Estrela Matutina - Edição Novembro de 2021

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ano

Série B | Nº 273 | 12.500 exemplares

Boletim Informativo da Diocese de União da Vitória | Novembro de 2021

PARÓQUIA DE GENERAL CARNEIRO ORDENA NOVO PADRE Ordenado na Matriz Nossa Senhora das Graças e São José, em General Carneiro, sua cidade natal, o novo padre atuará como vigário paroquial na Paróquia São Mateus, em São Mateus do Sul. Confira na pág. 07

JUVENTUDE

Jovens de Antonio Olinto celebram Dia Nacional da Juventude Confira na pág. 10

SANTUÁRIO

Investimento na Catequese, na Fé e na Cultura Confira na pág. 06

PASTORAL DO DÍZIMO Conheça as Dimensões do Dízimo Confira na pág. 02


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Estrela Matutina - Editorial - Novembro de 2021 www.dioceseunivitoria.org.br

Com as possibilidades de maior abertura aos encontros presenciais, bem como às celebrações nas igrejas, nossa Diocese vai reavivando suas atividades, quase praticamente paradas devido a Pandemia, com formações acontecendo apenas de modo virtual. Alguns noticiários ainda divulgam e alertam sobre o aumento no número de mortos pela Covid em alguns países europeus, enquanto que outros noticiários locais falam da flexibilização no uso de máscaras em locais públicos em algumas cidades do Brasil e também próximas à nossa Diocese. A Igreja respeita tal cautela, e dentro das condições possíveis vai caminhando. Assim se dá em nossa Diocese. No último mês pôde-se ver várias ações que contaram com a participação presencial de nossas lideranças e demais fiéis diocesanos. Nosso Estrela Matutina de novembro traz algumas delas como: a realização do Cenáculo com Maria, organizado pela RCC, que também nomeou nova coordenação para o Movimento; as reuniões da Cáritas Diocesana, que está aos poucos se estruturando por meio das formações necessárias à sua melhor atuação. Também aconteceram encontros com Zeladoras de Capelinhas de uma das paróquias da Diocese; e ainda, as formações à nível regional e nacional aproveitadas de modo online pela Pastoral da Comunicação, que também vai se formando e encontrando caminhos de atuação nas paróquias. Esta dinâmica das Pastorais, Movimentos e Organismos da Diocese ajudam a mostrar a força que os leigos exercem na ação evangelizadora, buscando e se dispondo a estarem sempre em formação e ação missionária. Um trabalho feito pela Pascom nas redes sociais da Diocese em outubro, Mês Missionário, foi mostrar em vídeos a identidade de cada Pastoral, Movimento e Organismo que a Diocese tem com força evangelizadora. Ainda em novembro outras mais serão mostradas. Uma das celebrações importantes que tivemos foi a ordenação de mais um padre para a Diocese, evento que pela primeira vez aconteceu na Paróquia Nossa Senhora das Graças e São José, de General Carneiro, que doou seu primeiro padre para a Igreja. Com a possibilidade de alguns encontros presenciais, o clero da Diocese pôde em outubro fazer também seu retiro anual, que geralmente acontece em fevereiro. Foi momento importante para cada consagrado, que necessita deste espaço de recolhimento para seu caminhar no Ministério. A preocupação com o cultivo das vocações é prioridade para uma diocese. Nosso Seminário Diocesano começa a retomar os retiros vocacionais promovendo um deles no dia 05 de dezembro, acolhendo assim possíveis candidatos para 2022. Todos esses fatos estão registrados aqui em nosso Jornal Diocesano, assim com os ótimos artigos formativos que trazemos todo mês. Folheie nossas páginas, e acompanhe a caminhada de nossa Diocese. Marcelo S. de Lara Editor-Chefe

Em Destaque

A Pastoral do Dízimo Com a publicação do Documento 106: O Dízimo na Comunidade de Fé – Orientações e Propostas, a CNBB deu um passo importante para a pastoral de conjunto e consequente desenvolvimento da ação evangelizadora da Igreja no Brasil. O QUE É O DÍZIMO? Os bispos do Brasil, fundamentados na rica tradição bíblica e eclesial, definem o dízimo como contribuição sistemática e periódicas dos fiéis, por meio do qual cada comunidade assume corresponsavelmente sua sustentação e a da Igreja. QUAIS AS DIMENSÕES DO DÍZIMO? 1ª Religiosa: Tem a ver com a relação do cristão com Deus. Contribuindo com parte de seus bens, o fiel cultiva e aprofunda a sua relação com Aquele de quem provém tudo o que ele é e tudo o que ele tem, expressando, na gratidão, sua fé e sua conversão. Essa dimensão, tratando da relação com Deus, insere o dízimo no âmbito da espiritualidade cristã. 2ª Eclesial: Decorrente da dimensão anterior, o fiel vivencia sua consciência de ser membro da Igreja, pela qual é corresponsável, para que a comunidade disponha do necessário para a realização do culto divino e para o desenvolvimento de sua missão. Contribuindo com o dízimo, cada fiel toma parte no empenho de todos e se abre para a necessidade de toda a Igreja. 3ª. Missionária: O fiel, corresponsável por sua comunidade, toma consciência de que há muitas comunidades que não conseguem prover suas necessidades com os próprios recursos e que precisam da colaboração de outras. O dízimo permite a partilha de recursos entre as paróquias de uma mesma Igreja particular (Diocese ou Prelazia) e entre as Igrejas particulares, manifestando a comunhão que há entre elas. 4ª Caritativa: Os cristãos, animados por seus Pastores “são chamados, em todo lugar e circunstância, a ouvir o clamor dos pobres”. Quando a comunidade contribui sistematicamente para os projetos de promoção humana ou de socorro a necessidades especificas, contribui também para a humanização das estruturas sociais e para seu progresso. O dízimo fornece condições para essa “organização articulada”. QUAIS AS FINALIDADES DO DÍZIMO? Organizar o culto divino, prover o sustento do clero e dos demais ministros, praticar obras de apostolado e de caridade, principalmente em favor dos pobres.

