A Voz da Glória Ano 6 Edição 27

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Boletim semanal - Ano VI - Edição 27 - Pentecostes

Recebei o Espírito Santo.

A quem perdoardes os pecados, eles lhes serão perdoados; a quem não os perdoardes, eles lhes serão retidos

IGREJA MATRIZ DE NOSSA SENHORA DA GLÓRIA

LARGO DO MACHADO - RIO DE JANEIRO - RJ


Pascom Nossa Senhora da Glória Pároco - Padre Geovane Ferreira da Silva Dirigente espiritual - Diácono Jorge Coordenação - Elydia Sérgio Fadul Jr

Missa em honra a São Miguel Arcanjo Quarta-feira dia 08/06 às 20 h. Missa em honra a Santa Dulce dos pobres Sábado, 11/06 às 13 h. Com a benção da relíquia. Dízimo Todo 2º domingo do mês. Seja um cristão comprometido, ajude sua Paróquia, seja um dizimista!!!! Campanha do Quilo Todo 2º domingo do mês. Participe!!! Ajude as famílias assistidas pela pastoral social. Festa Junina Tá chegando a hora! Dias 09, 10, 16 e 17/7.

Agentes - André Pessôa Flávia Mascarenhas Maria das Graças Luciana Gonçalves

IGREJA MATRIZ DE NOSSA SENHORA DA GLÓRIA

LARGO DO MACHADO - RIO DE JANEIRO - RJ

Capa - Imagem - Paráclito

Pastoral do Catecumenato Convida a todos, a partir de 14 anos, que buscam os Sacramentos do Batismo, Eucaristia e/ou Crisma a participar dos encontros que começam Às 17 h com a Santa missa aos domingos. Pastoral do Turismo Convidam a todos para a Romaria para Aparecida – SP 2022 Embarque dia 26/08 - Santa Missa com Cardeal Dom Orani no dia 27/08 No caminho de volta haverá visita ao Santuário Nossa Senhora de Santa Cabeça em Cachoeira Paulista – SP com Missa às 16:00. Mais informações na secretaria.

Os discípulos estão trancados por medo dos judeus. De repente, Jesus se faz presente e lhes oferece, por duas vezes, a paz, dom por excelência (“a paz esteja convosco”). As chagas do Crucificado são o sinal da sua entrega por amor. Ao reconhecerem o Ressuscitado, os discípulos abandonam o medo e trocam a tristeza pela alegria. Em seguida, Jesus sopra sobre eles o dom do Espírito Santo, o qual os habilita a continuar a missão do Mestre. O sopro do Espírito recorda a ação do Deus criador e renovador de todas as coisas. Além disso, os discípulos têm a missão de perdoar os pecadores e incluir os excluídos. Ao se colocar no meio dos discípulos, Jesus se revela como o centro da Igreja e de toda comunidade cristã. A Igreja tem a missão de comunicar a presença do Senhor na vida de todo cristão. As palavras do Mestre de Nazaré são conforto para os tristes, ânimo para os desanimados e alegria para os pobres. Segui-lo significa abandonar o medo e assumir com alegria a missão por ele confiada. No meio de um mundo conturbado, violento e arrogante, os discípulos de Jesus têm a missão de viver e proclamar a paz. Conforme diz o profeta Isaías, como são belos os pés de quem anuncia a paz. Mais do que nunca, precisamos de pessoas que promovam a paz, a alegria e o otimismo. O cristão é, por natureza, pessoa que transmite esperança em meio aos desafios do mundo atual. A festa de Pentecostes lembra, de modo especial, o dom do Espírito Santo, sopro renovador. O Espírito impulsionou a missão de Jesus e é o fundamento indispensável da comunidade dos seus discípulos missionários. É força criadora e renovadora de todas as coisas. Sempre vivo em nosso íntimo, é a comunicação que o próprio Deus estabelece conosco. Sem ele, a Igreja e cada seguidor do Mestre não teriam o vigor que os impele à busca de novos horizontes. Pe. Nilo Luza - Paulus


05 - Valda Uchoa 06 - Ana Márcia Brandão Dulcilene Venâncio Lilian de Freitas Luana Maira Rufino Maria Helena Reis Vilma Maria Virgínia de Abreu 07 - Maria Cristina de Jesus Natalia Gaia Vania Gomes 08 - Julieta Altoé Maria José Jesus

