Jornal Novo Almourol edição 414 novembro 2015

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Almourol

novembro 15 | n°414 | Ano XXXIV | Preço 1,20 euros | MensaL DIRETOR RICARDO ALVES | MÉDIO TEJO

Nato invadiu região com sorrisos O exercício da Nato em Portugal passou por Constância e Vila Nova da Barquinha e na sua passagem construiu pontes e convidou a população a fazer parte da sua missão. O Rio Tejo ganhou tonalidades diferentes. p03 p04

Vila Nova da Barquinha quer mudar a vila.

A primeira sessão de esclarecimento sobre os incentivos e recepção de sugestões para essa mudança, na reabilitação e regeneração urbanas, teve casa praticamente cheia.

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Escola Mixta centenária No âmbito da comemoração do Centenário da Escola Primária Mixta de Constância, a autarquia irá apresentar um programa cultural, que incluirá uma exposição, um colóquio e um documentário, iniciativas que terão lugar no próximo dia 21 de Novembro na sala polivalente da Biblioteca Municipal Alexandre O’Neill.

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Reabertura do Hotel Turismo Situado numa zona de referência de Abrantes, deve reabrir em breve estando em marcha o projecto de engenharia e arquitectura. O promotor quer hotel com quatro estrelas.

Márcia no Teatro Virgínia Depois de, em 2010, ter estado no Café Concerto, e ter partilhado o palco com Norberto Lobo na segunda série de Roque Beat, Márcia regressa ao Teatro Virgínia para apresentar o seu mais recente trabalho – Quarto Crescente, terceiro álbum de originais da artista.


02 CURTAS & GROSSAS

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Francisca Laia nomeada para atleta do ano

Recolha de fotografias antigas

A canoísta do Clube Desportivo os Patos de Rossio ao Sul do Tejo, Francisca Laia, de Abrantes, foi nomeada para atleta feminina do ano da Confederação do Desporto de Portugal (CDP). Apesar de não ter logrado vencer o galardão na 20.ª Gala do Desporto, realizada no dia 11 de Novembro, a nomeação acaba por ser um prémio em si, como afirmou à Rádio Antena Livre após saber da nomeação. A vencedora acabou por ser a ginasta Ana Filipa Martins, numa competição que juntava ainda a patinadora Mariana Souto, a bodyboarder Ana Teresa Almeida e a mesa tenista Fu Yu. Francisca Laia foi medalha de prata em K1 200 do mundial de sub-23..

A Junta de Freguesia de Praia do Ribatejo, em parceria com a Câmara Municipal de Vila Nova da Barquinha, encontra-se a recolher fotografias antigas sobre a freguesia. As mesmas deverão ser entregues até ao dia 31 de Dezembro de 2015. A Junta de Freguesia pede a todas as pessoas que tiverem fotos de qualquer lugar da freguesia e, também, das suas gentes, que as disponibilizem para digitalização. As fotos serão entregues no próprio dia. Das fotos recolhidas irá realizarse uma exposição sobre a História da Praia do Ribatejo e dos seus lugares, a qual será exposta no Museu Etnográfico de Praia do Ribatejo, devidamente integrada com o espólio existente.

6,7 milhões A redução da dívida em dois anos por parte da Câmara Municipal de Tomar. De mais de 32 milhões em 2013 para 28.001.911,20€ no terceiro trimestre de 2015.

Lince ibérico morre atropelado Hongo, um dos linces nascidos em Espanha que deambulava por Portugal há dois anos, foi encontrado morto na A23 próximo de Vila Nova da Barquinha, no dia 22 de Outubro. A informação partiu do Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF). Durante os últimos dois anos, o macho de quatro anos fora avistado várias vezes numa zona de caça associativa perto de Vila Nova de Milfontes por técnicos do ICNF que o monitorizavam e por funcionários da herdade onde se instalara temporariamente. Mas há vários meses que deixara de ser visto e o colar emissor VHF, que permitia localizá-lo, parara de funcionar. Na região do Parque Natural do Guadiana continuam a deambular 9 dos 10 linces ali soltos entre Dezembro e Maio últimos. Em território nacional há ainda em liberdade mais dois exemplares do felino mais ameaçado do mundo. Kahn e Kentaro, nascidos no Centro Nacional de Reprodução em cativeiro (CNRLI), em Silves, tinham sido soltos em Castilla La Mancha, mas retornaram a território português este ano.

↑ rio acima

↓ rio abaixo

Francisca Laia A atleta abrantina foi nomeada a nível nacional para o prémio de melhor atleta. A nomeação é em si uma vitória mas arriscamos escrever que um dia o prémio vai mesmo para Abrantes. De parabéns.

Regeneração Urbana

Morte de polícias É já o 7.º polícia que parte em 2015. O agente da PSP do Entroncamento foi encontrado morto na sua viatura e a carta deixada à família indicia suicídio. Algo está mal no seio das forças de segurança que urge atender.

Mau cheiro

Radicalização política

A contenção em escrever sobre o mau cheiro que advém da suinicultura instalada em VN Barquinha é muita mas, mais uma vez, é preciso questionar o porquê de a população continuar a ser assolada pelo cheiro nauseabundo daquela produção. Este texto inicia mais uma contenda para saber o que se passa.

O país está desnorteado tais foram as alterações ao quadro político na assembleia da república. Uma união de esquerda derruba os vencedores das eleições. Se se conseguir conter a radicalização a que temos assistido é muito provável que a discussão traga frutos e maturidade ao país.

A iniciativa da Câmara Municipal de VN Barquinha chamou meia centena para esclarecimentos sobre a regeneração e requalificação urbana na vila. Há obras já em curso e outras que devem começar em breve.

Casal da Coelheira Mais uma vez premiados os vinhos do Tramagal. Para além de ser uma referência na vila do concelho de Abrantes, cuja história carrega a identidade da mesma, o Casal da Coelheira é exímio na construção do prestigio dos vinhos ribatejanos.


sociedade 03

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A Cooperação Civil e Militar - CIMIC Por ocasião do grande evento que foi para a região o exercício militar da Nato, publicamos o texto de Alexandre Evaristo sobre o mesmo TEXTO Alexandre Evaristo

Tendo o “Trident Juncture 2015” sido noticiado como o maior Exercício Militar, da última década, da Organização do Tratado Atlântico Norte - OTAN mais conhecida por NATO, a decorrer na nossa região, bem como a abertura de Centros CIMIC à população, interessará saber de que se tratam esses Centros bem como desmitificar essa abreviatura CIMIC e qual a sua missão. Cada vez mais nas operações militares, sejam elas de apoio em caso de catástrofes naturais, de apoio à paz ou à sua manutenção ou mesmo em zonas de conflito a importância da coordenação entre as componentes militar e civil em todos os níveis de interação se revela da maior importância para o bem de todos. Nestas operações, a cooperação e a coordenação entre as componentes militar e civil são fundamentais para que seja atingido o objetivo comum de aliviar o sofrimento das populações e evitar a perda de vidas humanas. Assim a Cooperação Civil e

Militar – CIMIC - é a coordenação (Ligar e negociar de maneira a trabalhar eficientemente em conjunto) e cooperação (Trabalhar unidos para o mesmo objetivo), em apoio da missão, entre o comandante de uma força NATO e os elementos civis, incluindo a população e as autoridades locais, bem como organizações internacionais, nacionais, não-governamentais e outras agências presentes no local. Como intenção o CIMIC tem o objetivo de: - Ganhar o apoio da população local para a operação militar “conquistar os corações e a mente da população”; - Coordenar de maneira a prevenir ou reduzir os conflitos na execução da missão militar; - Ganhar consenso de maneira a contribuir para a proteção da força e criar as condições necessárias para o cumprimento da missão militar. No caso particular deste exercício militar, que decorre no terreno em 3 países diferentes, nomeadamente Portugal, Espanha e Itália, com mais de 36000 efetivos, a componente Civil e Militar

não deixa de ter a sua importância porque, tal como em qualquer operação militar, o exercício tem movimentação de tropas, neste caso internacionais, em que mais do que nunca, e uma vez que nos encontramos numa situação de paz, as populações acabarão por ser afetadas de algum modo, mas através do contato direto com os elementos da Cooperação Civil e Militar, e da informação que estes passam às suas autoridades locais, serão mantidas ao corrente dos acontecimentos, para assim verem minimizado o impacto das operações militares na sua vida diária. A unidade militar que desenvolve esta cooperação é a Companhia Geral CIMIC e que para este exercício trazia como sempre projetos a serem implementados como agradecimento à paciência da população para toda a agitação que se instalou no seu dia-a-dia, de que se salienta como exemplo a possibilidade de a população em geral poder atravessar a ponte alemã, que será utilizada para movimentação das tropas na ofensiva final do exercício, ligando as vilas de Tancos

e Arripiado em apenas alguns metros quando a sua passagem apenas é normalmente possível utilizando as pontes de Constância ou da Chamusca. Para abertura à população e às questões que a mesma tivesse como pertinentes colocar à força militar, foram abertos também dois Centros CIMIC, um no Centro Cultural de Vila Nova da Barquinha e outro na Golegã. Relativamente a esta capacidade o Coronel Michel-Henri St-Louis, comandante da brigada multinacional, durante o exercício, afirmou analogamente à Cooperação Civil e Militar no geral e à Companhia Geral CIMIC em particular: “A Cooperação Civil e Militar Portuguesa contribuiu incomensuravelmente para o sucesso do nosso exercício militar por rapidamente informar o público das manobras que a NATO tem realizado na região. O elevado número de efetivos e equipamento militar implantados localmente tem criado vários constrangimentos no quotidiano da população da região. No entanto, os militares das diferentes

nações que compõem a brigada internacional continuam a reportar durante estes dias que têm sido recebidos com cortesia e gentileza por todos. Em nome dos meus soldados, agradeço a todos vós, à população, mas também aos seus representantes locais as vossas maravilhosas boasvindas. Obrigado.” Também o Comandante da Companhia Geral CIMIC, Coronel Martins Costa, que tem desenvolvido um relacionamento direto quer com as diversas comunidades quer com os seus representantes institucionais, desempenhando um papel relevante no esclarecimento antecipado das ações militares a realizar, bem como no acompanhamento dos militares no terreno, proferiu a seguinte declaração de reconhecimento: “Envio, um especial agradecimento às diversas autoridades locais que têm desempenhado um papel muito ativo e colaborante, facilitando o desenrolar das diversas ações militares nas respetivas autarquias, contribuindo dessa forma para o sucesso deste grande evento.” ―

