O Vale do Neiva - Edição 100 agosto 2022

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agosto 2022 edição 100 Propriedade:

A MÓ • Associação do Vale do Neiva (Cultural, Património e Ambiente) Barroselas Mensal Gratuito Versão digital

ESPECIAL

EDIÇÃO

O regresso a casa do Eixpressões

100 pág. 3 a 5

pág. 9

Festas em honra de São Pedro em Barroselas pág.

6

Balugães/Tregosa

Imagem Peregrina da Sr.ª da Aparecida de Balugães de visita a Tregosa | pág. 6

Vila de Punhe

Mostra de Sabores e Artesanato | pág. 7

Tregosa

XXX Festival Internacional de Folclore “Águas do Neiva” | pág. 10


Cinema A queda página 14

índice edição 100 agosto 2022

Literatura Três leituras para relaxar em agosto Vamos conhecer os nossos autores

Os benefícios da relação avós e netos

página 12

página 17

página 15

Literatura O morto-vivo página 16

ficha técnica

redação:

editorial

edição:

Banho desaconselhado junto à Ponte Velha em Tregosa

colaboradores:

por José Maria Miranda

diretoria e administração:

Direção de “A Mó” José Miranda Manuel Pinheiro Estela Maria António Cruz

100 – agosto 2022 Alcino Pereira Américo Manuel Santos Ana Sofia Portela Daniela Maciel Fernando Fernandes Filipe Macedo Francisco P. Ribeiro J. F. Vila de Punhe José Händel de Oliveira José Maria Miranda Mota Leite Pedro Tilheiro design gráfico:

Mário Pereira paginação:

Cristiano Maciel supervisor:

Pe. Manuel de Passos contacto da redação:

Avenida S. Paulo da Cruz, Edifício Brasília, 3, Fração F 4905-335 Barroselas e-mail:

redacaojornalvaledoneiva@gmail.com periodicidade:

Mensal

formato:

Digital

distribuição:

Gratuita

Os artigos de opinião são da inteira responsabilidade dos seus autores, podendo ou não estar de acordo com as linhas editoriais desta publicação.

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edição 100 • agosto 2022

Presidente da Direção d’A Mó

A

Agência Portuguesa do Ambiente afixou um cartaz num poste de alta tensão existente no logradouro junto ao rio Neiva em Tregosa (Ponte Velha). Diz o cartaz que o Banho é Desaconselhado – porque esta água (rio Neiva) não está identificada como água balnear. Não sou letrado mas, também não preciso de o ser, para perceber que há algo que não me parece normal. Vamos à análise: para a APA (Agência Portuguesa do Ambiente) a água só não está identificada como água balnear a jusante do local de banhos na Ponte de Vale, visto que nessa zona não foi colocada a mesma informação e até estão relativamente próximas. Nunca fui muito desconfiado, mas…este caso... está a mexer com os neurónios de todos os tregosenses. Banho desaconselhado!

Água não identificada como Balnear! Queremos acreditar que esta informação assenta com base em análises logo, devia conter elementos que comprovam o desaconselhamento e a não identificação da água. A Informação como está, parece-nos muito suave. Nota final importante: Se entre a Ponte de Vale e a Ponte Velha em Tregosa a água do rio Neiva está enferma, é urgente resolver as causas e consequências dessa enfermidade e não ficarmos apenas pelo aviso, porque desta forma a enfermida-

de vai continuar. O ataque ao problema, passa pela resolução imediata e resolvida a questão, faz-se sair nova informação com este teor: Banho aconselhado: Água identificada para banhos. Curiosidade! A água do rio Neiva junto à Ponte Velha em Tregosa teve durante muitos anos, a bandeira azul (ótima qualidade). Eco de um Tregosense atento. Nota: Após alguns dias da sua colocação, o cartaz em causa levou sumiço.


especial » centésima edição

Especial 100.ª Edição: um agradecimento pel’ A Redação redacaojornalvaledoneiva@gmail.com

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anuel Delfim da Silva Pereira (Necas), Fundador da Associação A Mó, após várias reuniões no café Retiro do Souto em Barroselas e apoiado por um grupo de entusiastas, fundou o jornal O Vale do Neiva, cujo o primeiro exemplar impresso, saiu a 15 de janeiro de 1984. A partir desta data, não mais deixou de entrar na casa dos amigos assinantes, levando notícias, reparos, críticas, ensinamentos, defesa do património e ambiente. Mas, como tudo tem um fim, o Jornal O Vale do Neiva, por razões óbvias, deixou de ser publicado a partir de janeiro do ano 2002. Foram 18 anos de entrega e pesquisa no nosso lindo vale do Neiva. Durante a sua inatividade (12 anos), a Direção d’ A Mó em exercício nesse período avançou com vários estudos, tendo, por finalidade, proceder à sua reativação em papel ou avançar para o formato digital. Quanto à sua reativação em papel, foi posta de lado, devido a custos elevados e incomportáveis para a Instituição. Então, a Direção, não hesitou e optou pelo formato digital, cujo o primeiro exemplar saiu no dia 05.05.2014. Hoje, com 8 anos de existência e 100 edições publicadas, promete continuar, dentro do possível, a divulgar o nosso

Primeiro exemplo d’O Vale do Neiva, janeiro de 1984

idílico vale do Neiva. A Direção, agradece a todos os que deram corpo a este projeto e também, aos

nossos simpáticos colaboradores(as) que, presentemente, contribuem para a continuidade do Jornal O

Vale do Neiva. Bem hajam! Queremos continuar a contar com vocês. Obrigado. jornal

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especial » centésima edição

O Vale do Neiva: um jornal global? pel’ A Redação redacaojornalvaledoneiva@gmail.com

O

jornal O Vale do Neiva começou pequeno, modesto, em papel — sem nunca se imaginar aquilo que viria a crescer. Quem, há anos, segurou O Vale do Neiva na mão, não podia sequer imaginar que alguma vez este jornal local poderia estar a ser lido por pessoas de vários continentes ao mesmo tempo. A passagem do jornal para a sua versão digital, em 2014, trouxe o reinício da contagem das suas edições, mas trouxe também a utilização da plataforma de pu-

blicações online Issuu, através da qual se tornou mais fácil ganhar consciência do alcance desta publicação. Não só o crescimento até ao momento, como também o potencial crescimento. Engana-se quem pensa que os artigos são escritos, enviados, paginados e esquecidos após a publicação de cada edição mensal d’O Vale do Neiva. Os artigos não são esquecidos — continuam a viver na web, na nossa conta da plataforma Issuu. A partir daí, podem ser encontrados por leitores curiosos, através de recomendações da própria plataforma, através de pes-

A azul: alguns países onde o jornal foi lido entre 2021 e 2022

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quisas em motores de busca ou através de partilhas em redes sociais. As estatísticas da plataforma Issuu são as que melhor conseguimos quantificar e é dessas que vamos falar a seguir. Sendo um jornal escrito em português, é certo que a maioria das pessoas que o lê esteja em Portugal. No entanto, isso não o impede de viajar um pouco por esse mundo fora, graças às maravilhas da Internet. Sejam familiares, amigos ou conhecidos dos nossos colaboradores, seguidores da nossa página de Facebook, curiosos ou indivíduos que

depararam acidentalmente com os nossos jornais, a verdade é que O Vale do Neiva não está circunscrito apenas ao vale do Neiva. Pela Europa, já fomos «descobertos» na Espanha, França, Alemanha, Itália, Suíça, Luxemburgo, Irlanda. Por esse mundo fora, já chegámos ao Brasil, Colômbia, Estados Unidos da América, Austrália, Qatar, Guiana Francesa… A quantos mais lugares conseguiremos chegar?


especial » centésima edição

Quantos nos leem? Um olhar aos números pel’ A Redação redacaojornalvaledoneiva@gmail.com

A

gora que já sabemos que O Vale do Neiva é lido um pouco por todo o mundo, é preciso responder à pergunta: «quantas pessoas o leem?» A resposta curta? «É difícil quantificar.» Em baixo apresentamos dois gráficos de barras, um com os números das visualizações e outro com os números das leituras d’O Vale do Neiva.