09 - Ana Cristina de Araújo Cristina Cherfim 10 - Aquiles Ferraz Dyrce Borges 11 - Maria Izabel Demori 12 - Elizabeth Peixoto Feliciana Correia Helena Brandão Ivani Ferreira Jacinta Bonfleur Maria Augusta Duarte Maria de Lourdes Morais Maria Natália de Souza Walter de Oliveira

OBITO Dos relacionamentos que você já teve, quais foram as ocasiões em que verdadeiramente você foi modificado para melhor? Será que você é a lembrança doida na vida de alguém? Será que você já construiu cativeiros? Ou será que já viveu em algum? Será que já idealizou demais as situações, as pes soas e por iss o perdeu a oportunidade de encontrar situações e as pessoas certas?

Sejam quais forem as respostas, não tenha medo delas. Perguntar-se é uma maneira interessante de se descobrir como pessoa, pois as perguntas são pontes que nos favorecem travessias.


05 - São Francisco Caracciolo São Bonifácio de Mogúncia 06 - São Norberto de Xanten 07 - Santo Antonio Maria Gianeli São Pedro de Cordova 08 - São Medardo de Noyon 09 - São José de Anchieta 10 - Sto Anjo da Guarda de Portugal 11 - São Barnabé 12 - São Gaspar de Búfalo


Missionário na Terra de Santa Cruz O moço de 19 anos que chegava à Terra de Santa Cruz vinha com as melhores disposições espirituais possíveis para exercer sua missão. Embora tão jovem e não tendo ainda sido ordenado sacerdote, o Irmão José de Anchieta era dos primeiros missionários jesuítas que se estabeleciam na nova terra. Sua meta era conquistar almas para Cristo. Ele fazia parte da comitiva do segundo Governador Geral do Brasil Dom Duarte da Costa e chegou a Salvador, na Bahia de Todos os Santos, no dia 13 de julho do ano de 1553. Da Terra de dimensões continentais em que aportou nunca mais saiu. Amou a Terra, amou seu povo. Evangelizou as “gentes brasílicas”, deu rumo a sua formação. Identificou-se com suas aspirações, sem perder sua própria identidade. Origens de José de Anchieta Aquele jovem noviço tinha nascido em São Cristóvão, Tenerife, uma das ilhas do Arquipélago das Canárias, a 19 de março de 1534, dia da festa litúrgica de São José, fato determinante para que ele também recebesse esse nome no batismo: José de Anchieta.

José de Anchieta pertencia a uma próspera família. Seu pai, Juan Lopes de Anchieta, era da província de Guipuscoa, no País Basco. Por precaução, Juan havia mudado para as Canárias. E ele tinha lá suas razões para isso: ele tomou parte na Revolta dos Comuneiros, feita contra o imperador espanhol Carlos V e havia sido condenado à morte. Juan Lopes acabou sendo salvo da pena capital por intercessão de um ilustre parente militar, o capitão Inácio de Loyola, que, mais tarde, veio a ser o fundador dos jesuítas, os religiosos da Companhia de Jesus. Sua mãe foi Dona Mência Dias de Clavijo y Llarena. Ela era natural das próprias Ilhas Canárias. Seu avô havia sido um dos conquistadores espanhóis. Formado num tempo de turbulência Quando ainda criança, Anchieta teve oportunidade de estudar com religiosos. Ao completar 14 anos, juntamente com um irmão de maior idade, ele já estava iniciando seus estudos na célebre Universidade de Coimbra. Cursou ali o renomado Colégio de Artes. Recebeu nessa ocasião uma educação própria de seu tempo, com uma formação principalmente filológica e literária para que aperfeiçoasse a língua latina e já visando um aperfeiçoamento futuro. Maiores ciências ele as adquiriu nas escolas dos padres da Companhia de Jesus. Cresceu nelas de tal maneira que em breve tempo estava bem formado em todo gênero de humanidades. Foi com 17 anos de idade que José de Anchieta ingressou na Companhia de Jesus, a Ordem Religiosa fundada por Santo Inácio em 1539 e que foi aprovada pelo Papa Paulo III com a publicação da bula “Regimini Militantis Eclesiae”, de 1540. Também foi por essa ocasião que José de Anchieta –ainda estudante de 17 anos– fez seu voto particular de castidade diante do Altar de Nossa Senhora, na Catedral de Coimbra. Na época do estudante José de Anchieta o mundo ocidental estava vivendo uma crise: passava por uma autêntica e profunda revolução cultural e religiosa. O Renascimento, aproveitando-se de t e n d ê n c ia s l a t e n te s n o h om e m


