Revista da Sociedade Fluminense de Medicina e Cirurgia

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“Noite da Saudade” Homenagens com saudades e recordações Eventos médicos do Norte Fluminense marcaram o semestre Lançamento de livro reúne médicos

Veja as fotos do evento que marcou o “Dia do Médico”




Sociedade Fluminense de Medicina e Cirurgia Diretoria triênio 2014/2017 Diretoria: Presidenta: Vanda Terezinha Vasconcelos Vice-Presidente: Edilbert Pellegrini Nahn Júnior 1ª Secretária: Ana Paula Galvão Baptista Araújo 2º Secretário: Luiz Carlos Sell 1º Tesoureiro: Almir Quitete Lima Filho 2ª Tesoureira: Elisabete Bastos Comissões Permanentes Sindicância e Fiscalização: - Luiz Felipe Rabello e Silva - Ricardo Venancio Juliboni - Roberto Franco Duncan Defesa Profissional e União de Classe - João Tadeu Damian Souto - Maron El Kik - Rodrigo Luna Venâncio Promoção Científica: - Charbell Miguel Haddad Kury - Telmo Garcia Teixeira Júnior - Valdebrando Mendonça Lemos Divulgação: - Patrícia Meirelles - Silvia Cristina Machado Ribeiro de Souza - Sylvia Regina de Souza Moraes Informática: - Alcino Sahid Facó Hauaji - Cintia Carvalho Ribeiro Gonçalves - Rodrigo Chicralla de Ameida Delegados à SOMERJ Efetivos: - Almir Abdala Salomão Filho - Angela Regina Rodrigues Vieira - Francisco Almeida Conte Suplentes: - Frederico Paes Barbosa - Luiz Fernando Ferreira Sampaio - Márcio Sidney Pessanha de Souza

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Índice 5 Palavra da presidenta

6/7 Notícias da Sociedade

8 Encontro Regional de Ginecologistas

9 Perfil - Dra. Carmem Célia Seixas Paes Expediente:

A sua Sociedade em Revista Nº27 - Dezembro de 2015 / Março de 2016 Uma publicação da Sociedade Fluminense de Medicina e Cirurgia e-mails: socimedi@sfmc.com.br e sfmc@sfmc.com.br Editoria e Produção: Neusa Martini Siqueira- DRT-1167/90 Marketing e Publicidade: Alcione Nunes Programação Visual e Arte Final: Luiz Carlos Lopes Textos: Jornalista Andresa Alcoforado

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10 IX Semana Científica FMC

12/13 Noite da Saudade

16/17/18/19 20/21/22 Lançamento do livro Seminário de Oncologia.......23 Depressão Atípica...........................23 Festa do Dia do Médico...... 24/25/26/27 Tricoepitelioma- Artigo.............................28 Terapias- ondas de choque.....................29 SUPEM HISTÓRIA......................................30

Revisão: Vanda Terezinha, Andresa Alcoforado e Célia Serpa Circulação: Trimestral Tiragem: 2.000 exemplares Distribuição: Dirigida e gratuita Impressão: Borzan Colaboradores: Equipe de médicos associados e diretores da SFMC Cobertura Fotográfica: Ademar Santos, Welligton Cordeiro, Vilson Correia e Silvana Rust A Revista “A Sua Sociedade em Revista” não se responsabiliza por opiniões ou conceitos emitidos em artigos publicados


Palavra da presidenta Geralmente sempre tenho muito a agradecer, mas esse ano foi além de qualquer expectativa. Em setembro, com uma “Festa Surpresa” organizada pelos colegas da Faculdade de Medicina de Campos, por ocasião do meu aniversário, quando vieram colegas de diversos Estados do Brasil, alguns inclusive que não nos víamos há 34 anos, ou seja, desde que nos formamos. Confesso que fiquei durante toda a festa meio extasiada, anestesiada e eles repetiam:“Vanda, quem causou toda essa revolução foi você”. Só posso dizer que o restante de vida que tiver, será pouco para repetir: AMIGOS MUITO OBRIGADA! Outro fato marcante foi o processo de construção do livro dos médicos associados à SFMC, com mais de 50 anos de formados. A convivência com eles, durante os meses que antecederam o lançamento, foi altamente gratificante para mim. Sem dúvida alguma, o ponto máximo da comemoração do “DIA DO MÉDICO”. No início de 2015, Dr. Felix Chalita me “desafiou” para organizar um livro sobre “MÉDICOS VIVOS”, associados à SFMC, sem qualquer hesitação disse-lhe que não havia o que pensar, já que, de imediato achei a proposta excelente. Na semana seguinte, iniciamos as pesquisas nos arquivos da SFMC, sobre quais os médicos associados contavam com 50 anos ou mais de formados. Nesse momento já havia pensando num provável título do livro que envolvesse ouro, ametista e diamante, numa alusão às bodas – perfeitas entre o médico e sua profissão. Após reunião com Dr. Félix Chalita, Dr. Luiz Carlos Silva, Dr. Wellington Paes e Dr. Aloizio Gomes, ficou definido o título do livro. Eu escreveria uma carta aos demais médicos, expondo nossa proposta já que os dados seriam além dos coletados nos arquivos da SFMC, fornecidos pelos próprios médicos ou familiares. Fui questionada pelo grupo se estaria disposta a assumir os trabalhos para viabilização do livro, já que era uma “empreitada” bastante difícil, por tratar-se de médicos vivos. Disse-lhes que gosto de desafios, que me sentia muito honrada pela confiança que estavam depositando em mim. Como, diz um antigo ditado: “Deus escreve certo por linhas tortas”. Durante alguns anos, fiz parte da diretoria da SFMC e em 2005 um grupo de colegas sugeriu minha candidatura à Presidência da SFMC, mas por algumas circunstâncias, abri mão de tal candidatura, mas no tempo que Deus nos reserva. Acredito que este é o meu momento na SFMC. Quando em minha vida, poderia imaginar ser esta ponte que conduziria à concretização desta obra, que, de forma sinteticamente resumida, diante de enormes feitos de cada um dos médicos homenageados, mas que certamente será um grande legado aos familiares, amigos, pesquisadores e admiradores desta e de outras gerações. Mas, infelizmente, no decorrer dos trabalhos, aconteceram alguns fatos que lamentamos, por exemplo, não ter conseguido, por mais que nos esforçássemos dados, além dos registrados na SFMC sobre o Dr. Alberto Costa de Vasconcelos Cruz. Assim, como os dados do Dr. Luiz Carlos da Matta Siqueira. E, ainda, altamente sensibilizados pelo falecimento no dia 16 de julho de 2015, durante a confecção do livro, do Dr. Fernando Machado Castelo Branco. O livro não teve em qualquer momento, a pretensão de des-

