A Voz da Glória Ano 6 Edição 21

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Boletim semanal - Ano VI - Edição 21 - 2º Domingo da Páscoa

Recebei o Espírito Santo

A quem perdoardes os pecados, eles lhes serão perdoados; a quem os não perdoardes, eles lhes serão retidos POSTER DE JESUS MISERICORDIOSO

IGREJA MATRIZ DE NOSSA SENHORA DA GLÓRIA

LARGO DO MACHADO - RIO DE JANEIRO - RJ


Pascom Nossa Senhora da Glória Pároco - Padre Geovane Ferreira da Silva Dirigente espiritual - Diácono Jorge

Agentes - André Pessôa Flávia Mascarenhas Maria das Graças Luciana Gonçalves

IGREJA MATRIZ DE NOSSA SENHORA DA GLÓRIA

LARGO DO MACHADO - RIO DE JANEIRO - RJ

Coordenação - Elydia Sérgio Fadul Jr

Capa - Jesus aparece aos apóstolos - artista desconhecido

Missa com orações por Cura e Libertação Quarta-feira dia 27 de abril às 20 h

Dízimo Todo 2º domingo do mês. Seja um cristão comprometido, ajude sua Paróquia, seja um dizimista!!!!

Grupo Jovem Semente Convida todos os jovens de 19 a 29 anos a participarem do retiro "um só coração, uma só alma." Que acontecerá dia 30/04 sábado de 14 às 18 h, no salão paroquial, terminando com a santa missa as 18:30 h. Inscrições na secretaria ou na loja de artigos religiosos Missa de ação de Graças - Padre Geovane A matriz de N.S. da Glória convida a todos a participarem do aniversario sacerdotal de 20 anos do Padre Geovane Ferreira Silva que será celebrado dia 01/05 as 10 h. Grupo de Oração Todas as terças-feiras, às 19:30 h.

Oficina de Oração e Vida Toda quinta-feira em dois horários às 9 he/ou às 19 h. Não há inscrição, basta comparecer! Missa em desagravo ao Imaculado Coração de Maria Com as Filhas de Maria, sábados às 10 h. Pastoral do Catecumenato Convida a todos, a partir de 12 anos, que buscam os Sacramentos do Batismo, Eucaristia e/ou Crisma a participar dos encontros que acontecem às 18:30 h aos domingos, segundas ou terças.

Você sabia que para um melhor discernimento vocacional, devemos observar algumas orientações, advindas do próprio Jesus, na bíblia? Perseverança - Para perseverar é preciso ser fiel, acreditar no plano de Deus e não desistir no primeiro obstáculo. Suportar adversidades é ter paciência. Cristo perseverou até o fim. Testemunho - Testemunhar é levar adiante. Cristo ensina e é inspiração para os batizados que, como missionários, devem ser testemunhas do seu amor através de palavras e ações. Oração - Os homens têm sede de Deus. Ele é fonte de água viva que sacia e fortalece a caminhada. A oração proporciona um momento de diálogo com o Pai, que ouve e acolhe o clamor de seu filho. Vivência em comunidade - Encarar a vocação com seriedade é colocar Jesus no centro de tudo e, ao mesmo tempo, estar disponível aos irmãos. A vida em comunidade abre nosso coração para enxergar os pedidos de Deus e as necessidades dos homens. Viver o chamado de Deus não significa deixar de lado as coisas do mundo, mas percebê-las de uma maneira diferente.

Aqueles que se aproximam do sacramento da Penitência obtêm da misericórdia de Deus o perdão da ofensa a Ele feita e, ao mesmo tempo, são reconciliados com a Igreja, que tinham ferido com o seu pecado, a qual, pela caridade, exemplo e oração, trabalha pela sua conversão (CIC 1422). O sacramento de Penitência também é conhecido como sacramento da Conversão, sacramento da Confissão, sacramento do Perdão, ou sacramento da Reconciliação.


24 - Kathya Maria Dantas Maria Salete Martins Nonata Santos 25 - Alice Augusta Nougueira Antonia de Jesus Costa Carminda Lúcia Lima Cecília Camarinha Clara da Cruz Josenildo dos Santos 26 - Carmen Salles Linda Mondelli Rita de Cássia Navarro 27 - Dilce Presse Leny Gouvêa Sonia de Moura

28 - Anet Maisonnepte Ana Glória Alencar Carla da Silva Mello Luísa Elena Gottschalk 29 - Fania Ferreira João Carlos Mariano Terezinha de Jesus Limeira 30 - Florisbella de Castro Maria José Lucas 01 - Glaucia Costa Tiago Reis Yone de Lima

Pudera eu abrir meu coração e te mostrar o fundo Te revelar com gestos e palavras Que te amo muito Pudera eu retroceder na história, regressar no tempo Reencontrar aqueles que partiram sem o meu abraço

O grande segredo da vida é viver o dia Amanhã não sei o que vai ser, melhor viver agora A vida passa tão depressa, semelhante ao vento Não espere para amar depois Talvez não dê mais tempo Amor foi feito para amar Perdão foi feito pra se dar Não semeie pra colher depois, o tal ressentimento Portanto é melhor viver Pensando ser a despedida Olhando tudo ao seu redor Como quem vai embora Pudera eu fazer virar palavra este meu sentimento E te dizer o quanto sou feliz por seres meu amigo

Mas eu bem sei que o essencial de hoje é viver o agora Melhor assim: nem antes, nem depois O amor é agora Não deixes pra fazer depois se pode ser agora Um sorriso custa muito pouco e ilumina a alma Não permita que o sol se ponha sobre a tua ira Não há mágoa que no coração mereça ser trazida Amor foi feito para amar Perdão foi feito pra se dar Não semeie pra colher depois, o tal ressentimento Portanto é melhor viver Pensando ser a despedida Olhando tudo ao seu redor Como quem vai embora Padre Fábio de Melo


