Jornal Corpus

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Série Editorial III, Ano VIII Junho | Julho _ 2019 Cotia/SP - Brasil

Caucaia do Alto

Emancipa CAUCAIA

JOÃO BARCELLOS conta o que foi e o que é

ARAÇARIGUAMA do Ouro ao Aço

Um distrito que respira urbanidade e gera renda própria entre fronteiras definidas deve ser emancipado!

CASA DO PROFESSOR Políticas Públicas Ousadas Em Araçariguama

A IMPORTÂNCIA DE UMA CRECHE políticas educacionais

Lançada a 2ª Edição do livro ARAÇARIGUAMA Do Ouro Ao Aço


EMANCIPAÇÃO DE CAUCAIA DO ALTO

Após tratativas políticas em Brasília, a Comissão Pró Emancipação de Caucaia do Alto iniciou conversação com a presidência da Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo (alesp) para demonstrar que o distrito cotiano dito Caucaia do Alto é uma região que respira urbanidade própria, logo, que é tempo de se providenciar a emancipação e dar voz a mais de 75.000 habitantes que geram riquezas entre 117 Km2 de fronteiras definidas em 1944. «O ato emancipatório de povoados com fronteiras definidas e que geram renda própria é um ato de valorização do municipalismo na sua verdadeira dimensão geossocial e política. Impedir este ato é atrasar o progresso regional que sustenta a Nação e a República...» [João Barcellos - in Rádio Web c/ Renato Ferraz, abril 2019]. Emancipar o distrito Caucaia do Alto é, também, possibilitar a urgente reorganização urbana de Cotia...!

um distrito que respira urbanidade própria deve ser emancipado


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EDITORIAL

O Que É Geossociedade & Emancipação? O que há milhares de anos eram grupos de animais ft web com inteligência em desenvolvimento transformaram-se, pela própria sobrevivência, em pequenos povoados sob chefia na maioria das vezes do homem mais forte, e, em alguns casos, da mulher mais politicamente social e, ou, esotericamente mais avançada. Esses grupos e povoados conquistaram em suas vivências um desenvolvimento superior ao da animalidade e a Civilização Humana emergiu no âmbito de uma diversidade cultural e geossocial, ou seja, os grupos/povoados passaram a girar em torno de uma realidade política, social e mercantil (escambo: troca de ideias e de produtos). E então deu-se início à emancipação de povoados que viraram vilas fortificadas (´castros´, daí ´cultura castrense´, ou militar) que originaram cidades-estados e, logo, nações. Hoje, com as nações estabilizadas, o povoado municipal é a unidade-base; no caso do Brasil, o município possui um ou mais distritos que, com o crescimento populacional e economia própria são emancipados e se tornam novos municípios. Eis aqui a essência do ideal emancipatório na organização fundiária regional, termo que vem do espaço agrário ocupado ao tempo do senhorio latifundiário, comum nos países ibéricos e copiado na colonização da América. E assim é que a reorganização fundiária de um município passa às vezes pela emancipação de um distrito que cresceu em fronteiras próprias e conquistou renda suficiente para se manter nessa geossociedade nova. É o caso de Caucaia do Alto, distrito de Cotia, na Grande Paulo, que tem 117 Km2 de fronteiras, 36.000 eleitores e mais de 70.000 habitantes, e que por isso batalha pela emancipação...

ÍNDICE Giro Municipalista

04

- Araçariguama por joão Barcellos

Tema do Mês 05 - Política Educacional / A Importância Da Creche

Coluna do Welington Formiga 05 - de Bairro em Bairro por uma Cotia justa

Saneamento Básico & Saúde 06 - Lixão? Que é isso gente...? - Casa do Professor

Anotação 07 - Trem, Paisagem & Economia

Capa 08 - o Brasil na história de São Roque

Caucaia do Alto | Personagem 09 - Linguiça (a exuberância da inquietude)

Cultura 10 - Turismo Histórico | Casas de Mandu & Medella

Mensagens 11 - E afinal, quem é quem na Mobilidade Urbana...?!

