Jornal Corpus

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Série Editorial III, Ano VIII Fevereiro 2019 Cotia/SP - Brasil

Nº 14, Ano VIII, 2019

DESCENTRALIZAR O PODER & FISCALIZAR MUNICIPIOS O espírito republicano da transparência nas contas públicas deve ser observado plenamente a partir das municipalidades. Não existe descentralização sem fiscalização dos atos políticos na administração pública local.

Carnaval é... TABOÃO DA SERRA Da velha Aldeia Taboam de entre Córregos à Vila Poá para retornar às origens como Taboão da Serra

A IMPORTÂNCIA DE SER E DE ESTAR POVO

Carnaval é vida, alegria, jeito único de levar a vida e muita, mas muita criatividade para expressar a história diversa que faz do Brasil uma nação que se comunica visualmente.


Uma história de empreendedorismo exemplar. O que era a empresa em 1986? Um micro-ônibus e uma perua Kombi. Mão-de-obra especializada? Ele mesmo: Adilson Lima. Então, ele abraçava o ideal inovador para fazer do transporte de passageiros em ônibus fretados, executivo e escolar, um ir-e-vir com segurança e conforto, a partir da cidade de Cotia, na Grande São Paulo, onde a empresa estava sediada. A empresa foi e é gerenciada pela Família Lima com o lema Viver a Vida Amando o Trabalho.

Com o aumento populacional e da infraestrutura urbana da região oeste, a Viação Adilson Lima – VALLI – cresceu na mesma proporção e, para operar em meio à demanda de transportes, a frota passou para mais de 100 veículos e mais de 150 pessoas empregadas. A frota, sempre renovada, exigiu investimentos vultosos para atender as exigências de usuários, por isso, a VALLI foi uma das primeiras transportadoras a disponibilizar ônibus e micro-ônibus para pessoas com necessidades especiais, operar com novos negócios em torno do turismo, corporativo, social e escolar. Hoje, atuando em várias cidades do Estado paulista, a VALLI é uma referência em transporte com segurança e conforto.

Sede: Estrada do Capuava 535 / Jd. dos Ipês 06717-155 Cotia-SP Fone: 11-4615.4110

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Viver a Vida Amando o Trabalho


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As Diferenças...

ÍNDICE

EDITORIAL

ft web

A eleição de uma Pessoa exige de quem nela vota não apenas simpatia, também, e sobretudo, conhecimento do plano governamental em pauta na campanha eleitoral. E se essa Pessoa é eleita com a representatividade esperada, espera-se dela uma atitude: cumprir a Palavra dada. E assim é que Jair Bolsonaro foi eleito Presidente da República brasileira, e eleito para iniciar uma era de choque de autoridade e política de investimentos públicos a par de recuperação econômica –, sim, o Brasil tem uma economia esfrangalhada por mais de uma década de roubos no Erário Público, entre os governos Lula, Dilma e Temer (os três da mesma chapa corrupto-petista). A tarefa bolsonarista é gigantesca, mas a esperança do Povo brasileiro é que a Pessoa eleita e ora em exercício governamental saiba que acima de tudo está o Povo, a Nação, e que cada projeto que vire obra será minuciosamente observado. Bolsonaro montou um dos mais agressivos (do ponto de vista profissional) corpos ministeriais da República, com foco em Sérgio Moro e na linha militar da disciplina necessária à reforma política. Um bom sinal... Não quero deixar de anotar a presença de outra Pessoa: a primeira-dama Michelle. Ao discursar (em ´libras´) no palanque presidencial, Michelle mostrou que a Mulher brasileira não pode ser vista como ´boneca´ entre políticos, sim, e sempre, como Pessoa que faz acontecer...! E então, eis que certas diferenças mostram que uma nova era governamental teve início na Brasília habituada à retórica ideológica do toma-lá-dá-cá entre partidos e ministérios.

Giro Municipalista

04

- Taboão da Serra (notas historiográficas)

Tema do Mês 05 - O Caminhar Do Educador | Livro de Said Moraes

Coluna do Formiga 05 - A Importância de Ser e de Estar Povo

Saneamento Básico & Saúde 06 - Água, água + água...

Anotação 07 - Canto Coral & Jogral

Capa 08 - Descentralizar o Poder & Fiscalizar os Municípios

Especial 09 - Carnaval | notas historiográficas

Cultura 10 - São Roque / raízes socioculturais (Brasil Poeira / Fazenda Cambará)

Crônica | Mobilidade Urbana 11 - Adilson Lima O ir-e-vir...