Leituras d'O Vale do Neiva

Visualizações d'O Vale do Neiva 7000

160

5975

6000

120

4000

3416

3103 2304

2220

2000

1763

1576

1944

100

112

101

95

86

76

80

90 54

60

1886

40

1000

20

0

0 NOV 2021

DEZ 2021

JAN 2022

FEV 2022

As visualizações d’O Vale do Neiva

E

133

140

5000

3000

152

stes números correspondem ao número de visualizações mensais nos últimos 9 meses, obtidos através da plataforma Issuu. Visualizar O Vale do Neiva não é o mesmo que o ler, é algo mais comparável a passar numa papelaria, ver os jornais que estão na montra e pegar nalguns para os folhear,

MAR 2022

ABR 2022

MAI 2022

JUN 2022

JUL 2022

sem realmente ler os artigos. Ainda assim, é um bom número que mostra o potencial evolutivo desta publicação. As visualizações mensais d’O Vale do Neiva raramente ficam abaixo das 2000, o que é um número muito bom para uma publicação modesta como esta.

NOV 2021

DEZ 2021

JAN 2022

FEV 2022

As leituras d’O Vale do Neiva

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al como acontece no gráfico anterior, estes números correspondem ao número de leituras mensais nos últimos 9 meses, obtidos através da plataforma Issuu. A escala deste gráfico é muito menor, o que é perfeitamente normal, mas o que é difícil de quantificar aqui é se uma leitura corresponde

MAR 2022

ABR 2022

MAI 2022

JUN 2022

JUL 2022

a uma pessoa que leu duas páginas, uma página, meia página ou apenas um parágrafo. Ainda assim, acreditamos que estes números são encorajadores para nós, Redação, para os colaboradores, e para vós, leitores, que estais aí desse lado a ajudar a levar O Vale do Neiva por aí fora. Mais uma vez, o nosso obrigado!

jornal

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local » tregosa e barroselas

A Imagem Peregrina da Sr.ª da Aparecida de Balugães esteve de visita à Paróquia de Tregosa A Imagem esteve presente nesta freguesia durante três dias, partindo no dia dez do mês de julho pelas 21 horas, para a freguesia de Mujães. Pedimos à Virgem do Vale do Neiva que nos proteja.

por José Maria Miranda Presidente da Direção d’A Mó

N

o passado dia 7 de julho, pelas 21 horas e trinta minutos, junto à linha divisória das duas freguesias, a Paróquia de Fragoso, passou como testemunho de Fé, à Paróquia de Tregosa, o bonito andor com a imagem da Nossa Sr.ª da Aparecida de Balugães. Após as cerimónias adequadas ao momento, a

Imagem despediu-se dos Paroquianos de Fragoso e integrou-se na Comunidade Paroquial de Tregosa. Em majestosa procissão abrilhantada com lindos cânticos, seguiu rumo à Igreja Paroquial.

Festas em Honra de São Pedro na Vila de Barroselas por José Maria Miranda Presidente da Direção d’A Mó

A

s Festividades ao Padroeiro São Pedro da Vila de Barroselas, ocorreram entre os dias 29 de junho a 03 de julho. Com o tempo de sol brilhante e temperaturas altas, a população aproveitou para se refrescar, marcando presença nas atividades noturnas, que foram muito variadas. As Festividades, tiveram o seu

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ponto alto, com a majestosa procissão abrilhantada pelas duas bandas locais. Os Organismos religiosos, a Autarquia Camarária e a Autarquia Local também se destacaram com a sua presença neste ato solene. Que São Pedro nos abra a porta do Céu.


local » vila de punhe

Mostra de Sabores e Artesanato em Vila de Punhe

por Junta de Freguesia de Vila de Punhe junta.vilapunhe@gmail.com

A

Autarquia de Vila de Punhe promoveu, no passado sábado, dia 09 de julho, no Largo das Neves, a “VII Mostra de Sabores e Artesanato” que visa, essencialmente, a divulgação e valorização dos produtos locais, como doces regionais, mel, compotas, vinhos, licores, fumeiro, gastronomia regional, velas aromáticas e bijuteria, cujos produtos se encontravam disponíveis nas diversas tendas espalhadas pelo Largo. Do programa constaram diversas atividades, entre as quais a representação de uma peça de teatro “Auto da Floripes de Palmo e Meio” protagonizada pelas crianças do Centro Social e

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Paroquial de Vila de Punhe, bombos, concertinas, marchas populares e um jantar solidário, revertendo a receita para o Centro Social e Paroquial. Associado a este evento realizou-se a 9.ª edição do Eixpressões (Encontro de Teatro Popular do Noroeste Peninsular), com programa próprio, cujo projeto é desenvolvido Núcleo Promotor do Auto da Floripes e apoiado pela Câmara Mu-

nicipal de Viana do Castelo, que se fez representar pelo Vereador Ricardo Rego.

Uma palavra de apreço a todos os participantes neste evento.

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jornal

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local » eventos culturais

Largo das Neves em gala para o regresso a casa do Eixpressões

por Junta de Freguesia de Vila de Punhe junta.vilapunhe@gmail.com

O

Eixpressões esteve de volta ao Largo das Neves! Regressou com casa cheia e alma luminosa. O ambiente era de festa e muitos foram os que marcaram presença para assistir à belíssima programação associada ao 9º Encontro do Teatro Popular do Noroeste Peninsular. Depois de um interregno imposto pelo contexto pandémico, voltou-se a festejar o teatro popular no lugar repartido por três freguesias vianenses do Vale do Neiva, o Largo das Neves. A fortaleza do secular Auto da Floripes foi acolhedor e transformou-se na capital do teatro popular do noroeste peninsular. Este projeto cultural,

retomado pelas mãos da Câmara Municipal de Viana do Castelo e do Núcleo Promotor do Auto da Floripes 5 de Agosto, realiza-se desde 2011, com os propósitos de valorizar, preservar e promover o teatro popular. Em sintonia, tem procurado, igualmente, reforçar o intercâmbio cultural no noroeste peninsular e afirmar Viana do Castelo e o Auto da Floripes como dinamizadores do teatro popular ibérico. Com efeito, o palco das Neves dará uma vez mais expressão à cultura popular através de uma mescla de dança, teatro, música e mímica. No presente ano, apesar de diversas circunstâncias, as expetativas da organização e do público presente foram superadas, uma que se conseguiu a concretização dos objetivos através de um programa eclético e representativo dos géneros e das regiões geográficas do noroeste peninsular. Na companhia com o Eixpressões, tivemos animação tradicional (bombos, gigantones e concerti-

nas) e, a cargo da Junta de Freguesia de Vila de Punhe, uma mostra de sabores e artesanato – que incluiu um jantar solidário para o Centro Social e Paroquial de Vila de Punhe. A noite prolongou-se até às quatro da madrugada com a animação noturna, numa parceria com o Bar do Neves. jornal

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local » tregosa

XXX Festival Internacional de Folclore “Águas do Neiva” 2022

por José Maria Miranda Presidente da Direção d’A Mó

A

pós interregno de dois anos, (motivo pandemia) o Rancho Folclórico de Tregosa realizou no dia 23 de julho, o seu 30º Festival de Folclore com pompa e circunstância. Os grupos convidados estiveram à altura deste magnifico espetáculo. A noite esteve aprazível e o público também marcou presença significativa demonstrando, por isso, muito

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apreço à realização do nosso Festival de Folclore. Os Arredas, como sempre, varreram o espaço, para que o acontecimento não tivesse pelo percurso algo que perturbasse, servindo-se para o efeito, de vassouras de giestas.

