Cuidados de enfermagem a criança e ao adolescente na atenção básica de saúde

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CUIDADOS DE ENFERMAGEM À CRIANÇA E AO ADOLESCENTE ´ NA ATENÇÃO BÁSICA DE SAÚDE

Francisca Georgina Macedo de Sousa Regina Gema Santini Costenaro (Organizadoras)

1a edição – 2016 Porto Alegre – RS


Conselho Editorial

Diretor: Prof. Dr. Marcio Neres dos Santos Pon!"cia Universidade Católica do Rio Grande do Sul - Brasil Profa. Dra. Maria Ribeiro Lacerda Universidade Federal do Paraná - Brasil Profa. Dra. Regina Helena Medeiros Universidade de Caxias do Sul/RS - Brasil Profa. Dra. Rita Catalina Aquino Caregnato Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre/RS - Brasil Conselho editorial especializado responsável por esta obra: Profa. Dra. Ana Izabel Jatobá de Souza Universidade Federal de Santa Catarina - Brasil Profa. Dra. Elisa da Conceição Rodrigues Escola de Enfermagem Anna Nery/UFRJ – Brasil Profa. PhD Henriqueta Ilda Verganista Mar!ns Fernandes Escola de Enfermagem do Porto – Portugal


Os autores e a editora se empenharam para dar os devidos créditos e citar adequadamente a todos os detentores de direitos autorais de qualquer material u!lizado neste livro, dispondo-se a possíveis acertos posteriores, caso, involuntária e inadver!damente, a iden!Þcação de algum deles tenha sido omi!da. Todas as fotos que ilustram o livro foram autorizadas para publicação e uso cien"Þco pelos pacientes e/ou familiares na forma de consen!mento livre e informado, seguindo as normas preconizadas pela resolução 196 / 96, do Conselho Nacional de Saúde. Diagramação e capa: Formato Artes GráÞcas Revisão de Português: Annelise Silva da Rocha Imagem de capa: shu$erstock ID da Imagem: 421057099 ©: Wong Salam 1ª Edição – 2016 Todos os direitos de reprodução reservados para

É proibida a duplicação ou reprodução deste volume, no todo ou em parte, em quaisquer formas ou por quaisquer meios (mecânico, eletrônico, fotocópia, gravação, distribuição pela internet ou outros), sem permissão, por escrito, da MORIÁ EDITORA LTDA. Endereço para correspondência: Av do Forte, 1573 Caixa Postal 21603 Vila Ipiranga – Porto Alegre /RS CEP: 91.360-970 – Tel:51.8604.3597/9116.9298 moriaeditora@gmail.com www.moriaeditora.com.br

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Cuidados de enfermagem à criança e ao adolescente na atenção básica de saúde / Organizadoras: Francisca Georgina Macedo de Sousa, Regina Gema Santini Costenaro - Porto Alegre: Moriá Editora, 2016. 304 p. : il. Bibliografia ISBN 978-85-99238-14-1 1. Cuidados de enfermagem 2. Atenção primária à saúde 3. Saúde da criança 4. Saúde do adolescente 5. Integralidade em saúde 6. Nutrição infantil I. Sousa, Francisca Georgina Macedo

de II. Costenaro, Regina Gema Santini NLM WY100

Catalogação na fonte: Rubens da Costa Silva Filho CRB10/1761


Sobre os autores

Adriana Dall´Asta Pereira – Enfermeira. Doutora em Ciências pela Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP. Professora do Curso de Graduação em Enfermagem do Centro Universitário Franciscano de Santa Maria/RS – UNIFRA./ RS. Membro do Grupo de Estudos e Pesquisa em Empreendedorismo Social da Enfermagem e Saúde. Alessandra Marin Santini – Enfermeira. Mestranda no Programa de Pós-Graduação Mestrado Profissional em Saúde Materno Infantil no Centro Universitário Franciscano de Santa Maria/RS – UNIFRA. Enfermeira Assistencial da Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica do Hospital Universitário de Santa Maria – HUSM/RS. Alexandre Antonio Naujorks – Médico cardiologista. Doutor em Ciências Médicas e Ciências Cardiologicas, Mestre em Pediatria pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS. Especialista em Cardiologia-Ecocardiografia e Ecografia Vascular. Médico cardiologista do Hospital Universitário de Santa Maria – HUSM – Universidade Federal de Santa Maria – UFSM. Professor Adjunto do Curso de Graduação em Medicina e no Programa de Pós Graduação e Mestrado Profissional em Saúde Materno Infantil do Centro Universitário Franciscano – Santa Maria/RS. Ana Carolina Terrazzan – Nutricionista – Especialista em Nutrição Materno Infantil pelo Institudo de Educação e Pesquisa do Hospital Moinhos de Vento – Por-


