O Vale do Neiva - Edição 95 março 2022 by O Vale do Neiva

março 2022 edição 95 Propriedade:

A MÓ • Associação do Vale do Neiva (Cultural, Património e Ambiente) Barroselas Mensal Gratuito Versão digital

Medicamentos: cuidados e conselhos pág. 9

Ação de reflorestação na Serra da Padela pág. Mitos e lendas

Galo de Barcelos: Salvo pelo canto | pág. 4

História

Um Divodigno com residência no Vale do Neiva (Parte 2) | pág. 6

Literatura Três leituras para adorar em março página 5

índice edição 95 março 2022

Plantas Phalaenopsis Benefícios diversos das ervas aromáticas, parte II

Crónica: Marketeer – Perfil e atividade

página 8

página 11

página 10

Crónica Futebol,o ópio do povo página 12

ficha técnica diretoria e administração:

Direção de “A Mó” redação:

José Miranda Manuel Pinheiro Estela Maria António Cruz edição:

editorial A Quarta feira de Cinzas em Barroselas (Início da Quaresma)

95 – março 2022 colaboradores:

Alcino Pereira Américo Santos Ana Sofia Portela Andreia Castro Daniel Basílio Daniela Maciel Fernando Fernandes Francisco P. Ribeiro José Miranda Luciano Castro Pedro Tilheiro design gráfico:

Mário Pereira paginação:

Cristiano Maciel supervisor:

Pe. Manuel de Passos contacto da redação:

Avenida S. Paulo da Cruz, Edifício Brasília, 3, Fração F 4905-335 Barroselas e-mail:

redacaojornalvaledoneiva@gmail.com periodicidade:

Mensal

formato:

por José Maria Miranda Presidente da Direção d’A Mó

ia 02 de março, início da Quaresma (período do ano litúrgico católico, que decorre, como preparação penitencial da Páscoa). A feira, iniciava como todas as outras ou seja: armavam-se as tendas, penduravam-se nas varas (de suporte) variados tecidos de chita e flanela. Mais acima, surgiam as tendas das chancas e socos. É curioso, para a compra deste tipo de

calçado, os compradores traziam um pequeno pau de casa como medida do pé de um dos seus familiares. Surgiam noutro espaço. as vendedoras de produtos hortícolas e as galinheiras (vendedoras de galinhas). Há cerca de 60 e tal anos um par de galinhas gordinhas e de carne amarelinha custava uns 25 escudos. A Ti Glória tremoceira natural de Tregosa, lá no seu quarteirão, aviava os seus tremoços aos habituais clientes com um pequeno copinho de vidro ou pequena tigelinha, (chamava-lhe a medida). Na feira do gado, os regatões, apalpavam as traseiras do gado e avançavam com um valor. Havia muitos regatões. mas os mais conhecidos eram: o Vinagre, o Caco e o Capa gatos. Me

desculpem os familiares, mas eram os nomes mais sonantes entre as pessoas que iam vender os seus animais. As sardinheiras e a fritadeira do bacalhau. Três pedras no chão, uma sertã em cima, saía bacalhau frito acompanhado com broa e uma tigela da melhor “pomada”. A feira dos porcos. Muitos destes animais, vinham a pé das freguesias vizinhas, guiados por uma couve que o seu dono acenava à sua frente. Na quarta-feira de cinzas, a juventude, caía em peso no largo da feira, pois era considerado o dia das trocas, eu explico: Um casal de namorados, que não estivesse muito satisfeito com o seu par, saía para a feira e dançando ao som da música “engatavam” novos pares. Belos tempos!

Digital

distribuição:

Gratuita

Os artigos de opinião são da inteira responsabilidade dos seus autores, podendo ou não estar de acordo com as linhas editoriais desta publicação.

edição 95 • março 2022

Jornal Vale do Neiva uma referência na região do Vale do Neiva

local » serra da padela

Ação de reflorestação na Serra da Padela

por Junta da União de Freguesias de Barroselas e Carvoeiro geral@barroselas-carvoeiro.com

iúdos e graúdos participaram, no dia 6 de fevereiro, na iniciativa “Vamos Plantar a Padela”, promovida em conjunto pela Padela Natural, Associação Promotora e a Comunidade Local do Baldio de Carvoeiro, com o apoio da junta de Freguesia da União de Freguesias de Barroselas e Carvoeiro e do Município de Viana do Castelo. É um enorme orgulho ver a comunidade de Barroselas e Carvoeiro unida na defesa do nosso território, da natureza e do futuro!

jornal

conhecimento » mitos e lendas

Salvo pelo canto

por Fernando Fernandes fjfernandes1975@gmail.com

ra sabido para os lados de Barcelos que os seus habitantes estavam muito amedrontados por causa de um crime sem resolução. Por ironia do destino, um galego que por ali passava, do nada tornou-se no principal suspeito de tal ato. As autoridades locais decidiram prendê-lo, apesar do homem clamar a sua inocência devido aos argumentos de que estaria apenas de passagem em peregrinação a Santiago de Compostela. Jurou a pés juntos estar a cumprir uma promessa, tal como muitas outras, como era tradição na época, e apresentando-se como fiel devoto de São Paulo e da Virgem Santíssima. Mas, mesmo com todas as provas por si argumentadas em seu favor, foi condenado e sentenciado a morrer enforcado. Desesperado com a decisão tomada e perfeitamente ciente da sua inocência, pediu que o levassem à presença do homem que o condenara a tão trágico fim. Dado ser habitual conceder o último desejo aos condenados, levaram-no à presença do juiz. Quando chegou, o magistrado estava, nesse preciso momento, a jantar num enorme salão com alguns amigos um banquete muito requintado onde nada faltava. O convicto galego voltou a reafirmar a

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sua inocência e, perante a incredulidade dos presentes, apontou para um galo assado que estava sobre a grande mesa junto de outras iguarias, exclamando: — É tão certo eu estar inocente, como certo é esse galo cantar quando me enforcarem! Um enorme alvoroço foi gerado com bastantes gargalhadas e risos, mas perante a postura firme do galego, aos poucos os ânimos foram serenando, e pelo sim pelo não, ninguém tocou no galo. Furioso, perante tal afronta, o juiz empurrou o prato para o lado e ignorou o apelo. E assim sendo, o galego foi levado de imediato para ser enforcado. Mas, uma vez mais o destino iria ser alterado sem que nada o previsse. Aquilo que pa-

recia impossível aconteceu. Quando acabaram de colocar a corda no pescoço do peregrino e preparavam-se para abrir o alçapão, o galo assado ergueu-se na mesa e cantou perante o espanto de todos os que o haviam gozado. Incrédulos, nenhum dos presentes ousou duvidar da inocência do peregrino. Contudo, e mesmo perante o cenário de milagre, o juiz correu para a forca e descobriu que o galego não iria morrer pois além do galo ter cantado, o nó da corda estava mal feito. O peregrino foi imediatamente solto e deixado em paz. O caso foi dado como encerrado. Dizem que alguns anos mais tarde, o galego teria regressado a Barcelos para esculpir o Monumento do Senhor do Galo em louvor

