete a ele que para que seu pedido seja realizado... vai começar uma corrente... você terá que passar essa oração para 300 pessoas... e... consequentemente... elas terão que passar para mais 300 cada uma... então você... com toda a fé e desespero que tomou conta do seu ser... copia por 300 vezes essa oração... passa na papelaria compra 300 envelopes... vai aos correios compra 300 selos... e envia cada uma dessas 300 cartinhas super abençoadas... para 300 “mui amigos” seus... com um delicado aviso no rodapé... que se seu amigo não reenviar... como explicado... ele morrerá em 24 horas... 10

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Ou então... você escuta uma piada que achou engraçada... e quer que todas as pessoas que fazem parte de sua vida.. também compartilhem desse momento de gargalhadas... você então copia umas 2 mil vezes essa piadinha legal... claro que rindo muito cada vez que chega ao final... depois você repete todo o processo citado anteriormente... papelaria... correios... etc... e bingo... seus amigos poderão rir muito com você... Oh! Economiza, né não?! Quem em sã consciência se prestaria a um papel desses? Mas eis que com toda essa modernidade... o email facilitou muito essas e outras situações... e pior... as pessoas realmente abusam... Você que faz isso... se liga... ninguém gosta de correntes... e piada por email não tem graça alguma... para de perturbar seus amigos com essas besteiras... ou logo você será marcado como lixo eletrônico... Outra coisa absurda... são as pessoas que mandam e-mails para outro milhão de pessoas... deixam todos os endereços em aberto... para que geral possa descobrir todos os emails que mandou... helloooooo... o item cópia oculta serve para isso... não é bacana ficar espalhando o endereço de email de seus amigos... ele é uma coisa pessoal... tanto quanto o número de telefone... Essas foram algumas das coisas insuportáveis... que pessoas realmente no sense fazem todos os dias... se você tem um amigo assim... indique essa coluna... se você é assim... fica a dica...


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Pit B

a pior raça

A ignorância huma esta raça à castração, decret

Por Andréa Alves


Bull,

do mundo?

ana pode condenar tando assim seu extermĂ­nio



Assim fez-se o Pit Bull Pit Bull é usado para denominar a raça American Pit Bull Terrier, mas, às vezes, também usam para se referirem a outras raças como American Staffordshire Terrier e o Staffordshire Bull Terrier, além de cães pertencentes ao cruzamento dessas raças. O surgimento dessa raça é datado no século XIX, na Inglaterra. Alguns criadores queriam um cão para rinhas, então cruzaram bulldogs e terries, assim surgiram os primeiros antecessores do Pit Bull que conhecemos hoje. Esses cruzamentos ficaram conhecidos como Half and Half, Pit Dogs ou Bull and Terriers, eram cães de pequeno porte, dotados de extrema força física e agilidade.

Quem são eles? O American Pit Bull Terrier é excelente cão de guarda, dócil e fiel. Algumas pessoas mal desinformadas acreditam que esses cães sejam extremamente agressivos e perigosos, mas isso não é uma verdade.

Ataques x Treinamento Ouve-se muitos relatos sobre ataques de Pit Bull, isso é um fato. Mas isso ocorre com que frequência? Poodles, dálmatas, vira-latas e todas as outras raças de cães mordem milhares de pessoas todos os dias e nem por isso viram notícia. Tudo bem que o ataque de um Pit Bull, é um senhor ataque, já que a maioria dos cães não possuem metade da força dessa raça, mas até então acusá-los de serem uns monstros, sedentos por sangue e pouco confiáveis, é algo muito grave. Outra coisa também, que as pessoas não levam em conta, lembram daquela frase: o cão é a cara do dono. Então, isso é o que acontece. O Pit Bull, assim como qualquer outra raça, adquire traços psicológicos dos seus donos. Cães são como crianças, devem ser educados e, no caso dos cães, devem ser treinados. Ninguém nasce sabendo, ninguém nasce ruim, muito menos os animais, que são seres muito mais puros e inocentes do que qualquer ser humano.

Muitas são as características de um Pit Bull, mas algumas das características que se destacam, contrariam aos que são contra a raça. São elas: Resistência Auto-confiança Agrada o seu dono Excelente cão de companhia Extremamente amoroso com crianças POP magazine

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Um cão atleta Hoje, existem inúmeros campeonatos direcionados aos American Pit Bull Terrie. Eles conseguiram status de atleta, com treinamento intenso, alimentação balanceada e cuidados específicos. Muitos criadores treinam seus cães para serem competidores vorazes. Estes, por sua vez, enchem os donos de orgulho e lhes rendem troféus, prêmios em dinheiro e fama entre o seleto grupo. Diferente dos concursos de beleza canina, que são muito mais antigos, os campeonatos requerem muito treino e sincronia entre o dono e o cão. São testados a força, a obediência e a inteligência do cão.

É muito claro que muitos dos ataques que acontecem são de animais que foram mal treinados, ou pior ainda, foram treinados para atacarem e ferirem as pessoas. Só que isso não é culpa do pobre cão, a culpa toda deve recair em cima do dono, que, sem dúvidas, é o verdadeiro responsável pelas atitudes do bichinho. Outro grande erro: pessoas que não tem condições, até mesmo financeira, teimarem em criar Pit Bull. Eles devem ser tratados com muito carinho, com ração de qualidade e o mais importante, deve ter muito espaço para correrem e brincarem, gastando assim, a energia que eles têm de sobra. Além disso, a casa deve ser cercada por muros altos e portões fechados, evitando que ocorra algum acidente. Donos dóceis, cães dóceis. Donos agressivos, cães agressivos. Pense nisso! 16

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Os esforços levam o animal a exaustão, mas claro que isso não é nenhuma tortura, pois eles têm o condicionamento físico adequado e desde filhote são treinados para exercerem essas tarefas com tranquilidade e precisão. Assim como atletas humanos, esses atletas caninos desenvolvem uma musculatura rígida e toda a força nata é usada com destreza. Muitos ainda, depois de sagrarem-se campeões no Brasil, vão para competições internacionais e viram garotos propaganda de seus patrocinadores.


Fato importante Segundo a ATTS - American Temperament Test Society - instituição que estuda o comportamento de várias raças de cães em diversas situações e com diferentes pessoas, o American Pit Bull Terrier está entre as raças de cães menos indicadas a atacarem pessoas e foi considerado um dos mais dóceis, obteve um dos maiores índices de aprovação, superando cães da raça Cokies, Collies e Dálmatas.

Vamos brincar? Além do comportamento dócil, os Pit Bulls possuem um temperamento extremamente brincalhão.

outros animais, com outros cães e até com gatos, raramente haverá algum problema. Claro que ele não gostará de ser deixado de lado, como nenhum outro animal, como nenhuma outra pessoa, desde que a atenção seja dividida de forma igual, ele não se sentirá rejeitado.

Castração e extermínio Castração. Essa é a “solução” encontrada para que cessem os ataques de Pit Bulls à pessoas inocentes. Mas por que ao invés de castrarem os cães e provocarem o extermínio, não instituem uma fiscalização que trace um perfil de quem são os criadores? Eles não têm culpa de possuírem donos irresponsáveis. Castrá-los seria o mesmo que provocar um genocídio canino.

Para diverti-los ou divertir-se na companhia deles não é preciso muito coisa, uma bolinha, um pneu ou um pega-pega já anima horas de brincadeira. E quando crescem, ao contrário do que muitos podem pensar, eles continuam brincalhões, sendo eternas “crianças”.

O verbo é: dividir Sim, eles são ciumentos, não gostam muito de dividir o que é deles, inclusive o seu dono, mas isso não é irreversível. Se desde filhote o Pit Bull for acostumado a conviver com outras pessoas, com POP magazine

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O criador de American Pit Bull Terrier tem que possuir um amor maior, pois o Pit Bull não é apenas um cão, ele é muito mais do que isso, ele é um Pit Bull e isso vai muito além da compreensão comum. Até hoje, é difícil dizer porquê eles são tão discriminados e porquê as pessoas têm tanto ódio dessa raça, a única coisa que explicaria essas atitudes é realmente a ignorância humana, causada pela falta de conhecimento de como são dóceis e fiéis, verdadeiros amigos. A real diferença entre um Pit Bull e um cão de menor porte é o tamanho, sim, o tamanho das patas, do corpo e principalmente o tamanho dos dentes.

Como identificá-los O Pit Bull possui algumas características que ajudam na sua identificação: o pescoço grosso e curto, mandíbulas desenvolvidas e uma mordida forte. A altura pode variar de 35 a 50cm e o peso entre 30 e 50kg. Os focinhos são o grande diferencial da raça. São três as colorações existentes: Red Nose – mais populares, Black Nose – os tradicionais e Blue Nose – que são mais raros. A pelagem e a cor dos olhos podem variar, não há uma cor específica.

Ame-os ou não os crie Enfim, criar um cão da raça Pit Bull não é uma tarefa fácil e consequentemente não é uma tarefa para qualquer pessoa. 18

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O pré-conceito e o preconceito são os maiores inimigos do Pit Bull. As pessoas falam sem conhecerem, acidentes já aconteceram sim, como acontecem diversos tipos de acidentes de diversas naturezas, mas não são intencionais, por isso, chamam-se acidentes. Os criadores dessa raça têm sim que tomarem certos cuidados, isso é óbvio, o Pit Bull é um cão dócil, isso é fato, mas ele foi criado para ser um cão de caça, de rinhas e de guarda, isso também é fato, então não devem facilitar. E então, Pit Bull é a pior raça do mundo?