decadente do fim da Idade Média, manejava as ideias, influenciando e marcando profundamente os acontecimentos nas artes e mentalidades. No campo religioso, a reforma protestante, codificada por um frade apóstata e seguindo a esteira da renascença, produzia devastações no seio da unidade do cristianismo. Foi num mundo assim conturbado que no ano de 1553, no final de seu noviciado, José de Anchieta fez seus primeiros votos como jesuíta. Com esses votos, seus receios de não poder permanecer na Ordem de Santo Inácio foram dissipados.

Doença e Santa Obediência trazem o irmão José de Anchieta ao Brasil Logo após seu ingresso na Companhia de Jesus, ele foi acometido por uma doença ósteo-articular. Se essa enfermidade continuasse a agredi-lo, suas esperanças de ser jesuíta cairiam por terra: ele não poderia continuar na Ordem. Os votos lhe garantiam que estava são e que poderia continuar entre os filhos de Santo Inácio. Os médicos da época acreditavam que os ares do Novo Mundo seriam benéficos para sua total recuperação e aconselharam sua transferência para o outro lado do Oceano Atlântico. Então, seus superiores o enviaram para exercer uma missão em terras do domínio

português, na América. Ele era um bom religioso. Entusiasmado, obedeceu prontamente seus superiores: atravessou o oceano, chegou ao Brasil para evangelizar seu povo e daqui nunca mais saiu. Na travessia do oceano o mais jovem dos jesuítas na esquadra do Governador Duarte da Costa dava mostras de que sua saúde estava sendo recuperada a cada instante. Quando aportou em Salvador, ele estava praticamente curado. O tempo na nova terra completaria a cura total. Um Apóstolo na Capitania de São Vicente que dominava muitas línguas O missionário José de Anchieta chegou a Salvador em junho de 1553 e logo dirigiuse a São Vicente. Em pouco tempo ele já estava colocado no centro das atividades da missão. Com seus dotes inatos de comunicador, e com sua sede de almas, conseguiu com os índios um amplo entendimento. Tornou-se logo amigo de indígenas e colonizadores e por ambos era respeitado. Não limitou seu trabalho às redondezas da pequena São Vicente. Subiu a Serra que costeava a Capitania e chegou ao planalto que estava depois dela. O Planalto de Piratininga era povoado por milhares de índios que viviam em aldeias distintas. Para Anchieta elas eram almas redimidas pelo sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo e sua missão consistiria em conquistá-las para Cristo, conduzi-las para a Igreja para serem instruídas, formadas, civilizadas. Sua ação era ligeira, meticulosa, apostólica, eficiente. Tinha metas audaciosas, plantava bases para o futuro. Assim foi que em 1554, no dia 25 de janeiro, festa da Conversão de São Paulo Apóstolo, Anchieta participou da fundação do colégio da vila de São Paulo de Piratininga, onde também foi professor. Junto ao colégio foi edificada uma capela provisória na qual foi celebrada a primeira missa em 25 de agosto. Estava nascendo o núcleo de uma cidade que se tornaria uma das maiores metrópoles do mundo: São Paulo.


Anchieta construiu ainda um seminário perto do Colégio de Piratininga e nele também dava aulas. Tanta ação, tanto fruto já colhido e não havia passado seis meses desde que ele chegara à Capitania. Decifrar o tupi foi uma das tarefas que Nóbrega deu a Anchieta. Em apenas seis meses, ele conseguiu entender e falar a língua dos índios. Em um ano ele a dominava com perfeição a ponto de criar uma gramática. Além da gramática indígena, Anchieta dedicava seus dias a ensinar o latim e o português a curumins e índios adultos. Aos irmãos jesuítas, ensinava a língua tupi. Depois de cumprir suas obrigações religiosas e de exercer todo o trabalho que tocava a ele executar, ainda estava longe a hora do repouso para ele. Era à noite, quando todos já dormiam, que ele escrevia manuais para os alunos, cartas sobre o trabalho dos jesuítas e obras diversas, entre elas um dicionário de tupi e um tratado sobre a flora, a fauna e o clima da Capitania de São Vicente. Lutou contra invasores, unificou pela Fé No ano de 1555, o Brasil enfrentou graves problemas com a tentativa de franceses calvinistas de estabelecer uma colônia na região do Rio de Janeiro. Os invasores contavam com o apoio de índios da região. Anchieta participou ativamente da luta pela expulsão dos franceses. A confiança que os índios tinham nele foi decisiva. Nas batalhas finais, no Rio de Janeiro, ele estava animando os combatentes brasileiros. Era amigo de Estácio de Sá e esteve junto dele nas últimas batalhas. Ele agia em todos os setores do tecido social e religioso da nascente nação. No campo religioso, ele exerceu o cargo de provincial da Companhia de Jesus entre os anos de 1577 a 1587. O trabalho de Anchieta foi decisivo para a implantação do catolicismo no Brasil. Com seu conhecimento, fé e vontade de evangelizar, percorreu a pé, a cavalo, em embarcações, boa parte do território brasileiro. Assim contribuiu para manter unificado o país naquela época e nos

