Revista SFMC- 28

Page 1

Falta pouco para o Congresso Médico de Campos Artigos médicos Guia médico atualizado

Mães e médicas participam de ensaio fotográfico



Palavra da presidenta

M

antendo o que foi dito no discurso de posse reafirmo que a Sociedade Fluminense de Medicina e Cirurgia está aberta a todos associados, solicitando sugestões e participação de todos, seja nos seus eventos científicos, culturais e sociais. No ano em que a entidade está comemorando 95 anos de intensa atividade e mantendo a tradição, a SFMC estará realizando em outubro de 2016 o XVII Congresso Médico Cidade de Campos juntamente com o XXVII Congresso da SUPEM, e este ano com a participação da Faculdade de Medicina de Campos, por meio de sua Semana Científica. Até o momento já confirmaram o apoio: FMC, CREMERJ, UNICRED, SOPERJ, SGORJ, Laboratório Plínio Bacelar e SBCM-Regional Rio de Janeiro, ADOMEC e DALS. A Comissão organizadora está empenhada em realizar um evento do mais alto nível cientifico, promovendo conferências, mesas redondas, sessão clínica e temas livres. O Congresso Médico cria a possibilidade de interação entres os estudantes e os profissionais da área, favorece o acesso a novas informações, além de interagir com colegas de outras instituições, o profissional e o aluno têm a oportunidade de atualização. Mesmo com toda a dificuldade financeira para organizar um evento do porte do Congresso Médico Cidade de Campos, a SFMC se mantém firme na realização do seu tradicional evento, confiante no apoio que receberá dos seus associados que se inscreverem e participarem ativamente das atividades científicas que estamos preparando. Podem ter a certeza que estamos fazendo o melhor que a ocasião nos permite. É fundamental lembrar que é imprescindível para a formação acadêmica a frequência em Congressos, cumprindo assim umas das exigências do MEC que é a participação em atividades extracurriculares, e cabe-nos, portanto incentivá-los. Estamos em fase final da programação científica do Congresso, no qual tivemos a colaboração de alguns associados. Entre outros, já temos confirmado as presenças no Congresso Médico, do Dr. Celmo Celeno logo na abertura oficial, e de alguns médicos conferencistas como: Jânio Nogueira, Hugo Leonardo, Marizete Medeiros, Rodrigo Sarlo, Edino Jurado, Marília de Abreu Silva, Gil Simões Batista, Ilza Boeira Felows, Joé Sestello, Renan Catharina Tinoco, Antônio Cláudio

Jamel Coelho, Fábio Viegas, José Luiz de Souza Varela, José Antônio Verbicario Carim, Antelmo Sasso Fin, Luiz Gustavo Santos Perissé, entre outros que estão em fase de confirmação. Vale ressaltar que caso você tenha alguma sugestão de assunto a ser discutido durante o evento, colocamo-nos a sua disposição, entre em contato conosco através dos e-mails: socimedi@sfmc.com.br, sfmc@sfmc.com.br ou pelos telefones: (22) 2733-1227 – 998302080. Ligue para nós também, caso, você colega, tenha empresa ou clínica, e se interessar em ser um dos nossos patrocinadores seja com recursos financeiros, humanos ou físicos já que o Congresso Médico é de TODOS NÓS. Vanda Terezinha Vasconcelos

03

A sua Sociedade em Revista


Sociedade Fluminense de Medicina e Cirurgia Diretoria triênio 2014/2017 Diretoria: Presidenta: Vanda Terezinha Vasconcelos Vice-Presidente: Edilbert Pellegrini Nahn Júnior 1ª Secretária: Ana Paula Galvão Baptista Araújo 2º Secretário: Luiz Carlos Sell 1º Tesoureiro: Almir Quitete Lima Filho 2ª Tesoureira: Elisabete Bastos Comissões Permanentes Sindicância e Fiscalização: - Luiz Felipe Rabello e Silva - Ricardo Venancio Juliboni - Roberto Franco Duncan Defesa Profissional e União de Classe - João Tadeu Damian Souto - Maron El Kik - Rodrigo Luna Venâncio Promoção Científica: - Charbell Miguel Haddad Kury - Telmo Garcia Teixeira Júnior - Valdebrando Mendonça Lemos Divulgação: - Patrícia Meirelles - Silvia Cristina Machado Ribeiro de Souza - Sylvia Regina de Souza Moraes Informática: - Alcino Sahid Facó Hauaji - Cintia Carvalho Ribeiro Gonçalves - Rodrigo Chicralla de Ameida Delegados à SOMERJ Efetivos: - Almir Abdala Salomão Filho - Angela Regina Rodrigues Vieira - Francisco Almeida Conte Suplentes: - Frederico Paes Barbosa - Luiz Fernando Ferreira Sampaio - Márcio Sidney Pessanha de Souza

A sua Sociedade em Revista

Índice 3

10

Palavra da presidenta

Manual dos associados da SFMC

6/7

11/16

Notícias da Sociedade

8 Perfil Dra. Elisabete Bastos Damásio

Mês de maio comemorado com festa

17 Nova Diretoria SGORJ Psicose não tratada...................................18

9 Perfil Célia Regina de Carvalho Serpa Expediente:

A sua Sociedade em Revista Nº28- julho de 2016 Uma publicação da Sociedade Fluminense de Medicina e Cirurgia e-mails: socimedi@sfmc.com.br e sfmc@sfmc.com.br Editoria e Produção: Neusa Martini Siqueira- DRT-1167/90 Marketing e Publicidade: Alcione Nunes Programação Visual e Arte Final: Luiz Carlos Lopes Textos: Jornalista Andresa Alcoforado