24 - São Fidelis de Sigmaringa 25 - São Marcos (Evangelista) 26 - Nossa Senhora da Esperança Nossa Senhora do Bom Conselho São Pascásio Radberto 27 - Santa Zita de Lucca 28 - S. Luiz Mª Grignion de Monfort 29 - Santa Catarina de Sena 30 - São José Benedito Cottolengo 01 - São José Operário


Origens Catarina nasceu em 25 de março de 1347, na cidade de Siena (Sena), na Itália. Filha de uma família muito pobre, ela foi uma entre os vinte e cinco filhos que seus pais tiveram. Por causa de toda essa situação, Catarina teve uma infância conturbada. Não teve condições de estudar e, além disso, cresceu fraca e franzina. Vivia sempre doente. Chamada desde criança Com apenas sete anos, a pequena Catarina quis consagrar a Deus sua virgindade. Já nessa idade, relatava visões em seus momentos de oração. Também já fazia penitências rigorosas, mesmo que sua família se opusesse a isso. Obedecendo ao chamado de seu coração, ela seguia em frente. Um exemplo que converte Tendo apenas quinze anos, a jovem Catarina decidiu ingressar na Ordem Terceira de São Domingos , ou, dominicana. Também como religiosa, em seus momentos de oração contemplativa, entrava em êxtases. A simples observação desses fatos levou à conversão centenas de pessoas durante a juventude da Santa.

Analfabeta e mestra Depois de adulta, Catarina de Sena continuou sua vida de oração e atuação na sociedade. Com o intuito de orientar o povo, e como não sabia escrever, ela passou a ditar cartas para as pessoas. Nessas cartas, ela orientava as atitudes conduzindo para a misericórdia e convocando a todos para o exercício da caridade, para o esforço pelo entendimento e pela paz. Influenciando os destinos da Igreja Então, apareceu a primeira grande dificuldade na vida de Catarina e da Igreja: o cisma católico. Fazia já setenta anos que a sede da Igreja estava em Avignon, na França, e não em Roma. Com isso, a autoridade da igreja sofria influência da política francesa. Muitos na igreja pensavam que seria impossível superar essa adversidade, porque dois papas estavam disputando a Cátedra de São Pedro. Com isso, o povo católico, em todo o mundo, sofria. Santa Catarina, porém, inspirada por Deus, começou a agir. Viajou pela Itália inteira e também por outros países, falando, pregando, ditando cartas aos reis, aos príncipes e aos governantes católicos. Também ditou cartas aos cardeais e aos bispos. Por fim, ela conseguiu que Urbano VI, o verdadeiro papa, voltasse para Roma e assumisse o legítimo governo da Igreja. Heroína durante a peste negra Outra grande dificuldade enfrentada por Santa Catarina de Sena, foi a peste negra. Para muitos, essa barreira seria intransponível. Santa Catarina, porém, enfrentou com serenidade e firmeza. A peste, com efeito, dizimou quase um terço de toda a população da Europa. Santa Catarina colocou-se ao lado dos doentes, lutando por eles e curando a


muitos através de ações diretas e de suas orações. Seu exemplo de amor e misericórdia converteu centenas de pagãos e deixaram seus contemporâneos perplexos. Analfabeta e Doutora da Igreja Em meio a todas essas turbulências em sua vida, Santa Catarina de Sena conseguiu deixar obras literárias extraordinárias, ditadas por ela, escritas e editadas por vários copistas. Sua obra é de grande valor histórico, espiritual, religioso e místico. Um de seus livros mais importantes é o "Diálogo sobre a Divina Providência". Esta obra é lida, estudada e respeitada até os dias de hoje. No seu tempo, teólogos famosos viajavam de longe para ouvir as pregações e meditações de Santa Catarina de Sena, por causa de sua grande sabedoria, profundidade teológica e poder da Palavra. Humildade e estigmas de Cristo Santa Catarina de Sena não era nem mesmo uma religiosa com votos perpétuos. Era apenas uma simples irmã leiga da Ordem Terceira dos Dominicanos. Porém, apesar de analfabeta, ela é considerada a mulher cristã mais impressionante do segundo milênio. Frágil, simples, além de toda a sabedoria de Deus, ela portava em seu corpo franzino os estigmas, ou seja, as chagas da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo. Morte Catarina de Sena faleceu em 29 de abril de 1380, dia de sua festa. Foi vítima de

um derrame quando tinha apenas trinta e três anos de idade. Em tão pouco tempo de vida, esta mulher admirável realizou muito pela Igreja e pela humanidade. A cabeça de Santa Catarina está na cidade de Sena. Lá se conserva a casa onde ela viveu. Seu corpo foi trasladado para Roma. Fica na Igreja de Santa Maria Sopra Minerva. O Papa Paulo VI declarou-a "doutora da Igreja" em 1970, por causa da grandeza teológica e mística de sua obra. Oração a Santa Catarina de Sena “Ó notável maravilha da Igreja, serva virgem, que por causa de suas extraordinárias virtudes e pelo que conseguistes para a Igreja e a Sociedade fostes aclamada e abençoada por todos. Volte teu bondoso olhar para mim, que confiante na tua poderosa proteção pede com todo o ardor da afeição e suplica a ti que obtenha pelas tias preces o favor que ardentemente desejo (dizer aqui a graça desejada). Com tua imensa caridade recebestes de Deus os mais estupendos milagres e tornou-se a alegria e a esperança de todos nós que oramos a ti e rogamos ao teu coração tu recebestes do Divino Redentor. Serva e virgem, demonstre de novo o seu poder e da sua caridade e o seu nome será novamente exaltado e abençoado e consiga para nós, a graça suplicada com a eficácia de sua intercessão junto a Jesus e ainda a graça especial de que um dia estejamos juntos no Paraíso em eterna alegria e felicidade. Amém. Pai Nosso... Ave Maria... Glória ao Pai... Santa Catarina de Sena, rogai por nós!”