crever na íntegra a vida de cada médico, nem do ponto de vista profissional ou pessoal, isso com certeza, dariam individualmente livros. Muitos dos médicos homenageados tiveram participação ativa e até mesmo decisiva em questões de importância fundamental, principalmente nas áreas de saúde e educação não só no nosso município de Campos, em toda região e até no Brasil. Só para citar um exemplo da atuação desses médicos, que estão sendo homenageados, destacamos a nossa Faculdade de Medicina de Campos, que foi gestada e concretizada aqui dentro da Sociedade Fluminense de Medicina e Cirurgia, pelo esforço conjunto de vários desses médicos, que hoje estão como testemunhas vivas de tal fato. Daí a nossa e porque não dizer, orgulhosamente a minha particular gratidão, já que no momento tenho a honra de presidir a instituição que me deu, a partir da criação da Faculdade de Medicina de Campos, a imensa felicidade de nela formar-me em 1981, como médica, aqui na minha querida cidade de Campos. Aproveito a oportunidade para pedir desculpas aos homenageados e seus familiares, pelos incômodos que provocamos com telefonemas até nos domingos e feriados, visitas domiciliares, entre outras, em busca de dados para a produção do livro. Também aconteceram momentos maravilhosos de reencontro, entre alguns deles de contação de histórias, fatos que relatados certamente daria outro livro. A eles, nossos agradecimentos e eterna gratidão, pela honra que nos deram deixando-nos partilhar um pouquinho do imenso legado de conhecimentos e experiências de que são possuidores. Nossos agradecimentos, a todos que direta ou indiretamente contribuíram para concretização daquilo, que no início do ano era apenas um sonho, que culminou com cerca de 600 pessoas prestigiando nossos queridos Mestres/Doutores. Sem dúvida alguma, uma homenagem ao DIA DO MÉDICO que ficará marcada na história da SFMC. A todos OBRIGADA.


Notícias da SFMC Pediatria em foco Dois eventos de pediatria marcaram o segundo semestre para profissionais e acadêmicos, em Campos. Foram os cursos de Gastroenterologia Pediátrica e Nutrologia Pediátrica, ambos coordenados pela Dra. Sylvia Regina Moraes. De acordo com a médica, o evento recebeu profissionais na área de saúde, mas principalmente médicos, como também graduandos e pós-graduandos de medicina. “Foi uma oportunidade de rever e aprender coisas muito relevantes da área. O evento que envolveu nutrição, também contou com profissionais desta área. Uma troca de ideias importantes”, afirmou Dra. Sylvia, que também é presidente da Regional Norte Fluminense da SOPERJ, Sociedade de Pediatria do Estado do Rio de Janeiro.

Agenda SFMC Vai acontecer no dia 2 de dezembro, das 20h ás 22h, no auditório da Sociedade Fluminense de Medicina e Cirurgia, em Campos, uma Jornada de Urologia, composta por uma mesa redonda de uroginecologia e embriologia. Entre os palestrantes: Dra. Gisele Pessanha, Dr. Antonio Salim, Dr. Francisco Colucci, entre outros.

I Simpósio de Oncologia do Norte Fluminense

Atualização de cadastro A Secretaria da Sociedade de Medicina e Cirurgia está atualizando o cadastro dos médicos até o final de dezembro, as informações são importantes para a finalização do Manual de Endereços. A previsão é que até 24 de janeiro de 2016, o suplemento que norteia a medicina de Campos esteja pronto.

Cartão de identificação Neste mês de dezembro, todos os associados estarão recebendo o cartão de identificação de credenciamento, que dará direito a uma série de benefícios aos médicos associados, como por exemplo, descontos, brindes ou outros tipos de vantagens. A relação das instituições e o que elas oferecem será encaminhada por e-mail. Se algum associado tiver algum tipo de serviço a oferecer, basta entrar em contato com a SFMC.

Aconteceu no dia 12 de novembro, o 1º Simpósio de Oncologia do Norte Fluminense, com o objetivo principal de levar mais informações a médicos e estudantes de medicina. As palestras foram ministradas na Sociedade Fluminense de Medicina e Cirurgia (SFMC).

Interligas O Interligas, congresso realizado pela SUPEM/FMC, entre 26 a 29 de outubro, obteve mais de 250 inscrições. Foram 19 palestras, como a de abertura do seminário, “Relação Médico-Paciente”, com o psiquiatra Maurício Escocard e em outras áreas médicas como Radiologia, Nefrologia, Anatomia Patológica, Neurociências, Trauma ortopédico, Medicina de Família e Comunidade, Oncologia, Urgência e Emergência, Endocrinologia, Cirurgia, Ginecologia e Obstetrícia, Pneumologia, Psiquiatria, Dermatologia, Gastro e Hematologia. Além dos cursos, “Distúrbios do Movimento” com o Dr. Vanderson Carvalho Neri e “Arritmias” com o Dr. Hugo Leonardo Gonçalves Pinto. A realização foi da SUPEM/FMC, com apoio da Faculdade de Medicina de Campos e da Sociedade Fluminense de Medicina e Cirurgia.

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Notícias da SFMC Conferência de Antibioticoterapia

A Sociedade Fluminense de Medicina de Campos participou no dia 14 de julho, da 7ª Conferência Municipal de Saúde de Campos dos Goytacazes, que aconteceu o anfiteatro da Faculdade de Medicina de Campos (FMC). O objetivo do evento foi avaliar a situação da saúde, de acordo com os princípios e as diretrizes do SUS previstos na Constituição Federal, garantindo, assim, o acolhimento e a qualidade da atenção integral. A 7ª Conferência Municipal de

Saúde foi aberta pelo vice-prefeito e secretário de Saúde, Doutor Chicão, que é também o presidente do Conselho Municipal de Saúde. As propostas e moções apresentadas foram encaminhadas para a Conferência Estadual de Saúde. A Presidenta da SFMC, Dra. Vanda Terezinha de Vasconcelos, esteve presente e inclusive fez propostas referentes à saúde do trabalhador e que foram aprovadas na plenária final.

Conferência de Antibioticoterapia

Livro como presente Visando buscar mais informações para área médica foi realizado, no dia 19 de agosto, na Sociedade Fluminense de Medicina e Cirurgia, a Conferência de Antibioticoterapia: Como interpretar e utilizar as informações atuais do antibiograma (MIC) na prática médica. O palestrante foi o Professor e Dr. Eduardo Emery, que também é Presidente Regional RJ da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica. Para o Dr. João Tadeu, coordenador local do evento, o objetivo durante a conferência foi alcançado. “Importante destacar que muitos colegas participaram do evento, o fluxo foi expressivo. A ideia foi apresentar os aparelhos para os médicos e entender esse funcionamento”, destaca Dr. João.