vi • Sobre os autores

to Alegre/RS. Mestra e Doutoranda em Saúde da Criança e do Adolescente pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS Docente convidada em cursos de Pós-Graduação Latu Sensu. Ana Eliza Belizário Rodrigues – Enfermeira pela Universidade Federal do Pampa – UNIPAMPA,Campus Uruguaiana/RS, Mestranda do Programa de Pós-graduação em Enfermagem da Universidade Federal de Santa Maria – UFSM. Bolsista Demanda Social – CAPES. Ana Luíza Paula de Aguiar Lélis – Enfermeira. Doutora em Enfermagem pela Universidade Federal do Ceará – UFC. Doutorado sanduíche na Universidade de British Columbia no Canadá. Especialista em Enfermagem Neonatal. Membro do Núcleo de Pesquisa na Saúde do Neonato e da Criança – NUPESNEC/ UFC/ CNPq. Professora substituta da UFC. Ana Paula Dias França Guareschi – Enfermeira. Doutora em Ciências da Saúde pela Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo – EEUSP. Mestre em Enfermagem Pediátrica pela Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP.Docente do Curso de Graduação da EEUSP e do Centro Universitário São Camilo – CUSC/ SP.. Membro do Grupo de Estudo e Pesquisa do Centro de Estudos de Enfermagem e Nutrição/GESPECEEN CUSC./SP. Andréa Cristina Oliveira Silva – Enfermeira. Doutora em Ciências pela Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto. Professora da Universidade Federal do Maranhão – UFMA. Membro do Grupo de Estudo e Pesquisa na Saúde da Família, Criança e Adolescente/GEPSFCA. Augusto Cezar Antunes de Araujo Filho – Enfermeiro. Mestre em Enfermagem pelo Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da Universidade Federal do Piauí – UFPI. Benylda Araújo Pinheiro de Sousa – Enfermeira. Mestre em Saúde Coletiva. Enfermeira do Núcleo de Vigilância do Pronto Socorro do Anil/Secretaria Municipal de Saúde de São Luís/MA. Membro do Grupo de Estudo e Pesquisa em Saúde da Família, Criança e Adolescente/GEPSFCA. Bruna Pase Zanon – Enfermeira. Mestre em Enfermagem e Doutoranda do Programa de Pós Graduação em Enfermagem da Universidade Federal de Santa Maria/RS – UFSM.


Sobre os autores • vii

Camila Lehnhart Vargas – Nutricionista. Especialista em Nutrição Clínica pelo Colégio Brasileiro de Estudos Sistêmicos de Porto Alegre/RS – CBES. Mestre e Doutoranda em Distúrbios da Comunicação Humana pelaUniversidade Federal de Santa Maria – UFSM. Docente do Curso de Nutrição da Universidade Regional do Noroeste do estado do Rio Grande do Sul – Ijuí/RS. Carla Lizandra de Lima Ferreira – Enfermeira. Doutora em Ciências da Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP. Professora e coordenadora do Curso de Graduação em Enfermagem do Centro Universitário Franciscano de Santa Maria/RS – UNIFRA. Membro do Grupo de Estudos e Pesquisa em Empreendedorismo Social da Enfermagem e Saúde/ GEPESES. Carla Zimmermann Tuzin Santos – Enfermeira. Mestranda no Programa de Pós-Graduação Mestrado Profissional em Saúde Materno Infantil do Centro Universitário Franciscano de Santa Maria/RS – UNIFRA./ Circéa Amália Ribeiro – Enfermeira. Doutora em Enfermagem. Professora Associada do Departamento de Enfermagem Pediátrica da Escola Paulista de Enfermagem da Universidade Federal de São Paulo. Pesquisadora líder do Grupo de Estudos do Brinquedo/GEBrinq. Possui experiência na área da Saúde da Criança e do Adolescente e Famíla. Claudia Funck Vallandro – Médica intensivista na Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica no Hospital Universitário de Santa Maria – HUSM da Universidade Federal de Santa Maria – UFSM e no Hospital de Caridade Astrogildo de Azevedo, Santa Maria/RS. Especialista em Pediatria pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul – PUC/RS. Chefe da Unidade de Atenção à Saúde da Criança e Adolescente do HUSM/UFSM. Mestranda no Programa de PósGraduação Mestrado Profissional em Saúde Materno Infantil do Centro Universitário Franciscano de Santa Maria/RS- UNIFRA. Cláudia Zamberlan – Doutora e Mestre em Enfermagem pela Universidade Federal do Rio Grande – FURG. Especialista em Terapia Intensiva e Administração dos Serviços de Saúde. Docente dos Cursos de Graduação em Enfermagem e Medicina, Residência em Enfermagem Obstétrica e do Mestrado Profissional em Saúde Materno Infantil do Centro Universitário Franciscano de Santa Maria/ RS/ UNIFRA. Enfermeira Intensivista da Unidade de Cardiologia Intensiva do Hospital Universitário de Santa Maria – HUSM/UFSM.


viii • Sobre os autores

Cristiane Brito da Luz Chagas – Enfermeira. Especialista em Saúde coletiva. Enfermeira na Equipe de Saúde da Familia de Nova Palma/RS. Mestranda no Programa de Pós-Graduação Mestrado Profissional em Saúde Materno Infantil do Centro Universitário Franciscano de Santa Maria/RS- UNIFRA. Cristiane Cardoso de Paula – Enfermeira pediatra. Doutora em Enfermagem pela Escola de Enfermagem Anna Nery da Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ. Professor Adjunto do Departamento de Enfermagem da Universidade Federal de Santa Maria – UFSM. Bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq – Nível 2 – CA EF – Enfermagem. Cristiane Veras Bezerra Souza – Enfermeira do Serviço de Neonatologia do Hospital Universitário da Universidade Federal do Maranhão – UFMA. Especialista em Saúde da Família. Tutora Estadual do Método Canguru. Danilo Marcelo Araujo dos Santos – Enfermeiro. Mestre em Enfermagem. Enfermeiro assistencial do Hospital Universitário da Universidade Federal do Maranhão – UFMA e do Hospital Pediátrico Dr. Odorico Amaral de Matos. Membro do Grupo de Estudo e Pesquisa na Saúde da Família, Criança e Adolescente /GEPSFCA. Dennyse Cristina Macedo Alves – Enfermeira. Mestre em Saúde e Enfermagem. Membro do Grupo de Estudo e Pesquisa em Saúde da Família, Criança e Adolescente/GEPSFCA. Dirce Stein Backes – Enfermeira. Doutora em Enfermagem. Professora do Curso de Graduação em Enfermagem, Coordenadora do Programa de Pós Graduação – Mestrado profissional em Saúde materno infantil do Centro Universitário Franciscano de Santa Maria/RS – UNIFRA. Líder do Grupo de Estudos e Pesquisa em Empreendedorismo Social da Enfermagem e Saúde/GEPESES. Bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq. Eliane Tatsch Neves – Enfermeira Pediatra. Doutora em Enfermagem. Pós-doutorado em Enfermagem em Saúde Pública na Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo – EERP – USP. Professora Associada nos Cursos de Graduação e Pós-graduação/Mestrado e Doutorado em Enfermagem. Pesquisadora do Grupo de Pesquisa Cuidado à Saúde das Pessoas Famílias e Sociedade /PEFAS-UFSM.


