Som do rock magazine 9

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Texto e Fotos de Lunah Costa

Reportagem completa:

Parte VII


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Reportagem Exclusiva do O Vagos Open air 2015

Paulo Teixeira

O Som do Rock Magazine esteve no Vagos Open Air 2015. A nossa colaboradora Lunah Costa fez a reportagem completa para vos dar a conhecer como foi. Foram muitas fotos e três dias completos de grandes sons.

Temos também a entrevista ao Portugueses The Autist A Biografia dos SIStema. Fala connosco atraves do e-mail, magazine@somdorock.pt

Som do Rock Magazine nº 9 Setembro 2015—Pag 03


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Leitura para as Férias

Ficha Técnica: Propriedade: Som do Rock Administração Paulo Teixeira Data : Setembro de 2015 Preço: Grátis (Proibido a sua impressão e venda) Colaboradores: Redação / Paginação e conteúdos: Paulo Teixeira Reportagem/ Entrevistas:

Lunah Costa Carolina Lobo

Indice: Pagina 3 Pag 06—Correio Noticias: Pag 07—LUX FERRE estreia álbum a 1 de Outubro

Cronicas: Ricardo Pato Colunista Dico Bandas

Pag 07—SEMBLANT A ABRIR MOONSPELL EM CURITIBA, BRASIL

Paula Antunes

Pag 08—WRATH SINS - LANÇAM DO ÁLBUM A 26 DE SETEMBRO

É proibido a reprodução total e ou parcial de texto / Fotos sem a previa autorização. Pedidos de

Pag 08—MUGO: Novo single "Terra de Ninguém" terá letra em português Pag 09—Rigor Mortis é uma banda nada convencional Pag 17– História do Heavy Metal parte VII Reportagem: Pag—10 Vagos Open Air 2015 Entrevista: Pag 21- Entrevista com os Portugueses The Autist Coluna do Dico: Pag 23—Alto e Bom Som Biografia: Pag 25—SIStema - BIOGRAFIA Pag 26– Eventos Pag 27—Cinema

Autorização. Contactos: geral@somdorock.pt magazine@somdorock.pt muisca@somdorock.pt tv@somdorock.pt


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Correio: 6

Perguntas com Resposta. Pergunta: Boas. Podem dar a informação de alguma editora independente que faça trabalhos em Vinyl? Dark Angel, Via e-mail. Resposta: Claro que sim Dark Conhecemos várias editores, se poder envie de forma mais concreta o que pretendo que enviamos diratamente a resposta.

Pergunta:

Pergunta:

Vejo que voces apoio varios movimentos de ajuda tal como o HeadBanger Solidário, mas é no Porto. Se são de Lisboa por que não fazem também um na capital?

En su sitio web hablar de varias bandas españolas. En el futuro tendrá una versión en español?

Paulo Ascenção via e-mail

Tradução: No vosso site falam de várias bandas espanholas. Num futuro vão ter uma versão em espanhol?

Resposta: Paulo o HeadBanger Solidário é apoiado por nós como Média Partner, não fazemos parte da organização. A nossa colaboradora Lunah Costa sim é a organização. Mas acho que ainda este ano haverá novidades a sul.

El metalero Madrid via e-mail.

Resposta: Não temos planos , pode no entanto usar a ferramenta do Google instalado no site e traduzir o mesmo automaticamente para Espanhol.

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Noticias:

LUX FERRE LANÇAM ÁLBUM A 1 DE OUTUBRO Lux Ferre irão estar presentes no Pax Julia Metal Fest V, uma das propostas mais sólidas do seu género no underground nacional, com um estatuto muito forte e consenso entre os fans! "Excaecatio Lux Veritatis", o novo album será lançado a 1 Outubro pela Altare Productions, e já apresentaram este tema de avanço: A Lenta Adaga da Morte O Pax Julia Metal Fest V tem data marcada para a Casa da Cultura de Beja, a 7 Novembro 2015, um Sábado, local que tem acolhido desde o principio o evento e onde já é tradição realizar-se. Bandas presentes no PAX JULIA METAL FEST 2015 AVULSED (Madrid, Espanha) - LUX FERRE (Porto/ Lisboa/Faro, Portugal) - K-OS (Salamanca, Espanha) - MINDFEEDER (Lisboa, Portugal) HOURSWILL (Lisboa, Portugal) MOONSHADE (Porto, Portugal) GENNOMA (Lisboa, Portugal)

SEMBLANT A ABRIR MOONSPELL EM CURITIBA, BRASIL Semblant a abrir Moonspell em Curitiba, Brasil Com um ano bem positivo, a banda curitibana Semblant vai se apresentar ao lado dos portugueses do Moonspell. A Semblant irá se apresentar ao lado da banda Moonspell em Curitiba no dia 26 de setembro, no Music Hall. Ambas bandas são referência dentro do Gothic Metal e prometem uma noite memorável para os fãs do estilo. Enquanto o Moonspell é uma das atrações do festival Rock In Rio, que irá apresentar a turnê do álbum “Extinct”, o 11º da carreira, a Semblant continua na divulgação do seu recente álbum “Lunar Manifesto”. Para quem ainda não conhece o trabalho da banda Semblant pode conferir abaixo o vídeo do tema "What Lies Ahead".