à Virgem Maria e a Santiago Maior. Este monumento encontra-se atualmente no Museu Arqueológico de Barcelos. Também consta que o primeiro galo em cerâmica baseado nesta lenda foi feito pelo artesão Domingos Côto. Desde então, o Galo de Barcelos passou a figura popular e ao longo dos anos, a tradição manteve-se e ficou imortalizada na arte não só da cidade de Barcelos, mas em Portugal e no Mundo. Seja a sua construção cerâmica, madeira ou outros materiais. Sem dúvida que é um dos artefactos mais famosos do nosso País. A partir de agora, sempre que comer galo assado, irei olhar duas vezes, não vá ele cantar.

crónica » literatura

Três leituras para adorar em março

por Daniela Maciel dani18maciel@hotmail.com

m março trago-lhe a sugestão de três histórias adoráveis que irá certamente adorar!

Para a sua missão de rebelião, Chloe pede ajuda ao seu misterioso vizinho Red Morgan, um motoqueiro cheio de tatuagens, daqueles que deixam péssimas primeiras impressões (mas demasiado charmoso). Contudo, Chloe vai aprender coisas sobre Red e ele vai revelar-se bem diferente do que ela alguma vez imaginava. Este livro é muito importante para mim, porque trabalhei na sua revisão juntamente com a editora, o que me deixa muito orgulhosa. A história é divertida e adorável e não deixo de a recomendar sobretudo a leitores mais jovens.

“Acorda para a Vida, Chloe Brown” Talia Hibbert 2022

Acorda Para a Vida, Chloe Brown, de Talia Hibbert, dá-nos a conhecer Chloe, uma web designer com fibromialgia que, após uma experiência de quase-morte provocada por um carro a alta velocidade, decide definir com urgência uma lista de afazeres para ajudá-la a finalmente «acordar para a vida», um plano simultaneamente bem-disposto e de grande profundidade emocional.

“Perto Demais” Colleen Oakley 2017

Perto Demais, de Colleen Oakley, fala-nos de uma mulher com um problema muito invulgar: é alérgica a humanos. Jubilee é essa mulher e qualquer toque humano pode matá-la. Por essa

razão, durante nove anos, isolou-se de todos, vivendo rodeada de livros. Um dia, contudo, vai precisar de sair da sua zona de conforto e enfrentar o mundo. Achei a premissa do livro incrível! Embora não esteja provado que esta alergia exista realmente, de acordo com as explicações do livro, ela é uma dermatite de contacto que surge após o contacto com células cutâneas de outras pessoas. A alergia estará também relacionada com a falta de uma proteína no corpo humano. É um livro que explora muito bem e de forma bem-humorada como é viver com uma alergia assim grave. Qualquer que seja a alergia (alimentar ou outra), ela acaba por trazer complicações para o dia a dia das pessoas. Perto Demais não é propriamente uma comédia romântica, é uma história com uma pitada de drama, uma vez que aborda problemas atuais como o divórcio e o luto. É um livro ternurento que me ofereceu algumas gargalhadas. Confesso, de Colleen Hoover, apresenta-nos duas personagens jovens: Auburn esforça-se por endireitar a sua vida, sem espaço para cometer mais erros, mas ao mesmo tempo sente que está a ser manipulada por outras pessoas; Owen é um pintor enigmático e que guarda segredos que não quer ver revelados.

“Confesso” Colleen Hoover 2016

Os dois vão formar um casal que apaixonará o leitor e que o deixará a torcer para que se acabem as confusões e os mal entendidos que ameaçam destruir tudo. A escrita da autora é excelente e toda a narrativa está muito bem estruturada. Sabemos que tanto Auburn como Owen escondem segredos, mas não sabemos em que consistem, até serem revelados e nos provocarem um choque. Adorei a forma como a autora soube manter o suspense e encher as páginas de drama, o que tornou a leitura muito mais viciante. Esta é uma história apaixonante, linda, dramática e que nos faz suspirar. É uma história inesquecível sobre segundas oportunidades e que recomendo absolutamente. Espero que se apaixone por estas personagens! Boas leituras! jornal

história » os divodignos

Um Divodigno com residência no Vale do Neiva

(continuação do texto da edição anterior)

por Luciano Castro lucianomcastro56@gmail.com

ntretanto, pela 9 da noite, a coluna dos Divodignos, todos armados e equipados como se fossem a montaria ao lobo nas arribas fragosas, comandada por António Maria das Neves Carneiro, parte. Perante o desânimo de alguns deles, o Neves Carneiro, o Adjuto e o Megre, exaltam o significado heróico do acto que lhes cabe efectivar, e pela meia-noite chegam a Condeixa, ficando albergados em casa de Manuel José de Freitas, correligionário de Coimbra. Na madrugada do dia 18, uma terça-feira, os tre-

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ze, de lenços negros na cara e com as faces enfarruscadas, aguardam emboscados, a uma légua de Condeixa, num local chamado Cartaxinho de Condeixa, a chegada da embaixada, sendo atribuído um número a cada elemento, a fim de não serem identificados. Alguns tremem as sezões da iniciação. Neves Carneiro, que sobraçara uma escopeta, sacode-os, açoita-os de covardes – aplaudido por Adjuto, Megre, Delfino, os bravos da expedição. Começa entretanto a ouvir-se os gritos dos arrieiros e o tropel das bestas, bem como o dos rodados das caleças. Ao surgirem na curva do caminho, vozes inesperadas disparam: — Alto! Façam alto! — Apeiem-se! Ou serão todos fuzilados! — Marchem para aquele pinhal! Depois de os terem iso-

