Jornal Corpus

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Série Editorial III, Ano VIII Outubro-Novembro_ 2019 Cotia/SP - Brasil

MUNICIPALISMO REPUBLICANO

Amazônia, o Nióbio, o Urânio e etc., o subsolo da floresta que o Mundo quer a qualquer preço...

Federação Paulista de Autonomistas elegeu nova Diretoria na Alesp Caucaia do Alto tem nova Diretoria na sua Associação Pró Emancipação

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EMANCIPAÇÃO DE CAUCAIA DO ALTO

Após tratativas políticas em Brasília, a Comissão Pró Emancipação de Caucaia do Alto iniciou conversação com a presidência da Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo (alesp) para demonstrar que o distrito cotiano dito Caucaia do Alto é uma região que respira urbanidade própria, logo, que é tempo de se providenciar a emancipação e dar voz a mais de 75.000 habitantes que geram riquezas entre 117 Km2 de fronteiras definidas em 1944. «O ato emancipatório de povoados com fronteiras definidas e que geram renda própria é um ato de valorização do municipalismo na sua verdadeira dimensão geossocial e política. Impedir este ato é atrasar o progresso regional que sustenta a Nação e a República...» [João Barcellos - in Rádio Web c/ Renato Ferraz, abril 2019]. Emancipar o distrito Caucaia do Alto é, também, possibilitar a urgente reorganização urbana de Cotia...!

um distrito que respira urbanidade própria deve ser emancipado


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VONTADE POPULAR

ÍNDICE

O que é isso...?!, perguntam os políticos

EDITORIAL

Giro Municipalista O desejo de uma Sociedade no seu todoft web municipalista é o desejo de um Poder Público republicanamente descentralizado, mas..., para onde quer que se olhe, e seja qual for a Nação, essa descentralização é uma Utopia. Existe um regime político em Democracia? Não. O que existe é o Poder, ditatorial ou representativo, mas os dois se confundem quando parlamentares e executivos ´decretam´ para si mesmos a decisão final acerca das questões que a Sociedade quer discutir! Ora, o Poder desconhece ideologias, é elemesmo a chave do Todo político (o fascismo na sua integridade), por isso é que as cartasmagnas se constituem em torno das Elites, não do Povo. Quando o Povo adentra o Poder político (parlamentar e executivo) logo escuta: Vontade popular: o que é isso...?! E, junto aos políticos, o Judiciário, o mais autoritário dos três poderes ditos ´republicanos´. Embora que não deixada de lado, a Elite Castrense (os militares) tem o bom senso de se animar de vez em quando na ousadia de criar rupturas institucionais para fazer valer a Vontade Popular, deixar a Nação respirar. Mas é um ato em que o Povo tem de perceber que é parte e não uma mera manada em busca de outro curral... Entre uns e outros, resta ao Povo aprender a decidir, politica e eleitoral, com as suas convicções geossociais e culturais, não somente a partir de ideias que lhe são exteriores e quase estranhas. João Barcellos

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- Autonomistas Em Ação - Municipalismo & Nacionalidade

Tema do Mês 05 - Teremos Justiça Em Cotia...?!

Espaço do Welington Formiga 05 - de Bairro em Bairro | Opinião de Mário G. de Castro

Em Reflexão 06 - Mandado de Injunção & Novos Municípios

Anotação 07 - Autonomistas em Itapevi em Prol do Municipalismo Republicano

Capa 08 - Amazônia. o Nióbio, o Urânio e etc... - PROSEAR

Especial 09 - Robótica...

Cultura 10 - «Novelas Historiográficas, Filosofia & Poesia» o novo livro de João Barcellos

Mensagens 11 - Alto Impacto & Bom Senso

Coluna de Adilson Lima 11

www.jcorpus.com.br Registro Civil de Pessoas Jurídicas da Comarca de

EXPEDIENTE

Cotia //

Edição: João Barcellos / Cristiane Ramos [MTb 39615]

Série III, Ano VIII, nº17, Out.-Nov., 2019

Título Editorial de Terranova Comunicação e Eventos Culturais Ltda

/ 02.206.278/0001-45 _ I.M. 01542B

Rua Katia 91 _ Casa 1, Pq São George / 06708-130

Do Título _ Corpus vem do grego Korpus e diz-nos de

Cotia-SP

um conjunto de trabalhos ou agrupamento de ideias,

Web _ Georg Hans

etc., para acabar no conhecido espírito de corpo.