Tatuagens As tatuagens hoje, não são apenas uma forma de arte da elite ou associadas a depravações sociais. Pessoas de todas as idades e de todas as esferas sócio-intelectuais estão encontrando seu próprio significado especial em tatuagens. Por vezes associadas apenas com gangues, as tatuagens hoje, são feitas entre amigos que compartilham laços comuns e por indivíduos expressando sua própria singularidade ou crenças em ideias ou ideais. A forma de expressar a sua individualidade perante o caos comportamental faz com que a tatuagem seja cada vez mais procurada por diferentes membros da sociedade. As formas, o contexto, a história por trás de cada desenho esculpido originalmente, identifica de uma maneira objetiva ou subjetiva a pessoa, antes perdida no oceano social comportamental e lhe dá a diferença que o torna alguém único e especial. Os desenhos também são muito mais abrangentes e com significados intrínsecos em sua magnitude. De dragões que simbolizam a força e proteção daqueles que os pintam em seus corpos, de declarações a filhas e filhos, ou amores que nunca deixarão de ser, até mesmo a simbolismos específicos de tempos passados e já esquecidos. O importante não é somente ter a tatuagem, mas sim ter um significado especial para aqueles que as exibem. Uma história única, algo que torne um indivíduo diferente de todos mais. A história da tatuagem é antiga, seu conceito existe ao longo dos séculos, começando no Antigo Egito por volta de 2000 AC. Múmias foram descobertas com a evidência de tatuagens em seus corpos, principalmente do sexo feminino com padrões específicos em seus corpos correspondendo aos gravado a sua designação pessoal deste período. Algumas destas figuras têm sido associadas com a deusa Hathor. Uma das múmias mais famosas tatuada é a de Amunet, uma sacerdotisa da deusa Hathor. A arte da tatuagem no Egito foi desenvolvida a partir dos nubianos (povo que vivia ao norte do Sudão e ao sul do Egito há mais de 5.000 anos antes de Cristo). A maioria destas tatuagens foram feitas no início em mulheres para práticas ritualísticas. Além do Egito, a arte da tatuagem foi muito popular no Japão dentre outras culturas asiáticas. Durante a Jomon, Yayoi e períodos Kofun as tatuagens floresceram. Durante todo o período Yayoi (300 AC - 300 DC) os homens no Japão e na China decoravam os seus rostos e corpos para afastar as serpentes e forças do mal. As variações de tamanho das tatuagens diferenciavam a posição social do indivíduo.

Em outras partes do mundo a tatuagem era reservada à cultura elitista. As pessoas muitas vezes ficam espantadas ao saber que a realeza, como o Rei George V, Grão Duque Alexis da Rússia e o Rei Harold usavam tatuagens. Ao mesmo tempo, a tatuagem era uma forma de arte caríssima, fora do alcance do povo comum. Os tatuadores eram reverenciados como artistas da elite. Em 1700, em Londres, um tatuado polinésio chamado Omai causou uma grande sensação: algumas pessoas da burguesia encomendaram pequenas tatuagens discretas depois de verem seu corpo artística e totalmente tatuado. A popularidade da tatuagem continuou com os militares durante a II Guerra Mundial. Marinheiros e soldados mostravam a sua lealdade ao seu país e a suas esposas com a arte corporal. Eles mostravam nomes de suas unidades, navios e divisões com orgulho. As lojas de Tattoos estavam localizadas em cais e perto de bases militares onde por este motivo a tatuagem ganhou força. Outra transformação na história da tatuagem acompanha diretamente o movimento hippie. Durante este período, as pessoas tatuavam os sinais de paz, ying yangs e outros símbolos conhecidos desta época. A tatuagem hoje é com certeza a forma mais sincera de expressar aquilo que sentimos em nossa alma e queremos exteriorizar. Talvez seja pela correria do dia a dia que pessoas conversam menos, socializam-se pouco, esquecem que são humanos com sentimentos para compartilhar, para viver e serem notados, para sentirem-se amados. Tatuar os nossos sentimentos em nossos corpos seria a maneira que achamos para gritar alto e claro, para todos ao nosso redor, que ainda estamos aqui, que estamos vivos, que nossa alma ainda nos pertence e que nada nem ninguém poderá tomar isso de nós. Em um país tropical como o Brasil isto toma uma importância ainda maior principalmente nos meses de verão nos quais é possível exibir ainda mais estas artes em nossos corpos. Pessoalmente, minhas tatuagens (hoje são três, um dragão, os nomes de minhas filhas e uma convicção pessoal e religiosa (Nunca Falha!) dedicada a Deus) refletem uma extensão de minha crença e meus sentimentos da alma para aqueles a quem dou a oportunidade de compartilhá-las.

Um beijo a todos,

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Por Aline Cunha

“ Conheci o AC/DC, e minha vida mudou de vez, decidi que seria guitarrista, e foi meu grito de liberdade!�


Verdadeira, romântica e sonhadora. Essas são características que marcam a intimidade dessa grande mulher: profissional, mãe, batalhadora, de personalidade forte e polêmica. Simone Dreyer Péres nasceu no dia 7 de novembro de 1970, em Brasília – DF. Sempre teve a tal “veia artística”, como diriam os mais velhos. Aos oito anos, com aulas de piano, teve seu primeiro contato com as notas musicais. Aos 11, ganhou um violão, e não teve mais dúvidas de que a música seria sua companheira por toda a vida. Escolheu a guitarra como seu instrumento depois de ouvir uma das obras da banda AC/ DC, sua primeira influência musical. A jovem não perdeu tempo. Fugindo do estereótipo de garota adolescente desenhado pela grande maioria, aos 13 anos já apavorava o bairro, tocando em sua garagem com a banda Autópsia, formada apenas por meninas. Apaixonada por rock, Syang define esse estilo como uma forma de liberdade, preservando a verdade de cada um, indo contra todas as regras impostas pelo mercado de personalidades que a sociedade fornece. E foi com essa visão que a guitarrista continuou seu caminho com a música.

pelo avô, também escritor, e nunca se afastou dessa atividade. De redações da escola passou para composições musicais, e mais tarde para suas próprias obras. Detonando todos os tabus, Syang sempre soube e gostou de falar de sexo. Enquanto pessoas conservadoras e tradicionais achavam que falar sobre sua intimidade era algo embaraçoso, chato e particular demais, a cantora provava por A + B que esta opinião já não tinha motivos para continuar sendo unânime. Um assunto tão envolvente, gostoso e saudável, não deve ficar apenas entre quatro paredes, e foi assim que Syang lançou em 2002 o “No Cio”, seu primeiro livro de contos eróticos, falando sobre experiências suas e de seus amigos. Foi também nesse mesmo ano, na Casa dos Artistas, que o público da TV aberta teve a oportunidade de conhecer o trabalho da guitarrista. Através de sua franqueza, naturalidade, ideais e opiniões, Syang conquistou de vez seu espaço na memória do telespectador brasileiro, ficando evidente o fato de que é impossível recordar deste reality show sem relembrar sua participação.

Syang integrou bandas como Detrito Federal, P.U.S., e também o grupo Deffala. Seguiu carreira solo, fazendo sua música como forma de expressão. Em nenhum momento se deixou levar pelo mercado, fazendo música para vender, mas sim para se satisfazer. Seu caso com a escrita também não surgiu do nada. Syang, desde criança, era incentivada

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A saída da casa foi inevitavelmente impactante. “Me senti uma girafa no meio de São Paulo! No Brasil inteiro, nas ruas, todos me olhavam, chamavam meu nome. Foi uma loucura! Trabalhei e viajei muito. Foi muito legal.” – conta Syang sobre seu período pós-casa. A experiência foi marcante na vida da guitarrista, que mesmo se incomodando em tomar banho diante das câmeras, a considera única, um sonho que se realizou. Em 2008, grávida de Manuela, Syang decidiu compartilhar as experiências íntimas dessa fase tão especial com seus leitores, escrevendo o livro “Sexualidade na Gravidez – Relatos de uma mãe de primeira viagem”. A obra foi realizada pensando nos casais que passam ou pretendem passar por essa experiência, desmistificando contos como os de que sexo na gestação pode prejudicar o bebê, gestantes são seres intocáveis, entre outros. Também pautou a baixa na auto estima das grávidas, no ápice de sua libido, e de que maneira o relacionamento a dois pode modificar esse quadro. Em seu livro, há também depoimento de outras mães, compartilhando suas experi-

ências. É um guia para o casal grávido. Apaixonada por jiu jitsu e apreciadora de comida vegetariana, Syang atualmente compõe a banca de jurados do quadro Jovens Talentos, do programa Raul Gil, que vai ao ar todos os sábados a tarde, na rede Record de Televisão. Conheça um pouco mais sobre essa personalidade forte e envolvente:

O que incentivou você a seguir carreira com a música? Meus sonhos. Desde os meus doze anos de idade eu já sabia o que queria fazer da minha vida. Tinha meus sonhos e ideais, e sempre fui atrás deles. Qual foi o seu primeiro contato com o rock e como explica a paixão por esse estilo musical? Eu ganhei um disco dos Stones duplo e um do The Clash, e me apaixonei pelo estilo. Me passava uma sensação de liberdade, de ir contra todas as regras impostas pela sociedade. Depois conheci o AC/DC, e minha vida mudou de vez. Decidi que seria guitarrista, e foi meu grito de liberdade!

Grandes bandas de rock nacional, como Capital Inicial e Legião Urbana, saíram de Brasília, e há grande movimentação do gênero no Distrito Federal. Em seu ponto de vista, havia algum motivo especial no clima da capital do país que somava para a formação de bandas de rock? Existia sim. O tédio de não ter o que fazer, a própria arquitetura nos influenciava, e então formávamos bandas de rock. Era uma fase maravilhosa. Existiam prédios em Brasília onde ensaiavam bandas em todos os andares, era show! Como optou pelos contos eróticos? Houve algum autor do gênero que contribuiu para o seu estilo? Não. Foi a partir de minha própria vida. Sempre gostei de falar e escrever sobre o assunto. O que busca um leitor de contos eróticos? Quais são os pontos fundamentais para julgar as qualidades de uma obra? O leitor gosta de ficar preso à obra. A leitura erótica precisa deixar o leitor ansioso, excitado, louco por mais. Como foi a sensação de dividir sua intimidade na gravidez com os leitores?