Sobre os autores • ix

Eremita Val Rafael – Enfermeira. Doutora em Saúde Coletiva. Enfermeira do Serviço de Neonatologia do Hospital Universitário da Universidade Federal do Maranhão – HU-UFMA. Consultora Nacional do Método Canguru. Avaliadora da Iniciativa Hospital Amigo da Criança. Fernanda Luisa Buboltz – Enfermeira. Doutoranda do Programa de Pós-graduação em Enfermagem da Universidade Federal de Santa Maria – UFSM. Enfermeira técnico-administrativa em educação do Departamento de Enfermagem da UFSM. Franceliane Jobim Benedetti – Nutricionista. Mestre e Doutora em Saúde da Criança e do Adolescente pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. – UFRGS. Docente do Curso de Nutrição e do mestrado profissional Materno Infantil do Centro Universitário Franciscano de Santa Maria/RS – UNIFRA. Francisca da Silva Souza – Enfermeira. Especialista em Saúde da Criança e do Adolescente.Enfermeira do Serviço de Neonatologia do Hospital Universitário da Universidade Federal do Maranhão – UFMA. Consultora Nacional do Método Canguru. Francisca Georgina Macedo de Sousa – Enfermeira. Doutora e Pós-Doutora em Enfermagem pela Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC. Doutorado Sanduíche pela Escola Superior de Enfermagem do Porto , Portugal , Docente Permanente do Programa de Pós-Graduação e da Graduação em Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão – UFMA. Líder do Grupo de Estudo e Pesquisa na Saúde da Família, Criança e Adolescente/GEPSFCA. Giuliane Ferreira Lopes dos Santos – Enfermeira. Mestre em Saúde Coletiva. Enfermeira do Programa em Educação em Diabetes da Unidade Mista do Bequimão/Secretaria Municipal de Saúde de São Luís/MA. Membro do Grupo de Estudo e Pesquisa na Saúde da Família, Criança e Adolescente/GEPSFCA. Hedi Crecência Hecler de Siqueira – Enfermeira. Doutora em Enfermagem pela Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC. Docente do Programa de Pós-Graduação Mestrado e Doutorado em Enfermagem da Universidade Federal de Rio Grande – FURG. Docente do Programa de Mestrado Profissional em Saúde Materno Infantil do Centro Universitário Franciscano de Santa Maria/RS – UNIFRA. Professora Emérita da FURG. Membro líder do Grupo de Estudo e Pesquisa / GEES.


x • Sobre os autores

Hilda Maria Barbosa de Freitas – Enfermeira. Doutora em Ciências pela Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP. Professora do Centro Universitário Franciscano de Santa Maria/RS – UNIFRA.Enfermeira Assistencial da Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica do Hospital Universitário de Santa Maria – HUSM -Universidade Federal de Santa Maria -UFSM. Coordenadora da COREMU, do Programa de Residência em Enfermagem Obstétrica e do Curso de Especialização em Enfermagem Obstétrica. Membro do Grupo de Estudo e Pesquisa Empreendedorismo Social na Enfermagem e Saúde/GEPESES e também do Grupo Interdisciplinar de Pesquisa em saúde/GIPES – UNIFRA. Ítalo Rodolfo Silva – Enfermeiro. Doutor em Enfermagem pela Escola de Enfermagem Anna Nery da Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ. Professor do Curso de Enfermagem da UFRJ, Campus Macaé. Membro do Núcleo de Pesquisa Gestão em Saúde e Exercício Profissional da Enfermagem/GESPEn/ UFRJ e do Grupo de Estudo e Pesquisa na Saúde da Família, da Criança e do Adolescente/GEPSFCA/– Universidade Federal do Maranhão – UFMA. Jaynara Menezes Sousa Pinheiro – Enfermeira. Especialista em Enfermagem da Criança e do Adolescente. Mestre em Enfermagem. Enfermeira da Rede SARAH de Hospitais. Jean Pierre Parabone Ilha – Médico. Especialista em Pediatria pela Universidade Federal de Santa Maria –UFSM/RS. Chefe e médico Intensivista na Unidade de Terapia Intensiva pediátrica no Hospital Universitário de Santa Maria -HUSM-UFSM e no Hospital de Caridade Astrogildo de Azevedo, Santa Maria/ RS. Mestrando no Programa de Pós-Graduação Mestrado Profissional em Saúde Materno Infantil no Centro Universitário Franciscano de Santa Maria/RS UNIFRA. Joama Gusmão Pereira Moreira – Enfermeira. Especialista em Saúde da Criança e do Adolescente, enfermeira do Ambulatório de Seguimento de Alto Risco (Followup) da Unidade Neonatal do Hospital Universitário da Universidade Federal do Maranhão – UFMA. Tutora do Método Canguru e enfermeira da Estratégia Saúde da Família do município de São Luís/MA Joséte Luzia Leite – Doutora em enfermagem. Professora Emérita pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro – UNIRIO. Membro do Núcleo de Pesquisa Gestão em Saúde e Exercício Profissional da Enfermagem /GESPEN da