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GIRO MUNICIPALISTA

Out.-Nov. | 2019

AUTONOMISTAS EM AÇÃO Municipalismo & Nacionalidade A Ideia de municipalismo vem de “...local onde pessoas se organizam, sobrevivem e têm cultura própria enquanto base entre bases de uma nação”, como já descreveu o poeta e jornalista J. C. Macedo [in “Local e Nacional: uma Bandeira”, palestra. Quartel de Engenharia Militar / Pontinha. Lisboa, 1975]. Ideia que vem dos assentamentos celtas ditos castrejos que, aliás, deram origem à cultura castrense (ou: militar). Por isso é que uma nação continental como o Brasil deve considerar que a sua municipalidade é o eixo de um todo e que, por ex., a Amazônia é uma área de municípios florestais de vital importância estratégica em energia, fauna e flora. Esquecer de a preservar é esquecer o conceito do municipalismo, é desintegrar a nacionalidade.

Na tarde do dia 21 de setembro de 2019 o Salão Teotônio Vilela, na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (ALESP), sediou dois encontros: o da Associação Pró Emancipação de Caucaia do Alto (distrito de Cotia) e o da Federação das Associações Emancipacionistas e Anexionistas do Estado de São Paulo (FAEA-SP), com a presença de Antônio Pantoja, presidente da Confederação Nacional, Clayton Rodrigues, de Vicente de Carvalho, Francisco dos Santos (Sainha), de Caucaia do Alto, e Alexandre Rufino, de Itapevi, além dos advogados Michel da Silva e Gilberto da Luz. ASSOCIAÇÃO PRÓ EMANCIPAÇÃO DE CAUCAIA DO ALTO Os autonomistas caucaianos elegeram a sua Diretoria para o biênio 2019-2021. Eis a relação das pessoas e cargos. Presidente: FRANCISCO DE ASSIS DOS SANTOS (´Sainha´), Vice-Presidente: DÉCIO LEMOS LEITE, 1ª Secretaria: JOÃO BARCELLOS, 2ª Secretaria: ANTÔNIO RUFINO, 1º Tesoureiro: EDENILTON JOSÉ BASÍLIO DIAS, 2º Tesoureiro: CLAUDINEI GONÇALVES PEREIRA, Conselho Fiscal: OTÁVIO LUIS MORAES (´Bola´), WALTER SOARES DE CASTRO, ANTONIO RICARDO BERGAMO, Conselho Fiscal / Suplentes: GENTIL PIRES DO PRADO, BENEDITO DO CARMO PEREIRA, JAILTON DOS SANTOS ARAÚJO, Diretoria de Relações Públicas: JOSÉ DE JESUS BRITO, ROSANGELA APARECIDA DE LIMA MORAES, ROSANA ROCHA, Diretoria de Comunicação Social: WILSON SANTANA DE ALMEIDA, Diretoria de Assuntos Jurídicos: CESAR ROBERTO ROSSI.

Autonomistas Paulistas reunidos e Antônio Pantoja (presidente da Confederação Nacional)

Após um processo de precariedade funcional, a FEDERAÇÃO DAS ASSOCIAÇÕES EMANCIPACIONISTAS E ANEXIONISTAS DO ESTADO DE SÃO PAULO (FAEA-SP) retomou a sua atividade e, em nova Assembleia Geral, elegeu a Diretoria para o biênio 2019-2021 – a saber: FRANCISCO DOS SANTOS (Sainha), presidente, CLAYTON RODRIGUES, vicepresidente; na Secretaria, ALEXANDRE RUFINO DE LIMA, 1º secretário, ANTÔNIO RUFICO, 2º secretário; EDENILTON JOSÉ BASÍLIO DIAS; na Tesouraria, 1º tesoureiro, DÉCIO LEMOS LEITE, 2º tesoureiro; para o Conselho Fiscal: WALTER SOARES DE CASTRO, ANTONIO RICARDO BERGAMO, OTÁVIO LUIS MORAES, e suplentes GENTIL PIRES DO PRADO, CLAUDINEI GONÇALVES PEREIRA e BENEDITO DO CARMO PEREIRA; para o Conselho Consultivo, JOÃO BARCELLOS, JOSÉ ALEXANDRE ALVES, JAILTON DOS SANTOS ARAÚJO, e suplentes, DARCIZO BENEDITO PEREIRA, ROMEMARY DE SOUSA LEITE RODRIGUES e ROSANA ROCHA; para a Diretoria de Assuntos Estratégicos, ROSANGELA APARECIDA DE LIMA MORAES, ODEMIR BATISTA DA SILVA, ALCIMEIRE DE SOUZA BORGES e GILBERTO DA LUZ; a Diretoria de Comunicação Social com WILSON SANTANA DE ALMEIDA e a Diretoria de Assuntos Jurídicos com CESAR ROBERTO ROSSI.