lado - não vamos descrever os pormenores do crime – procuram o rol dos proscritos e logo após assassinam os Doutores Mateus Sousa Coutinho, Jerónimo Joaquim de Figueiredo, o Deão, o Cónego e o sobrinho do doutor Mateus, além de ferirem outros elementos que faziam parte desta embaixada. Ao soarem os tiros, uma mulher que se encontrava junto a um moinho de vento, começa a gritar: — Socorro! Ladrões! À de El-Rei, ladrões! Era dia de mercado das terças-feiras em Condeixa, e as pessoas começam a aparecer de todos os lados, e à voz de agarra, agarra, que são ladrões, perseguem o grupo que, entretanto, se põe em fuga. Conseguem capturar inicialmente 4, depois mais um, e finalmente mais outros 4. Seguiram para a cadeia de Condeixa, foram depois transferidos

para a cadeia da Universidade, e no dia 1 de Maio embarcam em 3 barcos escoltados por militares, em direcção a Lisboa. De forma resumida diremos que foram rapidamente julgados, já que se quis dar um carácter exemplar … pelo facto de ter sido julgado pela Casa da Suplicação e não por qualquer outro tribunal, onde no entanto foi organizado parte do processo … que correu velozmente apesar do seu volume e complexidade. Sendo a culpa dos réus distinta, foram todos julgados por igual, não faltando a pressão exercida desde o princípio por D. Miguel e pelo Secretário de Estado dos Negócios Eclesiásticos e de Justiça. Donde resultou a condenação: “que com baraço e pregão, sejam conduzidos pelas ruas públicas desta capital ao lugar da forca, onde morrerão de morte natural para sempre, pela

história » os divodignos

o enforcamento de menores (a maioridade para casados era aos 21 anos e para os solteiros aos 25). Dos que não foram capturados fugindo para o estrangeiro, nem todos escaparam, pois vieram mais tarde a cumprir a sentença. A Universidade … foi mandada encerrar suspendendo-se os actos e ordenando-se o abandono da cidade por parte dos estudantes. E, na verdade tal sucedeu, tendo sido ela frequentada só por um pequeno número de escolares nos anos lectivos de 1829-1830 e 1830-1831 e verificando-se o seu fecho até 1834, quando se deu a vitória liberal. Foram demitidos 32 professores e 457 alunos. Seguiram-se as lutas entre liberais e absolutistas, que terminaram com a Convenção de Évora-Monte em 26 de Maio de 1834. A paz acabou por regressar paulatinamente a todo o País.

“O assalto aos Lentes de Coimbra” - do livro Grandes Dramas Judiciários – Desenho e Gravura de Altino

mesma ordem com que foram nomeados no final desta sentença, sendo depois decepadas as cabeças e mãos aos réus António Correia Megre, Delfino António de Miranda e Matos e Bento Adjuto Soares Couceiro, que se prova terem tomado parte mais activa e cruel na agressão, assassínios e ferimentos; serão colocados nos ângulos da mesma forca, onde se conservarão expostos, até que

o tempo de todo os consuma”. Intimada a sentença no dia 18, os Réus embargam a 19, sendo os embargos rejeitados no mesmo dia. Interpõem embargos de restituição ainda no dia 19, igualmente indeferidos, por despacho da mesma data. A sentença cumpriu-se no dia 20 de Junho de 1828, no cais do Tejo, em Lisboa. Importa referir que esta sentença contrariou a lei vigente, que não permitia

Para a elaboração deste texto foram consultadas as seguintes obras: Grandes Dramas Judiciários, de Sousa Costa, Porto 1944, publicado pelo jornal Primeiro de Janeiro; O Caso dos Divodignos e as lutas entre Liberais e Absolutistas, do Prof. Doutor Luis Reis Torgal, edição da Câmara Municipal de Condeixa, 2016; Delfino António de Miranda e Matos um Barcelense Justiçado, do Dr. Paulo de Passos Figueiras, Barcelos Revista, 2ª Série, nº 7, 1996.

jornal

crónica » benefícios das ervas aromáticas

Benefícios diversos das ervas aromáticas, parte II

por Francisco P. Ribeiro fportoribeiro@hotmail.com

ontinuando a lista no mês passado, para ajudar na operação “verão 2022” visando “queimar” os excessos das festividades, com base nos benefícios das ervas aromáticas, numa óptica de prevenção e manutenção regular de uma dieta alimentar saudável (insistimos que não é medicamento, é prevenção): ●● Macela: falta de apetite, tónico e sedativo (calmante), colesterol. ●● Malva: inflamações internas e externas, tosse, bronquite, constipações e laringite, inflamação da garganta a faringe. ●● Marmeleiro: reduz a elevada taxa de ureia no sangue, estomago débil, vómitos e diarreias. ●● Morangueiro (raiz): como chá, é diurético e depurativo. ●● Morangueiro (folhas): anginas (gargarejar), diurético e refrescante. ●● Nogueira (para ingestão): diabetes, antidiarreico, propriedades estomacais, depurativas; (para uso externo) lavagem da pele, caspa e queda do cabelo. ●● Oliveira (folhas): auxiliar na redução da hipertensão arterial, da gota, reumatismo e diurético.

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●● Passiflora: calmante, insónias, ansiedade, palpitações, perturbações nervosas da menopausa, espasmos diversos (colites e gastrites). ●● Príncipe (erva-príncipe): para além dos efeitos benefícios na gastronomia, ajuda na redução das dores estomacais, sendo digestivo, antiespasmódico, ajuda expulsão dos gases intestinais. ●● Pés de cereja: muito diurético, sendo excelente para a insuficiência renal, edemas, nefrites e cistites, inflamações nas vias urinárias e gota. ●● Perpétua roxa: rouquidão, laringites, bronquites e afinar cordas vocais. ●● Poejo: reduz a falta de apetite, combate a gripe, tosse, digestivo, falta de menstruação; é muito usado como condimento gastronómicos, em sopas, açordas, peixe e carne (caça). ●● Pau de arco: anti-infeccioso, tónico, depurativo, antirreumático, diabetes, leucemia, aumento de glóbulos vermelhos e estados cancerosos. ●● Pau de cabinda: afrodisíaco e estimulante sexual, mas também ajuda na circulação sanguínea. ●● Quebra-pedra: reduz infeções urinárias, cálculos e cólicas renais, cistite e prostatite. ●● Sene (folhas e folículos): laxativo, purgativo (em dose forte, podendo causar cólicas e náuseas). ●● Sabal serrulata (palmeto): ajuda em problemas de próstata e problemas urinários. ●● Sabugueiro: tosse, gri-