Uma região como palco de uma guerra que teve fascínio e sorrisos Mais de 300 viaturas de combate e dois mil militares atravessaram o Tejo no âmbito do exercício internacional Trident Juncture, tendo sido instaladas 20 viaturas flutuantes M3 alemãs de última geração para o efeito. A população foi convidada a passar a ponte e foram centenas os populares que disseram presente. No lado sul do Tejo, no Arripiado, militares alemães, canadianos, italianos e, claro, portugueses, recebiam os populares com viaturas e armas de última geração, convidando-os a entrar nas viaturas e a carregar as armas. O exercício, que foi encerrado no dia 6 de Novembro, acabou com recurso a fogo real, com o “resgaste de uma nação amiga da NATO” da ocupação inimiga, e com a travessia do rio Tejo para se alcançar o ponto que centraliza as operações de libertação. A companhia alemã instalou 20 viaturas flutuantes M3 para

Há cem anos, no mesmo local, outras pontes, outros tempos.

criar uma ponte que permitiu a transposição dos 230 metros que o rio ali mede, em comprimento. O Batalhão Português assegurou a segurança na ponte da Chamusca, por onde circulou a grande maioria das viaturas militares. O exercício contemplou um ataque NBQR (Núclear, Biológico, Químico e Radiológico) à coluna, seguido da respectiva descontaminação. No âmbito deste exercício internacional, Portugal, como

nação hospedeira, participou com cerca de três mil militares, entre os quais 940 pertencem à NRF16 (1 Fragata, 200 militares, 1 Batalhão de Infantaria Mecanizado, 600 militares, 6 Aeronaves F16, 140 militares) e cerca de 700 viaturas militares (tácticas). Na totalidade, estima-se que em território português tenham estado mais de 10 500 militares (nacionais e estrangeiros) envolvidos no Trident Juncture 2015 (TRJE15). ― Texto RIcardo alves

Populares atravessam a ponte entre Tancos e Arripiado. Escassos minutos a pé até à outra margem.


04 Nós

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VN BARQUINHA

Mudar, reabilitar, renovar, sonhar a vila Decorreu no dia 24 de Outubro a Conversa sobre Regeneração e Reabilitação Urbana “Vamos mudar a vila!”, no Salão Nobre dos Paços do Concelho de Vila Nova da Barquinha e que contou com casa praticamente cheia e as presenças do presidente da Câmara Municipal, Fernando Freire, bem como de técnicos do município TEXTO ricardo alves Foto P. Basso e R. Alves

A aposta do município liderado por Fernando Freire passa por dar a conhecer os incentivos fiscais à reabilitação de edifícios, o Regulamento Municipal de Reabilitação Urbana e os instrumentos financeiros de incentivo à reabilitação no âmbito do Quadro Comunitário de Apoio Portugal 2020 para o período 2014-2020. Um dos instrumentos é o programa “Reabilitar para Arrendar – Habitação Acessível” a que qualquer pessoa individual ou colectiva, entidade de natureza pública ou privada com qualidade de proprietário comprovada se pode candidatar. Neste programa O programa define que o promotor do projecto pode beneficiar de um empréstimo por parte do Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana,I.P. (IHRU), num montante máximo de 90% do investimento total da operação de reabilitação e com prazo de reembolso de 180 meses contados da data do termo do período de carência que é o mesmo do prazo de execução da obra acrescido de seis meses.

Casa cheia para perceber que futuro para Vila Nova da Barquinha

Há já movimento em algumas casas no centro histórico.

Estado de Conservação dos prédios O estado de conservação dos edifícios é classificado em níveis, de acordo com o NRAU (Lei n.º6/2006, de 27 de Fevereiro, alterada pelas Lei n.º 31/2012, de 14 de Agosto e Lei nº 79/2014, de 19 de Dezembro) e pressupõem 5 níveis de classificação, sendo o nível 1 de Péssimo, 2 de Mau, 3 de Médio, 4 de Bom e 5 de Excelente. Os proprietários de edifícios ou fracções têm o dever de assegurar a sua reabilitação e se um edifício estiver em mau estado de conservação, a Câmara Municipal pode impor ao respectivo proprietário a obrigação de o reabilitar, determinando a realização e o prazo para a conclusão das obras ou trabalhos. A não reabilitação conforme imposto pela autarquia pode levar a vários cenários que, derradeiramente, podem chegar à expropriação. Há igualmente prejuízo para os proprietários ao nível do IMI com agravamentos que podem chegar ao triplo da verba normal. Colaboração pedida Até ao final do ano estas conversas desdobrar-se-ão pelo

concelho, nomeadamente pelas restantes freguesias sendo que esta primeira sessão de esclarecimento se debruçou sobre a Área de Reabilitação Urbana (ARU) da Zona Baixa de Vila Nova da Barquinha. Nos próximos meses será a vez das ARU da Zona Baixa de Tancos, de Moita do Norte e da Praia do Ribatejo. Nestas sessões o município pede a colaboração dos munícipes, perguntando-lhes “que futuro vêem para a barquinha”, “como gostariam de ver o vosso prédio e com que utilização”, que “equipamentos/espaços verdes são necessários” ou “o que se deve fazer para atrair jovens para trabalhar e habitar”, entre outras. Para agilizar e tornar mais acessível o processo junto dos munícipes, a autarquia tem ao dispor o Gabinete de Apoio ao Desenvolvimento Local, a Loja da Reabilitação e uma Bolsa de Reabilitação on-line no site da Câmara Municipal. A apresentação realizou-se com Fernando Freire, presidente da autarquia, a arquitecta Fátima Capela e Marina Honório, técnica do Gabinete de Apoio ao Desenvolvimento e Empreendedorismo. ―

ENTRONCAMENTO

Regeneração Urbana na Cidade foi o tema de “Conversas Com Café…“ Texto NA

A Regeneração Urbana foi o tema da tertúlia temática “Conversas com Café…” que decorreu no dia 16 de Outubro, na Biblioteca Municipal do Entroncamento O evento teve como dinamizadores, o Presidente da Câmara Municipal do Entroncamento, Jorge Faria, que apresentou as áreas de Reabilitação Urbana (ARU) definidas para a cidade do Entron-

camento e o Arquitecto, Rui Serrano, actual Vice-Presidente da Câmara Municipal de Tomar que abordou o tema da Regeneração Urbana. Perante uma plateia participativa, o Presidente da Câmara Municipal salientou a importância das ARU, como instrumento de gestão urbanística enquadradas no Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano (PEDU) e apresentou as três áreas de reabilitação urbana, definidas para o Conce-

lho do Entroncamento, sendo as seguintes: Bairros Ferroviários, Centro da Cidade; Bairros sociais, jardins tradicionais e zona industrial desactivada. Reabilitar a edificação degradada, valorizar o património cultural, qualificar o espaço público e assegurar a igualdade dos cidadãos no acesso às infra -estruturas, são as prioridades definidas no plano estratégico de desenvolvimento urbano da Câmara Municipal do Entroncamento. ―

O tema do urbanismo é central até 2020


Nós 05

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Abrantes

Casal da Coelheira novamente premiado TEXTO na

A marca Casal da Coelheira foi novamente distinguida desta feita n XV Concurso La Selezion del Sindaco (“Selecção do Presidente”). A entrega dos prémios decorreu no dia 29 de Outubro no âmbito do Festival Nacional Gastronomia, na Casa do Campino. O concurso, organizado em Portugal pela Associação de Municípios Portugueses do Vinho distinguiu o “Casal da Coelheira Mythos 2012” com a Medalha de Ouro e o vinho “Casal da Coelheira Reserva” com a Medalha de Prata. O empresário Nuno Falcão Rodrigues, do Tramagal, onde está situada a quinta do Casal da Coelheira, esteve acompanhado por Maria do Céu Albuquerque, presidente da autarquia abrantina.

Realizado pela primeira vez fora de Itália, este concurso colocou à prova mais de 1100 vinhos de toda a Europa e Brasil, dos quais 400 foram portugueses, sendo o único concurso internacional de vinhos que prevê a participação conjunta do produtor e do Município de proveniência. Felicitando em particular o empresário Nuno Falcão Rodrigues e os vinhos Casal da Coelheira, a Presidente da Câmara Municipal de Abrantes, Maria do Céu Albuquerque, reforçou a disposição do Município a que preside em continuar empenhado no apoio aos produtores vitivinícolas situados no território do município. “ O nosso papel é estar ao lado dos nossos produtores. Estar ao lado de quem está a criar e a acrescentar valor à economia local e nacional”, frisou a autarca. ―

TOMAR

Candidatura à criação da Rota Templária será feita em 2016 TEXTO na

Uma delegação de Troyes, cidade francesa fundadora da Ordem dos Templários, cujo concílio ali se realizou em 1128, esteve no início de Novembro em Tomar, integrando os consultores que estão a preparar a candidatura ao Conselho da Europa tendo em vista a criação da Rota Europeia dos

Templários (Itinerário Cultural de Lugares Templários). Esta visita de trabalho percorreu Tomar, Alcobaça, Dornes e Almourol, seguindo-se à visita preparatória realizada o ano passado pelo Município de Tomar ao Departamento de l’Aube, sedeado emTroyes. Além das visitas, realizaram-se diversas reuniões de trabalho, contando o primeiro diacom uma

recepção no Convento de Cristo, pela sua directora Andreia Galvão e pelos presidentes das câmaras da Barquinha,Fernando Freire e de Tomar, Anabela Freitas. Após as diversas reuniões, concluiu-se que a candidatura à criação do Itinerário Cultural de Lugares Templários será apresentada no final do terceiro trimestre de 2016, com vista à sua implementação até 2019. ―

Maria do Céu Albuquerque e Nuno Falcão Rodrigues com os certificados

Abrantes

Câmara vai requalificar Largo 1º de Maio O largo onde se situa o tribunal de Abrantes vai ser alvo de obras de requalificação segundo informou Maria do Céu Albuquerque, presidente da CM de Abrantes, na última reunião do executivo camarário do dia 20 de Outubro. O largo alberga igualmente o Posto de Turismo e parte do novo mercado da cidade e o primeiro deverá ser convertido num espaço de restauração. Também um quiosque abandonado pela Rodoviário do Tejo será convertido numa Nutelle-

ria, espaço de uma marca internacional de chocolate e cacau que se tem propagado um pouco por toda a europa. A intervenção, segundo a autarca, nivelará todo o largo que actualmente tem desníveis a nível central e com “pouca utilização” e haverá lugar a mais árvores e equipamento urbano, além de outras intervenções futuras, nomeadamente uma casa mortuária na zona que hoje é de estacionamento em terra batida, atrás do tribunal. ―