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Uma ótima dica para presentear neste fim de ano é o livro: A SFMC tem Ouro, Ametista e até Diamante, Médicos com mais de 50 anos de formados fazem história. O exemplar narra a vida de importantes médicos campistas que fizeram história na Faculdade de Medicina de Campos, como também, nos hospitais campistas. Ao todo são vinte e oito médicos que participaram do livro, biografias que fizeram a diferença. O livro encontra-se à venda na secretaria da SFMC por apenas R$ 30,00

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Encontro SGORG

Ginecologistas e obstetras se reúnem O Encontro da Região Norte Fluminense de Ginecologia e Obstetrícia da SGORJ, aconteceu no sábado, 12 de setembro, no auditório da SFMC, em Campos. Cerca de cinquenta médicos participaram, muitos vieram das regiões Noroeste, Norte e até mesmo da capital do Rio de Janeiro. Quem comandou os trabalhos na cidade foi o Dr. Antonio Salim Khouri, que é Presidente da SGORJ, em Campos. Esteve presente Dr. Marcelo Burlá, Presidente estadual da SGORJ. Várias palestras foram ministradas, muitos temas atuais como: infertilidade, pré-natal, endometriose, a defesa dos profissionais, entre ou-

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tros assuntos. “Nosso objetivo foi atualizar, manter essa educação continuada dos médicos e obstetras do Norte e Noroeste Fluminense. O evento foi um sucesso reunindo muitos profissionais”, comenta Dr. Antonio Salim. Depois das palestras um grande almoço de confraternização aconteceu num restaurante da cidade. Na sexta-feira, 11 de setembro, aconteceu uma palestra sobre “Câncer de Colo de Útero”, também no auditório da SFMC, na sequencia foi realizado um jantar para receber os colegas que vieram para o evento de sábado.


Perfil

Medicina: um amor que transcende

nasceu no município de São Fidélis, vindo a morar em Campos aos quatro anos de idade. Dra. Carmem foi realmente uma precursora, era a única mulher casada e com filhos que cursava a Faculdade de Medicina de Campos, isso provou como ela “A medicina é uma missão”. Esse sempre estava à frente de seu tempo, foi o sentimento que guiou e guia Dra. para muitas foi uma ação inspiradora. “Tenho três filhos, Carmem Célia Seixas Paes, ginecologista e obstetra, com passagens em pratiseis netos e dois bisnetos. Escamente todos os hospitais de Campos, dutou viúva há 17 anos, são muirante os seus 41 anos de profissão. Foram muitos tas histórias para contar, mas plantões, consultas e difícil saber com certeza, quana medicina é esse amor que tas vidas ela ajudou a trazer a esse mundo. A história transcende sempre, nenhum de Dra. Carmem poderia dar um filme, como costumados meus filhos seguiu o meu mos dizer quando nos deparamos com uma boa história, caminho profissional, mas só sei Dra. Carmem Célia Seixas Paes impossível não se apaixonar por uma Senhora de 78 anos, dizer que sou muito feliz”, destaca a que até hoje dedica três dias da semana, para atender mulheres médica. no Centro de Referência e Tratamento da Mulher, em Campos. São tantas histórias com as pacientes que Dra. Carmem Esposa, mãe, avô, bisavó, filha, amiga, mas acima de tudo, mé- nem consegue numerar, não se lembra dos nomes, mas nunca dica e apaixonada pela profissão. vai esquecer o que viveu com tantas pessoas. “Eu já passei um A primeira profissão de Dra. Carmem foi a educação, du- parto inteiro abraçada com uma paciente para dar força, enrante cinco anos lecionou tanto na zona rural, como também quanto outro colega fazia o parto. Já vi mães que não quiseram na sede de Campos. Casou aos 20 anos, com Carlos Américo os filhos, umas que nem chegaram a tê-los, em contrapartida Paes, quando o terceiro filho chegou, a vontade de cursar me- presenciei muito amor também de mães que realizaram sodicina veio com muita força. “Eu vi o comercial da Faculdade nhos. Deus me deu um talento que foi a inteligência, ele vai de Medicina de Campos no jornal, meu esposo me apoiou e me perguntar o que fiz com a inteligência, vou responder que meus pais também. Fiz um cursinho preparatório, em seguida, estudei medicina. Ele vai me cobrar o que fiz com o talento da consegui entrar para faculdade. Fui da terceira turma da FMC. medicina, então tenho que dar conta a Deus, por isso, preciso Não foi fácil, porque era casada e tinha muitos compromissos, trabalhar com amor, atendendo a todas com igualdade”, finamas com apoio realizei um sonho”, lembra Dra. Carmem, que liza Dra. Carmem.

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Ciência FMC

IX Semana Científica da FMC trouxe grandes nomes em Saúde A Faculdade de Medicina de Campos – FMC realizou entre os dias 28 de setembro e 2 de outubro, a 9ª Semana Científica e Cultural, com vasta programação composta de palestras, apresentação de pesquisas e atividades culturais. Esta edição foi dedicada ao aniversário de 48 anos da Faculdade, que ocorreu em 14 de outubro. Na oportunidade, acadêmicos de Medicina e Farmácia e demais interessados na área de saúde, tiveram a oportunidade de trocar experiências com renomados palestrantes. O evento teve o apoio da Sociedade Fluminense de Medicina e Cirurgia. Como atrativo cultural, a abertura oficial, na segunda-feira (28), teve a participação da Orquestra de Violões do IFF-Centro, que apresentou o Hino Nacional Brasileiro, além de clássicos da MPB. Em seguida, foi dado início à parte científica com a palestra magna “Abordagem terapêutica em infecções comunitárias”, ministrada pelo Professor Walter Tavares, Mestre e Doutor em Doenças Infecciosas e Parasitárias/UFRJ; Diplomado em Tropical Medicine & Hygiene (DTM&H) pela Liverpool School of Tropical Medicine, University of Liverpool. O palestrante lançou no evento a nova edição do livro “Rotinas de Diagnóstico e Tratamento das Doenças Infecciosas e Parasitárias”. O diretor da FMC, Dr. Nélio Artiles Freitas destacou a importância para a instituição com a possibilidade de receber ilustríssimos palestrantes de notório saber, alguns renomados internacionalmente. “Nossos alunos tiveram a oportunidade de assistir palestras e debates de assuntos relevantes na área da saúde, além de participar efetivamente com a apresentação oral de trabalhos científicos ou através da expo-

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sição de pôsteres. Foi um momento muito especial, espero que tenha contribuído na formação de nossos futuros profissionais médicos”, afirmou o diretor. Especialistas em diversas áreas médicas como o Professor Maurício Tostes, Doutor em Psiquiatria e Saúde Mental/UFRJ; Dr. Marcelo Paula Coutinho, Mestre em Clínica Médica/UFRJ e a Dra. Isabela Bussade, Doutora em Fisiopatologia Clínica e Experimental/UERJ (ex-aluna da FMC), apresentaram suas mais recentes pesquisas para os participantes do evento. A FMC inovou também em dar espaço aos estudantes, quando David Almeida e Lívia da Matta, Presidente e vice-presidente do Diretório Acadêmico Luiz Sobral – DALS,conduziram as discussões no Painel “O papel do estudante na construção do conhecimento e na promoção de saúde”. Um momento especial aconteceu com a mesa redonda “Saúde no Esporte”, na quarta-feira (30), que teve como convidado de honra o professor Shiro Matsuda, presidente da Associação Matsuda de Judô de Macaé – RJ, que na ocasião recebeu uma placa de homenagem das mãos do Dr. Nélio Artiles pelos relevantes serviços prestados ao esporte na Região. Completando a Mesa, importantes especialistas, como o Dr. Serafim Ferreira Borges, Cardiologista da Seleção Brasileira de Futebol; Dr. Jeferson Silva, Doutor em ciência animal com ênfase em regeneração de células osteoblásticas/UENF e Dr. Reinaldo Cavalcante Nunes, Mestre em Endocrinologia/UFRJ. O presidente da Atlética da FMC, o estudante José Carlos Tavares Mendonça conduziu as discussões como secretário.


