Revista da ANFEA- julho 2013

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Renato Aquino: meio século dedicado à arquitetura

Ações do Crea/RJ são reconhecidas e premiadas CAU/RJ investe na valorização profissional


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Editorial A Associação Norte Fluminense de Engenheiros e ArquitetosANFEA é uma das mais antigas entidades de classe do Estado do Rio de Janeiro, completando 77 anos em 2013. Com mais de quatrocentos profissionais no seu quadro de associados, a ANFEA vem se destacando nos últimos tempos, pela sua postura apartidária, mas, jamais omissa, em questões relevantes em toda a região Norte Fluminense. O lançamento desta Revista pretende preencher uma lacuna existente entre os profissionais e a nossa Associação e, também, com a sociedade de uma forma geral, tornando públicas nossas atividades, lutas, anseios e realizações. Desejamos que a Revista da ANFEA sirva acima de tudo, para valorizar os profissionais de diversas áreas da engenharia e arquitetura, pois entendemos que nenhuma mudança será significativa, sem a participação de profissionais capacitados e engajados na luta por uma sociedade melhor e mais justa. Fabrício Alvarenga Presidente da ANFEA

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Nesta edição:

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Editorial por Fabrício Alvarenga

CAU/RJ investe na valorização profissional

Estudo de Impacto de Vizinhança:

Paisagismo garante beleza e bem estar no mesmo espaço

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Ações do Crea/RJ são reconhecidas e premiadas

Arquitetura Sustentável

Paulo César Freitas recebe homenagem na festa da Anfea

Vintage na Arquitetura

Expediente Renato Aquino: meio século dedicado à arquitetura

Nº 1 - julho de 2013 Editoria e Produção: Neusa Martini Siqueira- DRT-1167/90 Programação Visual e Arte Final: Luiz Carlos Lopes Textos: Jornalista Tatiane Freire Revisão: Fabricio Alvarenga Circulação: Trimestral Tiragem: 2.000 exemplares Distribuição: Dirigida e gratuita Impressão: Gráfica Primeira Impressão/ Borzan e-mail.graficaborzangpi@ymail.com/ tel:​(22) 2732-4430 Cobertura Fotográfica: Ademar Santos A Revista da ANFEA não se responsabiliza por opiniões ou conceitos emitidos em artigos publicados

DIRETORIA 2013 – Eleição feita no dia 30/11/2012 Presidente: Arq. Fabrício Peixoto Alvarenga 1º Vice-Presidente: Eng. Civil Paulo César da Silva Mendes 2º Vice-Presidente: Arq. Carlos Henrique de Negris Teller Secretário Geral: Eng. Civil Sérgio Uebe Mansur 1º Secretário: Arq. Cláudia Lícia Golçalves Patrão 2º Secretário: Arq. Felipe Silva Santos 1º Tesoureiro: Arq. Marcos Gomes Macedo 2º Tesoureiro: Eng.Civil Carlos Max Rangel Riscado Diretor de Divulgação: Arq. André Luis Almeida Peixoto Diretor de Biblioteca e Informática: Arq. Mariana C. Sala Oliveira Reis Diretor Social: Arq. Edvar Chagas Junior Conselho Fiscal: Arq. Gustavo Monteiro Manhães Arq. Fred Pereira Souto Arq. Lílian Faria Peixoto • CONSELHO MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE E URBANISMO – CMMAU Titular – Arqº Carlos Henrique de Negris Teller 1º Suplente – Engº Sérgio Uébe Mansur 2º Suplente – Arqº Gustavo Monteiro Manhães • CONSELHO GESTOR DO PLANO LOCAL DE HABITAÇÃO Titular – Engº Paulo César da Silva Mendes Suplente – Arqº Martha Mignot Cordeiro • CONSELHO MUNICIPAL PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL – COMUDES Titular – Arqº Fabrício Peixoto Alvarenga Suplente – Arqº Cláudio Francisco Correa Valadares