04

Tratamento das doenças intestinais........18 Ortodontia ajuda crianças.......................20 Cuidados com a gripe...............................21 Avaliação tomográfica no AVE................22 Revisão: Vanda Terezinha, Andresa Alcoforado, Célia Serpa e Lana Casteloghi Circulação: Trimestral Tiragem: 2.000 exemplares Distribuição: Dirigida e gratuita Impressão: Borzan Colaboradores: Equipe de médicos associados e diretores da SFMC Cobertura Fotográfica: Ademar Santos A Revista “A Sua Sociedade em Revista” não se responsabiliza por opiniões ou conceitos emitidos em artigos publicados


05

A sua Sociedade em Revista


Notícias da SFMC 1° Workshop Rad-Med Cardiologia Um evento abordando TC das Artérias Coronárias foi realizado no dia 31 de março. Entre os temas, foram feitos apontamentos das indicações clínicas do Escore de Cálcio e Angiomografia de Coronários. Destaque para a presença do Dr. Roberto Caldeira Cury, profissional altamente conceituado no Brasil e no Mundo, convidado pelo Dr. Carlos Mário.

Vacinação

Nova leitura sobre hemograma Aconteceu no dia 5 de abril, ás 19h30min, no auditório da SFMC, uma palestra de atualização sobre a “Interpretação do Hemograma”, com Dr. Antônio de Pádua Freitas. Várias dúvidas e informações foram trocadas.

Conferência sobre Parkinson Doença de Parkinson: O que há de novo? Esse foi o principal questionamento durante a Conferência sobre a doença que aconteceu no dia 14 de abril, com a Dra. Ana Lúcia Rosso, responsável pelo setor de Distúrbios do Movimento do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho, Universidade Federal do Rio de Janeiro, UFRJ, atendendo ao convite do Dr. Pedro Glória.

Inscrições abertas Os interessados em apresentar trabalhos científicos durante o XVII Congresso de Médicos da Cidade de Campos e XXVII Congresso da Supem, podem fazer as inscrições até o dia 30 de agosto. Vale lembrar, que terá apoio da Faculdade de Medicina de Campos através da Semana Científica. Mais informações com a SFMC, DALS, SUPEM e Coordenação de Pesquisa da FMC.

A sua Sociedade em Revista

06

Dra Ana Maria Pellegrini deu início a vacinação da SFMC

Realizando mais uma ação extramuros, o Setor de Epdemiologia da Secretaria Municipal de Saúde de Campos, realizou vacinação H1N1 na SFMC, por solicitação da mesma.


Notícias da SFMC III Simpósio Ultra-Med Diagnósticos

Drs. Almir Salomão Filho, Vanda Terezinha e Almir Quitete

O III Simpósio Ultra-Med Diagnósticos contou com dois dias, (1 e 2 de abril), de muitos debates e envolvimento nas áreas de endocrinologia, radiologia e patologia. Diversos profissionais e autoridades na área trocaram informações durante o evento, recepcionados pelo Dr. Almir Salomão Filho.

Drs.Adriana Trotta Salomao, Almir Salomão Filho, Almir Quitete e Leonardo Vandesteen

congresso médico de campos A Sociedade Fluminense de Medicina e Cirurgia vai realizar entre os dias 19 a 22 de outubro, o seu XVII Congresso Médico Cidade de Campos juntamente com o XXVII Congresso da SUPEM e da X Semana Científica da Faculdade de Medicina de Campos. Durante o evento temas como Avanços no Diagnóstico da Doença Cardíaca, Tumor Cerebral, Arbovirose, Oncologia, Ecografia Clínica, Tratamento em Diabetes Tipo II, Cirurgia Robótico, Tratamento da Esofagite pós Gastrectomia Vertical, Bypass Gástrico, Tratamento Endoscópico das Complicações da Cirurgia Bariátrica, Cirurgia Bariátrica, Transplante de Órgãos, Pediatria, Ginecologia, Infectologia, Direitos e Deveres dos Diretores Técnicos. No dia 21 de outubro encerrando as atividades científicas, já confirmada a presença do Prof. Edino Jurado no “Caso Clínico”, haverá também entrega de prêmios aos vencedores dos temas livres. No dia seguinte, vai acontecer a reunião do Conselho Deliberativo da SOMERJ (Sociedade Médica do Estado do Rio de Janeiro) finalizando assim, todas as atividades do Congresso. O evento é tradicional e tem como finalidade atualização, além de integração de médicos e acadêmicos.

07

A sua Sociedade em Revista


perfil por longo tempo, o desejo se realizou e hoje, a médica faz a felicidade de várias gerações. É com muito carinho que Elisabete relembra os tempos da Faculdade de Medicina de Campos, a formação aconteceu no ano de 1981, naquela época era difícil convencer os pais que medicina também era para mulheres. “Fiz três vestibulares e passei em 32° lugar. Agradeço aos professores José Augusto Lima Santos e Wilson Paes. Nunca vou esquecer a emoção de ter participado de um plantão que com 12 horas, aconteceram 14 nascimentos. Foi assim, que fui me apaixonando pela arte de partejar”, conta a médica. Tanto tempo assim dedicado ao trabalho deixou a médica mais humana, talvez seja por isso, que com os olhos brilhando ela fala sobre como tem participado da vida de dezenas de pacientes. “Já faço partos da segunda geração, os netos. Famílias que fiz o parto das mães e agora recebo as novas gerações. Isso me enche de orgulho. Minha vida dediquei a profissão, sou muito feliz por isso”, afirma. Ela lembra a dificuldade do inicio, das horas dedicadas aos plantões e nos consultórios, mas encontrou pessoas boas pelo caminho que deram força e nunca deixaram seus sonhos morrerem. “Apesar da dificuldade, não podemos desistir dos sonhos. Sempre vale a pena continuar a caminhada. Nunca desisti!”, finaliza a Dra. Elisabete. Com certeza, quem agradece toda essa força são as centenas de pacientes e mães, que puderam ter um atendimento de respeito e amor.