Sobre os autores • xi

Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ. Bolsista de produtividade em pesquisa 1B CNPQ. Jousecléa Rios Pereira Colins – Enfermeira. Especialista em Saúde da Família e em Saúde Materno Infantil. Julia Peres Pinto – Enfermeira. Doutora e Mestre em Ciências da Saúde pela Escola de Enfermagem da Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP. Docente dos Cursos de Graduação do Centro Universitário São Camilo,São Paulo/SP e da Universidade Anhembi Morumbi. Membro do Grupo de Estudo em Puericultura da Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP e da Diretoria da Associação Brasileira de Enfermagem, Seção São Paulo/SP. Karoline Ottes Kettermann – Enfermeira. Especializanda em enfermagem obstétrica pelo Centro Universitário Franciscano de Santa Maria/RS – UNIFRA. Laís Barreto Aragão – Graduanda do Curso de Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão – UFMA. Bolsista CNPq de Iniciação Científica. Membro do Grupo de Estudo e Pesquisa na Saúde da Família, Criança e Adolescente /GEPSFCA. Lorena Carvalho Braga – Enfermeira. Discente da Residência Multiprofissional em Saúde do Hospital Universitário da Universidade Federal do Maranhão – UFMA com ênfase em Saúde da Criança. Membro do Grupo de Estudo e Pesquisa na Saúde da Família, Criança e Adolescente/GEPSFCA. Luciana Palácio Fernandes Cabeça – Mestre em Enfermagem. Enfermeira do Serviço de Neonatologia do Hospital Universitário da Universidade Federal do Maranhão. Tutora Estadual do Método Canguru. Luciane Najar Smeha – Psicóloga. Doutora em Psicologia e Mestre em Psicologia Social pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul – PUC/ RS. Professora no curso de graduação em Psicologia e Programa de Pós-Graduação em Mestrado Profissional saúde Materno Infantil no Centro Universitário franciscano de Santa Maria/RS – UNIFRA. Maria Vera Lúcia Moreira Leitão Cardoso – Enfermeira. Doutora e Mestre em Enfermagem pela Universidade Federal do Ceará – UFC. Pós-Doutorado pela Escola de Enfermagem da Universidade de Victoria no Canadá. Bolsista de pro-


xii • Sobre os autores

dutividade 1D do CNPq. Professora Titular da UFC.Docente permanente do Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da UFC.Coordenadora do Núcleo de Pesquisa na Saúde do Neonato e da Criança/NUPESNEC da UFC/CNPq. Marinese Herminia Santos – Enfermeira. Mestre em Ciências da Saúde. Docente do Curso de Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão – UFMA. Consultora Nacional do Método Canguru para o Ministério da Saúde. Membro do Grupo de Estudos e Pesquisa em Saúde da Família, da Criança e do Adolescente/GEPSFCA da UFMA. Nayana Fontenelle Xerez – Enfermeira e Nutricionista. Mestranda em Gestão de Programas e Serviços de Saúde Pública. Especialista em Saúde da Família. Neila Santini de Souza – Enfermeira. Doutora em Ciências pelo Programa de Pós-graduação em Enfermagem da Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP. Professora adjunta do curso de graduação em enfermagem da Universidade Federal de Santa Maria – UFSM, Campus Palmeira das Missões/RS. Tutora da Universidade Aberta do Brasil -Fiocruz. Nicole Maria Costa e Silva – Graduanda em Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão – UFMA. Bolsista de Iniciação Científica da Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão – FAPEMA . Membro do Grupo de Estudo e Pesquisa na Saúde da Família, Criança e Adolescente/GEPSFCA. Ortêncya Moraes Silva – Enfermeira. Bolsista Voluntária de Iniciação Científica. Membro do Grupo de Estudo e Pesquisa na Saúde da Família, Criança e Adolescente/GEPSFCA. Raquel Candido Ylamas Vasques – Enfermeira. Doutora em Ciências da Saúde e Mestre em Enfermagem pela Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo -EEUSP. Docente dos Cursos de Graduação e Pós-Graduação do Centro Universitário São Camilo,São Paulo/SP. Membro do Núcleo Interdisciplinar de Pesquisa em Perdas e Luto/NIPPEL/EE-USP; e do Grupo de Estudo e Pesquisa em Humanização em Saúde/GEPHUS do Centro Universitário São Camilo, São Paulo/SP. Regina Gema Santini Costenaro – Enfermeira. Doutora em Enfermagem pela Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC. Docente nos cursos de Gradu-


Sobre os autores • xiii

ação em Enfermagem e Psicologia, curso de especialização, no Programa de Residência em Enfermagem Obstétrica e no Programa de Mestrado Profissional em Saúde Materna Infantil no Centro Universitário Franciscano de Santa Maria/RS – UNIFRA. Líder do grupo Interdisciplinar de Pesquisa em saúde/GIPES. Rhayra Ane Cutrim Campos – Graduanda em Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão – UFMA. Bolsista de Iniciação Científica da Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão – FAPEMA.Membro do Grupo de Estudo e Pesquisa na Saúde da Família, Criança e Adolescente/ GEPSFCA. Rosiane Filipin Rangel – Enfermeira. Especialista em Enfermagem em Neonatologia pelo Centro Educacional São Camilo. Mestre em Enfermagem pela Universidade Federal do Rio Grande – FURG. Doutoranda em Enfermagem pelo Programa de PósGraduação em Enfermagem FURG. Docente do Centro Universitário Franciscano de Santa Maria/RS – UNIFRA. Silvana Santiago da Rocha – Enfermeira. Doutora em Enfermagem pela Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ. Professora Associada do Curso Bacharelado em Enfermagem e do Programa de Pós-Graduação em Enfermagem, nível Mestrado e Doutorado da Universidade Federal do Piauí – UFPI. Themys Danyelle Val Lima – Enfermeira. Mestre em Saúde do Adulto e da Criança. Enfermeira do Serviço de Neonatologia do Hospital Universitário da Universidade Federal do Maranhão – HU-FMA. Tutora Estadual do Método Canguru.