séculos seguintes. Ele foi quem lançou os fundamentos da catequese e educação dos jesuítas no Brasil. Foi ele também quem começou a reverter o quadro iniciado desde o descobrimento, em que os nativos eram vistos apenas como propriedade da Coroa e, como tal, passíveis de serem escravizados. José de Anchieta, agindo como apóstolo, plantou cultura Anchieta deixou sua marca também no campo cultural. Sua obra de conteúdo eminentemente religioso constituiu-se na primeira manifestação literária na Terra de Santa Cruz contribuindo fortemente para a formação da nascente cultura brasileira. Além de suas cartas, sermões e poesias, ele escreveu uma Gramática da língua tupi, idioma que ele dominava perfeitamente. Escreveu “De Gestis Mendi de Saa”, um livro que tratava dos feitos do Governador Geral Mem de Sá.

Em 1563, com o apoio dos franceses, a tribo dos Tamoios rebelou-se contra a colonização portuguesa. Anchieta e Pe. Manuel da Nóbrega, chefe da primeira missão jesuíta no Brasil, viajaram à aldeia de Iperoig (atual cidade de Ubatuba, litoral norte de São Paulo) visando conter a revolta. Anchieta ofereceu-se como refém, enquanto Manuel da Nóbrega partiu para negociar a paz. Durante o cativeiro, o jesuíta sofreu a tentação da quebra da castidade, uma vez que era costume entre os índios oferecer mulheres aos prisioneiros antes de sua morte. Anchieta fez, então, uma promessa a Nossa Senhora: dedicaria o mais belo poema em sua homenagem se conseguisse sair casto do cativeiro, que durou cinco meses.


Com versos escritos na areia, ele deu vida ao Poema à Virgem. É famoso seu “Poema da Bemaventurada Virgem Maria, Mãe de Deus”, que foi escrito originariamente nas areias da praia de Iperoig, no litoral da costa da Capitania. Nele se manifesta não só a erudição e estro do poeta, mas refulgem no texto as melhores doutrinas sobre a Virgem Maria e a expressão de uma devoção e de um extraordinário amor à Santa Mãe de Deus. ‘Por Ti, Mãe, o pecador está firme na esperança, Caminhar para o céu, Lar da Bem Aventurança! Ó Morada de paz! Canal de água sempre vivo, Jorrando água para a vida eterna!’

São também de autoria de Anchieta peças de teatro de cunho religioso e formativo. Entre elas está o “Auto da Pregação Universal” e ainda o “Na Festa de São Lourenço”, também chamada de “Mistério de Jesus”. Viveu com missionário, agiu como herói, morreu como santo A vida de José de Anchieta é como um sopro encorajador: é exemplo. Entusiasma e arrasta os que têm Fé. Convida os católicos a viver na caridade e no ardor missionário que evangeliza e santifica. Para os índios, ele foi médico, professor, foi amigo e defensor. Tornou-se o elo de ligação dos índios e colonos com os padres jesuítas, com a Igreja e a nação que estava sendo forjada. Mas José de Anchieta foi sobretudo sacerdote. Cuidava das doenças e feridas das almas, da espiritualidade de todo o povo. Por isso mesmo é que lhe foram dados vários títulos que lhe faziam homenagem, sendo que o que melhor lhe cai é o de “Apóstolo do Novo Mundo”, que para nós pode ser “traduzido” como “Apóstolo do Brasil”. Em 1566, Anchieta foi ordenado sacerdote. Três anos depois, fundou o povoado de Reritiba, atual Anchieta, no Espírito Santo. E, em 1577, foi nomeado Provincial da Companhia de Jesus no Brasil, função que exerceu até 1585. Em 1595, Anchieta retirou-se para Reritiba,

