O Vale do Neiva - Edição Dezembro 2019

Page 1

Propriedade: A MÓ · Associação do Vale do Neiva (Cultural, Património e Ambiente) | Barroselas Dezembro 2019 | Mensal · Nº68· Gratuito · Versão digital

Barcelos

PRAXE SOLIDÁRIA A FAVOR DA CAMPANHA DE NATAL DA SOPRO - SOLIDARIEDADE E PROMOÇÃO P. 4e5

Prémio Palco de Terra 2019 para o Núcleo Promotor do Auto da Floripes 5 de Agosto P. 2e3

Nacional

Municípios louvados por políticas de apoio às famílias P. 8e9

Religião

"Raposos" no ciclo de teatro do INATEL P. 6 PUB.

Associação dos Antigos Alunos de Singeverga -Festa de Outono, em Melgaço P. 10e11

PUB.

Opinião

Locomotiva C.P. 855 P. 18e19

Sugestão ao leitor

O ESPÍRITO DE NATAL NO CINEMA P. 20e21


2

DEZEMBRO 2019

Neves

Prémio Palco de Terra 2019 para o Núcleo Promotor do Auto da Floripes 5 de Agosto O Teatro de Balugas distinguiu, na categoria Instituição, o Núcleo Promotor do Auto da Floripes 5 de Agosto pelo trabalho desenvolvido na preservação, valorização e promoção da relíquia do teatro popular português, o Auto da Floripes. O prémio anual PALCO DE TERRA foi instituído para reconhecer e agradecer o trabalho e o esforço de pessoas e instituições no âmbito do teatro realizado no meio rural e da criação artística sobre o Minho.

A entrega do prémio PALCO DE TERRA decorreu no passado dia 1 de dezembro de 2019, pelas 16h00, no auditório da Junta de Freguesia Balugães, Barcelos. Segundo a coletividade cultural, que pertence às três freguesias vianenses do Vale do Neiva (Barroselas, Mujães e Vila de Punhe), o prémio “é uma distinção que nos orgulha, responsabiliza e motiva para os desafios permanentes da coletividade. Temos dado sempre o nosso melhor e tem

valido a pena! Parece-nos que este reconhecimento é um bom presságio para o ano que se avizinha. 2020, assinalará o 10.º aniversário como grupo informal e o 5.º como associação, o que não passará indiferente à coletividade através de belas iniciativas que se desenrolarão ao longo do próximo ano. Agradecemos aos associados e a todas as pessoas e instituições, nomeadamente às Comissões de Festa e às autarquias de

Ficha técnica | Diretor: Tiago Lima Redação: Domingos Costa · José Miranda · Manuel Lima · José Rafael Soares Colaboradores: Alcino Pereira · Cristiana Félix · Adriano Jordão Design e Paginação: Inês Guia Contacto redação: Avenida S.Paulo da Cruz, Apartado 20 - Barroselas · redajornalvaledoneiva@gmail.com Periodicidade: Mensal Formato: Digital Distribuição: Gratuita Os artigos de opinião são da inteira responsabilidade dos seus autores, podendo ou não estar de acordo com as linhas editoriais deste jornal.


DEZEMBRO 2019

3

Barroselas e Carvoeiro, Mujães e Vila de Punhe, que têm permitido este lindo percurso a favor da cultura, do património e do Auto da Floripes. E, é claro, manifestamos, também, a nossa eterna gratidão aos comediantes que, ano após ano, são os grandes vencedores! O prémio tem também um sabor especial por partir de uma associação que tem muito mérito no trabalho desenvolvido e por ser numa freguesia vizinha que valoriza a cultura! Para além disso, é igualmente prazeroso sermos herdeiros do Cénico Lírio do Neiva (distinguido por ser o grupo de teatro amador mais antigo do Minho em atividade, tendo sido fundado em 1933) e partilharmos este ano a honra com o premiado Dantas Lima. .

PUB.

PUB.

PUB.

t. 963 316 769 · 966 334 363


4

DEZEMBRO 2019

Barcelos

PRAXE SOLIDÁRIA A FAVOR DA CAMPANHA DE NATAL DA SOPRO – SOLIDARIEDADE E PROMOÇÃO Caloiros do Instituto Politécnico do Cávado e do Ave promoveram diversas ações de solidariedade em prol do serviço de apoio local da SOPRO-ongd – Solidariedade e Promoção, Organização Não Governamental para o Desenvolvimento (ONGD). Há já algum tempo o Conselho de Veteranos do IPCA tem procurado dinamizar “praxes” diferenciadas, denominando estas de “praxes solidárias”. Participarem numa campanha de recolha de bens alimentares, fazer o inventário e organizar os alimentos e ainda contribuir na organização do Banco de Material Escolar são apenas algumas das “praxes” que os alunos do IPCA, através do Conselho de Veteranos, se propõem a fazer para apoiar a SOPRO – Solidariedade e Promoção. Alguns caloiros e alunos do Instituto Politécnico do Cávado e do Ave, participaram como voluntários na angariação de alimentos que ocorreu no E.leclerc de Barcelos no passado dia 16 de Novembro de 2019. Já no dia 19 de Novembro, mais de


DEZEMBRO 2019

40 caloiros estiveram na Casa Irmão Manuel (sede da SOPRO), durante todo o dia, a organizar todos os alimentos recolhidos na Campanha assim como os materiais pertencentes ao Banco de Material Esco-

lar. Estes alimentos são angariados para apoiar cerca de 90 famílias, que vivem em condições desfavoráveis no Concelho de Barcelos, para que possam ter uma época natalícia mais digna.