Coluna de Adilson Lima 11 - Políticos e Políticas Públicas No Transporte

BARCELLOS, João | escritor e historiador [em resposta a várias questões avançadas via web por internautas curiosos acerca da emancipação de povoados e distritos]

www.jcorpus.com.br Registro Civil de Pessoas Jurídicas da Comarca de

EXPEDIENTE

Cotia //

Edição: João Barcellos / Cristiane Ramos [MTb 39615]

Série III, Ano VIII, nº16, Junho | Julho, 2019

Título Editorial de Terranova Comunicação e Eventos Culturais Ltda

/ 02.206.278/0001-45 _ I.M. 01542B

Rua Katia 91 _ Casa 1,

Do Título _ Corpus vem do grego Korpus e diz-nos de

Pq São George / 06708-130 Cotia-SP

um conjunto de trabalhos ou agrupamento de ideias,

Web _ Georg Hans

etc., para acabar no conhecido espírito de corpo.


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GIRO MUNICIPALISTA

Junho/Julho | 2019

ARAÇARIGUAMA Nas Pesquisas De

JOÃO BARCELLOS Mário G. de Castro

O trato historiográfico dado por João Barcellos à Mina de Ouro d´Ibituruna, no Sítio dos Arassarys é o mesmo dado a outras regiões, como Ryo Siará e Paraty, Acutia e Carapochuyba, Pardinho, Sant´Anna de Parnahyba, Mina de Ferro d´Ybiraçoiaba (Iperó) e Sam Paolo dos Campi de Piratinin, etc., mas no caso de Ibituruna (hoje, Araçariguama), o notável pesquisador de história, poeta, romancista, conferencista e editor de conteúdos de engenharia, foi mais longe: transformou os seus estudos acerca da Mina d´Ouro em uma referência tão importante quanto a chegada do capitão Sancho Brandam à foz do Ryo Siará (hoje, Fortaleza), em 1342, ou seja, a Mina d´Ouro arrematada em leilão por Affonso Sardinha (o Velho) é, por sua atividade continuada (do Séc. 16 ao Séc. 20) o marco-zero da economia liberal em torno da exploração aurífera no Brasil e a partir da Capitania vicentina ao largo dos certõens y matttos a oeste da Sam Paolo jesuítica. Por outro lado, ao tratar das rotas fluviais e terrestres na parte Inca brasileira visível no Piabity guarani, ele mostra como esse caminho ancestral e continental vai de ´caucaia´ a ´caucaia´, de ´ibituruna´ a ´ibituruna´, de ´acutia´ a ´acutia´, de ´itapema´ a ´itapema´, e etc., passou das pegadas guaranis para o assentamento dos portugueses de serr´acima; e assim, os percursos políticos e minerários de Affonso Sardinha (o Velho) tiveram nessa rotas (do Jeribatyba ao Anhamby, passando por Carapocuyba e Sant´Anna de Parnahyba até Ibituruna e Yby Soroc), enquanto rotas ´de dentro´ e ´de fora´, vieram a ser ´contabilizados´ como Caminho Geral dos Paulistas. E mais tarde, além da Ibituruna nos Campus de Cataguaz, surgiram as Estradas Reais para levar o ouro até Paraty, além da ligação das serras de Paranapiacaba e Jaguamimbaba (passando por Paranapanema) ao ciclo bandeirístico, aurífero e tropeiro. Sabemos agora que a Mina d´Ouro no Sítio dos Arassarys, na Ibituruna ao largo de Sant´Anna de Parnahyba transformou-se, sim, no marco-zero da toda a atividade (de economia liberal) que transformou a Capitania vicentina na força motora do que viria a ser a metrópole São Paulo logo, quando João Barcellos trata esse momento como ponto crucial na história da luso-brasilidade e, enfim, do Brasil, ele diz-nos (e ensina) que “[...] Affonso Sardinha (o Velho), pai de um guerreiro mameluco (o Moço) que acompanhou em várias frentes, é história pura como referência à economia liberal que gerou o Brasil a partir da Sam Paolo das minas e das bandeiras”. E ali, em pleno Piabiyu, o Sítio dos Arassarys logrou manter-se por séculos como ponto aurífero em meio ao cultivo de algodão e à criação der cavalos, a par de uma agricultura desenvolvida nas fazendas/arraiais de Affonso Imagens cedidas pela Coop Vida Nova Sardinha e de Pompeu de Almeida. Dois livros marcam o trabalho historiográfico de João Barcellos neste particular araçariguamano: Araçariguama do Ouro ao Aço (edições de 2007 e 2017) e Gente da Terra (de 2007, romance histórico que resgata figuras importantes da lusofonia, revisitado em 2017). Se existe um intelectual português, melhor dizendo, luso-brasileiro autêntico e compromissado com a sua e a nossa história, ele é, como já disseram outros intelectuais, João Barcellos. CASTRO, Mário Gonçalves de – Fotojornalista e Serigrafista. Rio de Janeiro (RJ), Set., 2017.