onde permaneceu até seu falecimento, aos 63 anos de idade, em 9 de junho de 1597. Foi beatificado pelo Papa João Paulo II, em 1980, quando então foi nomeado “Apóstolo do Brasil”. A assinatura do decreto de canonização do Apóstolo do Brasil ocorreu 417 anos depois de sua morte, no dia 24 de abril de 2014, pelo papa Francisco, em Roma. No relatório final dos postuladores sobre a vida do jesuíta, um documento de 488 páginas, há o registro de 5.350 histórias de pessoas que alcançaram graças rezando a José de Anchieta. Oração a São José Anchieta São José de Anchieta,Apóstolo do Brasil, Poeta da Virgem Maria, intercede por nós, hoje e sempre. Dá-nos a disponibilidade de servir a Jesus, como tu o serviste, nos mais pobres e necessitados. Protege-nos de todos os males do corpo e da alma. E, se for vontade de Deus, alcança-nos a graça que agora te pedimos (pede-se a graça). São José de Anchieta, Rogai por nós! Pai Nosso, Ave Maria, Glória.


Terminada na terra a obra que o Pai confiou ao Filho, O Espírito Santo foi enviado no dia de Pentecostes a fim de santificar continuamente a Igreja e, por Cristo, no único Espírito, terem os fiéis acesso junto ao Pai. Ele é o Espírito da vida, a fonte de água que jorra para a vida eterna. Por ele, o Pai dá vida aos homens mortos pelo pecado, até ressuscitar em Cristo seus corpos mortais. O Espírito habita na Igreja e nos corações dos fiéis como em um templo. Neles ora e dá testemunho da adoção de filhos. Conduz a Igreja ao conhecimento da verdade total, unifica-a na comunhão e nos ministérios, ilumina-a com diversos dons carismáticos e hierárquicos e enriquece-a com seus frutos. Pela força do evangelho, rejuvenesce a Igreja, renovando-a constantemente e a conduz à perfeita união com seu Esposo. Pois o Espírito e a Esposa dizem ao Senhor Jesus: “Vem!” Assim se apresenta a Igreja inteira como um povo reunido pela unidade do Pai, do Filho e do Espírito Santo. O conjunto dos fiéis, consagrado pela unção do Espírito Santo, não pode enganar-se na fé. Esta peculiaridade se exprime através do sentido sobrenatural da fé, quando na sua totalidade, a hierarquia e os fiéis leigos, manifestam um consenso universal em matéria de fé e costumes.

Com este senso de fé, formado e sustentado pelo Espírito da verdade, o povo de Deus, guiado pelo sagrado magistério a que obedece com fidelidade, acolhe não mais como palavras dos homens, mas, na realidade, a palavra de Deus, e adere sem esmorecimento à fé que, uma vez para sempre, foi transmitida aos santos (Jd 3). Nela penetra sempre mais profundamente, com reto julgamento, e cada vez mais plenamente a põe em prática em sua vida. Além disso, por meio dos sacramentos e ministérios, o Espírito Santo não apenas santifica e conduz o povo de Deus e o adorna com virtudes, mas ainda distribui a cada um seus dons conforme quer (1Cor 12,11), e concede também graças especiais aos fiéis de todas as condições. Torna-os assim aptos e disponíveis para assumir deveras obras ou funções, em vista de uma séria renovação e mais ampla edificação da Igreja, conforme foi dito: A cada um é dada a manifestação do Espírito em vista do bem comum (ICor 12,5). Estes carismas devem ser recebidos com ação de graças e consolação. Pois todos, desde os mais extraordinários aos mais simples e comuns, são perfeitamente apropriados e úteis às necessidades da Igreja. Constituição Dogmática Lumen Gentium sobre a Igreja Concílio Vaticano II - Séc. XX