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Noticias:

WRATH SINS - LANÇAM DO ÁLBUM A 26 DE SETEMBRO A banda WRATH SINS (thrash/ progressive metal) pertencente aos quadros da RAISING LEGENDS RECORDS sob a alçada do produtor André Matos. Vai fazer o lançamento do seu albúm de estreia "Contempt Over The Stormfall" no próximo dia 26 de Setembro @ Metalpoint (Porto) num evento organizado pela Raising Legends e Bulldozer On Stage. Num albúm fruto de 1 ano de trabalho nos estúdios da Raising Legends, que conta com uma sonoridade distinta e sem restrições ao longo de 12 temas, com convidados como Tó Pica (RAMP), Fernando Martins (WEB) e Miguel Inglês (Equaleft). O primeiro single desse mesmo albúm será lançado com o respectivo videoclip nas primeiras semanas de Setembro.

MUGO: Novo single "Terra de Ninguém" terá letra em português A banda MUGO anunciou por meio de sua fanpage no Facebook que essa semana deu início às gravações do novo single, que estará presente no seu próximo disco. Intitulada "Terra de Ninguém", a faixa contará com a letra em português, atendendo à diversos pedidos do público que acompanha a banda casando também com um desejo dos próprios caras de expressar o momento em que o país se encontra. A banda garante que o novo som irá causar impacto em quem está aguardando a tanto tempo por um novo trabalho. O novo disco está em processo de composição e ainda não tem data de lançamento. A nova faixa, "Terra de Ninguém" está sendo gravada e produzida no Estúdio Resistência, em Goiânia.

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Noticias:

Rigor Mortis é uma banda nada convencional Rigor Mortis é uma banda nada convencional que há anos vem buscando seu espaço, conhecida pela brutalidade e pelas letras que extrapolam os limites dos pensamentos e principalmente das ações humanas a banda vem mostrando boa receptividade a seus adeptos em seu retorno. Criada pelo único integrante original da banda, Alexandre apostou o que tinha e o que dava pra fazer em três demos intituladas “Rigor Mortis”, mas devido aos empecilhos financeiros e a dificuldade em encontrar uma gravadora que estivesse a fim de trabalhar diretamente com eles em uma década em que o Death Metal estava em explosão pelo mundo fez com que a banda desse um tempo em seus trabalhos. Sem nenhum desanimo e já com uma ideia amadurecida Alexandre que se encontrava fora do país retorna ao Brasil, com os planos de um novo álbum, ele buscou integrantes que estivessem mesmo a fim de trabalhar com essa ideia e movimentar mesmo o nome do Rigor Mortis, integrantes com muito mais experiência e que se enquadravam na ideologia de som e letra, trabalharam firme na gravação do seu novo CD totalmente formado por músicas inéditas. Rigor Mortis hoje tem uma formação consolidada com Leafar Sagrav (Vocal), Rubens Potrich (Bateria) e Christian Peixoto (Baixo) e Alexandre Rigor (Guitarra) e que hoje faz o máximo para se aproximar daquele Death Metal feito lá no início, lá nos anos 90, claro, com muito mais qualidade e brutalidade, por isso se você é fã de Suffocation, Cryptopsy, Dying Fetus ou até Cannibal Corpse você não pode deixar de ouvir Rigor Mortis e deliciar-se.

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Reportagem:

Vagos Open Air 2015, Reportagem completa em exclusivo.

Um Trabalho de Lunah Costa

Esperar um ano pelo Vagos valeu a pena por diversos motivos: pela música, pelo convívio, e pelo ambiente. Esta edição mostrou evolução na organização do evento: WC limpos com maior frequência, menos confusão nos acessos e a entrega de pulseiras na quinta-feira ao final da tarde que veio a diminuir a fila para as bilheteiras. E por falar em bilheteiras, deixo uma sugestão: colocar os horários de funcionamento e tentar respeitar a hora de abertura, estar à espera debaixo de calor, não é agradável. Em termos de alimentação dentro do recinto, sugeria mais variedade, principalmente para os vegetarianos. Destaque para a presença da associação de protecção Animal Gaticão, é sempre bom apoiar as causas que a todos diz respeito: www.gaticao.org. Deixo também uma pequena referencia à presença de crianças no VAGOS, que ano após ano, se tem tornado também um festival familiar e diversificado, no entanto, deveriam considerar o uso obrigatório de protecção de ouvidos nas crianças. Os assistentes foram excelentes tal como a constante presença e atenção da associação humanitária dos bombeiros voluntários de Vagos. O nosso obrigada por cuidarem de nós.

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Reportagem:

Vagos Open Air 2015, Reportagem completa em exclusivo. Um Trabalho de Lunah Costa

1º DIA: Scar For Life : Foi a primeira banda a subir ao palco e a primeira banda nacional. Suspeito que não estava presente nenhum técnico de som, pois este esteve completamente” fora de tom” as vozes estiveram quase todo o concerto muito acima da parte instrumental, ou seja, em palco, só se pode imaginar as dificuldades que a banda sentiu, no entanto, foi um bom concerto e a banda esteve bem em palco. Moonshade: Com mais público e com um som ligeiramente melhor, pois a guitarra do guitarrista Daniel Laureano ouvia-se com alguma dificuldade, no entanto, destaque para o Daniel pois é o mais recente membro da banda e esteve bastante bem e à vontade, bem-vindo Daniel entre os admiradores da banda. Grande concerto onde era possível ouvir entre o público algumas das suas faixas como “Goddess Eternal” e Dawn of a New Era”. Humildes e divertidos, surpreenderam os presentes, deixando claro que são uma referência do metal nacional a ter em conta e a seguir. O death metal melódico, esteve muito bem representado.