Sumário

APRESENTAÇÃO – Tons, Cores e Ecos que nos Motivaram à Produção da Obra ........................................................ Francisca Georgina Macedo de Sousa Regina Gema Santini Costenaro CAPÍTULO 1 – Vigilância em Saúde da Criança: Perspectivas para a Ação e Intervenção na Atenção Básica de Saúde .................... Benylda Araújo Pinheiro de Sousa Danilo Marcelo Araujo dos Santos Francisca Georgina Macedo de Sousa Giuliane Ferreira Lopes dos Santos CAPÍTULO 2 – O Cuidado ao Recém-Nascido Pré-Termo e de Baixo Peso na Atenção Básica de Saúde ..................................... Marinese Hermínia Santos Francisca da Silva Souza Joama Gusmão Pereira Moreira Jousecléa Rios Pereira Colins CAPÍTULO 3 – Sono da Criança Egressa da Unidade Neonatal .......... Maria Vera Lúcia Moreira Leitão Cardoso Ana Luíza Paula de Aguiar Lélis

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xvi • Sumário

CAPÍTULO 4 – Consulta de Enfermagem em Puericultura ................. Cristiane Brito da Luz Chagas Regina Gema Santini Costenaro Rosiane Filipin Rangel Hilda Maria Barbosa de Freitas Cláudia Zamberlan CAPÍTULO 5 – Avaliação do Crescimento e Desenvolvimento da Criança na Primeira Infância na Atenção Básica de Saúde.......... Francisca Georgina Macedo de Sousa Dennyse Cristina Macedo Alves Laís Barreto Aragão Nicole Maria Costa e Silva CAPÍTULO 6 – Alimentação da Criança no Primeiro Ano de Vida: Considerações para a Prática Clínica na Atenção Básica .................. Eremita Val Rafael Nayana Fontenelle Xerez Jaynara Menezes Sousa Pinheiro CAPÍTULO 7 – Manejo dos Problemas no Processo de Aleitamento Materno: Ações de Cuidado do Enfermeiro na Atenção Básica à Saúde ................................................................. Eremita Val Rafael Luciana Palácio Fernandes Cabeça Themys Danyelle Val Lima Cristiane Veras Bezerra Souza CAPÍTULO 8 – Nutrição Infantil e suas Repercussões na Vida Adulta ..... Ana Carolina Terrazzan Camila Lehnhart Vargas Franceliane Jobim Benedetti CAPÍTULO 9 – A Integralidade do Cuidado à Criança na Atenção Básica em Saúde ................................................ Augusto Cezar Antunes de Araujo Filho Silvana Santiago da Rocha

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Sumário • xvii

CAPÍTULO 10 – Prevenção de Acidentes na Infância e Medidas de Proteção .................................................... Danilo Marcelo Araujo dos Santos Giuliane Ferreira Lopes dos Santos Lorena Carvalho Braga CAPÍTULO 11 – Cuidado Domiciliar à Criança com Condição Crônica.... Ana Paula Dias França Guareschi Julia Peres Pinto Raquel Candido Ylamas Vasques CAPÍTULO 12 – Criança com Aids Desconfiando do seu Diagnóstico: Contribuições para o Cuidado de Enfermagem .......... Hilda Maria Barbosa de Freitas Cristiane Cardoso de Paula Dirce Stein Backes Bruna Pase Zanon Circéa Amália Ribeiro CAPÍTULO 13 – Criança com Afecções Respiratórias: Cuidados na Atenção Primária em Saúde ........................................ Neila Santini de Souza Eliane Tatsch Neves Fernanda Luisa Buboltz Ana Eliza Belizário Rodrigues Franceliane Jobim Benedetti CAPÍTULO 14 – Hipertensão Arterial Sistêmica na Infância e Adolescência................................................................. Claudia Funck Vallandro Alexandre Antonio Naujorks Jean Pierre Parabone Ilha CAPÍTULO 15 – Consulta de Enfermagem ao Adolescente na Atenção Básica à Saúde ............................................ Andréa Cristina Oliveira Silva Ítalo Rodolfo Silva Josete Luzia Leite Ortêncya Moraes Silva Rhayra Ane Cutrim Campos

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xviii • Sumário

CAPÍTULO 16 – Cuidados Potencializadores de Enfermagem para a Promoção da Anticoncepção na Adolescência ....................... Regina Gema Santini Costenaro Carla Zimmermann Tuzin Santos Hedi Crecência Hecler de Siqueira Rosiane Filipin Rangel CAPÍTULO 17 – O Adolescente Como Membro do Sistema Familiar e suas Necessidades no Âmbito da Saúde .............. Regina Gema Santini Costenaro Luciane Najar Smeha Alessandra Marin Santini CAPÍTULO 18 – Violência Sexual Contra Crianças e Adolescentes como o Enfermeiro Pode Identificar? .......................... Karoline Ottes Kettermann Carla Lizandra de Lima Ferreira Adriana Dall´Asta Pereira Regina Gema Santini Costenaro CONTRIBUIÇÕES FINAIS – Marcas que Ficam... Mudanças que se Constroem ............................................................. Francisca Georgina Macedo de Sousa Regina Gema Santini Costenaro

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Apresentação Tons, Cores e Ecos que nos Motivaram à Produção da Obra

A Atenção Básica em Saúde configura-se como amplo contexto para as práticas de Enfermagem. No tocante ao cuidado à Saúde da Criança e do Adolescente o Enfermeiro ocupa posição estratégica no sentido de implantar a Política de Atenção à Criança e ao Adolescente e conduzir as ações de cuidado na promoção da saúde e na prevenção e controle de agravos. Sob essa perspectiva são muitos os tons, cores e ecos que justificam os esforços para a organização do livro Cuidados de Enfermagem à Criança e ao Adolescente na Atenção Básica de Saúde. O primeiro é que a motivação deve ser uma constante no cotidiano do cuidar e que também nos instiga diariamente a aprimorar conhecimentos e a socializar nossos saberes com a comunidade cientifica da enfermagem/saúde. Em segundo lugar, a prática de Enfermagem na atenção básica é dinâmica e complexa e, por isso mesmo, sugere absorção contínua de conhecimentos, competências e habilidades para o cuidado. Assim, socializar conhecimentos fortalece e contribui para a tomada de atitudes de cuidado seguro e eficaz. Em seguida, defendemos que a autonomia do enfermeiro no processo de cuidar e o seu papel ativo nas práticas de atenção à saúde da criança e do adolescente devem ser pautados na lógica para um projeto de vida pro-