Este ano, o evento abriu com uma fadista Barcelense a Sr.ª Carla Cortez que, deliciou o público com a sua bonita voz e respetivos temas. O jornal O Vale do Neiva, entrevistou aleatoriamente o público presente e, apurou que, 98% das pessoas, esta-

vam satisfeitas com a Organização e com os Grupos convidados. Foi uma noite em cheio, iluminada por holofotes direcionais, dando um colorido muito especial a todo o espaço envolvente, consoante o desenrolar da programação. A Diretora Sr.ª Francisca Sousa, elemento chave da Organização deste Festival, não conseguia esconder a euforia estampada no seu rosto. Com este deslumbrante sucesso, Tregosa foi reconhecida pela maioria dos Grupos como um dos melhores locais para a realização deste tipo de eventos. Vamos continuar a “mobilar” a nossa sala de visitas porque, é sem dúvida, o ex-libris desta bonita localidade chamada de Tregosa. O jornal o Vale do Neiva, cobriu na totalidade este espetáculo e, atribuiu, o valor máximo de classificação tanto à Organização como aos grupos participantes. Tregosa na vanguarda dos Festivais de Folclore.


local » tregosa

As atividades do Centro Social e Paroquial de Tregosa

por Ana Sofia Portela Centro Social e Paroquial de Tregosa

E

m junho terminou o ano letivo 2021/22, desta forma, deixamos esta mensagem aos utentes das nossas valências: “Termina mais um ano letivo! Um ano de estudo e

dedicação a novas aprendizagens, a novas vivências! Aprendemos todos os dias, e, todos os dias são oportunidades de superar os nossos medos e lutar pelos nossos sonhos! A todas as famílias que connosco viveram este ano letivo o nosso obrigada! Queremos continuar juntos nesta caminhada! Em breve inicia-se o período de atividades de Verão! E.... vão ser um meses fantásticos! Visitas, ateliers, teatro, cinema, quintas pedagógicas, atividades manuais, piqueninques,

praia,.... etc etc! Que diversão vai ser! Bem-vindo Julho!!! Boas férias!!!” E com este texto lançamos o mote para as atividades de Julho, algumas das quais falaremos neste artigo e as restantes no do próximo mês. No dia 1 julho, começamos com um “Open morning” dinamizado pelos Bombeiros Voluntários de Barcelos que estiveram connosco nas nossas instalações e proporcionaram-nos uma manhã incrível sobre o que é esta tão nobre missão de ser Bombeiro! Deixamos o nosso grande obrigada pela coragem de todos os dias, por tudo que os bombeiros fazem por nós! Ficamos também de coração cheio, pois uma das Bombeiras foi nossa utente. Nesta atividade tivemos a presença amiga de um grupo de jovens da Casa dos Rapazes de Viana do Castelo. Queremos deixar o nosso agradecimento a todas as pessoas que colaboraram na Recolha Solidária de Água! A campanha continua durante o mês de Julho, por isso, todas as garrafas de 0,33l e 0,5l que possam doar para os Bombeiros Voluntários de Barcelos serão uma grande ajuda! No dia 4 de julho, fomos até à nossa sede de concelho: Barcelos. Viajamos de comboio e fomos ao teatro musical à Biblioteca Municipal.

No dia 5 de julho, tivemos um Atelier de Saúde: Cuidados com o Sol com a colaboração da Farmácia Lopes, a quem agradecemos este fantástico momento. O final da semana foi preenchido com ateliers de Desenho e Pintura, colaborando assim com a paróquia no acolhimento da imagem peregrina de Nossa Senhora Aparecida. Os nossos utentes construíram um lindo cartaz de acolhimento e flores! No dia 11 de julho, iniciamos o período de praia, cuja iniciativa foi aberta à comunidade. Ainda julho vai a meio e sentimos que está a ser um mês repleto de alegria, no qual afirmamos a nossa experiência consolidada de mais de 20 anos a cuidar dos mais pequenos, estamos inseridos num ambiente calmo, familiar e em sintonia com a natureza, e, promovemos atividades abertas a toda a comunidade e em parceria com os agentes locais. Sabemos que o nosso papel é proporcionar oportunidades, as crianças de hoje são a Humanidade de amanhã, por isso, o nosso contributo será sempre no desenvolvimento integral e harmonioso dos nossos utentes. Quer conhecer a melhor a nossa instituição? Sigam-nos pelo Facebook: Centro Social Paroquial de Tregosa.

jornal

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crónica » literatura

Vamos conhecer os nossos Autores por Mota Leite mota.leite@hotmail.com

J

á vem de há alguns anos o convite à colaboração neste jornal! Não me abstenho de denunciar o quão me fora aprazível ler boa parte dos conteúdos, aquando do jornal ainda nos tempos da edição em papel, que, de certa maneira, fora significativamente corresponsável por moldar e potenciar o meu carinho para com os valores culturais de todo o Vale do Neiva e, com especial evidência, intensificar a vontade de procurar conhecer mais e melhor os seus autores. Até acredito que pertencer ao Vale do Neiva é privilégio de incomensurável valor! E, passe a redundância, usando a terminologia bíblica, nascer no Vale do Neiva é sinónimo de “privilégio, eleito ou escolhido”…! Acedi agora e é com agrado que, nesta página, irei debruçar-me sobre essa temática que me é verdadeiramente grada: conhecer os nossos autores, os “Autores do Vale do Neiva”! Tenho a noção, até porque junto-lhe quase meio século de experiência de exaustiva perscrutação, da superior dificuldade em identificar alguns dos seus autores e, mais ainda, em possuir um exemplar de cada edição! Tenho alguns, uma mão cheia de milhares, e ainda não desisti de juntar mais uns quantos! Algumas edições há que ainda desconhecemos. Outras, o exacer-