profissional

CAU/RJ investe na valorização

Implantado em 02 de janeiro de 2012, o Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Rio de Janeiro (CAU/RJ) já enfrentou a fase de estruturação e atualmente passa por uma etapa de transição. Todos os trabalhos neste período estão voltados para garantir a valorização profissional, fazendo com que a sociedade entenda de fato o papel dos arquitetos e urbanistas, que tem fundamental importância na elaboração do planejamento urbano. Para isso, o Conselho – que é uma autarquia dotada de personalidade jurídica de direito público e estrutura federativa – vem buscando a aproximação com a categoria através do direcionamento das ações a serem desenvolvidas. O presidente do CAU/RJ, Sydnei Dias Menezes, deixou claro o interesse em realizar reuniões periódicas em Campos para discutir as questões específicas da região Norte Fluminense. Segundo ele, a intenção é envolver toda a categoria e ainda a sociedade e os governos locais. “Estamos em fase de afirmação político-institucional, discutindo projetos de políticas públicas com viés de ser um órgão de defesa da sociedade na contratação do bom serviço de arquitetura e urbanismo. Já fizemos duas reuniões em Campos, em 2011 e em 2012. E nelas ficou clara a necessidade de definirmos questões sobre documentação, fiscalização da atividade profissional e dar apoio institucional. A melhor forma de fazer isso é

Entidade pretende intensificar ações em Campos

realizando encontros periodicamente. Estamos trabalhando neste projeto”, adiantou Sydnei. Ele ainda destacou que a grande diferença entre o CAU/RJ e outras instituições é a função que o Conselho exerce. “Atuamos para defender os interesses da sociedade, além, é claro, de atender à demanda profissional do nosso estado”, esclareceu.

Conferência — Entre os dias 30 de outubro e 1º de novembro o CAU/RJ vai realizar a sua 1ª Conferência Estadual, que acontecerá na sede cultural da Firjan, no Centro do Rio de Janeiro. A partir de agosto, os interessados já poderão fazer a pré-inscrição para o evento através do site do Conselho www.caurj.org.br. Lá também poderá ser consultada a íntegra da programação. n


Estudo de Impacto de

Vizinhança: O que é e para que serve?

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A qualidade de vida nas cidades está diretamente associada ao controle das atividades nelas desenvolvidas. Na tentativa de reverter cenários desfavoráveis, mecanismos de gestão urbana passaram a ser implementados. Um deles é o Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV), um documento de análise urbanística e ambiental específico para mensurar e corrigir os impactos gerados pela inserção de um edifício ou atividade na malha urbana consolidada, verificando sua compatibilidade com a infraestrutura, paisagem e desenho urbanos, atividades humanas vizinhas e recursos naturais remanescentes da urbanização. Da forma como é apresentado no Estatuto da Cidade, presume-se que o EIV veio agilizar e pôr às claras o trâmite de aprovação de projetos de impacto no meio urbano. Entretanto, uma das grandes críticas às legislações ambientais diz respeito à morosidade do processo decisório e em Campos não tem sido diferente. De acordo com a Arquiteta e Urbanista, especialista em Preservação Ambiental das Cidades, Isabela Mayerhofer, o grande desgaste para os empreendimentos no município está sendo a demora na análise do processo de licenciamento. “Segundo informações, as reuniões ordinárias para avaliação do EIVs/RIVs, quando acontecem, estão cada vez menos produtivas devido à falta de quórum mínimo (cinco membros), levando até mesmo mais de oito meses para deliberação ou tomada de decisão”, disse a especialista. Outra dificuldade relatada é o acesso para análise dos EIVs em andamento e/ou aprovados, indo na contramão da Lei 7974/2008, que institui a Lei de Uso