EXPEDIENTE

Editorial

Proprietária Mitra da Diocese de União da Vitória Rua Manoel Estevão, 275 União da Vitória, PR Contato: estrela@dioceseunivitoria.org.br (42) 3522 3595 Diretor Dom Walter Jorge Pinto Editor-Chefe Francisco Marcelo S. de Lara

O QUE É A PASTORAL DO DÍZIMO? A Pastoral do Dízimo é a ação eclesial que tem por finalidade motivar, planejar, organizar e executar iniciativas para a implantação e o funcionamento do dízimo, e acompanhar os membros da comunidade no que diz respeito a sua colaboração, em sintonia com a pastoral de conjunto na Igreja particular. *Na Diocese de União da Vitória, algumas paróquias possuem uma caminhada longa de um trabalho frutuoso com o dízimo. Atualmente, uma comissão diocesana está sendo montada para que o trabalho do Dízimo com uma dinâmica Pastoral possa ser realizado a ponto de ajudar os fiéis a entenderem o real sentido do Dízimo, que ultrapassa o aspecto da contribuição econômica. Primeiro passo importante a ser dado é a formação de consciência que traz aos fiéis a alegria e o desejo em retribuir à Deus por meio de sua comunidade de fé na qual participa as Graças abundantes que o Senhor até o momento e sempre concede a seus filhos e filhas. A frente dos trabalhos na formação desta comissão, equipe diocesana está o padre Nelson José Kovalski, assessor diocesano da Pastoral do Dízimo e pároco da Paróquia Nossa Senhora do Rosário, de Rio Claro do Sul, Santuário Diocesano. “Dízimo é vivência da fé; é compromisso com a evangelização. Vivê-lo é nossa alegria, anunciá-lo é nossa missão”.

Redatores Dom Walter Jorge Pinto Pe. Alisson M. de Moura Célio Reginaldo Calikoski Gustavo Santana Francisco Marcelo S. de Lara Diagramação e Arte Final Agatha Przybysz

Fonte: Site Regional Sul 2. Tiragem 12.500 exemplares Revisão Pe. Abel Zastawny Francisco Marcelo S. de Lara Impressão Gráfica Grafinorte - Apucarana, PR (41) 9 9926 1113 Fundado em 15 de maio de 1958, por Dr. Mário José Mayer e Ulysses Sebben.


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Palavra do Bispo Sínodo Reaprendendo a Caminhar Juntos A palavra sínodo não é muito comum no nosso dia a dia, mas o seu significado é simples, pois fala de um caminhar juntos na Igreja ou ainda, de “um caminho que se faz juntos”. Desde os seus inícios a Igreja usou a palavra sínodo para designar os eventos por meio dos quais ela deu passos decisivos em sua história, tais como os concílios, as grandes assembleias ou reuniões, sejam em nível local, como as dioceses ou mesmo no âmbito universal, com a participação de grande número de cristãos. Por meio dos sínodos a igreja reúne seus membros para ouvirem juntos o que o Espírito de Deus diz a ela acerca de importantes temas, tais como família, juventude, evangelização, entre tantos outros que devem ser abordados segundo a necessidade da época, propiciando assim o necessário discernimento para viver na vontade de Deus e responder aos desafios de cada tempo. Se Sínodo significa caminhar juntos, sinodalidade significa a corresponsabilidade de todos os batizados na Igreja, Povo de Deus, sua participação ativa neste caminhar juntos e na consequente tomada de decisão. Foi com o objetivo de recuperar melhor o sentido da sinodalidade na Igreja que o Papa Francisco propôs o atual Sínodo, cujo tema é a própria sinodalidade. Seu desejo é que a Igreja se entenda como sinodal, que recupere o seu modo primitivo de viver, onde todos os que eram batizados se sentiam responsáveis pela Igreja, por escutar o que o Espírito Santo estava lhes dizendo, discernindo juntos os caminhos da evangelização e se corresponsabilizando pelos rumos da mesma.

...sinodalidade significa a corresponsabilidade de todos os batizados na Igreja...

Assim, mais do que produzir um documento o que o Papa deseja com este Sínodo é despertar para este importante processo de ouvir, discernir e caminhar juntos na Igreja, enfrentando juntos as questões mais urgentes de cada tempo.

Para o Papa, as pessoas que foram batizadas não podem mais viver como se fossem meras espectadoras no processo da vivência e das responsabilidades inerentes à fé na qual foram batizadas. A esperança dele “é ver todo o povo de Deus envolvido nas etapas de escuta e também empenhado em abraçar a sinodalidade não como um evento passageiro, mas como uma forma de ser Igreja”.

Para a realização do atual Sínodo dos Bispos, cujo tema é a sinodalidade (“Por uma Igreja sinodal: comunhão, participação e missão”), o Papa deseja que um

maior número possível de cristãos seja ouvido, mesmo os que estão afastados. Para favorecer isto, o Sínodo está sendo organizado em etapas. A primeira é a Fase Diocesana do Sínodo. Ela foi aberta pelo Papa nos dias 09 e 10 de outubro deste ano e vai até março de 2022.

Bispos de todo o mundo reunidos no Sínodo em 2014 (Imagem: CNBB)

Durante este tempo, as dioceses do mundo todo deverão realizar um processo de escuta e discernimento que envolva o maior número de batizados. As paróquias receberão um questionário e deverão elaborar um caminho para as pessoas poderem respondê-lo. A principal questão se refere a como tem se dado o processo de caminhar juntos (a sinodalidade) em nossa Igreja, o que tem ou não funcionado. Deveremos avaliar isto em nossa comunidade, depois em nossa paróquia e, por fim, em nossa Diocese. A segunda etapa será a Continental, que reunirá a contribuição das dioceses de cada continente, e a última, em outubro de 2023 será a universal, com o Sínodo dos Bispos em Roma, o qual trabalhará com as contribuições do mundo inteiro. De acordo com o Instrumentum Vade-Mecum (uma espécie de manual de instruções), para o processo do Sínodo 2023, a escuta é o método; o discernimento é o objetivo; e a participação é o caminho. Diante de uma sociedade tão dividida, o grande desafio que vamos ter que enfrentar é a capacidade do diálogo. No entanto, a esperança é que a sinodalidade torne-se, justamente para este cenário, um verdadeiro sinal profético a revelar que é possível caminhar juntos e superar juntos os problemas. Para o Papa Francisco, «o caminho da sinodalidade é precisamente o cami- Dom Walter Jorge nho que Deus espera da Igreja do ter- Bispo Diocesano ceiro milênio».