117 Km2 + 75.000 Habitantes uma economia própria


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TEMA DO MÊS

A Importância Da Creche As cidades que antes foram vilas estratégicas no abastecimento à Capital metropolitana viraram sítios-dormitório pela falta de políticas públicas urbanas e sociais. No caso específico da área metropolitana de São Paulo verifica-se um Brasil praticamente desintegrado das suas raízes socioculturais, o que gera isolamentos e violência. Anote-se também que as cidades do entorno metropolitano têm em comum um traço administrativo: a falta de políticas públicas para a Educação Infantil e Creches.

escola abandonada no Bº Santa Catarina (Caucaia)

Cotia é uma cidade-exemplo deste assunto ora em pauta. Com mais de 200 km2 de território (tirando os 100 Km2 da Reserva Florestal de Morro Grande), Cotia tem uma grande população comparando-a à falta de infraestrutura, logo, o ponto mais evidente neste mapa é a falta de creches – o ponto crucial da iniciação civilizacional no quadro do municipalismo republicano. Sem creches não existe um futuro educacional compatível com a sociedade industrial que nos cerca. Mariana d´Almeida y Piñon | Profª de Artes Visuais [relendo intervenções do Mestre João Barcellos]

Coluna do Welington Formiga

Junho/Julho | 2019

de Bairro em Bairro por uma Cotia justa Welington Formiga

Trabalhar com informações oficiais no gabinete, legislativo e/ou executivo, é importante, mas, mais importante é acompanhar a sensação diária das vivências de cada pessoa nos bairros da municipalidade. Na verdade, a superficialidade dos dados coletados por puxa-sacos, e raramente por profissionais habilitados, impede a formatação de projetos de infraestrutura e recursos humanos, porque puxa-saco trata de politicagem e nunca de cidadania! Há anos que vemos vereadores e prefeitos tomarem decisões imprecisas, porque a base de dados é uma retórica do tipo “faz-de-conta que lá na frente inauguramos uma bica d´água pro povão aplaudir e depois votar em nós”. Como cidadão cotiano vejo a questão de maneira diferente: é preciso uma gestão de políticas públicas alicerçada na realidade de cada bairro e não no curral eleitoral que os velhos caciques ainda mantêm em Cotia através de partidos que não passam de bancadas para toma-lá-dá-cá na distribuição de cargos e dinheiro público. Um exemplo flagrante: Administrar uma municipalidade como Cotia começa por verificar a necessidade de emancipar Caucaia do Alto, o nosso Distrito, e basta um olhar atento para se verificar a autonomia social e financeira que permite torná-lo Cidade. E então, transformar o perímetro habitacional e industrial de Granja Vianna em novo Distrito. A coleta de dados e as conversas com moradores em cada bairro têm mostrado (aos grupos interessados na renovação das políticas públicas em Cotia) que é possível alterar o estado lastimoso que é a falta de infraestrutura, em geral, por ações pontuais alicerçadas na cidadania consciente numa linha de entendimento entre o legislativo e o executivo municipais. Sim, é preciso mudar para renovar. Cabe ao Povo de Cotia tomar pé da situação em cada bairro e definir políticas para os gestores governamentais projetarem projetos e leis adequadas a tais anseios.