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TEMA DO MÊS Teremos Justiça Em Cotia...?! Justiça Eleitoral paulista cassou, pela 2ª vez no mesmo processo, os diplomas do prefeito de Cotia, Rogério Franco, e do vice-prefeito, Almir Rodrigues, com a perda do mandato. O despacho é de 11 de setembro de 2019 e assinado pelo juiz da 227ª Zona Eleitoral, em Cotia. Os políticos foram condenados por abuso de poder político na eleição de 2016 e têm agora decretada a inelegibilidade por 8 anos, contados a partir de 2016, como divulga o Tribunal Regional Eleitoral. Ambos tinham sido cassados em fevereiro de 2017, mas entraram com recurso e o TRE anulou a sentença para que tivessem novo julgamento, o que acaba de acontecer... Como se tornou notadamente público e abusivo, o prefeito diz que "confia na Justiça e irá recorrer da decisão" e continua a negar as acusações. A notícia correu através de agências e da TV Globo, em 12 de setembro, e continua a ecoar na sociedade cotiana. A verdade é que Rogério Franco, que se tornou famoso como “Sr. R.”, quando tentou incorporar a letra do seu nome ao logotipo de Cotia, e é processado por tal leviandade política, assim como em relação à destruição parcial da Praça dos Romeiros, em Caucaia do Alto,

é um político que teima em remar com os próprios erros em políticas públicas, principalmente na Educação e na Infraestrutura, embora tenha acertado alguns pontos na Segurança e na Saúde. O que se aguarda é que a Justiça seja feita, porque nenhum magistrado condena alguém duas vezes num mesmo processo para ´brincar´ de gato-e-rato...! Com a palavra o TRE... Parece que o Judiciário escutou a Sociedade e dias depois ressurgiu a sentença que cassou o mandato político do autarca que se ´acha´ acima de tudo em Cotia. Aguarda-se que as instâncias superiores confirmem a sentença... João Barcellos

Espaço do Welington Formiga

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de Bairro em Bairro por uma Cotia justa Welington Fo

rmiga

Existe em Cotia, como na maioria das cidades brasileiras, um feudo (digo melhor: um curral) eleitoral, que impede o progresso sob o olhar das novas gerações. É difícil batalhar nestas circunstâncias e, mais ainda, quando a justiça se permite demorar na punição de atos falhos em políticas públicas, via abuso eleitoral. Quando escuto o jovem Welington Formiga eu sei que é a fala de uma juventude pronta para o exercício de políticas públicas municipais, transparentes e modernas. O que falta? «Falta também um empresariado mais ligado com o municipalismo», como diz o historiador João Barcellos, meu amigo e mestre. Assim, acredito que a ação de Welington Formiga é uma batalha que pode ser vencida e ajudar Cotia a transpor os obstáculos do ´feudo/curral eleitoral´ que ainda persiste! O que importa é não desistir! Mário G. de Castro (Fotojornalista e Serigrafista)