Foi uma coisa muito nova e deliciosa de viver. Eu escrevi e achei legal dividir com outras pessoas, principalmente os casais grávidos. Como você descreve o confinamento dentro da Casa dos Artistas? Uma experiência única, maravilhosa. Mas hoje muito distante, como um sonho antigo. Passou por sua cabeça, em algum momento, desistir da disputa? Nunca! Não desisto de disputas, nem de sonhos! Como funciona o lance de ter um grande número de fãs em um país que não é o seu? É emocionante saber que pessoas de outros países curtem e conhecem seu trabalho. Me sinto lisonjeada. Observando suas composições, notas-se que o romance está presente em várias delas. Em que você busca inspiração para compor? Na minha vida. Sou uma pessoa extremamente romântica e emotiva. Participar de um evento como o Rock n’ Rio, certamente é uma experiência incrível. É possível descrevê-la? Um sonho realizado

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ANTT: uma forรงa no rodeio Charme, beleza e a garra da mulher nas arenas de todo o Brasil Por Luciana Omena


Formada para unir as atletas, valorizar a modalidade e buscar melhores condições junto às organizações das provas e rodeios, a Associação Nacional dos Três Tambores foi fundada no dia 03 de outubro de 2003 por um grupo de competidoras da modalidade. Havia uma grande necessidade de união entre as atletas e uma grande vontade de criar uma associação representativa dentro do rodeio, que profissionalizasse e organizasse a modalidade. As associadas da ANTT são, em sua grande maioria, estudantes, universitárias, empresárias e profissionais liberais. Os principais objetivos da ANTT são: Promover e defender os interesses de seus associados; Viabilizar economicamente a modalidade; Divulgar o esporte e a modalidade em nível nacional e internacional; Realizar campeonatos nacionais nas principais arenas de rodeio do país; Buscar parcerias nas formas de patrocínio junto às empresas ou órgãos relacionados ao meio. Desde 2004, ano em que a ANTT finalizou seu primeiro campeonato, já foram distribuídos cerca de R$ 500 mil em premiações. Como diferencial, o CNTT é dirigido pelas próprias competidoras e suas provas fazem parte da programação dos melhores rodeios do país, tendo passado por 20 cidades diferentes desde a primeira temporada. E os números crescem a cada ano. Além da premiação, o número de afiliadas é outro destaque. Só em 2008, o 5° Campeonato distribuiu aproximadamente R$ 150 mil. Em 2009, esse valor também ultrapassou R$ 100 mil. Importante ressaltar que a diretoria da ANTT trabalha intensamente para promover o que há de melhor para a modalidade e também para as associadas. Pensando nisso, mesmo antes do campeonato acabar, já está dedicando atenção a captação de patrocínio para o CNTT 2010. As negociações estão à todo vapor. Outro ponto que tem sido motivo de bastante atenção é a venda de espaços no site oficial da entidade. Ou seja, a busca por incentivo em forma de patrocínio nunca cessa.

Nova diretoria da ANTT já assumiu os trabalhos Ano novo, diretoria nova! Um novo ciclo começa para Associação Nacional de Três Tambores. A nova diretoria irá manter o que já está bom e buscará melhorar ainda mais todos os pontos necessários para continuar fazendo da ANTT a maior associação da modalidade dentro dos rodeios. 26

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Ao longo dos anos a ANTT conquistou um espaço importante e se firmou por conta do seu trabalho sério. Reorganizou a modalidade Três Tambores e sua participação nos rodeios, trazendo melhorias em todos os sentidos, sempre visando o bem-estar das competidoras. O campeonato da ANTT é muito forte, as meninas realmente buscam o título de campeã nacional, deixando cada prova com uma disputa muito acirrada, não tendo favoritas. A nova diretoria trabalha com todas as suas forças para fechar novos patrocínios e montar o calendário oficial. As etapas já confirmadas são São José do Rio Pardo, de 16 a 18 de abril; e Guaíra, de 14 a 16 de maio.

Diretoria ANTT para o biênio 2010-2012: Presidente: Silvana Bertato Vice-Presidentes: Graziella Agnes, Fernanda Jurca, Flávia Cajé E Paula Camargo Conselho Consultivo: Isabel Dias, Fernanda Cavalheiro E Ana Luiza Lobo Conselho Fiscal: Flávia Guerra, Lygia Cardoso E Natane Morandin Suplente: Aline Lima Imprensa: Luciana Omena

Final confirmada em Barretos A grande notícia no início da temporada é que a final em Barretos está confirmada. De 19 a 22 de agosto, a final do 7° CNTT acontecerá mais uma vez na arena da maior festa do peão de América Latina. Definida com a diretoria dos Independentes em fevereiro, a etapa começa a ser planejada pela ANTT para que tudo ocorra como em todos os anos: organização impecável, alta premiação e a coroação de um trabalho feito com carinho e dedicação. E as meninas que acompanham o campeonato estão na expectativa para conquistar umas das dez vagas da final. A temporada já realizou três etapas: Paulínia, Cerquilho e Colorado (PR), batendo recordes de participações. Para o CNTT 2010, duas mudanças importantes aconteceram para atrair mais competidoras e melhor ainda mais as condições das atletas: Premiação garantida de R$ 17 mil por etapa e diminuição dos valores das inscrições. POP magazine

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Três Tambores As competidoras correm contra o cronômetro, seguindo um percurso que consiste em três tambores dispostos triangularmente, com distância mínima de quatro metros um do outro. Inicia-se a contagem do tempo quando o focinho do cavalo cruza a linha de partida, passando pela fotocélula. É possível escolher o lado para começar o percurso, tanto direito como esquerdo do primeiro tambor. Usualmente, a corrida começa pelo tambor do lado esquerdo. Autorizado à largada pelo juiz, o conjunto (cavalo e amazona) parte em direção ao primeiro tambor, contornando-o numa volta de 360º, segue em direção ao segundo tambor, contorna-o pela direita na mesma manobra, indo para o terceiro tambor, onde mais uma vez repete a volta de 360º à direita, para disparar, em seguida, rumo à linha de chegada. O derrube de cada tambor penaliza a competidora em cinco segundos acrescidos ao tempo final. Uma curiosidade: é uma modalidade que também foi inspirada na lida das fazendas. As esposas ficavam no pasto para acompanhar seus maridos enquanto eles tratavam dos bezerros, tentavam laçá-los ou faziam o manejo. Para passar o tempo, montadas, começaram a traçar esse percurso, que aperfeiçoado, virou esporte.

Informações Adicionais - Atual campeã nacional da ANTT: Fatiana Ferreira, que conquistou o título na arena de Barretos, em 2009, no dia 23 de agosto. - Em 2010, já ganharam etapas Santa Sales (Paulínia), Gabriela Ferro (Cerquilho) e Fatiana Ferreira (Colorado). 28

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Da palavra se faz vida No início era o verbo. Da ação do verbo se fez o substantivo. Daí, como ele estava de mal do verbo, fez-se o adjetivo. De brigas em brigas foram aparecendo outras palavras. Pouco científico? Sim, totalmente. No entanto, pulando a questão verídica do nascimento da palavra, as palavras se fizeram. Hoje, vivemos rodeados delas. Para todos os lados em que olhamos, topamos com uma quantidade bastante grande de letras, umas na frente das outras, para nos chamar a atenção de algo ou de alguma coisa. Sem elas vivemos o básico de nossas vidas. Se as negamos, somos somente uma parte insignificante das coisas que existem na Terra. Acho que é por isso que o governo se esforça tanto para democratizá-las. Pretende-se que todos tenham acesso ao universo maravilhoso do léxico (Epa! Palavrinha nova essa!). Não se espantem. As palavras, na verdade, se chamam léxico. Mas, independentemente do nome, temos de voltar ao nosso raciocínio primário. E qual era mesmo? Esboçava, um pouquinho acima, a questão da educação e de sua democratização por meio da palavra. Ainda que por caminhos turvos, tentativas são tomadas para que o povo tenha o direito ao aprendizado de decifrar para onde vai ônibus, qual o preço do pão francês, qual a rua mais próxima para encontrar o hospital... Só não podemos nos esquecer de que essa mesma gente precisa muito mais do 30

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que isso. É parece que o brasileiro insiste em querer não se lembrar de que existem pessoas que querem muito mais do que simplesmente comer. Necessitam de se fortalecer para poder reivindicar direitos que são negados, direitos que só parecem existir para os que detêm um arcabouço de palavras para poder exigir que não querem que façam a eles o que eles não fariam aos outros. Dessa maneira, poderemos dizer que se colabora de forma eficaz no processo de engrandecimento de uma nação. Se bem aplicadas, se bem aceitas e se bem entendidas, as palavras podem mudar rumos, podem levantar bandeiras, podem curar todos os tipos de mediocridades que teimam em reinar em terras de surdos e mudos (e também de inteligentes e insensatos). Assim sendo, vamos lutar pelo dicionário que nos ensina, pelo léxico que nos liberta e pelos livros que nos fazem pensar além de uma cortina de pano profundamente grosso. As amarras ao progresso não podem ser representadas pelas palavras. Quero crer que esse momento já passou em nossas vidas. Aqueles, então, que podem abrir olhos em terras de cegos, que o façam agora! Esse é o momento e sempre o será. Desistir na primeira tentativa é assinar um compromisso com o atraso da humanidade.