SANEAMENTO, EDUCAÇÃO & SAÚDE

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ARAÇARIGUAMA

Lixão? O que é isso gente...? Ninguém entende, mas mentes de políticos contrários à saúde pública ainda se metem a planejar aterros sanitários (os populares ´lixões´). Desta vez erraram o endereço... Na histórica Araçariguama, um desses projetos anti-naturais, que ferem o sistema ecológico do nosso planeta, acaba de ser barrado. Só faltou a fanfarra da rua. O que aconteceu? A prefeita Lili Aymar enviou à Vereança o projeto alterando lei anterior para impedir que qualquer detrito produzido fora da cidade possa ser abrigado nela, logo, proibido especificamente a implantação de aterros sanitários e criando leis de proteção a mananciais e ao meio ambiente. Entretanto, o presidentevereador Bahia apresentou um substitutivo que, além de manter todas as propostas apresentadas pela prefeita, revoga a zona industrial que foi criada na região do Rio Ribeirão, que agora deve ser transformada em uma área de preservação permanente. O projeto foi aprovado com 7 votos favoráveis dos vereadores Fabio Aymar, Baixinho, Jaime da Auto-Escola, Costa do Gás, Judivan Figueiredo, Tilapia e Paulo Volcov, e 3 votos de Fran, Moacir de Godoy e Tubaina. Como presidente, Bahia não votou, mas afirmou que é contra a implantação do lixão. Aqui está um exemplo de políticas públicas municipais e a prefeita Lili Aymar está de parabéns, junto com parte da Vereança que fez jus ao mandato popular.

ARAÇARIGUAMA

Casa do Professor

Entrar para o Magistério significa estudar com dedicação à Docência, i.e., as pessoas que vão dar Conhecimento e Instrução a outras pessoas, muito especialmente às novas gerações. Projetar e construir a Casa do Professor é celebrar e dar condições de trabalho à Docência. É o que acontece hoje em Araçariguama - cidade cuja história se liga à do Brasil e que hoje só pode ser contada como antes e depois do Casal Aymar, Lili e Carlos, ocupantes do Executivo municipal. Por isso, a Casa do Professor aberta agora em Araçariguama é parte dessa visão moderna de políticas públicas regionais. Texto: João Barcellos | Fotos: Pref. Araçariguama


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ANOTAÇÃO

Junho/Julho | 2019

Trem, Paisagem & Economia Nenhuma nação resiste à própria história sem geração de renda em desenvolvimento local sustentável. João Barcellos Trem de carga rasgando Caucaia do Alto e Canguera

1 O desenvolvimento de uma Nação o é a partir do Município e se este não tem condições de ir além da mera existência territorial é porque não foi projetado politicamente para tal, somente para favorecer o velho ´coronelismo´ dos currais eleitorais. Por isso é que muitos municípios não desenvolvem os seus distritos adequadamente. A razão é eleitoral: se o Distrito se emancipa porque tem condições geoeconômicas, os ´coronéis´ perdem parte do seu curral de votos obrigatórios e pagos com empregos fantasmas via Erário Público. Por isso é que tanto o Legislativo como o Executivo municipais devem ser eleitas pessoas que gostem da região que lhes é ou foi berço.

outro para Aldeinha | Itapecerica, etc.], desenvolvimento turístico, vias de acesso e transporte público, atendimento à saúde, prevenção em segurança (GCM´s), melhoria na rede escolar. Por outro lado, duas agências têm importância no diálogo entre o Estado e os Municípios: a Investe São Paulo, que promove investimentos no incentivo à inovação e gestão de negócios público-privados, e o Programa de Apoio Tecnológico aos Municípios PATEM, uma ferramenta essencial na estratégia das inovações. A par dessas agências, ainda existe o Programa de Incentivo a Arranjos Produtivos Locais (APLs), que apoia a promoção do crescimento econômico potencializando as vocações regionais e, inclusive, auxilia no acesso a recursos do Banco Interamericano de Desenvolvimento – BID.