Isabela Mayerhofer

e Ocupação do Solo Urbano do Município de Campos dos Goytacazes, a qual estabelece que os documentos integrantes do EIV ficarão disponíveis para consulta no órgão municipal competente, por qualquer interessado. Em Campos, o Relatório de Impacto de Vizinhança (RIV) nas construções urbanas poderia ser exigido pela municipalidade há 10 anos, com base na Lei 740/2003. Contudo, somente em 2011, através de portaria conjunta entre as secretarias de Meio Ambiente e Obras e Urbanismo estabeleceram-se os procedimentos e condutas para o requerimento, elaboração e apresentação do Estudo Prévio de Impacto de Vizinhança (EPIV) e o respectivo RIV. “Estes instrumentos urbanísticos novos só tem sentido se integrados a um processo de planejamento e gestão. Para tanto, precisam integrar e se articular com o que já existe, em especial com o Plano Diretor da Cidade. Os municípios também precisam ter regras. A introdução do EIV como instrumento de gestão urbana deve tornar todo o processo mais eficiente, e não burocratizá-lo ainda mais. Portanto, recomenda-se aos municípios que se atentem às normas regulamentadoras, simplificando-as e otimizando as etapas de aprovação”, avaliou Isabela.


Necessidade de elaboração do EIV A exigência de elaboração do EIV vem ao encontro da necessidade de vincular ao projeto as justificativas, as compensações e as correções dos impactos gerados pelo empreendimento, inclusive durante as obras. O Estudo objetiva as licenças edilícias e de funcionamento do empreendimento a cargo do poder público municipal (alvará de construção, carta de habite-se, autorização de funcionamento, concessão de uso, entre outros), devendo apresentar o conjunto dos estudos e informações técnicas relativas à identificação, avaliação, prevenção e mitigação dos impactos na vizinhança do empreendimento, atendendo ao Termo de Referência emitido por órgão municipal competente para sua apreciação. Recomenda-se aos municípios que sejam sujeitos ao EIV empreendimentos geradores de fluxos importantes de pessoas e veículos, como estações rodoviárias, hipermercados, centros de compras e lazer, hospitais, loteamentos urbanísticos, estádios esportivos, indústrias de médio e grande porte, edifícios comerciais de grande porte, garagens de ônibus, feiras de exposições comerciais, tecnológicas e agropecuárias, linhas e tor-

res de alta tensão, transformadores, torres e estações de telefonia celular, bem como atividades desenvolvidas no meio urbano causadoras de poluição visual, sonora e que causem possíveis emanações químicas e radioativas. O EIV foi instituído pela Lei 10.257/2001, também conhecida como Estatuto da Cidade (que se fundamenta no cumprimento da função social da propriedade). n Dica da ANFEA - Contrate um profissional da engenharia e arquitetura para executar o EIV. Despachantes e Funcionários Públicos não têm capacidade técnica para executá-lo

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Paisagismo garante beleza e no mesmo espaço

bem estar

Quem morava em apartamenambientes to muitas vezes sentia dificuldades cultivar plantas, devido aos escom criativas em paços serem pequenos e desfavoráveis. Nas construções mais mode áreas dernas, as varandas estão inovando a integração dos ambientes e de convívio com se reinventado com propostas cria-

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tivas de áreas de convívio para o bem estar dos moradores. Além de ser um lugar de refúgio e relaxamento, a varanda também tem se transformado numa área de lazer. Na hora de elaborar o projeto da varanda é importante levar em consideração as necessidades do espaço, as espécies que se adaptam ao estilo de vida dos moradores e qual a proposta para aquela área.

Arbustos e folhagens

Mariana Sala

A arquiteta e paisagista Mariana Sala deu dicas preciosas, que podem ajudar a embelezar a sua casa. Mariana é Pós Graduada em Ensino de Arquitetura e Urbanismo e também Pós Graduada em Botânica das Plantas Ornamentais.

Em apartamentos pequenos fica complicado montar uma varanda gourmet. Desta forma, vale a pena buscar soluções no paisagismo para conseguir um resultado melhor. As varandas com arbustos ou folhagens são mais resistentes e uma boa opção para quem tem pouco tempo para se dedicar aos cuidados de flores. Se você deseja mudar o ambiente e investir pouco na decoração, esta é uma ótima pedida. As plantas são os elementos naturais fundamentais para a sensação de bem-estar e relaxamento na decoração de um apartamento. Existem diversas formas de trabalhar o paisagismo nestes ambientes. Investir em vasos pequenos, médios e grandes com flores e folhagens é uma solução que além de exalar perfumes agradáveis, deixam a atmosfera mais alegre e contribuem com a sensação de frescor dentro da residência. Entre as espécies mais sofisticadas e ornamentais, vale ressaltar a variedade de orquídeas. Outras espécies também utilizadas são: Pacová, Asplênio, Palmeira Fênix, Pata-de-elefante, Bromélias, Cactos, Espada-de-São-Jorge, Lança-de-São-Jorge, Chifre-de-veado, Samambaias e Bonsai. Quem busca autenticidade e charme pode ousar com pequenos arbustos ou folhagens para completar a decoração. Na hora de fazer a escolha, lembre-se de que as plantas sem flores são mais fáceis de cuidar.