5

PORQUE ACREDITAMOS QUE PEQUENOS GESTOS MUDAM O MUNDO, agradecemos aos caloiros, alunos e ao Conselho de Veteranos do Instituto Politécnico do Cávado e do Ave por todo o apoio!


6

DEZEMBRO 2019

Balugães

"Raposos" no ciclo de teatro do INATEL A freguesia de Balugães recebeu um dos espetáculos de teatro da 3ª edição “TEATRO NO OUTONO” do Programa da Fundação INATEL Cultura 2019, que decorreu durante o mês de novembro nos concelhos de Braga, Guimarães e Barcelos.

No dia 16 de novembro, o público encheu por completo o auditório da Junta de Freguesia de Balugães para assistir a "Raposos", a recém-estreada peça do Teatro de Balugas. A peça é um alerta sobre a propriedade da terra e os seus

elementos naturais. A história fala-nos de uma barragem abandonada na construção, que não passou o tamanho das portadas da igreja da localidade, ao contrário das grandes barragens que engoliram aldeias inteiras, aqui o rio pressentindo tamanha clausura secou. Entre

as árvores cortadas e a aldeia abandonada, os que ficaram, entre homens e bichos, tudo tentam para encontrar o rio novamente, algum sinal de água. Esta é uma procura efabulada sobre esconderijos, animais e homens antigos.


DEZEMBRO 2019

7

Festival Palco de Terra encerrou com atribuição de prémio anual Decorreu em Barcelos, na aldeia de Balugães, mais um Palco de Terra, festival de teatro organizado pela companhia local, o Teatro de Balugas. De 23 de novembro a 1 de dezembro, vindo da Galiza, do Minho e de Trás-os-Montes, o teatro montou palco nesta terra do Minho. O diretor do Festival, Cândido Sobreiro, afirmou que “Esta edição evidenciou que o festival se tornou num dos mais importantes eventos do teatro amador no Minho, quer pela diversidade e qualidade dos

PUB.

trabalhados apresentados, quer pela importância da atribuição do prémio anual”. O teatro de revista “Braga por um Canudo”, com texto de Mário Mendes e adaptação de Fernando Pinheiro, foi apresentado pelo Grupo Cénico de Arentim e abriu a programação. O segundo dia do festival pertenceu à companhia galega Teatro Afeccionado San Fins de Rebordans, que levou à cena a peça “Bar Manolo”, um texto de Jean-Pierre Martínez. O festi-

val continuou com o Grupo de Teatro Fórum Boticas e uma das clássicas comédias gregas “Lisístrata ou a greve do sexo”, adaptado da obra de Aristófanes.

cleo Promotor do Auto da Floripes 5 de Agosto pelo trabalho desenvolvido na preservação, valorização e promoção da relíquia do teatro popular português, o Auto da Floripes.

No passado domingo, o certame fechou com a atribuição do prémio PALCO DE TERRA que distinguiu, na categoria Personalidade, o encenador e ator Dantas Lima pelo trabalho desenvolvido ao longo de mais de 40 anos de teatro no Minho e, na categoria Instituição, o Nú-

O prémio anual PALCO DE TERRA foi instituído para reconhecer e agradecer o trabalho e o esforço de pessoas e instituições no âmbito do teatro realizado no meio rural e da criação artística sobre o Minho

PUB.

PUB.

Uns dizem que a beleza vem de dentro, outros dizem que vem de fora. Com a DOGTYBY vem dos dois lados.

Ana Lima Tlm. (351) 939 530 171 Viana do Castelo dogtyby@gmail.com www.facebook.com/dogtyby


8

DEZEMBRO 2019

Nacional

Municípios louvados por políticas de apoio às famílias Lisboa e Santarém ficam em segundo lugar no pódio dos distritos, com 8 municípios distinguidos, cada. Aveiro e Braga conseguem 7 bandeiras, cada, para os seus concelhos. Lisboa, 27 de novembro de 2019 – A 11ª edição do Observatório das Autarquias Familiarmente Responsáveis (OAFR) distinguiu esta tarde, no Auditório da Fundação para os Estudos e Formação nas Autarquias Locais, em Coimbra, 77 municípios numa cerimónia que contou com a presença do Secretário de Estado da Descentralização e Administração Local, Dr. Jorge Botelho.

O secretário de Estado reiterou à plateia de autarcas que “os municípios são base territorial da administração pública e têm muitas políticas de proximidade e o caminho é mesmo este.”

“Os municípios estão no caminho certo do que é a integração social das pessoas e do apoio às famílias”, foi com estas palavras que o secretário de Estado da Descentralização e Administração Local, Jorge Botelho arrancou o seu discurso no evento do OAFR.

O secretário de Estado da Descentralização e Administração Local considera que o importante “é criar condições para que as famílias portuguesas fiquem nos sítios onde querem viver, onde se sintam felizes e confortáveis e onde tenham qualidade de vida”. “Não é a dimensão do território que faz com que sejamos felizes, mas sim as oportunidades que o município proporciona, a forma da sua atratividade e a forma de gerar empregos”, evidenciou o responsável.