2 No âmbito do Governo do Estado de São Paulo existem mecanismos/ferramentas institucionais que privilegiam a promoção do desenvolvimento local, i.e., via municipalidades. Um deles é a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação, que dispõe de recursos para gestões orientadoras de progresso regional. No caso da Região Metropolitana paulista existem divisões geopolíticas e uma delas é a Sub-Região Sudoeste (a Consulti) na qual estão as municipalidades de Cotia, Embu das Artes, Embu-Guaçu, Juquitiba, São Lourenço da Serra, Taboão da Serra e Vargem Grande Paulista. É neste palco político-administrativo que vereadores e prefeitos têm que (e devem) apresentar projetos de desenvolvimento local, como por exemplo, porto seco ferroviário [já foi idealizado um para Caucaia do Alto e

3 Eis que, por exemplo, a passagem dos trens de carga por regiões como Caucaia do Alto (Cotia), Itapecerica da Serra, São Roque, etc., é uma passagem geradora de recursos financeiros em compensação direta por tal passagem. A compensação pode ser por parcerias na construção de porto seco que atenda a geração de renda e novos polos de turismo, incluindo o turismo com maria-fumaça... Ora, Senhoras e Senhores, o que está em pauta é a disposição de vereadores e prefeitos em batalhar por um regionalismo fora do embate eleitoral, dos currais ideológicos. E então, sim, o Municipalismo Republicano será uma realidade no Brasil. João Barcellos


CAPA

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JOÃO BARCELLOS

o Brasil na história de São Roque O historiador luso-brasileiro João Barcellos lançou a 2ª edição revisada e ampliada do livro VINHO & PODER (a história de São Roque), durante evento na antiga Fazenda Cambará, agora Casarão Brasil Poeira, em São Roque. Centenas de pessoas prestigiaram a Queima d´Alho em apoio sociocultural à entidade Brasil Poeira, que prestigia e preserva as tradições caipiras que tiveram assento entre as bandeiras e o tropeirismo. Agora, uma nova geração de Viola & Catira já se apresenta nos eventos da região e frequenta as aulas no Casarão. E nessa tarde de 19 de maio de 2019, João Barcellos apresentou o livro dizendo, em breve comentário público, que «o livro Vinho & Poder é a história do Brasil via São Roque do VazGuassu e dos empreendedores da viticultura, como os Goes, os Patto e os Olivardos, entre outros». O autor presenteou o prefeito Claudio Goes com um livro autografado em público, depois que ele, como autoridade municipal, deu o exemplo de ´tradição que se cumpre´ e fez par com um dos presentes para cortar parte de um tronco, entretenimento que fazia parte do evento. Presentes na queima d´alho várias comitivas que mantêm a tradição tropeira e se juntam à Brasil Poeira para manter o Casarão em funcionamento. SERVIÇO: aquisição do livro via terranovacomunic@uol.com.br (R$40,00 já com taxa de Correio).

Barcellos e Edvan (da Pousada Aconchego no Campo)

Viola

& Catira

Claudio Goes e Barcellos


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CAUCAIA DO ALTO _ Personagem

Junho/Julho | 2019

LINGUIÇA O Diálogo Gera Progresso

Extravagância Visual e Inquietude Política

Espaço Hot Kids

O que é ser popular? Ora, é ser povo na essência regional e aí criar renda como sobrevivência socioeconômica. Para gente mais ousada, tirar partido de tal situação é adentrar a estrutura eleitoral e tentar alterar politicamente a situação, pessoal e comunitária. Ele faz da extravagância comportamental uma comunicação visual politicamente alinhada ao exercício da inquietude popular. O que isto quer dizer? É a pessoa na sua expressão social a dinamizar a resistência social a políticas públicas falhas no âmbito do municipalismo republicano. Opa, e quem é este cara? Ele é um microempresário e a figura carismática que, em sua bicicleta, corre Caucaia do Alto de alto a baixo e que em tal percurso personaliza um investimento eleitoral – a saber: já concorreu a uma vaga na vereança de Cotia e alcançou algumas centenas de votos. Ou seja, ele espelha no seu comportamento sociopolítico o desagrado que está na mente de uma parte da gente caucaiana e cotiana Ele é o “linguiça”, apelido do caucaiano Antônio de Jesus, que já passou por programas televisivos populares de Silvio Santos, Gugu e Ratinho. João Barcellos