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fissional. Nesse sentido as insuficiências da formação acadêmica devem ser enriquecidas pela adição de saberes e práticas que emergem do processo e do contexto do trabalho profissional. Implica que precisamos nos apropriar, nos empoderar e nos mobilizar para conhecimentos, experiências, práticas, atitudes e saberes promotores de boas práticas profissionais e qualificadores do cuidado. Esse foi o tom do livro. As cores da obra são produtos dos esforços dos colaboradores que se dedicaram em descrever práticas para apoiar o cuidado à criança e ao adolescente na Atenção Básica em Saúde. Os ecos serão os resultados qualitativos nas práticas de cuidado. Nesse sentido, temos a plena convicção de que o livro apresenta estratégias para apoiar a tomada de decisão. Desejamos a todos uma ótima e proveitosa leitura. Francisca Georgina Macedo de Sousa Regina Gema Santini Costenaro


CAPÍTULO

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Avaliação do Crescimento e Desenvolvimento da Criança na Primeira Infância na Atenção Básica de Saúde Francisca Georgina Macedo de Sousa, Dennyse Cristina Macedo Alves, Laís Barreto Aragão e Nicole Maria Costa e Silva

ANTROPOMETRIA DA CRIANÇA NA ATENÇÃO BÁSICA DE SAÚDE: NOTAS INTRODUTÓRIAS A monitorização do crescimento e do desenvolvimento é um componente da consulta de Enfermagem na Atenção Básica em Saúde (ABS), realizada de forma sistemática no cotidiano das práticas assistenciais. Segundo o Ministério da Saúde (MS) (BRASIL, 2012), a monitorização do crescimento e do desenvolvimento tem como objetivo a promoção e a proteção desses indicadores e a detecção precoce de alterações passíveis de modificação na vida futura da criança. Assim, a antropometria configura-se como medida de baixo custo capaz de identificar distúrbios nutricionais e, com isso, possibilitar o monitoramento do crescimento e desenvolvimento, a investigação de fatores que conduzem à falta de saúde e nutrição e o estabelecimento de intervenção de promoção da saúde (BRASIL, 2004). Embora a antropometria tenha muitas limitações de fiabilidade, é o melhor e mais usado método para avaliar o crescimento, por ser simples, econômico e não invasivo (DE BRUIN et al., 1995). Na ABS, a puericultura é ferramenta oportuna para o acompanhamento integral do crescimento e do desenvolvimento infantil, dirigida aos aspectos da prevenção, proteção e promoção da saúde, de modo que a


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criança alcance a vida adulta sem influências desfavoráveis trazidas da infância (GAUTÉRIO, et al 2012). Dada a importância e o impacto dos atrasos no desenvolvimento no que se refere à morbidade infantil, é fundamental identificar, o mais precoce possível, as crianças de maior risco, a fim de minimizar os efeitos negativos daí decorrentes (HALPERN, et al, 2000). Dessa maneira, o crescimento e o desenvolvimento (CD) são eixos de referência para todas as atividades de atenção à criança na ABS e se articulam com as medidas de promoção, proteção e recuperação da saúde nos primeiros anos de vida como condições cruciais para que o crescimento e o desenvolvimento infantil se processem de forma adequada. A Agenda de Compromissos para a Saúde Integral da Criança e Redução da Mortalidade Infantil (BRASIL, 2004) defende que toda equipe de saúde deve estar preparada para realizar esse acompanhamento, identificando crianças de risco, detectando e abordando adequadamente as alterações na curva de peso e no desenvolvimento neuro-psicomotor da criança. O enfermeiro, membro da equipe de saúde na ABS, deve colocarse como participante do processo do acompanhamento do crescimento e desenvolvimento da criança e, assim, realizar ações que possibilitem que o cuidado a esse grupo seja executado da forma mais adequada possível. Para tanto, é necessário e fundamental que o enfermeiro avalie e registre todos os parâmetros do crescimento e do desenvolvimento infantil, pois só assim poderá avaliar e classificar esse indicador de saúde infantil. É por meio dessa avaliação que o enfermeiro irá identificar as situações de risco e detectar alterações (MOREIRA, GAÍVA, 2013). Dessa forma, é recomendado aferir, registrar, avaliar e classificar o crescimento e o desenvolvimento da criança nas consultas de enfermagem, pois o acompanhamento de dados antropométricos em curvas de crescimento e dos marcos do desenvolvimento são importantes instrumentos na promoção da saúde, visto que essas curvas e marcos são sensíveis para avaliação da saúde infantil. Sob essas perspectivas, o acompanhamento do crescimento e do desenvolvimento da criança deve ser realizado na ABS e articulado com a família, a comunidade e o profissional de saúde. Nesse sentido, cabe ao enfermeiro deter conhecimento necessário para avaliação da criança assim como para a tomada de decisões e orientações à família (GAUTÉRIO, et al 2012). Com base nesses pressupostos, questiona-se: Que conhecimentos devem embasar a prática do enfermeiro para avaliação do crescimento e desenvolvimento in-


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fantil? Como conduzir esse processo de avaliação? Que indicadores o enfermeiro deve utilizar para avaliar o crescimento e o desenvolvimento infantil? Como registrar e avaliar esses indicadores de saúde infantil? De posse desses questionamentos, nos aliamos à assertiva de que “o que podemos interrogar são os valores que atribuímos ao nosso agir. Pois são os valores que determinam e revelam os nossos compromissos e responsabilidades para com o outro” (SOUSA, ERDMANN, 2012, p. 797), e diz respeito à nossa essência, como profissionais da saúde, às nossas opções e desejos e às nossas escolhas. Portanto, o texto tem como objetivo descrever os recursos para avaliação do crescimento e do desenvolvimento da criança na ABS e o manejo das curvas dos indicadores de crescimento na Caderneta da Criança, pois o conhecimento e o manejo desse indicador configuram-se como necessidade estratégica para fundamentar a ação do enfermeiro na atenção à criança.