Comitiva de Troyes e Tomar

VN BARQUINHA

Horários da Loja social de Praia do Ribatejo A loja Social da Praia do Ribatejo, instalada na antiga cantina da Escola Básica n.º 1 de Praia do Ribatejo, equipamento que se destina a dar assistência às famílias carenciadas e já referenciadas na freguesia, informou por comunicado que os interessados

em efectuar donativos e visitar a loja poderão fazê-lo às segundas-feiras (das 14h30 às 17h30), quartas-feiras (9h30 às 12h00) ou às quintas-feiras (9h30 às 12h00. Entre os bens que a loja social deseja receber estão móveis, roupa, livros, utilidades para a

casa, brinquedos, entre outros. Na quinta feira de cada mês todos os interessados poderão adquirir produtos excedentários da loja, nomeadamente roupa e utensílios, em troca de bens alimentares ou donativo monetário para aquisição dos ditos bens alimentares. ―


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novoalmourol.wordpress.com

Constância

Centenário da Escola Primária Mixta de Constância, património cultural imaterial TEXTO NA

No âmbito da comemoração do Centenário da Escola Primária Mixta de Constância, a autarquia irá apresentar um programa cultural, que incluirá uma exposição, um colóquio e um documentário, iniciativas que terão lugar no próximo dia 21 de Novembro, pelas 14H30, na sala polivalente da Biblioteca Municipal Alexandre O’Neill. Esta iniciativa, justifica-se pelo importante património cultural imaterial que o edifício da Escola Primária alberga, actual Biblioteca Municipal Alexandre O’Neill, dado

ter sido um espaço que marcou gerações de alunos que ainda hoje guardam memórias e vivências sentidas nesse lugar de aprendizagem e de sociabilidade. O colóquio terá como tema O Centenário da Escola Primária Mixta de Constância O Património Cultural Imaterial do concelho, tendo como oradores no 1º painel: a investigadora do Centro de Tradições Populares Portuguesas da Universidade de Lisboa Ana Maria Paiva Morão com o tema Literatura Oral e Tradicional: Algumas Questões sobre Recolha e Tratamento,

Custódio Rodrigues do Rancho Folclórico Os Camponeses de Malpique, abordará as Interpretações do Fandango, Manuel Brás do Grupo de Cantares da Casa do Povo de Montalvo, apresentará Cantares Tradicionais de Montalvo, Andreia Coelho da Associação Popular e Social de Constância irá desenvolver a temática, Universidade Sénior de Constância: 10 anos de Existência e Maria Cecília Correia com cantigas de outros tempos (de desafio e de humor) irá mostrar um pouco da tradição oral tradicional de Montalvo. No segundo painel, Anabela

ABRANTES

Faleceu o “Engenheiro Bioucas”, histórico abrantino

Cardoso apresentará o tema, De Escola a Biblioteca, as Memórias de uma Comunidade, alguns alunos do Agrupamento de Escolas de Constância irão explorar o tema, A recolha de Memórias e a

Descoberta do Património(s) e por fim será exibido o documentário Memórias da minha Escola… elaborado por Cátia Freire, estagiária no município de Constância, no âmbito do PEPAL. ―

Região Agente da PSP encontrado morto em Bemposta TEXTO NA

TEXTO NA

O histórico autarca abrantino faleceu na manhã de dia 3 de Novembro. José dos Santos de Jesus (Bioucas), simpaticamente chamado de “Engenheiro Bioucas” no concelho, foi o primeiro presidente democraticamente eleito da Câmara Municipal de Abrantes. José dos Santos de Jesus nasceu a 24 de Março de 1928, em S. Vicente, Abrantes. Eng.º Técnico de profissão, participou na Comissão Administrativa do Município, primeiro enquanto vogal e depois como vice-presidente e presidente da Comissão, eleito presidente da Câmara Municipal de Abrantes nas eleições realizadas em 12 de Dezembro de 1976. Exerceu as funções de Presidente da Câmara Municipal de Abrantes durante 4 mandatos até ao dia 3 de Janeiro de 1990. Também enquanto industrial,

Antiga escola alberga agora a biblioteca do concelho.

Um agente da PSP de Tomar foi encontrado morto dentro do seu automóvel no dia 10 de Novembro, em Bemposta, no concelho de Abrantes. O agente de 42 anos estava desaparecido desde o dia anterior após ter enviado uma mensagem à

família. O cenário e contexto apontam para suicídio. A confirmar-se a tese, esta será a décima primeira ocorrência suicidária apenas em 2015 entre profissionais das forças de autoridade. Paulo Oliveira, 42 anos, agente do Comando de Tomar, da Polícia de Segurança Pública, era natural do Entroncamento. ―

VILA DE REI

Lagar de Vila de Rei em pleno funcionamento TEXTO NA

na qualidade de professor na Escola Industrial e Comercial de Abrantes e no papel que desempenhou nas causas sociais, nomeadamente no Centro de Recuperação e Integração de Abrantes (CRIA), deixa a sua marca.

A Presidente da Câmara Municipal, em nome do Executivo e da comunidade que representa “apresentou à família do Engenheiro Bioucas as mais sentidas condolências” e decidiu decretar luto municipal durante três dias. ―

O novo Lagar de Vila de Rei, recentemente inaugurado no Feriado Municipal de 19 de Setembro, entrou no dia 27 de Outubro em funcionamento, recebendo já os primeiros produtores de azeitona. Esta nova infra-estrutura fica localizada na Zona Industrial do Souto e tem capacidade para laborar 2.000 kg de azeitona por

hora, efectuando os serviços de extracção de azeite e respectivo embalamento. O custo de utilização do novo Lagar é de 0,07€ por kg, devendo todos os interessados realizar a sua marcação ou obter informações adicionais através do 913 888 932 ou de lagar@cm-viladerei.pt. O Lagar de Vila de Rei encontra-se aberto ao público todos os dias a partir das 08:00 horas. ―


08 história

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Contributo para a História da Investigação Arqueológica no Concelho VNB - XI

O protocolo de cooperação com a Escola Superior de Tecnologia de Tomar Júlio Manuel Pereira Investigador de História Local Mestre em Pré-História e Arqueologia

O primeiro número de “O Biface”, datado de Novembro de 1992, dava a conhecer os resultados de uma reunião plenária de sócios, onde fora aprovado o Plano de Ação para 1992/1993, por mim elaborado, de que saliento o seguinte objetivo: Contacto com cientistas que possam vir a contribuir para divulgar os conhecimentos arqueológicos no concelho. A oportunidade de atingir esse objetivo haveria de surgir quase no início do ano de 1993. Uma amiga de longa data – a Professora Carmina Ribeiro - que estava a frequentar um curso de Arqueologia na Escola Superior de Tecnologia de Tomar, certo dia, abordou-me acerca da possibilidade de estudar e, eventualmente, publicar no âmbito da sua tese, algum material do muito de que dispúnhamos. Pareceu-me uma oportunidade a agarrar, que se inseria no objetivo atrás enunciado, mas fi-lo não apenas do plano da amizade pessoal, mas envolvendo relações institucionais entre o Núcleo, a Câmara Municipal e a Escola Superior de Tecnologia de Tomar, estratégia essa que teve a concordância do Zé Gomes.

Estudo publicado pela Profª Carmina

Entretanto, através da Profª Carmina Ribeiro, foi acordada uma visita à sede do Núcleo por parte de elementos da Escola Superior de Tecnologia de Tomar, dirigidos pelo Professor Luiz Oosterbeek e incluindo outros docentes e dois arqueólogos italianos que se encontravam a colaborar com aquela instituição. Os visitantes ficaram impressionados com o espólio arqueológico de que éramos detentores e, face às dificuldades que apresentámos, de enquadramento

científicos dos nossos jovens, ficou logo aberta a possibilidade de os mesmos poderem vir a participar num campo de trabalho a realizar no Verão. Estavam criadas as condições para o estabelecimento de formas de colaboração, a materializar através de um Protocolo de Cooperação. Para o efeito redigi um texto que, submetido às partes, viria a ser aprovado por todos em Abril de 1993 e cuja síntese era assim descrita por mim no nº 13 de “O Biface”: “Como é sabido, no ano passado, celebrámos um Protocolo com a Câmara Municipal da Barquinha, o qual originou uma cooperação mutuamente benéfica. Neste momento está em curso a celebração de um novo Protocolo de Cooperação, agora envolvendo o Núcleo, a Câmara Municipal e a Escola Superior de Tecnologia de Tomar. Através desse documento ficará acordado: - O apoio do Núcleo a um estagiário do Curso Superior Especializado (Opção Arqueologia) daquela Escola; - A inventariação do material existente no Núcleo, referente ao Paleolítico; - A realização, no final, de uma exposição, apoiada pela Câmara Municipal; - A publicação de artigos em revistas da especialidade e/ou edição de publicações autónomas, com o apoio da Câmara Municipal. Este novo Protocolo reveste-se de uma grande importância para o Núcleo, por poder representar o início de uma interessante troca de experiências e conhecimentos e, simultaneamente, possibilitar o colmatar de uma lacuna que vínhamos sentindo há muito – a necessidade de apoio técnico qualificado. Desta forma, passo a passo, vamos firmando o nosso prestígio e construindo uma obra que nos orgulha!” Estas palavras, um tanto proféticas, estavam longe de abarcar todas as consequências que este Protocolo viria a ter na vida (e morte) do Núcleo e na História da Arqueologia do Concelho da Barquinha, como mais adiante teremos oportunidade de ver. ―

MAÇÃO

As artes da pesca da Freguesia de Ortiga e a sua musealização TEXTO NA

O Concelho de Mação esteve representado no 5.º Encontro da Rede Braspor, uma iniciativa da Rede Braspor, que decorreu em Mértola no início de Outubro, tendo como temática geral as abordagens holísticas que contemplem enquanto conjunto o Meio e o Homem, que o explora e modifica. Nesta acção a temática específica foi “Entre Rios e Mares: um Património de Ambientes, História e Saberes”. Neste contexto, João Filipe, pelo Centro Etnográfico de Ortiga (ceoga) do Museu Municipal de Arte Pré-Histórica e do Sagrado do Vale do Tejo, apresentou no dia 6 de Outubro a sua comunicação sobre “As artes da pesca da Freguesia da Ortiga – Mação (Médio Tejo): a musealização como contributo para o enriquecimento das paisagens culturais”. A sua reflexão incidiu sobre a importância do rio para a comunidade ortiguense e como a mesma se irá rever num espaço museológico que lhe é dedicado. “O rio é um elemento da comunidade” e esse espaço de memória reforça a ligação das pessoas ao rio, assim como aquilo que ele significava e continua a significar para a população. “Os tempos mudam, mas o rio fica. O rio faz parte da família”. Sendo que os rios sofrem com o desenvolvimento e as

próprias alterações climáticas são condicionantes do futuro, João Filipe defendeu que se lute pelos recursos hídricos, tendo em conta que o território se desenvolve “através das pessoas e das suas capacidades (sob sistemas organizacionais tais como instituições públicas, empresas privadas e associações das mais variadas temáticas)”. João Filipe mencionou, neste contexto, a educação cívica, ambiental e patrimonial, bem como a criação e divulgação de conhecimento. “As populações locais precisam e anseiam por abordagens de apoio em linguagem tácita. A comunicação eficaz, económica, eficiente ao criar-se localmente e ao objectivar-se na produção de conhecimento sobre a realidade local, sustenta tanto o dever de memória quanto a ética da participação. Partilhar informação, em interacção, entre produtores e consumidores é muito relevante nas zonas economicamente mais desfavorecidas. Como tal, João Filipe defendeu que os “museus de iniciativa local promovem o desenvolvimento de base comunitária, salvaguardam e enriquecem paisagens culturais únicas requalificando, com as suas actividades, os modos de estar culturais e que, fomentando a interacção que caracteriza os museus comunitários, desencadeiam e cimentam relações permanentes, criam

