A Voz da Glória edição 012 - Março 2018 - Ano 2

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A CARTA DE UM MENINO "Amado Menino Jesus! Em pouco tempo você descerá sobre a terra. Queria ganhar um missal, uma casula verde e o coração de Jesus. Serei sempre um bom menino". São os desejos de um garoto de sete anos, o em uma carta encontrada na casa Pentling, na Alemanha durante obras de reestruturação. Em 1934, os irmãos Georg e Joseph e a irmã Maria, escreveram uma carta ao Menino Jesus, fazendo pedidos de presentes de Natal. Na Baviera existe a bela tradição católica de que o Menino Jesus é quem traz os presentes e os deixa na árvore de Natal. Georg, que tinha dez anos, queria ganhar a partitura de uma música e uma casula branca, ____

enquanto Maria, que tinha treze anos sonhava com um livro cheio de desenhos. Joseph, que tinha sete anos, com uma escrita muito precisa, pediu um missal, uma casula verde e o coração de Jesus. As cartas foram escritas numa única folha para economizar, pois na época o papel custava caro e a família Ratzinger não era rica. O caráter "eclesiástico" dos pedidos não deveria surpreender, pois na Alemanha, nesta época, a Missa era um tema presente nas brincadeiras infantis. "Nós dois montávamos juntos o presépio, brincávamos de padre, com casulas feitas pela costureira de nossa mãe, era como se celebrássemos a missa, disse Dom Georg Ratzinger. Do livro " Meu irmão, o Papa".

Quem é atingido pela misericórdia de Deus não julga ninguém. Ama, analisa e tenta ajudar, mas não julga ninguém e, acima de tudo, não condena! Quem somos nós para condenar alguém? Quem foi atingido pelo amor misericordioso de Deus é transformado por esse misericordioso amor, pois esse amor de Deus vai até o fundo da nossa alma, atinge todas as membranas nossas, todas as nossas células são tocadas por este amor maravilhoso. Este amor nos cura e nos liberta. Só quem é atingido pela misericórdia de Deus é capaz de se tornar misericórdia para com o seu próximo, para com o seu irmão. Este é o convite que Deus faz a nós neste tempo de graça: que nos deixemos ser moldados pela Sua misericórdia. Que nos permitamos ser atingidos até o profundo do nosso ser por Sua infinita misericórdia e esta graça (misericórdia) irá produzir muitos frutos em nossa vida. Primeiro: seremos misericordiosos uns com os outros, saberemos ter paciência com os limites, com as dificuldades e com o passo que cada um tem. E não é assim que Deus age conosco? Não é Deus que tem paciência conosco? Não é Deus que compreende os nossos limites? Não é Deus que compreende sempre as nossas fragilidades? Por que é que nós não podemos compreender, ter paciência e suportar os defeitos, os limites e as condições que cada um tem?

Quem é atingido pela misericórdia de Deus não julga ninguém; ama, analisa, tenta ajudar, mas não julga ninguém e, acima de tudo, não condena! Quem somos nós para condenar alguém? Quem somos nós para emitir sentença a respeito do outro? Para dizer que ninguém vale nada, para dizer que alguém está perdido? Quem somos nós para excluirmos alguém do coração de Deus ou do Reino de Deus? Por mais que vejamos os erros que as pessoas cometem, o máximo que devemos fazer é pedir ao Senhor: “Senhor, guarda o meu coração, previna-me da queda! Senhor, ajuda-me a enxergar os meus próprios erros e os meus próprios limites”. Porque, quem enxerga demais os defeitos e os problemas dos outros, não é capaz de enxergar os seus próprios defeitos e limites! Não se esqueça do que nos ensina a Palavra: é da maneira como nós julgamos, medimos ou respeitamos o próximo que nós também seremos julgados, medidos e respeitados! Nós, às vezes, somos exigentes demais com as pessoas, cobramos demais delas e esperamos demais delas. E com essa medida dura, muitas vezes, impiedosa, com que nós lidamos com o outro é que nós também seremos medidos! Que Deus nos ensine a medida da Sua misericórdia, para que, com essa mesma medida, possamos usar nas relações uns com os outros.

QUEM SOMOS NÓS PARA CONDENAR ALGUÉM?

