Som do rock magazine 12

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Entrevista de Dico Foto-Reportagem


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Ficha Técnica: Propriedade: Som do Rock Administração Paulo Teixeira Este mês de Dezembro em fazemos o nosso primeiro aniversário a Som do Rock Magazine continua a modernizar-se e a superar-se a cada mês que passa. Na capa temos Alex VanTrue em entrevista exclusiva a Dico. Foto Reportagem sobre a PAX JULIA METAL FEST com fotos cedidas pela organização. A Biografia dos Portuigueses WEB A Coluna do Dico e muitos mais. E grande novidades para 2016, talvez seja o ano em que podes ler a Som do Rock Magazine em formato papel. Fala connosco atraves do e-mail, magazine@somdorock.pt

Data : Dezembro de 2015 Preço: €2,50 Portes de envio: Portugal €0,90 Resto do Mundo €2,00 Colaboradores: Redação / Paginação e conteúdos: Paulo Teixeira Reportagem/ Entrevistas:

Indice: Capa: Alex VanTrue Noticias: Pag 05—”Hyaena" o novo álbum dos SADIST Pag 06—CRISALIDE O THRASH/DEATH METAL ITALIANO Pag 08—DESERTO o bom som que vem de Odivelas

Lunah Costa Carolina Lobo Cronicas: Ricardo Pato Colunista Dico Bandas

Pag 09—ORATIONEM O BLACK METAL "CRISTAO" DOS U.S.A. Pag 10—Mandragora Malevola - Primeira demo “Black Flame ov Illumination” Pag 10– Celebrações no CERCO DA NOITE FEST I Pag 11– AMPUTATE - Um Passo de Gigante Pag 12 -Prockq - Novo video "Exhumado" Entrevista: Pag—14 Entrevista com Alex VanTrue Foto-Reportagem: Pag –22 PAX JULIA METAL FEST V Coluna do Dico: Pag-30 Alto e em Bom Som - Reflexões, delírios e conspirações Biografia: Pag-32—WEB Pag 33– Eventos Pag 35—Cinema

Paula Antunes É proibido a reprodução total e ou parcial de texto / Fotos sem a previa autorização. Pedidos de Autorização. Contactos: geral@somdorock.pt magazine@somdorock.pt musica@somdorock.pt


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"HYAENA" É O NOVO ÁLBUM DOS SADIST

"Hyaena" é o novo álbum de Progressive Death

"Hyaena" apresenta uma aparência muito

Metal dos lndários Sadist. Produzido e mixado por

especial convidado pelo percussionista Jean

Tommy Talamanca em Nadir Music Studios na cidade de Genova, Itália, "Hyaena" é uma atraente mistura da banda tradicional Death Metal e

N'Diaye, que também vai acompanhar a banda no palco na próxima turnê.

influências progressivas com sons étnicos e tribais, centrado em torno de um conceito intrigante sobre um dos predadores mais fascinantes da África, cuja lenda diz que é conduzido pelo Diabo. Este é, sem dúvida, o mais maduro álbum, diversificado e experimental da banda até à data, em que cada detalhe foi meticulosamente cuidado, musicalmente e visualmente (a capa bonita do

pintor Luca Orecchia e design livreto por Manuel Del Bono são ambos de primeira qualidade ). Um videoclipe para o primeiro single "The Lonely Mountain" foi lançada com o lançamento do álbum.

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CRISALIDE O THRASH/DEATH METAL ITALIANO

Donos de um agressivo Thrash / Death Metal, a Banda Chrysalis foi formada em 1994 no auge Death

Metal.

Eles imediatamente construiram um repertório e composições

originais,

sendo

a

primeira

imediatamente incluída na compilação cd "Area Sismica vol.1", o guitarrista Dave "Ian" Valle ex XHero e a voz de Giuliano Zippo, são suficientes para garantia qualidade. De fato, "Fire You Raze" impecavelmente gravado com uma Yamaha 8 faixas em uma fazenda nos arredores de Vicenza, apesar de todo eles recebem apoio substancial do entusiasmo dos fans. Em um curto

espaço de tempo fecharam-se "no estúdio de gravação e, em 1995, decidiram auto produzido a sua debut demo (bem gravado e embalado)

Thunder: se Crisalide reproduzir o mesmo som no concerto, o Grupo Chrysalis não são para ser desperdiçada. Flash: Se-Sepultura Se este for o Chrysalis uma concentração de poder e devastação. A compilação "Area Sismica vol.2" dá-nos um outro pedaço extraordinário de Chrysalis "Pulp Your Brain Out" poderosa e bem-gravada onde Giuliano Zippo surpreendido pela Psua potencia vocal e melodica, literalmente arrepiou todo e todos a partir de uma onda sonora devastadora , onde os riff de Davide Valle penetraram como navalhas e não deixam tréguas.

incluem seis faixas em 500 cópias, que logo ficou esgotado. O revistas italianas fizeram tributo aos Chrysalis umas

assustadoras

semelhanças

com

o

Sepultura graças à Voz de Giuliano Zippo cantor carismático que, graças a sua

voz

áspera,

mas

sempre como 'melódico cria uma' canção com afinidade "com

o

lendário

Max

Cavalera do Sepultura Alma Fly. Para citar os artigos de: Metal Shock: os Chrysalis

são o Sepultura Nacional, graças à voz da cavalaria Giuliano Zippo.

Pag: 05 Som do Rock Magazine nº12 Dezembro 2015


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CRISALIDE O THRASH/DEATH METAL ITALIANO

Em 2004, com a entrada na banda do guitarrista Diego Trestin "MusicMan", os Chrysalis fazerm outro salto de qualidade '. Com o novo som de Diego Trestin misturado com a forma de Davide Valle cria um som onda de choque que os distingue

de

outras

bandas.

Em 2005, uma nova chegada: baixista Corrado Rossi "Cory", com a nova entrada do Chrysalis são uma guarnição devastador som e insalubre.

Em 2013, com a chegada do baterista Fabrizio Vitali "Vito", o line-up e 'completo, graças ao contrabaixo e ritmos têm Vito hipertensiva.