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Noite da saudade

Saudades e lembranças Dra Vanda em sua mensagem de pesar aos familiares dos médicos falecidos

Dra Carla Barros

Maria Cristina Lima responsável pela bela reflexão sobre Saudade

Janir Stoduto

Dr. Luis Fernando Sampaio

Familiares da Dra Regina Gloria Pereira do Carmo

Familiares do Dr. Sérgio Lontra Costa

Familiares do Dr. José Carlos Stoduto

Familiares do Dr. Fernando Castello Branco A sua Sociedade em Revista

Dr. Rafael Cesar Martins

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noite da saudade

dos que já partiram No dia 31 de agosto, em plena segunda-feira, foi o momento escolhido para a tradicional “Noite da Saudade”, momento de relembrar os médicos que faleceram de agosto do ano passado até agosto deste ano. Amigos, colegas de trabalho e familiares, num misto de saudade e alegria, participaram do evento que aconteceu no auditório da SFMC. Em comum, Dr. Fernando Machado Castelo Branco, Dr. José Carlos Stoduto de Carvalho, Dra. Layla Maria Caetano França, Dr. Sérgio Lontra Costa e Dra. Regina Glória Pereira do Carmo, tinham o amor à profissão, o cuidado com a família e deixaram muitos entes queridos. A Dra. Vanda Terezinha Vasconcelos, Presidenta da SFMC, conduziu toda a cerimônia e destacou a importância da família para realizar as homenagens, encaminhando documentos e fotos. A abertura da noite foi um lindo discurso feito por Maria Cristina Lima, que fez uma reflexão sobre saudade citando Clarice Lispector. “Saudade é importante na vida humana, se ganha e perde e assim construímos nossa estrada. Saudade esse aperto no peito que dói e só o tempo para acalmar o coração. Perder um ente querido nos deixa uma ferida. Luto, assim como o amor, tem o dom de transformar, só precisamos reconhecer a dor”, disse Cristina. Alguns familiares fizeram questão de falar um pouco dos falecidos. Amigo de Dr. Sérgio Lontra Costa, Sérgio Lopes Mendes, com palavras de conforto e amor falou sobre o amigo. “Ele foi um profissional zeloso. O médico por natureza é um ser inspirado já que prega o amor e a caridade, levando ao paciente esperança. Os médicos recebem as vibrações positivas, eles não morrem, apenas quebram os laços com o corpo. Cada um parte no momento certo e que ele receba, nosso carinho e gratidão”, finalizou Sérgio. Em cada discurso lágrimas e uma imensa saudade. “Ainda hoje fico com lágrimas nos olhos de lembrar do amor de Dra. Regina Glória Pereira do Carmo, ela sempre acalmava as pessoas que a procuravam, a caridade sempre foi a sua principal marca. Você se foi, mas a sua pessoa ficou e continua ao nosso lado”, comentou Dra. Carla Barros. A esposa do Dr. José Carlos Stoduto de Carvalho, Janir Stoduto, relembrou que o marido não gostava muito de aparecer, mas sempre tinha prazer em agradecer. Dr. Roberto Dutra lembrou com saudade de Dr. Fernando Machado Castelo Branco, do carinho que tinha com sua família e como era dedicado na medicina. Por fim, Dr. Luiz Fernando Sampaio fez uma homenagem a Dra. Layla Maria Caetano França, fazendo uma síntese de tudo que a médica viveu e terminando no trágico acidente, que tirou a vida dela. As fotos dos cinco médicos junto com a biografia de cada um foram colocadas na galeria da saudade.

Marido da Dra Regina Glória emocionado

Paula Castello Branco

Dr. Roberto Duncan

Sr. Sérgio Lopes Mendes

Familiares da Dra Layla Maria Caetano França com Drs. Sampaio e Dra Vanda

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seminário

Seminário de Oncologia

Com realização do OncoBeda e do Instituto OncoBeda e apoio da Sociedade Brasileira de Oncologia, foi realizado no dia 12 de novembro, o 1º Simpósio de Oncologia do Norte Fluminense, com o objetivo principal de levar mais informações a médicos e estudantes de medicina. O Simpósio foi pioneiro na região e teve a pretensão de contribuir na formação e nas práticas diárias dos profissionais. O Simpósio contou com quatro módulos - mama, pulmão, próstata e gastrointestinal e recebeu os maiores nomes da oncologia e da radioterapia do país. Entre eles, o renomado radioterapeuta Dr. Samir Hanna do Hospital Sírio Libanês, o urologista Dr. Raphael Rocha

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da Clínica Vaz/ Hospital Samaritano e o oncologista clínico Dr. Bruno Vilhena do Inca, Dr. Eduardo Millen, mastologista do Instituto Nacional do Câncer (Inca), Dr. Flávio Cárcano, oncologista do Hospital do Câncer de Barretos, em São Paulo, e Dra. Lilian Faroni - Radioterapeuta do Grupo COI e Dr. Harley Oliveira - Radioterapeuta da USP, além de muitos outros nomes de excelência. O I Simpósio de Oncologia do Norte Fluminense entrará no calendário anual de eventos no setor, conta com a divulgação da imprensa local como forma de propagação dos avanços científicos, nas áreas de oncologia e radioterapia.


seminรกrio

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lançamento Associação Fluminense de Medicina e Cirurgia

Lançamento de livro entra Uma noite de reencontros, lembranças, emoções e muitas saudades. Saudades dos tempos da faculdade, dos plantões sem fim, da dedicação profissional e do desafio da medicina há cerca de 60 anos. Em uma noite histórica, 26 homens e duas mulheres foram lembrados, exaltados e reconhecidos perante a sociedade. Um auditório lotado de parentes, amigos, colegas de trabalho e a imprensa campista. Foi assim o lançamento do livro “A SFMC tem ouro, ametista e até diamante: Médicos com mais de 50 anos de formados fazem história”, que aconteceu no dia 16 de outubro, no auditório da SFMC. Parte da história da medicina de Campos foi contada em quase cem páginas do livro, que foi dividido por histórias, onde cada médico contou fragmentos de sua biografia, os “Campeões de Vida” que tem entre 50 e 65 de formados em medicina. Os médicos em destaque no livro são: Dr. Carlos Alberto Gouvêa, Dr. Carlos José Vieira Barbosa, Dr. Carlos Leopoldo, Dr. Felix Elias Chalita, Dr. Giovane Hissa, Dr. José Ferreira Couto, Dr. José Silveira Baptista, Dr. Ronald Souza Peixoto, Dr. Abram Wendrownik, Dr. Aloizio Gomes, Dr. Celmo Ferreira, Dr. Dib Abdala, Dr. Luiz Maurício Tavares Crespo, Dra. Maria da Conceição Mota Michel Abílio, Dra. Neuza Nogueira, Dr. Welligton Paes, Dr. Cideney Crispim, Dr. Dilzete Moralles, Dr. Eduar Chicralla, Dr. Elmon Tatagiba, Dr. Geraldo Arthur Gusmão, Dr. Haroldo Monteiro Ribeiro, Dr. Ho-