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bado preço explica a falta delas na minha específica biblioteca. E exemplifico: a edição do raro exemplar “Cerimonial da missa”, do P. Ayres da Costa - está no mercado pelo preço de vinte e dois mil euros! Como este há mais…! Mas, primariamente e numa trilogia de questões - quem(?), como(?) e porquê(?) -, vamos perceber quem são os autores do Vale do Neiva, e quais as razões para que sejam considerados como tal. Resumidamente, terão de: − ter nascido, vivido ou falecido numa das povoações que compõem o Vale do Neiva. Neste item, identificamos as povoações em causa, indiferentes à nomenclatura vigente, da seguinte forma: do concelho de Vila Verde – Godinhaços, Pedregais, Duas Igrejas, Goães, Azões, Rio Mau, Portela das Cabras, Arcozelo e Marrancos; do concelho de Ponte de Lima – Anais, Fojo Lobal, Cabaços, Friastelas, Calvelo, Gaifar, Mato, Vilar das Almas, Freixo, Sandiães, Ardegão, Poiares, Navió e Vitorino dos Piães; do concelho de Barcelos – Alheira, Igreja Nova, Panque, Aborim, Aguiar, Quintiães, Cossourado, Balugães, Durrães, Tregosa, Fragoso, Aldreu e Palme; do concelho de Esposende – Forjães, Antas e Belinho; do concelho de Viana do Castelo – Carvoeiro, Barroselas, Mujães, Portela de Susã, Vila de Punhe, Vila Fria, Alvarães, S. Romão do Neiva e Castelo do Neiva; ●● ter publicado, só ou em

co-autoria, uma publicação física de livro ou separata, ou mais, a qual poderá ser edição póstuma; ●● ter publicação ou participação em antologia; ●● ter publicação ou participação em artigo em qualquer revista; ●● ter publicação ou participação em artigo científico; ●● ter publicação de tese em licenciatura, mestrado ou doutoramento; ●● ser fundador, editor, ou de alguma forma, responsável pela edição de jornal ou revista: ●● ser tradutor de livro ou artigo. Serão estes os tópicos que agregam os autores a este rincão maravilhoso e multicultural que é o Vale do Neiva! Há inúmeros autores que, não tendo nascido em terras do Vale do Neiva, todavia, viveram em alguma num período de tempo, como são exemplo os diversos párocos que exerceram o seu múnus nessas localidades e produziram significativa obra literata. Outros, porém, por herança ou compra, têm habitação, sobretudo para férias e lazer, e nesta mesma localidade produzem boa parte dos trabalhos literários, a exemplo

do Poeta do Neiva – Francisco Sá de Miranda – que, durante pouco mais de duas décadas, viveu em Terras de Vila Verde, mais especificamente em Duas Igrejas, e, inspirado nas musas do Rio Neiva, produziu das mais célebres poesias de entre todos os poetas portugueses! Ora, assim sendo, há um conjunto de autores nestas e noutras condições análogas, senão vejamos: Jerónimo Baía nasceu em Coimbra, viveu em Lisboa e veio morar para S. Romão do Neiva, onde está sepultado; Felgueiras Gayo nasceu em Barcelos, viveu os últimos anos por terras do Vale do Neiva e está sepultado em Vitorino dos Piães; António Corrêa d’Oliveira nasceu em São Pedro do Sul, viveu em Belinho, S. Paio de Antas, e aí está sepultado; Luís A. Oliveira Ramos nasceu em Braga e, há já alguns anos, reside em S. Julião de Freixo. E muitos mais exemplos poderíamos citar… Da multiplicidade temática de cada autor ressalta a universalidade linguística, especialmente nos autores científicos que, naturalmente, publicam em versão inglesa a maior parte dos seus livros ou artigos. E se nesta versatilidade linguística predomina o português, também temos autores a produzir em inglês, francês, alemão, espanhol, latim, chinês, tétum e até outras! Da diversidade não nos livramos. A qualidade é incomensurável! Os autores…, vamos conhecer mais alguns?


crónica » a imigração

A Imigração em Viana do Castelo

por Filipe Macedo Técnico Superior de Administração Pública

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o ano de 2021 foi realizado pelo Instituto Nacional de Estatística o último CENSOS (recenseamento da população e habitação) e neste artigo abordarei alguns dos resultados já conhecidos relativamente à população e comparando-os com os resultados obtidos nos anteriores censos de 2011. Em termos globais, o número de população residente no concelho de Viana do Castelo diminuiu aproximadamente em 3.000 pessoas num cenário em que todos os concelhos do Alto Minho perderam população. Analisando mais profundamente os resultados do nosso concelho, verificamos que o resultado só não foi pior derivado dos imigrantes que chegaram às nossas freguesias, pois se analisarmos apenas a população com nacionalidade portuguesa a perda relativamente ao último Censos foi de aproximadamente 4.700 pessoas. Tambem percebemos que a população estrangeira que escolheu o nosso concelho para residir aumentou, sendo o caso mais flagrante o caso da freguesia de Chafé em que alcançou um aumento da sua população total em

mais de 20% sendo que metade deste aumento deve-se a pessoas oriundas de países que não pertencem à União Europeia. Verifica-se também que dos quase 2.900 estrangeiros que declararam residir no nosso concelho, mais de 50% residem nas freguesias de União de Freguesias de Viana do castelo, Darque, Chafé e Areosa e são estas mesmas freguesias que apresentaram melhores resultados em termos de população. Importa salientar que estes números poderão ainda ser maiores pois nem todos os imigrantes podem ter respondido ao Censos seja por desconhecimento do que se tratava seja por algum tipo de receio, fruto de ainda não terem toda a sua legalização completa, derivado na maioria dos casos aos enormes atrasos do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras. Os ciclos migratórios sofrem alterações e se no passado eram os nossos cidadãos que procuravam em outros países melhores condições de vida, nos últimos tempos é o nosso país que é procurado por pessoas dos mais variados países, seja para procurar uma vida melhor seja para viverem uma reforma com mais tranquilidade e segurança. Parece-me que no nosso concelho ainda não existe uma consciencialização para este tema e do papel que muitas desses imigrantes podem ter nas nossas comunidades, nomeadamente na ajuda ao seu desenvolvi-

mento social e cultural. Existe todo um trabalho a ser desenvolvido pelas mais diversas entidades na integração e inclusão de quem chega, e a falta de financiamento não pode ser desculpa, pois até existem financiamentos da União Europeia. Por vezes basta olhar apenas para bons exemplos em outras cidades e fazer uma replicação ajustada às características do nosso território. Um desses exemplos é Braga, onde está a ser desenvolvido um projeto com várias vertentes, sendo uma delas: a campanha anti-rumor, que pretende melhorar a convivência em sociedade, eliminando a desconfiança, o conflito social, os rumores, estereótipos e preconceitos que muitos cidadãos têm acerca de imigrantes. Em mensagens curtas e apelativas é demonstrado por exemplo que é falso afirmar-se que os imigrantes vêm “roubar” os bons empregos aos portugueses, pois

na verdade muitos imigrantes aceitam trabalhos que os portugueses já não querem, muitas vezes tendo habilitações superiores ao que esses trabalhos exigem. Outro rumor combatido é que os imigrantes desgastam a Segurança Social através do recebimento de subsídios, mas a realidade é diferente pois a percentagem de pessoas que descontam é superior na população estrangeira do que na portuguesa, e por outro lado, a percentagem das pessoas que recebem apoios da segurança social é inferior na população estrangeira. Independentemente do motivo da vinda de imigrantes deveremos todos enquanto cidadãos contribuir para que a adaptação dos imigrantes seja menos difícil e não criarmos barreiras desnecessárias sem, no entanto, nunca perdermos a nossa identidade cultural.