João Filipe durante o 5.º Encontro da Rede Braspor

compromissos de futuro, animam economias locais. A musealização das artes da pesca e da etnografia do rio Tejo, na Freguesia de Ortiga segue uma estratégia em que a triangulação Território – Pessoas – Organizações se enquadra na sustentabilidade ambiental, social e económica.” Ao longo da sua apresentação, João Filipe mostrou várias fotografias do rio Tejo, assim como das pesqueiras (existem actualmente 22 pesqueiras em Ortiga), da varela, do picareto e de toda ligação entre o rio e a população ao longo das décadas, o que suscitou a curiosidade da plateia. Foram também apresentados os desenhos/projectos de construção dos picaretos, com base nos dados fornecidos pelo calafate Manuel Pires Fontes, de Ortiga, numa perfeita demonstração daquilo que deve ser a transformação do conhecimento tácito (o saber de experiência feito) em conhecimento explícito (tecnicamente sustentado nos desenhos do picareto a construir, nas medições e nas descrições explicativas). Refira-se que nesta sua participação, enquanto orador no 5.º Encontro da Rede Braspor, João Filipe contou com a presença de Vasco Estrela, Presidente da Câmara Municipal de Mação e de uma das técnicas do Museu de Arte Pré-Histórica e do Sagrado do Vale do Tejo. O Centro Etnográfico de Ortiga – Núcleo Autónomo do Museu de Mação funcionará na antiga escola primária de Ortiga. Será uma estrutura dependente da Câmara Municipal de Mação e tem por objectivos: promover a cultura e artes da pesca; a cultura e trabalhos rurais; a defesa da paisagem cultural do rio Tejo; recuperar e dignificar a função dos mestres das artes e ofícios tradicionais; valorizar e promover a identidade cultural e social das comunidades taganas. Irá cooperar, também, com os estabelecimentos de ensino do Concelho e da região, assim como com demais entidades que perfilhem idênticos objectivos. ―


ECONOMIA 09

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ENTRONCAMENTO

Abrantes

Câmara Tecnopolo com valências Municipal aprova reforçadas orçamento de “forte rigor” para 2016 TEXTO na

TEXTO na

A Câmara Municipal do Entroncamento aprovou o orçamento para 2016 e as grandes opções do plano. O orçamento do próximo ano, no valor de 16,3 milhões de euros, o valor mais baixo dos últimos 15 anos, é um documento “realista que prossegue uma estratégia que o executivo pretende que continue a ser de rigor e contenção da despesa, por forma a reforçar e consolidar as finanças municipais”. Com este orçamento, o município aprovou nova redução da taxa de IMI, que passará a ser de 0,36% em 2016. Representando uma redução total de 10% e reafirmando o esforço de redução de 12,5% até ao término do mandato. Para além da redução geral, o executivo aprovou também uma redução de 10% na taxa de IMI para famílias numerosas, com 3 ou mais dependentes, em linha com outras reduções anteriormente aprovadas, tais como a taxa da água, resíduos urbanos ou resíduos sólidos. Mantendo a preocupação de não aumentar os encargos dos cidadãos, tal como aconteceu em 2014 e 2015, o orçamento para 2016 não institui o aumento das taxas no con-

celho. Prevendo apenas um ajuste técnico entre o valor dos resíduos sólidos, aumento de 3%, e a taxa de saneamento, redução de 22%. Alterações que se traduzem numa redução de 11% no valor a suportar pelas famílias. Embora com um valor total mais baixo, este orçamento mantem níveis de investimento elevados em áreas consideradas prioritárias para o município. Das quais se destaca a Cultura, com as tão necessárias obras de recuperação do Cineteatro S. João. A educação e o desporto escolar, com a remodelação do pavilhão Gimnodesportivo da escola Dr. Ruy d’Andrade. A eficiência energética e ambiente, com a substituição da iluminação pública por lâmpadas LED, mais eficientes e amigas do ambiente, a continuação da aposta nas ciclovias ou a requalificação dos espaços verdes da cidade. E a competitividade económica, com a reabilitação do Mercado Diário e com a construção de uma ligação rodoviária entre o terminal de contentores e o nó da A23, procurando desta forma potenciar a actividade económica e transformar a Zona de Acolhimento Empresarial do Entroncamento num HUB rodoferroviário que favoreça a fixação de empresas. ―

O Tecnopolo do Vale do Tejo reforçou as suas valências com a inauguração no dia 22 de Outubro dos Laboratórios de Serviços Partilhados que junta os laboratórios das áreas de engenharias e comunicação social da Escola Superior de Tecnologia de Abrantes e o line.ipt, Laboratórios de Inovação Industrial e Empresarial. O line.ipt, instalado há cinco anos no único Parque Tecnológico do Médio Tejo, com mais de meio milhão de euros em receitas, expande assim a sua actividade e aumenta a eficiência da utilização de recursos na prestação de serviços às empresas da região. Passa a ser um dos centros de investigação aplicada e desenvolvimento mais bem equipados do país, ficando apto a responder aos novos desafios

que se colocam em matéria de incorporação de tecnologia e inovação, promovendo competências nas áreas da engenharia, para além do apoio aos cursos do Instituto Politécnico de Tomar. Na ocasião, foi assinado um contrato de prestação de serviços entre a tagusvalley e a compta, Equipamentos e Serviços de Informática para instalação de uma delegação no inov.point – Centro de Incubação e Inovação Empresarial, uma das valências do Tecnopolo. A compta é a empresa mais antiga do país a trabalhar nas várias áreas das tecnologias, com operações em três Continente, sendo portanto uma mais-valia para Abrantes e para a região do Médio Tejo. Evocando os 10 anos de investimento em infra-estruturas e equipamentos no Tecnopolo, a Presidente da Câmara de

Abrantes (que também preside à tagusvalley), Maria do Céu Albuquerque, colocou a tónica do seu discurso no futuro: “importa agora dar corpo a uma estratégia colectiva focada no capital humano e naquilo que é preciso fazer para o seu desenvolvimento”, salientou. Defendendo o conceito dos laboratórios vivos (perímetro urbano onde empresas e institutos de investigação testam técnica e comercialmente novas tecnologias e novos serviços), a autarca de Abrantes afirmou que o desafio para o futuro é “passar da fábrica de adubos - O Tecnopolo de Abrantes nasceu onde no passado laborou a Quimigal - para a fábrica de talentos”, criando valor económico para a região e aproximando as empresas dos centros do conhecimento, com respostas efectivas às necessidades do concelho, da região e do país. ―

Maria do Céu Albuquerque em visita às instalações

Abrantes

Hotel Turismo com reabertura à vista TEXTO na

Executivo afirma que não institui o aumento das taxas no concelho.

O anúncio foi feito pela presidente da Câmara Municipal, Maria do Céu Albuquerque, que foi assinado no dia 2 de Novembro entre o Turismo Fundos e o Grupo Luna Hotels um contrato de aluguer a longo prazo, por 15 anos, para recuperação e exploração do edifício do Hotel Turismo de Abrantes. Encerrado desde Março de

2014 por abertura de falência pela entidade gestora e com muita polémica à mistura, a autarca informou o seu executivo de que o projecto de arquitectura e engenharia já está em realização por parte do promotor e que após as obras de recuperação do edifício com 44 quartos, o hotel abrirá de novo ao público. O seu encerramento acarretou bastantes limitações em termos

de camas turísticas na cidade durante o período de encerramento. Agora, o Grupo Luna Hotels & Resorts, cuja acção empresarial está presente em Portugal, Angola e Moçambique, tem por objectivo que a unidade abrantina seja reconhecida com quatro estrelas. A autarca abrantina prometeu ainda que o processo vai ser acompanhado de perto pelo executivo camarário. ―


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Culto 13

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OS PASSOS DE SÍSIFO

Realinhamento de alianças Opinião Luiz Oosterbeek

Estamos a viver uma época de reencontro, ou de nova integração, entre os dois lados do imenso continente Euroasiático. É verdade que esta divisão, eurocêntrica, ou em bom rigor mediterrânica, entre Europa e Ásia, nunca conseguiu esconder totalmente a permeabilidade que sempre se foi registando para além dos Urais e do Próximo Oriente. São disso exemplo as semelhanças entre vários trechos de textos clássicos, como a Bíblia e os Veda (por exemplo a referência ao dilúvio), as grandes migrações através das estepes em direcção ao Ocidente na proto -história, ou as primeiras imagens humanas do Buda, esculpidas por artistas gregos chegados à Índia com Alexandre Magno. Mas será a abertura de rotas marítimas com o Índico, inaugurada por Vasco da Gama, que marcará um ciclo de crescente globalização e de progressiva compreensão de que mundos alternativos eram possíveis. O interesse co-

mercial dará espaço, rapidamente, à construção de um novo olhar analítico, de que os trabalhos de Garcia da Orta em botânica, ou de Duarte Pacheco Pereira em geografia e cosmologia, são os primeiros e eloquentes testemunhos. Um novo olhar que não raro é permeado pela admiração, como no Tratado das Coisas da China, de Frei Gaspar da Cruz, primeiro livro dedicado integralmente a um País asiático e significativamente dedicado, tal como os Lusíadas, a D. Sebastião. As relações com a Ásia viveram um período de desequilíbrio, nos últimos dois séculos, devido ao desigual ritmo de expansão da economia industrial, mas a actualidade é claramente marcada por uma nova dinâmica em que pontuam países como a China ou a Índia. Esta nova realidade já anunciou, há diversas décadas, a afirmação de valores que são novos para a Europa, como a recusa do maniqueísmo ou uma valorização mais forte do colectivo sobre o individual. É esse quadro, propiciado também pelas cres-