PROCESSO DE AVALIAÇÃO E CLASSIFICAÇÃO DO CRESCIMENTO E DO DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA: ASPECTOS CONCEITUAIS E OPERACIONAIS • Avaliação e classificação do crescimento Para o MS (Brasil, 2004), crescimento é um processo dinâmico e contínuo, caracterizado pelo aumento do tamanho corporal, que ocorre desde a concepção até o final da vida, considerando-se os fenômenos de substituição e regeneração de tecidos e órgãos e é avaliado pelo ganho de peso e do comprimento ou altura. Cessa com o término do aumento em altura (crescimento linear) e é um dos melhores indicadores de saúde da criança, pois reflete as condições em que ela vive, enquanto que o desenvolvimento é o aumento da capacidade do indivíduo na realização de funções cada vez mais complexas. Diz respeito à aquisição de habilidades tais como a capacidade de virar de um lado para outro, de sentar, apreender objetos, balbuciar palavras e formar frases. É avaliado a partir de marcadores específicos segundo idade. O MS determina que todo e qualquer encontro da criança com os serviços de saúde, independente do motivo, da queixa ou doença que o moti-


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vou, deve se revelar como oportunidade para “análise integrada e preditiva de sua saúde” (BRASIL, 2002, p. 27). Por isso, o acompanhamento sistemático do crescimento e do desenvolvimento configura-se como eixo central na atenção à criança. Essa avaliação periódica permite identificar o progresso de cada criança ou as implicações deste, assim como identificar aquelas de maior risco a agravos da saúde infantil (WELLAND, et al., 2012). Da mesma forma que se caracteriza como produtor de situações que permitem aos profissionais de saúde elaborar intervenções curativas e preventivas além de facilitar o diálogo e o aconselhamento com a mãe e a família. Para tanto, a utilização da Caderneta de Saúde da Criança (CSC) é recomendada pelo MS como instrumento para o seguimento do crescimento da criança, desde o nascimento até os 10 anos de vida. Recomenda a utilização dos gráficos, considerando o perímetro cefálico (PC), o comprimento ou a altura e o peso em relação à idade e o sexo da criança. Os pontos de cortes utilizados nas curvas estão representados em escores Z, que indicam unidades de desvio padrão do valor da mediana (escore Z 0). Isto é, um escore Z positivo significa que o valor da medida do indivíduo é maior que a média da população de referência, enquanto um escore Z negativo corresponde a um valor menor que a média. A recomendação do MS (BRASIL, 2002; 2004) é que as crianças sejam avaliadas regularmente, pois avaliações esporádicas dificultam o seguimento e a identificação precoce de desvios do crescimento. Para apoiar o monitoramento do crescimento e desenvolvimento infantil na ABS, o MS (BRASIL, 2002) propõe o Calendário Mínimo de Consultas para Assistência à Criança na Atenção Básica, conforme quadro abaixo: Quadro 1 – Calendário Mínimo de Consultas para Assistência à Criança na ABS Dias

Idade

Número de Meses Consultas

Até 15 1

1º Ano – 7 2º Ano – 2 3º Ano – 1 4º Ano – 1 5º Ano – 1 6º Ano – 1

2

4

6

5

6

9

12

18

24

3

4

5

6


CAPÍTULO

16

Cuidados Potencializadores de Enfermagem para a Promoção da Anticoncepção na Adolescência Regina Gema Santini Costenaro , Carla Zimmermann Tuzin Santos, Hedi Crecência Hecler de Siqueira e Rosiane Filipin Rangel

INTRODUÇÃO A adolescência é conhecida como um período de transição entre a infância e a idade adulta. De acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) seu início se dá aos 12 anos indo até os 18 anos. Nessa fase uma gama de mudanças ocorre, tanto físicas, como psicológicas e comportamentais (BRASIL, 1990). É também um período em que, na maioria das vezes, tem-se o início das relações sexuais, as quais estão acontecendo precocemente e nem sempre acompanhadas com as informações, os conhecimentos e a prevenção adequados para se evitar uma possível gravidez indesejada e/ou Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST) (SOLDERA et. al.; 2012). Estudos evidenciam que alguns adolescentes têm conhecimento, porém inadequado, sobre os métodos anticoncepcionais, e que um em cada dez desses sexualmente ativos utilizam métodos contraceptivos; sendo assim, no sentido de estimular o autocuidado e a anticoncepção na adolescência, os profissionais de saúde devem olhar com atenção os adolescentes, principalmente nas questões de promoção da saúde. Essa população deve ser atendida de acordo com suas necessidades, de maneira humanizada e personalizada, fortalecendo vínculos e desmistificando a timidez, os tabus e preconceitos que são inerentes a esta fase do ciclo evolutivo (KEMPFER et al, 2012).