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Estrela Matutina - Caderno 1 - Novembro de 2021 www.dioceseunivitoria.org.br

Orando com os Salmos

Catequese

FIM/INÍCIO DO ANO CATEQUÉTICO

Cântico dos Degraus Salmo 126 (127)

O trabalho sem Deus é inútil

“Vós sois a construção de Deus” (1Cor 3,9) 1 Se o Senhor não construir a nossa casa, em vão trabalharão seus construtores; Se o Senhor não vigiar nossa cidade, em vão vigiarão as sentinelas! 2 É inútil levantar de madrugada, ou à noite retardar vosso repouso, para ganhar o pão sofrido do trabalho, que a seus amados Deus concede enquanto dormem.

Os filhos são a bênção do Senhor, o fruto das entranhas, sua dádiva. 4 Como flechas que um guerreiro tem na mão, são os filhos de um casal de esposos jovens. 5 Feliz aquele pai que com tais flechas consegue abastecer a sua aljava! Não será envergonhado ao enfrentarseus inimigos junto às portas da cidade.

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Comentário do Salmo Ainda estamos “subindo a Jerusalém”, animados pelos “salmos das subidas”. Do total dos quinze salmos que constituem esse conjunto, já estudamos seis deles. Vamos agora estudar mais um. O salmo que trazemos aqui reflete por parte do autor aquilo que é fundamental na vida do Homem na terra, deveres e valores essenciais, que estão em primeiro lugar, a saber: Deus, a Família, e o Trabalho. Elementos básicos que fazem o Homem garantir sua vida na terra, dando-lhe sustento. No Salmo 126, o título nos diz que o trabalho por si só, sem Deus é inútil. O trabalho é um mandato do Senhor desde o princípio, quando disse que o homem garantiria seu sustento pelo suor de seu próprio rosto. A Igreja depois, inspirada na Criação como obra, trabalho de Deus, dize que o trabalho é sagrado, pois se Deus trabalha, nós também devemos trabalhar. Ter trabalho é sinal de bênção, motivo para agradecer a Deus. Mas se não colocarmos Deus em primeiro lugar na vida, o trabalho perde seu sentido sagrado e se torna um peso ao Homem.

É o louvor a Deus que faz com que sintamos a dignidade do trabalho, seu valor sagrado e seus bons frutos. Por isso diz o Salmista. “Se o Senhor não construir a nossa casa”, ou seja, se ele não nos fortalecer, “em vão trabalharão seus construtores”. Em um mundo tão complexo que vivemos hoje, com diversas transformações que afetam essas balizas apontada pelo Salmista, sendo também uma delas a Família, a qual ele tratará no Salmo 127 que vermos na próxima edição, desejamos que você fortaleça esses princípios em sua vida. Pense que tudo o que temos e tudo o que fazemos, se não tiver o Senhor, é inútil, perde seu sentido. Caminhamos para o Senhor e é Nele que encontramos o sentido de nossa existência.

Marcelo S. de Lara PASCOM

Os anos de 2020 e 2021 não foram fáceis para a catequese. Acredito que não foram fáceis para nenhuma Pastoral, mas a catequese tem como seu principal meio de evangelização a presença dos catequizandos nos encontros. Catequese não se faz virtualmente, pois ela é totalmente comunitária. O catequista precisa estar em frente de seus catequinzandos para realizar o objetivo da catequese: levar a pessoa de Jesus Cristo a todos, através da inspiração catecumenal. As comunidades nos finais de semana estavam sempre cheias de crianças, jovens e adultos com sede de Jesus, de repente veio um ser minúsculo e esvaziou todas as comunidades. E agora? O que fazer? E nós, catequistas fizemos, e fizemos muito bem feito dentro das possibilidades de cada um: teve catequese online, pelo whatsapp, material impresso, e, principalmente, catequese familiar. Muitas dessas catequeses voltada para a fé popular, através do Terço e de Novenas. Mas em abril de 2021 iniciamos um novo tempo na catequese diocesana: o retorno dos encontros presenciais. Aos poucos as comunidades começaram a ganhar vida, a ter novo fôlego na fé. A alegria foi imensa. E chegando ao final desse ano catequético de 2020, sim 2020, pois fizemos a catequese do ano passado. Esse final de ano catequético, depois de dois anos, culminou nas celebrações da Primeira Eucaristia e nas celebrações da Crisma. Vendo as fotos nas redes sociais percebe-se como tudo isso fez falta, mas com a

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graça de Deus e a iluminação Divina, a esperança de tempos melhores renasceram em todos nós. E agora iniciamos o ano de 2021 na catequese, que culminará, no período Pascal de 2022, com as celebrações da Primeira Eucaristia e da Crisma. Como diz o salmista: “Sois o meu Deus, venho agradecer-vos. Venho glorificar-vos, sois o meu Deus. Dai graças ao Senhor porque ele é bom, eterna é sua misericórdia.” (Sl 117, 28-29). Devemos sempre glorificar nosso Deus, porque é bom, justo e misericordioso e sempre nos protege através da esperança.

Para Refletir: Leitura do texto: 1Pd, 1,3-5 Pense: Como foi sua fé e esperança em Jesus Cristo Ressuscitado durante esse período de pandemia? Qual sua expectativa em relação a catequese pós pandemia? Estou pronto para reiniciar com fé e esperança esse novo tempo na catequese? E você pai e mãe estão prontos para retornarem com seus filhos para a catequese?