Punição 18 Records, Hammerhearth Records, Border Music Distribution Código 7, Irukandji Booking vivem Promoção, Labels Andromeda Distribuições Record, TWS Fonte do Dilúvio, fim dos registos de luz. O novo trabalho de Chrysalis

será

intitulado

'"Dark

Inside'

e

'participar em dois Special Guest: O guitarrista do lendário assassino Andrea

Martongelli

(Arthemis)

o

baterista

Emmanuel"Manu" Collato (Bulldozer), Andrea Martongelli afetam somente para a faixa "Pray To Die", enquanto Emmanuel "Manu" Collato afetar a bateria para o Track " O que o silêncio. "

Pag: 06 Som do Rock Magazine nº12 Dezembro 2015


Passion escreve: estamos quase no final e para 7

CRISALIDE O THRASH/DEATH METAL ITALIANO Com a revisão do Corrado Franceschini para Power Metal, seu CD single

“Insane War”: o tempo não passou em vão por Chrysalis e eles marcham com uma construção do coro original e uma guitarra que é libertada deixe-me otimista

para o futuro CD. Enquanto viver os Chrysalis é puro metal quente !!! Último show como convidado especial na Random Metal Fest 2014 com Nightrage, que inclui entre suas fileiras ninguém menos que o ex-guitarrista Jesper Strömblad fundador do In Flames "na banda ter jogado: Gus G. Ozzy Osbourne atual guitarrista, ex- Arch Enemy, Dark Tranquillity Mikael Stanne entrada atual, o ex-In Flames, Hammerfall ex, exbaterista do Dimmu Borgir Nicholas Barker, exCradle of Filth e Tomas Lindberg atual voz de At The Gates ".

despertar as mentes potenciais adormecidos nós pensamos da crisálida, de Vicenza banda ativa desde 1994. O grupo define-se após alguns segundos, o tumulto ao som de batendo thrash / death que deixar algum indiferente, mas que provocam um grande headbanging coletivo. Poder, da malícia, da técnica, do coração e paixão, para que pudéssemos descrever um dos mais sólidos da nossa cena local que viver tem todo o direito de obter respeito e merecem certamente sem dúvida. Assim, a velha escola nunca desilude !!! Em 2015 eu joguei em Chrysalis Pádua Metal Fest com uma das bandas mais 'famosa cena do metal internacional M-pire Of Evil M-Pire do mal com o "ex-Venom Mantas & Tony Dolan". Entre 2012/2015 os Chrysalis ter jogado com mais de 75 bandas, incluindo faixas do mais alto nível, tais como: Mecanismo de morte, crânio branco, zona de perigo, Cadaveria "Horror de Metal Tour 2012", Necrodeath "Idiosyncrasy Tour 2012", Faust, M- Pire Of Evil "Mantas & Tony Dolan exVenom" Tour italiano de 2012 (datas adiadas),

Com o line-up para completar os Chrysalis estam prontso para gravar nos seus novos estudios o

full-length of Fear Recording Studio em Ravenna, para o ArtWork escolheram Inferno Mariachi Art Studio em Vicenza. Produzido pela Editora Heartquake Noise Terror, para a promoção e

Natron "Godfathers italiana de Death Metal Posto 2013", Skanners, Pino Scotto "Outra Fuckin 'tour 2013" fundador, Arthemis, Nightrage & Jesper Strömblad de In Flames "European Tour 2014", Extrema "italiano tour 2015", M-Pire Of Evil com Mantas & Tony Dolan ex-Venom

distribuição: Pag: 07 Som do Rock Magazine nº12 Dezembro 2015


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DESERTO o bom som que vem de Odivelas

Os DESERTO são uma banda de Rock cantado em Português, oriundos da cidade de Odivelas satélite à grande Lisboa, e resultam da reunião dos membros que integraram bandas como Ex Votos, Slamo, Sugar Baby Condoms, Why Angels Fall, depois de passadas essas aventuras musicais partem agora numa nova viagem onde percorrem uma sonoridade potente e de várias texturas harmónicas e sónicas fazendo jus ao nome, que vem de "vontade", "Espaço", "Viagem", "Alma" e "Contemplativo". Após o primeiro avanço do EP homónimo de 2013, que serviu de motor de arranque para dar a conhecer o potencial da banda, os DESERTO definiram o caminho a percorrer em termos musicais e resultou neste primeiro LP "Filhos do Deserto", de 9 temas gravados no Verão de 2014 em Lisboa.

Pag: 08 Som do Rock Magazine nº12 Dezembro 2015


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ORATIONEM O BLACK METAL "CRISTAO" DOS U.S.A.

Orationem (pronuncia-Oh-Ray-Shun-Em) é Latin

Ainda assim, Orationem é sobre como minimizar

para

referindo-se

glorificação pessoal e maximizar a experiência

especificamente à oração falada. Este é um

espiritual. Por esta razão, a própria banda

projecto de Black Metal dos Estados Unidos que

Orationem nunca vai criar um Facebook oficial,

tem som de Black Metal de um "mid-90" muito

YouTube, Reverbnation (ou outros meios de

tradicional e desempenho. A música varia de

comunicação sociais), ou "fazer anuncios em

extremamente rápido para ritmo médio, com

massa" através de fóruns ou blogs. Thomas

melodias muito emocionais. As letras concentrar

Eversole não

inteiramente

pessoas que optam por aproveitar o que os

a

palavra

em

"oração",

orações

ao

Deus

Todo-

condena

qualquer

bandas

Poderoso Celestial e Seu Filho, Jesus Cristo.

media tem para oferecer.

Orationem é uma banda de Black Metal "cristão".

Por exemplo, um patrono criou uma pagina

O projeto foi envolta em total anonimato,

chamada Orationem Unofficial Facebook Page e

mas Thomas Eversole diz que desde que chegou à conclusão de que não é preciso ser anônimo no reino do entretenimento. Esteve envolvido com

outro carregado os trechos de músicas para o YouTube. Isto é perfeitamente aceitável.

vários projetos cristãos ao longo dos anos,

incluindo GRIM, Akryal e Hguols. Também esteve envolvido com o projeto black metal / death chamado Ankou Awaits que tem 5 versões de comprimento total e é baseado na mitologia galesa. Pag: 09 Som do Rock Magazine nº12 Dezembro 2015

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Uma parcxeria : Pedra de Metal

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Mandragora Malevola Primeira demo “Black Flame ov Illumination”

Celebrações no CERCO DA NOITE FEST I As bandas CORPUS CHRISTII, MORTE INCANDESCENTE, DECAYED e IRAE comemoram, no dia 19 de Dezembro, momentos importantes das suas existências, este evento terá o nome de "CERCO DA NOITE FEST I". No caso dos IRAE, vão iniciar a noite com uma actuação exclusiva ao album "Terror 666" de 2006, a seguir serão os lendários DECAYED que comemoram, nesse dia, os 25 anos de existência, os MORTE INCANDESCENTE são os penúltimos do cartaz com um momento, de igual modo

Mandragora Malevola são uma banda de metal extremo com residência na Ereira, Coimbra (Portugal),

e

constituída

apenas

por

dois

especial, dedicado aos dez anos do album "Coffin Desecrators", finalmente será a altura dos CORPUS CHRISTII subirem ao palco para

elementos: Kaos (ex. Triba) e Igniferum (Everto

celebrarem os quinze anos do album "Saeculum

Signum,

Domini". Com abertura das portas às 21:30h e

Carma).