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nor Lemos Sobral, Dr. José Augusto Lima Santos, Dr. Luiz Carlos Mendonça da Silva, Dr.Osvaldo da C. Cardoso de Melo, Dr. Rubens Glória e Dr. Walter Siqueira. A Presidenta da Sociedade Fluminense de Medicina e Cirurgia, SFMC, Dra. Vanda Terezinha Vasconcelos, que preparou todo o roteiro do livro, como também, as homenagens ficou emocionada com tantas manifestações de carinho, as palavras se resumiram em honestos agradecimentos. “Estamos felizes! Muito bom, ver tanta gente e sejam bem vindos”. Além deles, outras homenagens marcaram a noite como o título “Médico do Ano. Uma vez ao ano um médico é homenageado na data que simboliza a categoria, neste ano de 2015, a escolhida para receber a homenagem foi a Dra. Carmem Célia Seixas Paes. Para entregar a homenagem, Dra. Marizete Areas fez as honras. “Muito bom ver esses profissionais percussores, muitos foram meus amigos e fizeram parte da minha caminhada. Em especial, a Carmem que recebe essa homenagem, eu a chamo de joia rara. Tenho orgulho de ser sua amiga, sei bem que ela é uma profissional que está atenta as dores do corpo e da alma”, finaliza. E os momentos foram tão inesquecíveis que conseguiram ser eternizados em fotos. Confiram:


livro

Dr. Marcelo Rizzo (SOMERJ), Dra Vanda Terezinha (SFMC), Dra Carmen Célia Seixas Paes e Dr. Márcio Sidney (FBPN)

Dra. Carmen Célia recebendo Placa: Médica do Ano da SFMC pelas mãos do Dr. Sell e Dra Vanda

para história da SFMC

Dra Marizete Morales, que homenageou a médica do ano Dra Carmen Célia

Dr. Waldir em belíssimo solo da Ave Maria

Cerimonialista Adelfran Lacerda

Momento de descontração: Dr. Waldir Simões, Dra Vanda Teresinha e Dr. Magid Abud

Dr. Magid cantando em homenagem aos médicos

Auditório da SFMC superlotado demonstrando o carinho de todos pelos médicos homenageados

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memória

Dra Vanda recebendo o carinho da filha Vanieri, do genro José Falcão e netos José Vinicius e Ana Luísa

Dr. Luiz Carlos Silva e Dr. Walter Siqueira sendo conduzidos pela Dra Vanda Terezinha ao auditório da SFMC

Dr. Wlater Siqueira ladeado por sua belíssima família

O público marcando presença na SFMC

Dra Vanda conduzindo Dr Abram ao auditório para homenagens

Dr. José Augusto Santos brindando a homenagem recebida A sua Sociedade em Revista

Dra Ana Pellegrini e a amiga Noemia Viana

Dr. Edgard Manhães, recebendo livro autografado por Dra Vanda

Dr. Luiz Mauricio Crespo prestigiado pela bela família e amigos

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história

Dr. Félix Chalita com filho Leandro Chalita e Flávia Trindade

As amigas e colaboradoras Célia Serpa e Lana Castheloge com familiares

Dr. Dib Chacur cercado pelos seus familiares

Dr. Paulo Lima e Carmem Lúcia, Dr. Edillbert Pellegrini e Ada Lavour

Dr. Eduardo Chicralla e seu filho em noite brindes!

Dr. Geraldo Gusmão com seu filho mostrando o livro e a foto dos médicos

Dr. Abadala Chacur com a esposa Cláudia Quaresma e amigos

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história

Robson Almeida durante transmissão do evento tendo no fundo Dr.Vanda com a amiga Neide Otoni

Médicos homenageados na plateia

Os médicos homenageados atentos na plateia

Emoção dos médicos homenageados

Os homenageados atentos a cerimônia

O auditório ficou repleto dos familiares e homenageados

Dr. José Augusto Santos e Dr. Abram Wendrownik relembrando histórias

Neide e Dr. Welligton Paes com a filha Caroline

Amigos e parentes marcaram presença e lotaram auditório

Dr. Antonio Salim também foi entrevistado por Tânia Borges

Dr. Sebastião Siqueira fala da sua emoção para o Programa de Tânia Borges A sua Sociedade em Revista

Dr. Félix Chalita autor da ideia do livro sendo entrevistado porTânia Borges

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história

Dr. Gilson Lino sendo entrevistado

Dr. Leonardo dos Santos Barbosa e Dr. Carlos José Vieira Barbosa

Dr. Cideney Chrispim Freixo e a esposa Magaly e seus familiares

Daniela (filha), Dagmar e Dr Carlos Alberto de Gouvea Telles, Dr Élvio da Silva Araújo e esposa

Tânia Borges entrevistando Dr. Luiz Fernando Sampaio

Confraternização entre os presentes

Médicos se reencontram em noite festiva

Colegas de turma da Dra Vanda Terezinha : Dr. Wady Kury, Dr. Gilson Lino, Dr. Roberto Pires, Dr. Sampaio, Dr. Sérgio Peixoto

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história

Homenageados revendo histórias

A alegria do reencontro em noite festiva de Nilzete Queiroga e Janice Simões

As primas da Dra Vanda, Glória e Onila Vasconcelos que vieram de Niterói para abraçá-la

A alegria do reencontro dos médicos em noite festiva na SFMC

Gloria Vasconcelos com João José e Onila Vasconcelos também recebendo autógrafos em seus livros

Dr. Paulo Hirano, da Câmara Municipal de Campos e Dr. Marion Aquino da Academia Campista de Letras também prestigiando o evento

Júnior Paes com a mãe Maria Rita Paes, ao fundo o jornalista Fernando da Silveira e Rute

Dra Mirza Kury sendo entrevistada

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Como de praxe, nas festividades da SFMC, o parabéns a todos os médicos pelo seu Dia!