Ao dar a seus discípulos poder para que fizessem os homens renascer em Deus, o Senhor lhes disse: Ide e fazei discípulos meus todos os povos, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo (Mt 28,19) Deus prometera, por meio dos profetas, que nos últimos tempos derramaria o seu Espírito sobre os seus servos e servas para que recebessem o dom da profecia. Por isso, o Espírito Santo desceu sobre o Filho de Deus, que se fez Filho do homem, habituando-se com ele a conviver com o gênero humano, a repousar sobre os homens e a morar na criatura de Deus. Assim renovava os homens segundo a vontade do Pai, fazendo-os passar da sua antiga condição para a vida nova em Cristo. São Lucas nos diz que esse Espírito, depois da ascensão do Senhor, desceu sobre os discípulos no dia de Pentecostes, com o poder de dar a vida nova a todos os povos e de fazê-los participar da Nova Aliança. Eis por que, naquele dia, todas as línguas se uniram no mesmo louvor de Deus, enquanto o Espírito congregava na unidade as raças mais diferentes e oferecia ao Pai as primícias de todas as nações. Foi por isso que o Senhor prometeu enviar o Paráclito, que os tornaria capazes de receber a Deus. Assim como a farinha seca não pode, sem água, tornar-se uma só massa nem um só pão, nós também, que

s o m os m u it os , nã o p od er ía m os transformar-nos num só corpo, em Cristo Jesus, sem a água que vem do céu. E assim como a terra árida não produz fruto se não for regada, também nós, que éramos antes como uma árvore ressequida, jamais daríamos frutos de vida, sem a chuva da graça enviada do alto. Com efeito, nossos corpos receberam, pela água do batismo, aquela unidade que os torna incorruptíveis; nossas almas, porém, a receberam pelo Espírito. O Espírito de Deus desceu sobre o Senhor como espírito de sabedoria e discernimento, espírito de conselho e fortaleza, espírito de ciência e de temor de Deus (Is 11,2). É este mesmo Espírito que o Senhor por sua vez deu à Igreja, enviando do céu o Paráclito sobre toda a terra, daquele céu de onde também Satanás caiu como um relâmpago (cf. Lc 10,18). Por esse motivo, temos necessidade deste orvalho da graça de Deus para darmos fruto e não sermos lançados ao fogo, e para que também tenhamos um Defensor onde temos um acusador. Pois o Senhor confiou ao Espírito Santo o cuidado da sua criatura, daquele homem que caíra nas mãos dos ladrões e a quem ele, cheio de compaixão, enfaixou as feridas e deu dois denários reais. Tendo assim recebido pelo Espírito a imagem e a inscrição do Pai e do Filho, façamos frutificar os dons que nos foram confiados e os restituamos multiplicados ao Senhor. Santo Irineu Dos Tratados contra as heresias - Séc. II


Estimados irmãos e irmãs, bom dia! A bonita prece do idoso que encontramos no Salmo 71 (70), que acabamos de ouvir, encoraja-nos a meditar sobre a forte tensão que habita a condição da velhice, quando a memória das dificuldades superadas e das bênçãos recebidas é posta à prova da fé e da esperança. A provação apresenta-se com a fraqueza que acompanha a passagem através da fragilidade e da vulnerabilidade da idade avançada. E o salmista – um idoso que se dirige ao Senhor – menciona explicitamente que este processo se torna ocasião de abandono, engano, prevaricação e arrogância, que às vezes recaem sobre os idosos. Uma forma de mesquinhez em que estamos a especializar-nos nesta nossa sociedade. É verdade! Nesta sociedade do descarte, nesta cultura do descarte, os idosos são postos de lado e sofrem estas situações. Com efeito, não faltam aqueles que se aproveitam da idade do idoso para o enganar, para o intimidar de mil maneiras. Lemos frequentemente nos jornais ou ouvimos notícias de pessoas idosas que são enganadas sem escrúpulos, a fim de se apoderar das suas poupanças; ou que são deixadas desprotegidas e abandonadas sem cuidados; ou que são ofendidas por formas de desprezo e intimidadas a renunciar aos seus direitos. Tais crueldades também acontecem nas famílias – e isto é grave, mas acontece inclusive nas famílias. Os idosos descartados, abandonados nas casas de repouso, sem que os filhos os visitem, ou quando vão, fazem-no poucas vezes por ano. O idoso posto precisamente num canto da existência. E isto acontece: acontece hoje, acontece nas famílias, acontece sempre. Devemos refletir sobre isto.