DOM RAMIRO

" Processos políticos como os que se observam em Portugal e noutros países europeus resultam menos de uma suposta radicalização das correntes ideológicas herdadas, e sobretudo de uma necessidade de adaptação a um novo quadro de valores, fruto da globalização, que desperta por um lado nacionalismos que lembram a década de 1930, e por outro lado aproximações entre grupos anteriormente separados. " centes migrações e que já hoje se anuncia, que irá certamente dominar debates e confrontos nas próximas décadas. Uma das características da visão oriental do mundo é a estreita relação, ou mesmo identificação, entre cultura e economia, de que é expressão o programa de valorização das rotas da seda, no passado e no presente. É por colocar no centro da sua estratégia económica a cultura que a China, por exemplo, conseguiu expandir a sua influência sem precedentes, e sem significativa resistência, em África ou na própria Europa. Neste novo quadro, as recomposições ideológicas na Europa são inevitáveis, sendo pobres e

Uma aposta nas artes Opinião CARLOS VICENTE

Não vou permitir (hoje) que a mente vagueie ao sabor da corrente. Vou inquestionavelmente observar e absorver a quietude “inquieta” deste espaço de Artes em que se tornou Vila Nova da Barquinha. Sim, tivemos o “boom” jornalístico aquando da projecção do parque de esculturas e já antes, do parque “simplesmente”. Mas o parque de escultura e tudo o que ele envolve, tem uma responsabilidade enorme, transformou uma identitariedade local, valorizou memórias e tradições e investiu no amadurecimento dos jovens, com este “bem” transformado, Criou sustentabilidade, harmonia, estética e reconhecimento no seu local espacial e especial. Uma “barquinha” de Arte que nessa corrente do Tejo, leva consigo a outros locais e mentalidades o “bom” da arte, a transformação pessoal de cada um de nós, em outro melhor e o gosto por esta terra que abraça, entre o parque e o castelo, os que cá estão e os que nos visitam num abraço de amigos. Foi esse slogan do Mu-

nicípio, que deu origem ao processo irreversível deste caminho ou melhor deste percurso (como se de um artista se tratasse). Estiveram e continuam de parabéns os políticos de então e outros… pelo processo, pela continuidade e por acreditarem… (nem todos são como os demais…) A Galeria Santo António que veio recuperar o espaço de artes municipal. É um bom exemplo da recuperação de um edifício emblemático (tão na lembrança de tantos), em prol das artes locais, dos futuros artistas da comunidade e promete rivalizar com os artistas instituídos da galeria do parque. O processo criativo é um dos mais substanciais na eloquência dos jovens, na sua formação de vida, na ligação do pensamento à destreza física (escrita e desenhada) é conceptual, intelectual e uma mais valia formativa. Um exemplo, que se pode aplicar aos estudos ao trabalho, enfim à própria vida. A causa e a consequência. Pena o mundo não ser dos artistas… são dos economistas. Mudanças são necessárias… ―

condenadas ao esquecimento as estratégias herdadas da Europa bipolar do século XX. Processos políticos como os que se observam em Portugal e noutros países europeus resultam menos de uma suposta radicalização das correntes ideológicas herdadas, e sobretudo de uma necessidade de adaptação a um novo quadro de valores, fruto da globalização, que desperta por um lado nacionalismos que lembram a década de 1930, e por outro lado aproximações entre grupos anteriormente separados. É um quadro novo, que por exemplo o Papa Francisco tão bem tem defendido e promovido, no qual as linhas de ruptura

serão, provavelmente, distintas nas agendas de curto e de médio prazo, como se pode observar no alinhamento entre a chanceler alemã (na tradição democratacristã) e a esquerda europeia nas questões dos refugiados ou da liberdade de circulação, mas também nas transferência de voto da esquerda comunista para a Frente Nacional em França. Na Europa, a aliança entre as tradições democrata-cristã e marxista será, provavelmente, a única forma de evitar um ciclo de perda de liberdades e de conflitos militares nacionalistas. Em 1933 muitos não entenderam isto, ou entenderam tarde de mais. ―


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Constância

A pé para a Escola pela saúde e ambiente “A pé para a escola” é um programa piloto de fomento das actividades pedestres no seio da população escolar, desenvolvido pela Câmara Municipal de Constância em parceria com o Agrupamento de Escolas de Constância. O programa pretende fomentar junto dos alunos do 1.º ciclo do ensino básico, maior autonomia relativamente às suas famílias para se deslocarem no percurso casa-escola, dotando-os e sensibilizando-os com as seguintes noções: importância de actividade física diária ou regular, orientação em espaço público, segurança rodoviária, cidadania,

utilização e respeito do espaço público, sustentabilidade e saúde. A iniciativa tem como objectivos fomentar e disseminar as deslocações a pé colocando este meio de deslocação no centro da vida quotidiana dos munícipes, cimentar hábitos de prática desportiva regular e informal junto da população em idade escolar, criação de “corredores seguros” para as deslocações e desenvolver sinergias com agentes e entidades locais com vista à delineação de estratégias adequadas que apelem ao envolvimento da comunidade (Associações de Pais, Agrupamento de Escolas, Colectividades, vizinhos ou grupos de amigos).

A Pé para a escola funciona até Junho de 2016, e em regime de uma vez por semana, a Câmara Municipal de Constância coloca um técnico de desporto a enquadrar, monitorizar e acompanhar o percurso dos alunos participantes. O programa piloto terá início na freguesia de Montalvo, todas as quartas-feiras, às 8h15 e o regresso será da responsabilidade dos participantes. Para informações, inscrições ou outros esclarecimentos, contacte o Pavilhão Municipal através do telefone 249 730 059 ou por e-mail: ctor.desporto@cmconstancia.pt.―

Constância

AMBIENTE

Campo Militar de Santa Margarida palco de batalha pelo ambiente No âmbito da sua Semana do Ambiente, a Brigada Mecanizada acolheu o 3.º Peddy Paper Ambiental Intermunicipal no dia 12 de Novembro, com a “invasão” do Campo Militar de Santa Margarida mais de 500 jovens. Esta acção de sensibilização reuniu alunos do 5.º ano, representantes dos 10 concelhos da RESITEJO (Alcanena, Chamusca, Constância, Entroncamento, Ferreira do Zêzere, Golegã, Santarém, Tomar, Torres Novas e Vila Nova da Barquinha). Cada pelotão foi incumbido de uma missão sob ordem do seu professor comandante, em articulação com operacionais militares locais enfrentando “inimigos” e tendo

Fomentar hábitos saudáveis e autonomia nos alunos é o objectivo do programa

Jovens e militares juntos pela causa ambiental

de “superar imprevistos e zelar pelo seu futuro”. O 3.º Peddy Paper Ambiental Intermunicipal desenvolveu-se em estreita articulação com as câmaras da região e visa alertar para o papel de todos os cidadãos na defesa do planeta

terra. Em parceria com a RESITEJO e com o apoio da Sociedade Ponto Verde, os jovens são coadjuvados por centenas de militares numa acção que visa alertar para a importância do gesto de cada um na defesa do futuro de todos.―

proTEJO lança petição O movimento pelo Tejo – proTEJO anunciou no dia 3 de Novembro que vai lançar uma petição contra a poluição no rio Tejo e seus afluentes, a apresentar à Assembleia da República e ao Parlamento Europeu. Em comunicado enviado às redacções, o movimento ambientalista com sede em Vila Nova da Barquinha informa

que ficou decidido, em reunião de trabalho que juntou várias associações, concluir as alegações ao Plano de Gestão da Região Hidrográfica do Tejo até final de Novembro, com vista a propor medidas que contribuam para a resolução dos problemas ambientais do rio, e promover a realização de um seminário subordinado ao tema “A qualidade da água do Tejo”. ―


desporto 15

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ATLETISMO

Entroncamento

O Município de Torres Novas, com organização téc nica da União Desportiva e Recreativa da Zona Alta, vai promover a Corrida de S. Silvestre de Torres Novas e a prova jovem da Corrida de São Silvestre de Torres Novas. A prova decorrerá no sábado, 19 de Dezembro, com partida e chegada na Avenida Dr. João Martins de Azevedo (17h30 prova jovem; 19h Corrida de S. Silvestre). A Corrida de São Silvestre de Torres Novas terá um percurso com 10000m, com duas voltas de 5000m e terá a partida na Avenida Dr. João Martins de Azevedo, seguindo para Av. 8 de Julho, Av. Andrade Corvo, Palácio dos Desportos, Av. Sá Carneiro, Av. S. José, Viaduto do Rio Frio, Av. Dr. João Mar-

A cidade do Entroncamento conta a partir de 25 de outubro com mais uma ciclovia ao serviço da população. Inaugurada pelo Presidente da Câmara Municipal, Jorge Faria, na presença de elementos do executivo, do Presidente da Assembleia Municipal, dos Presidentes das Juntas de Freguesia e população, esta nova ciclovia tem uma extensão de 2000 metros. Situada na freguesia de Nossa Senhora de Fátima esta ciclovia liga a zona do Centro de Saúde à zona habitacional do Bonito (junto à Soladrilho), passando junto à Escola Básica do Bonito. Esta obra, executada com apoio de fundos comunitários, permite reabilitar a cobertura existente da Ribeira de Santa Catarina e, nas zonas não cobertas, promover a recuperação das margens

Corrida de São Silvestre 2015

tins de Azevedo. A meta será após a realização da segunda volta, na Av. Dr. João Martins de Azevedo. As inscrições decorrem até 5 de Dezembro de 2015, salvo se esgotarem antes do período definido, e podem ser efectuadas através da inter-

net. A prova jovem da Corrida de São Silvestre de Torres Novas é de inscrição obrigatória e gratuita e a Corrida de São Silvestre de Torres Novas tem um custo de 8 euros. Haverá prémios monetários para equi pas e por escalões. ―

Natação

Nova ciclovia na cidade da mesma. A Ciclovia Verde é composta por zonas ajardinadas, zonas de descanso e um conjunto de aparelhos de ginástica ao ar livre junto ao Centro de Saúde. Depois da inauguração realizou-se uma caminhada e um passeio de bicicleta e foram colocados à disposição da população os equipamentos de ginástica, situados junto ao Centro de Saúde. A Câmara Municipal pretende “seguir uma estratégia de desenvolvimento de redes de ciclovias e promoção da vida ao ar livre e irá adoptar um modelo de identificação das mesmas através de cores distintas”. Neste caso, a ciclovia verde, será acompanhada paralelamente por um espaço destinado à caminhada, distinguindo-se assim de forma clara, zonas para bicicletas e para caminhar. ―