Jardim suspenso

Se quiser investir um pouco mais e deixar o espaço mais moderno pode recorrer aos elementos suspensos, como é o caso do jardim vertical. Tratase de um sistema que mantém as plantas suspensas numa estrutura fixada na parede. O jardim vertical requer espécies de plantas específicas, além de diversas técnicas que podem ser empregadas para sua construção. Nem todas podem participar dessa ideia. Por isso, a necessidade de consultar um especialista no assunto para determinar as plantas mais apropriadas. As mudanças no visual podem envolver os móveis, revestimentos e acessórios, baseado no bom-gosto e na criatividade. Os móveis mais frequentes são cadeiras, espreguiçadeiras, poltronas namoradeiras e mesinhas de centro. Tanto podem ser confeccionados com fibras sintéticas e naturais ou em espaços que contemplem uma proposta mais rústica. É comum o aparecimento de madeira, bambu e junco. A aposta de tecido náutico ou materiais acrílicos é sempre uma boa saída para garantir a proteção da mobília. Escolha sempre móveis aconchegantes e confortáveis e plantas resistentes. De nada vale sobrecarregar uma varanda com móveis e objetos decorativos a ponto de perder a harmonia. n

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Renato Aquino: dedicado à Arquiteto, professor, amigo e, acima de tudo, profissional de talento inquestionável e conduta ilibada a frente dos cargos que já ocupou, como por exemplo, a diretoria da antiga Escola Técnica Federal de Campos (ETFC), atual Instituto Federal Fluminense (IFF). Aos 75 anos, 51 deles dedicados à arquitetura, Como e quando surgiu o desejo de estudar arquitetura? Na juventude, com influência da professora Yolande Hamberger, mestra do Desenho e diretora do Liceu; e do arquiteto Ary Garcia Roza, fundador do Instituto dos Arquitetos do Brasil, em cujo escritório estagiei.

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Quando começou sua carreira profissional? No Rio, em 1962, com estágio no escritório do arquiteto Ary Garcia Roza, já mencionado. Em Campos, comecei a atuar em 1963.

O que o motivou a se dedicar por tantos anos à profissão? Numa palavra: Vocação! Mais por extenso: a possibilidade de fazer pessoas mais felizes por habitarem espaços projetados por mim. Dentre todos os trabalhos desenvolvidos ao longo de sua carreira, quais são os mais marcantes/importantes? Como em tudo na vida, o início sempre marca de modo especial. Citaria o projeto original do Santuário do Sagrado Coração, na rua Riachuelo; consultório e residência do Dr. Celmo Fer-


rquitetura meio século

Renato Marion Martins de Aquino, ou simplesmente Renato Aquino, como é reconhecido profissionalmente, é homenageado pela Associação Norte Fluminense de Engenheiros e Arquitetos (Anfea) nesta edição. Desta forma, a entidade contraria Nelson Rodrigues, que dizia: “Toda a unanimidade é burra”. reira de Souza; residência do empresário Carlos Ernesto Baldan e residência do dr. Alcy Ferreira Filho. Depois de tantos anos de atuação, ainda é possível vibrar ao ver um projeto concluído? Claro! É uma das sensações mais gratificantes na carreira do arquiteto. Atualmente, o senhor se dedica a algum trabalho/projeto específico? Sim. Estou lecionando Estudos Culturais no Curso de Arquitetura, Urbanismo e Paisagismo do ISECENSA.