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Nesse sentido, são necessárias novas estratégias de educação em saúde articuladas com a rede sócio familiar na qual o adolescente está inserido, pois os mesmos esclarecem suas dúvidas sobre sexo com maior frequência com os amigos. Também discutem sobre a prevenção da gestação com pais, mães e outros familiares, assim como as dúvidas sobre DST/Aids são elucidadas com professores e profissionais da saúde. Estes aspectos sugerem que os adolescentes contam com uma rede de pessoas com as quais mantém diálogos, compartilhando informações e questionamentos. Essa rede sócio familiar, portanto, deve ser compreendida como parte de um elenco fundamental para constituir a base de ações de promoção e educação em saúde do adolescente (BORGES, NICHIATA, SCHOR, 2006). O enfermeiro possui como forte competência o desenvolvimento de ações de educação em saúde, onde planeja e implementa ações que favoreçam a saúde sexual do adolescente, atuando em serviços de saúde e escolas. Assim, é por meio da troca de ideias, esclarecimentos e orientações ao adolescente e sua família que esse profissional pode auxiliar na prevenção dos problemas relacionados à sexualidade. É importante ressaltar que ao trabalhar questões dessa temática, é imprescindível levar em conta as particularidades de cada jovem e família, e, assim, contribuir para que estes optem por uma prática sexual segura e responsável. A família, a escola e o profissional da saúde, são corresponsáveis pela educação sexual e promoção de saúde dos adolescentes (VALLI e COGO, 2013). De maneira geral, à medida que os adolescentes crescem, as pessoas adultas vão criando expectativas diversificadas sobre eles e elas e, por consequência, sobre as suas vidas. Estas diferenças, culturalmente instituídas, entre os sexos influenciam, com frequência, a vida de adolescentes e jovens, nos campos da sexualidade, da saúde e da inserção social (BRASIL, 2010). Assim, objetiva-se, neste capitulo, descrever a atuação do enfermeiro nas ações educativas em anticoncepção na adolescência.

ANTICONCEPÇÃO NA ADOLESCÊNCIA A anticoncepção na adolescência é uma temática de relevância social, bem como questão de saúde pública, visto que uma gravidez precoce ou DST pode trazer consequências significativas à vida dos adolescentes.


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Isso se reflete, principalmente, ao fato de que estes tendem a interromper seus projetos de vida (KEMPFER et al, 2012). Estas situações podem se tornar ainda mais complexas, pelo fato de que a iniciação sexual está cada vez mais precoce e a gravidez ocorre, geralmente, nos seis primeiros meses depois que adolescentes têm sua primeira relação sexual, devido ao sexo sem proteção (HERNANDES et al (2010). Os adolescentes de ambos os sexos demonstram conhecer o preservativo e a pílula, desconhecendo os demais e menos conhecidos métodos contraceptivos, bem como manifestam insegurança e falta de informações sobre qual o método mais seguro e eficaz para ser utilizado ao iniciarem a vida sexual. Além disso, estudos revelam que os adolescentes sabem onde obter ao menos um método anticoncepcional, porém, isso não é garantia que os mesmos venham a obtê-lo e utilizá-lo (KEMPFER et al, 2012). Dentre algumas variáveis associadas à gravidez inoportuna, se encontram a deficiente orientação sexual na adolescência, o desconhecimento sobre aspectos básicos de anatomia e fisiologia reprodutivas, a dificuldade de acesso a métodos contraceptivos aliados ao desconhecimento sobre locais de ação dos mesmos e a pouca instrução sobre a sua utilização (LIMA, MATOS E MELO, 1996). O conhecimento sobre os métodos contraceptivos e saber os riscos advindos das relações sexuais desprotegidas são fundamentais para que os adolescentes possam vivenciar o sexo de maneira saudável, assegurando a prevenção da gravidez e das DST/Aids. Além disso, o exercício da sexualidade deve ser um direito desvinculado da procriação (VIEIRA et al, 2006).

AÇÕES EDUCATIVAS SOBRE ANTICONCEPÇÃO NA ADOLESCÊNCIA Pesquisadores observaram que, durante uma intervenção educativa na escola, um número elevado de adolescentes tinha um conhecimento inadequado sobre anticoncepção e grande parte dos adolescentes haviam tido relações sexuais precoces e não utilizaram a escola como fonte de informação, e tampouco seus pais para tirar dúvidas (HERNÁNDEZ, SANTELICES, NUÑES, 2010).


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Em uma oficina educativa sobre sexualidade com adolescentes na escola, foi manifestado pelos mesmos que as práticas educativas devem possibilitar a aquisição de habilidades para a tomada de decisões na busca de promoção da saúde e de qualidade de vida. Nesta concepção de educação em saúde, deve estar o enfermeiro como facilitador. Os resultados desta oficina mostraram que as práticas educativas devem ter um caráter participativo, permitindo a troca de informações e experiências baseadas na realidade e vivência dos adolescentes, valorizando seus hábitos e sua cultura (KEMPFER et al, 2012). Os profissionais de saúde devem participar de ações educativas junto às comunidades escolares e buscar o apoio de tecnologias educacionais digitais capazes de despertar o interesse dos adolescentes, visto que estes constroem sua identidade a partir de processos sociais na internet e também porque as relações estabelecidas no meio virtual refletem no comportamento assumido no mundo real (VALI, COGO, 2013).

Rede sócio familiar e a promoção da saúde sexual e reprodutiva dos adolescentes Estudos sobre adolescência e sexualidade evidenciam a necessidade de abordagem clara, descontraídas e sem preconceitos, envolvendo família, escola, comunidades religiosas, ambientes prestadores de assistência à saúde e de formação profissional habilitada e capacitada. Deve-se viabilizar estratégias que permitam aos adolescentes saber e incorporar em seus hábitos diários as questões que envolvem a saúde sexual e reprodutiva, e dialogar, sem juízo de valor, sobre suas dúvidas e vivências, e garantir, assim, uma adolescência saudável. Fica evidente, nesse sentido, a responsabilidade de toda a sociedade no que tange a promoção e qualidade de vida do adolescente (VIEIRA et al, 2006). É importante salientar que mesmo havendo uma redução nos índices de fecundidade em todo o Brasil, ainda continua preocupante a gravidez em adolescentes em situação de vulnerabilidade social (BRASIL, 2010). Em estudo quantitativo, realizado com 383 adolescentes com idade de 15 a 19 anos, na cidade de São Paulo/SP, identificou-se que os mesmos compartilhavam informações e diálogos sobre sexo, com maior frequência


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