Som do rock magazine on line nº1 Ano II

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Foto: Silvia Micaelo

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ENTREVISTA

In memory of Lemmy

Miguel Silva dos Wrath Sins

BOSQUE, HAPPY FARM, SMSF, BLOODLASH,REVOLTED!, BRUTAL BRAIN DAMAGE , CRÓNICAS, REVIEWS, CINEMA, METAL CHART E MUITO MAIS


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Ficha Técnica: Propriedade: Som do Rock Administração

No passado mês de Dezembro foi lançada a versão Fanzine da Som do Rock, que obteve grande sucesso, este mês de Janeiro sai a edição nº 1 da Fanzine, com mais conteúdos. Temos reviews entrevistas muitas notícias, cronica sobre cinema, o regresso da Metal Chart by Revista Billboard e mantemos outras como a Biografia dos Portugueses Cruz de Ferro, a sempre de leitura obrigatória Coluna do Dico. Tudo isto para ti que gostas tal como nós da música que ouves. Demostra o teu apoio ao nosso underground adquirindo a nossa fanzine por € 1,00 apenas. Fala connosco através do e-mail, magazine@somdorock.pt

Pag 05— 13 Bandas 13 Temas 2015 Pag 06—SMSF 2016

Entrevistas: Pag—20 Entrevista da Pedra de Metal a Miguel Silva

Pag 07—BOSQUE O DOOM METAL Português

Pag—24 Entrevista da Underground´s Voice a REVOLTED!

Pag 07—Toxik Attack - EP "Thrash On Command"

Cronicas:

Pag 08—BLOODLASH

Pag: 27 Reviews do Metal em Portugal, Davi Cruz—Dark Symphonica - Immersion

Pag 09– BLUES PILLS no Porto e em Lisboa Pag 10– TERRORDOME EM TOUR PELO BRASIL Pag 11 -HAPPY FARM Balbúrdia Na Quinta Pag 11—VORACIOUS CARNAL DISEASE

Pag-28 Coluna do Dico-Alto e em Bom Som 2016, um ano promissor Pag—29 Cinema, Nuno Mata –Conan o Bárbaro Pag—30 Cinema—Recomendações

Pag 12—EXTREME RETALIATION Com Novidades na Manga! Pag 12—BRUTAL BRAIN DAMAGE Ano Novo, Álbum Novo! Pag 14—Especial LEMMY

Data : Janeiro de 2016 Edição online : Grátis Edição Fanzine Preço: €1,00 Portes de envio: Portugal €0,90 Resto do Mundo €2,00 Colaboradores: Redação / Paginação e conteúdos: Paulo Teixeira

Indice: Noticias:

Paulo Teixeira

Biografia: Pag-31—Cruz de Ferro

Metal Chart: Pag32—Metal Chart By BILLBOARD Pag 33, 34 Eventos

Reportagem/ Entrevistas: Lunah Costa Carolina Lobo Cronicas: Ricardo Pato Colunista: Dico Bandas: Paula Antunes Cinema: Nuno Mata Reviews: Davi Cruz É proibido a reprodução total e ou parcial de texto / Fotos sem a previa autorização. Pedidos de Autorização. Contactos: geral@somdorock.pt magazine@somdorock.pt musica@somdorock.pt

Capa : Entrevista da Pedra de Metal a, Miguel Silva Foto: Silvia Micaelo


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"13 BANDAS 13 TEMAS 2015 JÁ DISPONIVEL

O Som do Rock, trás um presente no sapatinho para todos nós. A partir de hoje dia 13 de Dezembro podem fazer o download no bandcamp do Som do Rock da segunda edição da compilação 13 Bandas 13 Temas. 13 Bandas 13 Temas, conta com um tema em exclusivo dos Cape Torment, O tema de Cape Torment (que abre a compilação) é exclusivo e em estreia mundial. Foi especialmente mixado para esta compilação: agradecimentos aqui ao Ary Elias e Xn. Tem a participação da seguintes Bandas: Cape Torment, Wrath Sins, Assassinner, Martelo Negro, The Fines, Rise Of Ophiuchus, Analepsy, Neoplasmah, Undersave, Temple Of The Fallen, Trepid Elucidation, Sacapelática e Culto Macabro. Este ano com o apoio das editoras, Studios13 - Melkor, Necrosymphonic Entertainment, Supergoat Wreck-Whordes, Helldprod, Raising Legends Records - André Matos, fica garantida a qualidade de som que se espera ter numa compilação que quer levar de forma gratuita o bom som que se faz em terras Lusas. O lançamento será acompanhado por uma edição extra da Som do Rock Magazine com as informações gerais das Bandas presentes na compilação.

13 Bandas 13 Temas 2014

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SMSF 2016 Cartaz

O nome essencial do industrial português junta-se aos já confirmados Rotting Christ e Allen Halloween no alinhamento da sétima edição do SMSF, que decorre de 9 a 11 de Junho no Parque de Merendas da Cidade de Beja. A época natalícia anunciada leva-nos a antecipar o espírito com uma nova role de prendas: os Bizarra Locomotiva partilham protagonismo com os italianos Spiritual Front e Caronte, com os suecos IXXI, e os árabes Aramaic nas novas confirmações para o SMSF 2016. Sobre a Bizarra Locomotiva pouco resta acrescentar. Uma banda com um carreira longa e frutuosa, peregrina nos caminhos negros do industrial e do peso sincopado e mecanizado, junta forças ao cartaz do SMSF ainda a queimar o combustível do seu mais recente “Mortuário”. Os IXXI, fundados pelo malogrado Nattdal (Lifelover), trazem no último álbum, “Skulls n Dust”, um exemplo sublime de putrefacção em explosões de tremolo picking e blastbeats, de acordo com os cânones do black metal, numa extasiante viagem pela penumbra.

De Itália, virá o combo que tem, apenas, a geografia como terreno comum: de um lado, o quinteto romano de neofolk Spiritual Front, que preenche de cores garridas em arranjos o negro do gótico e das cadências post-punk da sua música; do outro, os Caronte, versados na articulação arrastada do doom, munidos de riffs portentosos e de explorações melódicas desafiantes, sem descurar do javardo. Por fim, e a juntar aos supracitados e aos já anunciados Rotting Christ, Allen Halloween, Cripple Bastards, Decayed, Amulet e Empty, teremos os árabes Aramaic a apresentar o seu doom/death em Beja. Os primeiros bilhetes já se encontram à venda através do site www.smsfportugal.net e nos pontos de venda Ticketline, custando 12 euros, no caso dos passes de três dias, e 20 euros, no caso dos packs especiais.

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7 BOSQUE, o Doom Metal

Português

Doom Metal mudou de lugar nenhum para locais ainda mais isolados e criou um novo opus o BOSQUE: "Beyond" segue os caminhos percorridos "Passage" e "Nowhere", mas abre novas perspectivas - não apenas quando se trata de nomes. Bosque (port. / Span .: Forest, a floresta com suas lendas como percepção do Norte),vai levar-nos a uma nova jornada no profundo do seu mundo do pensamento. Deixamos o mundo atual e ingressamos em uma viagem mística e surreal. Bosque garante o sucesso novamente com o seu novo álbum para colocar uma marca de ser um guia no Doom Metal, mas esta seção da música-gênero é muito pequena para definir toda a essência poderosa de "Beyond". Um som único, que cria uma atmosfera em que se procura arrastar e ao mesmo tempo empurrar o ouvinte. Bosque chama-nos e envie-nos até um paradoxo dos nossos próprios sentimentos apenas para nos abrir o portão para o outro mundo. A banda adere ao estilo estritamente análogo da gravação e, portanto, o som muito natural é preservado. A névoa criada pelas guitarras em "Nowhere" limpa um pouco, o estilo coral está mais presente: Aqui, "Beyond", encontra-se a introspecção. Uma visão para o vazio e melancólico, mas também de aspiração e um encantamento sutil. Esta não é uma música para seguidorestrend, não adoração de dreamings sem sentido, Bosque é a melancolia audial das almas. O novo álbum vem em 3 modos. Painel de edição Digipak nobre e pesado. Também disponível como edição em vinil e download digital.