Fazendo uma retrospectiva breve de suas atuações, o que vale ser destacado e por quê? Ter sido eleito orador da turma dos Arquitetos de 1961 da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), primeira turma a se formar no Fundão. Ter participado, em diversas ocasiões, da Diretoria da ANFEA e da entidade que a precedeu. Ter sido o primeiro presidente do Conselho Municipal de Cultura de Campos. Ter sido presidente da Academia Campista de Letras. Ter sido representante do Brasil num Curso para Administradores Educacionais da Universidade de Michigan, em Detroit. Ter obtido uma bolsa de estudos da Organização dos Estados Americanos para os sistemas de educação tecnológica da Espanha, Inglaterra, Alemanha e Suiça. Ter sido Diretor Executivo do atual IFF - Campos, na época de sua conclusão física e da instalação de vários de seus cursos. Ser Diretor-Executivo do Grupo Thoquino. O que a arquitetura representa em sua vida? Um amor conquistado. Quem é Renato Aquino, no seu íntimo? Alguém que curte arquitetura e magistério, dons que sempre agradeceu a Deus, juntamente com a família que tem. Católico praticante. Leitura, música, cinema e teatro. Curte muito poesia, em especial a de Cecília Meireles. Procura a justiça e a ética em tudo, quer na vida pública como na pessoal. n

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instituições que se destacam por seus processos de gestão. Além deste, recebeu pela segunda vez consecutiva, o selo do Programa Pró-Equidade de Gênero e Raça, dado pela Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República (SPM). O governo federal também certificou o Crea/RJ com o nível 3 do Gespública, programa de iniciativa para promoção da gestão de excelência na administração pública, em todos os seus níveis, visando conVice-presidente tribuir para a qualidade dos serviços do Crea/RJ, Luiz prestados ao cidadão e aumentar a Antonio Cosenza competitividade do país. Preocupada em regionalizar suas ações, a instituição tem realizado diversos Encontros Microrregionais, onde os profissionais de todo o Estado apresentam propostas que serão debatidas no 8 Congresso Estadual de Profissionais (CEP) e posteriormente defendidas no Congresso Nacional de Profissionais (CNP), afim de promovermos mudanças que entendemos ser absolutamente necessárias para que o sistema CONFEA/CREA/MUTUA se torne cada vez mais uma instituição reconhecida como essencial para o profissional e para a sociedade. “Não tenho dúvida que hoje o Crea/RJ é uma instituição que conta com o respeito da sociedade em geral, mas que ainda está muito distante dos profissionais. Não é uma tarefa fácil, mas que temos que buscar a cada dia ação ágil, eficiente e íntegra. Esta meta tem sido alcançada. essa aproximação, para que qualquer Prova disso são os últimos prêmios engenheiro, agrônomo ou técnico concedidos à entidade pelos governos possa ver o Conselho como a sua casa federal e estadual. A atual adminis- e ele sinta orgulho da profissão que estração recebeu o Prêmio Qualidade colheu e que tanto gosta de exercer”, Rio 2012 (categoria Prata), concedido disse o vice-presidente do Crea/RJ, pelo governo do Estado a empresas e Luiz Antonio Cosenza.

Ações do Crea/RJ são reconhecidas e

premiadas

O CREA/RJ tem como missão garantir à sociedade a eficácia de suas ações institucionais, verificando e valorizando o exercício legal e ético das profissões do sistema Confea/Crea/ Mutua, com o objetivo de ser reconhecido como instituição de excelência, essencial à sociedade por sua atu-


Nova sede do Crea/RJ em Campos oferece melhor estrutura Ainda de acordo com Cosenza, a instituição tem melhorando continuamente suas instalações em Campos, Itaperuna e, em breve, em Pádua. “A nova sede da Coordenação Regional de Campos é um bom exemplo. Saímos de duas salas que funcionavam em andares diferentes, para uma casa com toda a estrutura necessária para um

melhor atendimento aos profissionais e proporcionando melhores condições de trabalho aos funcionários”, destacou o vice-presidente. Ele ainda ressaltou o empenho da Anfea neste processo de mudança. “Neste ponto temos muito a agradecer à ANFEA, através do seu presidente Fabrício Peixoto Alvarenga e do diretor Marcos Gomes Macedo, que nos ajudou na procura por imóveis que atendessem as nossas necessidades. Além disso, assinamos um Convênio a ANFEA para que esta ocupasse a antiga sala do Crea e, em contrapartida, a Associação nos ajudasse na manutenção da nossa nova Sede”, contou.