Boletim Semanal A Voz da Glória Igreja Matriz de Nossa Senhora da Glória - Largo do Machado - RJ Pároco - Padre Geovane Ferreira Silva Direção Espiritual - Diácono Jorge Monteiro Diagramação e Editoração - Pastoral da Comunicação Coordenação – Sérgio Fadul Jr

Verdade, o que é a verdade – Papa Francisco / Santos – Franciscanos Quem sou eu? – PG / Revivendo a própria alma– Talita Rodrigues Carta de um menino – Gaudiumpress / Quem somos nós – Padre Roger Araújo Site da paróquia: www.nsdagloria.com.br Email: pascomnsdagloria1@gmail.com Facebook/Matriz.de.Nossa.Senhora.da.Gloria Whatsapp A Voz da Glória: 99443-1022 Largo do Machado s/nº - Catete – Rio de Janeiro – Tel: (21) 2225-0735 A Voz da Glória 25/03/2018 – Página 04

Boletim Semanal da Igreja Matriz de Nossa Senhora da Glória - Largo do Machado

25/03/2018 - Edição 12 - Ano 2

AVISOS DA SEMANA Missa com Orações por Cura e Libertação dia 28/03 às 20 h Catequese de Adultos (Batismo, 1ª Eucaristia e Crisma) Inscrições abertas na secretaria ou segunda e terça a partir das 19 h Catequese Infantil Inscrições abertas para catequese infantil (3 a 10 anos). Encontros às quintas-feiras e sábados Adoração ao Santíssimo Sacramento Toda sextafeira a partir das 19 h. Organizada pelas pastorais. Todos são convidados. Oficinas de Oração e Vida Todas as terças-feiras as 09, ou às 19 h TERÇO DOS HOMENS Toda segunda-feira após a Missa das 18 h MARIANINHAS E COROINHAS Inscrições abertas. Mais informações fala com Rosa, ou Camila, ou Pedro Lucas após a missa das 17 h D.A.S.A. – Irmandade que trata de dependências amorosas, obsessões românticas, vícios sexuais, anorexias e codependências. Os encontros acontecem todas quintas-feiras às 19:30 h

Procissão do Encontro - Pastorais da Linha Litúrgica e da Linha de Serviço sairão de frente ao Cenáculo. Todas as outras Pastorais sairão na descida da Rua Tavares Bastos se encontrando na Praça. Procissão do Ressuscitado - Domingo de Páscoa dia 01/04 às 17 horas.

VERDADE, O QUE É A VERDADE? Existe realmente a verdade? Podemos conhecê-la? Pôncio Pilatos questiona a Jesus sobre o que é a verdade. Porém, Pilatos não consegue entender que a Verdade está diante dele, não consegue ver em Jesus a face da verdade, que é o rosto de Deus. De fato a verdade não se “agarra” como uma coisa, mas se encontra. É um encontro com uma Pessoa. E Jesus é a Verdade que, na plenitude dos tempos, se fez carne, veio a nós para que nós a conhecêssemos. Entretanto, é o Espírito Santo quem nos faz reconhecer a Verdade. Jesus assegura aos discípulos que o Espírito Santo os ensinará todas as coisas, recordando-os de suas palavras.

O Espírito Santo, então, como Jesus promete, nos guia a toda a verdade, nos leva não somente a encontrar Jesus, a plenitude da Verdade, mas também nos guia para ‘dentro’ da verdade. Se Deus não nos ilumina interiormente, o nosso ser cristão será superficial”. Convido a todos a se questionarem se realmente temos dado algum passo para conhecer mais a Cristo e as verdades da fé. Eis uma oração para rezarmos todos os dias: “Espírito Santo faça com que meu coração seja aberto à Palavra de Deus, que meu coração esteja aberto ao bem, que o meu coração esteja aberto à beleza de Deus todos os dias”.