Toxik Attack - EP "Thrash On Command"

Os TOXIK ATTACK vão lançar em Janeiro próximo um EP intitulado de "Thrash On Command". A apresentação oficial será feita a dia 30 Janeiro em Guimarães em local a revelar.

Em Janeiro estarão ainda no Porto e em 21 de Fevereiro em Lisboa. O EP contará com cinco temas originais sendo a track list: - Thrash On Command - 3065 Days In Captivaty - And We Break Our Neck - Run For Your Life - Chainsaw Massacre O EP foi gravado no NMH STUDIOS em Guimarães com Manuel Sousa no outono de 2015 sairá via Victorius Music Records, artwork feito por João Filipe guitarrista de Ashes Reborn e Night My Heaven. Visitem o facebook da banda em www.facebook.com/toxikattack.pt Pag: 07 Som do Rock Magazine, Janeiro 2016


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BLOODLASH

Bloodlash foi fundada no final de 2011. Formada em Morelia México, Bloodlash começou como um ato de rebelião dentro do novo contexto de Metal no Mexico. Enquanto a música de Bloodlash mostra agressão, eles tentam seu mais puro sentido musical para torná-la uma força para a criação e para construir a consciência ao invés de para o mero propósito de destruição sem sentido. Pode-se descrever a banda Bloodlash como um Progressive post-metal, mas o rótulo dificilmente faz justiça à experiência. Sua directiva é a desafiarse sempre como músicos e artistas, tentando fazer música bem trabalhada que se sente. Realizando Espectáculos enérgicos, o plano é desafiar a indiferença e inspirar os outros da mesma forma que as bandas e ídolos deles os inspiraram.

Bloodlash alimenta-se a partir da influência de bandas como The Ocean, Mastodon, Lamb of God, Karnivool, A Perfect Circle, Tool, Opeth, Dog Fashion Disco, Intronaut, Ghost, Children of Bodom e várias outras. Tendo recebido comentários encorajadores dos meios de comunicação, tais como MetalSucks sobre o futuro da Bloodlash, e recebendo comparações para Between the Buried and Me, eles têm todo o fogo e dedicação ao seu ofício para chegar longe. Bloodlash continua a assinar pelo rótulo finlandês Inverse Records, que com sucesso lançou seu primeiro EP "Drowning Amidst The Nebulae" em 2014. "Rain" é o EP a ser lançado digitalmente a 21 de dezembro de 2015.

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4 e 5 de Março @ Hard Club & RCA Club Uma das mais excitantes bandas de rock'n'roll da atualidade estreia-se finalmente em nome próprio no nosso país em Março do próximo ano. Injustamente atirados para o saco do retro rock que, nos últimos anos, revelou ao mundo uma série de músicos jovens apostados em tentar reproduzir a todo o custo a genialidade do blues rock e do proto-metal popularizado na transição da década de 60 para a de 70, os BLUES PILLS apresentam predicados mais que suficientes para se destacarem dos seus contemporâneos numa categoria totalmente à parte. Em primeiro lugar, a banda, que inclui músicos norte-americanos, suecos e franceses, tem alma... Muita alma mesmo. Não aquela "soul" afinada de Otis Redding ou Marvin Gaye, mas uma interpretação mais profunda e intuitiva da alma, traduzida em música rock que vem de dentro de quem a toca e que, além de ouvida, tem de se sentir no âmago para ser apreciada na sua plenitude. Depois, têm também uma arma secreta – a vocalista Elin Larsson. A jovem sueca é dona de um registo vocal raro nestes dias de autotune e estilo sobre substância; uma voz que escorre com emoção bluesy e geme com o poder de ícones como Janis Joplin, Aretha Franklin ou Tina Turner.

Pelo caminho, os quatro músicos criam uma abordagem refrescante ao rock clássico e, simultaneamente, exploram um apelo mainstream que remete o ouvinte de volta aos tempos áureos de clássicos como Fleetwood Mac, Led Zeppelin, Jimi Hendrix, Janis Joplin e Cream.

É certo e sabido que proficiência técnica e um bom registo vocal contam pouco quando as canções são fracas e, felizmente, os BLUES PILLS são mestres na arte de escrever melodias e refrães orelhudos. Em discos como «Bliss», «Devil Man» e «Blues Pills», a banda pega nas regras básicas do blues rock como base das suas composições e injeta-lhes elementos de funk, soul, jazz e metal, gerando um som tão dinâmico que acaba por ter tanto de visceral como de profundo e delicado. Sem nunca se perderem em pormenores cosméticos desnecessários, o músicos vão diretos ao assunto sem rodeios e, com uma classe assinalável, levam consigo o ouvinte por uma viagem por montes e vales, que tanto nos pode pôr a bater o pé involuntariamente como a fantasiIsso não significa, no entanto, que Larsson seja o ar sobre o Verão de 1968. No final, o resultado único elemento digno de destaque na banda. Como desta união de talento inato e paixão é uma prova um todo, os quatro elementos do grupo funcionam irrefutável de que o bom e velhinho rock'n'roll não como a unidade poderosa que qualquer grande tem idade, é intemporal. Dúvidas restassem, os banda deveria ser. À semelhança de secções rítmi- BLUES PILLS vão prová-lo quando, nos dias 4 e cas clássicas como Ward e Butler ou Bonham e 5 de Março, subirem aos palcos do Hard Club e Jones, Cory Berry e Zack Anderson (ambos exRCA Club, no Porto e em Lisboa, respetivamente Radio Moscow) operam com uma fluidez impressionante e criam um alicerce sólido mas bem maleá- Os bilhetes para o concerto custam 20€, à venda vel para o impressionante trabalho de guitarra de nos locais habituais. Reservas: Ticketline (1820). Dorian Sorriaux que, apesar da sua juventude, re- Em Espanha: Masqueticket. vela um domínio impressionante das seis cordas. Com uma aproximação ao instrumento fortemente enraizada no boom blues dos anos 60, o músico francês acaba por invocar o legado de ícones como Eric Clapton e Peter Green com uma destreza e um bom gosto que, feitas as contas, parecem quase sobrenaturais dada a sua tenra idade.

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TERRORDOME EM TOUR PELO BRASIL

Os primórdios da banda Terrordome começa por volta do início de 2005, quando Uappa Terror e Mekong Minetaur se juntam com o objectivo de criar uma banda que iria sintetizar os melhores elementos de thrash metal e hardcore old e ainda iria usar uma mistura mais up-to-date do que o bandas de crossover típicos dos anos 80 e, ao mesmo tempo evitaria da estética metalcore genérica. Assim, foi criado a partir de old-school thrash, neo-thrash. Após uma extensa pesquisa o line-up foi completado por Mosh e Picho e a banda tocou seus primeiros eventos ao vivo. Em dezembro de 2006 Terrordome entrou em estúdio em Cracóvia para gravar seu primeiro EP, intitulado “Shit Fuck Kill”. Finalmente, após uma busca longa e extensa por uma voz a banda decidiu que a voz da velha escola do Uappa se adaptava melhor ao som de Terrordome. Em 2008 Tom A Srom se juntou à banda para substituir Picho. O plantel gravava material novo que foi lançado como um split-CD com Lostbone chamado "Dividir It Out". Após uma série de shows que promovem o split-CD, Mosh deixou a banda. Durante a fase de gravação do álbum full-length do Terrordome seu sucessor Rudobroddy deixou a banda também. Ele foi rapidamente substituído por Paua Siffredi, que assumiu as funções de guitarra.