Desafios da profissão A engenharia no Brasil passou por duas décadas de quase total estagnação. Nos últimos anos, devido aos grandes investimentos, principalmente em infraestrutura, a engenharia no país tem tido um grande crescimento. “Porém, estamos enfrentando um imenso problema no cenário da engenharia nacional, pois a quantidade de profissionais que se formam anualmente não vem acompanhando as necessidades das empresas. Com isso, estamos preocupados com a qualidade na formação desses novos profissionais. O mercado está aquecido, porém cada vez mais exigente e a especialização se torna cada vez mais exigida. Nesse caminho, os engenheiros mais antigos necessitam de atualização constante se quiserem continuar

dentro do mercado”, lembrou Cosenza. Ele ainda revelou que com a demanda aquecida por profissionais de engenharia, o Brasil tem enfrentado uma discreta, mas crescente, invasão de profissionais estrangeiros que entram no país com visto de turista e por aqui vão ficando, tirando oportunidades de técnicos e engenheiros brasileiros. “Este fato está sendo cada vez mais comum, principalmente em empresas que trabalham para a Petrobras na bacia de Campos. Temos tecnologias muito desenvolvidas em todas as áreas da engenharia para sermos autossuficientes, sem necessitar de “auxílios” externos”, finalizou Luiz Antonio. n

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O que é um projeto sustentável?

“É extremamente importante que o profissional tenha em mente que todas as soluções encontradas não são perfeitas, sendo apenas uma tentativa de busca em direção a uma arquitetura mais sustentável. Com o avanço tecnológico sempre surgirão novas soluções mais eficientes.” (YEANG,1999) Hoje os edifícios são os principais responsáveis pelos impactos causados à natureza, pois consomem mais da metade de toda a energia usada nos países desenvolvidos e produzem mais da metade de todos os gases que vem modificando o clima. O projeto de arquitetura sustentável contesta a ideia do 14 edifício como obra de arte e o compreende como parte do habitat vivo, estreitamente ligado ao sítio, à sociedade, ao clima, a região e ao planeta. Se compromete a difundir maneiras de construir com menor impacto ambiental e maiores ganhos sociais, sem, contudo, ser inviável economicamente. A elaboração de um projeto de arquitetura na busca por uma maior sustentabilidade deve considerar todo o ciclo de vida da edificação, incluindo seu uso, manutenção e sua reciclagem ou demolição. O caminho para a sustentabilidade não é único e muito menos possui receitas, e sim depende do conhecimento e da criatividade de cada parte envolvida. Alguns princípios básicos devem nortear o projeto: Avaliação do impacto sobre o meio em toda e qualquer decisão, buscando evitar danos ao meio am-

Arquitetura biente, considerando o ar, a água, o solo, a flora, a fauna e o ecossistema; **Implantação e análise do entorno; Seleção de materiais atóxicos, recicláveis e reutilizáveis; Minimização e redução de resíduos; Valorização da inteligência nas edificações para otimizar o uso; Promoção da eficiência energética com ênfase em fontes alternativas; Redução do consumo de água; Promoção da qualidade ambiental interna; Uso de arquitetura bio climática. Quais as Vantagens de um projeto sustentável O projeto sustentável, por ser interdisciplinar e ter pre-


Os principais benefícios são:

Redução dos custos de investimento e de operação; Imagem, diferenciação e valorização do produto; Redução dos riscos; Mais produtividade e saúde do usuário; Novas oportunidades de negócios; Satisfação de fazer a coisa certa.