João Barcellos

www.jcorpus.com.br Registro Civil de Pessoas Jurídicas da Comarca de

EXPEDIENTE

Cotia //

Edição: João Barcellos / Cristiane Ramos [MTb 39615]

Série III, Ano VIII, nº14, Fevereiro, 2019

Título Editorial de Terranova Comunicação e Eventos Culturais Ltda

/ 02.206.278/0001-45 _ I.M. 01542B

Rua Katia 91 _ Casa 1,

Do Título _ Corpus vem do grego Korpus e diz-nos de

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um conjunto de trabalhos ou agrupamento de ideias,

Web _ Georg Hans

etc., para acabar no conhecido espírito de corpo.


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GIRO MUNICIPALISTA TABOÃO DA SERRA

Brasão de Taboão da Serra, Vivilecchio e Aprígio (c/ sócios da Cooperativa Vida Nova

Taboam recebeu os pioneiros que desciam a Paranapiacaba na demanda de terras férteis nos ´certõens y mattos´ e longe das areias da lâmina d´água salgada. Até hoje, a região é um ponto de passagem na logística paulista que alimenta o Brasil.

BARCELLOS, João Autor de “Taboão da Serra” [web: noetica.com.br | edição digital, 2018], integrando estudos de 1992 e 1992, com outras leituras em 2018. || Imagens do acervo Adão de Moraes e outras disponíveis na Web.

VSN

Passar por Taboão da Serra parece uma ´entrada´ num dos bairros periféricos da Capital paulista. Parece, mas não é. Entre os 20,478 Km2 em que foi assentada Taboão da Serra, no ano 1959, a carga sociopolítica gerada até 2018 foi de 279.634 habitantes e 208.738 eleitores; tal ´carga´ havia permitido a eleição e reeleição de Analice Fernandes para o cargo de deputada estadual; e, agora, elegeu também o empresário Aprígio. Tida como cidade dormitório e assim tratada politicamente durante muitos anos, Taboão da Serra teve origem na velha Aldeia Taboam e, entre córregos os Poá e Pirajuçara, virou Vila Poá até retornar àquela velha Taboam, mas agora como Taboão da Serra e tendo fronteiras com Campo Limpo e Butantã. Da agropecuária à cerâmica e ponto de passagem para as tropas de muares, Taboam intermediou o progresso entre o sul e o oeste e sempre de olho na outra banda da serra do Mar. Desde a chegada dos pioneiros lusos até ao assentamento dos japoneses, Taboam sempre foi terra de gente dedicada ao trabalho, por isso, o lema da bandeira emancipacionista foi ´labor omnia vincit´, do latim, q.s., ´o trabalho vence tudo´. A confraternização entre raças e credos está aqui desde a velha Taboam, onde os jesuítas esconderam muitos nativos tupis e guaranis, entre outros, das garras bandeirísticas, mas também em proveito próprio. A gente taboanense tornou-se dona do próprio destino em 19 de fevereiro de 1959 [data do decreto publicado no diário oficial], após plesbicito efetuado em 1º de janeiro. Sebastião da Cunha, Léo Baranowsky, Benedito Carneiro de Freitas, Hosuke Hataka, Luzia Hellmeister, José Ruiz Moreno, Mary Rose Ducase Maciel, José André de Moraes, e Álvaro Manoel de Oliveira, foram as pessoas que mais se destacaram no processo emancipatório. O primeiro prefeito municipal foi Nicola Vivilechio. Logo, a fé no progresso fez de Taboão da Serra um centro de compras, no varejo e no atacado, dando oportunidades socio-profissionais aos habitantes das cidades vizinhas. Hoje, em meio às ações mercantis, Taboão da Serra oferece serviços técnicos e médico-farmacêuticos, rede educacional para todos os níveis de ensino, hotelaria e lazer, e tornou-se referência latino-americana no cooperativismo habitacional, com a Cooperativa Vida Nova, dirigida pelo empresário e político Aprígio. Ponto de passagem para os cais do Jeribatyba (Pinheiros) e do Anhamby (Tietê), a velha Aldeia