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EM REFLEXÃO

Out.-Nov. | 2019

Mandado de Injunção & Novos Municípios A turma do Congresso (Senado e Câmara de Deputados) faz o que quer? Sim, faz o que quer e na maioria das vezes sem prestar atenção a alguns sinais contrários que surgem na e da Sociedade... “Para suavizar o conceito ´depois da eleição, eu decido´, a Carta Magna de 1988, em seu Artº 5º, Inciso LXXI, registrou um instrumento novo: o Mandado de Injunção. Um instrumento que manejado pela Sociedade pode levar, via Justiça, a que o Congresso aplique a anterioridade legal a leis alteradas, mas ainda não sancionadas por conveniência corporativa e política” [João Barcellos – in “1988: uma Carta Magna escrita para as Elites”; palestras em Paraty e Niterói, 1988]. Entretanto, apesar de ser um instrumento constitucional, o Mandado de Injunção raramente é aplicado para solucionar problemas geossociais, como o desejo de autonomia administrativa de distritos com capacidade econômica para tal. Em novembro de 1967 foi publicada a Lei Complementar Nº1, a assinalar que a criação de um novo município deveria ser precedida da comprovação de requisitos estabelecidos nessa Lei e de consulta (plebiscito) às populações interessadas; em junho 1914, surgiu o PLC 397 que, aprovado no Congresso, foi vetado estupidamente pela então presidente Dilma Rousseff, e, em 2015, o PLC 137 saiu do Senado a prever novas regras e estudos de viabilidade municipal (EVM), aprovado na Câmara dos Deputados e com uma alteração importante: o plebiscito se fará na só na população interessada, mas em todo o município. Dispositivo que é uma ruindade sociopolítica, já que o resto do município votará a desfavor do distrito... E é esta PLC 137 que, desde

então, aguarda, em regime de “urgência”, votação dos parlamentares. O que as pessoas autonomistas interessadas em fazer dos seus distritos novas municipalidades podem fazer? Conversar em suas sedes e fazer com vereadores e prefeitos se interessem pelo assunto, levar essa conversa a deputados estaduais e federais e senadores, no sentido de sensibilizar quem legisla e quem executa pautar a PLC 137. Entretanto, “...percebe-se o quão difícil é levar adiante a mensagem geossocial de autonomia aos escritórios e plenários de parlamentares, por isso, aquele instrumento dito Mandado de Injunção se torna importante, agora... Ele foi criado para amenizar situações, um remédio constitucional, quando uma norma ou uma Lei não é respeitada. Ora, a PLC de 1967 está em vigor, porque nenhuma alteração foi sancionada pelo Congresso. E o Mandado de Injunção serve para, via Justiça, fazer valer a legalidade daquele diploma de regras para a criação de novos municípios” [João Barcellos – in “Abertura da AG para Eleição da Diretoria da Comissão Pró Emancipação do Distrito Caucaia do Alto”, 21 de setembro de 2019, Alesp / Salão Teotônio Vilela]. Diante deste quadro faz-se necessário que as comissões de emancipação dialoguem acerca do Mandado de Injunção como alternativa única à falta da votação do PLC 137 na Câmara dos Deputados.

BARCELLOS, João || escritor, historiador e conferencista, autor de “Ordem & Sociedade” (4ª Ediç) e “Mens@gens Políticas & Filosóficas” (2ª Ediç), entre outros livros.


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ANOTAÇÃO

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AUTONOMISTAS EM ITAPEVI EM PROL DO MUNICIPALISMO REPUBLICANO Algumas regiões no entorno do espaço metropolitano paulista desenvolveram-se a partir da estação da linha férrea, assim como outras entorno da capela e, etc., no caso de Itapevi existem duas situações: uma, o ponto de encontro dos portinhos de Carapochuyba e Cutaúna/Quitaúna para o lado do Ribeirão da Vargem Grande e o sul de Jandira, Ibituruna (´sítios dos arassariz´) e Yby Soroc (ou: Cerro Ybiraçoiaba), que deu origem a Sorocaba, a apanhar o Piabiyu guarani; e a outra, para o lado dos certõens y mattos de Tapiipisapé (q.s. ´no caminho da anta´, e hoje é Itapecerica da Serra). Por isso, tem razão o pesquisador e artista plástico Susumo Harada ao dar importância à região da ´pedra afiada´, aportuguesada do tupí-guarani para Itapevi E assim, entre a região de entroncamento e de ´cangueras´ (q.s. cemitério, ou celebração dos espíritos antepassados) que é Itapevi, passou o ´caminho de dentro´ na linha de colonização paralela ao ´caminho de fora´ (Sant´Anna de Parnahyba). Verificando-se os assentamentos dos trilhos ferroviários percebe-se que a malha do Piabiyu (caminho ancestral guarani) foi inteiramente aproveitada pela engenharia moderna, tal fizeram mineradores, bandeirantes e tropeiros, entre os Séculos 16 e 20... Enquadrada na Paróquia de Nª Sª de Monte Serrat da Acutia (hoje, Cotia), a região de Itapevi desenvolveu-se entre lavouras de auto sustentação, apoio a tropeiros e, mais adiante, no entorno da estação ferroviária. Quais foram os problemas? 1º, sem uma visão de futuro urbanístico, Itapevi cresceu sem planejamento adequado com os morros sendo ocupados de um lado e do outro da ferrovia, até virar (como outras regiões) cidadedormitório da Capital paulista; 2º, a densidade populacional foi de tal ordem, entre os Séculos 19 e 20, que Itapevi transformou-se em um ´viveiro de gentes´ sem infraestrutura adequada, mesmo depois de desintegrada da municipalidade cotiana. Eis o motivo que levou, e leva, essas “...gentes mais conscientes do drama próprio a se levantarem por uma vivência urbana humanizada, i.e., por um municipalismo republicano”, como diz Alexandre Rufino, cidadão que surge na defesa da autonomia para várias regiões de Itapevi, e principalmente aquela no entorno da estação ferroviária de Amador Bueno. Com a falta de visão urbana do poder público itapeviense estabelecido as populações integraram-se numa geossociedade precária e, por isso, hoje querem “soluções político-administrativas que atendam a autonomia social alcançada no esforço comunitário e que levem à emancipação republicana” (Rufino, idem). “Não há nem haverá solução urbana para comunidades isoladas sem uma visão política que parta do local para o municipal. A região de Itapevi, que ficou muito tempo na sombra da ignorância política de Cotia, precisa agora extirpar esse ranço colonial e dar solução urbana às suas gentes”, segundo o historiador João Barcellos.