pes, pneumonia, gota e reumatismo. ●● Salsaparrilha: purificador do sangue, diurético, ureia, ácido úrico e reumatismo. ●● Salva: (para ingestão) digestivo, fraqueza em geral, convalescença, asma, diabetes, bronquites, febres reumatismais; (para uso externo) cicatrizante e calmante de erupções da pele. ●● Soja: (em granulado, fino ou grosso) rica em proteínas, em fibras solúveis, em vitaminas e minerais, contribuindo para redução dos efeitos da TPM e menstruação. ●● Tília: calmante, insónias, estrados de stress (pressão) e dores nervosas. ●● Tomilho: tosse, bronquite, gripe, mau hálito, sinusite, fadiga, stress (fadiga nervosa) infecção geral; também muito usado na gastronomia (caça) e para aromatizar azeite e temperos. ●● Urtiga branca: anti-inflamatório, purificante,

elimina toxinas, indicado para perdas de sangue, expectorante, anemia, fadiga geral, doenças de pele e gota. ●● Uva ursina: diurético, anti-séptico e inflamações urinárias. ●● Valeriana (raiz): nervos, insónias, ansiedade, afrontamentos na menopausa e espasmos (nervosos). Nesta lista, que não termina aqui pois há muito mais a explorar porque o tema é vasto e há milhentas ofertas e propostas, apenas partilhamos aqui umas notas pessoais. Este artigo não é um estudo académico logo, o assunto não fica por aqui e o mais normal é que tenham conhecimento de outros benefícios, ou indicações e, até, de mais plantas. Já conseguir suscitar a discussão, no sentido favorável, é muito positivo, uma vez que este universo é vasto. Só para deixar como nota, em Melgaço, não muito longe daqui, há uma produção de chás que considerar 102 tipos diferentes da planta hortelã-pimenta e todas com propósitos, benefícios e indicações distintas. Também há outras opções em Vila do Conde, conforme referido numa publicação da revista Visão e outras mais por aí espalhadas, por isso, fica o desafio para conhecer um pouco mais. E venha o verão de 2022.

saúde » medicamentos

Medicamentos: cuidados e conselhos

por Ana Sofia Portela enf.anasofia@gmail.com Enfermeira especialista em Enfermagem Comunitária USF Aqueduto – ACES Vila do Conde/Póvoa do Varzim

INFARMED (Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde) apresenta-nos a seguinte definição de medicamentos: “são substâncias ou composições de substâncias que possuam propriedades curativas ou preventivas das doenças e dos seus sintomas, do homem ou do animal, com vista a estabelecer um diagnóstico médico ou a restaurar, corrigir ou modificar as suas funções.” Os medicamentos podem ser usados de forma crónica ou aguda. Há medicamentos que necessitam de prescrição e outros de venda livre. Contudo, em qualquer caso é fundamen-

tal a sua correta utilização e conservação. Os medicamentos devem ser tomados conforme recomendado e é fundamental conhecer o básico, nomeadamente, para que servem e quando tomá-los. Algumas questões essenciais são: ●● Quais são os nomes dos meus medicamentos? (Marca e Nomes genéricos) ●● Qual é a dosagem? Por exemplo, o número de miligramas, abreviado como mg ●● Para que serve o medicamento? ●● Quando devo tomar? Quantas vezes por dia? Em que ocasiões? ●● Devo evitar quaisquer alimentos ou medicamentos enquanto estiver a tomá-lo? ●● Que efeitos adversos podem ocorrer com este medicamento? ●● O que devo fazer se esquecer uma dose? ●● Como este medicamento deve ser guardado? De forma a não esquecer a toma dos medicamentos

tente usar um organizador de medicamentos com um compartimento para cada dia da semana e momento do dia e associe a toma dos medicamentos a algo na sua rotina diária. É fundamental ter uma lista dos medicamentos que toma, sempre atualizada, quer para o auxiliar no dia-a-dia, quer para levar às consultas programas ou situações urgentes. Antes e durante a toma de medicamentos, existem alguns cuidados a ter que podem fazer a diferença no dia-a-dia, nomeadamente: ●● Manter os medicamentos em local seco e fresco e de preferência fora do alcance das crianças. Evitar guardar medicamentos na casa de banho ou cozinha, pois a humidade, diferenças de temperaturas e luminosidade podem alterar a medicação. O ideal será guardar numa caixa dentro de um armário ou gaveta; ●● Os medicamentos têm prazo de validade, que deve ser verificado. Os medicamentos devem estar organizados por prazo de validade, sendo que os que terminam mais cedo devem ser administrados primeiro; ●● No caso da pessoa não ter a possibilidade de tomar os comprimidos inteiros, deve ser pedido aconselhamento ao profissional de saúde sobre a possibilidade de administrar de outra forma; ●● Não usar medicamentos que foram prescritos para outra pessoa, ainda que essa pessoa tenha o

mesmo problema; ●● Avisar a equipa de saúde

se notar alguma reação secundária após a toma do medicamento; ●● Informar os profissionais de saúde sobre os medicamentos que toma, prescritos ou não e incluindo produtos naturais; ●● Se vai de viagem deve informar a equipa de saúde, uma vez que existem medicamentos que necessitam de cuidados adicionais de acordo com o destino da viagem ou do meio de transporte; ●● Em caso de dúvida, contactar sempre a equipa de saúde. Em relação à auto-medicação o fármaco de primeira linha é o paracetamol (o nome comercial mais conhecido é o Ben-u-ron ®), e para dores mais intensas, pode-se recorrer a anti-inflamatórios (exemplo, ibuprofeno - Brufen® ou diclofenac - Voltaren ®) mas estes devem ser tomados com precaução (antecipadamento perguntar à equipa de saúde se pode tomar em SOS), tomar sempre após as refeições, e deve-se evitar tomas prolongada (consultar o médico sempre que as dores não melhorarem ao fim de 3 dias). Os medicamentos servem para nos ajudar, mas o seu uso deve ser prudente e responsável e nunca dispensa um correto aconselhamento por parte da sua equipa de saúde/farmácia.