Imagens cedidas pela Coop Vida Nova

Consultoria Contábil, Fiscal e Trabalhista Av. Otacílio Tomanik, 34 /1º Jd. Bonfiglioli 05.363-000 - São Paulo - SP. Cel. (11) 9-4723-8838 / 117 Km2 + 75.000/ 9-9896-3168 Habitantes 9-9491-5566 / 9-5436-9538

uma economia própria

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TEMA DO MÊS

A IMPORTÂNCIA DE SER E DE ESTAR POVO

Prof. Saíd Moraes

O professor Said Jorge de Moraes foi escutado e registrado por um incansável historiador de Iperó: Hugo Augusto Rodrigues. Ele mesmo ainda não devidamente celebrado pelas instituições municipais. Das gravações nasceu a ideia para o livro O Caminhar Do Educador, afinal, causos de uma vida pedagógica e social vivida plena e conscientemente. O professor Said, filho de um ferroviário e de uma dona de casa, formou-se e deu ´vida social pela pedagogia´ sertão paulista afora, mas foi criar raízes profissionais e sociopolíticas em Taboão da Serra, enquanto diretor de escola, vereador, e secretário municipal em cinco pastas diferentes, entre elas a de Educação. Alguém duvida da importância de um professor e político chamado Said? Eis que o livro O Caminhar Do Educador é uma leitura ótima para se entender a pessoa paulista de raiz.

BELLE

Coluna do W.Formiga

O Caminhar do Educador

Welington Fo rmiga

Fazer comício, beijar criancinha, prometer mundos e fundos, e etc., basta? Não, não basta. Ser de oposição em fanatismo ideológico basta para representar o povo? Não, não basta. Quando se quer mexer com a ´coisa pública´ (res publica) o interesse deve ser um só: representar os anseios de mulheres e de homens de todas as idades fazendo-o com a convicção de uma política alicerçada em justiça social e transparência de atos. Há alguns anos venho apresentando esta ideia, que é uma convicção republicana, ao povo de Cotia, e a cada ato eleitoral ganho mais força, porque vou para a praça popular de braço dado com políticos, intelectuais e empresários de várias tendências; além de que vivo no calor popular a ansiedade pela renovação política do poder público em Cotia. O que existe hoje em Cotia? Uma municipalidade entregue aos desmandos de caciques partidários que se acham até acima dos símbolos próprios de Cotia e se exibem sem definição legislativa e executiva, ou seja, a prostituição política não deixa que os atos institucionais façam a diferença entre os poderes. Para as mulheres e os homens de todas as idades que integram o grupo Renova Cotia o importante, agora, é consolidar o espírito republicano de ser e de estar com o povo de cotiano e reforçar o olhar novo que temos para uma ruptura definitiva com a velha política coronelística.

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Somos o que somos pela luta que alimentamos em prol de uma Cotia com políticas públicas justas!


SANEAMENTO BÁSICO & SAÚDE

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Água, água + água... Não vivemos sem ela. O precioso liquido que brota da terra em nascentes produzidas na filtração naturalíssima das chuvas tem que ser preservado aí mesmo, nas nascentes. Mas parece que o povo e os (seus) políticos não estão interessados neste ato que é o único que pode salvar a humanidade da auto-destruição, porque não haverá Deus nem Diabo que nos acudam quando a água deixar de brotar...!

Vinho & Poder a história da fazenda do Vaz-Guassu que virou Villa São Roque 2ª Edição Ampliada de JOÃO BARCELLOS será lançada em breve na Fazenda Cambará


ANOTA ÇÃO

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Canto Coral & Jogral O cântico na pureza da voz, ou das vozes, simboliza a comunicação poética e o ato civilizatório entre as pessoas e, nelas, o de cada povoado, depois, o de cada nação. Assim foi que grupos de pessoas formaram uma sinalização grupal percebida como cultura própria, localizada: o Canto Coral. Escutamos muito a palavra ´orpheón´. Porque, entre os Sécs 12 e 16, a região franca foi palco, nas aldeias e vilas e cidades, e muito particularmente, nas igrejas, dessa manifestação cultural que é o Canto Coral, para os franceses o Orfeão. As vozes, no Canto Coral (ou: Coro), distribuem-se por segmentos de vozes (´naipes´ | baixo, tenor, contralto, soprano; também, as vozes intermédias: tenor e soprano) e por masculina e feminina. Nos tempos da velha Grécia a dramaturgia operava com um coro, entretanto, percebe-se que nas ekklesias (as assembleias ao tempo de Jesus) o coro ´frequentava´ a oração que se expandiu com a cristandade católica de igreja em igreja, até porque o cântico sacro tem memória pagã (culto romano ao Deus Sol, culto grego aos deuses e deusas do cotidiano, culto céltico nos atos da celebração das colheitas e ano novo) e tem memória institucional a partir dos cultos hebraicos, que depois expandem na conjuntura judeo-cristã e, logo, no islamismo, sob leituras teocráticas diversas.