Vildhjarta: Estreia em Portugal e que estreia!!! Agarraram o público do início ao fim com as suas músicas ao estilo Progressive metal, groove metal,dark ambient, djent, meteram o público a fazer headbang e a fazer nascer o primeiro circle pit do festival. Grande concerto. Heaven Shall Burn: Metalcore que conquistou o público desde do inicio, após quinze anos longe das terras nacionais. Concerto que começou com “Counterweight” e depressa surgiu o circle pit entre o público, continuou com crowsurfing e acabou com mosh. Sempre com a agressividade saudável metaleira! Em “Voice Of The Voiceless”, pediram uma wall of death e tiveram-na em grande! Houve ainda tempo para o “momento fofo do festival” em que convidaram uma menina de seis anos a subir ao palco e todos os presentes fizeram headbang em simultâneo com esta muito jovem metaleira! Amorphis: “Tales From The Thousand Lakes” que celebra vinte anos do seu lançamento foi tocado na integra. Não surpreendeu e o público estavam à espera de mais”agressividade” em palco principalmente no início do concerto em que faltou alguma “garra” à banda. O momento alto do concerto foi quando “Vulgar Necrolatry” cover de Abhorrence começou a entrar pelos ouvidos, um clássico dos anos 90. Within Temptation: Desde de 2011 que os Holandeses não vinham tocar a Portugal. Irreprensiveis a nível visual, mesmo para quem não é admirador da banda, fez as delicias do público que segue o seu trabalho, ao dar a conhecer o seu novo álbum “Hydra”. No entanto, os seguidores mais antigos só tiveram direito a dois clásicos “Mother Earth” e “Ice Queen”. Destaque para a voz da Sharon den Adel que esteve impecável.

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Reportagem:

Um Trabalho de Lunah Costa

Vagos Open Air 2015, Reportagem completa em exclusivo. 2º DIA: WAKO: We Are Killing Ourselves Os WAKO arrasaram desde do primeiro minuto, com algum público presente que estava a apoiar a banda. Quem não conhecia, rapidamente se rendeu. A agressividade em palco contagiou o público que fez mosh do início ao fim do concerto. A energia da banda, a qualidade de som, e claro, o enorme talento dos WAKO tornaram este concerto em um dos melhores de todo o festival. Temas como “Ship of Fools” e “Extispicium” fizeram parte do reportótio apresentado. A presença em palco de todos os membros da banda, provaram que o que se faz em Portugal é tão bom ou melhor do que o que se faz lá fora. WAKO, é sem qualquer dúvida, uma das melhores bandas nacionais. Mutant Squad: A banda de thrash metal vinda de Espanha, Santiago de Compostela, começaram com a música ”Overdose” e viu-se surgir um circle pit! Mesmo com uma carreira recente, mostraram o seu talento em VAGOS. Foi um concerto animado ao som do álbum “Titanomakhia” o primeiro álbum de originais desta banda. Destruction: “Thrash ‘Till Death” e “Nailed to the Cross” levaram o público ao mosh ao som desta já conhecida banda de thrash metal alemão, tendo como frontman Marcel Schirmer que esteve sempre em contacto com o público sempre com boa disposição “english? german? we speak the language of fucking metal!”. A música “Mad Butcher” foi o momento alto desde concerto, mostrando-se uma das preferidas do público. Terminaram a actuação com “Bestial Invasion” e “The Butcher Strikes Back”.

Triptykon: Quem não conhece a história de Tom G.Warrior, tem que conhecer. Tom foi fundador, vocalista, e guitarrista das bandas Hellhammer e Celtic Frost em que lançaram dois dos melhores álbuns para quem é apreciador deste estilo, “To Mega Therion” e “Into the Pandemonium” e sem qualquer aviso, 16 anos depois, Tom G. Warror lança “Monotheist” e assim apresentaram a sonoridade da banda mais recente de Warrior, Triptykon, uma obra prima do metal. O público masculino que não conhecia Triptykon ficaram logo animados mal Vanja Slajh pisou o palco, a baixista da banda. “Procreation (Of the Wicked)” de Celtic Frost foi perfeita para começar a noite da forma mais sombria e pesada possivel, e assim a banda começou a ganhar a energia do público, com músicas longas, lentas e poderosas, entre o Black Metal e o Doom/Gothic metal, "are you morbid!? That's why we're here". “Goetia”, primeira música do álbum de estreia dos Triptykon muito bem recebida por parte do público mas foi “Circle of the Tyrants” dos Celtic Frost que iniciou o mosh. O concerto acabou com “Messiah” dos Hellhammer e não poderia ter terminado melhor. Não há palavras para descrever o que se sentiu ao ver esta banda, ao ver o grande Tom G. Warrior, enquanto admiradora do trabalho do Warrior. Espero que voltem em breve!

Black Label Society: O concerto começou com “The Beginning… At Last”. A “Funeral Bell” foi a seguir e começou a ver-se muito headbang e com “Suicide Messiah”, do álbum “Mafia”, Zakk Wylde mostrou o que sabe fazer com uma guitarra, no entanto, exagerou demasiado na duração dos solos durante as músicas, e o que é demais também enche. O momento em que eu, pessoalmente, estive à espera: ver Zakk ao piano a cantar para o seu “irmão” Dimebag, a sentida “In This River”. Um dos concertos mais esperados terminou com “Stillborn”.

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Reportagem:

Um Trabalho de Lunah Costa

Vagos Open Air 2015, Reportagem completa em exclusivo.

Venom: 30 anos dos lançamentos dos míticos álbums “Welcome to Hell” (1981) e “Black Metal” (1982) o Senhor Cronos entra a matar mostrando que esta em plena forma. Seja black metal ou não, estes senhores foram uma grande influência para muitas bandas que hoje todos nós apreciamos. Apesar de apenas o Senhor Cronos se manter como membro fundador, o álbum que foi lançado este ano, “From the Very Depths” revela grande coesão entre os membros, que também foi visível durante o concerto. Não havia como faltar, para terminar, os clássicos “In League with Satan” e “Witching Hour”.