No tempo certo “As coisas no momento certo”. Decidi começar minha primeira coluna na POPmagazine com uma frase que a Andréa Alves me disse. Sou Thais Fartes e fui convidada por ela para fazer parte da revista escrevendo essa coluna. Desde então, fiquei pensando – inutilmente – sobre o que escrever. Comentei com ela e o que ela me disse foi exatamente isso: “As coisas no momento certo.” Não sei se tudo na vida tem um porquê, uma razão lógica, um motivo exato. Na realidade, normalmente não tem. Mas é certo que tudo tem seu tempo. Esquecendo-se disso, às vezes as pessoas – eu, você e todo o resto – decidem decidir pelo tempo. E fazem do “pra sempre” uma regra e do “nunca mais”, uma punição. Eu costumo dizer que “pra sempre” e “nunca mais” é tempo demais. E nós simplesmente não temos todo esse tempo. O tempo é um carrasco implacável. Ele não sabe quando parar. E se você tentar lutar contra ele, provavelmente perderá. Isso porque se não perder, terá desistido antes. Há quem tente fugir do que existe. Há quem faça de tudo para criar o que ainda não existe. Correm do tempo. Correm contra o tempo. Correm atrás do tempo. Mas as coisas acontecem – ou deixam de acontecer – e pronto. E não estou falando de predestinação e sim de que cada semente tem seu próprio tempo de germinar. Tempo... sempre o tempo.

Pode parecer, com isso, que eu não acredite em algo duradouro ou no eterno. Sim, eu acredito. Mas uma vez Marina Colasanti escreveu em “Amor Responsável”, uma crônica que vale a pena ler, o seguinte: “O amor, aquele amor maior que faz do casal uma unidade, é fruto da dedicação e do cuidado com que o construímos, em suas várias etapas. Um longo trabalho de aprimoramento e entrega, que começa no conhecimento e que, se bem conduzido, nunca acaba. [...] Não há como garantir a duração de um amor. É certo que não basta a entrega. Responsabilizar-se por ele, devotar-lhe luta e atenção pode não eternizá-lo, mas nos dá a certeza de uma qualidade melhor e mais sólida de amor, a única capaz de realmente configurar um casal.” E é nisso que eu acredito. Acredito no eterno, mas que nós mesmos fazemos por onde. Acredito num amor ad eternum, numa amizade ad infinitum. Mesmo porque, no que eu faço, eu preciso acreditar no infinito e na imensidão. São alicerces do meu mundo. Como me disse um professor uma vez: “O Universo é um vai-e-volta, um eterno recomeçar. E o infinito é um lugar de encontro”. Eu acredito em tudo isso. Só não acredito no “pra sempre” a qualquer custo, no “nunca mais” insensato e orgulhoso. Mesmo porque, afinal, tudo a seu tempo e as coisas no momento certo.

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Fora dos gramados Dizem por aí, que de médico e louco todos temos um pouco. O que provavelmente é verdade. E se tratando de brasileiros, vai ainda além, acrescentando a essas duas “qualidades”, outras duas importantíssimas em nosso país: técnico de futebol e comentarista esportivo, ou melhor, futebolístico. A maioria dos brasileiros, apaixonados por futebol, julga-se apto e no direito de tecer comentários dos mais variados tipos em relação ao assunto. O problema é que, muitas vezes, esses comentários são maldosos e ofensivos. Verdadeiros precursores da rivalidade entre torcidas, não aquela rivalidade sadia, até gostosa de se sentir, que nos proporciona alegrias ou tristezas nos grandes clássicos, que nos faz vibrar quando ganhamos a partida ou esperar ansiosamente pela revanche quando perdemos, infelizmente, não é essa a rivalidade, é aquela rivalidade agressiva, que provoca brigas nos estádios, mortes, que incita a dor. O mundo das chuteiras fica cada vez mais perigoso. Em alguns casos, a bola não é mais redonda, ela fica quadrada, difícil de ser controlada. Até os craques do time, os mais habilidosos e experientes, não conseguem controlar. O Fenômeno Ronaldo, um dia desses, nos provou isso, fazendo um gesto nada amigável a um grupo de torcedores que o agrediu verbalmente. Paciência tem limites, minha gente! Cobranças apenas dentro do gramado, lá fora é a vida pessoal do jogador, e ninguém gosta de misturar as dificuldades do trabalho com o lado íntimo. Fora de campo, a exposição de opiniões é extremamente importante, as divergências tornam o esporte mais interessante. Devemos, no entanto, respeitar essas opiniões, mesmo não concordando com elas, desde que discutam, de fato, futebol, e não sejam subjetivas demais, a ponto de enaltecer apenas o time de coração, esquecendo das virtudes e do reconhecimento que os outros times possuem e merecem. Afinal, não estamos brincando de “Siga o Mestre” e nem queremos ser o anão zangado da história.

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A crise nossa de cada dia Uma pesquisa realizada pelas universidades britânicas University of Warwick e Cardiff University revelou um dado curioso: ganhar dinheiro não te deixa feliz; o que te deixa feliz é saber que você ganha mais que seus amigos e vizinhos! Confesso que fiquei chocado com o resultado desta pesquisa, que traz à tona o lado mais egoísta e mais “nem sei o quê” do ser humano. Se o resultado da pesquisa é crível, não sei; embora a vivência com algumas pessoas me faça ter quase certeza, sem nem precisar de pesquisa. Passada a sensação de viver num mundo em que “se correr o bicho pega, se ficar o bicho come”, comecei a refletir sobre a pesquisa sob um novo aspecto: a felicidade plena realmente existe? Calma, querido leitor. Não quero enveredar por um papo longo e filosófico como está parecendo. Quero falar sobre um outro aspecto, tão humano quanto ser egoísta a ponto de querer ser a pessoa mais rica de toda a galáxia. Quero falar de crise. Não de crises econômicas, que ocorrem de tempos em tempos. Me refiro às nossas crises pessoais, quase que diárias, que definitivamente nos impedem de ser plenamente felizes. Pense bem. Se ficamos em crise só pelo fato de não sermos a pessoa mais rica da galáxia, imagine só como ficamos com os “enormes” problemas cotidianos? Eu, por exemplo, ando em crise. Embora tenha um bom emprego, com um salário razoável (não o suficiente pra me tornar o mais rico da galáxia), encontrei um fato que me impede de estar plenamente feliz (ufa!!!). Estou trabalhando demais, vivendo de menos, me cansando demais, bebendo de menos, pensando demais, dançando de menos... Vale a pena? Como eu, tenho certeza que você também está em crise. Se ganha demais, trabalha o suficiente, é quase fato que está se questionando se faz o que gosta. Se além de trabalhar o sufi-

ciente, ganhar demais, você ainda faz o que gosta, provavelmente está pensando que lhe falta um amor... E por aí vai... Nada basta pra nós, insaciáveis seres humanos. Parece que gostamos de viver com uma pontinha de tristeza, mágoa, raiva ou qualquer outro sentimento que polua nossa alma. Afinal, não parece meio patológico que o momento de “ser feliz” possa ser desfeito rapidamente com um congestionamento gigante e se transforme em uma das piores coisas da sua vida? Posso arriscar um palpite: somos seres frágeis, completamente atingíveis pelo meio; mas pensando assim, posso ser muito óbvio e chegar facilmente à conclusão que não temos condições de sermos felizes plenamente. Não é tão simples assim. Vivemos em sociedade, trabalhamos, lidamos com stresse diário, cuidamos de nossas famílias, ajudamos nossos amigos, viajamos, fazemos compras, aguentamos fofocas, fazemos fofocas (não negue, você também faz). Será então que somos tão frágeis assim ou realmente temos uma tendência a estar constantemente em crise? Sim, porque nossas crises invariavelmente se dissipam com o ar, não fazendo sentido de existirem. Aquele comentário daquela tia chata, que pergunta pra mocinha solteira de 42 anos se ela está namorando, geralmente não faz mais sentido quando a donzela encontra tardiamente seu amor verdadeiro. Quando queremos que o tempo passe rápido pra que uma data específica chegue, e que ao chegar, descobrimos que queríamos voltar no tempo. Então por que temos a mania de deixar de viver o hoje e apreciar o que temos nas mãos para viver de possibilidades? Pergunta que precisaria de mais um monte de colunas na POP para ser respondida. Mas aqui vai uma dica: viva em crise, como estamos condicionados, mas só se isso te fizer verdadeiramente feliz (mesmo não sendo o mais rico da galáxia).

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Por Douglas Scarnovacca _____________________________________________________________________________________________

A verdadeira história do Muay Thai A arte marcial que atravessou milênios para encantar homens e mulheres em todo mundo O Muay Thai é uma arte marcial desenvolvida na Tailândia há mais de 2.000 anos, também é conhecida como boxe Tailandês e é o principal esporte deste país. O esporte surgiu da necessidade do povo tailandês em se defender de opressores e de animais no começo da civilização humana. Decido a essa característica, acabou ficando conhecido como luta da liberdade em todo o país. Somente na década de 30 o esporte ficou com as características que hoje são conhecidas, quando foi criado o regulamento oficial e as regas para a sua prática. O uso de luvas passou a ser obrigatório e o ringue de ser aberto e foram usadas cordas em suas laterais.

Os golpes No Muay Thai, os golpes são violentos e explosivos, com o objetivo de derrubar o quanto antes o seu adversário. Nesta luta se pode utilizar tanto os braços quantos as pernas para atingir o oponente. Mas o que verdadeiramente chama a atenção do público são os golpes com a canela, joelho e cotovelos. Além disso técnicas de arremesso e de agarrar são utilizadas. Os nomes dos golpes são: socos (mhad), chutes (dteh), cotovelada (sok), joelhda )kao), agarrar (plam) e defesas (pongkan). Por ser uma luta muito «explosiva», ela proporciona um ótimo condicionamento físico para os seus praticantes.