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artigo médico DEPRESSÃO ATÍPICA Flávio Mussa Tavares1 O Transtorno Depressivo Maior (TDM) é responsável por acometer cerca de 7% da população mundial o que equivale a 400 milhões de pessoas. Do ponto de vista ocupacional é uma das maiores causas de ausência do trabalho, sendo que em 2011, a previdência social concedeu quase 80 mil afastamentos por depressão. O diagnóstico do TDM é apenas clínico, não havendo nenhum marcador biológico. Há formas clínicas diferentes do transtorno que exigem diagnóstico específico, pois em alguns casos há medicações de uso corriqueiro, os antidepressivos, que devem ser evitados. A Depressão Atípica (DA), como o próprio nome faz deduzir, tem um padrão que não se enquadra na evolução típica do transtorno. Os sintomas mais comuns da depressão são: humor melancólico, perda de interesse, ausência de prazer, tendência a cansaço, ideias de culpa e inutilidade, visão pessimista de si e do futuro, insônia, perda do apetite. Existe, no entanto, quadros melancólicos associados a sinais clínicos quase paradoxais, ou seja, inesperados como: o aumento do apetite, ganho de peso, sonolência excessiva, aumento do sentimento de rejeição e reações catastróficas diante de críticas e opiniões, com maior flutuação do humor. Esta é a DA. Os casos de DA tem uma adesão pior ao tratamento, pois há maior incidência de refratariedade à medicação antidepressiva. Não se sabe o motivo pelo qual algumas pessoas desenvolvem o fenômeno atípico na síndrome depressiva, entretanto, observa-se que é mais comum nas mulheres podendo ter fator hormonal. Observa-se também que ocorre mais quando a depressão está associada à ansiedade. Eventos traumáticos, como abuso na infância, abandono, perdas importantes, também estão entre os fatores. Por fim, há uma tendência genética de certas pessoas a reagirem de modo contrário, aos antidepressivos e os fatores genéticos, esses casos ainda estão em estudo. Os fatores de risco são: sexo feminino, história familiar de depressão ou de suicídio, início na infância ou adolescência. A Depressão Atípica é mais comum em mulheres do que em homens, na taxa de dois por um. Está associada a Transtorno de Estresse Pós-Traumático, depressão puerperal, baixa rede de apoio social, ser portador de doença grave, como câncer, doença cardíaca, demência ou SIDA(Síndrome de ImunoDeficiência Adquirida), personalidades emocionalmente instáveis ou timidez patológica, abuso de substâncias psicoativas e álcool, uso de imunossupressores, benzodiazepínicos e uso de metildopa. É importante uma avaliação clínica, quanto existe diabetes tipo II, como também doenças autoimunes e tireoidianas, que podem ser rastreadas em exames simples, sendo que alguns são válidos para o quadro depressivo, apenas para as possíveis comorbidades. Se existe ganho de peso, sonolência excessiva, sensação de peso nos membros inferiores e superiores, sensibilidade extrema as críticas, rejeições e mal resultado com tratamentos anteriores com os antidepres-

sivos, há um forte indício de ser uma Depressão Atípica. Sendo uma patologia da desregulação monoaminérgica cerebral é preciso entendê-la do ponto de vista clínico, como se entende o Diabetes Mellitus, por exemplo. Se alguém é portador de DM 1, nem sempre a sua indisposição, ou mesmo, a causa de sua queda de nível de consciência súbita é por hiperglicemia, pode ser também uma hipoglicemia. O DM1 precisa ser cuidado por um especialista, para entendê-la nos seus aspectos particulares que em todos os congressos são atualizados. No meu tempo de universitário, décadas 70/80, os professores diziam que a endocrinologia se estuda nos periódicos e não nos livros, pois quando um livro é lançado, já está desatualizado. A DA é nesse aspecto, semelhante à DM1, mas nem todos os melancólicos, podem ou devem ser medicados com antidepressivos. O antidepressivo não é indicado em todos os casos de sintomas depressivos, sendo até mesmo contraindicado em alguns casos. Os antidepressivos de segunda geração são principalmente os Inibidores Seletivos da Recaptação de serotonina (ISRS), entre eles estão à fluoxetina, paroxetina, citalopram, sertralina, fluvoxamina e escitalopram. Há também, os de dupla ação, ou seja, são inibidores da recaptura de serotonina e noradrenalina (ISRSN) como a venlafaxina, a desvenlafaxina e a duloxetina. Existem ainda os inibidores da recaptura de dopamina e noradrenalina (ISRDN), como a bupropiona e os inibidores da recaptura/ antagonistas da serotonina (IRAS), como a trazodona e a mirtazapina. Por fim, recentemente há uma nova classe de antidepressivos que é principalmente melatoninérgica, a agomelatina que tem bons resultados quanto ao ciclo sono-vigília e quanto à cognição. Não citei aqui, os tricíclicos e nem os inibidores da MAO, por terem um perfil de efeitos adversos pior, por serem menos empregados e terem utilização restrita. Em geral, a primeira prescrição diante de um quadro de melancolia, astenia, anedonia e abulia é um ISRS. Quando não há bom resultado com doses máximas, geralmente se busca um ISRSN, outras vezes, associações de ISRS e IRAS. Alguns usam associações de dois ISRS, ou ISRS e bupropiona, também ISRSN e IRAS (há autores que desaconselham). Havendo refratariedade ou má adesão a estas substâncias e associações, o que pode demorar

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cerca de 5 a 10 anos para percepção, também nova formulação diagnóstica, pode-se começar a empregar a medicação mais indicada para os casos de Depressão Atípica que são os estabilizadores de humor que são: carbonato de lítio, divalproato de sódio, carbamazepina, lamotrigina (este também é serotoninérgico) e oxcarbazepina. O topiramato também pode ser utilizado, porém, tem eficácia menor. Finalmente, há uma grande tendência ao emprego dos antipsicóticos de segunda geração: risperidona, olanzapina, quetiapina, ziprasidona, aripiprazol e asenapina. Nos casos de sintomas atípicos de depressão, na minha conduta, eu começo com estabilizadores de humor e neurolépticos atípicos preferencialmente aos antidepressivos, para evitar essa via crucis que pode chegar a dez anos. Há casos em que o emprego de antidepressivos de qualquer classe é absolutamente contraindicado, segundo alguns autores. São nos casos de Depressão Atípica em que já foi observado um aumento da sintomatologia ansiosa, nos casos de elação, ou seja, elevação de humor e irritabilidade, do risco suicida ou de disforia. Dir-se-ia que a DA é um preditor para Transtorno de Humor Bipolar (THB). Sendo preditora de bipolaridade, a DA deveria ser diagnosticada com rapidez, pois a grande importância é evitar a virada maníaca que é um fenômeno psíquico grave, de natureza psicótica, com agitação psicomotora, ideação delirante, auto e heteroagressividade, fenômenos alucinatórios auditivos e altíssimo risco comportamental. Sintomas depressivos nem sempre são indicativos de medicamentos antidepressivos. O número de quadros maníacos induzidos por medicamentos serotoninérgicos é muito grande, mas as estatísticas são individuais, pois não há notificação para a indústria dos efeitos hipomaníacos, maníacos e psicóticos, induzidos pelos antidepressivos e nem relatos para a classe médica não especializada. Isso conduz a utilização de antidepressivos serotoninérgicos e noradrenérgicos por muitos médicos, não psiquiatras com resultados alarmantes que chegam às unidades de emergência psiquiátrica, após tentativas de suicídio ou homicídio, após graves quadros de agitação psicomotora, compras compulsivas, prejuízos enormes e várias complicações sociais, trabalhistas e criminais. A sugestão é que os clínicos não psiquiatras mediquem inicialmente e encaminhem para uma avaliação com um especialista em Psiquiatria. A Depressão faz parte de uma grande gama de transtornos chamada “Espectro do Humor”, que vai da depressão leve, passa pela moderada, a grave, depois atípica, transtorno de humor bipolar tipo 2, THB tipo 1 e transtorno esquizoafetivo. Nesse espectro são oito diagnósticos distintos, com abordagens terapêuticas distintas, por isso, merecem uma avaliação psicopatológica especializada.