Estão neste momento a promover o primeiro

início marcado para as 22:00h.

trabalho intitulado “Black Flame ov Illumination”. Esta demo é composta por 3 faixas inspiradas no Homem

e

Besta,

Liberdade

e

Rebelião.

Segundo a banda: "Black Flame ov Illimination

carrega o sentimento de que o ser Humano não é puro, mas sim divino e que tem o privilegio de decidir o seu caminho. Embora haja referencias ao Deus Negro neste trabalho estas tratam-se

apenas de uma abordagem simbolica que invoca a liberdade e o poder de decisão."

Pag: 10 Som do Rock Magazine nº12 Dezembro 2015


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AMPUTATE - Um Passo de Gigante Uma parcxeria : Pedra deetal

Actualmente os Amputate são uma banda de

Em Outubro deste ano, os Amputate voltaram à

origem luso-suiça. Fundada em 2011 pelo

carga com mais um registo, o EP "Chainsaw

guitarrista Nuno Santos (ex-Deep Odium) e o vocalista Filipe Guia (Fungus e ex-Deep Odium), no mesmo ano é lançada a demo de nome

Surgery" em formato vinil de 12 polegadas que inclui os seguintes temas: Chainsaw Surgery,

"Leftovers Consuming". Após este lançamento,

Flesh & Bones Drilling e Suffocated by Blood.

Nuno e Filipe decidem mudar-se para a Suiça,

Com a recente saída do baterista Phillip Stengele

levando na bagagem a banda de brutal/death-

e a entrada de um novo, a banda está neste

metal/gore. Em 2012, já em território helvético, surgem os primeiros ensaios, com a colaboração dos suiços Markus Rücker (baixista) e Phillip

Stengele

(baterista)

estava

assim

formado

momento mais preocupada em adaptar este novo elemento à sua sonoridade, só depois seguir-se-

ão novas gravações e, quem sabe, o primeiro

quarteto, em 2014 sai o EP "Necrofornication". A

album. Para já fiquem com um tema do novo

banda foi progredindo na sua sonoridade, dando

disco.

concertos em vários sítios e sempre com excelentes reacções por parte do público, em Setembro do mesmo ano fazem a sua estreia num open air, no bem conhecido Meh Suff, este momento foi bastante importante para a banda, pois se até aqui já tinham recebido bons feedbacks, mais ficaram a receber depois da poderosa actuação neste evento. Ainda em 2014, houve tempo também para o lançamento de um split em conjunto com os suiços Denial. Pag: 11 Som do Rock Magazine nº12 Dezembro 2015


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Prockq - Novo video "Exhumado" Uma parcxeria : Pedra de Metal

A banda de Metal costarricense Prockq lança o seu mais recente videoclipe do tema intitulado "Exhumado". O tema faz parte do seu segundo álbum de estúdio "No hay descanso, aún no has muerto" lançado em Março de 2014, produzido em conjunto com Cavan Studio (Advent of Bedlam, Colemesis, The Eyes of Desolation) na cidade de Heredia, Costa Rica. Prockq é uma banda recomendada para seguidores de Pantera, Sepultura, Fear Factory e Brujería. Os temas da banda estão disponíveis na conta oficial da banda de Soundcloud. O videoclipe foi gravado numa cave húmida e escondida localizada no centro da cidade de Sao José, Costa Rica, com direção de Andres Carrillo (Pandemonium TV).

Para Diego Bolaños, baterista da banda, "Exhumado é um tema que convida a

conhecer a essência, o misticismo e energia que procuramos transmitir em cada composição criada neste álbum. O videoclipe capta a presença forte que gostamos de ter em palco e a maturidade musical que temos vindo a alcançar graças ao trabalho constante que sempre nos acompanha desde o início". Desde que foi lançado o álbum "No hay descanso, aún no has muerto", a banda tem recebido convites a festivais importantes ("Metal UCR 2015", "Costa Rica Metal Fest" e "Coven Fest"). Também já tiveram a oportunidade de

partilhar palco com bandas internacionais como Malevolent Creation (USA), Anima Tempo (Mexico) e Cabeza de Martillo (Panamá).

Pag: 12 Som do Rock Magazine nº12 Dezembro 2015


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14 Entrevista:

“Acho que vou proporcionar grandes momentos televisivos” Cantor, multi-instrumentista e produtor talentoso, Alex VanTrue desenvolve há uma década uma profícua carreira musical apoiada nos espetáculos dos seus vários grupos de tributo (com especial destaque para os One Vision, que homenageiam os Queen). Vocalista dos X-Size, notabilizou-se ainda por fazer versões de temas conhecidos de Música Popular Portuguesa, um dos quais levou a concurso no programa televisivo “The Voice”. Nesta edição do Som do Rock publicamos na íntegra a entrevista, divertida q.b., já parcialmente disponível no site.

Texto: Dico Fotos: Alexandre paixão (https://www.facebook.com/alexandrepaixaofotografia) Pedro Silva (https://www.facebook.com/FotografiaByPedroSilva/) Cláudia Ribeiro (http://claudiaribeiropixie.blogspot.pt/)

Nem uma demo decente conseguimos gravar. Se Tanto quanto julgo saber, começaste a tua carreira

demos 15 concertos foi muito. Nessa altura fiquei

musical num grupo de Death Metal, correto? Fala-

bastante desiludido com a música. Ao contrário de mim,

me dos primórdios da tua carreira.

o pessoal não levava a banda a sério. Eu sempre vi a

Mais ou menos. A minha carreira teve início em 1996

música como uma profissão, portanto remar sozinho

com colegas de escola. Eu era guitarrista, mas como

contra a maré desiludia-me bastante.

não tínhamos ninguém para cantar acumulei ambas as

Felizmente para mim, em 2005, formei os One Vision -

funções. Antes disso já tinha querido ser baterista,

Tributo aos Queen, e fui finalmente reconhecido pelo

pianista, vocalista...Mas um dia, quando estava a

que sempre quis - a música! Conheci malta bastante

observar um poster do Kirk Hammett [guitarrista dos

profissional. Comparecem todos aos compromissos à

Metallica] na tour do Black Album [assim mundialmente

hora marcada sem ser necessário telefonar-lhes. Todos

conhecido, embora seja o álbum homónimo dos

cumprem. É uma maravilha! Os One Vision salvaram-

Metallica] decidi que queria ser guitarrista [risos]! Essa

me a vida. Se não fosse a banda, há muito que teria

minha primeira banda tinha quatro originais, os

desistido da música.