2011 trouxe o lançamento do álbum de estréia de Terrordome “We’ll Show You Mosh, Bitch!” via Defense Records. Ele foi recebido com grande resposta de maníacos em todo o mundo e foi seguido por Terrordome juntar forças com thrashers chilenos Dekapited para liberar o split-CD "Bestial Castigo" via surra Loucura Productions em 2012. No início de 2013 Terrordome lançou seu primeiro videoclipe oficial para a canção "Punição Brutal" e excursionou pela Europa com banda brasileira UGANGA. Em algum lugar em torno do meio do ano seguinte, Terrordome lançou uma compilação de seus lançamentos menores (com uma adição de algumas faixas bônus), que foi chamado de "Vamos mostrar-lhe Bosch, Mitch!". Pouco depois, o Tom Srom deixou a banda e De Kapitzator assumiu o baixo. 2015 foi o ano em que Terrordome gravou e lançou seu segundo LP “Machete Justice”, mais uma vez lançado pela Defense Records. Até agora, a banda tem tocado grandes quantidades de eventos, dividindo o palco com nomes como: Anthrax, Suicidal Angels, Accuser, Caliban, Blunt Force Trauma, Ramming Speed, Andralls, SSS, Ratos De Porao, Frontside, Uganga e muitos mais . A música de Terrordome é o equivalente a uma lamina apontada ao tórax. É marcada por uma velocidade vertiginosa e rápida, solos caóticos combinados com gritos agressivos. Suas raízes brilham através de forma decisiva, tal como o som de 80´s de thrash pisou na história da música por nomes como Dark Angel, Slayer, Cryptic Slaughter, DRI ou Evildead. Pag: 10 Som do Rock Magazine, Janeiro 2016


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HAPPY FARM

Balbúrdia Na Quinta VORACIOUS CARNAL DISEASE À Procura de Baixista

O grind nacional tem mais um novo rebento na família, de seu nome Happy Farm. São naturais do Porto e a mais recente criação de Nuno Pereira, que fez parte de projectos como os C.R.U.D. e ex-membro dos Holocausto Cannibal. Os Happy Farm foram fundados em Abril deste ano e são formados pelo já referido Nuno Pereira na guitarra, pelo vocalista Tiago Cardoso e com uma nova aquisição, o baixista Miguel Fernandes. Mesmo com um surgimento relactivamente recente, a banda tripeira já fez duas aparições em palco, a primeira foi no dia 22 de Maio no Cave 45 e a segunda no dia 14 de Junho no Metalpoint. Para terem uma noção de como os Happy Farm estão a ter um crescimento e uma progressão rápidas, aqui fica outra informação, também estão a gravar o seu primeiro álbum, no Sonic Studios e a banda conta com o seu lançamento já nos inícios dos próximo ano.

Os Voracious Carnal Disease são uma banda de death-metal natural de Braga, mas encontram-se parados por falta de baixista. A Pedra de Metal está a tentar dar o máximo de apoio possível a esta banda, por isso apelamos a todos os músicos que se encontram a viver em Braga e nos arredores, para entrarem com eles, caso estejam interessados em fazer parte da banda. Para isso, basta enviarem uma mensagem para a própria pagina de facebook da banda. Vá lá pessoal! Vamos todos ajudá-los!

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EXTREME RETALIATION Com Novidades na Manga! BRUTAL BRAIN DAMAGE - Ano Novo, Álbum Novo!

Estremoz, foi o ponto de partidada existência da banda de grindcore, Extreme Retaliation. Iniciaram a sua actividade em 2007 e em 2010 decidem terminar, mas as saudades do tempo em que partilharam os palcos com bandas como Catacombe, Disgorge, VxPxOxAxAxWxAxMxCx, Putrid Pile etc... fez com que, em 2013, voltassem ao activo, com um novo line-up e mudando a banda, geograficamente, para Braga. O ano de 2016 perve-se favorável para os Extreme Retaliation, são uma das bandas confirmadas no cartaz do próximo "XXXPADA NA TROMBA" e também vão lançar, ao fim de dez anos, o seu primeiro álbum nos primeiros meses do novo ano, por agora ainda estão em estúdio. A descrição que temos, segundo a banda, para esta novidade é que o álbum irá manter as características old school grindcore e dizem eles que será "meia hora sem folgo para respirares, boa brutalidade como manda a lei!". Ficaremos à espera de mais boas notícias!

Depois do split com os conterrâneos PussyVibes, o colectivo de Ourém vai lançar um novo trabalho em breve, está em fase de desenvolvimento e bem avançado. A etapa de gravações do novo registo discográfico da banda já está concluída, será o segundo álbum. Carlos Lopes, vocalista da banda, divulgou-nos um pouco do que será o álbum, dizendo que será: "uma sonoridade diferente e mais pesada".Referiu também que o "skank beat" vai continuar presente no estilo dos Brutal Brain Damage. Podemos ainda adiantar que o lançamento será apartir novo do ano que se avizinha, mais uma vez com o carimbo da editora nacional Vomit Your Shirt.

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Lemmy 1945—2015 Lemmy, nome artístico de Ian Fraiser Kilmister (Burslem, 24 de dezembro de 1945 28 de dezembro de 2015), também conhecido por Ian Fraiser Willis e Lemmy the Lurch, foi um baixista e cantor inglês, conhecido por ser o fundador da banda de rock inglesa Motörhead. Era adorado pelos seus fãs por sua postura roqueira, estilo de tocar e timbre de voz marcante. O apelido "Lemmy" seria pela época que Lemmy era roadie e sempre pedia £5 emprestado (em inglês: - lemmy a fiver (lend me a fiver)), embora o próprio músico tenha dito em sua autobiografia que já era chamado assim desde os 10 anos de idade.

Nome completo

Ian Fraiser Kilmister

Também conhecido(a) como

Ian Fraiser Willis Lemmy the Lurch

Nascimento

24 de dezembro de 1945

Origem

Burslem, Inglaterra

País

Reino Unido

Data de morte

28 de dezembro de 2015 (70 anos)

Gênero(s)

Heavy metal, speed metal, rock and roll, hard rock, rock psicodélico, space rock

Instrumento(s)

vocal, baixo, guitarra, violão,harmônica

Antes de ser músico, foi roadie do cantor e guitarrista Jimi Hendrix, tocou nas bandas Rockin' Vickers e Sam Gopal, sendo roadie da banda Hawkwind, onde ocupou o lugar do baixista que havia faltado no show - e deixado o instrumento na van da banda. Expulso da Hawkwind por ter sido detido no Canadá com anfetaminas, montou sua banda, originalmente chamada de Bastards, mais tarde renomada como Motörhead; o nome vem da última música de Lemmy escrita para o Hawkwind. Sua autobiografia, White Line Fever, narra sua carreira e os principais altos e baixos enfrentados pela banda. No dia 28 de dezembro de 2015, foi anunciado na página oficial do facebook da banda que Lemmy havia falecido devido a problemas de saúde. Ele tinha completado 70 anos quatro dias antes.

Modelos de instrumen- Rickenbacker 4001 tos Gibson Thunderbird Período em atividade

1965 - 2015

Gravadora(s)

Chiswick, Bronze, GWR, Epic Records

Afiliação(ões)

Motörhead Hawkwind Sam Gopal The Damned The Rainmakers The Rockin' Vickers Opal Butterfly The Head Cat Girlschool Dead Men Walking

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Lemmy 1945—2015 Como membro do Motörhead 1977: Motörhead 1979: Overkill 1979: Bomber 1980: Ace of Spades 1982: Iron Fist 1983: Another Perfect Day

Infância e adolescência Lemmy nasceu na véspera de natal em 1945 em Burslem, Stoke on Trent, Inglaterra.[3] Quando tinha três meses, seu pai, um ex-capelão da força aérea real, se separou de sua mãe. Sua mãe e sua avó moravam em Newcastle e se mudaram paraMadeley, Staffordshire. [4] Quando completou dez anos, sua mãe se casou com George Willis, que já tinha dois filhos de outro casamento, Patricia e Tony, com os quais não se relacionava. A família se mudou para uma fazenda em Benllech no País de Gales, foi nessa época que Lemmy começou a mostrar interesse em rock and roll, música, garotas e cavalos. Frequentava a escola Ysgol Syr Thomas Jones em Amlwch, onde foi apelidado "Lemmy", que apesar dos boatos sobre a origem do apelido, o próprio diz desconhecer o porquê. Ele viu os Beatles tocarem no Cavern Club quando tinha 16 anos, depois aprendeu a tocar guitarra escutando o primeiro disco deles. Ele também admirava a atitude sarcástica da banda, particularmente de John Lennon.[5] Ao sair da escola e com a mudança de sua família para Conwy, Lemmy teve alguns empregos temporários, um deles na fábrica Hotpoint da cidade, ao mesmo tempo tocava guitarra em bandas locais como a The Sundowners e ainda passava algum tempo em uma escola de montaria. Aos 17 anos, ele conheceu uma garota chamada Cathy, e seguiu ela até Stockport onde ela teve seu filho, Sean. Sean foi deixado para adoção.