Para o executivo “se não fossem os municípios a vida das nossas famílias seria muito mais difícil. Pequenos atos, pequenos apoios no contexto geral significam pouco, mas no contexto real significam muitíssimo.”

O Presidente da Fundação Millennium bcp, Mecenas Principal do Observatório das Autarquias Familiarmente Responsáveis, António Monteiro, marcou presença na entrega das bandeiras e fez questão em salientar que esta iniciativa “representa um

esforço de melhorar a vida dos cidadãos através da avaliação das políticas públicas que as autarquias desenvolvem”. “É extraordinário o número de autarquias que aderiram e o número de medidas e iniciativas positivas que são tomadas, isto é um sintoma maior da vitalidade do nosso país” observou o António Monteiro, em Coimbra. Rafael Lucas Pires, membro da Direção da Associação Portuguesa de Famílias Numerosas, deixou em Coimbra uma palavra de agradecimento aos autarcas: “Agradecemos sobretudo as todos os autarcas, não só pelo entusiasmo e participação crescente nesta iniciativa, mas sobretudo pelo trabalho que esta iniciativa demonstra, promove e revela em prol das famílias Mecenas Principal: Uma iniciativa: portuguesas”. O dirigente enfatizou que o entusiasmo deve prosseguir até porque “as autarquias locais são de facto campeãs, entre os poderes públicos de promoção da defesa da família,


DEZEMBRO 2019

na certeza que um país que apoia as famílias, constrói livre e seguro o futuro”. Rosário Carneiro, da comissão científica do OAFR, destacou na sua intervenção que “104 dos municípios que participaram no inquérito do Observatório disponibilizam tarifa familiar da água às famílias com 3 ou mais filhos”. Evolução crescente marca 11ª edição OAFR A 11ª edição do OAFR cresceu 9% ao nível

do número de participantes, passando de 130 para 141 em 2019. No mesmo sentido está o número de municípios distinguidos, que evoluiu de 70 para 77 entidades, este ano, o que representa 25% da totalidade de municípios portugueses. Das 77 autarquias distinguidas, seis delas já o são há onze anos. “Estamos a falar de Angra do Heroísmo, Cantanhede, Torres Novas, Torres Vedras, Vila de Rei e Vila Real”, enumera Isabel Paula Santos, coordenadora do OAFR.

9

O OAFR foi criado em 2008 pela Associação Portuguesa de Famílias Numerosas e tem como principais objetivos acompanhar, galardoar e divulgar as melhores práticas das autarquias portuguesas em matéria de responsabilidade familiar para as famílias em geral. Tendo como Mecenas Principal a Fundação Millennium bcp, este é o único Observatório nacional que avalia políticas locais com esta abrangência: cobertura territorial e áreas avaliadas.


10

DEZEMBRO 2019

Associação dos Antigos Alunos de Singeverga Festa de Outono, em Melgaço 23Nov2019 Em dia da Festa de S. Clemente I, quarto Papa da Cristandade e em véspera de Cristo Rei, eis que os intrépidos e veteranos pupilos de S. Bento, arrostando com o aziúme do tempo, foram chegando à Rua de S. Filpe de Néry, aos Clérigos, bem perto de S. Bento da Vitória. Pelo segundo ano consecutivo, não se saboreiam as castanhas na velhinha Escola Claustral e eis que vão de longada até terras do Alvarinho, celebrar S. Bento e o Outono. Fica para trás a melancólica lembrança da névoa que se derrama pela encosta de Pinouços e há que sorver novos ares, que aqueles só verdadeiramente os ama quem neles cresceu e se fez gente. O programa da visita foi meticulosamente preparado pelo Jorge Machado, Antigo Aluno e docente do ICBAS, o mais novo dos três irmãos magníficos que, na sua juventude, de S. Pedro da Cova, rumaram a Singeverga, onde aprenderam a ser trabalhadores competentes, generosos e justos. Uma palavra de alento para o Zé Armando que emerge duma situação grave de saúde. Volta depressa ao nosso convívio! O Jorge Machado foi a face mais visível, duma equipa multidisciplinar, envolvendo

Sala da Exposição com o Provedor da Santa Casa

a família, colegas de docência, colaboradores e dirigentes da Santa Casa da Misericórdia de Melgaço. A todos fica expressa a nossa gratidão. Em particular, e na representação de todos, ao Provedor, Engº Jorge Renato Vieira Ribeiro, que nos acolheu e sempre nos acompanhou. Começámos por visitar, no edifício que foi, em tempos, Hospital da Santa Casa, uma exposição, inaugurada na véspera, sobre S. Bento. Está patente até ao fim do corrente ano e contém 24 painéis pintados por Frei Paulino de Castro, OSB, reproduzindo cenas da vida do Padroeiro da Europa, imagens de S. Bento, existentes no Concelho, um conjunto de pintura iconográfica cristã de Tânia Pires e poemas de Frei Bernardo de Vasconcelos. De iniciativa e responsabilidade da Santa Casa da Misericórdia de Melgaço, esta exposição teve o apoio do Mosteiro de S. Martinho de Tibães e de Antigos Alunos do Mosteiro de Singeverga. Ela reflecte a espiritualidade e devoção beneditinas que, desde há muito, se espalharam por aquelas terras raianas. Delas há testemunho em antigos mosteiros beneditinos, quais foram o de Fiães e de Paderne