Graduação A graduação internacional do Muay Thai possui 16 niveis diferentes, a «faixa» branca até a dourada, utilizada somente pelos grão-mestres do estilo. A confederação brasileira de Muay Thai utiliza apenas 11 níveis de graduação. 38

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de crina de cavalo enroladas nas mãos. Alguns antigos treinadores falam que em algumas lutas antigas, os lutadores faziam uso de cola e vidro moído nas ataduras. Mas, isso não é totalmente confirmado pela maioria dos historiadores (o fato ficou mundialmente conhecido com o filme de Jean-Claude Van Damme “Desafio Final”). As lutas não eram divididas por pesos e também não existiam intervalos durante as lutas, os lutadores lutavam até que um dos lutadores fosse nocauteado, sofresse uma grave lesão ou até à morte de um deles. Em Bangkok existem dois grandes estádios aonde pode-se ver lutas de Muay Thai, eles são o Lumpini e o Rajadamnerm, Cada um deles tem lutas em dias diferentes. Alguns dias por semana, principalmente aos domingos, também passam lutas de Muay Thai pela televisão.

Branca ,branca ponta vermelha, vermelha, vermelha ponta azul clara, azul clara, azul clara ponta azul escura, azul escura (instrutor), azul escura ponta preta (instrutor master), preta (professor), preta e branca (mestre), preta branca e vermelha (grão mestre).

Curiosidades No início, o Muay Thai era muito parecido com o Kung Fu Chinês. Um fato normal levando-se em conta à origem do povo Tailandês. O antigo Muay Thai utilizava-se de golpes com as palmas das mãos, ataques com as pontas dos dedos, imobilizações e mãos em garras para segurar o oponente. Com o tempo, ele foi modificando-se e transformou-se no estilo de luta que é hoje.

Na Holanda precisamente em Amsterdã existem muitas academias de Muay Thai, Onde muitas delas participam do evento K-1, na qual a Holanda é a grande campeã dos titulos deste evento, que hoje é o evento que mais paga no mundo. Na relação de países onde o Muay Thai é mais desenvolvido a classificação é mais ou menos à seguinte: Thailandia, Holanda, Austrália, Inglaterra, França, Japão, Coréia, Estados Unidos, Brasil, etc. Hoje em dia é muito comum encontrar em diversas academias do Brasil essa modalidade para se praticar, devido ao condicionamento físico as mulheres estão cada vez mais adeptas a essa arte marcial que vem conquistando e caindo no gosto do brasileiro. Com a ascensão de nomes importantes no cenário do Muay Thai no conhecidíssimo UFC tais como: Wanderley Silva, Anderson Silva por exemplo o esporte vem realmente ganhando muito espaço e praticantes por todo o país.

Até 1920 os lutadores não usavam luvas e nem qualquer outro tipo de proteção. Eles simplesmente usavam tiras de algodão, tiras de cânhamo ou POP magazine

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Articulações: Desenvolve a flexibilidade das estruturas responsáveis pelo movimento. Ossos: Amplia a capacidade de fixação de cálcio, proporcionando maior densidade óssea. Sangue: Beneficia a capacidade de recepção de oxigênio. Diminui a concentração de colesterol ruim e eleva a de colesterol bom. Hormônios: Aumenta a concentração de hormônios sexuais como a testosterona e a progesterona e diminui o nível de hormônio do estresse, o cortisol. Circulação: Dilata a rede de vaso sanguíneos, o que faz cair a pressão sanguínea.

Saudações utilizadas A Confederação Brasileira de Muay Thai e todos os praticantes no Brasil utilizam o sistema tailandês de saudação, ao entrar e sair do local sagrado de treino, assim como, ao ver o treinador e colegas de treino, o aluno saúda a todos com a expressão Muay Thai Thai ou Ossi, que significa todo o respeito ao próximo, ao local de treino, alunos, atletas, Instrutores, Professores, Mestres e Grão Mestres.

Benefícios do Muay Thai para o corpo Cérebro: Eleva a oxigenação do sangue pelo cérebro, melhorando o desempenho das funções cerebrais. Pele: Favorece o irrigamento sanguíneo e previne o envelhecimento precoce. O suor elimina toxinas. Pulmão: Aumenta o volume de absorção de oxigênio. Sedentários tem capacidade pulmonar de 3 litros os atletas, de 6 litros. Coração: Melhora o poder de bombeamento do sangue. O volume do coração poderá crescer em até 50%. Músculos: Retarda a degradação da musculatura, comum a partir dos 30 anos. Diminui a concentração de gordura. 40

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Vocabulário MONGKON É uma corda trançada em forma de coroa com uma ponta que é usada e colocada na cabeça dos lutadores, na qual pertence ao seu treinador. É retirado pelo treinador antes de se iniciar o combate e simboliza toda a energia, gratidão e dedicação daquela escola com o passar dos anos, ou seja, o Mongkon é o símbolo material da perseverança e honra de seus ancestrais. RAM MUAY É uma dança E o ri timo musical tocado, um ritual que antecede um combate. O Muay Thai segue a doutrina budista em suas saudações e costumes. Seu ritmo lento cujos movimentos servem de concentra-


ção para ambos os lutadores, sendo acompanhado por uma musica típica tailandesa após o WAI KRU (a baixo verá significado), o boxeador ajoelhase com a face voltada em direção à sua escola, cobre os olhos com as luvas e recita curtas orações (cada escola tem sua forma de apresentação, executando movimentos diferentes). KRUANG ou PRAJIED É uma corda trançada que é usada em um ou nos dois braços (bíceps) do boxeador. Na qual tem a finalidade de mostrar o nível de graduação do boxeador. Segundo os tailandeses, após benzê-lo e fazer alguns banhos com ervas sagradas, tem a finalidade de proteger o lutador. Na Tailândia o Prajied é usado como proteção e também como graduação no Brasil. WAI KRU Significa respeito ao professor (Whai Significa respeito e Kru Significa Professor), é um ritual característico do Muay thai, que resume claramente a essência espiritual e cultural dos ancestrais guerreiros tailandeses. O Whai Kru é realizado sempre antes do inicio das lutas e é acompanhado pela musica tradicional tailandesa que possui um ritmo lento e marcado.

mesmo algo inimaginável há poucos anos: UFC na TV aberta nas noites de sábado. As modalidades saíram da "marginalidade" e se transformaram em “febre mundial”. Muito disso é devido à divulgação do assunto na internet. Nem mesmo os grandes sucessos do cinema protagonizados pelo astro belga Jean Claude Van Damme foram tão eficientes quanto o site de vídeos YouTube. O Muay Thai, por sua vez, teve papel fundamental nessa divulgação através da consagração de campeões brazucas” em lutas no exterior. No Pride do Japão e no UFC o esporte agradou tanto o público, que hoje lota as academias buscando aprender e repetir os passos de grandes lutadore. Pesquisas divulgadas recentemente por sites especializados, mostram que o Muay Thai figura entre as três modalidades de artes marciais mais praticadas no Brasil, atrás apenas do Jiu Jitsu e do Judô. Cada vez mais, as pessoas descobrem os benefícios que as artes marciais podem trazer para a própria vida, destacando valores básicos como respeito, dignidade, disciplina e auto controle. As academias de todo o país têm conseguindo mudar o conceito que a sociedade tinha em relação a esses lutadores. Atualmente, alunos que se envolvem em agressões ou confusões longe dos ringues e tatames, são passíveis de regras cada vez mais severas por parte das academias e punições junto às federações. Isso ajuda a definir o esporte como algo saudável e que faz bem ao corpo e a mente. Agora basta escolher uma academia e literalmente correr para conhecer tudo de bom que o Muay Thai e as artes marciais em geral podem proporcionar à sua vida. Thai!

Muay Thay, MMA, UFC e Internet É perceptível o sucesso que as artes marciais têm alcançado no mundo todo e em especial no Brasil. Aqui, existem milhares de adeptos, canais pagos especializados no assunto e até POP magazine

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Chico Xavier - Chico Xavier é um filme baseado no livro “As Vidas de Chico Xavier”, do jornalista Marcel Souto Maior, que relata uma parte da vida de Chico e principalmente a sua participação no programa Pinga Fogo em 1971, exibido pela extinta TV Tupi. O filme tem batido vários recordes desde o início de sua exibição, isto deve-se ao fato de Chico Xavier não ser apenas o grande difundidor do espiritismo no Brasil, mas ele era mais que tudo uma grande propagador da arte de amar. O filme relata uma parte de sua infância, trechos do programa e tem cenas inusitadas de e muito bem humoradas. É um filme que deve ser assistido por qualquer pessoa, independente de religião. E a produção para o segundo filme sobre Chico Xavier já está começando. (por Andréa Alves)

Em Busca da Terra do Nunca - O filme que conta a fonte de inspiração do criador de Peter Pan, James Matthew Barrie, é tão doce e encantador quanto a história em que culminou. Os assuntos são tratados com leveza e, por essa razão, mexem com a imaginação do espectador. A maneira com que James (Johnny Deep) conduz o menino Peter a sonhar novamente é mágica. O desfecho comove o público e, possivelmente, arranca-lhes lágrimas. Um pouco da história: James é um renomado escritor de peças teatrais. Como sua última criação não havia agradado ao público, ele leva seu cão Porthos para passear no parque, onde conhece uma família de quatro meninos e sua mãe. Logo, James encontra neles a inspiração de que precisava para escrever sua nova peça, Peter Pan. (por Nágila Câmara)