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Amados irmãos e irmãs. Este Evangelho de domingo, Evangelho da Paixão, Evangelho de Domingo de Ramos, ele é denso, profundo, com uma gama de muitas informações. Mas eu queria neste ano pegar a imagem dessa mulher, que dá o seu nardo, o nardo que ela tinha, de mais caro, de mais precioso, para lavar os pés do Messias, para lavar os pés do Senhor, para reconhecer que Ele é o Rei, o Senhor, o Mestre de todas as coisas. De fato, amados irmãos e irmãs, eu não sei qual o nardo que você tem, eu não sei qual o nardo você tem para apresentar, o que você tem de mais precioso, o que você tem de mais importante. Mas eu gostaria de dizer uma coisa para você. Você pode utilizar o seu nardo, o mais importante, o mais precioso, o mais significativo, para, de fato, construir o reino de Deus, para transformar a sua vida num reconhecimento: Ele é o Senhor, Ele é o Senhor de todas as coisas, Ele é o Senhor da vida, Ele é o Senhor da história, Ele é o seu Senhor, Ele é o seu mestre, Ele é o seu Deus. Ele é Aquele que espera o seu reconhecimento. Reconhecendo Ele, reconhecendo com a sua vida, com o que você tem de mais precioso, com o que você tem de mais importante, você estará sim, reconhecendo que Ele também, é Aquele que te dará a vitória, a resposta, a solução, o novo da sua vida. Eu não sei, como costumo sempre dizer, repito, não sei o que você está vivendo. Mas eu posso te dizer uma coisa: seja o que for que você esteja vivendo o Senhor pode fazer novas todas as coisas. Reconheça Ele, use o nardo que você tem, o que você tem de mais precioso para reconhece-Lo, para ama-Lo, para estar com Ele e você será tudo novo, uma criatura nova, transformada pela misericórdia. Transformado pela misericórdia Daquele que você reconheceu. Seja alguém que reconhece de fato o Deus da vida, o Deus da história, o Deus do começo, o Deus do princípio, o Deus do fim. O Deus que tanto te amou e que hoje, mais o que espera, é que você O reconhecendo, viva com Ele, por Ele e para Ele. Deus abençoe. Uma santa Semana Santa a todos. Deus abençoe profundamente! A Voz da Glória – 25/03/2018 – Página 02

SANTO DA SEMANA 25 – Anunciação do Senhor 26 – São Bráulio 27 – São Ruperto 28 – São Guntrano 29 – São Constantino 30 – São João Clímaco 31 – São Benjamim 01 – São Hugo de Grenoble

São Ruperto

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Ruperto era um nobre descendente dos condes que dominavam a região do médio e do alto Reno, rio que percorre os Alpes europeus. Os Rupertinos eram parentes dos Carolíngios e o centro de suas atividades estava em Worms, onde Ruperto recebeu sua formação junto aos monges irlandeses. No ano 700, sua vocação de pregador se manifestou e ele dirigiu-se à Baviera, na Alemanha, com este intuito. Com o apoio do conde Téodo da Baviera, que era pagão e foi convertido por Ruperto, fundou uma igreja dedicada a São Pedro, perto do lago Waller, a dez quilômetros de Salzburgo. Mas, o local não condizia ainda com os objetivos de Ruperto, que conseguiu do conde outro terreno, próximo do rio Salzach, nos arredores da antiga cidade romana de Juvavum. Nesse terreno, o mosteiro que o bispo Ruperto construiu é o mais antigo da Áustria e veio a ser justamente o núcleo de formação da nova cidade de Salzburgo. Teve para isso o apoio de doze concidadãos, dois dos quais também se tornaram santos: Cunialdo e Gislero. Fundou, ao lado deste, um mosteiro feminino, que entregou a direção para sua sobrinha, a abadessa Erentrudes. Foi o responsável pela conversão total da Baviera e, é claro, de toda a Áustria. Morreu no dia 27 de março de 718, um domingo de Páscoa, depois de rezar a missa, no mosteiro de Juvavum. Antes, como percebera que a morte estava próxima, fez algumas recomendações e pedido de orações à sua sobrinha, e irmã espiritual, Erentrudes. Suas relíquias estão guardadas na belíssima catedral de Salzburgo, construída no século XVII. Ele é o padroeiro de seus habitantes e de suas minas de sal. São Ruperto, reconhecido como o fundador da bela cidade de Salzburgo, cujo significado é cidade do sal, aparece retratado com um saleiro na mão, tamanha sua ligação com a própria origem e desenvolvimento da cidade. Foi seu primeiro bispo e sua influência alastrou-se tanto, que é festejado nesse dia, não só nas regiões de língua alemã, como também na Irlanda, onde estudou, porque ali foi tomado como modelo pelos monges irlandeses.