Virgem do Rosário com São Domingos e Santa Catarina de Sena Lucas Valdés (Sevilha 1725)


Lembrando a felicidade da salvação recuperada, Paulo exclama: assim como por Adão entrou a morte neste mundo, da mesma forma por Cristo foi restituída a salvação ao mundo. (cf. Rm 5,12). E ainda: O primeiro homem, tirado da terra, é terrestre; o segundo homem, que vem do céu, é celeste (1Cor 15,47). E prossegue, dizendo: Como já refletimos a imagem do homem terreno, isto é, envelhecido pelo pecado, assim também refletimos a imagem do celeste (1Cor 15,49), ou seja, conservaremos a salvação do homem recuperado, redimido, renovado e purificado em Cristo. Segundo o mesmo Apóstolo, Cristo é o princípio, quer dizer, é o autor da ressurreição e da vida; em seguida, vêm os que são de Cristo, isto é, os que vivendo na imitação da sua santidade, podem considerar-se sempre seguros na esperança da sua ressurreição e receber com ele a glória da promessa celeste. É o próprio Senhor quem afirma no Evangelho: Quem me segue não perecerá, mas passará da morte para a vida (cf. Jo 5,24). Deste modo, a paixão do Salvador é a salvação da vida humana. Precisamente para isso ele quis morrer por nós, a fim de que, acreditando nele, vivamos para sempre. Ele quis, por algum tempo, tornarse o que somos, para que, alcançando a sua promessa de eternidade, vivamos com ele para sempre. É esta a imensa graça dos mistérios celestes, é este o dom da Páscoa, é esta a grande festa anual tão esperada, é este o princípio da nova criação.

Nesta solenidade, os novos filhos que são gerados nas águas vivificantes da santa Igreja, com a simplicidade de crianças recém-nascidas, fazem ouvir o balbuciar da sua consciência inocente. Nesta solenidade, os pais e mães cristãos obtêm, por meio da fé, uma nova e inumerável descendência. Nesta solenidade, à sombra da árvore da fé, brilha o esplendor dos círios com o fulgor que irradia da pura fonte batismal. Nesta solenidade, desce do céu o dom da graça que santifica os recém-nascidos e o sacramento espiritual do admirável mistério que os alimenta. Nesta solenidade, a assembleia dos fiéis, alimentada no regaço materno da santa Igreja, formando um só povo e uma só família, adorando a Unidade da natureza divina e o nome da Trindade, canta com o Profeta o salmo da grande festa anual: Este é o dia que o Senhor fez para nós, alegremo-nos e nele exultemos (Sl 117,24). Mas, pergunto, que dia é este? Precisamente, aquele que nos trouxe o princípio da vida, a origem e o autor da luz, o próprio Senhor Jesus Cristo que de si mesmo afirma: Eu sou a luz. Se alguém caminha de dia, não tropeça (Jo 8,12; 11,9), quer dizer, aquele que em todas as coisas segue a Cristo, chegará, seguindo os seus passos, ao trono da eterna luz. Assim pedia ele ao Pai em nosso favor, quando ainda vivia em seu corpo mortal, ao dizer: Pai, quero que onde eu estou, aí estejam também os que acreditaram em mim; para que assim como tu estás em mim e eu em ti, assim também eles estejam em nós (cf. Jo 17,20s). Da Homilia pascal de um Autor antigo (Sermo 35, 6-9:PL17 [ed. 1879],696-697)


Minha palavra se dirige a vós, filhos recém-nascidos, pequeninos em Cristo, nova prole da Igreja, graça do Pai, fecundidade da Mãe, germe santo, multidão renovada, flor de nossa honra e fruto do nosso trabalho, minha alegria e coroa, todos vós que permaneceis firmes no Senhor. É com palavras do Apóstolo que vos falo: Revesti-vos do Senhor Jesus Cristo e não deis atenção à carne para satisfazer as suas paixões (Rm 13, 14), a fim de que, também na vida, vos revistais daquele que revestistes no sacramento. Todos vós que fostes batizados em Cristo vos revestistes de Cristo. O que vale não é mais ser judeu nem grego, nem escravo nem livre, nem homem nem mulher, pois todos vós sois um só, em Jesus Cristo (Gl 3, 27-28).

Agora caminhais pela fé, vivendo neste corpo mortal como peregrinos longe do Senhor. Mas o vosso caminho seguro é aquele mesmo para quem vos dirigis, Jesus Cristo, que se fez homem por amor de nós. Para os seus fiéis ele preparou um grande tesouro de felicidade, que há de revelar e dar abundantemente a todos os que nele esperam, quando recebermos na realidade aquilo que recebemos agora só na esperança. Hoje é o oitavo dia do vosso nascimento. Hoje completa-se em vós o sinal da fé que, entre os antigos patriarcas, consistia na circuncisão do corpo no oitavo dia depois do nascimento segundo a carne. Por isso, o próprio Senhor, despojando-se por sua ressurreição da mortalidade da carne e revestindo-se de um corpo não diferente mas imortal, ao ressuscitar consagrou o “Dia do Senhor”, que é o terceiro dia depois de sua paixão, mas na contagem semanal dos dias, é o oitavo a partir do sábado, e coincide com o primeiro dia da semana. Por conseguinte, também vós participais do mesmo mistério, não ainda na realidade perfeita mas na certeza da esperança, porque recebestes a garantia do Espírito. Com efeito, se ressuscitastes com Cristo, esforçai-vos por alcançar as coisas do alto, onde está Cristo, sentado à direita de Deus; aspirai às coisas celestes e não às coisas terrestres. Pois vós morrestes, e a vossa vida está escondida, com Cristo, em Deus. Quando Cristo, vossa vida, aparecer em seu triunfo, então vós aparecereis também com ele, revestidos de glória (Gl 3, 1-4). Santo Agostinho - Sermões (Sermão 8) - Séc. V)

Nisto reside a força do sacramento: é o sacramento da vida nova que começa no tempo presente pela remissão de todos os pecados passados, e atingirá sua plenitude na ressurreição dos mortos. Pelo batismo na sua morte, fostes sepultados com Cristo, para que, como Cristo ressuscitou dos mortos, assim também leveis uma vida nova (cf. Rm 6,4).