e em numerosas capelas votivas. Foi com uma pontinha de merecido orgulho que o Provedor da Santa Casa nos referiu sentir que, ao garantir o seu bom e eficaz funcionamento, mais não fazem do que declinar para os modernos tempos, a promoção do bem de que a Ordem beneditina foi percursora junto das populações desvalidas. Uma “foto de família” e eis-nos a caminho da Igreja Matriz, para a celebração da Missa. Presidiu, o P. Arcélio José Pereira de Sousa, Capelão da Santa Casa. Estivemos nós e os nossos anfitriões. Juntou-se-nos um jovem e alegre Grupo de Escuteiros, de S. Romão do Neiva. Posámos todos no fim, “ad posterum”. O P. Arcélio proferiu homilia a preceito e recordaram-se os Antigos Alunos mais recentemente falecidos, designadamente, o P. Jorge Ferreira, o P. Crisóstomo Monteiro, o Alexandrino Oliveira, o João Narciso, o António Marinho de Sousa e o Calvão da Silva. No final, cantou-se o “Salve Regina” que cumpriu o duplo objectivo de matar saudades e louvar a Mãe de Deus, sob cuja evocação, de S. Maria da Porta, foi fundada aquela belíssima Igreja Românica do Século XII. Rumámos, a seguir, à Casa das Tapas - esteve “por nossa conta”. Almoço saboroso, convívio descontraído, castanhas, os brindes do estilo. No final, a intenção de prosseguir, em tempo tão breve, quanto possível, com uma Assembleia Geral da Associação de Antigos Alunos para que, reenquadrada, nos termos estatutários, a sua actividade, se não perca o elã patente nas suas duas últimas iniciativas. A proposta foi do nosso Presidente, que, com a sua proverbial resiliência, não para de nos surpreender. Era tempo de prosseguir e descemos, a pé, até ao vale do Rio Porto, que transpusemos, pela ponte pedonal, até ao Espaço Memória e Fronteira. É um espaço bem concebido que alude a duas realidades sociais vividas no Concelho, quais foram o Contrabando e a Emigração. Complementando quanto está patente, ti-


DEZEMBRO 2019

11

Foi óptimo saborear, entre outros pitéus, o precioso néctar que as úberes terras raianas produzem. A água que, por esta época, faz bramir, ameaçador, o Rio Porto, como que se transforma proporcionando a explosão de alegria que é a Festa do Espumante. S. Bento, que não dorme, sabia que estávamos carentes deste conforto. Adeus, Inês Negra, adeus Melgaço. Bem hajam! Todos merecem que prometamos voltar. Duarte Xavier de Campos (Antigo Aluno) a que estávamos carentes deste conforto. Adeus, Inês Negra, adeus Melgaço. Bem hajam! Todos merecem que prometamos voltar.

vemos, mais uma vez, a palavra competente dos nossos anfitriões, sempre testemunhando aquela realidades como suas e

das suas famílias. Para finalizar com chave de ouro, ala para a Festa do Espumante.

Duarte Xavier de Campos (Antigo Aluno)

Espaço “Memória e Fronteira”. PUB.

PUB.

PUB.


12

DEZEMBRO 2019

Religião

Extratos da vida da Irmã Maria da Conceição Pinto da Rocha (nº. 35) Domingos Costa domingosdacunhacosta@gmail.com

Já abordei em artigos anteriores a morte física da “Serva de

Deus” Maria da Conceição, todavia há algo em mim que me está a inquietar, e, força-me de novo a falar da sua morte e do alimento espiritual que com suavidade, alivia a dor das al-

mas. Habitualmente dizemos quando ocorre a morte de um nosso ente-querido, além ficarmos sentidos e lamuriosos, em de-

sabafo dizemos mais ou menos assim: “morreu um pouco de nós”. É verdade, já senti essa dor, e, estou seguro que o leitor, também infelizmente a tenha sentido. Anoto, que, estas situações desagradáveis manifestam-se no seio familiar e amigos. Porém, a morte de Maria da Conceição é mais complexa, dado ser embaixadora mundial da doutrina de Jesus. Ao ser mais dolorosa, é ainda de elevada abrangência. A sua morte, é sentida na família, nas Discípulas e admiradoras, e alem disso, tantas almas localizadas nos quatro cantos do Mundo. Narrei o desaparecimento material, falarei agora do Imaterial. É mais difícil, porque o sofrimento Espiritual, abala ainda mais a nossa alma. Como não é físico, é deveras difícil descodificar. Temos sim, um só órgão que o sente em profundidade: o coração. Ao senti-lo, fica magoado. É um impiedoso martírio. Na pág. 282/3 do livro de Dr. Georges Surbled com o título “A Moral nas Suas Relações com Medicina e a Higiene”, a dado paço, diz que, quando se está próximo da morte, alguns cérebros mantêm-se imunes da doença - Outros, é ligeiramente afetado. Outros ainda, ficam em coma. Acresce dizer, que a “… moral não está em relação com o físico e não sofre obrigatoriamente a decadência do corpo. Vê-se em situações desesperadas, a alma a conservar o seu domínio e a sua serenidade após traumatismos espantosos (…) está provado que os moribundos conservam muitas vezes, apesar de tudo, uma força de espírito notável, e que Deus concede a muitos a