Essa cultura oral passa a ser registrada na ´escrita neumática´ (Séc. 10), que simboliza os graus de intervenção grupal das vozes, e é até hoje (Séc. 21) uma das mais encantadoras formas de exibir uma cultura popular ou religiosa. Durante tal período é que surge a figura do Jogral [do latim ´joculáris´/ ´burlesco´; do provençal ´joglar´], o ´cara´ da mímica que diverte o povo, o clero e a nobreza, entre um Coro e outro, uma peça de teatro ou um jogo de guerra. Mais tarde, o Jogral vira Menestrel, figura mais requintada na sátira social e política e amorosa. E se o Jogral é figura rara hoje, o Canto Coral tem uma participação social muito importante nas diversas comunidades, mesmo porque (assim como a banda musical, o grupo folclórico, os grupos de teatro ambulante, etc.) é um ponto de encontro para jovens de todas as idades que agitam culturalmente. BARCELLOS, João – in “Do Canto Coral ao Jogral e ao Menestrel: Uma Essência De Animação Sociocultural. Palestra. Biblioteca Cecília Meireles / Cotia-SP, 1995. Fotos: Canto Coral em Guimarães/Portugal, natal de 2018.


CAPA

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DESCENTRALIZAR O PODER & FISCALIZAR MUNICIPIOS O espírito republicano da transparência nas contas públicas deve ser observado plenamente a partir das municipalidades. Não existe descentralização sem fiscalização dos atos políticos na administração pública local. Um dos grandes males da administração pública está na desgovernança que ocorre nas autarquias municipais. O olhar social e empresarial da gente brasileira fixa-se em Brasília, mas o descontrole político e administrativo mais evidente, e ultrajante, acontece entre as câmaras e as prefeituras municipais. E é ultrajante pela cara-de-pau com que vereadores e prefeitos insultam quem os elegeu: “A política é feita para enriquecer, não para tratar da nação”, diz-se. E é o que acontece. Enquanto na esfera federal o roubo e a lavagem de dinheiro público e privado é notícia corriqueira na imprensa, em geral, os políticos municipais parecem estar longe da investigação judiciária. Alguns vereadores e prefeitos vão mais longe: “Quem manda na minha cidade sou eu e os meus amigos!”. Um insulto à Justiça e ao Povo. Aliás, Justiça que pela delonga processual acaba por dar razão a tal coronelismo político e familiar. O que tem de mudar no Brasil é a fiscalização institucional. Por exemplo: impedir que vereador eleito vire secretário de prefeito é uma ação que urge, porque vereança que não fiscaliza é porque foi subornada pelo executivo... Esta breve anotação é uma chamada de atenção ao Tribunal Superior Eleitoral cujos elos municipais parecem não funcionar quando se trata de punir severamente vereadores e prefeitos que ultrajam até símbolos institucionais e cospem mesmo na Justiça...! João Barcellos


ESPECIAL

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CARNAVAL Na ancestralidade europeia, principalmente entre os povos de origem céltica, o inverno era o tempo dos espíritos (escuridão) que deveriam ser renegados para o ingresso do verão (a luz), por isso o que conhecemos por carnaval foi um rito de passagem entre as trevas e a luz para uma celebração que uniu os velhos povos: a colheita. No início do ano festejavam a modra necta (ano novo) no cultivo iniciático da fertilidade. As celebrações tribais passaram de região em região e receberam outras denominações nos impérios dominantes (Roma e Grécia, por exemplo) e, com a cristandade catolicizada, a modra necta virou natal e o carnaval foi incorporado ao ritual quarésmico... Aos poucos, as tribos foram absorvidas pelas cidades-estados e, por exemplo, em Veneza, o carnaval transformou-se numa grande festa de elites. Na colonização do hemisfério sul o Brasil tornou-se foco multirracial e cultural levando o carnaval ao vórtice da festa popular, logo, desconhecer a importância sociocultural do cultural é desconhecer a história dos povos e, no caso brasileiro, desconhecer a essência do povo. jb

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CULTURA

São Roque Raízes socioculturais A Importância Da Viola Braguesa Na Catequização Da Gente Nativa J.Araújo