Alice no País das Maravilhas - O filme mostra uma Alice com 17 anos, tentando relatar como seria a volta da menina ao país das maravilhas. Mas sem dúvida alguma a grande sensação do filme não são os efeitos, não é a maquiagem, mas a atuação de Jonnhy Deep. Como sempre ele está de tirar o fôlego, seu figurino e sua caracterização estão impecáveis, porém é a interpretação que realmente chama a atenção. O filme é uma conto de fadas bem mais para adultos do que para crianças. Ele impressiona muito pelos efeitos visuais, como não poderia ser diferente, por tratar-se de uma obra de Tim Burton, e resgata dentro de cada um aquela magia que estava esquecida desde que deixamos de ser crianças. Vale a pena, do começo ao fim. E cortem as cabeças, de quem não ousar assisti-lo! (por Andréa Alves) 42

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Vale Tudo – O Som e A Fúria de Tim Maia - O livro de Nelson Motta é o relato verdadeiro e comovente de como foi a turbulenta vida de um dos maiores ídolos da música brasileira, Tim Maia. Entre altos e baixos, entre sucessos e fracassos, entre amores e desamores, Tim viveu como acreditou que deveria viver, sem muito se preocupar com o que as pessoas pensavam e muito menos como o que estaria por vir. Um artista com alma de artista, que sofria por amor e fazia desse sofrimento pura arte. No fim ele passou a ser mal visto pelas pessoas do meio artístico, faltava a vários compromissos e era sempre uma presença incerta em qualquer evento, até mesmo nos próprios shows. Sendo a partir desse momento o começo do fim. Mas nada, nada mesmo fez com que ele fosse abandonado por seus fãs ou por um momento se quer deixasse de ser amado por eles. Até hoje as músicas de Tim Maia são sucesso garantido e se não chamem o síndico... (por Andréa Alves)

A Arte da Guerrra- O livro que relata as sábias estratégias militares do guerreiro-filósofo chinês Sun Tzu, foi escrito aproximadamente no século III antes de Cristo e tornou-se um clássico. Os ensinamentos sobre a guerra podem ser aplicados em quaisquer situações diárias, sejam elas competições ou conflitos em geral. Sua meta principal é a vitória sem luta, é vencer usando a inteligência, evitando a força e atacando a fraqueza do adversário e, antes de vencer os outros, vencer a si próprio. Com isso, executivos, líderes políticos e de corporações, estão utilizando o livro para vencer a competitividade entre as empresas regidas pelo sistema capitalista, o que o torna quase um manual de marketing. Entretanto, os pensamentos taoístas nas palavras de Mestre Sun Tzu não podem ser esquecidos: “... o verdadeiro objetivo da guerra é a paz”. (por Nágila câmara)

O Pequeno Príncipe - O livro de Antoine de Saint-Exupéry é um clássico dos clássicos. O Pequeno Príncipe conta a história de um menino que vive em um planeta pequeno e distante onde sua única companhia é uma rosa, que insiste em maltratá-lo. Um dia ele resolver percorrer a galáxia atrás de perguntas, conhece várias pessoas diferentes, mas não obtém suas respostas, até o dia que chega na Terra e conhece um piloto que está perdido no meio do deserto, a partir daí o pequeno Príncipe descobre que todas as respostas do mundo ele já sabia, antes mesmo de sair de seu pequeno planeta. De pequeno ele só tem o adjetivo usado no título, porque o conteúdo desse clássico francês é de uma grandiosidade extrema. Um livro para meninos e meninas de todas as idades. (por Andréa Alves)

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Foto: Andréa Alves

"Foi o tempo que dedicastes à tua rosa que fez tua rosa tão importante." (Antoine de Saint-Exupéry)


Bem estar e qualidade de vida

Eu escolhi corrida e musculação, mas agora estou experimentando o Pilates.

Muitos perguntam o que ando fazenOs exercícios aeróbicos como camido para estar sempre bela e com a silhueta. A resposta é simples: movimentar- nhar, correr, pedalar e nadar, onde são envolvidos grandes grupos musculares, se sempre. que dependem principalmente de oxigêJá é mais do que sabido, dos benefí- nio para serem realizados trazem inúmecios que o exercício físico trás para a saú- ros benefícios. de física e mental, sejam homens, muSempre surgem perguntas e dúvidas lheres e crianças. relativas ao período da gravidez, como Pesquisas indicam que o aumento por exemplo, se exercício físico e gravipercentual de mulheres praticantes au- dez são compatíveis. Sim, não há problementou em maior proporção relativa aos mas em se exercitar durante a gravidez, desde que tomados os devidos cuidados. praticantes do sexo masculino. Ou seja, o sexo feminino tem se dado conta e tem utilizado o exercício físico como um fator de melhora e manutenção não só de sua saúde, mas também tem se beneficiado pelos resultados estéticos e psicológicos que proporciona.

Nenhuma mulher sedentária tem de escolher justo este período para virar corredora ou halterofilista. O grande objetivo desta fase é diminuir as intercorrências médicas.

Então, o que podemos concluir, é que Atividades como caminhar, correr, o exercício físico principalmente para as pedalar, alongar, fazer exercícios locali- mulheres, além de saúde traz qualidade zados tanto de hipertrofia muscular e de vida. fortalecimento, não só com pesos e borQualidade de vida é bem diferente de rachas, mas também aqueles que utilizam o peso do próprio corpo como os quantidade e acredito nisso a cada dia pliométricos e aulas de Pilates, trazem que passa. Quero sempre uma qualidabenefícios cardiorespiratórios e de de vida melhor para ficar bem para osteomusculares, fundamentais para o mim, e também para ficar bem para toequilíbrio corporal, minimizando muito dos vocês! a perda de massa magra e óssea trazida pelo avanço da idade, queda dos níveis hormonais e sintomas da TPM a qual as mulheres são acometidas. POP magazine

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Fotos: Arquivo pessoal de Marcelo Dourado



MAKING OF Assim que Marcelo Dourado pisou nessa edição do Big Brother Brasil, eu tive uma certeza, ele seria a capa da POPmagazine. Mas desde aquele primeiro momento até agora, onde finalmente concluo essa matéria, foi um longo percurso, tanto para mim, quanto para ele. Quem imaginaria que Dourado se sagraria o grande campeão do BBB 10? Marcelo Zulu não imaginava, tinha certeza absoluta. Na tarde de 15 de janeiro, liguei para o Zulu e perguntei até onde ele achava que o Dourado chegaria, a resposta não me surpreendeu: BBB 10 é do Dourado! Ele já ganhou esse programa!!! Pronto! O destino estava traçado, tanto para o Dourado sagrar-se campeão, quanto para eu consegui-lo nessa edição. Pessoas inescrupulosas e mal intencionadas atravessaram o caminho dele e o meu também. Todos querendo aparecer através dele e através da POPmagazine, mas maktub – estava escrito. Foram necessárias algumas semanas, na verdade um pouco mais de um mês, para finalizamos essa entrevista. Mas em certo momento perdi a pressa, fomos com calma, afinal o importante eu já havia conseguido, Dourado já tinha aceito ser a capa da revista. Então, pressa pra quê?! A entrevista foi dividida em longos telefonemas, recheados de histórias deliciosas de serem ouvidas, de muitas risadas e vários comentários que muitos, certamente, dariam um braço para ouvirem. E foi assim, entre um compromisso e outro, entre um hotel e outro, entre um aeroporto e outro, entre um engarrafamento e outro, que fizemos a entrevista, que certamente marcará a POPmagazine, como uma das mais belas exposições de um ser humano, com defeitos e qualidades, cheio de marcas no corpo e na alma, que de um jeito ímpar conquistou o Brasil.

FORÇA & HONRA Desde 2004 as pessoas se perguntam quem é esse tatuado, com cabelo moicano e cara de mau. Cada um poderá tirar sua própria conclusão, a minha foi tirada há seis anos. Uma única coisa mudou, agora eu tenho certeza que ele sabe do que é capaz. Dourado é aquele tipo de pessoa que você se encanta com facilidade. Com fama de sisudo, ao contrário do que possa parecer, ele gosta de um bom papo e quando se sente a vontade... é só arregaçar a bombacha, preparar o chimarrão e se acomodar pra horas de prosa. 48

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Ele exala cultura por todos os poros. Quanto mais você conversa com ele, mais vontade tem de saber da sua vida, das suas aventuras, Big Brother fica uma coisa tão distante que às vezes até me esquecia que estava falando com o atual campeão. Isso é bom, porque em geral os participantes do reality ficam conhecidos por serem ex-BBBs eternamente, como se essa pessoa não tivesse vida antes do programa e alguns, creio eu, nem fazem questão de ter uma vida depois. Mas Dourado é diferente, na verdade o questionei sobre o programa porque não haveria como não fazê-lo, mas depois de algum tempo isso era o que menos interessava, queria saber quem é o Marcelo, quem é esse gaúcho tão orgulho de ser o que é e de viver o que viveu. Por várias vezes senti uma imensa vontade de mudar totalmente a pauta e descobrir um pouco mais de quem é o Marcelo Dourado que não se viu no BBB. Enfim, o décimo vencedor do Big Brother Brasil é muito mais que simplesmente um vencedor de um reality show, não que isso seja uma missão fácil, mas ele é muito mais do que qualquer adjetivo que possa ser usado para defini-lo, Marcelo Dourado é um vencedor nato, venceu as dificuldades, venceu os próprios fantasmas e venceu acima de tudo a ele mesmo.

“Faça seu inimigo acreditar que não conseguirá grandes recompensas se decidir atacá-lo; desta maneira, você diminuirá seu entusiasmo.” (Paulo Coelho) POP magazine

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A partir de agora segue a longa, realmente longa, entrevista com o grande vendedor do Big Brother Brasil 10, Marcelo Dourado.