DEZEMBRO 2019

13

graça de caírem em si no último instante…” para reconhecer os seus erros, e, de forma suprema rogando supremamente ao Senhor o perdão, para obter a salvação. Maria da Conceição, sabia que a medicina não era solução para todos os males. Sabia perfeitamente – como diz o livro - que “Há curas milagrosas, isto é, que ultrapassam os recursos da natureza e as previsões da ciência”. Também sabia que Deus, não era insensível, prestava sim, atenção às preces e sofrimento dos enfermos, quer do domínio Espiritual ou físico. Em suma: Maria da Conceição incansavelmente lutou – sacrificando-se – para que o Mundo se reconciliasse e, amasse Deus. Com oração, Maria da Conceição obteve a graça divina. Uma alma com graça suprema. Nessas circunstâncias as linhas mestras responsáveis pelas Espiritualidade multiplicavam-se. Dir-se-á: com alma sã, Maria da Conceição sofre profundamente pelos males dos outros Finalizo: - empenhemo-nos e aguardemos por uma luz milagrosa. Quem conhece a “Serva de Deus” Maria da Conceição, sabe que, tinha algo especial, seguramente concedido por Deus. Com esperança. Aguardemos. Pensamento de Maria da Conceição: - “Sejamos verdadeiros templos do Deus vivo, onde o Seu amor não sofre resistências”.

Contactos úteis Viana do Castelo Camara Municipal de Viana do Castelo: 258 809 300 Bombeiros Voluntários de Viana do Castelo: 258 800 840 Bombeiros Municipais de Viana do Castelo: 258 840 400 Guarda Nacional Republicana: 258 840 470 Polícia de Segurança Pública: 258 809 880 Polícia Marítima: 258 822 168 Unidade de Saúde Local do Alto Minho (ULSAM): 258 802 100 Cruz Vermelha: 258 821 821 Centro de Saúde: 258 829 398 Hospital Particular de Viana do Castelo: 258 808 030 Unidade de Saúde Familiar Gil Eanes: 258 839 200 Interface de Transportes: 258 809 361

Caminhos de Ferro (CP): 258 825 001/808208208 Posto de Turismo de Viana do Castelo: 258 822 620 Turismo do Porto e Norte de Portugal, Entidade Regional: 258 820 270 Viana Welcome Center - Posto Municipal de Turismo: 258 098 415 CIAC - Centro de Informação Autárquico ao Consumidor: 258 780 626/2 Linha de Apoio ao Turista: 808 781 212 Serviço de Estrangeiros: 258 824 375 Defesa do Consumidor: 258 821 083 Posto de Fronteiras do SEF: 258 331 311 Arquivo Municipal de Viana do Castelo: 258 809 307 Centro de Estudos Regionais (Livraria Municipal): 258 828 192 Biblioteca Municipal de Viana do Castelo:

258 809 340 Museu de Artes Decorativas: 258 809/305 Museu do traje - 258 809/306 Teatro Municipal Sá de Miranda: 258 809 382 VianaFestas: 258 809 39

Barcelos Câmara Municipal de Barcelos: 253 809 600 Bombeiros Voluntários de Barcelos: 253 802 050 Hospital Sta. Maria Maior Barcelos: 253 809 200 Centro de Saúde de Barcelos: 253 808 300 PSP Barcelos: 253 823 660 Tribunal Judicial da Comarca de Barcelos: 253 823 773


14

DEZEMBRO 2019

Conferência na Casa das Irmãs Reparadoras Missionárias da Santa Face em Viana do Castelo Domingos Costa domingosdacunhacosta@gmail.com

No dia 17 de novembro de 2019, realizou-se nova Conferência dirigida pelo Sr. Pe. Armando Dias - na Casa das Irmãs Reparadoras Missionárias da Santa Face, em Viana do Castelo. O tema, incidiu na Carta Pastoral do Sr. Bispo da Diocese de Viana do Castelo, D. Anacleto Oliveira. O Sr. Bispo, concebeu-a de forma abrangente, indo de encontro a um conjunto de valores que qualquer alma vivente os devia ler, ter presente e respeitar. O orador, de elevada retórica, comoveu os corações da plateia com aconchegantes ensinamentos de encontro ao amor e alegria, à oração e evangelização, à conversão e felicidade de viver, à Iluminação espiritual e ao afago da alma, e depois, acompanhar Jesus. Enterneceu ainda a plateia, dizendo que a oração, é alimento imprescindível para a conver-

são, para a consolidação da fé em Jesus e para a eterna paz. Com propósito jubiloso, a sua oratória incidiu na humildade, e, na importância que deve ter no relacionamento humano. Também realçou como ponto importante a “obediência”, e dado o seu interesse, disse que a obediência está acima da humildade. Colocou em evidência a importância do sacerdócio no mundo, porque é um dom de Deus seguirem a vida religiosa, por outro lado é uma missão exigente e promove muitos sacrifícios. Disse ainda que são eles, que obedientemente evangelizam e simultaneamente e tomam conta do seu rebanho. Falou ainda do azimute e do valor acrescentado do Sacerdote. A entrega na vida eclesiástica é exigente e para superar as vicissitudes, é necessária bravura, determinação, fé e amor para seguir Jesus. De igual modo, assegura-se que Maria da Conceição comungou esses princípios na sua vida terrena.

memorável efeméride que se avizinha “Nascimento de Jesus” ilumine as almas, incluindo as penosas, para, em uníssono – e com glórias -, exaltar Jesus. Feliz, Natal.