Dra. Elisabete Bastos Damásio

Exemplo de dedicação a Medicina A magia de ajudar alguém a vir ao mundo, um ser pequeno, desejado e com uma vida inteira pela frente. Todo esse prazer a Dra. Elisabete Bastos Damásio, de 60, realiza há 35 anos. Ela é ginecologista e obstetra. A paixão pela profissão começou desde os tempos da faculdade, no primeiro plantão quando presenciou um parto, teve certeza que era aquilo que gostaria de fazer

A sua Sociedade em Revista

08

A médica em um dos tantos partos que realizou, foram tantos que perdeu as contas


Perfil

Funcionária exemplar: 33 anos de SFMC

Célia de Carvalho Serpa

Sorridente e com disposição para o trabalho. É assim todos os dias que Célia Regina de Carvalho Serpa Martins, encara a rotina como secretária na Sociedade Fluminense de Medicina e Cirurgia, SFMC, há 33 anos. Isso mesmo, ela começou o trabalho na instituição em 1983, assim que terminou a formação como professora, encontrou no local o primeiro emprego e nunca mais saiu. Foi criando a família e tendo as obrigações no trabalho, junto com o marido Rubens Alair teve dois filhos, Rafael e Douglas e agora, tem o netinho Enzo. A dedicação é uma das qualidades da funcionária. “Eu sei que a Sociedade é a casa dos médicos, por isso, sempre procurei trabalhar com muita atenção. Somos uma família, os médicos são nossos amigos e compartilhamos muitos momentos juntos. Existem coisas que nunca esquecemos, quando tive meus filhos, por exemplo, contei com o carinho e a solidariedade durante as gestações, e também nos partos recebi todo acompanhamento”, lembra Célia. Na trajetória são os amigos fieis que mais emocionam. “Agradeço aos meus colegas de trabalho Lana e Jobel que com o passar dos anos ficamos ainda mais unidos, e também ao Senhor Wilson que sempre foi como um pai para mim, mesmo afastado por motivos de saúde, nunca perdemos o contato. Quando me lembro dele, chego a ficar com lágrimas nos olhos”, afirma a funcionária. A homenagem a Célia aconteceu durante as comemorações do Dia das Mães, com direito a flores e fotos. De acordo com a Presidenta da SFMC, Dra. Vanda Terezinha de Vasconcelos, o gesto foi uma maneira de agradecer todo o tempo de parceria e empenho. “Nosso muito obrigada”

09

A sua Sociedade em Revista


Guia Médico

Manual dos

associados da SFMC

Um livro repleto de informações dos médicos associados da Sociedade Fluminense de Medicina e Cirurgia, endereço, email e todas as informações que facilitam a comunicação entre os associados. O manual já está disponível para todos que participam da instituição, após ter sido remodelado e atualizado para melhor atender. Lembrando que apenas os médicos, tem acesso aos dados, já que o livro não é distribuído para comunidade de forma geral. A SFMC conta não apenas com médicos residentes em Campos mas também em diversos Municípios e até em outros Estados. A parceria entre a Sociedade e os médicos funcionam como engrenagem para ótimos resultados. São diversos benefícios oferecidos, como eventos científicos, culturais e sociais. A contribuição mensal para cada médico custa apenas R$ 35 por mês. O médico que ainda não é associado basta buscar mais informações pelo telefone (22) 2733-1227.

A sua Sociedade em Revista

10


homenagem

Momento do parabéns a todas mães médicas e esposa de médicos, que maracaram presença na SFMC

Mês de maio

comemorado com festa para as Médicas

Este ano, no mês de maio a Sociedade Fluminense de Medicina e Cirurgia resolveu inovar prestando homenagens não somente as mães médicas, mas também a todas as médicas associadas, já que muitas delas mesmo não tendo filhos, ajudaram a trazer ao mundo ou já cuidaram de centenas de crianças como obstetras, pediatras, entre outras e para isso foi organizado um coquetel dançante com música popular brasileira, dis-

tribuição de flores, sorteio da médica associada para o perfil da revista, assim como sorteio de brindes entre os presentes, culminando com o tradicional bolo para os parabéns. A proposta era de uma noite descontraída e deu certo, tanto que foi inesquecível para os participantes. O ponto alto da noite foi uma mistura de glamour e solidariedade. Várias médicas toparam o desafio de posar para um ensaio fotográfico feito por Héllen Souza com maquiagem de Rogério Pontes. Com isso, contribuíram para benfeitorias da instituição. Mas a ideia foi além, elas acabaram colaborando com a confecção de uma estante, para montar uma minibiblioteca que ficará na sala de reuniões e irá abrigar o acervo de livros produzidos por médicos, que serão viabilizados para consultas no local. Conseguimos fazer a reforma de dez bancadas do memorial. Agora, queremos abrir um livro de ouro para arrecadar mais doações”, afirma a Presidente da SFMC, Dra Vanda Terezinha Vasconcelos.

11

A sua Sociedade em Revista


homenagem Diversão e reencontros não faltaram toda à noite. Alguns membros resolveram entrar na dança e teve até forró, para deixar a noite mais leve na área de lazer da sede da instituição. No final foram sorteados livros que marcaram época, em Campos. Para a Presidente da Sociedade de Medicina e Cirurgia, cada detalhe faz toda diferença na convivência com os médicos. No ano passado, a participação foi intensa e diversificada, a exemplo deste ano, o evento se tornou tradicional.