Equipa do CN Tejo vence na Mealhada Decorreu nos dias 31 Outubro e 1 de Novembro, na piscina Municipal da Mealhada, a Fase de Qualificação para o Campeonato Nacional de Clubes 4.ª Divisão 2015/2016, que contou com a participação de 284 nadadores (132 masculinos e 152 femininos), em representação de 31 clubes de todo o país. Ficaram apurados para disputar esta Divisão, os clubes classificados nos 6 primeiros lugares, (masculinos) e nos 8 primeiros lugares em (femininos) da Fase de Qualificação. O CNTejo, orientado pelo técnico Paulo serra, esteve presente com

a equipa feminina e masculina. Estiveram presentes 22 equipas masculinas tendo o CNTejo ficado na 11.ª posição com 155 pontos, não conseguindo o apuramento. Já em femininos, entre 24 equipas femininas, o CNTejo obteve

o primeiro lugar na competição com 298 pontos, tendo garantido a presença no Campeonato Nacional da 4ª divisão que terá lugar nos dias 28 e 29 de Novembro nas Caldas da Rainha. A equipa feminina venceu oitos das 13 provas realizadas. ―

Ciclovia inaugurada na cidade estende-se por 2000 metros

ATLETISMO

Grande Prémio “Mação - Catedral do Presunto” Mação volta a acolher mais uma edição do Grande Prémio de Atletismo – Mação Catedral do Presunto, no dia 22 de Novembro, numa organização conjunta da Liga Regional de Melhoramentos de Ortiga com a Câmara Municipal de Mação. A prova principal, mais profissional, é de 10000 metros. Os participantes recebem prémios individuais por escalão, havendo também prémios colectivos. À semelhança dos anos anteriores, existirá uma prova

destinada a atletas de desporto especial (distância 1000mts). As inscrições são gratuitas e decorrem até ao dia 15/11/2015 através do email: lrmortiga. desporto@gmail.com. O Regulamento está disponível em www.lrmortiga.blogspot. com. No dia 22 de Novembro, para quem não participa, fica o convite para assistir a esta prova que atrai várias dezenas de atletas à Vila de Mação, a partir das 9h e durante toda a amanhã. ―


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A BEM DIZER...

VN BARQUINHA

Parque Ribeirinho da Barquinha: Resultados das primeiras À beira Tejo, um espaço de liberdade residências artísticas Texto NA | FOto Pérsio Basso

António Matias Coelho Historiador. Consultor Cultural amatiascoelho@sapo.pt

Coloquemo-nos no lugar de alguém que chega de fora, de outra parte do país ou do estrangeiro, trazido pelo gosto de viajar, pela procura de um lugar onde sinta o fresco do Tejo, sendo verão, ou a imensa liberdade que se pode viver aqui, não importa o mês do ano. Vai ficar maravilhado. Não pode ser de outro modo. A este parque ribeirinho pode chegar-se de muitas maneiras: a pé, se se vive perto, de bicicleta que será porventura a forma mais interessante de o fazer, de carro, de autocaravana, sei lá. Chega-se aqui e pasma-se com a imensidão do verde, com o ondulado do terreno a desafiar para a caminhada, com a água ao alcance da mão, com os percursos múltiplos que se podem fazer e, sobretudo, com o Tejo que corre ao lado. Vai lento, por ser plano e largo o leito e pouca a água que o deixam levar. Mas, mesmo assim, ainda é o Tejo, o grande rio das nossas vidas, o eixo que estruturou a nossa região – Ribatejo, por força do nome dele assim chamada – e, por séculos e séculos, fez das terras das suas margens o que são elas agora. E, pelo meio deste amplo espaço de sete hectares entre a vila e o rio, há arte que se insinua, que se mete connosco, desafiando-nos. São as peças do Parque de Escultura Contemporânea Almourol, ali colocadas há três anos. Pode gostar-se ou não. Mas não se consegue ficar indiferente. Porque essas obras de arte, de reconhecidos artistas plásticos portugueses – Fernanda Fragateiro, Joana Vasconcelos, José Pedro Croft, Pedro Cabrita Reis e outros –, que no parque nos saltam ao caminho, interpelam-nos, desafiam-nos, fazem-nos pensar. E comentar. Desassossegam-nos – que é para isso que a arte serve. À volta do parque há uma variedade grande de serviços e de motivos de interesse, o Centro Cultural, o Posto de Turismo, espaços de exposição, bares para tomar uma bebida e desatar a conversa. E, não muito longe, três ou quatro restaurantes, pequenos e acolhedores, onde podemos almoçar com agrado

e proveito. No verão, mas igualmente noutras épocas, são cada vez mais os turistas que chegam, muitos deles estrangeiros e grande parte autocaravanistas. Vêm trazidos pelos guias que na internet informam sobre parques para autocaravanas onde podem abastecer de água, efetuar despejos em instalações adequadas e, sobretudo, ficar, não apenas uma noite mas dois dias ou três, para conhecer, para descobrir, para desfrutar. São poucos os lugares assim que podem encontrar, em Portugal e pela Europa fora. Em 10 anos de vida que leva, o Parque Ribeirinho fez uma mudança de vulto. Não apenas na paisagem que, de uns nateiros que ali havia se transformou num espaço qualificado, fruído pelas pessoas, gerador de bem-estar. Mas também no movimento da vila e na sua economia, atraindo gente, contrariando o abandono e a desertificação, revitalizando, desenvolvendo. Ir à Barquinha tornou-se, para muita gente das terras próximas, um hábito de fim de semana. Não há muitos espaços como este, amplos, bem cuidados, com arte e bom gosto e um sentimento de enorme liberdade a envolvê-lo. Merece o Parque Ribeirinho da Barquinha que dele se diga bem. Porque, a bem dizer, existe para nos fazer felizes. ― ­

“(…) essas obras de arte, de reconhecidos artistas plásticos portugueses (…) que no parque nos saltam ao caminho, interpelamnos, desafiamnos, fazem-nos pensar.”

Os artistas que participaram nas primeiras residências de Vila Nova da Barquinha mostraram os trabalhos desenvolvidos no concelho durante a 1.ª edição das “Conversas 1.0 - Residências Artísticas”, que se realizou no dia 24 de Outubro, no Centro Cultural. Participaram nesta conversa os fotógrafos da extinta Kameraphoto Valter Vinagre, Augusto Brázio e Nelson D’Aires, bem como a artista plástica Alexandra Baudouin. A iniciativa da Câmara Municipal insere-se no projecto

Valter Vinagre à conversa com o público.

Parque de Escultura Contemporânea Almourol, uma parceria do Município com a Fundação

EDP e o Instituto Politécnico de Tomar (IPT), do qual fazem parte as Residências Artísticas. ―

Mação

Exposição “Exaltação Totémica”

“Exaltação Totémica”, assim se designa a exposição de Luís Athouguia, inaugurada no dia 7 de Novembro e patente até dia 28 do mesmo, na Galeria do Centro Cultural Elvino Pereira, em Mação. “A pintura de Luís Athouguia é lugar de visões oníricas, lugar de muitos cerimoniais, lugar iconográfico das abstracções das formas e dos conteúdos. Nela convergem alegorias, sugestões e alusões a uma escrita que se escreve por figurações no corpo do texto abstracto, no qual nos atrevemos a identificar (ou só entrever) pássaros, peixes, rostos ou máscaras deles, emblemas, signos, perífrases e paráfrases, silêncios marinhos, meias-luas,

eflorescências e cristalizações orgânicas, um olho alado, um olho escorpião, um olho dinossauro, um olho alga... “

VN BARQUINHA

VN BARQUINHA

IV Feira das Artes O clube União de Recreios de Moita do Norte, Vila Nova da Barquinha, vai organizar IV Feira das Artes nos dias 28 e 29 de Novembro. A Feira das Artes é uma mostra de dança e música que vai contar com exibições de Paula Ribeiro, da Tuna do Clube União de Recreios, Hugo Luz e da Escola de Dança Desportiva. No dia 13 de Dezembro terá lugar a inauguração dos novos espaços da sede do clube sob o pretexto do Festival de Sopas. O clube está em vias de finalizar as obras de ampliação da sua sede. ―

Para visitar no horário da Biblioteca Municipal: dias úteis, das 09h às 17h30. Aos sábados, das 14h30 às 17h30. ―

Fado, a Alma de um Povo O Clube Instrução e Recreio de Moita do Norte, Vila Nova da Barquinha, organiza mais uma grande Noite de Fados no dia 14 de Novembro. O espectáculo intulado de “Fado, Alma de um Povo”, terá como convidados os músicos e cantores(as) Raul Caldeira, Raul Caldeira, Carlos Menezes,Manuel Gaudêncio, Raulinho DaSé, Helena Leonor,Carlos Duarte Leitão, Henrique Leitão e João Roncero Guiomar.Começa às 21h30. ―

TOMAR

Bons Sons 15 em votação O Bons Sons está nomeado para Melhor Festival de Média Dimensão, para Melhor Festival Urbano, e para Melhor Campismo nos Portugal Festival Awards, um evento que premeia os melhores festivais de música em Portugal. Na passada edição dos prémios, o BONS SONS foi considerado o Festival Mais Sustentável de 2014. As votações formais estão em curso e os resultados serão comunicados no dia 17 Novembro, no Teatro S. Jorge, em Lisboa num evento dedicado aos melhores festivais de música do país.―


cultura 17

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“A maior ameaça à democracia, à justiça socioeconómica e ao crescimento económico neste país é o controlo monopolista de algumas empresas sobre a economia.” Nelson Mandela, discursode 1991

Márcia apresenta Quarto Crescente Depois de, em 2010, ter estado no Café Concerto, e ter partilhado o palco com Norberto Lobo na segunda série de Roque Beat, Márcia regressa ao Teatro Virgínia para apresentar o seu mais recente trabalho – Quarto Crescente, terceiro álbum de originais da artista. Produzido por Dadi Carvalho, músico e produtor brasileiro conhecido, entre muitos outros, pelos trabalhos com os Tribalistas, Marisa Monte, Carminho e

Caetano Veloso e gravado entre Lisboa e o Rio de Janeiro, Quarto Crescente tem 11 temas, todos eles com letra e música de Márcia, com excepção do tema Mal Menor em que a música é composta por Filipe C. Monteiro, que com a artista assina ainda a co-produção do álbum. Esta ainda é uma obra em crescimento, um percurso de descobertas e encantos. Onde existe A Insatisfação (título do primeiro single) ou “A Urgência”, mas também um “Ledo Sorriso” ou um Bom Destino.