A sociedade como um todo deve apressarse a cuidar dos seus idosos – são o tesouro! – cada vez mais numerosos, e com frequência também mais abandonados. Quando ouvimos dizer que os idosos são despojados da própria autonomia, da sua segurança, até das suas casas, compreendemos que a ambivalência da sociedade atual em relação aos idosos não é um problema de emergências ocasionais, mas um traço da cultura do descarte que envenena o mundo em que vivemos. O idoso do salmo confia o seu desânimo a Deus: «Os meus inimigos já dizem de mim, e os que espiam a minha vida conspiram dizendo: “Deus abandonou-o”. Persegui-o, prendei-o porque não há ninguém para o salvar» (vv. 10-11). As consequências são fatais. A velhice não só perde a sua dignidade, como até se duvida que mereça continuar. Assim, todos somos tentados a esconder a nossa vulnerabilidade, a esconder a nossa doença, a nossa idade, a nossa velhice, porque tememos que sejam a antecâmara da nossa perda de dignidade. Perguntemo-nos: é humano induzir a este sentimento? Como pode a civilização moderna, tão avançada e eficiente, sentir tanta dificuldade diante da doença e da velhice, esconder a doença, esconder a velhice? E como pode a política, que se mostra tão empenhada em definir os limites de uma sobrevivência digna, ser ao mesmo tempo insensível à dignidade de uma convivência amorosa com os velhos e os doentes? O ancião do salmo que ouvimos, o idoso que vê a sua velhice como uma derrota, redescobre a confiança no Senhor. Sente a necessidade de ser ajudado. E dirige-se a Deus. Comentando este salmo, Santo Agostinho exorta o idoso: «Não temas ser abandonado na tua velhice. [...] Por que temes que [o Senhor] te abandone, que Ele te rejeite na velhice, quando faltarem as tuas forças? Aliás, só então a sua força estará em ti, quando faltar a tua» (PL 36, 881-882). E o salmista idoso invoca: «Pela vossa justiça, livrai-me, libertai-me; inclinai para mim os vossos ouvidos e salvai-me. Sede para mim rocha protetora, cidadela forte para me salvar, sim, vós sois o meu rochedo e a minha fortaleza!» (vv. 2-3). A invocação testemunha a fidelidade de Deus e põe em questão a sua capacidade de despertar a consciência desviada pela insensibilidade à parábola da vida mortal, que deve ser preservada na sua integridade. Reza ainda assim: «Ó Deus, não vos afasteis de mim. Meu Deus,


apressai-vos em me socorrer. Sejam confundidos e pereçam os que atentam contra a minha vida, sejam cobertos de vergonha e confusão os que procuram a minha desgraça» (vv. 12-13). Com efeito, a vergonha deve recair sobre aqueles que se aproveitam da fraqueza da doença e da velhice. A oração renova no coração da pessoa idosa a promessa da fidelidade e bênção de Deus. O idoso redescobre a oração e dá testemunho da sua força. Nos Evangelhos, Jesus nunca rejeita a oração das pessoas que necessitam de ajuda. Devido à sua fraqueza, os idosos podem ensinar àqueles que se encontram noutras idades da vida que todos nós devemos abandonar-nos ao Senhor, para invocar a sua ajuda. Neste sentido, todos devemos aprender com a velhice: sim, há um dom em ser idoso, entendido como abandonar-se aos cuidados dos outros, a começar pelo próprio Deus. E ntã o , exi s t e um “ m agi st éri o d a f r a g i l i d a d e ” , n ã o e s c o n d a m os a s fragilidades, não! São verdadeiras, há uma realidade e um magistério da fragilidade, que a velhice é capaz de nos lembrar de forma credível durante todo o período da vida humana. Não escondamos a velhice, não escondamos as fragilidades da velhice. Este é um ensinamento para todos nós. Este magistério abre um horizonte decisivo para a reforma da nossa civilização. Uma reforma indispensável para o benefício da convivência de todos. A marginalização dos idosos, quer conceitual quer prática, corrompe todas as fases da vida, e não apenas a da velhice. Cada um de nós pode pensar hoje nos idosos da família: como me relaciono com eles, recordo-me deles, visitoos? Procuro fazer com que nada lhes falte? Respeito-os? Os anciãos que fazem parte da minha família, mãe, pai, avô, avó, tios, amigos, cancelei-os da minha vida? Ou vou ter com eles para aprender a sabedoria, a sabedoria da vida? Lembra-te que também tu serás idoso ou idosa. A velhice chega para todos. E assim como gostarias de ser tratado ou tratada no momento da velhice, trata tu os idosos hoje. Eles são a memória da família, a memória da humanidade, a memória do país. Preservai os idosos, que são sabedoria. O Senhor conceda aos idosos que fazem parte da Igreja a generosidade desta invocação e desta provocação. Que esta confiança no Senhor nos contagie. E isto, para o bem de todos, deles, de nós e dos nossos filhos.