A Festa da Misericórdia foi instituída para toda a Igreja pelo saudoso Papa São João Paulo II, no ano de 2000, para ser celebrada sempre no segundo domingo de Páscoa. Segundo consta, era um desejo do próprio Jesus que fora revelado como um pedido especial a Santa Faustina Kowalska, uma religiosa polonesa, em 1931. E, este domingo coincide com o Evangelho de João, quando Jesus, no primeiro dia da semana, no dia de sua ressurreição, aparece aos apóstolos e institui o sacramento da confissão (Jo 20, 19-23). Santa Faustina escreveu esta revelação em seu diário: “Desejo que a Festa de Misericórdia seja um refúgio para todas as almas, especialmente para os pecadores. Neste dia estarão abertas as entranhas da minha Misericórdia. Derramarei um mar de graças nas almas que se aproximarem da fonte da minha Misericórdia. A alma que se confessar e comungar alcançará o perdão das culpas e castigos. Nesse dia estarão abertas as comportas divinas, pelas quais fluem as graças. Desejo que seja celebrada solenemente no primeiro domingo depois da Páscoa. A humanidade não terá paz enquanto não se voltar à fonte de minha misericórdia” (Diário n. 699). Prezados irmãos e irmãs. A Festa da Divina Misericórdia é um convite a todo cristão para experimentar a própria Misericórdia de Deus através do sacramento da confissão, entendendo ainda que, conhecendo e confiando na Misericórdia de Deus, compreendemos sua acolhida e o seu perdão.

Recordando o Evangelho de São João, vemos o primeiro encontro de Jesus com seus discípulos, após a paixão e a morte na cruz. Apenas o discípulo amado foi quem havia permanecido aos pés da cruz, com Maria, a Mãe de Jesus e Maria de Cléofas, conforme no relato da paixão. Porém, mesmo depois de ter sido traído por Judas I s c a r i o t es , n e g a d o p o r P e d r o e abandonado pelos outros discípulos, Jesus Ressuscitado os reencontra. Entra no lugar onde estavam desejando-lhes a paz, transmitindo-lhes os dons do Espírito Santo e a missão de perdoar. “Recebei o Espírito Santo. A quem perdoardes os pecados, eles lhes serão perdoados; a quem não os perdoardes, eles lhes serão retidos” (Jo 20, 22b – 23). A experiência com Jesus ressuscitado traz consigo uma grande missão aos apóstolos e revela mais uma vez como Deus é bom e misericordioso. Assim também diz o salmista: “Dai graças ao Senhor, porque Ele é bom! Eterna é a sua misericórdia!” (Sl 117). Quando tudo parece ter chegado ao fim na cruz, Jesus Ressuscitado alegra seus discípulos e marca um novo começo com o sinal de paz como dom derramado sobre eles. Assim, o testemunho dos discípulos é verdadeiro. Na Primeira Leitura do Livro dos Atos dos Apóstolos narra a formação das primeiras comunidades e mostra que os sinais que os apóstolos realizam e o testemunho que eles dão, converte numerosa multidão. Nos fala da adesão incontável dos fiéis à comunidade. Vendo uma comunidade realmente fraterna, as pessoas começam a questionar. O que isso significa? Sobretudo, quando os sinais prodigiosos acompanham esta comunidade. Sinais que devem conduzir a Jesus de Nazaré, cuja ressurreição a comunidade proclama e torna Jerusalém, a primeira comunidade a dar testemunho de Cristo Ressuscitado. Acolhendo a mensagem deste Domingo da Divina Misericórdia, acorramos ao encontro da graça que nos é oferecida pelo Sacramento da Confissão e experimentemos o amor de Deus derramado sobre nós como comunidade de irmãos, testemunhando a todos que o “Senhor é bom e eterna é a sua misericórdia”. “Jesus, eu confio em vós!” Amém. Dom Adimir Antonio Mazali - CNBB



Hoje o Senhor ressuscitado aparece aos discípulos e oferece a eles - que o haviam abandonado - a sua misericórdia, mostrando as suas chagas. As palavras que lhes dirige estão cadenciadas por uma saudação, que aparece três vezes no Evangelho de hoje: “A paz esteja convosco!” (Jo 20,19.21.26). “A paz esteja convosco!” é a saudação do Ressuscitado que vem ao encontro de todas as fraquezas e erros humanos. Vamos então seguir as três saudações de paz de Jesus: descobriremos em nós três ações da misericórdia divina. Em primeiro lugar, dá alegria; depois, desperta o perdão; e finalmente, consola durante o cansaço. 1. Em primeiro lugar, a misericórdia de Deus dá alegria, uma alegria especial, a alegria de se sentir gratuitamente perdoado. Quando, na noite de Páscoa, os discípulos veem Jesus e o ouvem dizer pela primeira vez “A paz esteja convosco!”, alegram-se (cf. v. 20). Eles estavam trancados em casa com medo; mas também estavam fechados em si mesmos, dominados por uma sensação de fracasso. Eram discípulos que haviam abandonado o Mestre: no momento de sua prisão, haviam fugido. Pedro até o negou três vezes e alguém pertencente ao seu grupo – mesmo um deles! - havia sido o traidor. Tinham motivos para se sentir não apenas assustados, mas fracassados, gente sem valor algum. No passado, é claro, eles tinham feito escolhas corajosas, haviam seguido o Mestre com entusiasmo, compromisso e generosidade, mas no final tudo havia desmoronado; o medo havia prevalecido e eles tinham cometido o grande pecado: deixar Jesus sozinho no momento mais trágico. Antes da Páscoa, eles pensavam que eram feitos para grandes coisas, discutiam sobre quem era o maior entre eles e assim por diante...