Estudos de João Barcellos em Itapevi c/ Susumo Harada

Alexandre Rufino


CAPA

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Amazônia, o Nióbio, o Urânio e etc., o subsolo da floresta que o Mundo quer a qualquer preço... De entre as riquezas que a Amazônia possui estão a floresta, por si mesma, e as matérias-primas abundantes que a indústria moderna de telecomunicações e de aeronaves precisa até para levantar em direção a outros planetas... Material como o Nióbio e o Urânio, além da Prata e do Ouro e do Petróleo, é uma riqueza imensa a que o Mundo (político e místico) quer ter acesso de maneira colonial, mas, o Brasil não é mais uma província de Portugal, é uma Nação. Assim, a exploração de matérias-primas amazônicas não está aberta, ela pode, sim, ser compartilhada pelo Brasil com outras nações, entretanto, estas não podem exigir políticas públicas de preservação de tal riqueza com o receio de ficarem sem acesso, podem somente estabelecer acordos, e só. A única exigência das outras nações em relação ao Brasil é que haja comprometimento governamental na preservação da fauna e da flora na Amazônia, o resto é interesse industrial e econômico. Falando de matérias-primas, tanto o Nióbio [assim designado em homenagem à deusa grega Níobe] como o Urânio [a celebrar o planeta do mesmo nome] são elemento químicos desde sempre à mão da humanidade, que utilizou de diversas formas, por ex., o Urânio era aplicado para produzir tinta..., hoje, é combustível nuclear para a produção de energia elétrica. Já o Nióbio está na base das ligas metálicas por oferecer ótima resistência mecânica aos objetos feitos com aço, como os tubos para gasodutos, e também na propulsão de naves espaciais. Ora, há cerca de 60 anos os irmãos Villas-Boas,

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descobriram que ong´s norte-americanas levaram nativos yanomamis para serem educados e, na torna-viagem, serem operadores dos interesses industriais na Amazônia, mas a informação foi calada politicamente até hoje, em 2019, quando a Amazônia volta ser notícia em razão de queimadas criminosas que assustaram os suportes das centenas de ong´s internacionais instaladas na região. Sim, os VillaBoas tinham razão: o Mundo não está interessado na Floresta amazônica, está interessado no subsolo amazônico... De uma parte, a Rússia, Cuba e China cuidam das imensas riquezas naturais da Venezuela (o ditador Maduro não cai, porquê?...), e da outra parte, as nações do espectro ocidental-católico (Canadá, EUA, França, Inglaterra, etc.) cuidam do Brasil. Eis o quadro geopolítico e econômico agora a emergir das cinzas e das nuvens de poeira na Amazônia em chamas! Sim, é verdade que o Brasil tem de cuidar da preservação da (sua) Amazônia, ora, até o poeta Baptista Cepellos reclamava das queimadas em seu livro ´A Derrubada´..., mas, isso é uma tarefa governamental de uma Nação que o é após se libertar do jugo colonial, logo, as outras nações só têm que cooperar. Querem o Nióbio, querem o Urânio, sim, mas terão que pagar caro por isso – e este ´caro´ é fazer do Brasil a potência econômica via exploração responsável do subsolo amazônico!