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jornal

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cinema » sugestão ao leitor

A queda

por Alcino Pereira alcinop@ipvc.pt

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lacónico provérbio popular “Quanto maior é a subida, maior é a queda”, serve como padrão perfeito, para realçar o teor desta crónica de cinema. Atendendo á pertinência do tema em si, e á sideração que essas narrativas induzem no espectador, a sétima arte confere significado, aos enredos que ilustram essa abissal degeneração, na qual de modo inusitado ou gradualmente, uma determinada entidade, com demasiado poder a vários níveis e formatos, afunda-se na desgraça, na completa penúria, ou então irremediavelmente exaurido, na sua capacidade de reagir às contrariedades. Nesse prisma recomendo três filmes, que com um descarte expressivo, identificam-se com esse chavão popular, verificando que a atitude ignominiosa, despótica e opulenta, de qualquer organismo alcandorado, pode ser contraproducente e fatal, se for levada ao extremo. O Mundo a seus Pés (1941) é um icónico filme, que reflete esta diapasão trágica, porque evidencia a ascensão meteórica de um magnata do jornalismo, chamado Charles Foster Kane, e por sinal a sua consequente degradação, fazendo jus a outro aforismo “Que o di-

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nheiro não traz felicidade”. Sem ser uma história com um fio condutor normal, o argumento numa fase inicial espelha, o culto da personalidade, de Kane, laureando como uma figura incontornável, devido á sua sapiência, notoriedade e filantropia. Porém, o desenrolar da história começa a despontar, quando um prestigiado jornalista Jerry Thompson, resolve elaborar uma biografia sobre Kane, logo após a morte deste. Jerry entrevistando, pessoas que lidaram regularmente com Kane, chega á insólita conclusão, que este nunca se reconheceu como um homem realizado, pois apesar de todas as etapas que ia superando, com sucesso e potestade, a sua conduta de visionário e empreendedor, nunca o fez parar. Nesse quadro irredutível, o estado mental de Kane, vai-se deteriorando paulatinamente, desprovendo-se dos seus valores ecléticos, tornando-se num homem corrupto, principalmente quando se envolve nos meandros da política, como também obsessivo e obstinado, no seguimento de uma paixão arrebatadora por uma mulher, querendo á força que ela se projete, como uma cantora de eleição. A Queda de Hitler (2004) é um filme baseado em fatos verídicos que relata os últimos dias de Adolf Hitler, conhecido pelo ditador mais nefasto e exicial do século XX, que numa lógica beligerante, causou o terrível conflito, designado, segunda guerra mundial. Cingindo-se o enredo, á ver-

Bruno Ganz em A Queda de Hitler (2004)

são contada por uma das ultímas secretárias de Hitler, Traudl Junge, que laborou entre 1942 e 1945, esta aborda um período tumultuoso, em que a Alemanha Nazi aos poucos, caminha em direção ao desastre, até a capitulação final. Na linha desse registo, o introito do filme observa a contratação da jovem Traudl, para servir Hitler, no seu búnquer, onde simultaneamente estão instalados os seus apaniguados, só que num ápice o filme salta para 1945, onde a cidade de Berlim, está prestes a cair às mãos dos russos, perante a incredulidade e aspereza de Hitler, que recusa aceitar o óbvio. A Queda de Wall Street (2015) é um filme que perspetiva a catástrofe que se

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abateu em 2008, no centro financeiro de Wall Street, e se repercutiu na súbita falência de vários bancos de investimento, nos Estados Unidos, e pelo mundo fora, e que foi originado pela crise do subprime. Assim sendo, em 2006, certas personagens, ligadas a este periclitante sistema, vão notando a existência duma enorme quantidade de créditos hipotecários de risco, atribuídos a juros altos, e que são transformados em títulos, e que sujeitam as instituições bancárias, a perdas colossais, caso aconteça uma inadimplência generalizada. Contudo, três agiotas, ao aperceberem-se desse hipotético debacle, engendram esquemas, para ganhar dinheiro, á custa do rombo, que afetou um incomensurável número de pessoas.


crónica » literatura

Três leituras para relaxar em agosto

por Daniela Maciel dani18maciel@hotmail.com

Agosto é, por excelência, o mês para descansar, para viver ao máximo o verão. Desta forma, trago-lhe três sugestões de leituras perfeitas para relaxar junto à praia ou à piscina.

niza por impulso uma festa que rapidamente fica fora de controlo, e o padrasto decide que esta é a gota de água. Tira-lhe o dinheiro e exila-a para Westport, uma pequena cidade costeira, na esperança de incutir alguma noção de responsabilidade em Piper. É em Westport que ela conhece Brendan, um pescador corpulento e resmungão, que não acredita que ela sobreviva naquele meio mais do que apenas alguns dias. À medida que se aproxima de Brendan, Piper vai também aprender muito sobre si, sobre as suas raízes e sobre esta cidadezinha costeira capaz de lhe conquistar o coração. «Não Fujas Mais», de

na de quem ele se lembra. É uma mulher à beira do abismo, agarrada às drogas e a um namorado abusivo. Para Simon, só há uma coisa que ele pode fazer: percorrer o mundo em busca dela, não interessando se esse caminho é negro e perigoso. Simon terá de investigar o passado, de forma que descubra o que fez a sua filha mudar e enveredar por um caminho tão perigoso. Assim, o autor conduz-nos habilmente por uma jornada em busca dos segredos do passado, passado esse que nunca fica enterrado. Este livro aborda temas muito interessantes, tais como a genética, os testes de ADN, os cultos religiosos e a forma como estes se tornam perigosos para aqueles que acreditam cegamente. Não posso deixar de recomendar este livro aos fãs de thrillers e a quem procura ação, adrenalina e imensas reviravoltas.

«Romance de Verão», de Emily Henry, é a história de dois escritores. January: uma escritora romântica e uma otimista por natureza. Augustus: um escritor literário indiferente ao amor e frio por opção. Mas January e Gus têm muito em comum. Ambos estão: Falidos. Paralisados por bloqueios criativos. Obrigados a escrever «bestsellers» antes que o verão acabe. A morar ao lado um do outro. Como resultado, decidem fazer uma aposta: trocar de género literário e ver quem consegue ser publicado primeiro. Porém, ao contarem as histórias um do outro, as suas vidas poderão ficar viradas do avesso. Conseguirão ambos terminar de escrever os seus livros? Espero que tenha gostado das minhas sugestões e que se revelem excelentes companhias. Desejo-lhe um incrível mês de verão!