1986: Orgasmatron 1987: Rock 'n' Roll 1991: 1916 1992: March ör Die 1993: Bastards 1995: Sacrifice 1996: Overnight Sensation 1998: Snake Bite Love 2000: We Are Motörhead 2002: Hammered 2004: Inferno 2006: Kiss of Death 2008: Motörizer 2010: The Wörld Is Yours 2013: Aftershock 2015: Bad Magic

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Lemmy 1945—2015 Discografia Como membro do The Rockin' Vickers 

1965 – "Zing! Went the Strings of My Heart" / "Stella" (7" single)

1965 – "It's Alright" / "Stay By Me" (7" single)

1966 – "Dandy" / "I Don't Need Your Kind" (7" single)

2000 – The Complete: It's Alright (coletânea)

Como membro do Sam Gopal 

 1984 – The Earth Ritual Preview EP  1985 – Bring Me the Head of Yuri Gagarin (live 1973) 1985 – Space Ritual#Volume 2 (live 1972)  1986 – Hawkwind Anthology (ao vivo e ensaios, 1967–1982)  1991 – BBC Radio 1 Live in Concert (live 1972)  1992 – The Friday Rock Show Sessions (live 1986)  1997 – The 1999 Party (live 1974) Como membro da Robert Calvert's band 

1974 – "Ejection" / "Catch a Falling Starfighter" (7" single)

1974 – Captain Lockheed and the Starfighters

1980 – "Lord of the Hornets" / "The Greenfly and the Rose" (7" single)

1969 – Escalator

1969 – "Horse" / "Back Door Man" (7" single)

Como membro do Hawkwind 

1972 – "Silver Machine" / "Seven by Seven" (7" single)

1972 – Glastonbury Fayre – contém "Silver Machine" e "Welcome to the Future"

1972 – Greasy Truckers Party – contém "Born to Go" e "Master of the Universe" (10/11 Hawkwind tracks on 2007 rerelease)

Projetos e outros álbuns 

1990 – Lemmy & The Upsetters – Blue Suede Shoes

2000 – Lemmy, Slim Jim & Danny B (aka The Head Cat) – Lemmy, Slim Jim & Danny B

1972 – Doremi Fasol Latido

2006 – The Head Cat – Fool's Paradise

1973 – "Lord of Light" / "Born to Go" (7" single)

2006 – The Head Cat – Rockin' the Cat Club: Live from the Sunset Strip

1973 – "Urban Guerrilla" / "Brainbox Pollution" (7" single)

2006 – Lemmy – Damage Case (coletânea)

1973 – Space Ritual  1974 – Hall of the Mountain Grill  1974 – "Psychedelic Warlords" / "It's So Easy" (7" single)  1975 – "Kings of Speed" / "Motorhead" (7" single)  1975 – Warrior on the Edge of Time  1983 – The Weird Tapes (ao vivo e ensaios, 1967–1982)

2007 – Keli Raven & Lemmy Kilmister "Bad Boyz 4 Life" (single).

2011 – The Head Cat – Walk The Walk… Talk The Talk

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Lemmy 1945—2015 Discografia Colaborações de bandas

1996 – Ugly Kid Joe – Motel California

1978 – The Doomed (one off performance at the Electric Ballroom, September 5, 1978) Bootleg gravado com Dave Vanian, Captain Sensible e Rat Scabies. Brian James saiu The Damned e levou os direitos do nome com ele. 1979 – The Damned – "I Just Can't Be Happy Today" / "The Ballroom Blitz" (with Lemmy on bass) / "Turkey Song" (7" single) – disponível com faixa bônus da reedição do álbum Machine Gun Etiquette 

1980 – The Young & Moody Band – "Don't Do That" (7" & 12" single) 1981 – Headgirl (Motörhead & Girlschool) – St. Valentine's Day Massacre EP

1982 – Lemmy & Wendy O. Williams – Stand by Your Man EP Colaborações de caridade 

1984 – Hear'n'Aid –

1985 – The Crowd - You'll Never Walk Alone (Bradford City F.C. Fire Disaster) 2011 – Emergency - Livewire + Girlschool + Rudy Sarzo vocal (Haiti Appeal)[6] Participações como convidado 

1988 – Albert Järvinen Band – Countdown

1989 – Nina Hagen – Nina Hagen - participa em "Where's the Party"  1992 – Bootsauce – Bull – participa em "Hold Tight" 1994 – Fast Eddie Clarke – It Ain't Over Till It's Over – participa em "Laugh at the Devil".

1994 – Shonen Knife – Rock Animals – participa em "Tomato Head" single remix (Track 3 – "Lemmy In There Mix") – não a faixa do álbum 1996 – Skew Siskin – Electric Chair Music

1996 – Myth Dreams of World – Stories of the Greek & Roman Gods & Goddesses  1996 – Skew Siskin – Voices from the War 1997 – The Ramones – We're Outta Here! – participa em "R.A.M.O.N.E.S."

 1999 – Jetboy – Lost & Found  1999 – Skew Siskin – What the Hell 1999 – A.N.I.M.A.L. – Usa Toda Tu Fuerza – participa numa versão de "Highway to Hell" do AC/DC 2000 – Doro – Calling the Wild 

2000 – Swing Cats – A Special Tribute to Elvis – participa em "Good Rockin' Tonight", "Trying to Get to You" and "Stuck On You"  2001 – The Pirates – Rock Bottom  2001 – Hair of the Dog – Ignite – guests on "Law" 2002 – Royal Philharmonic Orchestra, Mike Batt e covidados – Philharmania – participa em "Eve of Destruction"  2003 – Ace Sounds – Still Hungry  2003 – Skew Siskin – Album of the Year 2004 – Probot – Probot – participa em "Shake Your Blood" 

2005 – Throw Rag – 13 Ft. and Rising – participa em "Tonight the Bottle Let Me Down" 2006 – Doro – 20 Years – A Warrior Soul – participa em "Love Me Forver" & "All We Are" 

2007 – The Warriors – Genuine Sense of Outrage – participa em "Price of Punishment"  2007 – Keli Raven single "Bad Boyz 4 Life" (co-writer & guest vocalist) 2008 – Airbourne – Participa como ator no videoclipe "Runnin' Wild" do Airbourne

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Lemmy 1945—2015 Discografia 

2008 – We Wish You a Metal Christmas – Run Run Rudolph 2008 – Legacy – álbum Girlschool – Don't Talk to Me vocal, baixo, triângulo e letras. 