_ abçs _ João Barcellos

O grupo/evento PROSEAR, que foi fundado pela Profª Mara Corsi e o Prof. Rosinaldo Alves, uma+aposta naHabitantes 117 éKm2 75.000 educação por ela mesma e focado em pontos de encontro uma economia própria entre docentes e destes com a sociedade local. O próximo passo é projetar a Revista Prosear como ligação líterojornalística. [Contato / Prof. Rosinaldo: 11 94952.8771]


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ESPECIAL

Out.-Nov. | 2019

Robôtica Filósofos e Cientistas debatem a questão [...] Os robôs, plenamente autómatos (também chamados

servidão. 'Humanizar a máquina implica a desumanização da

'andróides') e a necessária adaptação dos Trabalhadores às novas

humanidade' é uma metáfora do florilégio verbal, que nada resolve e

máquinas.

deixa tudo na mesma!... É a linguagem típica do Sistema capitalista e

Factos (no horizonte do Sistema Capitalista): -– As novas

seu horizonte ideológico.

desigualdades sócio-profissionais, que surgem; ‒ Os despedimentos

A teoria de que os robôs viriam a substituir, apenas, os profissionais

em massa dos operários não qualificados para o

indiferenciados e menos qualificados é uma pura

efeito; ‒ As desigualdades socialmente reforçadas

ingenuidade… De resto, há que contar com as

em virtude da falta de adequação entre os

barreiras à digitalização. Os operários não são

trabalhadores humanos e os 'andróides'; ‒ Não

objectos/máquinas!...”

falemos de 'Inteligência Artificial', porque essa é

Esta reflexão do filósofo Manuel Reis está ligada a

uma falácia, uma noção errada e falsa.

uma ´carta aberta´ assinada por centenas de

Em primeiro lugar, duas questões ético-sociais,

cientistas e filósofos, entre eles Noam Chomsky e

que precisam ser resolvidas com urgência: a) Os

Stephen Hawking, que, em 2015, na qual pediam a

novos trabalhadores em causa carecem de ser

não utilização da robôtica em armas de guerra. A

preparados para a boa adaptação aos robôs: Isso é feito nas Escolas Superiores Politécnicas ou, como solução eventual

questão é a mesma no caso do trabalho... _ Fê Marques (Profª e Serigrafista)

de remedeio, numa Oficina/Escola criada na própria Fábrica; b) tem de haver, a nível nacional, um salário mínimo garantido, para obstar a

REIS, Manuel – O 'Big Brother' Novamente Em Ascensão?!, Ou: Deixem, De Vez, O

que os trabalhadores despedidos fiquem, sem qualquer salário ou

´Big Brother´ (de G.O.). Livro em estudo de edição no G. D. Noética e grupos

fonte de rendimento. Desde os inícios da Robótica, esse é um

cooperados na América Latina, entretanto, já base de palestras filosóficas em abril

princípio sócio-económico inquestionável!

de 2018. Notas: 1- o Prof. Dr. Manuel Reis, filósofo e escritor português, preside o Centro de Estudos do Humanismo Crítico (Guimarães-Portugal) ao qual está ligado o G. D.

a humanidade, como se fazia nos tempos da escravatura e da

Noética. 2- o texto é publicado no português original.