Filii Nigrantium Infernalium: Os portugueses Filii Nigrantium Infernalium entraram em palco com um grande” boa noite Lagos”, por momentos questionei-me sobre o local em que me encontrava e desta forma começou o “nonsense” que permaneceu até ao final do segundo dia de concertos. Tocaram “Rancor” “NecroRock n’ Roll”, “A Era do Abutre”, “Morte Geométrica” e “Labyrinto” para o público, razoavelmente generoso para um final de um dia longo.

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Reportagem:

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Vagos Open Air 2015, Reportagem completa em exclusivo. 3ªDIA:

Orphaned Land:

Midnight Priest:

E assim entrava em palco uma das bandas que me fez ir a este festival: Orphaned Land ( progressive metal folk tradicional do Médio Oriente) , que não me desiludiu, bem pelo contrário, surpreendeu-me. Desde a presença simpática e humilde da banda, como pela boa disposição e energia do vocalista Kobi. Mãos a bater palmas, saltos, o público a cantar“ohohohohohohoho”, headbang, crowdsurf, viu-se de tudo neste concerto que foi, na minha opinião, o mais energético e harmonioso. Músicas que são mais do que músicas, são lições, como “Birth of the Three (The Unification)” e “Olat Ha’tamid”. Já desde do inicio do concerto que o público que conhece estes senhores pediam a “Sapari” e a “Sapari” apareceu e quem conhecia cantava e quem não conhecia dançava. Para mim, humilde admiradora da banda, o grande momento emocional foi quando “Let The Truce Be Known”começou a surgir, a minha faixa preferida da banda, que aborda o tema muito importante da história da humanidade: as tréguas que existiram durante o Natal de 1914 na Primeira Guerra Mundial. Somos todos um, é esta a principal mensagem desta banda e é essa a mensagem que devemos ouvir. Grande concerto, grande quantidade de boas energias e grandes músicos. Com o solo da “Ornaments of Gold” fizeramse as devidas apresentações da banda e a despedida, prometendo voltar em Outubro para um concerto em acústico no Cinema São Jorge. Da minha parte, farei os possíveis para os voltar a ver.

Midnight Priest e o seu heavy metal abriram as hostilidades com o tema “Rainha da Magia Negra” e “À Boleia Com o Diabo”, que pelo que se viu e ouviu, tinha muita gente no público que sabia as suas letras. Ne Obliviscaris : Ne Obliviscaris ( extreme progressive metal) composta por dois vocalistas Tim Charles nos cleans e Xenoyr nos guturais. Mas ao iniciarem o concerto com “Devour Me, Colossus (Part I): Blackholes” primeira faixa do recente álbum “Citadel”, conquistaram quem esteve presente debaixo de um calor que provocou queimaduras solares em alguns dos presentes guerreiros todo-o-terreno. As músicas que se seguiram “Of Petrichor Weaves Black Noise” fazem parte do álbum de 2012, “Portal Of I”. Para os mais cépticos ao estilo, a grande mesmo grande “Painters of the Tempest (Part II): Triptych Lux” bastou para aniquilar qualquer receio, são mesmo uma banda a ter em conta. “Pyrrhic” foi a pré-despedida e “And Plague Flowers the Kaleidoscope” terminou este excelente concerto. O público foi tão convidativo que o violoncelista e vocalista Tim Charles, atirou-se e flutuou em crowdsurf por entre os presentes, a mim parece-me que houve muitas meninas que foram a correr lá para o meio para tocar no Tim. Resta dizer que espero voltar a ver esta banda por terras lusitanas. Alestorm : Os escoceses Alestorm uma banda de piratas começaram a “pilhagem” com músicas emblemáticas para quem os aprecia com “Walk the Plank”, “Shipwrecked” e “Nancy the Tavern Wench”. E quem os conhece já estavam com a cerveja na colada à mão porque já estavam à espera de ficar sem ela, não fosse esta a banda que rouba cerveja na falta de rum, com as músicas que se seguiram “Drink” e “Rum”.

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Reportagem:

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Vagos Open Air 2015, Reportagem completa em exclusivo.

Overkill: Bobby Ellsworth acusava o cansaço e o peso da idade depois de tantos anos na estrada, e sempre que podia lá ia ao canto descansar e é perfeitamente compreensivel. Bobby cantou na perfeição músicas épicas como “Electric Rattlesnake”, “Ironbound” e o clássico “Rotten to the Core”. Tocaram a recente “Bring Me the Night” e a clássica “Horrorscope”. No final, a já habitual cover “Fuck You”, original dos The Subhumans.

Bloodbath:

O supergrupo que presta tributo ao Death Metal Old School dos anos 80 e inicios de anos 90, contam na sua formação com elementos dos Katatonia, Jonas Renkse (simplesmente o meu vocalista preferido nem sei explicar o porquê) no baixo e Anders “Blackheim” Nyström na guitarra, Martin“Axe” Axenrot de Opeth na bateria, Per "Sodomizer” Eriksson ex-Katatonia na guitarra (grande Sodo, grande guitarrista, grande monstro) e Nick Holmes dos míticos Paradise Lost na voz. Na voz esta banda já teve Mikael Åkerfeldt (Opeth) e Peter Tägtgren (Hypocrisy). Com influências de grandes bandas como Entombed, Death e Morbid Angel, os Bloodbath são a banda de death metal com maior destaque neste momento. E para mim, a melhor banda do cartaz e do festival. Ver todos estes senhores juntos a fazer música, é uma sensação que não consigo descrever, a não ser a palavra que mais se aproxima do que senti: felicidade!!! Destaque para Nick Holmes que veio substituir Mikael na voz, porque superou bastante as espectativas de quem já não o ouvia com guturais tão bons à algum tempo, grande escolha para vocalista, este senhor! Músicas como “Let the Stillborn Come to Me”, “Anne”, “Unite in Pain”, “So You Die” e “Cancer of the Soul” fizeram chover pessoas no crowdsurf e os headbgans tornaram-se agressivos! Mas a grande reação do público chegou com toda a força em “Eaten” a que parece ser a favorita dos presentes que no inicio do concerto pediam esta obra prima. Com muita pena minha, o concerto teve que terminar e terminou com a música “Cry My Name”.