Aproveito, para desejar, que a

Finalizo a reportagem, com

um pensamento de Maria da Conceição Pinto da Rocha, a “Serva de Deus”: “O espírito da Obra é o espírito da vítima. Ser vítima é ‘incarnar’ Nosso Senhor padecendo e morrendo”


DEZEMBRO 2019

Agenda do mĂŞs (Viana do Castelo)

15


16

Agenda do mĂŞs (Barcelos)

DEZEMBRO 2019


DEZEMBRO 2019

Agenda do mĂŞs (Ponte de Lima)

17


18

DEZEMBRO 2019

Opinião

Locomotiva CP 855 Domingos Costa domingosdacunhacosta@gmail.com

É uma locomotiva a vapor de tender, com bitola 1.668mm e preparada para circular na via larga. Companhia de origem: - Caminhos de Ferro Portugueses/ Companhia dos Caminhos de

Ferro de Beira Alta, prestando serviço nesta companhia até 1951. Esta locomotiva é conhecida com a designação «AMERICANA». O construtor foi a American Locomotive Company (ALCO). Filadélfia, EUA. Foi construída no ano 1944/45, de número de série CP 855.

Foram adquiridas 22 unidades de – CP 851 a C 872. Possuía um esforço de Tração de 1.2267 Kg. A cubicagem de abastecimento é de 22.000 litros de água, possui um armazenamento de carvão de 13.000 Kg, todavia, se funcionar com combustível

a óleo é de 11.400 litros. Esta série de locomotivas foi adquirida a fim de colmatar carências de material circulante. Vieram substituir locomotivas logo após a Segunda Guerra Mundial. É de bom grado assinalar que duas prestaram serviço na Companhia dos Caminhos de Ferro da Beira Alta¸ oito para a Companhia dos Ca-


DEZEMBRO 2019

minhos de Ferro Portugueses e doze para a Companhia de Caminhos de Ferro do Estado. Será justo assinalar que o seu transporte dos Estados Unidos da América para Portugal foi através da via Marítima. Por outro lado, a sua montagem foi concretizada nas Oficinas Gerais da Companhia em Santa Apolónia, bem como nas Oficinas do Barreiro. Em conformidade com a fértil informação do Museu do Entroncamento, tenho a possibili-

dade de acrescentar e enriquecer ainda mais a cultura geral do prezado leitor com mais pormenores, creio-os de interesse:

cebidas por tecnologia mais simples, mais funcional e designadamente mais robustas.

A primeira locomotiva a fazer teste de funcionamento, foi a CP 852 no mês de junho tendo efetuado a primeira circulação oficial entre Lisboa e Entroncamento a 2 de julho de 1945 rebocando um comboio de mercadorias com a capacidade de 12.000 toneladas.

As suas eficientes características, eram vocacionadas para comboios de mercadorias mais pesados. Mesmo assim, tiveram os seus percalços, designadamente a explosão de uma caldeira quando rebocava um comboio na linha do Norte, na rampa de Albergaria no ano de 1960.

Esta série de locomotivas como são mais recentes, foram con-

Com a implementação da eletrificação das linhas ferroviá-

19

rias do nosso país, foram gradualmente substituídas por locomotivas elétricas. Assim sendo, no Centro e Norte do país foram gradualmente substituídas no ano 1963 e no Sul em 1968. Ano em que foi definitivamente eliminada a circulação de comboios de tração a vapor. P. S. – Fotografia e dados sobre a locomotiva obtidos através do Museu Ferroviário do Entroncamento.


20

DEZEMBRO 2019

Sugestão ao leitor

O ESPÍRITO DE NATAL NO CINEMA As manifestações, a empatia, a simbiose familiar, a reciprocidade amistosa em torno do espírito de Natal, é representando numa congregação efusiva e transversal, no expansionismo cultural, a todos os níveis, expressando se de forma acentuada e categórica, através das artes cénicas, que vão catapultar numa maior aquiescência mais incisiva, por parte dos indefectíveis adeptos do cinema, com os valores intrínsecos do Natal e sua entronização, nos conceitos e virtudes, deixando para um plano residual e estéril, o denodo e o tropismo consumista associado à época natalícia. Como é de conhecimento geral, a celebração do Natal, trata se de festejar o eloquente e concludente nascimento de Jesus, que ocorreu precisamente no dia 25 de Dezembro, que veio ao mundo enviado pela a determinação de seu Pai Todo o Poderoso (que supostamente é o nosso criador), e que se pontificou para nos trazer a Boa Nova e a salvação, através da palavra e das suas acções, exprimindo no seu clamor divinal , o seu lado providencial e transcendente, incutindo amor, fraternidade, misericórdia, a contemplação pelo o pulsar da vida e o perdão infinito. Porém e apesar da sociedade invocar a celebração do Natal, como uma efeméride consolidada e largamente transversal a todos e diversificados vernáculos culturais, com o protagonismo e a envergadura da Igreja Católica, que assume tacitamente o preceito manancial da importância unívoca da festividade da data, na realidade é por força das circunstâncias e imposições, que muitos agnósticos e ateus associam se aos ditames e à congruência do Natal, por já estar instituído no seio familiar e cultural, de uma determinada sociedade. Contudo e apesar das dúvidas e das interrogações, que se colocam sobre a origem e os primórdios da noite da Natal, e da invocação perene sobre esta celebridade, que praticamente todas as crenças religiosas e não religiosas, aderem a um estado profícuo de convergência salutar, que se evidência num convívio a nível familiar no próprio dia e nas datas antecedentes, com os outros encontros e confraternizações sociais a destacar o significado e a relevância do dia de Natal, de facto essa suposta simbiose, oscila e divaga, entre uma convivência carregada de oportunismo, ambiguidade e hipocrisia latente, em que o efeito catali-