2009 – Queen V – Death or Glory – participa em "Wasted" 2009 – Brütal Legend (video game) – The Kill Master (voice) 2010 – Slash - Slash - "Doctor Alibi" (vocal e baixo) 

2011 – Michael Monroe – Sensory Overdrive participa em "Debauchery As A Fine Art" 2011 – Foo Fighters – Participa como ator no videoclipe "White Limo" do Foo Fighters 2012 – Nashville Pussy – Participa na música "Lazy Jesus" de Nashville Pussy na reedição do álbum "From Hell to Texas" Participações em trilhas sonoras de filmes, tributos, wrestling e álbuns de artistas variados 

1990 – Hardware: Original Soundtrack – contém "A Piece of Pipe" de Kaduta Massi com Lemmy

1990 – The Last Temptation of Elvis: Blue Suede Shoes – contém "Blue Suede Shoes" de Lemmy & The Upsetters  1992 – Hellraiser III - Hell on Earth – Com a música Hellraiser nos créditos do filme 1994 – Airheads: Participação especial no filme e toca "Born to Raise Hell" a trilha sonora 1997 – Dragon Attack: A Tribute to Queen – toca em "Tie Your Mother Down"

2001 – Frezno Smooth: Original Soundtrack – contém uma versão de "Hardcore" do Twisted Sister pelo Lemmy  2001 – A Tribute to Metallica: Metallic Assault – toca em "Nothing Else Matters"  2002 – Rise Above: 24 Black Flag Songs to Benefit the West Memphis Three – toca em "Thirsty & Miserable"  2002 – Metal Brigade – toca em "Good Rockin' Tonight" de Lemmy e Johnny Ramone 2004 – Spin the Bottle - An All-Star Tribute to KISS - toca em "Shout It Out Loud" 2004 – The SpongeBob SquarePants Movie – toca "You Better Swim" 2005 – Numbers from the Beast: An All Star Salute to Iron Maiden – toca em "The Trooper"  

2005 – Metal: A Headbangers Journey 2006 – Flying High Again: The World's Greatest Tribute to Ozzy Osbourne – Toca "Desire" com Richie Kotzen 2006 – Cover Me in '80s Metal (Fantastic Price Records) – Músicos de Metal regravando sucessos de outros. Toca "It's a Long Way to the Top" do AC/DC. 2006 – Butchering The Beatles - Toca "Back in the USSR". 2009 – Flip Skateboards Presents Extremely Sorry - Toca "Stand By Me" com Baron e Dave Lombardo. 2010 – Danko Jones - Full of regret - Estrela no videoclipe junto a Elijah Wood e Selma Blair 2011 – Foo Fighters - White Limo - Estrela no videoclipe

1998 – Thunderbolt: A Tribute to AC/DC – toca em "It's a Long Way to the Top" 1998 – ECW: Extreme Music – contém uma regravação de "Enter Sandman" do Metallica pelo Motorhead . 2000 – Bat Head Soup – Tribute to Ozzy Osbourne – toca em "Desire"

Fonte de Texto e Imagens: Wikipédia.org

Pag: 18 Som do Rock Magazine, Janeiro 2016


19


20 Entrevista:

ENTREVISTA - Miguel Silva dos Wrath Sins Pedra de Metal teve a oportunidade de entrevistar o Miguel Silva vocalista dos Wrath Sins. Com apenas 4 anos de existência a banda lançou recente o seu primeiro álbum “Contempt Over The Stormfall”, que posso dizer que posso dizer que foi uma das melhores surpresas que tive este ano. Wrath Sins uma banda que veio para ficar e ainda bem :) Pedra de Metal teve a oportunidade de entrevistar o Miguel Silva vocalista dos Wrath Sins. Com apenas 4 anos de existência a banda lançou

recente

o

seu

primeiro

álbum

“Contempt Over The Stormfall”, que posso dizer que posso dizer que foi uma das melhores surpresas que tive este ano. Wrath Sins uma banda que veio para ficar e ainda bem :) - Formados em 2011, porquê 4 anos para lançar

o

primeiro

álbum?

-Miguel Silva - O nosso “Contempt Over The Stormfall” de certa forma começou a ser desenhado desde o momento em que de facto nos tornamos um todo. Houve um processo longo até conseguirmos uma formação sólida e só no final desse mesmo ano, atingimos tal solidez, que felizmente se mantêm até hoje, sendo exactamente isso que nos permitiu a cria-

ção deste debut. Antes de assinalarmos um registo desta envergadura, quisemos ganhar experiência e maturidade o suficiente para que fosse algo que nos deixa-se orgulhosos e não uma mancha no nosso percurso, muitos ensaios, muita composição, muitas datas ao vivo ao longo de cerca 2 anos, deram-nos cer-

- Já vinham de outras bandas ou Wrath Sins foi a estreia para todos? -MS: Em termos gerais, cada um de nós tinha tido planos/pequenos projectos, mas que nunca se haviam materializado devidamente e como tal, WRATH SINS tornou-se NO PROJECTO, que sem dúvida nos marca a nível individual e colectivo.

tezas e deliberadamente e propositadamente

decidimos passar a fase do EP tradicional, por acharmos que a nossa formação dava garantias para saltar tal etapa e após tal execução, tenho consciência que foi a atitude mais acertada. Pag: 20Som do Rock Magazine, Janeiro 2016


21 Entrevista:

ENTREVISTA - Miguel Silva dos Wrath Sins - Que dificuldades passaram\passam como

- Como está a decorrer a promoção do vos-

banda, para se imporem no meio do metal

so álbum "Contempt Over The Stormfall"?

nacional?

~

-MS: Nós somos uma banda com objectivos,

-MS: A sensação de tocar este álbum ao vivo

queremos ir mais além e apresentando algo

não podia ter sido melhor. Sentimos e pelo

diferente,

visão,

que vimos à nossa frente por parte do público,

“fazemos acontecer”, não somos de estar à

conseguimos passar a energia e todo o

espera que as coisas nos caiam do céu, e

“ambience” do mesmo. Como referi é um al-

acreditamos que as coisas só surgem com

bum auspicioso, com centenas de riffs, com

muito trabalho e trabalhando juntos. Não é de

orquestrações, samples, arranjos, sabiamos

forma alguma um meio fácil, nem de entrar

que não seria fácil tocá-lo na integra, mas fica-

nem de subsistir nele. Desde logo, encontrar

mos imensamente satisfeitos com o resultado.

membros com a mesma visão, dedicação, a

Ter tão boa reacção por parte do público faz-

conciliação horária e comportamental, as difi-

nos acreditar e sorrir para o que aí vem, até

culdades financeiras, promocionais etc. Há

porque tem sido arrebatadora a reacção que

todo um punhado de entraves para quem quer

temos obtido, da mais de centena e meia que

fazer algo de relevante aqui. As dificuldades

já tem disco na mão e têm presenciado a nos-

foram, são e sempre serão essas, mas quan-

sa evolução. Embora acreditassemos sempre

do se gosta, quando se quer, as coisas sur-

no que fazemos, não pensavamos ter logo ao

gem e surgem bem. A qualidade e quantidade

inicio um feedback tão positivo, o que é imen-

são muito vastas, é dificil ganhar destaque, a

samente gratificante saber que “alguém” notou

não ser que se siga determinadas “modas” ou

ou entendeu aquilo a que nos dedicamos e

contextos de “momento”, mas também quem

propusemos. Como disse anteriormente, não

os segue, vai-se perder no tempo. Nós acredi-

somos a banda “típica” actual, tendo o nosso

tamos numa subida consistente, “depressa e

quê de peculiar, e ter chegado a tanta gente e

bem há pouco quem” e como banda nova que

dessa gente ter chegado tanta palavra positi-

somos, estes 4 anos foram de aprendizagem

va, é fantástico. Tem-nos chegado optimas

e os próximos 20 assim o serão. Sabemos

criticas, convites para concertos, entrevistas,

que actualmente o nome WRATH SINS esta

radios, não há muito que possamos dizer, se

bem e recomenda-se, mas queremos mais e

não um obrigado gigantesco a quem não arre-

melhor :)

da pé de nós e nos apoia, familia, namoradas,

partilhamos

a

mesma

amigos, pessoas que vamos conhecendo pela estrada fora etc, essas pessoas são de certa forma o nosso pilar.