restantes temas eram apenas covers dos Nirvana e Metallica. Demos um concerto e acabámos [risos]. Depois, toquei num grupo de Black Metal. Só tínhamos um tema original, o resto eram covers dos Cradle of Filth, Sepultura e Slayer. Esta banda também não durou mais do que um concerto [risos]. Depois disso passei a concentrar-me só em originais Death/Thrash Metal e formei os Wright, em que compunha praticamente todo o material. O grupo teve duas fases, entre 2000/2001 e 2004/2008, mas boa

Pag: 14 Som do Rock Magazine nº12 Dezembro 2015


15 Entrevista: És

bastante

vários

Atualmente tocas em diversas bandas de tributo –

instrumentos, bem como técnicas de gravação,

One Vison, de tributo aos Queen; ABBA Mia, em

mistura,

homenagem aos ABBA; Slash N’ Roses, que

etc.

multifacetado, Como

dominando

desenvolveste

estas

capacidades?

recriam a carreira dos Guns N’Roses e do Slash;

Como te disse, sou muito direcionado para a música. E

War Pigs, de tributo ao Ozzy e aos Black Sabbath;

quando um gajo está sozinho tem de se safar, não é

Negative Creeps, que homenageiam os Nirvana;

[risos]? Conforme referi, comecei por ser guitarrista

Alice in Pain, de tributo aos Alice in Chains; e

mas pouco depois comecei a cantar. Melhorei muito

preparas a estreia ao vivo da banda de tributo aos

enquanto vocalista graças aos One Vision. Foi devido a

Dream Theater [que, à época da entrevista, ainda

esta banda que comecei a tocar piano. Felizmente,

não tinha nome] e dos Original Pranksters, que

através do YouTube e de alguns outros sites, em pouco

homenageiam os Offspring. Finalmente, tens os X-

mais de um mês consegui aprender a tocar o

Size, já para não referir as covers de música

instrumento. Tocar piano era algo que sempre quisera

portuguesa que por vezes gravas. Imagino que

fazer. Quanto aos outros instrumentos, dou uns toques

tenhas de fazer uma gestão extremamente rígida da

de baixo e de bateria, mas nada de extraordinário.

tua agenda de ensaios, concertos e entrevistas para

Em relação ao mixing, tudo começou nos Wright,

que os compromissos das várias bandas não

quando eu misturava as ideias em casa para a banda

colidam. Como geres tudo isto?

ouvir. Na época ainda não tinha conhecimentos a esse

Não é assim tão difícil, ainda tenho tempo para dormir

nível, pelo que o resultado foi bastante precário.

cerca de 8 horas e sair para beber uns copos

Felizmente, ao longo de dois anos, pude tirar um curso

praticamente todos os dias úteis [risos]. Ao fim de

de áudio profissional/técnico de som, tendo obtido o

semana não há nada disso – não há aniversários,

know-how de que necessitava.

tempo para a família, nada… é só trabalho intensivo com as bandas! No Verão passado estava a ver que

Em Portugal sempre houve bandas de covers,

não aguentava, mas ainda bem que foi assim.

algumas delas históricas (como os Ferro & Fogo),

A nível de ensaios, o que faço para gerir tudo é

mas os One Vision inovaram, enveredando pelo

simples: crio o tributo e a banda ensaia até estar tudo

conceito de bandas tributo, já antigo noutros países

aprimorado. Depois, quando os concertos vão surgindo,

mas novo em Portugal. Nessa época, há dez anos,

já não precisamos de ensaiar, apenas trabalhamos

estavas ciente de que estavas a inovar?

alguns pormenores no soundcheck ou conversamos via

Fui dos primeiros mas não o primeiro a ter tributos em

e-mail sobre eventuais correções a fazer.

Portugal. Lembro-me de na época haver grupos de

Quanto às covers, as poucas vezes que as gravo é de

tributo aos Xutos & Pontapés, U2, Sublime e Nirvana,

madrugada. De repente surge a ideia e gravo à medida

apenas. Atualmente existem demasiados tributos e faz-

que os riffs vão saindo espontaneamente. Uma noite

me confusão o facto de muitos deles homenagearem as

chega para captar tudo.

mesmas bandas Acabam por se atropelar uns aos

O mais complicado é gerir a agenda de concertos.

outros. Somos um país demasiado pequeno para ter 20

Acontece-me muitas vezes perder um bom espetáculo

grupos de tributo aos Pink Floyd. Mal uma banda

porque já tenho compromissos ao vivo com outra

percebe que determinado tributo obteve sucesso

banda, mas é assim mesmo. Prefiro diversificar do que

começa a fazer igual e a competição deixa de ser

estar à espera que determinado concerto se realize.

saudável. Cada um diz que a sua banda é a melhor e a

Sou eu que faço a gestão da agenda de praticamente

mais fiel ao original. Uma vergonha!

todas as bandas, o que simplifica o processo. Para garantir a flexibilidade deste método procuro trabalhar sempre com as mesmas pessoas. O que me ocupa imenso tempo é a produção áudio a bandas, mas até hoje consegui fazer tudo. Mais desleixo menos desleixo acabo por fazer as coisas [risos]. .

Pag: 15 Som do Rock Magazine nº12 Dezembro 2015


16 Entrevista: Dos vários grupos em que atuas imagino que haja alguns com maior atividade ao vivo do que outros, com destaque para os One Vision. Quais destes projetos têm uma agenda de concertos mais intensa? Os One Vision são sempre a banda com mais concertos. Os ABBA Mia vêm a seguir e depois os Slash N’ Roses. Com as outras bandas é raro tocar. Acho que faz sentido, os Queen e os ABBA são imortais, portanto é normal que assim seja.

De todos estes grupos quais são os que mais te realizam enquanto executante, enquanto fã e os que revertem numa maior compensação financeira? O que gosto mais de fazer é tocar guitarra. Portanto, adoro tocar com os War Pigs, é a banda que puxa mais por mim como guitarrista, apesar da trabalheira que dá e de os concertos serem raros (parece que ninguém gosta do deus Ozzy em Portugal [risos]). Nos Slash N’ Roses também tenho um trabalho insano. Canto montes de partes nas músicas, sempre em harmonia, toco piano e guitarra, muitas vezes ao mesmo tempo [risos]! Mas a banda que mais me realiza em todos os aspetos são os One Vision. Queen é Queen! E quando toco o «Bohemian Rhapsody»...é mesmo daquilo que eu gosto!