BBB 4 Se tivesse podido levar alguém do BBB4 junto com você para a 10ª edição, quem teria levado? O Zulu, é claro. Eu iria me divertir muito com ele, com certeza! Qual foi o seu pior momento dentro do BBB4? O BBB4 foi bem mais fácil, bem mais leve, mas o pessoal que eu gostava foi saindo... eu sabia que estava na hora de sair do programa mas foi bem mais fácil que esse agora. A que você atribui a sua eliminação na 4ª edição? Imaturidade. Fica difícil formar casal. Não estou atribuindo a culpa de ter ficado com a Ju, mas se eu não tivesse me envolvido talvez eu tivesse ficado mais equilibrado, eu perdi um pouco do humor, o gaúcho em si tem um jeito muito direto de falar. O gaúcho tem uma tradição histórica de muita batalha e muita guerra, então as palavras são mais diretas e nem todo mundo entende. Você acha que ter tido um relacionamento dentro da casa te atrapalhou de alguma forma? Não é muito vantajoso ter um relacionamento, não é lugar de namorar, você se vê obrigado a ter um namoro de adolescente, principalmente para preservar a sua intimidade, então isso faz você perder um pouco do foco. Qual o momento que mais te marcou? Não teve um momento específico, tudo lá dentro me marcou, mas a amizade que eu fiz com a galera me 50 POP magazine

marcou muito, não que eu não tenha feito amizades no BBB10, mas no 4 foi mais fácil de fazer, muito mais tranquilo que esse, nesse as pessoas eram mais competitivas. Que lição esse primeiro Big Brother te ensinou? A maneira como falar as coisas. Aprendi que existem maneiras e maneiras de se expressar, a minha maneira soava muito mais agressiva que hoje em dia, mas mesmo assim as pessoas ainda se confundem. Aprendi muito a lidar com isso, na hora de falar tento ser mais suave. Ainda mantém contato com alguém dessa edição? Sim, com o Zulu e o Dudu. Com o Zulu acabo tendo mais contato, porque acabamos nos encontrando em eventos de luta, o Dudu me ligou super feliz por eu ter ganho. O clube do Boco fez falta? Fez muita falta, com certeza. Eram pessoas tão legais, que eu gostei tanto de conviver, muito mais do que com as pessoas dessa edição. Mas por ser tão bacana conviver com eles, eu levei tudo mais na boa, se tivessem pessoas cono nesse, que me instigaram, talvez eu tivesse ido mais longe.

FAMÍLIA Várias vezes você se referiu à sua família como Máfia, de onde surgiu essa denominação? Acho que tem muita identificação, minha avó é napolitana e ela me passa muito isso. Meu pai foi a primeira pessoa que me levou para assistir o Poderoso Chefão, e foi graças a essa admiração que sinto por


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Michael Corleone, que eu pude ganhar o Big Brother. De maneira geral, tenho uma admiração de como a família italiana é unida. Você já passou por momentos bem difíceis em sua vida, o quanto sua relação com a família o ajudou a superar tudo isso? Minha família sempre me apoiou muito, fui tipo o herói da minha família. Fui o primeiro a entrar em uma faculdade federal, meus irmãos depois também entraram, mas eu fui o primeiro. A minha família me dá uma força enorme e torce muito por mim. Eles me dão muita segurança e apesar de nunca ter gostado de pedir favor a eles, sei que em qualquer momento de dificuldade posso contar com eles. Como foi sua criação? Quais os valores que lhe foram passados? Nunca fui mimado, eu sempre ajudei a minha mãe, fui criado por ela até os 12 ou 13 anos, depois sai de casa. Ela sempre me criou em cima da filosofia de Nietzche, “a personalidade é o golpe de martelo”. Foi uma educação muito dura, se eu demonstrasse fraqueza ela me repreendia. Eu ia muito ao teatro, aprendi a ler com os gibis de Asterix e Mafalda, este em espanhol, o que me fez aprender uma segunda língua, assistia muitos filmes, filmes de Felini, de Woody Allen. Eu tive uma educação muito rígida no sentido disciplinar, mas muito cheia de cultura. Desde os 5 anos eu ajudava a minha mãe em casa, eu ia ao mercado, ajudava a lavar louça, a lavar a casa. Foi assim que eu fui criado.

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O que mais te marcou na época que teus pais estavam exilados? Nós tivemos que andar pelo interior do Brasil usando nomes falsos, trabalhando na clandestinidade, tudo isso em plena década de 80. A anistia só veio em 1994, então tivemos que nos esconder. Meu pai e minha mãe eram militantes políticos, de um grupo ativista. Eles foram torturados e depois que uma pessoa é torturada ela nunca mais volta a ser “normal”, a pessoa fica com muito problema de relacionamento, de memória... Para mim isso sempre foi motivo de muito orgulho! Meus pais ainda tiveram sorte, eles tiveram amigos que morreram, que perderam a visão, foi um negócio muito pesado, foi uma vida muito difícil. Enquanto meu pai estava preso, eu vivi uma parte da minha infância em um bairro judeu em Porto Alegre, um pouco com a minha mãe, um pouco com a minha avó, mas sempre tinha muita gente à minha volta. Me lembro de quando eu era muito pequeno, minha tia me levava para visitar o meu pai quando ele estava preso e ela me dizia que ele estava em um hotel, para não me assustar.

BBB 10 Quem foi o seu “grande irmão” desta edição? O Kadu e a Lia foram pessoas importantíssimas. Eu espero que se crie um laço e que a amizade cresça mais. Você acha que se tivesse tido um relacionamento dentro da casa, como no BBB 4, teria te atrapalhado de alguma forma? Claro que sim. Mas nessa edição não tinha uma mulher que me despertasse nenhum interesse, não eram meu estilo de mulher, elas estavam em uma outro clima. Você já foi “despejado”, como disse Pedro Bial, e agora saiu como o grande vencedor. A sensação é de dever cumprido? Com certeza. Eu acredito muito nas coisas que vou fazer, quando era guri eu achava que ia ser campeão mundial de judô, mas fui campeão mundial de jiu-jitsu, então senti o dever cumprido. Sou muito perseverante no que eu quero. Eu tenho muitas vitórias que conquistei e ninguém sabe. O BBB me deixou uma lacuna, eu sabia que poderia ter ganho na 4ª edição, se eu tivesse feito de um jeito diferente, então voltei e fiz diferente. Dever cumprido. Lá dentro você tinha a mínima noção de que estava tendo uma aceitação tão grande? Não, jamais. Eu demoro pra acreditar nas coisas, principalmente quando são coisas boas para mim. Veio o poder supremo, depois o paredão, então o carro, outro paredão, mas eu vi que alguma coisa estava realmente estranha no paredão entre a Fernanda e a Lia. Qual o momento que vai ficar marcado nesta edição? Todo o programa foi uma história muito louca. Primeiro por ter sido lembrado, depois ter tido a possibilidade de entrar, em seguida o poder supremo, mas a final foi o grande momento.

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Em determinado momento você começou a se indagar o que estava fazendo confinado novamente. Você sentiu vontade de largar tudo e dar o fora? Desde o primeiro momento, a minha vontade era sair atropelando aquelas paredes. Foi dificílimo, inacreditável. O que foi a pior coisa que você vivenciou lá dentro? Me sentir isolado foi realmente terrível. As pessoas me viraram a cara, se fosse aqui fora eu viraria a cara também. Eu sabia quem era o protagonista da história, sabia que esse protagonista era eu, meu pai e minha mãe já haviam me falado isso. O quanto você era jogador? Você jogou todo o tempo? Eu joguei forte e pesado durante o tempo que era pra ser jogador no jogo. Mas existem horas lá dentro que você tem que relaxar, eu não fui jogador o tempo todo, mas é um jogo que é feito para ser jogado 24 horas. Você acha que se a Fanny ou a Natália tivessem entrado na casa elas te escolheriam? A Natália, sim. A Jose foi realmente o seu “anjo”? Ela foi meu anjo com certeza, me puxou para dentro da casa e depois me deu o colar do anjo. Amizade de BBB é para a vida toda? A minha com o Buba foi até ele morrer e com o Zulu está sendo e tomara que a novas amizades floresçam também. Depois de você, Kadu era apontado como o outro favorito do programa, o que fez que ele ficasse em terceiro lugar? Ele não se expôs tanto, não teve tanta disposição. Evitou se transformar durante o programa e aceitar a transformação que o programa dá. Como surgiu o convite para participar dessa edição? O que te fez aceitar? O convite surgir através de um telefonema, eu estava dando aula e eles me ligaram. Aceitei porque não tinha nada a perder. Você já tem noção da mobilização que foi feita para que você levasse esse prêmio? Cada dia que passa vejo tudo o que foi feito, conheço mais pessoas vejo mais como foram as mobilizações, vejo mais textos. Por que você acha que venceu o BBB 10? Me colocaram em uma situação de isolamento no início, colocaram em cheque a condição do brasileiro, eu fui o porta voz da maioria que estava entalada e engasgada. Ronaldo Fenômeno, Tico Santa Cruz, Glória Perez, Débora Secco, Diego Alemão, entre tantas outras personalidades manifestaram publicamente que estavam torcendo por você. Toda essa mídia foi o grande diferencial? 54 POP magazine


Nos outros BBBs parece que as pessoas tinham vergonha de dizer que gostavam. Hoje em dia não, quando sai isso me surpreendeu, isso foi muito gostoso porque acaba com o preconceito em relação aos participantes. Dessa vez também foi diferente porque o Twitter foi muito usado, o Orkut também, a internet em geral. Quero ver se nos próximos serão assim. O MC Kiko foi o primeiro a criar uma música te homenageando. O que você achou do Funk “Dourado é o Poder”? Achei demais, muito divertido, esse menino é muito criativo e tem muito talento. Foi uma grande honra conhecê-lo.