Célio R. Calikoski Coordenador da Pastoral Catequética

ANIVERSARIANTES DE NOVEMBRO Pe. Fr. José de Jesus, Ordenação; Pe. Mateus Lau Nurak, Nascimento; Diác. Jalci Levis, Nascimento.


Estrela Matutina - Caderno 2 - Novembro de 2021 www.dioceseunivitoria.org.br

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RCC realiza ‘Cenáculo com Maria’ e Assembleia Eletiva para 2022-2023 Inspirados no tema “Derrubou do trono os poderosos e exaltou os humildes”, do Evangelho de Lucas (Lc 1, 52), o Movimento Eclesiástico da Renovação Carismática Católica (RCC) da Diocese de União da Vitória, realizou no dia 10 de outubro na matriz Nossa Senhora da Salette em União da Vitória, o “Cenáculo com Maria”.

mos viver a humildade; e, “O que Maria deseja é justamente o presente que o pai deseja para cada um de nós e o presente é o Espírito Santo”. Outra temática desenvolvida por Ivone Pasquali foi “Famílias decididas a servir o Senhor” (Js 24), em sintonia com o Plano da Ação Evangelizadora da Diocese de União da Vitória. ASSEMBLEIA ELETIVA DIOCESANA

Reunidos no Salão da Paróquia São Cristovão e Nossa Senhora da Salette

O encontro contou com a participação de 131 pessoas entre coordenadores, servos e participantes de Grupos de Oração dos 4 Setores da Diocese (Bituruna, Rio Azul, São Mateus e União da Vitória), com momentos de louvor, oração, pregação da Palavra, adoração, confissões e a celebração da Santa Missa. Desde fevereiro de 2020, o Movimento não se reunia de forma presencial, quando, devido a Pandemia, os encontros da RCC passaram a ser online. Para Vanderlei Openkovski, coordenador diocesano da RCC, a vivência do encontro presencial torna mais viva a fé, o gesto de louvor e gratidão a Deus. “Viver esse Cenáculo com Maria nesse final de semana foi algo de muita alegria. Foi um momento onde pudemos louvar ao Senhor, exaltar o seu nome e viver nosso carisma, pedindo ao Espírito Santo para vir em nosso auxílio, para voltarmos para as nossas casas fortalecidos e agraciados com essa benção”, partilhou ele. Além do coordenador diocesano, se fizeram presentes Miguel Machinski Jr, presidente da RCC Paraná; Ivone Magnani Pasquali, secretária geral da RCC Paraná, e o Padre João Francisco Sieklicki, assessor eclesiástico da RCC Diocese de União da Vitória.

Miguel Machinski Jr., presidente da RCC PR

Dentro da proposta da formação, Miguel Machinski ministrou suas pregações com as seguintes temáticas: “Queremos ser visitados por Maria” (Lc 1,39-45) e “Derrubou do trono os poderosos e exaltou os humildes” (Lc 1-52), enfatizando a importância de pedirmos auxílio a Nossa Senhora nos momentos de dificuldade e a seu exemplo, buscar-

No mesmo dia, o Conselho Diocesano da RCC, composto pelos coordenadores de grupo de Oração, secretários de Setor e o atual coordenador diocesano, se reuniu em assembleia eletiva na igreja matriz Nossa Senhora da Salette. A eletiva que ocorre a cada 2 anos foi presidida por Miguel MaConselho Diocesano. À frente, Padre João Francisco, Rosalva coordenadora eleita 2022-2023, Miguel RCC Paraná e Vanderlei chinski Jr., presidente Openkoski coordenador atual. da RCC Paraná, estando ainda presentes o padre João Francisco, assessor eclesiástico, e o padre Alfredo, pároco da Paróquia N. Sra. da Salette. Seguido de um momento de oração e discernimento, o Conselho elegeu Rosalva Ritzmann Dalpra, do Grupo de Oração Nossa Senhora da Salette, para presidir a RCC Diocese de União da Vitória no biênio 2022-2023. Vanderlei Openkovski, coordenador diocesano até 31 de dezembro deste ano, apontou a importância do momento para a RCC: “Que bom esse rodízio de coordenadores. Estava antes no Setor São Mateus, depois Setor Rio Azul que estará terminando em Rebouças, e agora para o novo biênio teremos alguém de União da Vitória. Assim, juntamente com ela, novas lideranças, novas pessoas terão a oportunidade de estar à frente representando a RCC”, disse o atual coordenador. Concelebrada pelos padres João Francisco, padre Alfredo Celestino dos Santos e padre Clodoaldo Tenório de Araújo, estando ainda presente o Diácono Permanente Clarito Barbosa, a missa de encerramento do Cenáculo com Maria foi presidida por Dom Walter Jorge, bispo diocesano. Na celebração foi apresentada a todos a nova coordenadora eleita. Texto: Cristiane B. Ferraz – Ministério de Comunicação Social - RCC Diocese de União da Vitória Fotos: Ministério de Comunicação Social


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Comunidade de Rio Claro do Sul festeja São João Paulo II e inaugura novas salas de catequese A paróquia Nossa Senhora do Rosário e Santuário Diocesano, de Rio Claro do Sul – Mallet, é uma comunidade de forte herança e de expressiva continuidade das tradições polonesas. Fato ainda mais vivo neste ano em que a Imigração Polonesa celebra seus 150 anos no Paraná.

do grupo folclórico polonês Krakow, que estavam trajados com vestes típicas da cultura polaca.

Na preservação dessa tradição, símbolos, ritos, língua, culinária, e grandes personalidades são sempre lembrados e reavivados, em especial no campo da fé.