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CULTURA

Junho/Julho | 2019

TURISMO histórico

Mandu

J.Araújo

Casas de Mandu & Medella Na região de Cotia restaram dois casarões que mostram o estilo arquitetônico e socioeconômico no âmbito da política colonial gerenciada por Portugal entre os Sécs 16 e 19 no Brasil. Dos dois imóveis diz-se, amiúde, que são “casas de bandeirantes ou da época bandeirística”, o que é errado. Vamos lá... 1º- O casarão da região de Mandu, na campina do Caiapiã, onde s situava a aldeia guarani Kotia (Acutia) original, até 1703, é um imóvel idêntico em tudo às construções rurais dos senhores coloniais e é datada de meados do Séc. 17, já no estertor dos atos bandeirísticos; 2º- O casarão popularmente conhecido como ´Sítio do Padre Ignácio´ é, na verdade, a fazenda do sargento-mor Roque de Medella, família lusa de..., tendo o militar solicitado (e recebido em 13 de novembro de 1721) sesmaria para “sustentação da família e escravos”, no lugar dito Caraguatativa, entre os rios Cotia e Capivari [hoje, no território da reserva florestal Morro Grande], pela estrada que descendo o morro liga a

Medella | Pe Ignácio

Maracanduba e dali à mina de ouro de Araçariguama no caminho velho de Itu via Pau Furado e abrangendo o território das Quatro Encruzilhadas. Ao tempo da construção, a fazenda dos Medella não estava no contexto bandeirístico e o Brasil já urgia sua independência. O que isto tem de interessante para um Turismo Histórico? Os casarões mostram como os portugueses remontaram no Brasil a arquitetura dos solares das províncias de Minho e de Alto Douro, com um diferencial: em vez de pedra, utilizaram a técnica ´taipa-de-pilão, apreendida durante as campanhas de colonização no norte d´África, no Séc. 15, quando também estudaram a técnica militar das ´bandeiras´.´ BARCELLOS, João | Cotia-SP, 2019

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MENSAGENS

E afinal, quem é quem na Mobilidade Urbana...?! As regras parecem claras somente para as grandes companhias de transporte de massas, que podem impor regra-de-jogo no meio mercantil da classe política. E o fazem descaradamente com o apoio e ainda mais descarado de prefeitos e vereadores que não investem no bem-estar das pessoas que habitam os seus municípios! Em muitos municípios quem decide o preço da passagem de ônibus não é o Poder Público, é o dono da empresa de ônibus..., e a população é obrigada a pagar por algo que já inclui ´bônus´ para prefeitos e vereadores. Até quando? Ora, o meio mercantil em que se transformou a classe política é uma vergonha que só o Povo pode exterminar (com o Voto, já que até este é obrigatório...), pois, a Justiça se vê apenas no espelho próprio dos benefícios que tal regra de má governança lhe proporciona. Diante disto questiono: Mobilidade Urbana, o que é isso?! João Barcellos | historiador

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Junho/Julho | 2019

“[...] As políticas públicas tratadas sob o prisma privado pelos políticos sempre derrubam boas intenções sociais e corporativas...” | João Barcellos, escritor

A estrutura mental dos políticos brasileiros, em geral, e nas políticas municipais, em particular, tem por base um ranço colonial da velha monarquia absolutista, ou seja, é um olhar que enxerga o umbigo próprio e nunca o bem comum. Na maioria dos casos, o Poder municipal, embora que eleito democraticamente, raramente enxerga o ir-e-vir do Povo como eixo do Progresso local e nacional, por isso, não investe adequadamente em infraestrutura viária nem em transportes de massa em condições de dar acesso à Vida cotidiana, com qualidade e conforto. Em várias localidades, eu, empresário de transportes, tentei equacionar o ir-e-vir popular com justiça social e, obviamente, isso com lucro social e financeiro para todas as partes envolvidas..., mas, os políticos acham que Povo e ´curral´ eleitoral é a mesma coisa. Não têm aquele olhar republicano necessário ao implemento de políticas públicas para o bem comum. Um dia o Povo vai acordar e exigir que políticos e empresários tracem projetos sob a luz da Cidadania e não somente para favorecer umbigos próprios!


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