O Grinch de 2000

sador da quadra, em nada altera o estado inquinado do relacionamento humano, e nos outros surge como uma oportunidade virtuosa de reconciliação efectiva, tendo em conta os valores mais íntegros e humanistas do espírito de Natal. Nesse capítulo o cinema apropria se do apogeu e gáudio da quadra Natalícia, da luz que ilumina essa intencionalidade emotiva e afectiva, para mostrar todas as sensações e estímulos, que se difundem através do ensejo do Natal, e das várias facetas que podem eclodir, com os exemplos que recomendo. Amor Acontece de 2003- é um filme irlando-franco-britano-estadunidense, de género romântico que indaga o conceito do amor, em diferentes vertentes e aspectos, através de dez histórias separadas envolvendo uma ampla variedade de personagens, na cidade cosmopolita de Londres, com a efeméride da Noite de Natal como pano de fundo, no que concerne ao agudizar sintomático desses sentimentos mais profundos e divagantes. Com essas dez histórias, em que a narrativa consegue entrelaçar as várias componentes e complexidades do amor, do romance, da carência afectiva, da união, da intensificação da atracção sexual, nos dias que antecedem o climax da Noite de Natal, o enredo consegue detalhar várias realidades e preceitos de vida social e familiar, bastante diversificados que contemplam o aporisma do amor, como fundamental para a sua felicidade e comunhão, na quadra Natalícia. No

que diz respeito ás personagens, elas são claramente ilustrativas dessa multiplicidade variáveis de histórias, que estão claramente implícitas no roteiro, que vai desde um belo recém-eleito primeiro-ministro britânico, que se apaixona por uma jovem funcionária, uma desenhista gráfica, cuja devoção a seu irmão, doente mental, dificulta a persecução da sua vida amorosa, um empresário conceituado que se apaixona, por a sua atraente nova secretária, para desalento e desânimo da sua mulher, quando descobre a Infidelidade do seu cônjuge, como também o encanto amoroso, que surge entre dois jovens, depois de se conhecerem através de um incidente casual num centro comercial, entre outras histórias sobre a égide da época Natalícia. O Grinch de 2000- é um filme estadunidense, que demonstra o lado mais conspecto, cinzento e soturno do dia Natal, em que a exclusão da sociedade, devido à sua condição fisionómica deficiente ou divergente do aspecto normal do ser humano, não lhe permite usufruir com felicidade e congruência da festividade do Natal. Isso passa se precisamente com o Grinch que é uma criatura verde e mesquinha que odeia e abomina o espírito de Natal, devido a traumas que surgiram quando era criança, pois foi alvo de bullying pelos os colegas de escola, devido ao seu aspecto arisco, mais concretamente e com mais enfase no dia de Natal, que a chacota de indole dantesca, atingiu o seu climax, tendo que fase a esse ambiente pernicioso, que


DEZEMBRO 2019

fugir e refugiar se no alto de uma montanha numa caverna com o seu cão Max alimentando-se de lixo e fazendo máquinas avançadas a partir de sucata. Alimentando se diariamente do ódio obstinado contra o ambiente frutuoso do Natal, ele tem como desiderato principal, de estragar a festa dos moradores da Cidade dos Quem, elaborando um plano maquiavélico para roubar os presentes e enfeites com a ajuda de seu cãozinho Max. Ao mesmo tempo, a pequena Cindy Lou Quem, moradora da Cidade dos Quem, observa as pessoas, a anuirem a uma corrida desenfreada para adquirir presentes e enfeites, sem se preocuparem com o significado mais nobre do Natal. Porém surge a possibilidade dos caminhos de Cindy Lou e do Grinch se cruzarem e, juntos, pontificar o verdadeiro espírito do Natal, que é a inclusão, a bonomia e a compreensão pelas as diferenças de cada um, num estado de parceria constante, de reconciliação perene e indelével. Sozinho em Casa de 1990- é um filme estadunidense, dos mais incontornáveis e ínclitos, quanto ao seu género eloquente de personificação da comédia e aventura, que pontificou a adesão perene dos espectadores, sobre a mantra efusiva da festividade do Natal. O roteiro invoca a personagem irrequieta e irreverente de Kevin McCallister, um menino de oito anos de idade, que tem um comportamento irascível na noite anterior de uma viagem da sua família para Paris, para passar a quadra natalícia, em face dessa atitude incorrecta, a sua mãe o faz dormir no sótão, acabando por Kevin completamente indignado pedir um