Dois dias depois, a comunidade pôde partilhar de uma nova alegria: a inauguração das novas salas de catequese, construídas ao lado do pavilhão paroquial. “É uma alegria e uma bênção para as crianças e catequistas estas novas salas. É uma conquista e uma luta de toda a comunidade, dos pais das crianças, de pessoas das Pastorais e Movimentos, que junto com o Conselho Econômico Paroquial (CEP), há uns quatro anos se envolveram nesta missão”, comentou uma das fiéis que atua na paróquia.

Durante a celebração esteve exposto o quadro com a imagem de São João Paulo II para veneração por parte dos fiéis, que no final da missa receberam a benção com a relíquia do tecido, voltando para casa fortalecidos na fé e alegres por poderem vivê-la na expressão de sua cultura. NOVAS SALAS DE CATEQUESE

Pe. Nelson, com a relíquia de São João Paulo II, abençoando os fiéis

Uma das devoções nessa comunidade é dirigida ao Papa Polonês São João Paulo II, sendo seu nome de batismo Karol Wojtyła, e que tem sua Memória Litúrgica celebra pela Igreja no dia 22 de outubro.

A bênção das salas foi feita após a Santa Missa, pelo padre Nelson José Kovalski, acompanhado de ministros, coroinhas, lideranças leigas e fiéis da comunidade.

O Santuário Diocesano tem duas relíquias do Santo Papa, sendo elas um Terço usado pelo Papa, que está colocado nas mãos da imagem do Menino Jesus no colo de Nossa Senhora do Rosário e parte do tecido da veste que o Papa usava no dia em que sofreu o atentado, no qual levou um tiro. A Santa Missa da Memória foi presidida pelo padre Nelson José Kovalski pároco e reitor do Santuário, contando ainda com a presença de alguns integrantes

Cáritas da Diocese recebe formação para uma das áreas de sua atuação No domingo, 24 de outubro, membros da Cáritas Diocesana e da Cáritas de São Mateus do Sul se reuniram às 9h na matriz São Mateus, em São Mateus do Sul, para uma formação, que contou com a assessoria de Márcia Ponce e Juliana Mara da Silva, membros do Conselho Gestor da Cáritas Paraná. A formação foi direcionada à questão da Economia PopuParticipantes da formação em momento de oração lar Solidária, uma das áreas priorizadas no trabalho da Cáritas da Diocese de União da Vitória. Além desse assunto foi abordado também sobre a Organização da Cáritas, sua estrutura e seu organograma. “O encontro formativo foi de grande importância para nós que estamos dando os primeiros passos nesta nobre missão”, partilhou Ivone Magnani Pasqualli, Diretora da Cáritas Diocesana.

Membros da Cáritas reunidos após a formação

A reunião se encerrou com a Santa Missa na matriz São Mateus, às 15h30, presidida pelo padre José Carlos, pároco da Paróquia São Mateus e Vice-Presidente da Cáritas Diocesana.

Pe. Nelson, junto com membros do CEP, e demais leigos e lideranças, no momento da bênção das Salas.

Texto e fotos: Débora Rodrigues

Paróquia São Mateus promove encontro com Zeladoras de Capelinhas A convite dos padres da paróquia São Mateus, padre José Carlos e padre Alisson Marlon, seminaristas do Seminário Diocesano Rainha das Missões junto com o padre Marcelo Antônio Rosa, reitor do Seminário, realizaram um encontro com as zeladoras de Capelinhas da paróquia São Mateus, de São Mateus do Sul.

Seminarista Elielton, do 2º Ano de Filosofia e natural de Rio Claro do Sul, durante fala com as zeladoras.

O encontro que se deu na tarde do domingo, 24 de outubro, reuniu em torno de vinte Zeladoras e Zeladores das Capelinhas Vocacionais. Contando com momentos de oração e louvor com músicas, conduzidas pelos Seminarista Cristian, o encontro teve também espaços de formação. O Seminarista Estagiário Douglas Ribasz fez uma fala sobre Nossa Senhora e sobre a Devoção Mariana, e os seminaristas Elielton e Cristian falaram da importância do Movimento das Capelinhas Vocacionais no contexto do Plano da Ação Evangelizadora que a Diocese deu início neste ano. Valorizando o trabalho feito pelos membros do Movimento, que auxiliam as vocações pelas orações e pela ajuda material, foi apresentado às participantes imagens das reformas que se deram no Seminário neste ano, de modo que as zeladoras puderam ver o resultado material dos seus trabalhos no Movimento. Padre Marcelo Antonio Rosa, lembrou aos participantes de todo o trabalho feito até o momento com as Capelinhas Vocacionais, destacando também as ações desenvolvidas pelo padre Evaldo P. Karpinski, que atuava anteriormente como Reitor do Seminário e Assessor das Capelinhas Vocacionais. O encontro se encerrou às 19h, com a celebração da Santa Missa.


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Ordenado em General Carneiro, Pe. Alisson é o primeiro sacerdote da Paróquia A Diocese de União da Vitória celebrou com júbilo o dia 16 de outubro, ganhando para seu presbitério um novo sacerdote. Não foi diferente também para a comunidade da paróquia Nossa Senhora das Graças e São José, de General Carneiro, a qual oferece à Deus seu primeiro sacerdote.

ver seu filho se doar à Igreja. Para ele, mesmo o filho atuando em uma paróquia distante, terá no coração e nas orações o apoio deles. “Para nós é uma honra ter ele como filho e acolhido pela Igreja ainda. Nós vamos sempre estarmos juntos por perto dando aquele apoio para ele”, comentou o pai.

O momento veio sendo esperado e preparado há tempo pela comunidade, como expressou o atual pároco, padre João Ari Schulz, que também falou do tríduo preparatório e da alegria em preparar a ordenação de um padre para a paróquia. “É com grande alegria que a paróquia Nossa Senhora das Graças e São José oferece para a Diocese um sacerdote do rito latino. E também nessa alegria que celebramos a semana de preparação e o dia de preparação. Uma alegria também em ter acompanhado ele no seu discernimento vocacional e fazer esta ponte integrando-o agora dentro do presbitério de nossa diocese. Assim como para nós alguém organizou e preparou nossa ordenação é uma alegria ajudar a preparar, tendo todo o cuidado, todo o carinho para com aqueles que se colocam à serviço dentro do Ministério na Igreja”, partilhou o pároco.