Dr. João Bosco Queiroga, Dra Vanda Terezinha, Alba Cristina, Ana e Dr. Renato e Dr. Paulo Lima

Iara e Dr. Elpídio Manhães, Dra Vanda Terezinha, Carmen Lúcia, Dra Angela, Dr. Sérgio Vieira, Dr Moacyr Serodio e esposa

Drs Jomar Jober e Ruy Soares

Dr. Claudio Rodrigues Teixeira e Dr. Edson Horvat

Drs Renato Amoy, Dra Vanda Terezinha, Félix Chalita e Walter da Conceição A sua Sociedade em Revista

12


homenagem

Drs Jomar Jober, Paulo Hirano, Félix Chalita

Drs Almir Salomão Filho, Adriana Trotta, Roberta Cesário e Família

Dras Vanda Terezinha e Marina Lemos e Carmem Célia Seixas com Célia Serpa e Dra Elisabete Bastos

Dra Vanda ladeada pela Dra Cyntiha e Marcos e Dr. João Bosco Nilzete Queiroga

13

A sua Sociedade em Revista


Festa Mães

Nilzete e Dr. João Bosco Queiroga

Janice e Dr. Waldir Simões

Dra Cintia Carvalho Ribeiro e Marcos Goncalves

Tânia e Dr. Maurício Escocard

Margarida e Dr. Elmon Tatagiba

Ana e Dr. Renato Sardinha

Dra Vanda Terezinha entre os médicos: Moacyr Seródio, Paulo Lima, Fernando Sampaio, Maurício Escocard A sua Sociedade em Revista

14

Drs. Adriana e Almir Salomão Filho

Drs. Angela e Sérgio Vieira

Desiree Hirano, Dra Adriana Trotta e Isabela Khouri

Iara Manhães e Eros Volusia


Festa Mães

Dra Vanda Terezinha com a filha Vanieri, genro Dr. José Falcão e os netos José Vinicius e Ana Luisa

Equipe de apoio da SFMC

Momento dançante com Ronaldo Vasconcelos

Conjunto Musical com a participação do cantor Leandro Tavares

Nossos agradecimentos a todos que participaram do evento e em especial as médicas que prontamente atenderam nossa solicitação e contribuíram financeiramente para a exposição fotográfica: Afaf Ibrahim Khenaifes, Ana Maria Pellegrini, Ana Paula Galvão, Annelise Maria Wilken de Abreu, Catarina Moriko Murakami,

Deliciosos docinhos e bolo com significativa mensagem

Carmen Lúcia com as Dras Angela Regina e Ana Sardinha

Cintia Carvalho Gonçalves, Consuelo Chicralla Martins, Elisabete Bastos Damásio, Elizabeth Passebon Soares, Marina Ribeiro Barros, Mirza Sampaio Kury, Roberta Cesário Carneiro e Rosa Lyana Oliveira, Vanda Terezinha Vasconcelos. Tivemos também a contribuição do associado Luiz Clovis Parente Soares.

Grupo de Médicos: Danilo Rangel, Jomar Jober, Elmon Tatagiba, Francisco Conte, Paulo Hirano, Félix Chalita e Antônio Salim Khouri

15

A sua Sociedade em Revista


Exposição

Exposição de fotos das

Mães e Médicas

Marina Zulchner, Dr. Eduardo Flores e Dra Ana Paula Galvão

A sua Sociedade em Revista

16

Dra Ana Pellegrini junto a sua fotografia


Nova Diretoria

Composição da mesa na Posse da SGORJ: Drs. Paulo Hirano, Antonio Salim, Abdalla Dib, Vanda Terezinha e Mauro Romero

Posse da nova diretoria da SGORJ A mudança da nova diretoria da SGORJ regional, aconteceu no dia 20 de maio deste ano, deixou o cargo o médico Antônio Salim Khouri e assumiu Abdalla Dib Chacur. A instituição que é a Associação de Ginecologia e Obstetrícia do Estado do Rio de Janeiro, afiliada à FEBRASGO que é a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia, entidade de classe médica ligada à Associação Médica Brasileira (AMB), tem grande relevância em diversos acontecimentos do Norte e Noroeste Fluminense. “A cidade de Campos abriga a sede da SGORJ regional, que agrega membros das regiões Norte e Noroeste Fluminense e que tenho a honra de ter sido eleito presidente da nova diretoria. A SGORJ é o órgão responsável pela elaboração e execução dos maiores eventos científicos da especialidade que ocorrem no Rio de Janeiro. Além disso, participa das ações relativas às especialidade que são angariadas pela FEBRASGO, conjuntamente às demais associações dos outros estados da federação. Neste contexto, uma das formas de atuação da federação é exercida pela elaboração e divulgação de diretrizes de condutas médicas, recomendadas no âmbito da ginecologia e da obstetrícia. Essas normatizações de condutas médicas são extremamente relevantes, já que direcionam a forma com que são estabelecidas a prevenção, o diagnóstico e o tratamento das doenças mais incidentes nas mulheres brasileiras”, comenta o atual Presidente Dr. Abdalla Dib Chacur. Importante destacar que a SGORJ é responsável pela criação e difusão de cursos de atualização para os associados, tanto na capital quando fora dela. Há também as revistas de cunho científico, RBGO e FEMINA,

Dr. Abdalla Dib em seu discurso de posse

Dr. Dib Abdalla Chacur com os homenageados da noite: Leonardo Miranda, Ana Maria Sartori e Aloisio Gomes

Drs Welligton Paes e Moacyr Seródio

Dr. Abdalla recebendo o carinho de suas filhas

que os associados tem acesso por meio da federação. “Pretendemos ainda este ano, participar do Congresso de SFMC em outubro, por meio de uma conferencia, executar um Simpósio Regional com colegas da capital e participar de campanhas de prevenção através de vacinas, contra HPV e de medidas sócio-educativas de combate a sífilis congênita”, finaliza o Presidente.