Saudações: Saúdo os fiéis de língua portuguesa, especialmente os grupos de peregrinos do Brasil e de Faro (Portugal), bem como os alunos e professores da Escola Secundária de Sobreira. Ontem, no encerramento do mês de maio, elevemos a Nossa Senhora, Mãe de Jesus, a nossa insistente súplica pela paz. Permaneçamos unidos a Ela, à espera de um novo Pentecostes, pedindo que o dom do Espírito Santo nos faça descobrir sendas de diálogo e unidade. Confio-vos à proteção materna da Virgem Maria e, de coração, vos abençoo. Resumo da catequese do Santo Padre: Na leitura inicial, o ancião volta-se para Deus numa daquelas situações de abandono, fraude e prepotência, que às vezes assolam o tempo da velhice. Acontece lermos nos jornais ou ouvirmos nos noticiários casos de idosos a quem roubam as suas economias, abandonam sem cuidados ou intimidam, desprezando os seus direitos. Inclusive em ambientes familiares, vemos idosos expropriados da sua pensão de ancianidade e até mesmo da sua casa. Quem explora assim a fragilidade humana, devia sentir vergonha. É, portanto, urgente que a sociedade se dedique com seriedade a cuidar dos seus idosos, combatendo a cultura do descarte. Perguntemo-nos: por que motivo a civilização moderna e a política se mostram tão insensíveis à dignidade de conviver com os idosos e os doentes? O ancião do salmo, quando lhe fizeram ver a sua velhice como uma derrota, reencontrou a confiança em Deus, ganhando forças na oração: «Não me abandones, Senhor, quando já não tiver forças» (Sal 71, 9). Os idosos, na sua debilidade, ensinam-nos que todos temos necessidade de nos entregar a Deus; chamemos-lhe o “magistério da fragilidade”, que é capaz de abrir um horizonte decisivo para a reforma da nossa civilização. Aproveitê-mo-lo! Papa Francisco Audiência Geral Praça São Pedro Quarta-feira, 01 de junho de 2022


ESPAÇO DAS CRIANÇAS É DIFÍCIL PARA O CÉU SUBIR SE VOCÊ NÃO ACREDITAR TEM QUE SABER COMO AGIR E COM O MAL SEMPRE LUTAR (SCFJ)

PENSE E RESPONDA O QUE É O PENTECOSTES? ELE SURGIU COM JESUS? O QUE O ESPÍRITO SANTO CAUSOU NOS APÓSTOLOS? EM QUAIS PESSOAS ELE AGE? E COMO? QUANTAS PESSOAS SE CONVERTERAM NAQUELE DIA?

VAMOS PINTAR?

DECIFRE A MENSAGEM A

B C

D

E

F

G

H

I

J

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L

M

N

O

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Q

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S

T

U

V W X

Y

Z

A B C D E F G HIJ K L M N O P Q R S T U V W XY Z

VINDE ESPÍRITO SANTO


SEGUIR O EXEMPLO Após a ressurreição, apesar das aparições de Jesus, os discípulos ainda tinham medo dos judeus que mataram Jesus. Mas eles obedecem a ordem de Jesus para ficar em Jerusalém. Encontrem os 5 erros.

APRENDENDO COM O YOUCAT

(Catecismo para crianças) Do céu, Jesus enviou-nos o Espírito Santo para estar conosco como consolador e amigo.

A paz que recebemos de Jesus ressuscitado é compromisso de vivê-la e testemunhá-la no mundo, em nossas famílias e na comunidade. Nesta celebração de Pentecostes, acolhamos o Espírito Santo com seus dons e renovemos nossa fé em Cristo, que nos envia como discípulos e discípulas para anunciarmos seu Reino de amor e de perdão.


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LARGO DO MACHADO - RIO DE JANEIRO - RJ

SE LIGA PRA NÃO FICAR POR FORA!

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