Agora, eles se encontram mesmo no fundo do poço. Nesse clima, ouvem por primeira vez “A paz esteja convosco!”. Os discípulos poderiam ter se sentido envergonhados e, em vez disso, se alegraram – Quem os entende? – Porque? Porque aquele rosto, aquela saudação, aquelas palavras desviam o foco de sua atenção de si mesmos para Jesus: de fato, “os discípulos se alegraram - o texto especifica - ao ver o Senhor” (v. 20). Eles são distraídos de si mesmos e de seus fracassos e atraídos pelo olhar do Senhor, onde não há severidade, mas misericórdia. Cristo não se queixa do p a s s a d o , m a s t r a n s m it e - l h e s a benevolência de sempre. E isso os reanima, infunde a paz perdida em seus corações, os torna homens novos, purificados por um perdão concedido sem cálculos, um perdão concedido sem méritos. Esta é a alegria de Jesus, a alegria que também nós sentimos ao experimentar o seu perdão. Já nos aconteceu de assemelhar-nos aos discípulos da Páscoa: depois de uma queda, um pecado, um fracasso. Nesses momentos parece que não há mais nada a ser feito. Mas ali mesmo o Senhor tudo faz para nos dar a sua paz: através de uma Confissão, das palavras de uma pessoa que se aproxima, de uma consolação interior do Espírito, de um acontecimento inesperado e surpreendente... De várias maneiras Deus se desvela para fazer-nos sentir o abraço de sua misericórdia, uma alegria que vem de receber “o perdão e a paz”. Sim, a alegria de Deus é uma alegria que nasce do perdão e que traz paz. É mesmo assim: nasce do perdão e traz a paz; uma alegria que eleva sem humilhar, como se o Senhor não entendesse o que está acontecendo. Irmãos e irmãs, lembremo-nos do perdão e da paz recebidos de Jesus. Cada um de nós já os recebemos; cada um de nós já fez a experiência. Recordemo-nos brevemente: nos fará bem! Coloquemos a memória do abraço e das carícias de Deus antes da lembrança dos nossos erros e das nossas quedas. Assim alimentaremos a alegria. Porque nada pode ser como antes para quem experimenta a alegria de Deus! Esta alegria que transforma!


a 2. “A paz esteja convosco!” O Senhor o diz uma segunda vez, acrescentando: “Assim como o Pai me enviou, também eu vos envio” (v. 22). E dá aos discípulos o Espírito Santo, para torná-los agentes de reconciliação: “A quem perdoardes os pecados, lhes serão perdoados” (v. 23). Eles não apenas recebem misericórdia, mas tornam-se dispensadores da mesma misericórdia que receberam. Eles recebem esse poder, mas não por seus méritos, por seus estudos, não: é um puro dom da graça, que, no entanto, se baseia em sua experiência como homens perdoados. Agora dirijo-me a vós, missionários da Misericórdia: se cada um de vós não se sente perdoado, que deixe de ser um missionário da Misericórdia, até o momento em que se sinta novamente perdoado. E daquela misericórdia recebida sereis capazes de dar tanta misericórdia, de dar tanto perdão. E hoje e sempre na Igreja, o perdão deve chegarnos assim, através da humilde bondade de um confessor misericordioso, que sabe que não é detentor de algum poder, mas canal de misericórdia, que derrama sobre os outros o perdão do qual ele primeiro se beneficiou. E daqui nasce aquela disposição de perdoar tudo, pois Deus perdoa tudo. Tudo e sempre. Somos nós que nos cansamos de pedir o perdão, mas Ele perdoa sempre. E vós deveis ser canais deste perdão, através da experiência de ter sido perdoados. Não é necessário torturar os fiéis que chegam até vós com os seus pecados, mas entender o que lhes acontece, escutar, perdoar e dar bons conselhos ajudando-os a seguir em frente. Deus perdoa tudo: não é preciso fechar aquela porta...

“A quem perdoardes os pecados, lhes serão perdoados.” Estas palavras estão na origem do sacramento da Reconciliação, mas não só. Toda a Igreja foi feita por Jesus uma comunidade dispensadora de misericórdia, um sinal e um instrumento de reconciliação para a humanidade. Irmãos, irmãs, cada um de nós recebeu o Espírito Santo no Batismo para ser homem e mulher de reconciliação. Quando experimentamos a alegria de sermos libertos do peso dos nossos pecados, dos nossos fracassos; quando sabemos em primeira mão o que significa renascer, depois de uma experiência que parecia não ter saída, então precisamos compartilhar o pão da misericórdia com aqueles que nos rodeiam. Sintamo-nos chamados a isso. E perguntemo-nos: eu, aqui onde vivo, eu na minha família, eu no trabalho, na minha comunidade, promovo a comunhão, sou um “tecelão de reconciliação”? Comprometo-me a desarmar conflitos, a trazer perdão onde há ódio, paz onde há ressentimento? Ou caio no mundo das murmurações, que sempre matam? Jesus procura em nós testemunhas para o mundo destas suas palavras: “A paz esteja convosco!” Recebi a paz, devo transmiti-la ao outro.