Pag: 21 Som do Rock Magazine, Janeiro 2016


22 Entrevista:

ENTREVISTA - Miguel Silva dos Wrath Sins - Tem convidados de respeito na vossa estreia como Tó Pica e o Miguel Ingles. Como surgiram esses convites? -MS: Como uma banda nova que somos, olhamos para cima e para quem

achamos que daria o contributo certo ao album. Acima das escolhas que fizemos não olhamos a nomes mas sim a quem desse o tempero certo ao que queriamos apresentar. Começamos pelo Miguel, ao ponto de a “Solispsism” estar a ser composta e começar a “ouvir” a voz dele nesse mesmo tema, para lá de ser um vocalis-

ta incrivel é um amigo que nos apoiou desde muito cedo. E pelo mesmo motivo, surgiu o Fernando,onde foi inevitável na composição da “Textured Vengeance” não sentir a necessidade de ter o registo tão característico dele, e a nível pessoal sendo um enorme fã de WEB, foi fantástico contar com ele. O Tó Pica, foi tal como na música (que encerra o album) o ultimo nome a surgir-nos. A composição da música e do trecho de solo em especifico pedia algo mais, e mais uma vez olhamos para uma banda que ouviamos quando eramos miudos. RAMP foi e é um exemplo para nós de preserverança e o Tó Pica com todas as qualidades fez o solo falar por si.

- Nos concertos vocês dão tudo em palco, nota-se bem a energia e a forma como cativam o publico. Imaginaste um dia a tocar num grande festival ou numa sala tipo coliseu? -MS: Esse sonho, porque acho que a palavra sonho se adequa a este ponto, nunca sai das nossas cabeças, sabemos e temos os pés bem assentes no chão e o quanto dificil é dar um salto pequeno, quanto mais um desses,

mas também temos consciência que com muito trabalho, dedicação, amor “à camisola” as coisas vão evoluindo, tudo fazemos para que elas evoluam, e que oportunidades e novos caminhos sejam desbravados. Respondendo a questão, sim..qualquer músico imagina e ambiciona tal. A materialização desse sonho, não depende só de nós, mas do que depen-

der, mais tarde ou mais cedo iremos alcançar.

Pag: 22 Som do Rock Magazine, Janeiro 2016


23 Entrevista:

ENTREVISTA - Miguel Silva dos Wrath Sins - Apesar de relativamente recentes os

- Falando da Bulldozzer que novidades po-

Wrath Sins foram uma bandas convidadas

demos

para o documentário português "HEAVY

-MS: A Bulldozer está de volta, após uma pau-

METAL PORTUGAL - O Documentário".

sa necessária e revitalizante. Planos são mui-

Não consideras que isso é, um pouco, o

tos, ideias, algumas já concebidas e a serem

reconhecimento do bom trabalho que tem

tratadas. Queremos mais e melhor como em

sido feito não só com os Wrath Sins, mas

tudo o que tentamos fazer. Queremos ajudar

também com a Bulldozer On Stage?

mais, criar mais oportunidades, mas também

-MS: Foi uma honra incrível de facto ter sido

cria-las com cabeça. Relevância com qualida-

convidado para tal, estar entre nomes tão

de é a nossa meta, e podem esperar (não

“históricos” e relevantes no meio musical no

muito tempo) para ouvir muita coisa da Bulldo-

qual estamos inseridos. Como referi acima

zer On Stage no próximo ano, a começar ja

acho que com trabalho tudo se alcança e sim,

em janeiro, para a 3ª edição do Feed Me Fest.

creio que tenha vindo também do que temos

alcançar.

vindo a alcançar. Somos uma banda ambicio-

- Para terminar, uma mensagem para os

sa, trabalhadora, muito autonoma, sabemos o

leitores

que fazemos e como fazemos, para lá da aju-

-MS: Antes de qualquer outra coisa, um

da do André Matos e que a nossa editora Rai-

obrigado a ti Paulo, pela oportunidade, pelo

sing Legends Records tem vindo a desempe-

regresso, por mesmo em ausência, dares

nhar, acreditamos que o primeiro passo deve

sempre o teu contributo, é de louvar, nós e o

ser sempre nosso. Vejo muito talento e poten-

nosso meio agradecemos! Para todos os leito-

cial a nossa volta, mas tambem vejo muita de-

res, apoiem as bandas, promotoras, editoras,

sorientação e muito “morrer na praia”. Nós

casas, etc o mais que puderem, porque só sa-

não queremos ser só mais uma na estatistica,

be o que custa quem pertence a este lado e

queremos e estamos aqui para ficar. E acredi-

não esperem para que tudo desapareça para

to que se houver um documentário daqui a 20

sentirem a falta. Um obrigado e ate já!

esperar

do

Pedra

em

de

2016?

Metal…

anos, ainda estejamos aqui para documentar mais alguma coisa :)

Pag: 23 Som do Rock Magazine, Janeiro 2016


24 Entrevista:

Revolted! São a banda Brasileira que se segue. Voltamos ao outro lado do Atlântico para receber uma banda que está a crescer a olhos vistos. Aqui fica a entrevista: U.V - Antes de mais, bem vindos à Underground's Voice, é um prazer vos receber! Para quem não vos conhece, podem-se apresentar?

Alex-Somos a banda Revolted, formada em 2011 na cidade de Anápolis, estado de Goiás, Brasil, tocamos um estilo de thrash metal mais moderno, com algumas inserções no Death Metal e no Hardcore. Atualmente a formação da banda conta com Hedrey nos vocais, Yanomani na bateria, Raphael no baixo e eu Alex na guitarra. U.V - A banda foi criada em 2011 mas apenas lançaram o vosso álbum de estreia no ano passado. Como correram esses primeiros 3 anos de vida da banda? Foi difícil se integrarem no underground Brasileiro? Alex-Então, a ideia embrionária da banda surgiu ainda em 2010, mas só em 2011 é que conseguimos estabilizar uma formação, passamos todo o ano de 2011 ensaiando e componto material, fizemos nosso primeiro show

em janeiro de 2012, tivemos uma mudança na formação logo após o primeiro show, com a entrada do nosso atual baterista, e só então é que conseguimos nos estabilizar para terminar

U.V - Como definem este vosso álbum "Revolutionary Order"? Alex-Esta é uma pergunta dificil de responder, mas vamos lá, eu definiria o disco como uma revolução mesmo, no sentido de dar uma sacodida na cena metal da cidade, que tem poucos lançamentos físicos em sua história, apesar de ter tido e ainda ter muitas bandas de metal. É um disco fácil de ser ouvido, que aborda em suas letras temas que afrontam a religião, e os dilemas do ser humano em geral. Em relação a parte instrumental, é um disco calcado no thrash metal, porém com uma roupagem mais moderna.

a composição das músicas que estão no nosso disco de estréia, o qual foi lançado em março de 2014. Não sei se posso dizer que estamos integrados ao underground brasileiro,

pois a maioria dos shows que fazemos é na nossa região, ainda não conseguimos mostrar nosso trabalho Brasil afora, mas é nossa intenção, o país é muito grande e com os contatos certos, dá pra gente tocar bastante por aqui.

Pag: 24 Som do Rock Magazine, Janeiro 2016


25 Entrevista:

Revolted! São a banda Brasileira que se segue. Voltamos ao outro lado do Atlântico para receber uma banda que está a crescer a olhos vistos. Aqui fica a entrevista: U.V - Como foram os seus processos de composição/gravação? Alex-O processo de composição do disco foi tranquilo, as ideias foram trabalhadas por todos, a maioria das músicas foram compostas durante o ano de 2011 mesmo, porém com a mudança de baterista, tivemos um pouco de atraso para poder colocar tudo nos eixos novamente. Temos uma música cantada em português,"Epidemia" que por sinal é mais cadenciada do disco, as outras faixas são em inglês. O processo de gravação foi um pouco dificil, pelo fato de que nós resolvemos fazer a mixagem/masterização na França, no Steelmind Studios, a captação foi feita em nossa cidade no Estúdio Grafton, no entanto, o resultado foi muito satisfatório. E mesmo com a dificuldade da distância, estamos pensando em continuar com o mesmo processo para o próximo disco.