No final, quando iam fazer uma vènia, Sodomizer desce do palco e veio tocar no público. E enquanto Sodomizer fazia das suas, o Nick Holmes bem humarado disse” what the fuck are you doing man?” é bom ver amizade! Este concerto foi qualquer coisa de especial para mim (como devem ter percebido) e não me alongo mais. Sigo Katatonia, Opeth e Paradise Lost desde de sempre e irei sempre aos concertos destas bandas aqui na minha terra. Ironsword: Ironsword, a banda que mais agredeceu em palco e o público também agradece o regresso da banda portuguesa! Os Lisboetas com vinte anos de carreira não actuavam em Portugal à oito anos. Destaque para o último álbum lançado este ano , “None but the Brave”, foram tocadas as músicas para o público que ainda restou e resistiu até ao último segundo à frente do palco.

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Reportagem:

Um Trabalho de Lunah Costa

Vagos Open Air 2015, Reportagem completa em exclusivo.

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Parte VII Outros gêneros do metal: décadas de 1980, 1990 e 2000

Black metal A primeira onda de black metal começou na Europa em meados da década de 1980, liderada pelos britânicos do Venom,Mercyful Fate da Dinamarca, Hellhammer e Celtic Frost da Suíça e Bathory da Suécia. No fim da década, bandas norueguesas como o Mayhem e Burzum lideraram a segunda onda.[181] O black metal varia consideravelmente em estilo e qualidade de produção, mas a maioria das bandas utilizamse de vocais agudos e guturais, guitarras altamente distorcidas tocadas com um rápido tremolo picking, atmosfera "dark" nas canções[175] e gravações em baixa fidelidade intencional, com ruído de fundo.[182] Temas satânicos são comumente associados ao black metal (apesar de muitos grupos negarem relação), muitas bandas também se inspiram no paganismo antigo, promovendo um retorno aos valores pré-cristãos.[183] Muitas bandas de black metal"experimentam todas as formas possíveis de metal, folk, música clássica, eletrônica e avant-garde."[176] O baterista Fenriz doDarkthrone, explica: "Tinha algo a ver com a produção, as letras, a forma com que se vestiam e o compromisso de fazer material feio, cru e sombrio. Não era um som genérico."

Na década de 1990, os integrantes do Mayhem regularmente usavam corpse paint ("pintura de cadáver") nas apresentações; várias outras bandas de black metal também adotaram esse visual. O Bathory foi a banda líder dos movimentos viking metal efolk metal, e o Immortal foi quem trouxe as blast beats à tona. Algumas bandas e fãs do black metal escandinavo do início da década de 1990 foram associados a grandes atos de violência, como os incêndios criminosos de igrejas naquela região. O sucesso comercial do death metal também incomodava; de acordo com Gaahl, ex-vocalista do Gorgoroth, o "black metal nunca foi destinado a atingir um público... [Nós] tínhamos um inimigo comum, que era o cristianismo, o socialismo e tudo que a democracia representa."[184] Em 1992, a cena do black metal começou a emergir em áreas fora da Escandinávia, como Alemanha, França e Polônia.[185] Em 1993, o assassinato de Euronymous, do Mayhem por Varg Vikernes do Burzum foi amplamente comentando pela mídia.[184] Por volta de 1996, quando muitos consideravam que o movimento estava estagnado,[186] várias bandas do estilo, como o Burzum, começaram explorar a música ambiente, enquanto bandas como os suecos do Tiamat e os suíços do Samael tocavam o chamado black metal melódico.[187] No final de década de 1990 e começo da de 2000, os noruegueses do Dimmu Borgir trouxeram o black metal mais próximo do mainstream, [188] assim como o Cradle of Filth, que segundo a Metal Hammer é a banda inglesa de maior sucesso desde o Iron Maiden.

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Parte VII Outros gêneros do metal: décadas de 1980, 1990 e 2000 Power metal

Helloween, precursores do power metal.

A cena do power metal surgiu durante em meados da década de 1980, em grande parte como uma reação à aspereza do death e black metal.[190] Apesar de ser relativamente pouco conhecido na América do Norte, é bastante popular na Europa, Japão e América do Sul. O power metal se concentra em temas otimistas e épicos, que "apelam ao ouvinte os sentidos do valor e da beleza."[191] O protótipo do estilo começou em meados da década de 1980 com os alemães doHelloween, que juntaram riffs enérgicos, abordagem melódica e estridente, e vocais "limpos" como das bandas Judas Priest e Iron Maiden, combinado com a energia e velocidade do thrash metal, "cristalizando os ingredientes sonoros do que hoje é conhecido como power metal."[192] Bandas tradicionais de power metal, como os suecos do HammerFall, os ingleses do DragonForce e os americanos doIced Earth, possuem um som claramente inspirado no estilo NWOBHM.[193] Várias bandas de power metal, como oKamelot dos Estados Unidos, Nightwish da Finlândia e Rhapsody of Fire da Itália, são caracterizadas pelo chamadopower metal sinfônico, que utiliza o som do teclado como base e por vezes até elementos de orquestra.