3. “A paz esteja convosco!” repete o Senhor pela terceira vez quando reaparece oito dias depois aos discípulos, para confirmar a fé laboriosa de Tomé. Tomé quer ver e tocar. E o Senhor não se escandaliza com a sua incredulidade, mas vem ao seu encontro: “Coloque o dedo aqui e veja as minhas mãos” (v. 27). Não são palavras de desafio, mas de misericórdia. Jesus compreende a


dificuldade de Tomé: não o trata com severidade e o apóstolo fica abalado interiormente com tanta benevolência. E é assim que, de incrédulo, ele se torna crente e faz a mais simples e bela confissão de fé: “Meu Senhor e meu Deus!” (v. 28). É uma bela invocação, podemos torná-la nossa e repeti-la ao longo do dia, especialmente quando experimentamos dúvidas e trevas, como Tomé. Porque em Tomé está presente a história de cada crente, de cada um de nós, de cada fiel: há momentos difíceis, nos quais a vida parece negar a fé, nos quais estamos em crise e precisamos tocar e ver. Mas, como Tomé, é precisamente aqui que redescobrimos o coração do Senhor, a sua misericórdia. Nessas situações, Jesus não vem em nossa direção triunfante e com provas contundentes, não realiza milagres prodigiosos, mas oferece sinais calorosos de misericórdia. Ele nos conforta com o mesmo estilo do Evangelho de hoje: oferecendo-nos suas chagas. Não esqueçamos isto: diante dos pecados, do pecado mais horrendo, nosso ou dos demais, existe sempre a presença do Senhor que oferece as suas chagas. Não esqueçam disto! E, em nosso ministério como confessores, devemos fazer ver às pessoas que diante dos seus pecados estão as chagas do Senhor, que são mais poderosas que o pecado. E também nos faz descobrir as feridas dos irmãos e irmãs. Sim, a misericórdia de Deus, nas nossas crises e nos nossos esforços, coloca-nos muitas vezes em contacto com os sofrimentos do próximo. Achávamos que estávamos no ápice do sofrimento, no auge de uma situação difícil, e então descobrimos aqui, permanecendo em silêncio, que existe alguém que está passando por momentos, períodos piores. E, se cuidarmos das feridas do próximo e derramarmos misericórdia sobre ele, renasce em nós uma nova esperança, que nos consola no cansaço. Então, perguntemo-nos se nos últimos tempos tocamos as feridas de alguém que sofre no corpo ou no espírito; se trouxemos paz a um corpo ferido ou a um espírito quebrantado; se passamos algum tempo ouvindo, acompanhando, consolando. Quando fazemos isso, encontramos Jesus que, com os olhos de quem é provado

pela vida, nos olha com misericórdia e diz: “A paz esteja convosco!” E, me agrada pensar na presença de Nossa Senhora ali, em meio aos Apóstolos, e como, depois de Pentecostes, a pensamos como Mãe da Igreja: me agrada muito pensar n’Ela na segunda-feira após o Domingo da Misericórdia como Mãe da Misericórdia. Que Ela nos ajude a seguir em frente em nosso ministério que é tão belo. HOMILIA DO PAPA FRANCISCO Basílica de São Pedro II Domingo de Páscoa o da Divina Misericórdia 24 de abril de 2022 vatican.va


Queridos irmãos e irmãs, Buongiorno! Hoje, último dia da oitava da Páscoa, o Evangelho narra a primeira e a segunda aparição do Ressuscitado aos discípulos. Jesus vem na Páscoa, enquanto os Apóstolos estão fechados no Cenáculo, por medo, mas como Tomé, um dos Doze, não está presente, Jesus volta oito dias depois (cf. Jo 20,19-29). Vamos nos concentrar nos dois personagens principais, Tomé e Jesus, olhando primeiro para o discípulo e depois para o Mestre. Há um bom diálogo entre esses dois. O apóstolo Tomé, em primeiro lugar. Ele representa todos nós, que não estávamos presentes no Cenáculo quando o Senhor apareceu, e não tivemos outros sinais físicos ou aparições dele. Também nós lutamos às vezes como aquele discípulo: como podemos crer que Jesus ressuscitou, que nos acompanha e é o Senhor da nossa vida sem tê-lo visto, sem tê-lo tocado? Como alguém pode acreditar nisso? Por que o Senhor não nos dá um sinal mais claro de sua presença e amor? Algum sinal de que vejo melhor... Aqui

também nós somos como Thomas, com as mesmas dúvidas, os mesmos raciocínios. Mas não precisamos ter vergonha disso. Ao nos contar a história de Tomé, de fato, o Evangelho nos diz que o Senhor não está procurando cristãos perfeitos. O Senhor não está procurando por cristãos perfeitos. Digo-vos: tenho medo quando vejo um cristão, algumas associações de cristãos que se julgam perfeitos. O Senhor não está procurando cristãos perfeitos; o Senhor não está procurando por cristãos que nunca duvidem e sempre ostentem uma fé inabalável. Quando um cristão é assim, algo não está certo. Não, a aventura da fé, como para Tomé, consiste em luzes e sombras. Caso contrário, que tipo de fé seria essa? Conhece tempos de conforto, zelo e entusiasmo, mas também de cansaço, confusão, dúvida e escuridão. O Evangelho nos mostra a “crise” de Tomé para nos dizer que não devemos temer as crises da vida e da fé. As crises não são pecados, fazem parte da jornada, não devemos temê-las. Muitas vezes, nos humilham porque nos tiram a ideia de que estamos bem, de que somos melhores que os outros. As crises ajudamnos a reconhecer que somos necessitados: elas reacendem a necessidade de Deus e, assim, permitem-nos voltar ao Senhor, tocar as suas feridas, experimentar novamente o seu amor como se fosse a primeira vez. Queridos irmãos e irmãs, é melhor ter uma fé imperfeita, mas humilde, que sempre retorna a Jesus, do que uma fé forte, mas presunçosa, que nos torna orgulhosos e arrogantes. Ai