17

A sua Sociedade em Revista


Artigos Psicose não tratada A Psiquiatria é reconhecida como uma especialidade eminentemente clínica, sem possibilidades de utilização de marcadores biológicos ou de imagens. O desenvolvimento da neurociência está prometendo novas possibilidades quanto ao emprego de alguns elementos como a medida do cortisol plasmático e salivar, para a evidência de estresse agudo e como precursor do desenvolvimento do transtorno de estresse pós traumático, uma categoria que a cada dia ganha mais evidência entre os diagnósticos psiquiátricos. A neuroimagem e a espectroscopia por pósitrons também promete um futuro promissor para o diagnóstico e para o prognóstico em psiquiatria. Uma outra possibilidade que e abre é a evidência de categorias clínicas e psicopatológicas que podem caracterizar a gravidade de um determinado transtorno. Uma destas categorias é o Tempo de Psicose Não Tratada (TPNT). O TPNT passou a ser considerado uma categoria clínica que deve ser avaliada como complicador nos casos de primeiro episódio psicótico. Ele é exatamente o tempo de latência entre os primeiros sinais da psicose e o início da administração do antipsicótico correto em dose eficaz. O primeiro episódio psicótico ocorre via de regra na adolescência ou início da idade adulta, mais cedo um pouco nos homens. Não há na sua epidemiologia predominância de gênero, de classe social ou de etnia. Os únicos fatores conhecidos são a faixa etária, o uso prévio de cannabis e um processo depressivo refratário a antidepressivos. Os sinais iniciais de psicose são mudança de comportamento, isolamento social, misticismo exagerado, taquilalia e verborragia, ausência de necessidade de sono, hiperatividade, sintomas de melancolia não reativos aos antidepressivos de primeira escolha, como os inibidores seletivos de receptação de serotonina , irritabilidade não usual, inadequação social, ideias delirantes ou alterações de sensopercepção (vozes). É muito comum o adolescente ser conduzido a um clínico geral ou pediatra que pode identificar os sintomas psicóticos ou confundi-los com sintomas depressivos e prescrever antidepressivos. A liberação de serotonina nos processos que são principalmente envolvimento com a dopamina, podem ser desastrosos. O quadro maníaco induzido pelos sorotoninérgicos em geral complicam a psicose inicial de modo tão grave quanto o não tratamento. Nos dois casos, a psicose não foi tratada e o TPNT evolui com perdas neuronais que podem significar a cronificação do quadro.

É importante salientar que nem todas as psicoses agudas evoluirão para a Esquizofrenia. Existem vários quadros que são transitórios e que respondem excepcionalmente aos antipsicótico incisivos de alta potência. Os antipsicótico incisivos de alta potência são aqueles que agem inibindo a dopamina prontamente. São divididos em típicos (de primeira geração) e os atípicos (segunda geração). Os típicos são representados principalmente pelo Haloperidol e sua característica é de uma reatividade rápida e segura, com produção de efeitos extrapiramidais que podem ser combatidos com anticolinérgicos ou antiparkinsonianos. Os atípicos tem menor efeito extrapiramidal e são representados principalmente pela Risperidona e pela Olanzapina. Outros antipsicótico de primeira e de segunda geração ou não são incisivos ou não são de alta potência. Frente aos primeiros sinais de psicose, deve-se iniciar preferencialmente com a Risperidona em doses efetivas ou a Olanzapina. Estes não necessitam de associação com antiparkinsoniano ou anticolinérgico, mas podem ser associados a um antipsicótico de baixa potência com efeito sedativo, como a Levomepromazina ou a um benzodiazepínico de alta potência com o clonazepam. Retardar o início do antipsicótico é levar o TPNT a se tornar o elemento psicogênico mais grave, pois o que se pretende é que o quadro agudo se estabilize. As doses devem ser as máximas permitidas para cada antipsicótico, 6 mg para a Risperidona e 20 mg para a Olanzapina ou mesmo 15 mg para o Haloperidol. O tempo de tratamento de um primeiro episódio nunca deve ser menor que dois anos, mesmo com a supressão dos sintomas iniciais e com o retorno do paciente à sua atividade usual. Evidentemente que após os três primeiros meses de doses altas, paciente assintomático, pode-se reduzir as mesmas, mas jamais suspender. A relação médico-paciente- família é fundamental para se obter a adesão do binômio paciente-família. A intervenção psicoeducacional com pais que discordam quanto ao tratamento é também exercício de paciência e uma arte a ser conquistada pelo médico. Conseguir êxito nos primeiros dias é fundamental para conquistar os passos subsequentes. É verdadeiramente a Ars Curandi. Flávio Mussa Tavares