Ainda sentes as músicas dos Queen como se fosse a primeira vez que as ouvisses/tocasses ou depois de tantas vezes a interpretá-las (enquanto músico profissional) e a ouvi-las (enquanto fã) perdeu-se alguma da magia? É sempre como se fosse a primeira vez! Os Queen nunca perdem a magia! Já toquei as músicas tantas vezes que sinto que foram compostas por nós.

Pag: 16 Som do Rock Magazine nº12 Dezembro 2015


17 Entrevista: Dos vários grupos em que atuas imagino que haja

Ainda sentes as músicas dos Queen como se fosse

alguns com maior atividade ao vivo do que outros,

a primeira vez que as ouvisses/tocasses ou depois

com destaque para os One Vision. Quais destes

de tantas vezes a interpretá-las (enquanto músico

projetos têm uma agenda de concertos mais

profissional) e a ouvi-las (enquanto fã) perdeu-se

intensa?

alguma da magia?

Os One Vision são sempre a banda com mais

É sempre como se fosse a primeira vez! Os Queen

concertos. Os ABBA Mia vêm a seguir e depois os

nunca perdem a magia! Já toquei as músicas tantas

Slash N’ Roses. Com as outras bandas é raro tocar.

vezes que sinto que foram compostas por nós.

Acho que faz sentido, os Queen e os ABBA são imortais, portanto é normal que assim seja.

Face à crescente concorrência, o atual circuito de

De todos estes grupos quais são os que mais te

bares

realizam enquanto executante, enquanto fã e os que

obtenham um rendimento satisfatório?

revertem numa maior compensação financeira?

Depende se um gajo é ganancioso ou não [risos]. Hoje

O que gosto mais de fazer é tocar guitarra. Portanto,

em dia, atuo muito raramente em bares, porque

adoro tocar com os War Pigs, é a banda que puxa mais

simplesmente já não existem. Bares de música ao vivo

por mim como guitarrista, apesar da trabalheira que dá

que possam financiar (justamente!) uma banda estão

e de os concertos serem raros (parece que ninguém

praticamente extintos. Se consultar a minha lista de

gosta do deus Ozzy em Portugal [risos]).

concertos nos últimos 10 anos, sobram dois! E devo ter

Nos Slash N’ Roses também tenho um trabalho insano.

tocado em quase 50 diferentes bares...Os meus tributos

Canto montes de partes nas músicas, sempre em

de maior sucesso - ABBA Mia e One Vision - tocam

harmonia, toco piano e guitarra, muitas vezes ao

maioritariamente para comissões de festas ou câmaras

mesmo tempo [risos]! Mas a banda que mais me realiza

municipais. E os Slash N' Roses seguirão o mesmo

em todos os aspetos são os One Vision. Queen é

caminho. Só assim é que um gajo se safa...

em

Portugal

permite

que

os

músicos

Queen! E quando toco o «Bohemian Rhapsody»...é mesmo daquilo que eu gosto! Pag: 17 Som do Rock Magazine nº12 Dezembro 2015


18 Entrevista: Que fatores mais pesam na tua decisão de escolher

Como

o objeto de uma banda de tributo? Escolhes um

originais? No caso do tributo aos Dream Theater,

grupo do qual és fã ou, sendo tu um músico

por exemplo, a preparação das músicas está

profissional, ponderas mais o grau de popularidade

naturalmente a ser mais trabalhosa.

do agrupamento original?

No tributo aos Dream Theater tocamos tudo como está

Em primeiro lugar, tenho de ser fã, apesar de neste

nos álbuns. No primeiro ensaio chorei a rir de tão bons

momento estar a preparar o tributo aos Offspring...

que os músicos são! Nem quis acreditar que estava a

Nunca fui fã deles, mas o projeto está muito bem

ver pessoal a tocar «Under a Glass Moon», «Take the

montado, com pessoal fixe e cheio de vontade de

Time» ou «Pull me Under» à minha frente. Incrível!

destruir o palco [risos]! O primeiro ensaio foi logo uma

Dado que não estou à altura do James LaBrie [vocalista

tourada [risos]. Não me divertia assim num ensaio

dos Dream Theater] convidei o Marcelo Vieira, meu

desde os tempos das bandas de Metal nos anos 90.

colega dos Slash N’ Roses, para cantar. Eu apenas

Em relação à popularidade…já me preocupei mais com

canto as músicas pós-ano 2000 (quando o LaBrie

esse aspeto, sinceramente. Acho que os One Vision e

começou a não subir tanto) e faço as vozes de apoio.

os ABBA Mia já me satisfazem a esse nível. O resto é

Dream Teater é mesmo muito difícil. Vamos ver quanto

para me divertir e dar ao público boas versões de

tempo vai demorar até estarmos prontos para tocar ao

bandas que já não existem ou raramente vêm a

vivo [risos]. Sei perfeitamente que este é um tributo só

Portugal.

para

Como

decorre

o

método

se

processa

músicos,

mas

a

adaptação

espero

que

dos

eles

temas

fiquem

de

trabalho dos vários grupos de tributo

em

pressupostos

que

atuas?

presidem,

Que por

exemplo, à seleção dos set-lists? É o costume, nada de especial. Em primeiro lugar escolhemos os êxitos da banda. Por vezes, nos One Vision tocamos algo fora do vulgar, como a «Lazing on a Sunday Afternoon» ou «I’m in love with my car», só para desenjoar [risos]. Mas o normal é

orgulhosos...ou que, pelo menos, levem para casa o bloco de notas onde apontam os erros dos artistas... vazio [risos]! Tens em mente a criação de mais alguma banda de tributo? Oito tributos mais os X-Size... Pá, por agora está bom [risos]!

selecionar os êxitos ou algum tema de que gostemos mesmo. Cada um aprende as músicas em casa e depois, nos ensaios, vemos como corre.

Pag: 18 Som do Rock Magazine nº12 Dezembro 2015


19 Entrevista: Tens em mente a criação de mais alguma banda de

Preferes fazer versões ou compor temas originais?

tributo?

Prefiro compor, sem dúvida.