U.V - Acabaram de lançar o vosso primeiro oficial, para a música Heartbreaking. Falemnos um pouco do conceito do vídeo e onde/ como o gravaram! Alex-Isso mesmo, nós tivemos um pouco de azar, mas que ao mesmo tempo foi bom, pelo fato de que o material que haviamos começado a filmar ter sido furtado, então tivemos que fazer tudo do zero, o que foi bom no fim das contas, pois mudamos algumas coisas que fizeram com o que o video alcançasse o resultado que queriamos. O video é basicamente da gente tocando a música, foi filmado em uma industria siderúrgica (Valeu Furrequinha), em nossa cidade, e foi o cenário perfeito, pois lá é o caos propriamente dito! Fizemos toda a filmagem em uma tarde. A magia da edição foi feita pelo vocalista da banda Eminence, Bruno Paraguay, que fez com que o video ganhasse vida, seremos eternamente gratos!

U.V - Que feedback têm recebido dos fãs e críticos e este vosso trabalho? Alex-A recepção foi a melhor possível, nosso disco pôde chegar em muitos lugares que nós nem imaginávamos. As críticas foram ótimas, em sua maioria positivas, recebemos bastante elogios, tanto pela composição, como pela produção, recebemos notas ótimas. Ficamos muito satisfeitos com o resultado que o disco alcançou.

Pag: 25 Som do Rock Magazine, Janeiro 2016


26 Entrevista:

U.V - Quais são os vossos planos para o que resta de 2015? Apenas promover o "Revolutionary Order" ou podemos esperar outras novidades? Alex-Para 2015 ainda temos alguns shows por fazer, mas o nosso foco principal nesse momento é começar a composição do segundo disco, que inclusive já conta com 3 músicas praticamente finalizadas, iremos manter a nossa linha de composição, porém é claro, procurando evoluir e incluir alguns novos elementos a nossa sonoridade. U.V - Como está a vossa agenda nesta altura? Será possível uma data em Portugal em breve? Alex-Estamos sempre abertos a shows, nossa agenda é tranquila, esperamos poder tocar bem mais em 2016, o Brasil é muito grande, tem muito lugar pra tocar por aqui. Seria a realização de um sonho poder fazer um show na Europa, tenho alguns parceiros ai em Portugal, se algum produtor nos convidasse, seria uma honra fazer o som por ai! U.V - O que nos podem dizer sobre o Underground Brasileiro actual? Alex-O underground no Brasil é complicado, temos muitas bandas boas, porém, fazer metal aqui é dificil demais, a gente faz por paixão, na maioria das vezes os shows não tem a estrutura necessária para que a apresentação seja satisfatória, raramente recebemos cachê, o público está cada dia menos presente. É uma pena, nós temos potencial para ter uma cena das melhores do mundo. Mas acho que essa coisa de 3o. mundo está bem enraizada aqui, será muito dificil as coisas mudarem, já melhorou bastante, mas precisa haver uma maior valorização das bandas nacionais.

U.V - Estão constantemente a actualizar as vossas redes sociais com notícias e novidades. Pensam que uma maior proximidade com os fãs e público em geral é indispensável para o sucesso de uma banda? Alex-Nosso principal meio de divulgação são as redes sociais, principalmente o Facebook, todas as notícias e novidades a respeito da banda são postadas lá. Eu mesmo, faço questão de responder cada comentário deixado em nossa página, é uma das melhores coisas pra quem está nesse meio, ser reconhecido, e esse lance das redes sociais é ótimo pra gente ter esse contato com a galera que admira nosso trabalho. Acho que essa proximidade com os fãs é fundamental, eu mesmo como fã, adoro quando alguma banda responde algum comentário meu, faz com que o fã se sinta importante para a banda. Essa questão de sucesso, acho que é uma consequência, não é algo que colocamos em primeiro lugar. O que mais queremos é fazer nosso som e que mais e mais pessoas possam ouvir e comparecer aos shows. U.V - Por fim quero agradecer mais uma vez a disponibilidade para a entrevista e desejar tudo de bom para a banda! Últimas palavras para os leitores da Underground's Voice? Alex-É uma honra pra nós poder conceder essa entrevista aos nossos amigos portugueses, gostei muito da qualidade das perguntas, espero que as pessoas realmente leiam e que possam ter a curiosidade de ouvir nossas músicas e darem seu feedback, curtam nossa página do facebook e nos ajudem a divulgar nossa música, quem sabe um dia não desembarcamos ai em Portugal?! Muito obrigado!

U.V - Conhecem alguma coisa do Metal Português? São fãs de alguma banda?

Alex-Eu conheço algumas bandas portuguesas, o facebook me ajudou bastante a encontrar e inclusive a fazer alguns amigos virtuais. Tem o Moonspell que todo mundo conhece né, mas eu conheço o Equaleft, Gates Of Hell, Swichtense, Web, Revolution Within, são bandas muito boas! Pag: 26 Som do Rock Magazine, Janeiro 2016


27 Review:

Dark Symphonica - Immersion

Se pegarmos na fúria do Thrash e lhe dermos uma toada Progressiva, juntármos instrumentos clássicos e complexas orquestrações para depois servirmos tudo envolto num ambiente neo-clássico acompanhado pela voz de Sam Wolstenholme, ficamos com uma ideia do que “Immersion” nos traz. Basicamente, os Australianos Dark Symphonica são um quinteto de Metal Sinfónico com vocalista femenina; numa primeira análise, esse rótulo servirá para afastar a maioria que certamente pensará “mais uma banda dessas?”... Bem, se na maioria dos casos isso se aplica acredito que aqui haverá algo mais a dizer que abonará em favor da banda. Logo à partida exclui-se a possibilidade de estarmos perante um clone de bandas da vertente mais gótica, aqui impera mesmo o metal; por outro lado temos uma muito forte presença do elemento sinfónico, com o uso de sintetizadores e piano em quase todas as faixas.

Também em quase todas temos ali pelo meio uma passagem mais progressiva, cheia de escalas; noutras, nota-se o peso dos riffs mais Thrash a dar músculo às composições. Também na voz se destaca algo de “próprio”: o timbre de Sam fica por ali entre um tom mezo e uma soprano. Na minha opinião um pouco “baixo” mas ainda assim perfeitamente enquadrado no som da banda. Em suma, este é um coletivo que conjuga bem a clássica melodia com o peso da modernidade, criando composições musculadas mas com uma aura de beleza que lhes dá um toque próprio. É um trabalho a escutar, mesmo para os que preferem sonoridades mais extremas.

Pag: 27 Som do Rock Magazine, Janeiro 2016


28

Alto e em Bom Som

2016, um ano promissor

Findo 2015, o novo ano entra pelas nossas vidas dentro com muitas promessas e expectativas. No que respeita ao Metal português, espera-se que 2016 seja um ano fértil em projetos, não só musicais mas também culturais, numa vertente mais ampla. Se 2015 já deixou boas perspetivas, com o lançamento do jogo de tabuleiro Metal Pursuit, o início da produção de Heavy Metal Portugal – O Documentário (que ainda não tem prazo de conclusão estipulado), o desenvolvimento da tese de doutoramento A ‘Beast’ of Many Faces – Identidades, Pertenças e Apropriações do Metal em Portugal (1980-2015), que promete ser um verdadeiro marco na produção nacional relativa ao Underground; e a emergência de outros projetos que sei estarem em curso, 2016 promete ser um ano extremamente rico para o Metal luso.