Sozinho em Casa de 1990

desejo, que sua família não estivesse em casa. Após os McCallisters irem para o aeroporto sem Kevin, que devido á sua família numerosa, esqueceram se de Kevin no sótão, ele entretanto acorda e acredita que o seu desejo de não ter família se tornou realidade, porém nesse ínterim, ele percebe que dois vigaristas planejam roubar a residência. Sozinho em Casa, ele vai usar toda a parafernália que tem ao seu dispor, desde todo tipo de artimanhas e armadilhas rocambolescas, que vai dificultar em demasia as intenções perniciosas dos destrambelhados ladrões, que em face dessa sequência de acontecimentos em catadupa, provoca no espectador a comoção hilariante, de um entretido filme de Natal. Um Conto de Natal de 2009- é um filme estadunidense, com uma narrativa que é seguramente das mais badaladas, icónicas e digna de colenda, que evidência os valores mais condignos e profícuos, afectas á simbiose e o culminar da congregação afectiva, do espirito de Natal, inspirado na obra de Charles Dickens, que já teve várias recriações no mundo do cinema. Apesar de o enredo ter laivos de fantasia e de ficção lacónica, a verdade é que esta personificação da imaginação é absolutamente decisiva, para incutir e tornear a personalidade contumaz, prepotente e bisonha, de um homem solitário e infeliz, que só vive em função do sintagma económico, como único preceito elementar e determinante, para a prossecução da vida em sociedade. Portanto todo o desenrolar da história, anda á volta do amargo e austero Ebenezer Scrooge que é um empresário bem suce-

21

dido e rico, que trata os seus concorrentes e trabalhadores, de forma implacável, astuta e inexorável, que por sinal detesta de forma preconceituosa e obstinada, todos os atributos inerentes ás manifestações do espirito natalício, designadamente a vertente da comunhão familiar da ceia e o ímpeto consumista associado ás prendas de Natal, como também a componente promocional da efeméride, reagindo inclusivamente com desdenho e veemência, quando é convidado pelo o seu sobrinho humilde e alegre Bob Cratchit (que também é seu colaborador), para passar a noite de Natal, com a sua família pobre e remediada. Porém de forma insólita e súbita, quando Scrooge se preparava para dormir na sua grande mansão, recebe a visita de três espíritos, em três noites seguidas, que se apelidam dos fantasmas do Presente, do Passado e do Futuro aparecendo e levando Scrooge para uma viagem periclitante e transcendental, que o fará mudar o rumo da sua vida, dando lhe uma visão mais optimista e altruísta, conferindo lhe mais energia e felicidade, em conformidade com o espírito de Natal. Com as artes cénicas, a darem o pontapé de saída, para mais um Natal que se avizinha, desejo a todos os leitores umas Boas Festas, sempre com esperança no futuro, apesar das complexidades sinuosas, em que o mundo se encontra actualmente, por isso o espírito de Natal deve sempre prevalecer, para bem da humanidade. Alcino Pereira


22

Necrologia

DEZEMBRO 2019


DEZEMBRO 2019

23

Belezas do Rio Neiva

Culinária

Tronco de Natal Ingredientes: Para a massa: 5 ovos 125g de açúcar 125g de farinha 1 colher de sopa de cacau em pó Margarina para untar Papel vegetal para forrar Açúcar para polvilhar Para o recheio: 200 ml de natas 200g de chocolate em tablete partido em pedacinhos 200g de manteiga à temperatura ambiente Para a cobertura: 150g de chocolate em

tablete partido em pedacinhos 150 ml de natas 100g de fios de ovos

Preparação 1. Num tacho, leve ao lume os 200ml de natas. Quando estiver a ferver, apague o lume e junte as 200g de chocolate. Mexa até ficar um creme liso e deixe arrefecer. 2. Bata a manteiga numa tigela até duplicar o volume e depois junte a mistura do chocolate já fria. Bata até ficar um creme liso e reserve. 3. Unte um tabuleiro de ir ao forno com marga-

rina. Forre com papel vegetal e unte novamente. 4. Separe as gemas das claras. Bata as claras em castelo, junte o açúcar e bata até as claras ficarem bem firmes. Adicione as gemas e bata mais 5 minutos. Junte o cacau e a farinha. Envolva delicadamente. 5. Deite a massa no tabuleiro e espalhe. Leve a cozer em forno pré-aquecido nos 180º durante 10 minutos. Passado 10 minutos retire do forno. 6. Polvilhe um pano limpo com açúcar e por

cima desenforme a torta. Deixe arrefecer 5 minutos. 7. Espalhe o recheio sobre a torta e enrole com cuidado. Corte uma ponta da torta. Coloque a torta num prato próprio. Corte a ponta ao meio na transversal para fazer 2 tronquinhos e prenda-

-os à torta com ajuda de palitos. 8. Derreta o chocolate com as natas em banho maria e misture muito bem. 9. Barre todo o tronco com a cobertura e decore com os fios de ovos. Bom Apetite! Fonte: https://www.saborintenso.com


DEZEMBRO 2019


Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.