jornal

plantas » phalaenopsis

Phalaenopsis

por Andreia Castro Papyrus Atelier

s Phalaenopsis são plantas da família Orchidaceae, que têm origem em regiões tropicais com um clima quente e muito húmido, como o Sudoeste Asiático, Filipinas e Índia. São plantas maioritariamente epífitas, o que significa que, no seu ambiente natural, utilizam as suas raízes para se fixarem a outras plantas, sem delas retirarem nutrientes e sem se fixarem diretamente ao solo. Desta forma, protegidas pela copa das árvores, conseguem abrigar-se do sol forte e da luminosidade excessiva. O nome Phalaenopsis deriva do grego phaláina, que significa borboleta, e opsis, que significa parecido. Assim, o seu nome está relacionado com a semelhança existente entre as suas magníficas flores e uma borboleta com as suas asas coloridas, abertas em pleno voo. Devido à sua coloração rica e forma exótica, as pessoas apaixonam-se facilmente por esta planta, colecionando-a nas suas várias cores que podem passar pelo branco, rosa e amarelo, dos tons mais suaves aos mais intensos, com manchas e riscas em padrões simétricos ou completamente aleatórios. No entanto, para que a planta se desenvolva corretamente no nosso ambiente,

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é necessário ter alguns cuidados com a mesma. Uma vez que as suas raízes também realizam fotossíntese, a planta deverá permanecer sempre num vaso transparente, que permita a passagem da luz solar. Estando adaptada a climas tropicais, com muita humidade, deve também ser proporcionado à raíz um meio semelhante. Assim, estas plantas são comercializadas em vasos com casca de pinheiro. Este substrato é o mais utilizado, uma vez que permite reter água sem que esta encharque e apodreça a raíz, libertando-a lentamente, de acordo com as carências da planta. Para verificar a necessidade de rega, devem-se observar as raízes. Se estas apresentarem uma coloração cinzenta, ligeiramente prateada, então está na hora de regar. Para tal, encha um recipiente com água e mergulhe a planta por alguns minutos. Nunca a deixe num vaso ou prato com água em permanência, pois pode levar ao aparecimento de fungos nas raízes e ao seu apodrecimento. Quando as

raízes estiverem mais verdes (cerca de 15 minutos depois), retire o vaso da água e deixe escorrer o excesso. A planta estará pronta para mais uma a duas semanas, dependendo a época do ano. Também não deve borrifar em demasia as folhas, uma vez que podem acumular água na sua base, levando ao crescimento de fungos ou ao seu apodrecimento. No momento da rega, poderá aproveitar para adubar a planta. Existem no mercado vários adubos preparados especificamente para as Phalaenopsis, com as quantidade de azoto (N), fósforo

(P) e potássio (K) adequadas às suas necessidades nas várias fases do seu ciclo de crescimento. Estes adubos são, normalmente, solúveis em água. Em sua casa, coloque a planta num local com luz solar indireta e nunca permita que os raios solares fortes (entre as 11h e as 16h, aproximadamente) incidam diretamente sobre ela. Se lhe proporcionar condições adequadas, terá planta para muitos anos e poderá desfrutar das suas magníficas flores entre uma a três vezes por ano. Cada floração poderá durar até três meses.

crónica » marketeer

Marketeer – Perfil e Atividade

por Daniel Gomes Basílio daniel@cococriativo.pt www.cococriativo.pt

início desta atividade profissional remonta-nos ao século XIX nos Estados Unidos e só chega à Europa após a Segunda Guerra Mundial. Portugal começou a abrir portas a estes profissionais, tardiamente, uma vez que vivia na enclausura da ditadura. Em janeiro de 1986 Portugal entra para a CEE e esta configuração torna-se decisiva para a competitividade das nossas empresas. Com este aumento do poder de compra, os clientes passaram a consumir mais bens/serviços e a estar mais informados sobre as várias possibilidades de aquisição. Philip Kotler define esta época como a “Era da Informação” pois, o cliente, pode comparar preços do mesmo produto, mas de marcas concorrentes. O Marketeer é um profissional com sensibilidade para a Comunicação, Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) e para a Gestão, valências que, em conjunto, servirão para aumentar o valor de uma Marca/Instituição/Empresa. Para tornar esta exposição mais concreta vou dar o exemplo da marca de rebuçados Dr. Bayard. Esta marca existe desde 1949 e é evidente que, ao longo do tempo, teve que comunicar

com os seus consumidores. Caso contrário, esquecíamo-nos dela. Esta comunicação seria feita pelo comerciante, pela embalagem dos rebuçados e pela Publicidade, Patrocínio e Merchandising. As TIC são as responsáveis pela implementação das estratégias (que referi anteriormente) porque são desenvolvidas para estarmos mais perto dos consumidores. Por último, analisamos a Gestão que é uma área das Ciências Humanas que se dedica à administração de empresas e ao Budget (orçamento) disponível para as campanhas de Marketing. O processo de Marketing começa mesmo na Gestão que será a responsável por nos informar o que pretende alcançar e quais as verbas disponíveis. Após esta declaração de interesses, o Marketeer tem contacto com a organização para delinear estratégias que possam ir de encontro aos recursos que lhe foram atribuídos. Voltando à marca Dr. Bayard, esta tem objeti-

vos de crescimento que são definidos pelos responsáveis da marca – os acionistas – que devem ser alcançados e que orçamento têm disponível. O Marketeer agrupa essa informação e vai elaborar estratégias de Comunicação que permita à marca atingir esses objetivos. As TIC serão as responsáveis pela aplicação desses materiais no âmbito digital. (Convido a visitaram a página oficial da marca e verem o vídeo “Mike El Nite” que é uma clara aproximação aos públicos mais jovens da atualidade.) Para melhor entender esta profissão, é necessário mostrar quais as suas principais preocupações. O Marketing tem como base a análise de 4 dimensões: Produto, Preço, Comunicação e Distribuição. Estas características aplicam-se aos Produtos: carro, chocolates, telemóveis, mesas, cadeiras, etc... Vamos considerar que são itens tangíveis, palpáveis, que se podem armazenar e assim possíveis de

associar ao conceito de Produto. Todos os elementos aqui abordados têm algo em comum. O Marketeer trabalha com pessoas para pessoas. Este tem que ser capaz de ouvir os consumidores e tentar negociar essas melhorias com as empresas/marcas que o contratem. Terá atenção à concorrência para perceber que estratégias poderão estar a ser utilizadas e se poderão ser mais eficazes. É alguém apaziguador, racional, em que o ruído incomoda e, só a serenidade empreendedora, o realiza. O Marketeer pensa como melhorar relações das organizações. Esta profissão, que muitas vezes é confundida com vendedor, está com o tempo a ganhar o seu espaço. Com a digitalização ganhamos o poder de diferenciação que necessitávamos para desenvolver estratégias e materiais mais corpóreos. Não obstante, todos temos um Marketeer dentro de nós. Mas isso, já serão cenas do próximo episódio. jornal