De entre a mandioca, o algodão, o cipó, o tabaco, os frutos silvestres, etc., as gentes nativas, e neste caso tupi e guarani, que dominavam o dito ´certam carijó´, emergiam os ritos religiosos a mesclar a saudação à natureza que lhes era casa e vida, e o trato da cura com cozimento OdeDiálogo ervas. Era um viver com e da natureza, entre cursos d´água e floresta, muitas vezes sob o resguardo de cerros que lhes serviam, também, de sinalização geográfica entre as aldeias, mas, principalmente, a direcionar o Piabiyu como rota principal do velho império inca. Cantares e danças em torno de fogueiras com tambores rústicos, sons guturais, rasta-pés e bate-palmas, eram cenas que também adentravam, ou completavam, os ritos chefiados por caciques e pajés, dependendo da circunstância. Isso foi o que os portugueses, e mais os padres jesuítas encontraram no planalto piratiningo e nos ´certõens y mattos´ a oeste e a norte e pelas margens dos rios Jerybatiba e Anhamby. Uma ruralidade ancestral e rústica que tiveram de estudar e praticar para sobreviverem nos primeiros tempos da penetração nessa parte da dita ´ilha´ do Brasil. A musicalidade das gentes nativas, principalmente a dos guaranis, impressionou os padres jesuítas, que incorporaram o rasta-pés e o bater-palmas de algumas danças ao ritual das lengas-lengas e salmos da cristandade. E, logo nesse primeiro momento, integraram a viola braguesa, originária da região do Minho (norte de Portugal, e muito utilizada nas festas religiosas e sociais de Braga). Momento sublime da evangelização que miscigenou rituais e deu a conhecer a dança catira (talvez o primeiro grande momento luso-americano), os folguedos joaninos, os cantares ao desafio (repentistas), os cantares e danças de São Gonçalo; e adiante, a ´braguesa´ transformou-se para dar passagem à viola caipira, o símbolo maior da ruralidade e da cultura luso-brasileira. A par disso, a literatura de cordel, de tanto sucesso na Península Ibérica (Portugal e Espanha), avançou pelo Brasil a dizer de povos que não queriam ficar isolados, e fez-se linha de comunicação principalmente entre os povos amazônicos e do nordeste. Ao tempo do cavaleiro e colono Vaz-Guassu já a viola caipira era um instrumento que surgia no dia a dia como se um sino a clamar por tempos de harmonia. Esse cavaleiro transformou a sua fazenda em Vila de São Roque, no Séc. 17, e as comunidades nativas, mamelucas, portuguesas e africanas, trataram do novo ´sítio urbano em plena ruralidade´ dando-lhe identidade própria com a catira e a roda de viola caipira. No entorno da vila san-roquense, nos Sécs 18 e 19, surgiram fazendas e chácaras que realimentaram a cultura caipira, a cada ano mais forte também nos festejos ao padroeiro São Roque. A expansão da cultura caipira ganhou muita força com o ciclo tropeiro, que uniu o Brasil de sul a norte principalmente pela Estrada dos Paulistas a reutilizar o Piabiyu guarani. E assim, em pleno Séc. 21, a Estância Turística de São Roque mistura ruralidade com urbanismo e mostra como gente mameluca (mistura de nativos com portugueses), portuguesa, africana, espanhola, italiana e alemã, entre outras, convive e dá conta de uma cultura caipira que lhes é identidade, chão e teto. BARCELLOS, João Imagens: festa caipira na Fazenda Cambará. São Roque, 2018.

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Um Justo Ir-e-Vir

Opinião de Adilson Lima

A tragédia social de um povo começa pelo descaso em relação a uma geopolítica de transporte público. A falta da sensibilidade do poder instituído para tratativas relacionadas ao ir-e-vir das populações locais e nas vias intermunicipais, a par mesmo do transporte nacional (embarcações, trens, aeronaves e ônibus), é confrangedora. Nem sempre a população aceita facilmente o gesto meramente burocrático dos políticos eleitos para os cargos do legislativo e do executivo, tal é a disparidade entre a promessa eleitoral e a realidade dos atos públicos. Considerar que o povo é somente a parte que paga é deixar de olhar o interesse público na sua essência social e econômica. E não se faz obra pública sem a presença ativa de quem elege o poder municipal, estadual e federal. A classe política chegou a um patamar de descrédito tão perigoso que a população já nem acredita em nacionalidade, prefere ir embora. O que fazer? Levar para o poder público o interesse e o ânimo do povo que vota e trabalha por uma nação digna de si mesma. O novo governo federal, com Jair Bolsonaro eleito presidente, criou a pasta ´desenvolvimento Regional´, e agora espera-se que uma geopolítica de transporte público surja para dar ao povo um justo ir-e-vir.

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