Além dos pais, as irmãs Greicy Naiara de Moura e Kemeron Taynara de Moura, com sobrinho, avó e demais familiares estiveram presentes na celebração. Alegre por todo o apoio e carinho recebido por quem esteve ao seu lado na caminhada vocacional e partilhando a alegria do dia de sua ordenação, padre Alisson estendeu seus agradecimentos ao final da celebração. Minutos antes do início da celebração, em entrevista ao Estrela Matutina, ainda como Diácono, Alisson Marlon falou do passo dado que marca sua vida. O momento segundo ele é de imensa alegria depois de passar por tanto tempo de formação, além de agora poder agir no mundo auxiliando as pessoas como sacerdote. “É uma alegria, um sonho tão esperado, o qual a cada dia vamos dando o sim e contando com a Graça de Deus nessa missão tão bonita que nós somos chamados para doar a vida a Deus, à Igreja, e à cada pessoa que Deus coloca em nossa vida”, disse ele.

Com a imposição das mãos e a Oração Consecratória, Diác. Alisson se torna Pe. Alisson

A Missa de Ordenação do novo sacerdote teve início às 10h, na matriz Nossa Senhora das Graças e São José, em General Carneiro. O contexto ainda de Pandemia da Covid - 19, não permitiu a igreja cheia como se esperava, mas os fiéis que não puderam estar presentes acompanharam a celebração que foi transmitida pelas Redes Sociais da Diocese. Presencialmente estavam membros do clero da Diocese, seminaristas, irmãs religiosas, um dos padres do Rito Ucraniano Católico, natural também de General Carneiro, amigos mais próximos e os familiares do neo sacerdote. Emocionada, Rosicler Shoma, mãe do padre Alisson, falou ao Jornal Estrela Matutina que percebia em seu filho um gosto pelas coisas da Igreja desde criança e partilhou um fato que para ela sempre marcou. “Nós somos uma família abençoada por ter esse Dom. Ele sempre foi um filho maravilhoso. Desde Pe. João Ari Schulz, pároco da Paróquia N. Sr.ª das pequeno acho Graças e São José que ele já teve esse Dom. Quando ele era pequeno a minha mãe deu a ele uma latinha na qual ele pôs um rosário dentro. Ele dormia e acordava com aquela latinha. E Graças a Deus, Deus encaminhou ele para ser padre”, testemunhou a mãe. Adão Eloir de Moura, pai do novo sacerdote partilhou também sua alegria em

Citando o Lema de sua ordenação, falou ainda da importância de confiar-se em Deus, para que como padre, possa melhor exercer seu Ministério. “Como diz o próprio Jesus: ‘Sem Mim, nada podeis fazer’. Assim, sem Ele nada somos e nada podemos fazer. Padre é ser a presença de Deus no meio Pe. Alisson abençoando seus pais: Adão e Rosicler de seu povo; levar Sua Palavra, mas também estar ali celebrando a fé; consolar aqueles que necessitam; visitar as pessoas que precisam da Palavra, da presença do Senhor. Trago muito isso para minha vida”, comentou ele, se preparando para o início da celebração. Momentos antes do Rito de Ordenação, Dom Walter Jorge Pinto, bispo diocesano, presidente e ordenante na celebração, lembrou ao candidato a importância do padre viver um espírito de unidade na Diocese. Citando o Sínodo convocado pelo Papa Francisco para 2023, que tem como tema a Sinodalidade, o bispo pediu empenho ao novo padre em caminhar unido com toda a Igreja. “Não tenha medo de contribuir com seus dons nessa Sinodalidade. Acredite na Sinodalidade; o Espírito fala por ela. Ame a Diocese de União da Vitória no espírito de diocesaneidade, não reduzindo seu Ministério somente à sua paróquia. Ofereça seus dons e talentos. Importe-se com a Igreja Particular e ajude o povo amar a Diocese”, exortava o bispo. Uma das palavras de Dom Walter Jorge no início de sua fala foi dirigida aos pais do novo padre, partilhando com eles a alegria do chamado que Deus fez ao Alisson, para Servi-lo. “Hoje é o dia dessa entrega tão bonita que vocês fazem do filho, da família de vocês ao Ministério. Então é uma alegria partilhar com vocês esse chamado tão bonito que Deus fez na Casa de vocês. Alegrem-se”, disse dom Walter Jorge, aos pais Adão e Rosicler. Ao final da celebração, os convidados foram recepcionados no salão paroquial da igreja para um almoço, organizado por lideranças leigas da paróquia. Padre Alisson permanecerá atuando na paróquia São Mateus, em São Mateus do Sul, como vigário paroquial, junto com o pároco, padre José Carlos. Texto: Marcelo S. de Lara Fotos: Agatha Przybysz


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Estrela Matutina - Caderno 2 - Novembro de 2021 www.dioceseunivitoria.org.br