crónica » o pulsar da sociedade

O pulsar da sociedade

Futebol, o ópio do povo

por Alcino Pereira alcinop@ipvc.pt

uem me conhece sabe que sou um apreciador de futebol, e como toda a gente que se identifica com este fenómeno desportivo, também sou adepto de um determinado clube, que normalmente se situa nos lugares cimeiros de uma conceituada competição. Se esta frugal simpatia se mantiver num nível cromático, até aqui tudo bem, o problema é que muita gente vive demasiado focada no futebol, não só pelas veleidades do seu feérico jogo, mas essencialmente porque tem uma excessiva, implantação e ramificação na sociedade. Com esse predomínio e vassalagem ao futebol, verificamos as vicissitudes empoladas pela comunicação social, a volúpia atrabiliária das redes sociais, a subjugação latente a interesses económicos, a condescendência pusilânime dos políticos, a adesão incentivada por eitos endémicos, ao qual muitos pais com um vicio consignado, impõem esse desporto a um jovem, como se fosse a única coisa no mundo, que tivesse algum sentido. Posto isto, todas estas alegações que enumerei, fazem os indivíduos terem comportamentos inapropriados, impelidos por um

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tropismo endógeno tácito, por escolherem taxativamente o futebol como prioridade fruitiva, evidenciando uma preferência ubíqua, com laivos de exaltação histriónica, obstinação, esbanjamento de dinheiro, asserção a uma logomaquia rude e insultuosa, intensificação do racismo, violência gratuita, entre outros que não me ocorre de momento.

Verificamos as vicissitudes empoladas pela comunicação social, a volúpia atrabiliária das redes sociais, a subjugação latente a interesses económicos, a condescendência pusilânime dos políticos, a adesão incentivada por eitos endémicos. Em conformidade com o ethos, que de maneira deliberada, polvilha essa propensão confrangedora, vemos os canais de informação da televisão, a passar vezes sem conta, reportagens e debates sobre futebol, que suscitam a saciedade e a indignação, daquelas pessoas que são apologistas de meios de comunicação, mais proporcionais e diversificados. Nas indomáveis redes sociais, é notório o acervo de publicações e partilhas abundantes, de índole chauvinista, que expressam as suas emoções sobre o desenrolar dos resultados, os títulos perdidos ou conquistados, contaminando de maneira usurpadora,

o espaço de antena dos outros usufruidores, que poderiam revelar coisas mais úteis. No que diz respeito, á vertente económica, denotamos as infrenes apostas relacionadas com o futebol, em que muitos crentes debitam estultamente as suas poupanças no placard ou betclic, para serem exiguamente premiados, não se apercebendo que no final de contas, o saldo é claramente negativo, entre o que amealharam e o desperdiçaram. No caso concreto da promiscuidade da politica com o futebol, basta referir os rumores, que davam como certo a utilização capciosa de grandes emblemas desportivos, por parte de regimes totalitários, para fomentar a sua máquina de propaganda, com jogadas de bastidores de cariz hermético, para que estes sem grandes sobressaltos, alcançassem se uma série de triunfos a nível nacional, potenciando o gáudio do povo, e com isso negligenciarem a critica politica, nem ficarem melindrados, com os ditames emanados pela gestão aus-

tera do estado. Outro detalhe que está profundamente massificado, é a entrada de miúdos, para camadas jovens de um clube, em que o Pai tem expectativas obduradas, relativamente ao nível exibicional do seu educando, pressionando em demasia o seu filho, para que ele seja um Messi ou um Cristiano Ronaldo, alienando por agnosia ou puro delírio, o mais importante, que são os benefícios inequívocos para a sua saúde física e mental. Por fim, um aspeto despiciente para a prática do futebol, é a violência no futebol, em que autênticos gandulos infiltrados em claques, provocam distúrbios com uma sanha belicosa, manchando os valores mais íntegros do desporto, como um interface promotor da paz. O Valor competitivo do futebol, no meu entender, deve ser percecionado como uma atividade lúdica, mas devemos acompanha lo com moderação e não desembocar numa predileção desmesurada, para não permitirmos a conotação e a mácula de ser o ópio do povo.

crónica » horóscopo chinês

Horóscopo Chinês 2022

Ano do Tigre com elemento em Água (Yang)

por Francisco P. Ribeiro fportoribeiro@hotmail.com

proposta deste mês desperta a curiosidade do(a)s amantes dos astros. O nosso calendário gregoriano (solar) é fixo, termina a 31 de dezembro. O mesmo com calendário Feng Shui, mas com o ano a começar a 04 de fevereiro. O calendário chinês é lunissolar, baseado nos ciclos lunares, convertidos em datas gregorianas, razão porque o início do Ano Novo Chinês varia, dependendo dos ciclos da lua. No actual horóscopo chinês, o ano lunar finda a 21 de janeiro de 2022, passando por uma transição até 01 de fevereiro, o ano do Tigre, elemento Água, forma Yang. Esta mudança substitui o Boi de Metal, de 2021, um ano duro para todos. Prevê-se que 2022 seja agitado e energético. No horóscopo chinês, o Tigre de Água simboliza determinismo, espontaneidade e novidade, extraindo-se força e crescimento, apesar das adversidades, de dinamismo e entusiasmo. 2022 será sinónimo de mudanças imprevistas e desenvolvimentos surpreendentes, devendo nós dar o melhor, para melhorar significativamente as condições de vida. É um bom momento para quem deseje esquecer um passado tempestuoso, curar feridas e encontrar um

lugar legítimo na sociedade. De 2022 devemos esperar novas invenções tecnológicas e grandes avanços na pesquisa médica e na psicologia. Em concreto, no zodíaco chinês, 2022 aposta em ação, movimento e força vontade, não sucumbindo à emoção do momento. Na astrologia chinesa tradicional, o Tigre de Água é o menos imprudente dos 5 tipos possíveis de Tigres, não perdendo o seu poder nem o seu raciocínio rápido. Segundo horóscopo chinês, a nobreza da alma e a generosidade natural, associada à personalidade do Tigre de Água, indubitavelmente, conferem virtudes invejáveis a quem compreender as iniciativas. Na astrologia chinesa, os signos com polaridade Yang (caso do Rato, Tigre, Dragão, Cavalo, Macaco, Cão), serão impulsionados pela energia do Tigre, devendo ser mais impulsivos e voluntários, o que os ajudará, através do rigor e perseverança, a perseguir seus objetivos com sucesso. A opção de vida ultradinâmica, quando vivida com lucidez, senso de ética e altruísmo, é fonte de sucessos profissionais, românticos e familiares. Na astrologia chinesa, e no Feng Shui, o elemento Água simboliza a essência vital, a comunicação espiritual, a maturidade e emoções profundas. A Água, em Yang, caracteriza a bondade, atenção, memória, curiosidade, senso de observação e inteligência intuitiva. É aconselhado, às pessoas que não possuem o elemento Água em seu mapa, que limitem suas interações