Aberto ao que vier e disposto a convidar o público para essa viagem. Como quem se coloca frente a uma tela branca com pincéis e tintas a ver onde a inspiração a leva. O concerto realiza-se no dia 28 de Novembro, sábado, pelas 21h30. Haverá sessão de autógrafos no final do espectáculo e o bilhete tem um custo de 10€, podendo ser adquirido na bilheteira do Teatro Virgínia ou na bilheteira online em: www.bol. pt/Comprar/Bilhetes/ ―

Márcia regressa ao Teatro Virgínia depois de actuação em 2011 no Café Concerto

entroncamento

Teatro de Revista “P’ro Diabo Kus Carregue” A cidade do Entroncamento recebe no dia 28 de Novembro, sábado, às 21h30m, na Sala da Cultura, no Pavilhão Desportivo Municipal, o Teatro de Revista “P’ró Diabo Kus Carregue”. Sob a direcção artística, encenação e interpretação da actriz Natalina José, esta peça de teatro reúne em palco, os artistas, Anita Guerreiro, Paulo Oliveira, Ana Paula Mota, Luís Viegas e Filipa Giovanni. A peça já passou por alguns dos mais conceituados palcos do país e descrita como “um verdadeiro festival de gargalhada para nos fazer esquecer a crise”. Integrando um conjunto criteriosamente seleccionado

de textos base para rábulas quer de carácter crítico sociocultural, quer apenas humorístico, escritos por conceituados autores e compositores nacionais, foram criados quadros que são intercalados por temas bem conhecidos da Música Portuguesa, que têm interpretação confiada à mais popular Fadista Lisboeta, Anita Guerreiro. Os bilhetes têm o valor de 10€ (50% de desconto para os portadores do Cartão Municipal do Idoso) e encontram-se à venda no Posto de Turismo, Piscinas Municipais, Serviços de Águas da Câmara Municipal, ou na bilheteira no dia do espectáculo. ―

47. Património humano e desenvolvimento territorial de base comunitária: o papel das artes e dos artistas. Luís Mota Figueira Professor Coordenador do Instituto Politécnico de Tomar Diretor Técnico do Museu Agrícola de Riachos e Casa-Memorial General Humberto Delgado

TORRES NOVAS

Texto NA

Roteiro do Tejo: dos territórios, das pessoas e das organizações

Todos nós vivemos em convivência com a Arte que, transcendendo a mera sobrevivência material, nos identifica e nos dá humanidade através da imaterialidade que completa esse ciclo sobrevivente. No friso do tempo, as expressões artísticas, bem como a capacidade coletiva e individual de forjarmos futuros (também artísticos) acompanhando a nossa Vida, são necessárias e vitais. Sexta-feira passada estive no Ateliê de Tó Carvalho, Pintor radicado em Tomar. Desenvolve a sua Obra de uma forma muito especial como, por exemplo, na sua coleção “O Rosto de um Povo”. Independentemente das apreciações críticas é, no presente, um documento único. Abordando os usos e costumes populares apresenta-se-nos, em telas, aguarelas e desenhos, como mensagem orientada ao futuro. A Obra deste Artista reclama ser organizada e disponibilizada ao público? Achamos que sim, porque partilhá-la é um imperativo, dada a sua qualidade plástica, didáctica e pedagógica. Nos Livros de Exposições já realizadas li palavras muito encomiásticas de governantes tanto do Estado Central quanto do Poder Local. A serem cumpridas em ações essas palavras abririam galerias espaciais, honrando a Obra e o Pintor. As palavras, contudo, voaram com o vento!

“Nos Livros de Exposições já realizadas li palavras muito encomiásticas de governantes tanto do Estado Central quanto do Poder Local”

O problema é que há que “dar casa” à Coleção. Tarda a solução. Alguns desses tão entusiastas depoentes naqueles momentos expositivos parecem ter trocado a sinceridade de então pela indiferença de agora. O Trabalho deste Autor pode estar à disposição para fruição de todos. A colecção tem sido acrescentada. Pude admirar num tema ainda a ser pintado sobre a temática da 1ª Grande Guerra. A cena da despedida do Soldado saído do meio rural e rumando às trincheiras da Europa é um fragmento histórico da nossa colectividade, que nos toca e convida a meditar sobre o que somos, sobre o que fomos... Os momentos passados na última sexta-feira no ateliê de Tó Carvalho foram mágicos e inquietantes. Como será possível não haver na região e particularmente na zona de influência do município de Tomar, localidade onde habita, trabalha e a que deu, e dá, muito da sua capacidade e entusiasmo cidadão (nas várias organizações que criou, ajudou a criar e a que pertenceu) uma resposta ao problema exposto? A aparente indiferença significa desperdício de recursos endógenos. Ignorar tão significativa Obra plástica orientada a temáticas etnográficas que são componentes da Cultura nacional é cegueira de quem institucionalmente tem a obrigação de zelar por este tipo de assuntos. Será que enquanto coletivo não saberemos lidar com este e com outros problemas culturais que, uma vez resolvidos, significam criação de valor para o nosso território? Hoje, Dia de Finados, tivemos notícia sobre o falecimento do José Fonseca e Costa, Cineasta, mormente do memorável “Kilas, o Mau da Fita” com Mário Viegas, Lia Gama, Lima Duarte, Milú e outros nomes inapagáveis da nossa cultura. A magia musical de Sérgio Godinho está lá também. O “Cinco Dias, Cinco Noites” é outra das suas diversas Obras fílmicas de referência a não esquecer. Combater o esquecimento também significa empreendedorismo, economia e futuro. Ou estarei enganado? Riachos, 1 de novembro de 2015 ―­


18 cultura

novembro 2015

NovoAlmourol

Marca d’ Água

REGIÃO

Rab – ½ R gab = Tab

Três concelhos, 40 restaurantes e muito bacalhau Texto NA Alves Jana Consultor

Faz neste mês de Novembro cem anos que Einstein nos deu a conhecer a teoria da relatividade geral. Com isso revolucionou o modo (científico) de ver o mundo e a consciência (esclarecida) do poder e dos limites do nosso conhecimento. A simples e bela equação que aqui serve de título resume esse contributo agora centenário de Einstein. No fundo diz-nos que o Universo não é um espaço vazio onde circulam objectos puxados por forças mais ou menos misteriosas, como dizia Newton, mas um campo gravitacional que se curva onde existe concentração de matéria e, em virtude dessa curvatura, o movimento, de um planeta ou da luz, é alterado pois segue essa curvatura. Sobre esta equação, há algumas coisas que eu sei. Sei que foi escrita na sequência dos estudos de Carl F. Gauss e Bernhard Riemann, entre outros. Sei que nem sequer consigo lê-la, quanto mais compreendê-la. Sei que daqui nasceu um mundo de novas possibilidades, e dele vieram por exemplo os computadores e os telemóveis e tudo o que deles decorre. Sei que, para lá da ciência física e das suas aplicações tecnológicas, ainda não nos apropriámos deste novo olhar sobre o mundo. Salvo naquilo em que os computadores e os telemóveis e muitas outras inovações nos obrigaram a viver de outro modo, continuamos a pensar como se as teorias da relatividade restrita e geral não existissem. Pensamos ainda como Platão, Descartes, Kant e Hegel… nos ensinaram. Nem sequer, em boa verdade, aprendemos a pensar com Darwin, embora pareça que sim, quanto mais com Einstein.

E agora sintetizo. Platão, Descartes, Kant e Hegel foram grandes homens mas o seu modo de pensar já, em parte, chegou até nós e deu forma ao nosso pensamento comum. Darwin e Einstein ainda andam por aí, nas bibliotecas e nas salas de aula, à espera de chegarem até nós e poderem dar outra forma ao nosso modo de sentir, pensar e agir. Não há qualquer dúvida, estas personagens acima referidas são altas figuras da nossa cultura. Tão altas que eu não consigo chegar à equação aqui em título. Para fazê-lo, teria de empreender uma longa viagem por dentro da matemática e da física do século XX. É verdade que, como fica dito, a equação vem até nós sob a forma de inovações tecnológicas, mas fica fora do alcance das pessoas comuns, naquilo que elas sentem, pensam e fazem. Ou seja, vivemos ao mesmo tempo no século XXI e no século XVIII (na melhor das hipóteses). Isso não quererá dizer que somos controlados por aqueles que sabem o que nós não sabemos? Que não temos verdadeiro poder sobre aquilo que vivemos no século XXI. Pelo que acima fica dito, vêse que não há nestas crónicas uma desvalorização dos “grandes vultos da cultura”: não reduzo a cultura ao nível das pessoas comuns, muito menos à cultura dita popular. Digo e redigo é que a cultura é um espaço dinâmico “entre” entre as altas figuras da criação e as pessoas comuns.―

Realiza-se até dia 22 de novembro a primeira edição da Mostra do Bacalhau, uma iniciativa da acitofeba – Associação de Comerciantes e Industriais dos Concelhos de Tomar, Ferreira do Zêzere e Vila Nova da Barquinha e dos restaurantes e produtores de vinho participantes, com o apoio do município de Tomar. Esta mostra gastronómica tem a participação de 40 restaurantes nos três concelhos e oferece a oportunidade de ficar a conhecer as variantes locais das mil e uma formas de cozinhar bacalhau. Todos os dias, até 22 de Novembro, pode almoçar ou jantar a um seguintes restaurantes, provando as suas especialidades: “Chico Elias” (Algarvias – Tomar), Bacalhau com Carne; “Piri-Piri” (Tomar), Bacalhau Assado com Crosta de Pão de Milho; “Carrão das Febras” (Caniçal – Tomar), Bacalhau Assado; “Brasinha” (Tomar),Bacalhau Dourado; “Baía” (Tomar), Bacalhau na Canoa; “A Lúria” (Portela – Tomar), Carpácia de Bacalhau

ACITOFEBA organiza a iniciativa

e Bacalhau com Broa; “Moinhos (Tomar), Bacalhau à Moinhos; “Cave da Irene”(Alvito – Tomar), Bacalhau Assado; “O Tabuleiro” (Tomar), Bacalhau à Casa e Bacalhau com Natas; “Estalagem de Santa Iria” (Tomar),Bacalhau na Cataplana e Bacalhau à Chefe; “O Perninha” (Peralva – Tomar), Bacalhau Assado com Batatas a Murro; ”Nabão (Tomar), Bacalhau à Nabão; “O Picadeiro” (Alvito – Tomar), Bacalhau à Narcisa e Bacalhau à Capítulo; “Cantinho da Anabela” (Águas Belas – Ferreira do Zêzere), Bacalhau com Natas e Bacalhau no Forno; “Churrasqueira Penim” (Ferreira do Zêzere), Bacalhau à Casa e Bacalhau Desfiado com Batata a Murro e Migas; “O Escondidinho” (Tomar), Bacalhau com Natas e Bacalhau com Broa; “Rouxinol” (Tomar), Bacalhau à Rouxinol; “O Açude” (Tomar), Bacalhau à Casa; “Casa de Pasto Parreirinha” (Tomar), Bacalhau à Parreirinha e Bacalhau à Brás; “Tasquinha da Adélia” (Vila Nova da Barquinha), Bacalhau à Tibórnia; “Bela Vista” (Tomar), Bacalhau com Todos e Bacalhau Espiritual; “Bar Quinze” (Tomar), Bacalhau à Casa com