Santo do Mês

05/11 São Zacarias e Santa Isabel Geralmente a Igreja faz memória de cada santo em um dia determinado, mas em algumas exceções ela comemora dois santos no mesmo dia, para ressaltar o fato de que ambos faziam parte do mesmo projeto de Deus para determinado tempo e lugar. Esse é o caso de São Zacarias e de Santa Isabel, pais de São João Batista e próximos da Sagrada Família de Nazaré. O evangelista Lucas relata que ambos eram de idade avançada, e Isabel era estéril. Zacarias servia no templo como sacerdote. Deus quis servir-se dessa família para trazer o precursor do Messias. O anjo Gabriel anunciou a Zacarias, quando entrou no santuário do Senhor. O Anjo disse que as orações foram ouvidas e que Isabel estava grávida. Mas Zacarias pediu um sinal ao anjo e por isso ficou mudo até que o menino nascesse. Isabel concebeu mesmo em sua velhice e ficou cheia do Espírito Santo quando ouviu a saudação da Virgem Maria que a foi visitar depois de saber pelo anjo que ela estava grávida. Lucas fala de uma cidade de Judá, na região montanhosa onde eles viviam. Isabel era prima de Maria, a qual veio ajuda-la durante o tempo de sua gravidez. Quando Isabel deu à luz o menino, queriam lhe dar o nome do pai, Zacarias, que permanecia mudo, mas escreveu numa tábua que João seria o seu nome, conforme o anjo havia lhe dito. Quando Zacarias passou a agir conforme o Senhor queria, sua boca se abriu, sua língua se soltou e ele começou a glorificar e bendizer a Deus. Por inspiração do Espírito Santo proferiu um dos mais belos cânticos, chamado Benedictus. A Igreja comemora juntos este casal de santos colocando-os como modelo de aceitação e confiança nos planos de Deus. Talvez seja difícil de compreender o fato de que alguns casais não podem ter filhos, mas isso não é um castigo de Deus, apenas parte de um projeto ainda desconhecido, que requer muita

Liturgia

Fonte e lugar da Catequese A Liturgia é para todos nós a participação na oração de Cristo ao Pai no Espírito Santo. Ela é a fonte e a meta de toda oração cristã. Por ela todo ser humano é enraizado e fundado (cf. Ef 3,16-17) no “grande amor com o qual o Pai nos amou” (Ef 2,4) em seu Filho Jesus. A liturgia é o ponto alto para onde se dirige toda ação da Igreja e é a fonte de onde recebe a sua força. É o lugar especial da catequese do povo de Deus. Nela somos formados pelas pregações e pelas orações. A catequese está intimamente ligada a toda ação litúrgica e sacramental, pois é nos Sacramentos, principalmente na Eucaristia, que Jesus mesmo age em plenitude para a nossa transformação. EDUCAÇÃO PERMANENTE DA FÉ

oração. Eles rezavam a Deus, que ouviu suas preces e lhes deu um filho. Talvez nem sempre isso aconteça, a vontade de Deus pode parecer injusta quando incompreendida, mas quando aceita e realizada, se torna motivo de grande alegria e regozijo. A bíblia não fala mais deles depois do nascimento de João Batista, mas certamente valeu por toda a vida deles a descrição do evangelista: ambos eram justos diante de Deus e cumpriam todos os mandamentos e observâncias do Senhor. A esterilidade era um fardo na época, considerado um castigo de Deus. Mas eles não desanimaram; perseveraram e alcançaram a graça do filho. Santa Isabel e São Zacarias são invocados como protetores dos pais que desejam engravidar, e Maria é invocada como Nossa Senhora do Bom Parto, tanto pelo nascimento de seu filho Jesus, como também certamente por ter assistido o parto de sua prima Isabel.

ORAÇÃO Dignai-vos Senhor conceder a todos os cristãos a graça de imitar São Zacarias e Santa Isabel, através de uma vida santa, sendo justos diante do Senhor e observando com exatidão seus mandamentos, além de resignarem-se completamente à Vossa Vontade. Assim seja. Amém

Gustavo Santana Seminário Diocesano 1º ano de Teologia

Pela celebração dos sagrados mistérios, a Salvação torna-se hoje presente. Por isso a liturgia é ação sagrada por excelência, ponto mais alto para o qual tende a ação da Igreja e, ao mesmo tempo, fonte da qual deriva sua força, e requer uma participação plena, consciente, ativa e frutuosa. A catequese bebe desta fonte e a ela conduz. Na liturgia Deus fala a seu povo, Cristo ainda anuncia o Evangelho e o povo responde a Deus: Ao realizar sua missão, a Liturgia torna-se uma educação permanente da fé. A liturgia é fonte inesgotável da catequese, não só pela riqueza de seu conteúdo, mas pela sua natureza de síntese e cume da vida cristã. Ela é considerada lugar privilegiado de educação da fé. O mistério de Cristo anunciado na catequese é o mesmo que é celebrado na liturgia. Pelos sacramentos, a liturgia leva a celebração da fé a se inserir nas situações da vida. CATEQUESE LITÚRGICA A catequese como educação da fé e a liturgia como celebração da fé são duas funções da única missão evangelizadora e pastoral da Igreja.

A catequese litúrgica é um processo que visa enraizar uma união madura, consciente e responsável com Cristo, principalmente através das celebrações, levando ao compromisso com o serviço da evangelização nas realidades da vida. Ela explica o conteúdo das orações, o sentido dos gestos e dos sinais, educa à participação ativa, à contemplação e ao silêncio. A catequese que leva os catequizandos à uma verdadeira compreensão da fé, cumpre o seu verdadeiro papel. REFLETINDO O caminho de cada batizado é feito pela Profissão de Fé, a Celebração do Mistério, a prática da vida cristã e a oração. São as dimensões fundamentais da vida cristã. O caminho da fé tem sua identificação com Jesus, por obra do Espírito Santo na liturgia, quando a Palavra de Deus acontece em nossa vida e a Eucaristia nutre a fé e impulsa para a missão e testemunho. Esse processo é possível ao formar a mente dos fiéis para a oração, a gratidão, a penitência e reconciliação, o espírito comunitário e o correto sentido da linguagem simbólica, uma vez que tudo isso é necessário para a experiência de uma autêntica vida litúrgica. A comunidade eclesial conserva a memória de Jesus, suas palavras e gestos, particularmente os sacramentos, a oração, o compromisso com o Reino, a opção pelos mais necessitados. A fé precisa ser conhecida, celebrada, vivida e cultivada na oração. E como ela deve ser vivida em comunidade e anunciada na missão, precisa ser compartilhada e testemunhada. Referências: - Bíblia Pastoral; - Catecismo da Igreja Católica; - Diretório Nacional de Catequese.