“Aconteceu Naquele Verão” Tessa Bailey 2022

«Aconteceu Naquele Verão», de Tessa Bailey, é uma comédia romântica atrevida e enternecedora. Piper Bellinger é uma «socialite» muito influente em Beverly Hills. Os fotógrafos andam sempre atrás dela à espera que cometa mais uma loucura. Numa noite com demasiado champanhe, ela orga-

“Não Fujas Mais” Harlan Coben 2020

Harlan Coben, é um thriller para os mais aventureiros. Conta-nos a história de Simon Greene, um pai desesperado em busca da sua filha. Paige já não é a meni-

“Romance de Verão” Emily Henry 2022

jornal

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crónica » literatura

O morto-vivo

por José Händel de Oliveira jhandeloliveira@gmail.com

U

m dia, que ao cair da noite, saía da Biblioteca da Universidade de Coimbra, onde frequentava o Curso de Direito, fui informado que o meu amigo Santos, Bira-Mor da república “Bamus Ó Bira”, tinha falecido. Imediatamente me dirigi para aquela casa de estudantes, fundada por gente do Norte, e para meu espanto logo deparei no átrio da casa, com o Santos agarrado ao telefone, a dizer e repetir à mãe que estava de ótima saúde, deixando a senhora intrigada com o teor daquele telefonema. O Santos contou então às várias pessoas que tinham chegado ao saberem da notícia fúnebre que a dona da pensão em que estivera a comer e nada pagara, o avisou telefonicamente, que ia mandar lá a empregada pela última vez, e que se não pagasse o que era devido, recorria à Justiça. O Santos não tinha dinheiro, nem quem lhe emprestasse, dado que se tratava de uma quantia muito elevada. Teve então a ideia de se fazer de morto, convencido que isso acalmaria a dona da pensão. Com a ajuda dos colegas preparou de um velório. E logo que o colega que ficara de sentinela, avisou que a empregada da pensão se aproximava,

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deitou-se na cama de batina apertada, com um pano a apertar-lhe os queixos como era costume fazer aos defuntos e esperou de olhos fechados. O quarto estava tristemente iluminado por 4 velas, cada uma das quais junto aos quatro cantos da cama. Quando chegou a empregada, uma rapariguinha muito jovem, os estudantes que estavam no átrio e que fingiam chorar, perguntaram-lhe o que ela queria e quando respondeu que queria falar com o Sr. Santos para ele pagar a conta que exibiu, disseram-lhe que o Sr. Santos estava no quarto e que podia entrar. A mocinha decidida, entrou no quarto, mas ao ver o “morto”, deu um grito e fugiu a toda a pressa, quase caindo nas escadas. Não tardou muito tempo que a dona da pensão telefonasse a lamentar a mor-

te do Sr. Santos, dizendo que estava tão desgostosa que já nem queria saber da conta para nada. Foi o que o Santos quis ouvir e depois teve imenso trabalho a convencer as pessoas que iam lá a casa ou telefonavam que nada de mal acontecera. Até um Professor universitário pediu que fosse alguém a casa dele contar-lhe a partida que o Santos pregara à credora.

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saúde » relação avós e netos

Os benefícios da relação avós e netos

por Ana Sofia Portela enf.anasofia@gmail.com Enfermeira especialista em Enfermagem Comunitária USF Aqueduto – ACES Vila do Conde/Póvoa do Varzim

A

26 de julho assinala-se o dia dos avós e no artigo deste mês abordo alguns dos benefícios que advém da boa relação entre avós e netos. Quando os elos emocionais entre avós e netos são fortes, a relação pode ser benéfica para a saúde, bem-estar e desenvolvimento de ambos, apontam vários estudos. Uma relação próxima entre avós e netos está associada a menor risco de depressão para ambos. As crianças que contam com um grande envolvimento dos avós na sua vida têm menos problemas emocionais e comportamentais. O envolvimento dos avós ajuda a atenuar dificuldades de ajustamento em todos os tipos de famílias, mas particularmente quando os netos são adolescentes cujos pais estão separados. Os avós que não cuidam dos netos têm maior probabilidade de dizer que têm pouca saúde do que aqueles que costumam cuidar dos netos, seja de forma intensiva ou não. E o contrário também é verdade: os avós que cuidam dos netos têm

maior probabilidade de reportar boa saúde. Tomar conta dos netos pode ser exigente do ponto de vista físico e emocional, mas também pode ser recompensador porque permite que avós e netos criem uma relação mais próxima. Os avós são um recurso multidimensional para a aprendizagem das crianças. Ao participarem num conjunto alargado de atividades – ler histórias, cozinhar, jardinar, passear no parque – os avós apoiam o desenvolvimento do conhecimento linguístico, cultural e científico das crianças; por sua vez, a interação com as crianças estimula a aprendizagem dos mais velhos em áreas como as tecnologias da informação e o inglês como segunda língua. Devido às suas características diferenciadoras, a relação que as crianças estabelecem com os avós favo-

rece a aprendizagem, já que cria um contexto que as incentiva a explorar e a correr riscos. Essas características incluem a vulnerabilidade mútua, que cria um maior sentido de igualdade entre adulto e criança, a disponibilidade temporal e a flexibilidade face aos resultados das crianças. Este apoio contínuo e individualizado tenderá a tornar-se mais

valioso, numa era em que os pais estão cada vez menos disponíveis e em que o ensino escolar é muito focado em abordagens coletivas. Felicito todos os avós, e desejo que, na companhia dos seus netos, se mantenham ativos e felizes, que isto repercutir-se-á em ganhos para a saúde de todos e numa sociedade mais fraterna e solidária! Viva aos avós!

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jornal

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crónica » mitos e lendas

O sítio do pica pau amarelo

por Fernando Fernandes fjfernandes1975@gmail.com

A

grande maioria de nós, quando adolescentes ou mesmo crianças, recorda-se de uma série brasileira que nos prendia ao ecrã como se de cola se tratasse. Adaptado da obra do escritor Monteiro Lobato, falámos, claro está do sítio do Pica Pau Amarelo. O cenário principal é um sítio onde mora Dona Benta, uma idosa de mais de sessenta anos que vive em companhia de sua neta Lúcia, ou Narizinho como é conhecida e a empregada,Tia Nastácia. Narizinho tem como amiga inseparável, uma boneca de pano velho chamada Emília, feita por Tia Nastácia. Porém, nesta série aparecia uma personagem que todos idolatravamos e que provavelmente nem sequer sabiamos que já existía desde o século XVIII. Oriundo das regiões da Missões no Sul do Brasil, Saci-Pererê é visto na série como uma personagem bondosa, brincalhona e que adora pregar partidas aos outros. Portador de uma carapuça sobre a cabeça que lhe concede poderes mágicos, este jovem negro que apenas tem uma perna, daí o termo pererê (ir aos saltos). Da mitologia Portuguesa, Saci herdou o píleo, esse mes-

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mo gorro vermelho usado pelo lendário Trasgo, Ser encantado do folclore do norte de Portugal, especialmente da região de Trás-os-Montes. Rebeldes, de pequena estatura, os trasgos usam gorros vermelhos e possuem poderes sobrenaturais. De Portugal para o Brasil veio a crença da explicação sobrenatural sobre redemoinhos, de que seriam guiados por uma “coisa ruim” e que poderiam arremessar pessoas. Saci foi de imediato associado a esta crença como sendo esta ruindade em pessoa. No sítio do Pica Pau Amarelo, podemos vê-lo a fazer as suas travessuras favoritas, desde logo a principal de todas, atrapalhar a Dona Benta na hora de cozinhar. Apesar de arrancar sorrisos à Narizinho, Dona Benta ficava fula com as partidas pregadas pelo negrito. Sal no açucareiro, ou açúcar no saleiro, aumentar o lume para queimar a sopa, são algumas das imensas partidas que Saci pregava. Contudo, numa perspetiva mais social, Saci também era visto como portador do mal. Mas, a sua imortalidade, ocasionada por Monteiro Lobato, deu origem à utilização do nome nas mais variadas áreas. Por exemplo, em 2001 uma nova espécie de dinossauro foi descoberta em Agudo, Rio Grande do Sul, e que recebeu o nome de Sacisaurus Agudoensis pois o fóssil foi encontrado sem o fémur esquerdo. Em 2005 foi instituído em São Paulo, Vitória, Fortaleza e

Ceará o dia Dia do Saci que se celebra a 31 de Outubro. Contrapondo com o dia das Bruxas, pretende manter a tradição do folclore Brasi-

leiro bem patente. E quem de nós já não se comportou como o Saci algumas vezes na vida enquanto crianças? E que bem que soube não foi?