Flávio Mussa Tavares, CRM 52 39997-4. Médico Psiquiatra formado pela UFRJ em 1982, Título de Especialista pela ABP. Médico do Pronto Socorro Psiquiátrico de Campos. 1

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dia do médico

Confraternização pelo Dia do Médico A festa do “Dia do Médico” iniciada no dia 16 de outubro teve continuidade com churrasco de confraternização no dia 18 de outubro, que contou com o patrocínio do Sindicato dos Médicos de Campos (Simec) da Sociedade Fluminense de Medicina e Cirurgia (SFMC ) e da Unicred. Afinal, muito trabalho, dedi-

Dr. José Roberto Crespo (SIMEC), Dra Vanda Terezinha (SFMC) e Dr. Roberto Carvalho (Unicred)

cação e responsabilidade, precisam ser comemorados. O evento aconteceu no Rancho da Ilha, na mesma data que é festejado o dia do profissional. Para embalar o churrasco, a Banda Cântarus marcou presença. Foram momentos para matar saudades, reencontrar os amigos e celebrar. Confiram:

Dr. Luiz Carlos Silva com esposa Almy Rabello e Dra Vanda Terezinha

Flashes da confraternização dos médicos

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artigo médico TRICOEPITELIOMA COMO DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL COM MOLUSCO CONTAGIOSO EM CRIANÇA Suellen Ribeiro de Oliveira Wilken1, Karina Severiano Martins2, Fernanda Machado Moura da Silva3, Maria Auxiliadora Peixoto Peçanha4, Edilbert Pellegrini Nahn Junior5. 1-3 Alunas do 8° período de graduação em Medicina, Faculdade de Medicina de Campos.

4 Profª da disciplina de Anatomia Patológica, Faculdade de Medicina de Campos, RJ. 5 Orientador, Prof. da disciplina de Dermatologia, Faculdade de Medicina de Campos- RJ; Professor de Medicina do Adulto da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

RESUMO O Tricoepitelioma é uma neoplasia cutânea benigna rara derivada dos folículos pilosos, que acomete principalmente a face, com maior frequência entre mulheres jovens, sendo incomum sua apresentação na infância. Seu diagnóstico clínico representa um desafio, por compartilhar semelhanças clínicas e histológicas com diversas outras doenças dermatológicas. O objetivo deste artigo é apresentar um relato de caso de Tricoepitelioma múltiplo em criança, com diagnóstico histopatológico confirmado, discutindo os as¬pectos clínicos relacionados. Palavras-chaves: Tricoepitelioma; criança; diagnóstico diferencial.

feminino, progredindo com formação de numerosas pápulas e nódulos firmes e translucentes na face3,4. Tanto a forma múltipla quanto a so¬litária são morfologicamente semelhantes, diferenciando-se basicamente pelo número de lesões.

INTRODUÇÃO O Tricoepitelioma é uma neoplasia benigna rara do folículo piloso, variante do Tricoblastoma, originada do epitélio mesenquimal. Ocorre preferencialmente na face de adultos sob três formas: múltiplos, solitários e desmoplásicos, não sendo comum a apresentação na infância¹,². Histopatologicamente, se apresenta como aglomerados de células basalóides com cistos córneos num estroma fibroso, podendo simular um carcinoma basocelular. Sendo assim, seu diagnóstico representa um desafio, pelas semelhanças clínicas e histológicas com diversas patologias3,4. As lesões caracterizam-se por pápulas ou nódulos, firmes e translucentes, geralmente assintomáticos e sem tendência ao desaparecimento, com frequentes recidivas ao tratamento5. Devido a sua baixa incidência e evidência, o tratamento não é padronizado, baseando-se em diferentes procedimentos. RELATO DE CASO F.D.C., 11 anos, sexo feminino, branca, consultou-se em 2013 devido à presença de “bolinhas” na face com evolução de um ano. Ao exame dermatológico, apresentava micropápulas hipocrômicas, algumas brilhantes isoladas e agrupadas na face. Feito a hipótese diagnóstica de molusco contagioso, foi medicada com Imiquimode, com melhora parcial das lesões. Na história patológica pregressa e familiar não se obteve dados relevantes, também não houve relato de casos familiares de lesões cutâneas semelhantes. Nova consulta foi realizada no mesmo ano com manutenção das lesões, sendo realizado curetagem. Em 2014, surgiram novas e numerosas lesões na face, realizando-se novamente curetagem e medicada com ácido retinóico e imiquimode. Em 2015, como ainda apresentava lesões, foi submetida nova curetagem e frente à resistência terapêutica foi solicitado biópsia, obtendo-se o diagnóstico histopatológico de Tricoepitelioma. DISCUSSÃO O Tricoepitelioma múltiplo é uma doença de herança familiar autossômica dominante que se desenvolve na puberdade, com predileção pelo sexo

Figura 1. Aspecto macroscópico da lesão na face.

Figura 2. Exame Histopatológico - Tricoepitelioma (HE x 400)

Importante diagnóstico diferencial, particularmente na forma solitária, é feito com o carcinoma basocelular pode serem clínica e histologicamente de difícil diferenciação, pois ambos os tumores apresentam aglomerados de células basais e cistos de queratina, tendo o carcinoma basocelular um aspecto mais anaplásico5. A imuno-histoquímica pode ser útil para diferenciação histológica dos tumores. O Tricoepitelioma é uma neoplasia rara em criança, apresentando poucos trabalhos relacionados na literatura. Um estudo realizado em Cuba apresentou um caso de menina de 12 anos, com diagnóstico confirmado através de biópsia de Tricoepitelioma múltiplo, apresentando múltiplas lesões na face, sem antecedentes familiares6. Estudo retrospectivo realizado no México, entre os anos de 1993 a 2002, mostrou 47 casos de Tricoepitelioma, confirmando a alta incidência em mulheres, sendo a forma solitária, a mais prevalente encontrada7. Em relação ao tratamento, diversos procedimentos podem ser realizados, não havendo um tratamento padrão, como a eletrodessecção, cirurgia abrasiva, crioterapia, nitrogênio líquido e laser de CO2. No entanto, devido a elevada probabilidade de recidiva aos tratamentos, há controvérsias quanto a melhor abordagem terapêutica e mais estudos são necessários. Há entretanto a possibilidade das lesões provocarem transtornos sociais e psicológicos entre os pacientes, principalmente pelo acometimento facial8. CONCLUSÃO Devido à poucos casos de Tricoepitelioma em crianças, torna-se importante a documentação deste relato, de forma a corroborar um diagnóstico precoce e de certeza desta doença, diferenciados do molusco contagioso, entidade clínica mais frequente.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1- FITZPATRICK ,Tratado de Dermatologia.7. ed. Ed. Revinter, 2010. 2- MOHAMMADI, A. A.; JAFARI, S. M. Trichoepithelioma: a rare but crucial dermatologic issue. World Journal of Plastic Surgery, Vol. 3, No. 2, July 2014. 3 -SAMPAIO, S.A.P.; RIVITTI, E.A. Dermatologia. 3. ed. rev. e ampl. São Paulo: Artes Médicas, 2007 4- PATROCINIO, L. G.; DAMASCENO, P. G.; PATROCINIO, T. G; et. al. Tricoepitelioma solitário nasal. Revista Brasileira de Otorrinolaringologia, 74 (4):637, 2008. 5- SUGANO, D. M.; LUCCI, L. M. D.; ÁVILA, M. P. et al. Tricoepitelioma palpebral- relato de 2 casos. Arq Bras Oftalmol. n. 68 ,v.1, 2005. 6 – FIGUEREDO, Y. R.; DERIVET, C. H.; BRITO, R. M; et al. Tricoepitelioma múltiple. Disponível em: http://bvs.sld.cu/revistas/fdc/vol3_1_09/fdc02109.htm Acesso em: 08/05/2015. 7- ARMENDÁRIZ, K. S.; CAIRE, S. T.; MENDOZA, D. G. et al. Tricoepitelioma: estúdio retrospectivo. Gaceta Médica de México, n.150, 2014. 8 AZULAY, R.D. Dermatologia. 6. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013. A sua Sociedade em Revista