Migas; “O Siciliano” (Tomar), Bacalhau à Siciliano; “Jardim” (Tomar),Bacalhau à Jardim e Bacalhau à Lagareiro; “Cervejaria Lusitânia” (Tomar), Bacalhau Especial e Bacalhau com Camarão; “Tasquinha da Mitas” (Tomar), Bacalhau na Broa e Bacalhau dos Duques; “D. Bacalhau” (Tomar), Bacalhau à Zé do Pipo; “Beira-Rio” (Tomar), Bacalhau à Templário; “Familiar” (Calçadas – Tomar), Bacalhau à Familiar; “O Trindade” (Vila Nova da Barquinha), Bacalhau à Casa e Bacalhau com Broa em Cama de Espinafres; “Stop 81” (Tomar), Bacalhau Assado com Migas à Ribatejano; “Manjar de S. Miguel” (Ferreira de Zêzere), Bacalhau à Ferreirense; “Rotunda” (Vila Nova da Barquinha), Bacalhau em Crosta de Azeitona e Bacalhau com Ananás; “Lodge” (Tomar), Bacalhau Mariscado e Bacalhau com Broa; “1º de Maio” (Tomar), Bacalhau à Casa e Bacalhau Dourado; “Água na Boca” (Tomar), Bacalhau à Lagareiro e Bacalhau Espiritual; “La Bella” (Tomar), Bacalhau à D.Gualdim; “Marisqueira de Tomar” (Tomar), Bacalhau à Nabão e Bacalhau Mariscado. ―


NADA PARA FAZER 19

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facebook.com/Jornal-Novo-Almourol

Novembro Música

teatro| dança

saber

CINEMA

património

etnografia

ar livre

gastronomia

LITERATURA

Passeio Pedestre Interpretativo Descobrir a Natureza no Outono

02 Nov → 06 Jan 10h00

A Biblioteca Municipal de Vila de Rei organiza o “Concurso de Presépios”, novamente dividido nas categorias de Presépios Tradicionais e Presépios de Montra. Biblioteca Municipal Vila de Rei -

Exposição “Exaltação Totémica”

07 Nov → 28 Nov 16h00

Obra de Luís Athouguia. Inauguração dia 7 de novembro, às 16h, na Galeria do Centro Cultural Elvino Pereira. Galeria do Centro Centro Cultural Elvino Pereira Mação -

XI Quinzena do Teatro 14 Nov → 28 Nov 21h00

Todas as emoções das artes teatrais vão estar de regresso ao Concelho de Vila de Rei nas noites de 14, 21 e 28 de Novembro, com a realização da XI Quinzena do Teatro. Auditório Municipal Vila de Rei -

Tabula Rasa Festival Literário de Fátima

15 Nov

18 Nov → 22 Nov

Ir à descoberta de toda a riqueza natural do vale do ribeiro de Vale de Mestre Ecoteca do Parque Ambiental Constância -

Festival temático de caráter bienal cujo tema, nesta primeira edição, será “A Literatura e a Filosofia”. Fátima -

09h30

IX Concurso de Presépios de Vila de Rei

exposição

16h00

Ala dos Namorados Concerto Tour Felicidade 21h00

Cineteatro Municipal Ourém -

Espetáculo Lírico com Carlos Guilherme e Filipa Lopes 20 Nov 21h30

O conhecido tenor Carlos Guilherme e a soprano Filipa Lopes interpretam árias e duetos de ópera famosos, acompanhados ao Piano por Pedro Vieira de Almeida. Igreja da Sagrada Família Entroncamento -

Grande Prémio de Atletismo “Mação Catedral do Presunto” 22 Nov 09h00

Dia 22 de novembro, em Mação. Organização conjunta da Liga Regional de Melhoramentos de Ortiga e da Câmara Municipal de Mação. Inscrições abertas até 15 de novembro. Mação -

14 Nov → 25 Nov 14h30

Promoção do património natural e cultural. Ecoteca Parque Ambiental de Santa Margarida Constância -

Às quartas, cinema!

XXX Feira do Livro

18 Nov 21h00

Timbuktu Espaço Jovem (Loja ponto Já) Ourém -

Dia Nacional da Cultura Científica. Centro de Ciência Viva Constância -

21 Nov

17 Nov → 21 Nov

Conhecer Aromas e Sabores da Natureza

24 Nov

16h00

Ciclo Índia em Tomar

Ciclo de Cinema Indiano 17, 18 e 20 Nov 19h00 Cineteatro Paraíso Puspita Mishra Espetáculo de Dança Indiana 19 Nov 21h30 Cineteatro Paraíso Workshop de Yoga 21 Nov 16h00 Pavilhão Municipal Cidade de Tomar Tomar -

Semana da Cultura Científica 2015 «Caprichos da Lua»

Ceyceyra Medieval 21 Nov → 22 Nov Feira Medieval Asseiceira tomar -

23 Nov → 29 Nov 09h30

Promoção da leitura e do livro. Cineteatro Municipal Constância -

Teatro de Revista à Portuguesa “P’ró Diabo Kus Carregue!” 28 Nov 21h30

Um verdadeiro festival de gargalhada para nos fazer esquecer a crise, servido por um elenco de luxo bem querido do nosso público. Inserido nas Comemorações do Concelho do Entroncamento. Sala da Cultura Pavilhão Municipal Entroncamento -


20 Por agora é tudo

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Novo

­Almourol

Título Jornal Novo Almourol Propriedade CIAAR - Centro de Interpretação de Arqueologia do Alto Ribatejo Diretor Ricardo Alves Chefe de Redação Ricardo Alves Colaboradores Cidália Delgado, Maria de Lurdes Gil Jesuvino, Rafael Ferreira, Patrícia Bica, Núcleo de Comunicação ESTA, Margarida Serôdio Opinião Luiz Oosterbeek, António Luís Roldão, Alves Jana, António Carraço, Teresa Nicolau, João Gil, Luís Mota Figueira, Luís Ferreira, João Geraldes Marques, Joaquim Graça, Bruno Neto, Humberto Felício, Tiago Guedes, Carlos Vicente, Miguel Pombeiro, Rita Inácio, António Matias Coelho Edição Gráfica Pérsio Basso e Paulo Passos Fotografia Ricardo Alves Paginação Ana Mourão Publicidade Novo Almourol Departamento Comercial 249 711 209 - novoalmourol@gmail.com Jornal Mensal do Médio Tejo Registo ERC nº 125154 Impressão FIG - Indústrias Gráficas SA Tel. 239 499 922 Fax. 239 499 981 Tiragem Média Mensal 3500 ex. Depósito Legal 367103/13 Redacção e Administração Centro de Interpretação de Arqueologia do Alto Ribatejo - Largo do Chafariz, 3 - 2260-407 Vila Nova da Barquinha Email ciaar.vnbarquinha@gmail.com / novoalmourol@gmail.com

Editorial

Desconforto

VN Barquinha

À mesa com azeite 2015 TEXTO NA

«Andou por Seca e Meca e olivais de Santarém». O dito popular atesta a importância da olivicultura no Ribatejo. Vila Nova da Barquinha não é excepção: provam-no as duas oliveiras do brasão de armas do concelho, que chegou a ter mais de vinte lagares de azeite no século passado. Até 6 de dezembro, os restaurantes que aderem à mostra gastronómica «À mesa com azeite» lembram a tra-

dição, dando a provar o azeite novo. Este ano os comensais poderão experimentar iguarias como as Petingas no Forno com Azeite, o Bacalhau à Lagareiro, a Sopa de Couve com Feijão, o Polvo à Lagareiro, entre outras. A iniciativa do Município de Vila Nova da Barquinha, que se realiza há 15 anos consecutivos, tem como objectivo divulgar o azeite e a sua importância e tradição no concelho. Em Vila Nova da Barquinha, o azeite sempre foi um

importante motor da actividade económica pois em tempos um imenso e generoso olival fornecia matéria-prima para alimentar a laboração de cerca de duas dezenas de lagares. O azeite é um dos produtos alimentares mais antigos do mundo e tem vários benefícios para o ser humano pois combate o envelhecimento, aumenta os níveis do chamado “bom colesterol” (hdl), previne doenças cardiovasculares e ajuda na diminuição da pressão arterial, protege o sistema digestivo e

ajuda nas suas funções além de prevenir vários tipos de cancro graças às suas propriedades antioxidantes. Restaurantes Aderentes: Almourol (Tancos), Carroça (Limeiras, Praia do Ribatejo), Chico (Praia do Ribatejo), Recanto da Barquinha (V. N. Barquinha), Ribeirinho (V. N. Barquinha),Soltejo (V. N. Barquinha),STOP (Atalaia), Tasquinha da Adélia (V. N. Barquinha), Trindade (Moita do Norte). ―

Ricardo Alves Diretor

O governo de Passos Coelho caiu. A indignação ou defesa perante a atitude da esquerda unida tem feito parte do quotidiano do país como há muito não se via. A radicalização do discurso de ambas as partes não espanta. O PS, diluído ao centro nos últimos vinte anos, chocou muitos e saiu da sua zona de conforto. Independentemente de se gostar ou não, de um hipotético governo socialista apoiado pelo BE e PCP resultar ou não, parece-me certo que as convulsões e discussões em torno desta nova realidade vão levar a uma regeneração do sistema político e que terá como produto mais pluralidade e, acima de tudo mais soluções governativas. E por falar em regeneração, os taipais de obras em curso, os longos panos verdes nas fachadas dos prédios, que com a crise imobiliária quase desapareceram das

"A radicalização do discurso de ambas as partes não espanta." nossas vilas e cidades, estão a regressar paulatinamente. Em Vila Nova da Barquinha é já evidente. Uma sala cheia na Câmara Municipal ouviu incentivos e apoios à “mudança da vila”. O futuro dos concelhos passa muito pela vitalidade dos seus centros históricos. Mas também aí é necessário sair das nossas zonas de conforto. Muitas vezes é urgente que saiamos das nossas quatro paredes apenas para nos apercebermos dos escombros que são. E começar a obra. ―


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