POEMA AGOSTO

Mulher linda Com Os teus negros cabelos E Um olhar de encantamento É uma delícia só de vê-los Tu és mulher com sentimento Com uma bela sensualidade Com um corpo de encantar És uma mulher de verdade Que eu gosto de venerar E os teus lábios então Dão vontade de beijar Para esquecer a solidão Eu gostava de te amar por Américo Manuel Santos americosantos1927@gmail.com


opinião » pegada ecológica

Pegada Ecológica

Precisamos de mudar de estilo de vida

por Francisco P. Ribeiro fportoribeiro@hotmail.com

E

ste artigo de opinião surge em maio, no momento é que são divulgados os dados a respeito da pegada humana dos portugueses, que se esgotou a 7 de maio. E isto é um sinal que, em bom rigor, precisamos de fazer as coisas de forma diferente pois, segundo os dados mais recentes, Portugal, antes de terminar o primeiro semestre do ano, já tem consumido todos os seus recursos naturais. Estes alertas foram lançados pela associação Zero, defensora do ambiente, tendo sido notícia nacional e internacional. Segundo os dados nacionais de pegada ecológica (leia-se, a

nossa marca, enquanto seres humanos, no mundo), sendo estes calculados pela organização internacional Global Footprint Network, se cada ser humano tivesse os mesmos hábitos que os portugueses, seria necessário o equivalente a 2,5 planetas para satisfazer as necessidades totais até ao final do corrente ano. Estes números são, de facto, assustadores e não são percebidos no dia. Mas o mais triste é como isto não é notícia nacionais, fruto da conjetura internacional e do futebol. Quem se preocupa com o planete, hoje em dia? Mas é um facto. A associação Zero, parceira da Global Footprint Network, afirma que já estamos a viver acima das nossas possibilidades ambientais e que, neste momento, acionámos o “cartão de crédito” do ambiente, sendo esse facto um registo que identifica cada vez mais

cedo, em relação ao período transacto. É um facto que ao longo dos últimos anos, a política pública em Portugal não tem sido eficiente na gestão dos muitos recursos naturais de que dispõe, seja ao nível das actividades produtivas seja consumidas. E o que se nota, é que o saldo devedor ambiental português está a aumentar a olhos vistos, sem sermos capazes de colocar um travão neste avanço ameaçador, conforme afirma a associação Zero. Por sua vez, de acordo com os cálculos da Global Footprint Network que calcula o peso da pegada ecológica em quase todos os países do mundo, há regiões que conseguem ser mais destruidoras que Portugal mas também há “bons alunos”, porque há países que conseguem ir até ao final do ano sem quase usar esse “crédito” ambiental, são os

extremos. Em termos comparativos, se todos os habitantes do planete tivessem uma pegada ecológica semelhante aos habitantes do Qatar, os recursos tinham-se esgotado a 14 de fevereiro, mas, por sua vez, se fossemos todos como os habitantes da Jamaica, os nossos recursos chegariam até ao dia 20 de dezembro. A nossa realidade nacional encontra-se a menos de meio da tabela, uma vez que os nossos recursos acabaram a 7 de maio, um dia antes do Japão e antes, ainda, de países como Espanha, Suíça e Reino Unido. A pegada ecológica humana necessita de recursos renováveis e os “sinais” revelam que não estamos a pensar nesse cenário. Por sua vez, as ofertas de nova tecnologia também ajudam a esse impacto negativo porque, convenhamos, as baterias de lítium serão um problema no futuro, que o(a)s nosso(a)s filho(a) s irão que ter que assumir. Em caso de interesse, veja o questionário que está no site da Global Footprint e veja qual o seu contributo. Face ao exposto, as perguntas que deixo no ar, e que também me coloco, prendem-se com (1) tomada de consciência individual sobre o peso na nossa (minha) pegada ecológica e (2) que a responsabilidade social intergeracional (que mundo pretendo deixar às gerações vindouras?). Fica a partilha e a reflexão. jornal

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crónica » o pulsar da sociedade

O pulsar da sociedade

A pressão

por Alcino Pereira alcinop@ipvc.pt

A

“Pressão” é um daqueles tropismos eloquentes, que se pudéssemos evitar ou alienar, seria melhor para o nosso bem-estar emocional, porque fazer as nossas tarefas, que se vão sucedendo no quotidiano, á pressa e acossados com um frenesim impertinente, as coisas podem dar para o torto, ou algo correr mal, a menos que sejamos de tal maneira talentosos, ágeis e eficazes, que consigamos superar esse empecilho austero, atingindo um feito pírrico, no cair do pano. Para mistificar a utilização massiva, abusiva e incisiva do pleito pressão, resolvi agregar em três manifestações estereotipadas, a preconização dessa necessidade imperiosa, em que a pressão se enquadra e está irremediavelmente sujeita. Os três modelos padronizados são os seguintes, no primeiro caso podemos denominar de “Pressão atempada”, no segundo podemos apelidar de “Pressão inusitada” e no terceiro chavão a “Pressão ansiosa”. Em relação á primeira matize, a “Pressão atempada” é o protótipo de um preceito que visa o cumprimento dos prazos que estão previamente estipulados, e que só existe pressão efe-

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tivamente, se houver algum atraso e constrangimento na elaboração do trabalho ou da premissa, ou se essa incumbência laboral é deixada muito para o fim, perto de expirar o prazo, por motivos de desleixo ou meramente organizacionais, não obstante essas contingências laxistas, é muito mais fácil contornar profilaticamente o surgimento da contundente pressão, bastando gerir com parcimónia, os prazos que estão refletidos. Se porventura se verificar o segundo modelo “Pressão inusitada”, este pode ser catapultado por acontecimentos adversos e nefastos, de cariz imprevisível e insólito, como por exemplo um incêndio, um acidente de viação, um terramoto, uma distensão cardíaca, um assalto á mão armada, que proporcione e potencie a ativação da pressão momentânea, acionando com essa intencionalidade, uma intervenção urgente e inadiável das autoridades competentes, para nocautear e dirimir os efeitos perversos e trágicos, que passa por todos, na panótica vida em sociedade. No que diz respeito á “Pressão Ansiosa”, estamos certamente diante de um sintagma bicudo e periclitante, porque o problema é tão sério e grave, que nos obriga a enveredar por uma empreitada frenética e exasperante, estamos a falar duma eventual situação angustiante de desemprego, ao qual o individuo vê-se desprovido de meios de subsistência para se alimentar a si ou á sua família ou para fazer face aos seus

encargos fixos e inadiáveis, como também podemos elencar, quem padece duma doença crónica incurável, que provoca um pungente sofrimento ou então quem tem um distúrbio mental acirrado, que age imbuído num ramerrão paranoico e maçador, tornando assuntos fúteis e residuais, em algo considerável e inopinado. No cabaz da “Pressão Ansiosa”, podemos juntar igualmente ao cotejo, as motivações de índole competitiva, designadamente no campo desportivo, principalmente quando uma equipe perde vários jogos consecutivos, num registo degenerativo, podendo ser prejudicial e fatal, para os seus objetivos delineados para a época desportiva, não se alterando a paupérrima prestação, os atletas e a equipe técnica estão