O metal progressivo é um estilo relacionado ao power metal que adota a abordagem complexa nas composições de bandas como Rush e King Crimson. Esse estilo emergiu nos Estados Unidos em meados da década de 1980, com bandas como Queensrÿche, Fates Warning e Dream Theater. A mistura entrepower metal e progressivo é caracterizada pela banda de Nova Jérsei, Symphony X, cujo guitarrista Michael Romeo é um dos mais reconhecidos shredders dos últimos anos.[195]

Symphony X

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Parte VII Outros gêneros do metal: décadas de 1980, 1990 e 2000

Doom e gothic metal o movimento do doom metal surgiu em meados da década de 1980, com bandas como os californianos do Saint Vitus, The Obsessed de Maryland, Trouble de Chicago e Candlemass da Suécia, rejeitando a ênfase na velocidade (habitual em outros gêneros do metal) e optando por canções bem mais lentas. O doom metal traça suas raízes nos temas líricos e abordagem musical do começo do Black Sabbath.[196] A banda The Melvins também exerceu influência significativa sobre o doom metal e inúmeros dos seus subgêneros.[197] O doom caracteriza-se por tempos e melodia em ritmo melancólico, com um clima sepulcral em comparação aos outros gêneros de metal.[198] Em 1991, a banda Cathedral ajudou a desencadear uma nova onda do doom metal, com seu álbum de estreia Forest of Equilibrium. Durante o mesmo período, o gênero de fusão death/doom metal das bandas britânicas Paradise Lost,My Dying Bride e Anathema, deu origem ao gothic metal europeu,[199] que é caracterizado por utilizar vocais duplos. Bandas influentes do estilo incluem o Theatre of Tragedy e Tristania da Noruega, e Type O Negative de Nova Iorque. Essa última foi responsável por introduzi-lo nos Estados Unidos.[200] Nos final da década de 1980, surgiu nos Estados Unidos o sludge metal, que misturava o doom e hardcore — o Eyehategod e Crowbar foram as bandas mais influentes da grande cena sludge que ocorreu na Louisiana. No começo da década seguinte, o Kyuss e Sleep da Califórnia, lideraram a ascensão dostoner metal, inspirados pelas bandas de doom metal anteriores. [201] Enquanto isso, em Seattle, o Earth ajudou a desenvolver o subgênero drone metal. No final da década de 1990, surgiram bandas novas com o som stoner/doom clássico, como o Goatsnake, de Los Angeles e Sunn O))), que também misturamdoom, drone e dark ambient — som que o New York Times comparou à "raga indiana no meio de um terremoto."[198]

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Uma parceria com o Underground's Voice

Entrevista: 21

Entrevista com os Portugueses The Autist

U.V - Que reacções têm obtido dos fãs e críticos sobre o EP?

U.V - Antes de mais, bem vindos à Underground's Voice, é um prazer vos receber! Para quem não vos conhece, podem-se apresentar?

The Autist - Obrigado pelo convite. Muito simplesmente os The Autist são uma banda de Lisboa cujo o objectivo é espalhar muito groove. U.V - Como surgiu o nome para a banda? The Autist - Há uns bons anos atrás em conversa com um conhecido, falámos sobre a ideia do que é ser autista. O conceito de alguém que vivia na sua própria mente fascinou-me e adaptei-o para algo bem mais místico. U.V - Contam com um EP lançado "Entangled". Como o definem? The Autist - Foi uma óptima experiência de aprendizagem que serviu para nos indicar alguns dos possíveis caminhos a percorrer futuramente no projecto. Relativamente ao conceito, “Entangled” é apenas a conceptualização daquilo a que eu chamo “o romance das estrelas”. U.V - Como foram os seus processos de composição/gravação? The Autist - Aconteceram com bastante naturalidade, sendo que a banda se encarregou de todo o processo de captação e mistura do EP. Durante 3 meses produzimos, gravámos e misturámos Entangled. Só uma ressalva para as baterias que foram todas captadas no Almada Estudios pelo próprio Emidio “Papa” Alexandre que na altura foi o responsável por um excelente trabalho de composição e execução.

The Autist - As críticas têm sido boas na sua generalidade embora algumas pessoas demonstrem alguma sensibilidade para a desconstrução musical que fizemos relativamente àquilo que já está estabelecido em certos géneros musicais. Porque misturamos muitas ideias que não fazem parte do ser-se ortodoxo e daí nota-se um certo desconforto para quem nos ouve muitas vezes. U.V - Lançaram recentemente um videoclip para a faixa Loveless! Falem-nos um pouco sobre onde e como foi gravado e qual é o conceito do vídeo! The Autist - O Videoclip foi gravado em São Miguel que é uma ilha que muito prezo por toda uma época da minha vida que lá passei. O conceito do vídeo em si não é nada de especial em particular; apenas trata uma representação artística e meramente visual de um som que é triste e melancólico. U.V - Quais são os vossos planos para o que resta de 2015? Vão continuar a promover o "Entangled" ou podemos esperar outras novidades? The Autist - Vamos estar aí a fazer alguns concertos – o máximo que pudermos. Já estamos na construção de um novo álbum e esperamos gravar qualquer coisa até finais de 2015. U.V - Quais são as vossas principais influências e que assuntos abordam nas vossas letras? The Autist - Nós curtimos muito o groove e o balanço que isso trás à música. Os assuntos podem variar mas normalmente, falam sempre de relações interpessoais de uma forma mais aplicada à metafísica.