POEMA MARÇO

Amo-te tanto Eu amo-te assim tanto Amor do meu coração Deixa-me ser teu manto Para te abafar a solidão Quando te vejo a andar Eu Fico logo apaixonado E Com vontade de amar Esse teu corpo ondulado Quero amar-te com paixão E perder-me dentro de ti Com amor no meu Coração Dar-te o amor que não senti por Américo Manuel Santos americosantos1927@gmail.com

com o elemento Água o máximo possível durante 2022 (por exemplo: férias no mar ou nas margens de um grande lago). Quanto às cores, o ano do Tigre de Água oferece 4 cores principais da sorte, nomeadamente, azul, verde, vermelho e amarelo, devendo o uso de cada cor ser associado de acordo com a área que se pretenda estimular o sucesso, ou seja, azul em negociações, entrevistas de emprego e comunicação, o verde para se adaptar a um novo emprego, um novo lugar para morar ou um novo começo em geral, o vermelho para situações românticas e antecipação do nascimento de crianças e o amarelo no ato de aquisição de imóveis

ou transmissão de riqueza. Resumidamente, o ano do Tigre caracteriza-se por renascimento do dinamismo, focado no progresso e na ambição. A impetuosidade do Tigre leva a aventuras, para melhor ou para pior. Quando as energias específicas do Tigre (animal chinês) são associadas ao elemento Água (elemento chinês e Feng Shui), o ardor natural do Tigre materializa-se por reestruturação, inteligência intuitiva e cura. No trabalho, a consolidação da segurança dos materiais requer o estabelecimento de uma disciplina profissional mais rigorosa, sem nunca perder a eficiência. No amor, os 12 signos da astrologia chinesa devem viver períodos mágicos e intensos. Boa sorte. jornal

viana do castelo » agenda cultural de março

Navio Hospital Gil Eannes Doca comercial

Sede da JF de Vila de Punhe Rua da Chasqueira, 74, Vila de Punhe

exposição permanente

Uma viagem no tempo – navios, equipamentos, instrumentos e palamenta exposição permanente

Campanha São Ruy 1952 org. Fundação Gil Eannes

Porta do Neiva: do mel ao caulino sáb 10h–13h / 14h–18h — dom 14h30–18h30 2ª a 6ª sob marcação prévia org. Câmara Municipal de Viana do Castelo e Junta de Freguesia de Vila de Punhe

sabia que…? “Do Mel ao Caulino”, tema apresentado na Porta do Neiva do Geoparque Viana do Castelo, dois produtos endógenos com grande destaque no Vale do Neiva, onde se encontra instalada esta infraestrutura. Neste espaço temático, os visitantes podem explorar o património identitário da margem esquerda da Ribeira Lima e, ainda, conhecerem o vasto património natural e cultural patente na área territorial de Viana do Castelo.

Centro de Mar

exposição permanente

Museu Virtual da Memória Marítima até qui 31

até qui 31

Nós de marinheiro Viana na História do Mar

Um mar de tradições A viagem interminável do lixo marinho

+info: www.cmia-viana-castelo.pt org. Câmara Municipal de Viana do Castelo

Centro de Memória, Identidade e Imagem

até qui 31

Do sítio e antiguidade – edificações em Viana do Castelo Espólio de Severino Costa

org. Câmara Municipal de Viana do Castelo

14 edição 95 • março 2022

Sede do Agrupamento de Escolas de Arga e Lima Alameda 25 de Abril 70, Lanheses

exposição permanente

Porta de Arga: os mineiros e os minérios sáb 9h–13h / 14h–17h 2ª a 6ª sob marcação prévia org. Câmara Municipal de Viana do Castelo e Agrupamento de Escolas de Arga e Lima

sabia que…? Na Porta de Arga do Geoparque Viana do Castelo são expostas diversas evidências do couto mineiro que outrora existiu nas Terras de Arga e Lima. O tema “Os Mineiros e os Minérios” é materializado, neste espaço expositivo, através de um importante espólio de utensílios usados na atividade extrativa dos minérios de volframite e cassiterite, documentação de referência, fotografias e testemunhos orais.

viana do castelo » agenda cultural de março

Parque Ecológico Urbano Rua da Argaçosa

Galeria Barca d’Artes Rua dos Manjovos, nº31

Mercado Municipal Av. Cap. Gaspar de Castro

até qui 31

ter 01 15h30

até qui 31

org. Concurso Viana Jovens com Talento’2020, Câmara Municipal de Viana do Castelo +info: www.cmia-viana-castelo.pt

Inauguração da exposição de fotografia de Joaquim Pimenta

Exposição individual de Páris Lourenço, modalidade Pintura

Projeto Mnemonic Pavillion

Carnevale di Venezia org. Centro Cultural do Alto Minho

Ama a vida e serás feliz org. Câmara Municipal de Viana do Castelo e Grupo Girarte

CMIA - Centro de Monitorização e Interpretação Ambiental Rua da Argaçosa

exposição permanente

até sáb 31.12

Moinho de maré em Viana do Castelo

Escola da Natureza, Rede Natura 2000

até sex 25

org. Câmara Municipal de Viana do Castelo

Poluentes emergentes no ambiente +info: www.cmia-viana-castelo.pt

ter 29 a ter 05.04

Inforisk

Antigo Paços do Concelho piso 0 e 1

sáb 05 11h

Inauguração

XIII Bienal de Pintura do Eixo Atlântico org. Eixo Atlântico do Noroeste Peninsular e Câmara Municipal de Viana do Castelo

Sede da Ordem dos Médicos de Viana do Castelo Rua da Bandeira, nº 472

Centro Interpretativo do Caminho Português da Costa Praça da Erva

até sex 22.04

até qui 30.06

Exposição de Ana Cunha

Esculturas de cerâmica S. Tiago de Agostinho Kunha org. Câmara Municipal de Viana do Castelo

Galeria do Interface de Transportes

Biblioteca Municipal Alameda 5 de Outubro

exposição permanente

até sáb 02.07

Exposição de Fotografia dos atletas vianenses homenageados na Gala do Desporto

Obra gráfica de Jorge Nesbitt publicada em livros, revistas e jornais.