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expostos ao fio da navalha, sujeitos á critica e a um ambiente tétrico, comungado com o todo tipo de pressões. Além destes endémicos laivos de pressão, que se podem gizar através da vacuidade mediática, a realidade demonstra que a pressão é mais saliente e protuberante, aos olhos da opinião pública, quanto maior importância e pertinência tiver na ligação a um pináculo institucional ou quando envolve um acervo considerável de pessoas, nesse conúbio sinuoso. Para confirmar essa premência efusiva, podemos ilustrar a pressão que o Serviços de Saúde e o Governos de todo mundo foram alvos, por causa da pandemia Covid 19, que gerou um clamor social e económico, numa dimensão trágica, nunca antes verificada.


crónica » a palavra

O que será do Homem sem a palavra?

por Francisco P. Ribeiro fportoribeiro@hotmail.com

A proposta para esta edição, foi escrita em julho após a leitura do livro “O elogio da palavra”, de Lamberto Maffei (2017), Edições 70. O autor é médico italiano, mas que se interessa pelas palavras, fazendo neste pequeno livro, a relação entre as palavras pronunciadas (não tecladas) e o nosso cérebro. No seu livro, Lamberto refere que o aparecimento da linguagem, nos seres humanos, está ligado à construção do que chama «civilização». O autor refere Emily Dickinson quando esta diz que “não conhecer nada no mundo com tanto poder como a palavra”. E se formos a ver, seguramente, todos nós temos histórias e estórias onde, pela palavra, ficámos maravilhados, apaixonados, destruídos e/ ou derrotados nos nossos sonhos, se não mesmo, outros aspectos. Na religião católica, é o simples “sim” que une famílias no casamento e, no divórcio, o “não” (por norma, acompanhado de outros aspectos) que separam o casal. Um facto interessante, neste livro, é recordar a lenda d´ “As Mil e uma Noites” e associar a iniciativa da virgem Xerazade em escapar à

morte, por via da palavra. Para tal, contava todas as noites um conto, que não terminava, deixando o encanto para o dia seguinte. Assim, conseguia atrasar a sentença de morte para o dia seguinte (onde repetia a proeza) para finalizar o seu conto e ganhava mais uma noite de amor. Com a palavra, Xerazade ganhou a vida e um casamento real. O poder da palavra, numa breve história. O autor refere, ainda, que “cada homem é a sua narrativa, nem que seja aquela que ele narra a si mesmo, um grão de poeira da história” e revela outro aspecto de extrema importância, que “a palavra sem o pensamento é uma palavra morta”, defendendo que o pensamento sem a expres-

são da palavra é um vazio. Refere, ainda, a questão da “aldeia global” onde se sente a necessidade de criar uma linguagem por todos entendida. Nos casos dos trabalhos científicos e académicos, há o inglês. Nos assuntos da diplomacia e sociedade, o elegante francês. No romance e amor, o italiano, e por aí fora. Por essa razão defende que é uma riqueza do ser humano a pluralidade da linguagem e refere Tullio de Mauro quando este alerta para que “a destruição da linguagem é a premissa da toda e qualquer destruição futura”. Também recorda Voltaire quando este diz que “o segredo de aborrecer é o de tudo dizer” e aqui recordo a estratégia de Xerazade, para ganhar mais um dia de vida, nas mil e uma noite de amor. Com esta questão da

palavra, o autor também alerta para questão do abandono dos mais idosos e refere que a solidão e o silêncio do(a) idoso(a) pode favorecer, ou acelerar, o declínio cognitivo. Alerta para um aspecto de extrema humanidade, referindo que “cuidar do próximo, como em muitas formas de voluntariado, não só faz bem ao próximo como a nós mesmos”. Subscrevo este conceito, com conhecimento de causa. Mas o autor também explora a semântica das palavras “ver” e “olhar” e recorre a Plínio, em O Velho (23-79 d.C), por este considerar que se vê com a mente e não com os olhos. Isto porque defende que a mente interpreta aquilo que os olhos permitem. Considera que “as palavras trazem o conhecimento e permitem a compreensão da imagem representada”, e que as imagens falam por si. Defende que o “o ato de ver é parente da linguagem”. Este livro termina com uma frase que considero linda e que se aplica a este jornal, considerando que “sou levado a pensar que quem tem mais palavras vê mais”. As palavras são memória e conclui com uma pergunta para o qual não tenho resposta e que partilho, “que seria do homem sem as palavras?”. Com este pequeno apontamento deixo aqui uma excelente recomendação de leitura. Fica a recomendação de investimento, para este verão.

jornal

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necrologia

Agência Funerária

Tilheiro

Tel: 258 971 259 Tlm: 962 903 471 www.funerariatilheiro.com Barroselas

88 anos

67 anos

85 anos

AGRADECIMENTO

AGRADECIMENTO

AGRADECIMENTO

Torcato Alves Pereira da Rocha

Maria da Conceição de Sousa Rosa Rodrigues

Francisco Costa Amorim

Mujães – Viana do Castelo

Balugães – Barcelos

Aguiar – Barcelos

Sua Família, vem por este meio agradecer a todas as pessoas que participaram no funeral e missa de 7.º dia, bem como aquelas que de alguma forma os acompanharam na sua dor.

Sua Família, vem por este meio agradecer a todas as pessoas que participaram no funeral e missa de 7.º dia, bem como aquelas que de alguma forma os acompanharam na sua dor.

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A Família

A Família

A Família

52 anos

91 anos

70 anos

AGRADECIMENTO

AGRADECIMENTO

AGRADECIMENTO

Horácio Tomás da Costa

Maria da Conceição Alves de Miranda

Manuel Rodrigues Meira

Fragoso – Barcelos

Barroselas – Viana do Castelo

Deão – Viana do Castelo

Sua Família, vem por este meio agradecer a todas as pessoas que participaram no funeral e missa de 7.º dia, bem como aquelas que de alguma forma os acompanharam na sua dor.

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A Família

A Família

A Família

22 edição 100 • agosto 2022


necrologia

69 anos

85 anos

57 anos

AGRADECIMENTO

AGRADECIMENTO

AGRADECIMENTO

Armando da Silva e Sousa

Florindo do Nascimento Meira Dias

António Carlos Nascimento Carvalho

Palme – Barcelos

Mujães – Viana do Castelo

Balugães – Barcelos

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A Família

A Família

A Família

90 anos

68 anos

88 anos

AGRADECIMENTO

AGRADECIMENTO

AGRADECIMENTO

Lia de Jesus Gonçalves Oliveira

Maria Alice Rodrigues Franco Mendes

Maria Pureza Ribeiro Gonçalves

Barroselas – Viana do Castelo

Barroselas – Viana do Castelo

Barroselas – Viana do Castelo

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A Família

A Família

A Família

63 anos

82 anos

75 anos

AGRADECIMENTO

AGRADECIMENTO

AGRADECIMENTO

João Ferreira Dias

Ludovina Jacira Gonçalves dos Reis

Maria Alcinda Fernandes de Faria Gonçalves

Palme – Barcelos

Quintiães – Barcelos

Durrães – Barcelos

Sua Família, vem por este meio agradecer a todas as pessoas que participaram no funeral e missa de 7.º dia, bem como aquelas que de alguma forma os acompanharam na sua dor.

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A Família

A Família

A Família

jornal

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