Sustentável missas mais abrangentes, garante maior cuidado com as soluções propostas, tanto do ponto de vista ambiental quanto dos aspectos sociais, culturais e econômicos. O resultado final dessa nova arquitetura ecológica, verde e sustentável, proporciona grande vantagem para seus consumidores. Quem não quer ter uma casa saudável, clara, termicamente confortável e que gaste menos água e energia? A casa ecológica, além de beneficiar o meio ambiente, garante o bem estar de seu usuário (faz bem para a saúde, para o bolso e para o planeta.) Já a prática da arquitetura sustentável em empreendimentos imobiliários pode ser ainda mais vantajosa, uma oportunidade que não pode ser desperdiçada. Esse nicho de mercado é hoje um diferencial, mas no futuro se transformará em requisito, pois está dentro da necessidade urgente de melhores indicativos de qualidade de vida.

Construção sustentável custa mais caro?

A adoção de soluções ambientalmente sustentáveis na construção não acarreta em um aumento de preço, 15 principalmente quando adotadas durante as fases de concepção do projeto. Em alguns casos, podem atéreduzir custos. Ainda que o preço de implementação de alguns sistemas ambientalmente sustentáveis em um edifício verde gere um custo cerca de 5% maior do que um edifício convencional, sua utilização pode representar uma economia de 30% de recursos, durante o uso e ocupação do imóvel. Um sistema de aquecimento solar, por exemplo, se instalado em boas condições de orientação das placas, pode ser pago, pela economia que gera, em apenas um ano de uso. Edifícios que empregam sistema de reuso de água (a água dos chuveiros e lavatórios, após tratamento, volta para abastecer os sanitários e as torneiras das áreas comuns) podem ter uma economia de água da ordem de 35%. Por princípio, a viabilidade econômica é uma das três condições para a sustentabilidade. n


NOTAS DA ANFEA ANFEA aplaude: Engº Luís Antônio Cosenza, vice-presidente do CREA/RJ, pela deferência dispensada a nossa região, ao vistoriar a obra do Centro Histórico de Campos dos Goytacazes.

ANFEA vaia: A morosidade e a falta de critérios da Secretaria Municipal de Obras, ao analisar e aprovar projetos de engenharia e arquitetura na cidade de Campos dos Goytacazes.

Anfea e Mútua assinam convênio

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Em março deste ano, a Associação Norte Fluminense de Engenheiros e Arquitetos (Anfea) assinou um convênio com a Mútua (Caixa de Assistência dos Profissionais dos Crea), visando beneficiar todos os engenheiros da Associação e ainda os arquitetos que já eram conveniados ao Crea-RJ antes da criação do CAU/RJ. Entre os benefícios a serem desfrutados, os associados podem obter empréstimos junto à instituição com taxas muito abaixo das praticadas pelo mercado; plano de saúde; benefícios reembolsáveis e sociais, entre outros. n


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Anfea

Fotos: Ademar Santos

em festa pelo Dia do Engenheiro e do Arquiteto

Em mais um ano, a Associação Norte Fluminense de Engenheiros e Arquitetos, conseguiu reunir os profissionais da engenharia e arquitetura do Norte Fluminense, comemorando o dia do Engenheiro e Arquiteto, em uma festa marcada pela alegria e descontração. A noite foi embalada pelo som frenético de Felipe Tamy em point da Pelinca. O homenageado da noite foi o engenheiro Paulo César Freitas da Imbeg. Coquetel dos deuses e drinques que rolaram a noite toda animando a festa que acabou no comecinho da manhã. Tudo isso só foi possível pois tivemos como patrocinadores: Imbeg , Casa das Tintas /Sherwin Williams, Vodka Kovak, Todeschini , Construtora Avenida, Brant Gabry Arquitetura e Construções Ltda, Marel, Casa do Construtor, Naked Engenharia, Montigás, Jotesse e Mendes Construções Ltda, Vilarejo Home Center, Holz Móveis, Predifort, HCS Engenharia, Difratelli, Master , EuroCar Veículos, Sicoob Cred Rio Norte, Maguima Construções Ltda. n

Felipe Tamy deu um verdadeiro show!