QUEM SOU EU? Quem sou eu? Pra que o Deus de toda Terra Quem é você? Se preocupe com meu nome Quem sou eu? Pra ser visto com amor Se preocupe com minha dor Mesmo em meio ao pecado Quem sou eu? Pra que a Estrela da manhã Tu me fazes levantar Ilumine o caminho, deste duro coração Quem sou eu? Não apenas por quem sou Pra que a voz que acalma o mar Mas porque Tu és fiel E acaba com a tormenta Nem por tudo o que eu faça Que se faz dentro de mim Mas por tudo o que Tu és REFRÃO Eu sou como um vento passageiro Eu sou Teu (4x) Que aparece e vai embora Como onda no oceano, assim como o vapor Jesus eu sou Teu... Eu dependo de Ti Me abraça, Senhor E ainda escutas quando eu chamo Quem temerei? Quem temerei? Me sustentas quando eu clamo Se eu sou Teu Me dizendo quem eu sou Eu sou Teu, Jesus Eu sou Teu... Eu sou Teu (RE)VIVENDO A PRÓPRIA ALMA ATRAVÉS DO CAOS que passemos por algumas desilusões, porque Você é muito mais capaz do que imagina Quantas vezes você já parou para se perguntar: percebemos que tudo o que buscamos “lá fora” “Quem sou eu?”. Ao mesmo tempo em que é decepcionante e não queremos olhar para parece ser uma pergunta fácil de responder, é dentro de nós. É como se tivéssemos medo de uma pergunta extremamente difícil, afinal, nós mesmos. poucos sabem ou pararam para pensar sobre É através do processo insuportável e doloroso que o caos é capaz de causar, que conseguimos quem são de verdade. Eu por exemplo, vivo dizendo a mim mesma tocar e estabelecer contato com nossa própria que sou uma jovem cheia de vida, e que sou alma. Quando a tocamos, percebemos quase muito mais do que aquilo que aparento ser. Mas que automaticamente por que estamos aqui, quem somos nós, e aquilo que nos faltava. afinal, quem sou eu mesmo? Dentro da Psicologia Analítica, a busca pelo O contato com a nossa alma pode ser obtido conhecimento do “eu” é evidente, pois a busca na maioria das vezes através de um processo por esse conhecimento significa o anseio pela doloroso. Podemos tocá-la e estabelecer própria alma, ou seja, por aquilo que nos torna contato com ela através da perda de um ente mais felizes e completos. Qualquer insatisfação, querido, de uma desilusão afetiva ou até dentro da Psicologia Analítica, é chamada de mesmo através da descoberta de um câncer sem cura. Tocamos a nossa alma e a “perda da alma”. Sem percebermos, procuramos freneticamente (re)conhecemos quando estamos em pedaços. por nossa alma, aquele detalhe que falta para É necessário que tomemos consciência de que a nos tornarmos completos e, finalmente, felizes. dor causada pelo caos aparece em nossa vida Vivemos ansiando por um milagre, por um novo para nos desconstruir por inteiro, com o objetivo “eu” brilhante. Há algo dentro de nós que de nos reconstruir novamente de uma forma projetamos para o lado de fora, e que na ainda mais bonita. verdade, nunca será encontrado porque está Porém, a verdadeira transformação e lapidação de nós mesmos só acontece quando dentro de nós. É aí que o papel do caos, muitas vezes rejeitado nos permitimos sentir e vivenciar de forma e mal aceito por nós, entra em nossas vidas. É corajosa tudo aquilo que transformou muitas através dele e da extrema desordem que ele é vezes o que era inteiro, em pedaços. capaz de causar ao nosso ego e a tudo aquilo Quando nos permitimos olhar para o caos e que acreditamos ser, que descobrimos uma, se para tudo que ele nos proporciona, como um não a única, oportunidade de (re)viver a nossa forte aliado para que nos tornemos seres mais completos, podemos ser “devolvidos” a nós alma verdadeira. O caos nos obriga a termos que experimentar a mesmos e à nossa alma. insatisfação, muitas vezes insuportável, para Afinal, tudo o que chega até nós é nosso, e percebermos a falta de algo. Não de qualquer podemos sim, suportar. Acredite nisso e sua algo, mas do nosso “algo”. Esse processo faz com vida será transformada! ____ A Voz da Glória 25/03/2018 – Página 03


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