Oito tributos mais os X-Size... Pá, por agora está bom [risos]! Que outro grupo gostarias mesmo de retratar enquanto fã? Há três tributos que sempre quis fazer - Death, Pantera e Sepultura. Já existem tributos aos Pantera e Sepultura, e eu não gosto de lixar a profissão aos meus colegas. Restam os Death... Um dia, quem sabe! Consigo tocar as partes do Chuck, berrar é que é pior [risos]!

Em geral, os fãs e músicos de Metal levam-se demasiado a sério. Na opinião de muitos, Metal e humor não combinam, mas tu já mostraste que não é bem assim. Fizeste excelentes versões de temas do

Clemente (que, inclusive, interpretaste

no

concurso “The Voice Portugal”), Marco Paulo e do genérico da série Dragonball, que nos remetem para o humor mas provam que se pode brincar sendo simultaneamente profissional. Como vês a reação do público a estas versões? Não fiz essas versões numa de palhaçada ou paródia.

Quais são, essencialmente, as tuas ambições para com os X-Size? Os planos da banda incluem uma aproximação ao mercado internacional? Acho que os planos de qualquer banda portuguesa passam pelo mercado internacional. Em Portugal não há nada. Infelizmente, como raras pessoas apoiam as bandas nacionais, os estrangeiros julgam que em Portugal se faz exclusivamente merda e não nos ligam nenhuma. Há coisas muito boas no nosso País!

Fiz a minha versão heavy das músicas, na onda do Power Metal para o Clemente e Marco Paulo e na onda dos Slayer para o Dragonball. Esses temas não foram simples de cantar nem tocar. Posso dizer-te que cada versão destas envolve cerca de 16 horas de trabalho, só para o áudio. Normalmente fico sem voz durante uns dias e nunca mais consigo fazer os solos tão bem [risos]. Pag: 19 Som do Rock Magazine nº12 Dezembro 2015


20 Entrevista: A reação dos fãs a essas versões foi extraordinária! A

Quais são as tuas expectativas quanto à tua

versão do Clemente foi apreciada pelo próprio e passou

participação no concurso ”The Voice Portugal”?

em bares, discotecas e festas municipais. Ainda hoje

É algo que nunca pensei fazer. Não sou nada fã deste

recebo vários mails a elogiarem esse trabalho! As

género de entretenimento, mas que se lixe [risos]. Acho

versões do Marco Paulo e do Dragon Ball já não

que vou proporcionar grandes momentos televisivos e

tiveram o mesmo sucesso, mas não fiz videoclip para

fugir ao normal nestes programas! A malta que me

esses temas. Pode ter sido essa a causa. Quando não

acompanha vai curtir, de certeza. Não estou à espera

fazes vídeos és ignorado! O problema é que cada vídeo

de ganhar, mas de fazer chegar o meu

ocupa-me mais de 12 horas de trabalho…E faço-os

nome a mais pessoas. É isso que me interessa, mas

sempre sozinho, portanto não há paciência.

digo-te já que não é fácil... Já dei aproximadamente 700 concertos e se fiquei nervoso três vezes foi muito. E no

Apesar de tudo, no contexto deste género de

“The Voice” fiquei. Ganhei respeito pela malta que tem

versões tens outras ideias para o futuro? Por

tomates para o fazer!

exemplo, ponderas a gravação de um EP/álbum que reúna estes e outros temas ou fá-lo meramente para

Para terminar, as VanTruenettes têm-te assediado o

te divertires e vais mantê-los estritamente online?

suficiente ou andam a dormir e têm de arriscar

Pedem-me muito para fazer isso, mas não acredito que

mais? [risos]

seja viável. Sou da época do CD e gosto que tudo o

Já tenho a minha VanTruenette [risos]. Nestes 10 anos

que faço seja em suporte físico. E isso tem custos...

nem fui assediado muitas vezes. Ou então sou eu que

Não

muito

nem noto [risos]. Estou sempre a montar e a desmontar

trabalhosas. Apesar de ter bastantes, apenas duas são

alguma coisa, a dizer disparates nos copos com os

de música popular portuguesa. E é isso que as pessoas

meus amigos ou a marcar concertos! Portanto, estou

querem ouvir. Ninguém quer saber de versões de

sempre bastante ocupado.

sei

responder-te.

As

versões

são

temas de Lady GaGa ou Del Shannon. Suponho então que, neste momento, não te encontres a trabalhar em nenhuma versão nova. Não! [de facto, na altura em que se realizou a primeira parte da entrevista, o músico não se encontrava a trabalhar em qualquer nova versão]. Tenho sempre muitos concertos no Verão e é raro arriscar-me a ficar sem voz nas gravações. Prefiro poupar-me e dar um bom espetáculo do que ter views no YouTube. Gostava de fazer mais algumas versões destas, mas para já não! [entretanto, semanas após a primeira fase da entrevista, o músico disponibilizou no Youtube uma versão do tema «Playblack», de Carlos Paião]. Talvez no Inverno...depende do meu estado de espirito. Estas gravações são quase sempre impulsivas. Decido na hora o que fazer e fico durante a madrugada a trabalhar. Pode ser que os fãs tenham sorte.

Pag: 20 Som do Rock Magazine nº12 Dezembro 2015


21 Foto Reportagem:

Primeiro festival dedicado ao Heavy Metal na cidade, e mantêm-se como único no seu propósito, com um âmbito, imagem e impacto forte, com características próprias e interessantes, sendo um género de música que continua a fascinar novas gerações e a renovar a sua base de fans, já com várias décadas de história! O evento, assim designado por ser o nome da cidade na altura do Império Romano, caracteriza-se por ser um festival em plena época Outonal, cujo objectivo é possibilitar que haja aqui um ponto de passagem ao Sul, para as Bandas tocarem, um respiradouro e artéria fundamental do panorama Heavy Metal nacional! Com dimensões adaptadas ao meio em que se insere, no interior do Alentejo, em Portugal, um dos países periféricos da Europa, este evento de valor, criado em 2009, que se quer com nível e qualidade, teve a sua génese e início na Casa da Cultura, para servir a comunidade em que se insere, pretende ser um encontro relevante na nossa região e uma mostra, cerimónia e espectáculo anual, do que melhor se faz no âmbito e género de música que a idealização do festival pretende expor! Avulsed Official serão os headliners da edição deste ano... A banda conta já no seu currículo com seis álbuns de originais e desde que se formaram em 1991, que o colectivo se tem vindo a tornar um dos nomes mais consistentes e de relevo do panorama Europeu dentro do seu género.... Practicantes de um Death Metal puro e "old school", a banda sediada em Madrid, Espanha, celebra 24 anos de carreira, e o seu ultimo registo de originais denominado "Ritual Zombi", lançado a 1 Setembro 2013 pela XTREEM MUSIC, obteve excelentes criticas e foi largamente aclamado pelos fans e revistas da especialidade, colocandoos num patamar de relevo e confirmando-os mais uma vez como um dos nomes de topo e a ter em conta na cena Death Metal europeia. Composto por 13 peças musicais de extrema excelência, o álbum teve no tema "Dead Flesh Awakened" o seu cartão de visita e video promocional, onde demonstram toda a sua perícia e temática apocalíptica. Lux Ferre, colectivo de Black Metal já com dois álbuns editados, são uma das propostas mais solidas do seu género no underground nacional, formaram-se em 2001 com os seus elementos sediados no eixo Porto/Lisboa/Faro presentemente, a banda desde o seu começo que tem vindo a gerar um culto e estatuto muito forte com seus dois primeiros registos a ser alvo de boas criticas e consenso entre os fans, sendo que o seu Black Metal negro, austero e de cariz minimalista despertou curiosidade e bom feedback a nível do mercado Europeu, nomeadamente França, Holanda e Alemanha. Actualmente estão a preparar o seu terceiro disco para ser lançado este ano e cujos detalhes serão revelados atempadamente.