Perspetiva-se ainda a constituição de novos festivais underground, o surgimento de novas editoras e a emergência de mais órgãos de comunicação social amadores, incluindo programas de rádio e emissoras online. A evolução protagonizada pelo nosso Som do Rock no final de 2015, com a passagem à edição em papel simultaneamente à edição online, lança também um olhar de confiança neste campo. Será também desejável que surjam mais salas de concertos de pequenas dimensões em todo o território, que assegurem a melhor qualidade acústica e de programação musical. No entanto, para que tudo isto – e ainda mais seja possível os fãs devem envolver-se e tomar parte ativa no processo. As possibilidades são virtualmente infinitas e muito existe por fazer. Há projetos inovadores à espera de quem se digne torná-los realidade. A falta de apoios e de meios não constitui pretexto para a falta de concretização. Afinal, é na premissa do it yourself que o Underground se baseia, não é?

Por outro lado, e no que se refere às bandas, o nosso Underground poderá subir mais um importante degrau no que respeita à exposição internacional, nomeadamente através de um crescente número de coletivos a tocar no es- Um excelente ano para todos. trangeiro. Os Besta, Ironsword, Switchtense, Grunt, Simbiose, Holocausto Canibal ou os ób- Dico vios Moonspell deixaram boas perspetivas no http://dico-bhmp.weebly.com/ ano transato, pelo que aumenta a expectativa acerca deste tema.

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Cinema

Coluna de Nuno Mata

Conan the Barbarian

Considerado um dos mais influentes filmes de fantasia de todos os tempos, Conan e os Bárbaros, titulo atribuído em português ao filme de Dino de Laurentis, apresenta-se como um dos primeiros filmes do género na história do cinema de fantasia. Conan, personagem criada em 1932 por Robert E. Howard e que foi publicada pela primeira vez numa série de histórias para uma revista de Pulp Fiction americana, é desde então inspiração para muitos dos romancistas e cineastas apaixonados pelo género. Neste filme de 1982 a personagem é interpretada por um jovem Arnold Schwarzenegger sendo este o seu sétimo filme, embora seja com Conan que Arnold começa a ser reconhecido como ator de Hollywood. O filme rendeu na altura 60 milhões de dólares, lançando Arnold para o estrelato quase imediatamente. De referir ainda a participação de James Earl Jones como o lendário vilão Thulsa Doom, onde interpreta um dos mais marcantes papeis da sua vida. Todo o filme foi maioritariamente filmado em Espanha, perto de Madrid e de Almeria. Os cenários criados por Ron Cobb mostravam um mundo inspirado na época medieval, semiprimitiva , onde os reinos se multiplicavam e a magia habitava os lugares mais estranhos. Para o filme foram forjadas duas espadas, que custaram cerca de 20.000 dólares, para dar mais credibilidade à personagem de Arnold Schwarzenegger. Dotado de uma banda sonora inigualável, da autoria do greco-americano Basil Poledouris, que foi o compositor de bandas sonoras de filmes como Starship Troopers, Robocop, Blue Lagoon, etc. O filme ganhou vários prémios internacionais inclusive o Saturn Award de 1983 de melhor filme de fantasia, melhor figurino, melhor maquiagem e melhor banda sonora.

Esta é uma história de vingança, amor e honra. Uma história intemporal do bem contra o mal que leva Conan, um menino cimério das terras do norte que, depois da morte do seu povo às mãos do terrível exército de Thulsa Doom é vendido como escravo e torna-se aos poucos num guerreiro formidável, um ladrão famoso, um amante dedicado e uma máquina de matar sem precedentes, pronto a vingar o seu povo e recuperar a honra perdida. Acompanhado de Subutai o archeiro Hyrkaniano e da bela Valéria, uma guerreira intrépida e sua grande paixão, vão encontrar desafios monstruosos e mágicos que os levarão ao conflito direto com Thulsa Doom, o emergente senhor do mal e líder do culto da serpente. Conan, the Barbarian será sempre uma referencia para todos os amantes deste género de filmes e da literatura do género. O filme que recomendo este mês, com especial atenção para a excelente banda sonora, para ver ou rever, acompanhado ou sozinho, numa fria tarde de Inverno e com as chamas a crepitar na lareira.

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Cinema The Last Witch Hunter (2015) Ação, Aventura, Fantasia | 15 de outubro de 2015 (Portugal)

As últimas batalhas Witch Hunter um caçador contra uma revolta de bruxas nos tempos modernos na cidade de Nova Iorque.

Direção: Breck Eisner Escritores: Cory Goodman (roteiro), Matt Sazama. Estrelas: Vin Diesel, Rose Leslie, Elijah Wood

Area 51 (II) (2015) Horror, Sci-Fi, Thriller | 15 de maio de 2015 (EUA) Três jovens teóricos da conspiração tentam desvendar os mistérios da Área 51, local secreto do governo onde existem rumores de ter hospedado encontros com seres alienígenas. O que encontram nesta unidade oculta expõe segredos inimagináveis. Diretor: Oren Peli Escritor: Oren Peli Estrelas: Sandra Staggs, Suze LanierBramlett, Roy Abramsohn

Pag: 30 Som do Rock Magazine, Janeiro 2016


Biografia: 31

“Guerreiros do Metal” é o nome do EP de apresentação dos Cruz de Ferro. Este trabalho conta com cinco temas inteiramente cantados em português. Os Cruz de Ferro tocam Heavy Metal na sua máxima força, com refrões épicos e harmonias que se cruzam furiosamente com solos tempestuosos, guiados por uma voz portentosa.

A banda tomou forma no início de 2010, em Torres Novas, para dar continuidade ao projecto idealizado por Ricardo Pombo, guitarrista e vocalista, assim como principal compositor. Em Agosto de 2012 entraram em estúdio para registar os 5 temas presentes no EP de apresentação. A gravação e masterização ficaram a cargo de Arlindo Cardoso (Low Torque; exW.A.K.O.) no seu estúdio, que também colaborou na composição e gravação das baterias. O EP tem ainda a colaboração especial nas vozes de Nelson Santos e de Vitor Pinheiro. O artwork da capa ficou a cargo da IrondoomDesign, de Augusto Peixoto. Para promover o EP foi lançado o vídeo para o tema “Defensores”, gravado nas Grutas de Lapas, local de interesse histórico e arqueológico da zona de Torres Novas. Ricardo Pombo - Voz/guitarra; João Pereira Baixo ; Rui Jorge - guitarra; Bruno Guilherme - bateria

Pag: 31 Som do Rock Magazine, Janeiro 2016


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Janeiro 2016, By Billboard Nº 1 Letters From The Labyrinth Trans-Siberian Orchestra

nº2 Purple Baroness

nº3 Got Your Six Five Finger Death Punch

nº4 Immortalized Disturbed

nº5 Threat To Survival Shinedown

Nº 6 R40 Live Rush

nº7 Dark Before Dawn Breaking Benjamin

nº8 Def Leppard Def Leppard

nº9 The Gray Chapter Slipknot

nº10 That's The Spirit Bring Me The Horizon

Pag: 32 Som do Rock Magazine, Janeiro 2016


Eventos: 33


Eventos: 34 22º MANGUALDE HARDMETALFEST 9 de Janeiro de 2016 - 10 de Janeiro de 2016 Centro Santo André WRATH SINS + tba + tba Sexta-feira, 15 de Janeiro de 2016 às 21:00 Hard Bar Resurrection: A Night to Remember - 1º Acto Sexta-feira, 15 de Janeiro de 2016 às 22:30 Caixa Económica Operária FEED ME FEST III Sábado, 16 de Janeiro de 2016 às 21:30 Metalpoint Bunker metal Assault IV Sábado, 23 de Janeiro de 2016 às 9:00 Bunker :: espaço cultural Sérgio Lucas - Acústico 20 Anos Domingo, 24 de Janeiro de 2016 às 21:30 Centro Cultural Olga Cadaval

Pag: 05 Som do Rock Magazine, Janeiro 2016


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Pag: 05 Som do Rock Magazine, Janeiro 2016


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