TERAPIA IMUNOBIOLÓGICA NAS DOENÇAS INFLAMATÓRIAS INTETINAIS (DII) Em 1963, foi publicado o primeiro ensaio mostrando a redução da mortalidade em retocolite ulcerativa com terapêutica por corticóide. Em 1995 foram apresentados os primeiros estudos de resposta terapêutica em uso de biológicos, tratado com Infleximabe (Ramecade) com melhora significativa, através do Indicie de atividade de Doença de Crohn (IADC). Em 1997, foi publicado um estudo, onde evidenciou 70% de redução do IACD na quarta semana pós infusão de infleximabe. O estudo de Charm (Adalimumab for maintenance of clinical response and remission in patients with Crohn’s disease), confirmando que a terapêutica com Adalimumabe (Humira) induzia remissões clinica e endoscópica de pacientes moderado e grave, diminuindo hospitalizações, cirurgias e redução de colectomias em 3 meses e ate 3 anos de segmento. Atualmente surgiu como um novo conceito em melhora clinica, endoscópica e histopatológica chamado Deep Remission (remission) O estudo EXTEND, com Adalimumabe foi o primeiro ensaio com biológicos, que visou a cicatrização completa da mucosa; embora houvesse restrições na doença de Crohn, por se tratar de uma patologia transmural. Embora houvesse um grande passo no tratamento das doenças inflamatórias intestinais, vem surgindo novos desafios para abordar os não responsivos. As alternativas indiciam não só o aumento as dose, mas também a troca de classe dos fármacos. Como monitorização dos pacientes, atualmente são usados parâmetros A sua Sociedade em Revista

18

clinico (Indicie IADC), laboratoriais (PCR, VHS), fezes (Colprotectina fecal) assim como radiológico (Enterografia por ressonância). Atualmente está sendo lançada uma nova terapêutica biológica. Enquanto os sucessores interferiam com o fator antagonista do TNF ALFA, a nova droga bloqueia as INTEGRINAS , visando impedir o trafego dos leucócitos na mucosa, como é o caso do Vedolizumabe (Entyvio). Existem estudos de novas moléculas, como Ustequimumabe e Morgersen assim como a Tofacitimibe Conclusão As doenças inflamatórias intestinais, representadas pela retocolite ulcerativa idiopática e doença de Crohn, vêm desafiando a ciência e como conseqüente seus representantes médicos, a oferecerem aos pacientes dessas moléstias uma melhor qualidade de vida, fazendo-os a serem inseridos na sociedade como elementos laborativos e produtivos. Para tal, alem de uma equipe multidisciplinar e aqui entende-se, um clinico gastroenterologista, proctologista, nutricionista e psicólogo, alem de um bom entendimento de novas abordagens terapêuticas biológicas. Dr Roberto Nascimento Costa – CRM: 5224394-7 Membro da GEDIIB – Grupo de estudos de doenças inflamatórias intestinais.


19

A sua Sociedade em Revista


Artigo A ORTODONTIA NO TRATAMENTO DE CRIANÇAS COM PROBLEMAS RESPIRATÓRIOS Dr. Cyro José Miranda Sá Nagamine (Clínico Geral e Ortodontista) CRO-RJ 20.864 Com a chegada do inverno, o número de crianças com problemas respiratórios aumenta, apresentando uma alta incidência, acima de 50% nas crianças entre 0 e 19 anos. Campos tem mais de 80 mil crianças que apresentam algum tipo de problema respiratório associado a obstrução nasal. Para corrigir este problema existe um procedimento, na ortodontia, chamado EXPANSÃO RÁPIDA DA MAXILA (ERM), realizado com um aparelho ortopédico chamado DISJUNTOR, utilizado para: 1.Aumentar o perímetro do arco dentário superior; 2.Corrigir a forma do palato (ogival e profundo); 3.Aumentar o volume da cavidade nasal;

Fig.1.Fotos oclusais maxila antes e depois.

Fig. 2. Radiografias oclusais antes e depois.

Normalmente o tratamento para desobstrução da cavidade nasal é feito através do uso de descongestionantes e antialérgicos, para melhorar a passagem do ar pelo nariz. Este tratamento é feito no momento da crise, onde as crianças apresentam diversos processos patológicos (rinite, sinusite, otite média, faringite, bronquite, hipertrofias de cornetos e adenoides e etc...). Porém este tratamento não é definitivo. Devemos descobrir a causa, fazer o diagnóstico preciso do problema da criança. Saber determinar os sinais e sintomas das crianças que respiram pela boca é muito importante! São eles: 1. dormir de boca aberta; 2. roncar; 3. babar no travesseiro; 4. se mexer muito dormindo; 5. bruxismo (ranger os dentes); 6. sede noturna; 7. cansaço constante; 8. olheiras (cianose palpebral); 9. dificuldade de concentração; 10.dificuldade na prática de exercícios físicos; 11.TDAH (transtorno do déficit de atenção e hiperatividade)... A SÍNDROME DO RESPIRADOR BUCAL (SRB), é a principal causa da obstrução na PASSAGEM DO AR PELO NARIZ, onde temos um estreitamento

A sua Sociedade em Revista

20

da cavidade nasal que impede, a passagem do ar pela cavidade nasal. Esta obstrução leva à HIPERTROFIA DAS AMIGDALAS e HIPERTROFIA DA ADENÓIDE. Com a obstrução da cavidade nasal o ar deixa de ser processado (filtrado, aquecido e umidificado), desviando a captação do ar para a boca, onde se iniciam os problemas... A respiração bucal é prejudicial à saúde da criança. Com isso o ar vai para os pulmões “in natura” SUJO, FRIO E SECO, dificultando as trocas gasosas e diminuindo a concentração de oxigênio no sangue. Esta redução de oxigênio, diminui o suprimento de oxigênio no cérebro, dificultando a concentração, raciocínio e coordenação motora das crianças. A nível muscular, as crianças têm dificuldades nas atividades físicas, pela falta de oxigênio nos músculos, ficando apáticas e com preguiça de brincar. Sempre que o ESTREITAMENTO DA CAVIDADE NASAL estiver presente, não adianta apenas operar amígdalas e adenoide, o tratamento deve ser feito com uma equipe interdisciplinar (pediatras, otorrinos, alergistas e ortodontistas), para tratar o problema da RESPIRAÇÃO BUCAL. O tratamento ortodôntico / ortopédico será de aproximadamente 3 meses onde será feito a Expansão Rápida da Maxila (ERM) com o uso de um aparelho ortopédico chamado DISJUNTOR para separar os ossos maxilares, liberando a passagem de ar pelo nariz!