K-ØS, colectivo de Salamanca, Espanha, formaram-se em 1996 e têm dois álbuns editados, são uma das propostas mais explosivas a nível Ibérico, com uma sonoridade Heavy Thrash Metal bem vincada, na linha de Testament, Exodus, Pantera ou Metallica, cantam em castelhano e pautam-se por uma atitude feroz e combativa, retratando a realidade dura da vida, o seu ultimo trabalho denominado "Planeta Violento" foi muito bem recebido e solidificou definitivamente a carreira da banda com o tema "Madre" a servir de cartão de visita e a espelhar bem a contundência da sua sonoridade, que o grupo vem agora demonstrar pela primeira vez em Portugal, após terem atestado com regularidade nestes últimos anos os palcos do seu país. Mindfeeder, colectivo de Lisboa, practicantes de Power Heavy Metal, formaram-se em 2003 e desde que editaram o seu ultimo trabalho denominado "Endless Storm" que se estabeleceram como uma das bandas mais coesas da cena Heavy Metal nacional e vindo a obter uma reputação fortissima ganhada a pulso nos palcos de norte a sul de Portugal. Estão a trabalhar no novo álbum e desta feita virão a Beja, mostrar a sua força integrados no cartel desta edição. Hourswill, colectivo de Lisboa, com uma abordagem Thrash Heavy Metal Progressivo na sua sonoridade, formaram-se em 2009 e estão a promover o álbum "Inevitable", editado pela Etheral Ethereal Sound Works. Moonshade, provenientes do Porto, executam uma vertente Death Metal Melódico, bastante técnico e intrincado, formaram-se em 2010 e estão a apresentar o segundo EP, denominado "Dream | Oblivion". Gennoma, banda sediada em Lisboa, formados em 2012 e practicantes de Death Metal Progressivo, estão a promover o single do álbum de estreia com nome por revelar, no seguimento do EP "Time Desconstruction", editado em 2014. Artwork Elaborado por Pedro Sena - Lordigan .

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22 Foto Reportagem:

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29 Foto Reportagem:

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30

Alto e em Bom Som

Reflexões, delírios e conspirações

1 - Já todos sabemos que as tecnologias poderão

ser

usadas

de

forma

benéfica

ou

perniciosa, com moderação ou em excesso. Que podem auxiliar-nos nas relações interpessoais ou condicioná-las, especialmente no que respeita aos contactos face a face. Hoje em dia constatamos uma forte tendência para que as novas gerações circunscrevam,

suas

acaso ou não, certo é que a música do grupo em

relações sociais a redes como o Facebook, chats e

causa remete para o estilo da banda que mencionei

ao envio/receção de SMS.

na entrevista. Portanto, limitei-me a responder:” Se

Ou

em

seja,

grande

não ouvem essa banda e não têm dela quaisquer

significativa das camadas mais jovens, as relações

influências limitam-se a afirmá-lo na entrevista e a

em presença tornaram-se circunstanciais, débeis e

contestar a minha opinião, não vêm pedir-me

constrangedoras, dado o investimento preferencial

satisfações por a manifestar e muito menos pedir-

nos contactos à distância. Esta realidade manifesta

me que retire a pergunta ”. Caindo em si o músico

-se nas mais variadas situações do dia a dia,

acedeu e, na entrevista, respondeu naturalmente,

encontramdo-se bem patentes nas desajeitadas

apresentando a sua argumentação.

relações com terceiros.

Enquanto músico, jornalista e escritor já respondi a alguns

uma

as

percentagem

Obviamente,

entre

medida,

Ora, intencionalmente ou não, por mero

jovens

músicos

inúmeras entrevistas e nunca me passou pela

nacionais não escapam a este fenómeno. Há dias

cabeça pedir explicações a um jornalista por este

enviei uma entrevista por email a um músico (cuja

manifestar a sua opinião de forma cordial. Nem

banda nem sequer enviou um texto biográfico e

nunca, entre os meus pares, tive conhecimento

muito menos um comunicado de imprensa acerca

de que alguém o fizesse, constituindo esta

das suas atividades, tendo eu de realizar toda essa pesquisa).

Numa

das

perguntas

abordei

as

influências que, na minha opinião, os temas do seu grupo deixam transparecer. Recebi então um contacto

do

músico,

questionando-me

situação, pois, algo inédito para mim. Se não me revejo numa opinião ou pergunta de um jornalista limito-me a fazer aquilo que é expectável: apresentar o meu ponto de vista e,

arrogantemente acerca da razão pela qual fizera

se

for

o

caso,

contestar

e

desmontar

referência àquela banda, que, nas suas palavras,

sustentadamente os seus argumentos. Pôr em

“nenhum membro do meu grupo ouve, portanto não

causa a sua opinião ou pedir-lhe que não

temos influências deles”. Pediu-me ainda que

coloque uma dada pergunta está pura e

retirasse aquela pergunta.

simplesmente fora de questão.