Galeria dos campeões org. Câmara Municipal de Viana do Castelo

O mundo é redondo

org.Câmara Municipal de Viana do Castelo

jornal

cinema » sugestão ao leitor

O Serial Killer

por Alcino Pereira alcinop@ipvc.pt

Conotado na alta roda do cinema, como uma figura controversa e sinistra, o estereótipo de “Serial Killer”, está implicitamente relacionado com estrutura mental de um psicopata, debitando um tropismo ignóbil, que o leva a matar sem contemplações, qualquer pessoa aleatória, normalmente seguindo uma lógica estipulada, dando azo á sua egomania e crueldade, gerando comoção e sobretudo suscitando perplexidade nos média. Porém é possível que entre os média, exista uma franja de adeptos, que numa escala contundente, destacam esses filmes como um ícone da sétima arte, nomeadamente gente que tem especial gosto por histórias de ação e adrenalina, ou então sufragado por indivíduos com um perfil frustrado e

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revoltado, e também enaltecido por certas fações de cariz despótico e radical. Não me revendo de todo neste cliché fragoroso, mesmo assim indico alguns filmes de bom nível, começando pela produção enigmática “A Face Oculta de Mr. Brooks” de 2007, na qual Mr. Brooks, um empresário reputado, arguto e pragmático, tem como pecha, um prazer mórbido por assassinatos á queima-roupa, executando as vítimas quando lhe dá na telha, com uma mestria, desprovida de qualquer vestígio. Apesar da áurea assente em Brooks, este tem necessidade de dividir com alguém essa monstruosidade, criando uma personagem artificial na sua mente, com quem estabelece uma dialética introspetiva. Contudo ao cometer o último crime, faz um erro de principiante, permitindo que um cabotino solitário que visionou a cena, o enrede de maneira incongruente, mas não se ficando por aqui as adversidades, Brooks constata que a sua filha, se perfilha como suspeita de um homicídio, que atingiu um colega da universidade,

Charlize Theron em Monstro (2003)

vindo-lhe á tona os remorsos e o desespero. Noutro paralelo cito o filme “Monstro” de 2003, que agudiza gradualmente a perceção de Serial Killer, referente á prostituta Aillen, uma mulher leviana e truculenta, que ao envolver se amorosamente com a frígida Selby, inicia um caudal descomedido de assassinatos a clientes, que lhe requerem os seus serviços, após uma experiência traumática, e simultaneamente por se sentir pressionada em sustentar a sua amante. Um dos filmes mais populares, afeto a este séquito, é o intitulado “SEVEN” de 1995, na qual um individuo calculista e obstinado, armado em Justiceiro conspurcador, que dá pelo nome de John Doe, perpetra crimes rebuscados e infames, baseados na condenação irascível, dos vícios adjacentes aos sete pecados capitais, escolhendo para esse fim, vítimas condizentes com esse padrão, pondo á nora e mexendo com as emoções, do traquejado detetive Somerset e o acutilante ajudante Mills. Por último elenco o célebre filme “Silêncio de Inocentes” de 1991, que eviden-

cia as peripécias vibrantes de dois Serial Killers, mas em campos opostos, destacando se em primeiro lugar Hannibal Lecter, um sagaz canibal, que devido á sua exicial ação, está detido numa prisão de alta segurança, mas com o beneplácito da Agente do FBI Starling, este cede em colaborar com a investigação criminal, com o intuito de parar a série de crimes atribuídos ao tarado “Búfalo Bill”, que mata e inflige castigos corporais a jovens mulheres, com uma fisionomia similar. Todavia com o desenrolar da trama, dá se um volte face, pois Hannibal aproveitando-se da sua influência para desvendar o intricado mistério, foge da cadeia, deixando a marca de predador insaciável e funesto, mas ao mesmo tempo sendo crucial, para que Starling pudesse nocautear com êxito os intentos nefastos de “Búfalo Bill”. Não obstante a carga terrível e trágica, que o Serial Killer fomenta, a verdade é que a sua postura singular, complexa e díscola, preenche um dos requisitos fundamentais e heterogéneos do cinema, designadamente na invocação do mal como elemento cativante para o espectador.

jornal

barcelos » agenda cultural theatro gil vicente

Agência Funerária

Tilheiro

Tel: 258 971 259 Tlm: 962 903 471 www.funerariatilheiro.com Barroselas

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90 anos

95 anos

AGRADECIMENTO

Domingos de Castro Barbosa Maciel

Maria da Luz Fernandes Rasão

Durrães – Barcelos

Fragoso – Barcelos

Sua Família, vem por este meio agradecer a todas as pessoas que participaram no funeral e missa de 7.º dia, bem como aquelas que de alguma forma os acompanharam na sua dor.

A Família

necrologia

69 anos

85 anos

90 anos

AGRADECIMENTO

Domingos da Silva

Marie José Germaine Gorlier

António Martins de Carvalho

Carvoeiro – Viana do Castelo

Subportela – Viana do Castelo

Palme – Barcelos

Sua Família, vem por este meio agradecer a todas as pessoas que participaram no funeral e missa de 7.º dia, bem como aquelas que de alguma forma os acompanharam na sua dor.

A Família

93 anos

83 anos

77 anos

AGRADECIMENTO

Rosa Carvalhosa Gonçalves

Júlia de Araújo Rodrigues do Campo

Leopoldino Pereira da Silva

Balugães – Barcelos

Poiares – Ponte de Lima

Aldreu – Barcelos

Sua Família, vem por este meio agradecer a todas as pessoas que participaram no funeral e missa de 7.º dia, bem como aquelas que de alguma forma os acompanharam na sua dor.

A Família

64 anos

89 anos

AGRADECIMENTO

José Cândido Magalhães Lopes

Maria da Luz da Silva Razão

Barroselas – Viana do Castelo

Fragoso – Barcelos

Sua Família, vem por este meio agradecer a todas as pessoas que participaram no funeral e missa de 7.º dia, bem como aquelas que de alguma forma os acompanharam na sua dor.

A Família

jornal

O Vale do Neiva - Edição 95 março 2022

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