daqueles, ai deles! eles reacendem a necessidade de Deus e, assim, permitemnos voltar ao Senhor, tocar as suas feridas, experimentar novamente o seu amor como se fosse a primeira vez. Queridos irmãos e irmãs, é melhor ter uma fé imperfeita, mas humilde, que sempre retorna a Jesus, do que uma fé forte, mas presunçosa, que nos torna orgulhosos e arrogantes. Ai daqueles, ai deles! eles reacendem a necessidade de Deus e, assim, permitem-nos voltar ao Senhor, tocar as suas feridas, experimentar novamente o seu amor como se fosse a primeira vez. Queridos irmãos e irmãs, é melhor ter uma fé imperfeita, mas humilde, que sempre retorna a Jesus, do que uma fé forte, mas presunçosa, que nos torna orgulhosos e arrogantes. Ai daqueles, ai deles!

Irmãos e irmãs, sobretudo quando vivemos momentos de cansaço e crise, Jesus Ressuscitado deseja voltar para ficar conosco. Ele só espera que o procuremos, o invoquemos, ou mesmo, como Tomé, protestemos, levando-lhe nossas necessidades e nossa incredulidade. Ele sempre volta. Por quê? Porque ele é paciente e misericordioso. Ele vem para abrir os cenáculos de nossos medos e incredulidade, porque ele sempre quer nos dar outra chance. Jesus é o Senhor das “outras oportunidades”: sempre nos dá outra, sempre. Então, vamos pensar na última vez – vamos tentar lembrar um pouco – que, durante um momento difícil ou um período de crise, nos f ec ha m o s e m n ós m es m os , n o s entrincheirando em nossos problemas e fechando Jesus para fora de casa. E prometamos a nós mesmos, da próxima vez, em nosso cansaço, buscar Jesus, voltar para ele, ao seu perdão – ele sempre perdoa, sempre! – para voltar àquelas feridas que nos curaram. Desta forma, também seremos capazes de compaixão, de abordar as feridas dos outros sem inflexibilidade e sem preconceitos. Que Nossa Senhora, Mãe da Misericórdia – gosto de pensar nela como a Mãe da Misericórdia na segunda-feira depois do E diante da ausência de Tomé e do seu Domingo da Misericórdia – nos caminho, que muitas vezes é também o acompanhe no caminho da fé e do amor. Papa Francisco nosso, o que faz Jesus? O Evangelho diz Regina Caeli - Praça de São Pedro duas vezes que ele “veio” (vv. 19, 26). 2º Domingo da Páscoa, festa litúrgica da Divina Misericórdia 24 de abril de 2022 Primeiro uma vez, depois uma segunda vez, oito dias depois. Jesus não desiste, não se cansa de nós, não tem medo das nossas crises, das nossas fraquezas. Ele sempre volta: quando as portas estão fechadas, ele volta; quando estamos em dúvida, ele volta; quando, como Thomas, precisamos encontrá-lo e tocá-lo de perto, ele volta. Jesus sempre volta, sempre bate à porta, e não volta com sinais poderosos que nos fariam sentir pequenos e inadequados, até envergonhados, mas com suas feridas; ele volta mostrando-nos as suas feridas, sinais do seu amor que desposou as nossas fragilidades.


Com o seu coração compassivo de Mãe, não poderia permanecer indiferente às mazelas dos seus filhos neste vale de lágrimas. A Mãe de Jesus e nossa merece, portanto, ser honrada como Mãe da Misericórdia. Existe uma íntima relação entre Maria Santíssima, a Mãe de Jesus, o mistério da misericórdia divina e a prática da misericórdia. Maria está desde a sua concepção envolta na misericórdia infinita do Pai, pelo Filho e no Espírito (preservada do pecado e do demônio), ao mesmo tempo em que o seu agir – antes e depois da sua Assunção – está assinalado pelo amor efetivo aos seres humanos (especialmente pelos pecadores e sofredores). Oficialmente, a Igreja Católica aprovou em 15/8/1986, o formulário da Missa Votiva “S anta M aria , Ra in ha e Mã e de Misericórdia”, importante marco para a história de sua veneração (sem nos esquecermos que em 30/11/1980, o Papa João Paulo II destacara na sua Encíclica Dives in misericordia que Maria é a “pessoa que conhece mais a fundo o mistério da misericórdia divina” N. 9). Anos depois (1997), o Catecismo da Igreja Católica diria que ao rezar na Ave-Maria: “rogai por nós, pecadores”, estamos recorrendo à “Mãe da misericórdia” (CIC, N. 2677).

Salve Rainha… A invocação “Salve, Rainha de misericórdia”, se encontra pela primeira vez com o Bispo Adhémar, de Le Puy (+ 1098), que destaca a qualidade do olhar materno de Maria: “esses vossos olhos misericordiosos a nós volvei”, e conclui com o sentido desta sua misericórdia: “ó clemente, ó piedosa, ó doce, Virgem Maria.” Já o título “Mãe de Misericórdia”, acreditase que foi dado pela primeira vez a Maria por Santo Odão (+942), abade de Cluny. “Ego sum Mater misericordiae” (Eu sou a Mãe de Misericórdia), Maria lhe teria dito em sonho. No mundo oriental, podemos encontrar testemunhos ainda mais antigos. O padre oriental Tiago de Sarug (+521), aplicou a Maria explicitamente o título de “Mãe de misericórdia” (Sermo de transitu), o que é, por muitos considerado como sua primeira atribuição em absoluto. Relação com a Mensagem da Divina Misericórdia Em Vilna, capital da Lituânia, se venera a imagem da Mãe da Misericórdia de Aušros Vartai (Portal da Aurora), desde 1522. Ela está localizada em uma das entradas do antigo muro.