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Patrícia e Fabrício Alvarenga

Ângelo Tardivo, Sérgio Faquer e Renato

Latife, Jobel Pessanha e Dayse Haddad

Adriana e Sérgio Siqueira

Leonardo Pinheiro e Babi Teixeira

Eduardo Brant e Renata Brito


Ana Maria Pellegrini e Arqtª Isabela Mayerhofer

Roni Andreson e Neilton

Arquitetos:Fabrício, Victor, André, Carlos Eduardo e Rodrigo

Judith, Aristides, Lílian e Lauro Lusitano

Eleonora e Ronaldo Naked

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Arquitetos: Lú Santana e Davi Delgado

Ana e Rui Fiúza

José Arthur - Todeschini

Alessandra e Gustavo Manhães

Cristina e Maurício Maciel

Cristina Maciel , Adriana Faquer e Cláudia Delbons


Carol Sence, Pamela Soares e Stella Wigand

Ana Maria Pellegrini, Noemia Viana e Renata Godoy

Arquitetos Marcos Macedo, Fabrício Alvarenga e Fred Souto

Cláudia e Hélio Delbons

Engº Hélio Crespo e Família

Engº Antônio Carlos Cunha e Arqtº Victor Aquino

Rodrigo Freitas, Fabrício Alvarenga e Daniel Freitas

Juliana Giró e Ronaldo Júnior

Valéria e Roberto Rodrigues

Engº Paulo Moraes e esposa

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O homenageado da noite, Engº Paulo César Freitas e Renata Godoy

Luana e Felipe Santos


Celestinha DaMatta, Carlos Augusto e Márcia Laterça

Arquitetos: Janine e Luís Gustavo

Coordenação CREA/Campos

Denise Penna, Marcus Brandão, Neusinha Siqueira e Edvar Júnior

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Lídia e Célio Gabry

Arquitetos : Viviane Daher, Victor Aquino e Carlos Teller

Arquitetos Geraldo André e Davi Delgado

Tânia e Hildenício Alvarenga

Mariana e Sérgio Coragem

Arqtº Marcos Gonçalves e esposa


Vintage na arquitetura

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Algumas características do estilo vintage na arquitetura de interiores:

- cores sólidas e fortes, como laranja, verde, vermelho, amarelo, lilás, etc.; - estampas floridas, xadrez, psicodélicos, formas geométricas e abstratas; - tecido com textura, como vinil, veludo, felpos, plástico, rendas, chenilhe. - os materiais mais utilizados são a madeira (não trabalhada), os cromados, espelhados, linóleo entre outros; - pernas pontiagudas e sempre à vista; - papel de parede também é muito utilizado nesse estilo; - objetos divertidos como telefones antigos e pesados, eletroportáteis com cores vibrantes e design retrô, esculturas e obras de arte com visuais fortes fazem todas, parte do espírito vintage.

O estilo vintage pode ser definido como um apanhado do que há de melhor em cada década, aquilo que foi referência em determinada época e pode acontecer em todos os setores. O estilo abrange o universo da arquitetura, da moda, do design, da música, também nas artes e na cultura. Mas normalmente quando nos referimos ao estilo vintage, trata-se dos anos 20 até a década de 80. Quando escutamos a expressão vintage, logo vem à lembrança da famosa Egg Chair criada há 50 anos pelo designer dinamarquês Arne Jacobsen. Ou então a mesa da linha Tulip criada pelo designer finlandes Eeron Saarinen. Assim como os pés-palito dos móveis da década de 50 e também as geladeira e cozinhas coloridas que tinham um ar futurista. A arquitetura esse estilo é muito utilizado no design de interiores, onde o projeto busca as influências passadas e celebradas na história do design, para compor os ambientes. Isso se vê em móveis, objetos e lustres, enfim, produtos das décadas de 50, 60 e 70 de designers de destaque. Os ambientes podem combinar a arquitetura moderna, clean e arrojada, com esses objetos ousados, lindos e cheios de história. Hoje em dia existem vários fabricantes que produzem mobiliários e elementos decorativos inspirados no estilo vintage. Mas também é superdivertido procurar peças originais em feiras e lojas de antiguidades (ou de segunda mão) ou até mesmo alguma antiguidade de família! O estilo ganhou tanto destaque que várias empresas de eletrodomésticos e eletroportáteis estão investindo em produtos com essas características, que parecem da casa da vovó, mas que voltam repaginados para marcar presença em nossas casas. n


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