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CULTURA

Out.-Nov. | 2019

Novelas Historiográficas, Filosofia & Poesia

Céline Abdullah J.Araújo

“[...] o pesquisador de história e poeta-filósofo João Barcellos é o leitor lusobrasileiro na sua condição de olhar a ´ilha´ fora da ´ilha´ traduzindo tudo por uma aferição documental e um trabalho de campo formidáveis. Joana d´Almeida y Piñon, amiga e física, incentivou a reunião de várias novelas historiográficas e poesia que ele escreveu para se sinalizar – no âmbito do Centro de Estudos do Humanismo Crítico (Portugal) e do Grupo de Debates Noética (Brasil) – a possibilidade de outros olhares sobre a luso-afro-brasilidade. Nestes textos pinçados está uma filosofia que o Prof. Soares Amora dizia ser ´uma luz´ tão intensa que por cada pesquisa realizada surgiam circunstâncias documentais a alterarem a estória oficial para encaixarem a verdade, ou seja, a história. Da foz do Ryo Siará (Fortaleza) a Meiembipe (Florianópolis) e a Barcelos (Rio Negro, Amazônia), a passar pela Guanabara (Rio de Janeiro) e as cidades da Capitania paulista (como Sant´Anna de Parnahyba, Carapochuyba, Gohayó / S. Vicente, arraiais mineiros como Ybiraçoiaba e Ibituruna / Arassary, a par de personagens como Affonso Sardinha (o Velho), Suzana Dias, Bacharel de Cananeia, Sanches Brandão, o Morgado de Matheus, Vaz-Guassu, o Marquês das Minas, Raposo Tavares e outros, João Barcellos percorre um Brasil que poucas pessoas conhecem – aliás, uma luso-brasilidade que ainda não ´respira´ na Academia, em Portugal e no Brasil... Por isso, este “Novelas Historiográficas, Filosofia & Poesia” é algo além do livro, é manual líteropedagógico [...]”. | Céline Abdullah – Moçambique, 2019.

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MENSAGENS

ALTO IMPACTO & BOM SENSO «Ao se permitir uma escola no centro de uma cidade, ou a construção de núcleos habitacionais a margearem as vias de acesso, cria-se uma situação de alto impacto social que afeta tudo, e pior quando esse ´progresso´ não vem acompanhado de infraestrutura...», dizia, ensinando, o Prof. Aziz Ab´Sáber, em 1999, em conversa com João Barcellos e W. Paioli. Hoje, diante do que se passa em Cotia, (Granja Vianna, Caucaia do Alto) e Vargem Grande Paulista, aquela lição foi um sinal do que viria a acontecer... E agora? A principal via de acesso a estas regiões é a Rodovia Raposo Tavares, com raríssimas ´saídas´ alternativas em caso de acidente e, principalmente, engarrafamentos. O distrito Caucaia do Alto, entre a Raposo e a Nakao, tem em seus 117 Km2 uma população de mais de 70.000 pessoas e, entre a grilagem de terrenos e a abertura de condomínios a municipalidade de Cotia não percebeu o risco à saúde pública por falta ações próprios no que diz respeito a tratamento de água e esgoto; e mesmo com a melhoria razoável da velha Estrada de Caucaia, a situação é caótica no distrito, caos que se estende às rodovias Raposo Tavares e Bungiro Nakao. Por isso, «o distrito Caucaia do Alto tornouse exemplo do que não deve ser feito», como dizia W. Paioli. Questão que vem cimentando o desejo de emancipação do distrito, hoje com sustentação econômica. O que tem faltado é bom senso na administração pública, e assim continua!

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ADILSON LIMA

Out.-Nov. | 2019

Identidade Cidadã No Ir-e-Vir O bom senso não é uma atitude com reflexo na estrutura político-partidária vigente no Brasil, pelo menos no que toca ao transporte público. Apesar de acordos para adequação de frotas a uma população em expansão, logo, a exigir maior cuidado em tecnologias de acomodação e de comunicação, tudo continua como se nada tivesse sido acordado; enquanto isso, os políticos e os partidos ignoram o Povo que gera e faz circular a riqueza da Nação, mas, para poucas pessoas é dada a comodidade e, para a maioria das pessoas, as ´latas de sardinha´ com quatro rodas! A questão não é só no segmento rodoviário, não, também acontece no aeroviário e no ferroviário (trens e metrô). As agências reguladoras nacionais e as secretarias municipais e estaduais, que deveriam cuidar da normatização, executam políticas mais privadas do que públicas, porque o Povo continua ´enlatado´ no transporte de massas. Para reconfigurar a identidade cidadã no que respeita ao ir-e-vir das pessoas é preciso um ideal de cidadania na política, o que, infelizmente, não acontece hoje. Virá o dia em que Brasileiras e Brasileiros poderão ir e vir com o sossego de um transporte público adequado, mas elas e eles terão que batalhar muito para corrigir politicamente todo o malfeito administrativo até agora...


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