Som do Rock Magazine nº 9 Setembro 2015—Pag 21


Entrevista: 22

Entrevista com os Portugueses The Autist

U.V - Como está a vossa agenda neste momento?

Uma parceria com o Underground's Voice

U.V - O que pensam das páginas/blogs/etc que divulgam cada vez mais as bandas? Sentem que actualmente uma banda tem obrigatoriamente que ter uma vida activa na internet para se fazerem conhecer?

The Autist - É facto que se mais pessoas aparecessem em concertos, mais reconhecimento as bandas que nesses concertos actuam teriam. A questão é; somos seres humanos. Temos escolhas e preferências e não podemos obrigar as pessoas a apoiar porque sim ou porque é underground. Há que dar um motivo verdadeiro e apaixonante à pessoa para acompanhar uma determinada banda. Se essa banda consegue ou não ter a estrelinha para chamar essa atenção isso já é outra conversa.

The Autist - Acho que isso de facto é essencial à vida de uma banda e é bom de facto poder contar com a divulgação dessas páginas para se atingir outras pessoas.

U.V - Por fim quero agradecer mais uma vez a disponibilidade para a entrevista e desejar tudo de bom para a banda! Últimas palavras para os leitores da Underground's Voice?

U.V - Sentem que a ausência de público em grande parte dos concerto/fests de bandas nacionais impede uma evolução/ reconhecimento mais rápido das nossas bandas?

The Autist - Ficamos extremamente gratos pela entrevista e divulgação. Que a vossa voz chegue ainda mais pessoas.

The Autist - Actualmente temos apenas o Hell In Sintra agendado mas planeamos fazer mais alguns concertos brevemente.

Som do Rock Magazine nº 9 Setembro 2015—Pag 22


A Coluna de Dico: 23

Alto e em Bom Som

Nuno Bettencourt, um fenómeno global

Aos 4 anos Nuno Bettencourt emigra com a família para Boston, nos Estados Unidos. Mais tarde, na cidade que o recebeu atua com os Overseas, Myth, Viking, Ruin e Sinful. Em 1985 abandona estes últimos na

sequência

do

convite

do

vocalista

Gary

Cherone para integrar o seu grupo da época, De

entre

os

portugueses

vivos

mais

conhecidos no mundo, não existem dúvidas de que Cristiano Ronaldo ocupa o lugar cimeiro no pódio. Mas José Mourinho, Durão Barroso, António Guterres, António Horta Hosório, Luís Figo,

António

nacionais,

Damásio

entre

e

outras

desportistas,

figuras

empresários,

políticos, cientistas e músicos, ascenderam igualmente

a

lugares

de

destaque

nas

respetivas áreas. É nessa medida que, quando se fala de músicos portugueses, e em especial praticantes de

Rock

e

Hard’n’Heavy,

a

ausência

de

referências ao guitarrista Nuno Bettencourt é no mínimo surpreendente. No mainstream ou no Underground, em Portugal apenas se fala de

Bettencourt

a

propósito

de

concertos

dos

Extreme no País. No entanto, Bettencourt será o músico português mais conhecido no mundo. Talvez mais do que Amália Rodrigues. Por isso mesmo, esta será uma boa oportunidade para relembrar aos mais esquecidos o percurso do músico no universo do Rock (esqueçamos os seus devaneios no universo pop).

os The Dream. Reza a lenda que Cherone recrutou Nuno sem mesmo o ter submetido a uma

audição,

vibrações”

afirmando

que

dele

suficientes para tarde,

o

que

as

“boas

imanavam

eram

o contratar. Pouco mais

coletivo

passa

a

designar-se

Extreme, banda que catapultaria Bettencourt

para o estrelato mundial. Em novembro de 1987 o quarteto assina pela A&M Records e em março de 1989 publica o álbum de estreia, homónimo, que rapidamente atinge o 80.º lugar da tabela de vendas norte-americana, vendendo mais de 300.000

exemplares.

Extreme

II

definitivamente global,

– o

O

segundo

álbum,

Pornografitti,

lança

quarteto

estabelecendo-o

para

como

a um

fama dos

precursores do Funk Metal de inspiração glam/Hard

FM.

A

reputação

de

Nuno

enquanto guitar-hero ganha consistência e o músico torna-se presença habitual nas capas das

mais

especializadas.

prestigiadas Fãs,

jornalistas,

publicações críticos

e

outros músicos consideram-no um dos mais talentosos guitarristas da sua geração.

Som do Rock Magazine nº 9 Setembro 2015—Pag 23


A Coluna de Dico: 24

Alto e em Bom Som

Nuno Bettencourt, um fenómeno global

A 8 de Junho de 1990 a balada «More Than Words» alcança o n.º 1 da tabela de

vendas

norte-americana,

tornando-se

um

megaêxito a nível mundial. Nos telediscos de «More Than Words» e «Get the Funk Out» a bandeira

portuguesa

surge

por

trás

dos

músicos. Seguem-se digressões com David Lee Roth, Cinderella e ZZ Top, além de outras em que os Extreme encabeçam o cartaz. Em dezembro de 1990 a Washburn Guitars lança a série de guitarras N4 - Nuno Bettencourt

Signature Series, com a assinatura do músico português. O ano de 1992 vê Bettencourt conquistar os prémios “Top of The Rock”, “Songwriter of the

Year”,

“Solo

interpretação

de

of

the

«Flight

Year”

of

the

(pela

Wounded

Bumblebee») e “Guitar LP of the Year”. Por seu lado, os Extreme são indicados para oito categorias no Boston Music Awards, tendo ganho

em

cinco:

“Outstanding

“Act

Rock

of

Single”

the

Year”,

(por

«Hole

Hearted»), “Outstanding Pop Single” (referente a «More Than Words»), “Outstanding Song/ Songwriter” (Bettencourt e Gary Cherone pela composição

de

“Outstanding

«More

Than

Words»)

Instrumentalist”

e

(Nuno

Bettencourt). Em setembro de 1992 o músico português conquista o galardão de melhor guitarrista do ano através de votação dos

leitores da revista Metal Edge. Nunca até hoje um executante luso obteve semelhante nível de reconhecimento

global,

em

particular

no

universo do Rock pesado. Ainda em 1992 chega

ao

mercado

o

terceiro

álbum

dos

Extreme, III Sides to Every Story e Bettencourt funda

sua

própria

editora,

a

Color

Blind

Records, que fecha as portas dois anos mais tarde.

Meses após a edição de Waiting For the Punchline, o quarto álbum do quarteto, Nuno abandona, precipitando o fim dos Extreme. Empreende então uma fugaz carreira a solo, da qual resulta o álbum Schizophonic. Forma em seguida os Mourning Windows (com quem

lança

o

álbum

homónimo

de

estreia

e

Furnished Souls For Rent) e os Population 1 (cuja discografia é constituída pelo álbum do mesmo nome e o EP Sessions From Room 4), mais

tarde

conhecidos

pela

designação

Dramagods (sob a qual publicam o longaduração

Love).

implementam

Em

uma

2006

os

minidigressão

Extreme de

três

datas em New England, antes de regressarem ao ativo em 2008 com o álbum Saudades de Rock, sucedido por Takes Us Alive (2010). Não é de somenos, este currículo. Terá Bettencourt

algum

vez,

em

Portugal,

o

merecido reconhecimento? Dico Texto

BIRDZ.SK Fotos

Som do Rock Magazine nº 9 Setembro 2015—Pag 24


Biografia: 25

SIStema - BIOGRAFIA

Oriundos de Parede, os SIStema formaram-se originalmente em Fevereiro de 2007, pelo Raffa aka Caveira Beermonster! Tendo este sido elemento integrante de vários projectos e na contínua partilha desta paixão que é a música, decidiu juntar 3 amigos e formar uma nova banda. Convida-se Joãozinho, a cargo da bateria (ex Rock ‘n Bock e 48K); Punka encarrega-se do baixo (ex Barafunda Total e 48K); Johny dá na guitarra ritmo; e Raffa na guitarra solo (ex Albert Fish, Beringelas, Paizinho e os Putos, Rock´n Bock, 48K e 53A). Temos assim a primeira formação original de SIStema, partilhando estes durante largo período de tempo uma paixão em comum, os acordes de estilo Punk. Altera-se ligeiramente a formação inicial de SIStema, sendo Joãozinho substituído pela Joana na bateria, o Papu entra para o lugar de Johny na guitarra ritmo, e Bill substitui Punka no baixo. Enriquece-se o projecto com mais um elemento feminino e desta vez a honra cabe a Satânica, na voz. Pilar base desde sempre, o Raffa (fundador) da banda. Inicia-se em Janeiro de 2008 com esta nova formação uma série de concertos e live acts, tendo a sua estreia acontecido no Bar ‘Incómodo’, em Lisboa e com direito a concerto de lotação esgotada! Após este, no Festival da Febre Amarela, em Glória do Ribatejo são recebidos de braços abertos e copos na mão!!! Não ficando por aqui e após interrupção inesperada eis que ressurgem em grande nos inícios de 2012. Raffa, mentor e fundador destes SIStema reergue-se e junta novos nomes de referência no panorama punk rock nacional, com João Mosk na guitarra ritmo (ex Legal Evidence), Fininho (ex Legal Evidence) na guitarra solo e coros, Alex (53A) agarra as baquetas da bateria e Raffa destaca-se desta feita no baixo e vocaliza os temas concebidos! Quem os recebe em palco a estrear esta formação, é o InLive Caffe, na Moita, com o intuito e a promessa, de uma longa vida, e de elevar este estilo do Punk a um patamar mais elevado. Como tem vindo a acontecer desde então, quer nos seus concertos quer através do seu já editado 1º registo, em formato cd, de título ‘Caos’, que amiúde ainda se vai encontrado em alguns espaços da especialidade, fator indicador de futuro objeto de colecionador! Futuro muito risonho espreita estes SIStema... Sempre de “Copo na Mão”!!!

Raffa - Voz Mosk - Guitarra ritmo Fininho - Guitarra solo e voz Brassado - Baixo Gil - Bateria

Som do Rock Magazine nº 9 Setembro 2015—Pag 25


Eventos: 26


Cinema: 27

American Ultra (2015) | 95 min | Ação, Comédia | 03 de setembro de 2015 (Portugal)

A Stoner - que é na verdade um agente do governo - é marcado como um passivo e orientado para o extermínio. Mas ele é muito bem treinado e está muito acima com o que eles podem lidar.

Diretor: Nima Nourizadeh Roteirista: Max Landis Actores: Jesse Eisenberg, Kristen Stewart, Connie Britton

Sinister 2 (2015) | 97 min | Horror | 21 de agosto de 2015 (EUA)

Uma jovem mãe e seus filhos gêmeos mudar para uma casa rural mas não sabem que quem lá morar está marcado para morrer.

Diretor: Ciarán Foy Escritores: Scott Derrickson, C. Robert Cargill, mais 2 créditos » Actores: James Ransone, Shannyn Sossamon, Robert Daniel Sloan

Som do Rock Magazine nº 9 Setembro 2015—Pag 27


28


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