Pag: 30 Som do Rock Magazine nº12 Dezembro 2015


A Coluna de Dico: 31

Alto e em Bom Som

Deste episódio retiro uma ilação: boa

2 – Os abomináveis atentados de 13

parte dos músicos portugueses da nova

de novembro em Paris, e em particular o

geração ainda tem um longo caminho a

massacre

percorrer no que respeita ao relacionamento

Bataclan, voltaram a ilustrar, da forma mais

com os órgãos de comunicação social. Existe

tristemente real, a ignorância dos repórteres

todo

portugueses

um

universo

de

aprendizagens

e

na

sala

de

generalistas

espetáculos

sobre

Le

música.

conhecimentos que estão por fazer ao nível

Nessa noite fatídica atuavam na referida sala

das relações públicas e institucionais, o que

os rockers norte-americanos Eagles of Death

dificulta sobremaneira a eficácia da sua

Metal,

promoção e divulgação. Tal implica, ainda,

classificaram como sendo praticantes de…

que os jovens músicos desçam à terra e

Death

percebam que o mundo não gira em torno das

subsequentes ao acontecimento de tudo se

suas bandas. A humildade é uma virtude.

leu

Afinal, no melhor sentido do termo, as bandas

generalista portuguesa: que os Eagles of

são um produto e, como tal, têm que saber

Death

vender-se!

(CMTV),

que

numerosos

Metal!

e

Com

ouviu Metal

na

a

efeito,

os

próprios

designação

lusos

nos

comunicação

eram

que

jornalistas

do

dias social Eagles grupo

significa, em português, Anjos da Morte (TVI) ou que a banda toca música Soul (SIC). Mas a cereja no topo do bolo estava reservada para um jornalista da TVI que, no mais puro delírio conspirativo, questionou o seu entrevistado/comentador se a banda não teria

sido

o

alvo

selecionado

pelos

extremistas como vingança pelas torturas infligidas, ao som de Metal, a suspeitos de terrorismo por parte de soldados norteamericanos.

A

insana

busca

pelo

sensacionalismo em nome da impiedosa guerra de audiências por vezes ultrapassa os limites do ridículo!

Dico

Pag: 31 Som do Rock Magazine nº12 Dezembro 2015


Biografia: 32

Em outubro de 1986, Web nasceram,

Naquela época, um par de roadies do mais conhecida banda de metal português, Tarantula, sentiu a necessidade de criar algo onde poderiam investir toda a sua paixão pelo todo-poderoso Heavy Metal ... Assim, David Duarte (vocal) e Victor Matos (guitarra) começou a reunir as pessoas certas para facilitar a busca de um som único. No entanto, a falta de pessoas envolvidas em participar de um projeto de heavy metal tornou o processo mais difícil do que o esperado e os line-ups foram mudando constantemente. Este cenário continuou a inflar por vários inconvenientes, como o serviço militar obrigatório e da doença grave do cantor David Duarte que o fez deixar a banda, a música e, mais tarde, a nossa presença. O restante homem Victor Matos, unidos com Fernando Martins desde 1994 e continuou a entrada de novas idéias para cumprir suas metas. Desde Outubro de 1997, com Pedro Soares se juntar à banda como baterista e guitarrista da entrada de Filipe Ferreira mais tarde, em 2005, este seja o maior e mais forte line-up de sempre. O palco foi sempre cordial para a banda e desde o primeiro show no lendário Rock Rendez Vous, Web dedicado a maior parte de sua carreira para viver shows.

Locais como Rock Rendez Vous (Lisboa), Festa do Avante (Seixal), Noites Ritual Rock'94 (Porto), Palha d'Aço (Porto), Escola Secundária Soares dos Reis (Porto), Sociedade Columbófila de Mafamude (Gaia), Blá Blá (Matosinhos), Sala Anoeta (Vigo), metalpoint (Porto), Hard Club (Gaia e Porto), Moita Metal Fest, No Live Café (Moita), SWR Barroselas X, Caos Emergente Open Air (Recarei), XIV HardmetalFest (Mangualde), Gaia em Peso IV e VI, Teatro Sá da Bandeira (Porto), Lado B (Benavente), Amarante, ART7 (São João da Madeira), Berço Fest e Vimaranes Metalvm (Guimarães), Underfest (Alijó e Vila Real ), Dinaamo Panóias (Braga), Invicta X-Massacre (Porto), Covilhã, Discoteca Autarquia (Castelo de Paiva), Zum Zum (Porto), Bragança, Time Out (Ovar), Na União We Stand (Porto e Ovar), Leiria, Indycat (Gondomar), Thrashmania V (Corroios), Nyktos (Figueira da Foz), Velha Guarda II (Porto), entre muitos outros, receberam sangue, suor e as lágrimas da banda, sempre compartilhando atitude em direção a cena! Momentos foram compartilhados com bandas como antiga Rites, Impaled Nazarene, Benediction, Cradle of Filth, Napalm Death, Desaster, omissão, Sinister, Paradox, Cadena Perpetua, Angelus Apatrida, Leng Tch'e, Decadence, Agonica, efêmera, Moonspell, Genocídio, Ramp, Tarantula, Switchtense, Pitch Black, Desejo, Heavenwood, The End Gate, Equaleft, Gates of Hell, Holocausto Canibal, deteriorado, Mata Ratos, A Ransack, Decrepidemic, Echidna, Revolution Within, Cycles, Coldfear, entre outros. Músicas em coletâneas e homenagens, demonstração e promo tape de, um álbum e um vídeo da música são as peças apresentadas até agora. Futuro começa hoje, ea banda prepara um 2011 cheio de boas notícias como o segundo álbum e da comemoração dos 25 anos espalhando a Web.

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Eventos: 33

Pag: 33 Som do Rock Magazine nยบ12 Dezembro 2015


Cinema: 34

Cosmopolis (2012) M/16 | 109 min | Drama |

Circulando por toda Manhattan em uma limusine a fim fazer um corte de cabelo, no dia em que faz 28 a gestora de bilionários stem um dia que se transforma em uma odisséia. Com um elenco de personagens que começam a rasgar seu mundo à parte.

Diretor: David Cronenberg Escritores: David Cronenberg (roteiro), Don DeLillo (romance) Estrelas: Robert Pattinson, Juliette Binoche, Sarah Gadon

Comboio Noturno Para Lisboa(2013) "Night Train to Lisbon" (original title) M/12 | 111 min | Mystery, Romance, Thriller

Raimund Gregorius, um professor suíço, abandona suas palestras e vida académica que sempre teve para embarcar em uma aventura emocionante que irá levá-lo em uma viagem ao coração de si mesmo.

Diretor: Bille August Escritores: Pascal Mercier (romance), Greg Latter (roteiro), um crédito mais » Estrelas: Jeremy Irons, Mélanie Laurent, Jack Huston

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Em Janeiro: A Biografia dos Cruz de Ferro Entrevista com: Revolted! São a banda Brasileira

em entrevista pelo Underground´s Voice Reportagem sobre: Resurrection: A Night to Remember - 1º Acto

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