Fig. 3 Disjuntor de Hyrax, no laboratório e cimentado na boca. Com apenas 3 dias de ativação as crianças começam a dormir melhor, e entre o 14º e o 21º dia, a abertura da sutura palatina mediana termina. O período de contenção será de 3 meses para formação de osso na sutura palatina mediana (SPM).

Fig. 4 Radiografias oclusais instalação, abertura e ossificação da SPM. A principal característica deste tratamento é a ausência de DOR, o procedimento é indolor! Este tratamento pode ser feito a partir de 2 anos até 18 anos. Desta forma as sequelas causadas pela respiração bucal serão minimizadas.


Artigo OLHA A GRIPE AÍ Não deu nem tempo de começar a entender Zika e Chikungunya e lá veio ela, a gripe H1N1 de novo assustar todo mundo. Será que realmente há necessidade de tanto pânico? Vou tentar aqui, neste artigo, esclarecer o que é mito e o que é realidade em relação a esta gripe. Todo ano esperamos que no fim de outono e inverno, apareçam as manifestações da gripe sazonal, mas este ano, começou lá em março e abril. A temporada da infecção por influenza, particularmente do H1N1 no hemisfério norte, foi mais intensa e prolongada, assim deve ter contaminado os viajantes do feriadão do carnaval, trazendo esta antecipação das infecções. O vírus Influenza são de três tipos, o A divididos em dois subtipos: H3N2 (o sazonal ) e o H1N1 (gripe suína e humana), o B cujos subtipos mais frequentes tem sido Yamagata e Victória e o tipo C, raro em causar epidemias. Todos eles são especialistas em causar infecções respiratórias altas e baixas em torno de 15% de toda a população do planeta. Só nos EUA, estimam-se 34 mil mortes anuais e mais de 220 mil hospitalizações principalmente nos extremos da vida, idosos e crianças. Todos estes vírus influenza (seja o A H3N2ou H1N1 ou o B) podem se manifestar de uma forma mais branda que chamamos de “Síndrome Gripal” com os tradicionais sintomas de mal estar, febre, dor de cabeça, tosse, dor de garganta, nariz entupido e coriza. Assim como podem levar a quadros mais graves, com envolvimento dos pulmões com a chamada “Síndrome Respiratória Aguda Grave” com pneumonia e risco de morte. No Brasil em 2015, 50% das gripes comuns eram por H3N2, 35% pelo tipo B e apenas 7% pelo H1N1(sempre esteve entre nós). Inclusive a maior parte dos quadros graves, com pneumonia e óbito foi pelo H3N2 e o B e não pelo H1N1. Neste ano de 2016, até a semana epidemiológica 23 houve uma mudança, sendo o tipo B responsável por 11,3% , enquanto o H1N1 responsável por 78,4% das gripes comuns, porém só 2,0% de influenza AH3N2, a

tal sazonal dos anos anteriores. Então pasmem a maioria das gripes que nos rodeiam hoje são por H1N1, nem por isso, morreu todo mundo. Casos graves ocorrem devido a todos os sorotipos, neste ano, em particular tivemos mais mortes do H1N1 que em 2009, justamente por ser o sorotipo predominante. O que chama atenção são as mortes em pessoas fora daquela faixa etária dita de risco e que o governo vacina todo ano, como crianças maiores, adultos jovens e de meia idade, que não são alvo da campanha. Logo o cuidado deve ser redobrado sempre em infecções por influenza, mas também não há que se ter pânico. O problema é que a vacina está faltando na rede privada e infelizmente também na pública. A previsão da produção pelos fabricantes foi inadequada, pois ano passado, um grande lote de vacinas foi desprezada e incinerada pela baixa procura. Mas parece que as formas mais graves têm ocorrido, em quem tem pouca experiência com o antígeno viral e que não tem sido vacinado nos últimos anos. São duas vacinas no mercado uma trivalente tendo as duas influenzas A (H1N1 e H3N2) e a B (só com a Yamagata), além da tetravalente, em clínicas privadas, que é igual a trivalente, acrescida com a cepa B Victória. Crianças, idosos e gestantes correm riscos, mas toda a população também, logo a prevenção é fundamental com higienização das mãos com água, sabão e de preferência várias vezes ao dia. Vale usar também álcool gel quando não der para lavar as mãos, sugerir máscaras em quem está gripado. E para quem ainda não se vacinou, tomar a vacina é fundamental, atitude segura e eficaz. Sem falar, que viver com uma boa qualidade de vida é sempre muito importante, com boa alimentação, hidratação, bom sono e exercício físico regular, contemplando reforço muscular e atividade aeróbica. Uma boa dica é procurar se vacinar logo no início de todo ano. Nélio Artiles