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HOMOFOBIA O seu paredão com o Dicésar, pode ser considerado uma resposta do que as pessoas realmente pensavam de você aqui fora? Acredita que se a grande maioria o considerasse homofóbico você teria sido eliminado? Eu não sou homofóbico, sempre pergunto às pessoas o que é ser homofóbico. Então, se eu não gostar de chocolate vou ser chocolatefóbico?! O ideal é dizer não educadamente. Tu não és obrigado a aceitar todas as coisas e tem o direito de dizer não. Tu não és obrigado a gostar das coisas. Todo mundo tem o direito de ser feliz. Mas a liberdade de um, termina onde começa a do outro. Eu posso não gostar de alguma coisa, nem por isso vou ser desrespeitoso ou vou ser agressivo. Homofobia, para mim, é se eu fizesse alguma coisa contra, se batesse nos caras. Eu só quero o direito de fazer as minhas coisas e ficar na boa.

TATUAGENS Você tem uma tatuagem escrita “luto por prazer”. Ainda continuará lutando nos tatames, nos ringues ou só na vida? Por enquanto na vida, mas em breve quero treinar de novo, faz parte da minha terapia, da minha filosofia de vida. Primeiro voltar a treinar, depois começar a competir jiu jitsu e só depois entrar em competição. Vamos ver o que acontece, ainda pretendo fazer pelo menos duas lutas de vale tudo. Em outra tatuagem está escrito “sem fé”. Qual o real significado dessa frase? Ainda continua sem fé? Minhas tatuagens na realidade são cicatrizes, me lembram momentos difíceis da minha vida, é o crepúsculo dos deuses, só existe enquanto você tiver acreditando nele, como pessoa eu fiquei confuso entre ser um BBB, ou um ser humano, ou um lutador. Perder a fé fez eu me encontrar, essa perda de parâmetros me levou a uma coisa mais superior de entendimento. Participar do Big Brother até então me deu um up, a exposição fez aparecerem mais lutas, patrocínios, mas depois perdi tudo. Minha vida é um gráfico, cheia de altos e baixos. Não sei se com todo mundo é assim, ou só comigo. A tatuagem que gera mais polêmica é a suástica invertida. Explique para quem ainda não entendeu qual o significado desse símbolo e porquê você o tatuou. Na verdade tanto a minha como a outra são atreladas à filosofia budista. É um símbolo da mitologia japonesa, assim como o yin yang, esquerdo e direito, preto e branco, homem e mulher, enfim é o sentido que o universo gira. Infelizmente algumas pessoas se apropriaram da marca e fizeram o uso errado, assim como a cruz foi usada pela Ku Klux Klan. O símbolo é só um símbolo, quem muda o significado é o homem. POP magazine

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A sua mais nova aquisição é o “olho do BBB”, por que escolheu esse desenho? Por tudo que o programa marcou na minha vida, nessas duas edições. Tudo o que aconteceu nesses seis anos me proporcionaram coisas pesadas e coisas boas, eu não sabia que iria ganhar, mas foi a tatuagem que marcou a minha vitória, mesmo sem saber. Quantas tatuagens são ao todo? E qual ou quais serão as próximas? Ao todo são sete, quero ainda fechar um braço e uma panturrilha. Cada uma tem uma história e um porquê. Há alguma que tenha maior importância? Todas são importantes, cada uma significa uma cicatriz, uma passagem da minha vida.

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MARCELO DOURADO Quem é Marcelo Dourado? Boa pergunta. Não sei. Sou guerreiro, espero um desafio a cada dia, superei paradigmas, preconceitos, descrenças, estou realizado hoje em dia, mas ainda tenho muito para buscar. Qual o seu maior medo? Eu não sou um cara medroso, que cultiva o medo. Às vezes posso sentir medo de algo, mas é momentâneo. Qual o gosto da vitória? Maravilhoso. Em qualquer situação, sou muito competitivo desde pequeno, para mim é maravilhoso. Taurinos são teimosos, ciumentos, materialistas, vaidosos e comilões. Quais destas características são mais marcantes em você? Sou comilão, teimoso, muito obstinado e caseiro. Qual seu grande defeito e qual sua grande qualidade? Defeito? Eu tenho tantos, apontar só um seria injusto com os outros. Sou um cara cheio de manias, mas não é o tipo de mania que interfere nos outros. E qualidade, sou um cara humildade, admiro muito pessoas humildes e pretendo sempre me manter assim. Fazendo uma alusão ao poema José de Carlos Drummond de Andrade, eu lhe pergunto: E agora Dourado? A festa acabou, a luz apagou, o povo sumiu, a noite esfriou, e agora Dourado? E agora? A festa ainda não acabou. Mas quanto ao programa, foi um programa que deixou marcas, foi um programa para pensar e para crescer, uma oportunidade louca. E eu fui o último a sair, que legal! Passado, presente ou futuro? Presente, sempre o presente. Depois o futuro, o passado fica por último. Como foi sua estadia na Nova Zelândia e o que mais te marcou nessa aventura? Foi muito legal, um crescimento pessoal enorme, mas foi uma dureza em matéria de sobrevivência, muito trabalho, pouco dinheiro. Aprendi a valorizar mais o Brasil. Descobri que sou muito mais brasileiro do que eu pensava.

“FORÇA, HONRA, HUMILDADE E AMOR!” (Marcelo Dourado) POP magazine

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e ê estev c o v e ement ou muito? t n e c e d r Zulu, ado, ele mu o ã t n E Dour ertido, v i d , o com o a m a o mes as ele continu u n i t n o . nada, c mesmas roup ilhão e meio u o d u M e até as epois de um m o r i e r r gue esmo d hahahaha... m , o d n Ha usa

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MC “Do Kiko, urad p o é o or que v ocê para pode ele g r” e p fez o fu Eu to o anh n BBB rci porq ar o r que t k u 4 o BBB rcia Big B , apesa e eu sem ? r r d p o e re the n funk eu fi r achei q ão torcer curti o D z o do p elo la como se ue ele er para ele urado d a es n fo nce d o a o "po sse uma cara ma época. Nde o ter c der sup torcida is autên esse onhe r m cido emo"... e esmo, i tico. O n meu ídolo fiquei fel spiraiz po . r

uito m u luto r quê? ê c B vo tter, po B B i te o no Tw n s de a que a a l r u o u ,d rad eu a um car d e Tico lo Dou m oi rado empre f ncia pe u o o D po e s etê e p u m q Por um tem pela co de. por dmirei umilda e x a eh Bo POP magazine 60



F-1 chega à Mônaco, muito glamour mas sem novidades Ainda tem muito campeonato pela frente, mas a Red Bull Racing já é uma unanimidade, assim como foi a Brawn em 2009. No fim do ano passado ela já mostrava sua força e quase roubou o titulo da equipe inglesa. Este ano sempre foi a mais rápida até o momento. Mas no inicio da temporada deu umas tropeçadas durante algumas prova. Contudo, eles foram se acertando e não estão dando chance pro resto da galera. Se eu fosse aqui brincar de bidu, eu diria que o campeonato vai ser uma disputa interna na RBR, Webber ou Vettel? Daí sai o campeão. Experiência ou talento e ousadia? Por enquanto tem um empate, já que estão dividindo a liderança do campeonato com 78 pontos com 3 pontos a frente de Alonso. Mas podemos dizer que Vettel começou o ano melhor, enquanto Webber veio crescendo e dominou as ultimas provas. Se fosse pra escolher, eu diria que ver o alemão sendo campeão seria mais prazeroso, seria a vitória do jovem talento. Enquanto o australiano seria aquela coisa morna, aquele cara que sempre esteve por aí mas nunca mostrou nada. Assim como foi Button ano passado. A Ferrari tem o segundo carro mais rápido do circo, mas se dissermos que a RBR tem um carro nota 10, ela tem um nota 8. E assim não da pra brigar pra ser campeão. Desta forma aposto em Alonso como terceiro este ano, até porque Massa não vem tendo provas consistentes. Acredito que ele fica na briga pelo quarto lugar com os pilotos da McLaren, mas acredito que Button leve a melhor, sem ousadia mas com Constancia. Destaque esse ano vai pra Renault que fornece motores pra RBR e tem dado um carro competi-

tivo pra Kubica que tem aparecido com bons resultados, com o terceiro lugar em Mônaco. Mas não deve estar entre os 6 melhores do ano. Decepção do ano vai para Michael Schumacher. Voltou como bicho papão, na equipe campeã de 2009 e renovada com injeção de animo e capital pela Mercedes (que comprou a Brawn). O carro é modesto e Schumi mal consegue superar seu companheiro de equipe. A equipe deve brigar com a Renault pelo quarto lugar dos construtores. Mas não devemos subestimar a dupla Ross Brawn e Schumacher. Afinal eles são do tipo que tiram coelho da cartola fácil, fácil. Sobre o Rubinho tenho algo a comentar, vinha bem na ultima prova, fez grande largada e constantemente tem superado seu companheiro de equipe. O que me é curioso é que ele parece render melhor longe dos holofotes. Não sei se a pressão afeta o brazuca, mas lembro bem que sempre ele foi mais rápido que Button na Honda enquanto o carro era uma porcaria. Quando a equipe virou Brawn e o carro virou ponteiro, Barrichello foi superado por Button que sagrou-se campeão pra nosso desespero. Talvez ele seja o rei das pequenas equipes, aquele que consegue sapecar uns pontos e até um pódio com um carro modesto. Evidente que a Willians não é uma equipe pequena, isso é apenas uma força de expressão para seu desempenho modesto. Bruno Senna e Lucas de Grassi são dignos de pena. Sair de casa pra tomar 5 ou 6 voltas do líder na corrida é uma vergonha. É igual jogar futebol sem goleiro, toda hora buscando a bola no fundo da rede. Tá louco! Mas pelo menos podem dizer que estão na Fórmula 1.

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“Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim.” (Chico Xavier)



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