Em 1773, o Papa Clemente XIV concedia indulgências a quem rezasse ali com devoção, e em 1927 o Papa Pio XI permitiu que a pintura fosse solenemente coroada com o título de Maria, Mãe de Misericórdia. Sua festa é celebrada em 16 de novembro. Em nossos tempos, Santa Faustina Kowalska†, mística polonesa, nos repropõe à centralidade da Divina Misericórdia para a fé e a vida da Igreja, recorrendo a Maria Santíssima como Mãe da Misericórdia, padroeira da Congregação religiosa a que pertencia (cf. Diário 79, 449, 1560), cuja festa celebrava (a Congregação) em 5 de agosto. Por Providência divina, a primeira vez em que a imagem de Jesus Misericordioso foi publicamente venerada foi justamente em Vilna (cf. Diário, 417). Mas, em qual sentido nós podemos proclamar Maria com o título de Mãe da misericórdia? Sem cometer o grave equívoco de pensar que a misericórdia é reservada a Maria e a justiça a Jesus (como muitos medievais chegaram apensar), o título “Mãe da Misericórdia” ou “Mãe de misericórdia” assim se justifica: Maria é a mulher que experimentou de modo único a misericórdia de Deus – que a envolveu de modo particular desde a sua Imaculada Conceição, passando pela Anunciação, como discípula fiel do seu Filho, até o grande momento da Sua Páscoa (paixão, morte, ressurreição, glorificação e Pentecostes). Ela é kecharitoméne, “cheia de graça”, ou seja, totalmente transformada pela benevolência divina (cf. Ef 1,6). Maria é a mãe que gerou a misericórdia divina encarnada – graça extraordinária que coloca a jovem Maria, a partir da Encarnação do Filho de Deus, numa relação inimaginável de intimidade com o próprio “Pai das misericórdias” (2 Cor 1,3). A partir do seu “eisme aqui” e do seu “faça-se”, a misericórdia divina se faz carne e entra na história. Maria é a profetisa que exalta a misericórdia de Deus – pois no seu cântico, o “Magnificat”, por duas vezes – unida ao Filho do Altíssimo e ao seu Espírito – ela louva ao Pai misericordioso: “a sua misericórdia se estende de geração em geração sobre aqueles que o temem”; “socorreu Israel, seu servo, lembrando-se de sua misericórdia” (Lc 1,50.54). Maria é a intercessora incansável do povo de

Deus – elevada aos Céus em corpo e alma, ela não deixa de apresentar as necessidades dos fiéis ao seu Filho, a quem rogou pelos esposos de Caná, quando vivia na terra (cf. Jo 2,1ss). Ela “continua a alcançar-nos os dons da salvação eterna”, como ensina o Concílio Vaticano II (Lumen gentium, N. 62), praticando assim a misericórdia, sobretudo para com os que padecem dos males da alma (pecadores), mas também do corpo (todos os que sofrem). Maria é a apóstola incansável da misericórdia divina – com a permissão e o envio do seu Filho, ela visitou inúmeras vezes os seus filhos ainda peregrinos neste mundo. É o que podemos contemplar nas aparições que já gozam de beneplácito eclesial (Guadalupe, La Salette, Lourdes, Knock, Fátima etc.), que convidam todos a se aproximar do “trono da graça”, que é o seu Filho. Com o seu coração compassivo de Mãe, não poderia permanecer indiferente às mazelas dos seus filhos neste vale de lágrimas. A Mãe de Jesus e nossa merece, portanto, ser honrada como Mãe da Misericórdia. Comunidade Shalom


ESPAÇO DAS CRIANÇAS Após o momento da cruz Poucos acreditavam em Jesus Pensavam ainda estar Ele morto E às mulheres ainda olhavam torto Na ressurreição ainda não acreditavam Quando Jesus saudou aos que ali estavam (SCFJ)

PENSE E RESPONDA O QUE JESUS QUIS DIZER COM A SAUDAÇÃO? POR QUE JESUS MOSTROU SUAS CHAGAS? QUEM NÃO ESTAVA NO MEIO DOS APÓSTOLOS? POR QUE ELE NÃO ACREDITOU?

VAMOS PINTAR?

DECIFRE A MENSAGEM A

B C

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U

V W X

Y

Z

A B C D E F G HIJ K L M N O P Q R S T U V W XY Z

A PAZ ESTEJA CONVOSCO


É INCRÍVEL! A AUSÊNCIA DE TOMÉ NOS MOSTRA QUE JESUS É QUEM É, MESMO QUANDO NÃO O ENXERGAMOS OU NÃO O TOCAMOS. ACHE OS ERROS ENTRE AS IMAGENS.

DESCOBRINDO PINTE NA GRADE AS LETRAS E SÍMBOLOS NO QUADRO VERMELHO ABAIXO E DESCUBRA QUAL A MENSAGEM DE JESUS



IGREJA MATRIZ DE NOSSA SENHORA DA GLÓRIA

LARGO DO MACHADO - RIO DE JANEIRO - RJ

No site da nossa Paróquia encontramos os folhetos da Missa e os Boletins, Paroquial e da Arquidiocese para leitura sem necessitar fazer o download e encher mais ainda o seu smartphone. Visite e comprove! WWW.NSDAGLORIA.COM.BR/BOLETIM PASCOM, SEMPRE BUSCANDO SOLUÇÕES PARA VOCÊ


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