21

A sua Sociedade em Revista


Artigo SINAL DA “ARTÉRIA HIPERDENSA” E SINAL DO “PONTO”: O PAPEL DA AVALIAÇÃO TOMOGRÁFICA NO AVE ISQUÊMICO AGUDO SOBRAL, L.W.P.1; MACHADO, L.N.1; FARDIM, M.R.1; FRAGA, R.L.A.2; VANDESTEEN, L.3 1- Acadêmica de Medicina, Membro da Liga Acadêmica de Radiologia. 2- Médico Emergencista Hospital Ferreira Machado e Hospital Geral Dr. Beda 3- Médico Radiologista da Ultramed Diagnósticos e Professor titular de Imagenologia da FMC Hospital Ferreira Machado e Hospital Geral Dr. Beda Introdução: O acidente vascular encefálico (AVE) é a principal causa de morbimortalidade na atualidade. Cerca de 85% associam-se a insultos isquêmicos. A relativa maior acessibilidade a tomografia computadorizada permite a identificação precoce de sinais de pior prognóstico bem como a exclusão de eventos hemorrágicos. Objetivo: Demonstrar sinais de trombose/embolia arterial em fase aguda de AVE isquêmico. Material e Método: Estudo clinico retrospectivo de dois pacientes admitidos na Emergência do Hospital Ferreira Machado e Hospital Geral Dr.Beda, em Campos dos Goytacazes, durante o biênio 2014/2015. Descrição dos casos: Paciente 1: S.S., 65 anos, sexo masculino, negro, portador de hipertensão arterial sistêmica e diabetes mellitus tipo II, admitido no setor de Emergência do Hospital Ferreira Machado com hemiparesia esquerda, disartria e desorientação temporo-espacial. Tomografia de crânio sem contraste evidenciou hiperdensidade puntiforme em fissura sylviana direita sugerindo trombose no segmento M2 da artéria cerebral média (ACM), sinal do “ponto” (dot sign) e hipodensidade com perda da diferenciação corticossubcortical de regiões insular e de gânglios da base. Paciente 2: R.A.R., 61 anos, sexo masculino, caucasiano, hipertenso, à admissão na Emergência do Hospital Dr Beda, apresentava-se hemiplégico à direita, afásico porém solicito aos comandos verbais. Apresentava fibrilação atrial no eletrocardiograma, sem relato prévio. Tomografia de crânio sem contraste evidenciou hiperdensidade no segmento M1 da ACM esquerda (sinal da artéria cerebral média hiperdensa). Em ambos os casos, o intervalo temporal entre o ictus e a admissão hospitalar contraindicou a terapia fibrinolítica. Após 48h da admissão hospitalar, eles evoluíram com desvio de linha média e herniação uncal sendo submetidos à craniectomia descompressiva. Discussão: Dentre as alterações relacionadas ao infarto envolvendo grandes áreas do território da artéria cerebral média, pode-se incluir: hipodensidade da substância cinzenta, perda da interface entre a substância branca e cinzenta, hipodensidade do núcleo lentiforme, hipodensidade envolvendo a região insular e efeito de massa. As alterações descritas apresentam aspectos radiológicos hipodensos, porém mesmo em quadros isquêmicos pode-se observar alterações hiperdensas, que podem estar relacionadas a alterações hemorrágicas no parênquima cerebral ou embolia/trombose arterial e sugerem pior prognostico, como o sinal da artéria hiperdensa e o sinal do “ponto”. O sinal da ACM hiperdensa é um sinal precoce de oclusão desta artéria, e é caracterizado pela alta densidade nas TCs sem contraste, o que indica a

A sua Sociedade em Revista

22

presença de coágulos intra-arteriais (trombos ou êmbolos). Possui incidência entre 30-50% dos casos, porém hoje com estudos em TC multislice onde os cortes tem de 0,5 a 1mm de espessura, a incidência tem se mostrado bem maior. A sensibilidade para oclusão de ACM é baixa, porém a especificidade é alta. Para sua caracterização é necessário: 1) que esteja contralateral a sintomatologia, porque esta alteração também pode ocorrer em dissecção carotídea, aterosclerose calcificada (geralmente bilateral), em pacientes com hematócrito elevado e hemorragias subaracnóideas focais localizadas na fissura Sylviana – todos esses casos de falso-positivo; 2) que haja uma diferença de cerca de 20% a mais de UH que um vaso de mesmo calibre. Quando presente e com localização medial indica mau prognóstico e baixa taxa de resolução com rt-PA (recombinant tissue plasminogen activator) venoso. Já o sinal do “ponto”, corresponde a uma hiperdensidade pontiforme localizada na fissura sylviana, sugerindo trombose nos segmentos M2 ou M3 da artéria cerebral média. Este sinal tem alta especificidade e alto valor preditivo poitivo, mas baixa sensibilidade. Conclusões: Apesar da baixa sensibilidade no rastreamento de alterações isquêmicas agudas em comparação a ressonância magnética, a TC possui valor preditivo negativo elevado. A familiarização destes achados pela equipe médica e sua correta correlação clinica permite uma terapêutica eficiente na abordagem inicial. Figura 1 – referente ao paciente 1 – sinal do “ponto” (seta). Tomografias computadorizadas realizadas na admissão (a) e após 48h (b). Figura 2 - referente ao paciente 2 – sinal da ACM hiperdensa (seta). Tomografias computadorizadas realizadas na admissão (a) e após 48h (b). REFERÊNCIAS: 1- TOMANDL B F, KLOTZ E, HANDSCHU R, et al.: Comprehensive Imaging of Ischemic Stroke with Multisection CT. Radiographics 23 (3): Radiographics: 565-92, 2003. 2- GONCALVES F G et.: Sinais em neurorradiologia – Parte1. Revista Brasileira de Radiologia 44: 123-128, 2011. 3- MORITA S M D et.: Hyperattenuating Sings at Unenhanced CT Indicating Acute Vascular Disease. RadioGraphics 30, 111-125, 2010. 4- Wall S D, Brant-Zawadzki M, Jeffrey R B, et al.: High frequency CT finding within 24 hours after cerebral infarction. AJR 138: 307-11, 1982.




Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.