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artigo médico

*Dr. João Américo de Oliveira Andrade Tratamento rápido e eficaz no alívio da dor Solução única, não invasiva para o tratamento da dor e associada ao sistema musculoesquelético é uma onda acústica que transporta alta energia para a região de dor, provocando alivio imediato e sequencialmente, o processo de cura e reparação tecidual. São necessários apenas de três a cinco sessões, com intervalos semanais. Uma sessão terapêutica leva apenas 10 minutos aproximadamente.

Restauração da mobilidade Dissolução dos fibroblastos calcificados Tecnologia SWT dissolve fibroblastos calcificados, começa uma posterior descalcificação bioquímica de calcificação primárias, ou mesmo, sintomas secundários. Indicações mais frequentes

Diferentes campos terapêuticos de aplicação Ortopedia; Reabilitação Física; Medicina Esportiva; Além de estética, urologia e dermatologia .

Ombro doloroso (calcificação, tendinite, bursites, mialgia ,etc.)

Mecanismos de Ação A onda de choque é uma onda acústica que transporta uma alta, média ou baixa energia até aos pontos dolorosos, fibrosos e tecidos musculoesqueléticos, em situações subagudas, agudas e crônicas.

Fascite Plantar

Efeitos médicos Efeito analgésico (diminuição da dor), tensão muscular e inibição de espasmos. Efeitos imediatos, aumento local mio relaxante forte e analgesia.

Esporão do calcâneo (calcanhar com calcificação) tendinite de Aquiles

Hiperemia é um dos efeitos básicos da terapia por ondas de choque no corpo. Ela proporciona um melhor fornecimento de energia, para os músculos hipertônicos e suas estruturas ligamentares. Além disso, provoca a diminuição das interações patológicas entre actina e a miosina. Isto leva, a redução da tensão muscular que na maioria das vezes é muito dolorosa para o paciente. Aceleração do processo de cura- efeito sequencial Aumento da produção de Colágeno Efeitos de ondas de choque estimula a atividade dos osteoblastos e aumenta da osteogênese, acelerando o processo de consolidação dos ossos, com retardo de consolidação e cicatrização, capsuloligamentar com neovascularização. A produção de uma quantidade suficiente de colágeno é uma condição necessária para os processos de reparação das estruturas ligamentares e músculo-esqueléticas, danificadas. A Tecnologia SWT (shock wave terapy ) estimula a produção de colágeno nos tecidos mais profundos. A sua Sociedade em Revista

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Síndrome tibial anterior, joelho dos saltadores (síndrome patelar), dor na virilha, cotovelo de tenista (epicondilite úmero radial/ulnar), exostose (das pequenas articulações da mão, no caso de artrose grau 1), bursite (trocantérica), dor nas inserções do tendão, aquilodinia. É muito utilizado nos casos de lombalgia crônica e agudas. Eficácia de ondas de choque comprovada em mais de 70% dos pacientes com calcificação

Ombro

(*) – Membro Titular da Sociedade de Ortop edia e Traumatologia e Membro Titular da Sociedade Brasileira de Terapia Por Onda de Choque – CRM 52580332 A sua Sociedade em Revista


discurso SUPEM – UM POUCO DE SUA HISTÓRIA Não foi propriamente ontem, mas parece que foi. Tinha chegado a Campos em 1º de janeiro de 1972, para ser professor assistente de Clínica Médica, após Residência Médica no Hospital dos Servidores do Estado (HSE). Uma paixão pela medicina, reumatologia e pelo ensino, tomava conta de mim naquele inicio de carreira e ainda hoje. Estava reunido com um grupo de interessados e atentos acadêmicos do quarto ano da Faculdade de Medicina de Campos, no auditório do terceiro andar da Santa Casa de Misericórdia de Campos, para discutirmos a criação de uma entidade científica para os acadêmicos de medicina. Eu tinha uma boa experiência no assunto, pois, participava ativamente da Sociedade de Internos dos Hospitais de Recife que, para ser sócio era necessário apresentar ou participar de um trabalho científico, ser aprovado por uma banca de professores e assim aprendíamos a lidar, confeccionar um trabalho científico quer experimental, quer de revisão de literatura e treinávamos para apresentá-lo da melhor maneira possível. Como tinha uma cópia dos estatutos desta entidade e notando o entusiasmo dos alunos, imediatamente escolhemos o nome e aprovamos os estatutos com algumas modificações, assim nasceu em 1972 a Sociedade Universitária de Pesquisas e Estudos Médicos (SUPEM). O sucesso da SUPEM foi rápido. Já em outubro deste mesmo ano, realizamos o Primeiro Congresso da SUPEM, sendo coroado com êxito, devido ao grande número de participantes e trabalhos apresentados. A SUPEM vem durante estes 43 anos, com maior ou menor intensidade, seguindo o caminho de qualificar o acadêmico de medicina, assim como, promover cursos, palestras, congressos, trabalhos científicos e colaborando com a Faculdade de Medicina de Campos, Sociedade Fluminense de Medicina e Cirurgia, Fundação Benedito Pereira Nunes e o Diretório Acadêmico. Em 1979, em reconhecimento ao intenso trabalho científico da SUPEM, a Prefeitura Municipal de Campos dos Goytacazes oficializou a SUPEM como Órgão de Utilidade Pública Municipal. Nestes 43 anos de existência, a SUPEM foi dirigida por várias diretorias que promoveram inúmeros cursos, palestras e jornadas com intenso sucesso. Quero ressaltar o trabalho do acadêmico Lucas Paravidino, atual Presidente da SUPEM, que com certeza, com seu entusiasmo, conseguirá soerguer esta nossa entidade. Esperamos contar com a SUPEM por muitos e muitos anos, servindo a ciência e a arte Médica, sendo um orgulho para toda nossa comunidade.

Francisco Almeida Conte Fundador da SUPEM e Ex-Presidente da Sociedade Fluminense de Medicina e Cirurgia 1997 a 1999/ 1999 a 2002. (Resumo do texto do Dr. Francisco Almeida Conte, lido no Encontro de Interligas da SUPEM)

“UMA VEZ SUPEM SEMPRE SUPEM”

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