Pe. Alisson M. de Moura Par. São Mateus


Estrela Matutina - Caderno 1 - Novembro de 2021 www.dioceseunivitoria.org.br

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A Identidade do Presbítero e sua missão foi tema do Retiro anual do Clero Todo ano a Diocese de União da Vitória promove um Retiro ao seu clero. Saindo por alguns dias da paróquia, das atividades cotidianas, à exemplo de Jesus, que também se retirava para o deserto, tendo momentos de maior intimidade com o Pai, no Retiro Anual os padres buscam dar uma pausa nos trabalhos cotidianos, para se alimentarem na espiritualidade e renovarem as forças em um momento de oração e silêncio mais intenso. Neste ano, o Retiro do Clero acon-

teceu no mês de outubro, realizado na Casa de Retiros Josafata Hordashevska, das Irmãs Ucranianas, em Ponta Grossa-PR, próximo ao Mosteiro da Ressurreição. O Retiro que se deu dos dias 18 a 21, foi conduzido este ano por Dom Geremias Steinmetz, arcebispo da Arquidiocese de Londrina – PR. Com o tema “Ser padre, bela vocação entre vocações belas. Quem é esta pessoa a quem chamam de padre? ”, nos quatro dias de Retiro o

Dom Geremias, ao centro, e, ao seu lado, Dom Walter Jorge, junto com o clero da Diocese de União da Vitória

arcebispo foi conduzindo reflexões ao clero como: “O que se espera de um padre hoje?; Padre, chamado por Deus, consagrado a Deus e enviado por Deus; A tríplice missão do padre: ensinar, conduzir e santificar; Padre, segundo o exemplo de Jesus Cristo, o Bom Pastor; O padre, enquanto pessoa humana, e as diversas dimensões do seu eu.

Clero da Diocese, reunidos na sala de palestras da Casa de Retiro, ouvindo as reflexões de Dom Geremias Steinmetz. (Foto: Pe. João Henrique Lunkes)

“O Retiro deste ano trouxe para nós reflexões sobre o primeiro chamado, nos fez lembrar o dia da nossa ordenação, nossas promessas, nos

ajudando a recordar nossa identidade de Consagrado”, partilhou padre João Henrique Lunkes, do Seminário Diocesano. Contando com espaços de partilha de vida e convivência entre os padres, o Retiro valorizou ainda ao clero importantes momentos de oração pessoal, chamados de “deserto”. Fizeram parte também desses dias espaços celebrativos como: Celebração Penitencial, Devoções Marianas e as Missas como celebração central.

CRP do Paraná homenageia padres mortos pela pandemia Um dos encontros que se deu à nível de Regional na última semana foi da Comissão Regional de Presbíteros (CRP) do Regional Sul 2 da CNBB, que fez sua reunião ordinária da comissão ampliada nos dias 26 e 27 de outubro na Casa Céfas, em Apucarana (PR). Participaram a coordenação da CRP e os coordenadores da Pastoral Presbiteral nas dioceses do Paraná. Da Diocese de União da Vitória esteve presente o padre Sidnei José Reitz, Secretário da Comissão Regional, Coordenador da Pastoral Presbiteral na Diocese e pároco da Catedral, em União da Vitória.

bom para que possamos reorganizar a Pastoral Presbiteral no estado do Paraná, em vista de um planejamento do ano de 2022. Estamos ressurgindo da pandemia e a Pastoral Presbiteral quer viver a mística do cuidado. Cuidar do presbítero e ajudá-lo a fazer este caminho de retorno”, afirmou padre Emerson Lipinski, presidente da CRP.

Como gesto simbólico para homenagear, recordar e rezar pelos 24 padres que faleceram vítimas da Covid-19, entre eles Dom Mauro, bispo de Cascavel, também vítima da Covid, em Junto com um momento de oração pelos padres vítimas da Covid – 19 no Paraná, o um dos dias do encontro os participlantio uma árvore simbolizou a vida de cada um doada pela Igreja. pantes se reuniram em um dos espaços externos do local do encontro, rezaram a Liturgia das Horas e plantaram uma árvore. “Com esse gesto de plantar uma árvore, queremos lembrar que esPara acolher os participantes e presidir a Santa Missa, marcou presença Dom tes irmãos padres que faleceram continuam vivos no meio de nós. Plantamos Carlos José de Oliveira, bispo de Apucarana (PR). a árvore e rezamos a oração das vésperas por eles”, relatou padre Emerson. Além de avaliar as atividades realizadas em 2021 e planejar trabalhos para 2022, os padres também trataram sobre como reorganizar a Pastoral Presbiteral e sobre o ministério do presbítero no pós-pandemia. “O encontro foi muito

Informações: Karina de Carvalho Assessora de Comunicação da CNBB Sul 2


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Estrela Matutina - Caderno I - Novembro de 2021 www.dioceseunivitoria.org.br

Oração, expressão pública da fé e entretenimento marcaram o DNJ na Paróquia São José No dia 06 de novembro, o grupo de jovens “Geração Eleita” da paróquia São José, de Antônio Olinto, promoveu um encontro para a juventude, vivenciando o DNJ (Dia Nacional da Juventude). Com a temática sugerida pela CNBB para 2021 “Que sejam um”, do Evangelho de Jo. 17,21, os jovens puderam experimentar o Dom da unidade. O momento celebrativo da juventude foi conduzido pelo padre Rodrigo Ribas, da paróquia N. Sra. do Perpétuo Socorro, de Irati, diocese de Ponta Grossa. O padre motivou os jovens a refletirem os vários lugares onde se deve viver a unidade: família, comunidade, colégio, trabalho, grupo de jovens, além de

comentar que a palavra Unidade vem de encontro com o amor. “Vejam que no grande amor de Cristo por nós, Ele mesmo pede aos discípulos que sejam unidos. Ele pede a cada um de nós que vivamos o dom unidade, para amarmos uns aos outros. Mas para tal, é necessário renunciar as ocasiões de divisão. Em quais momentos estou ferindo a unidade?”, dizia ele convidando os jovens a pensarem. Outros momentos especiais foram a “caminhada jovem” com as imagens de Nossa Senhora e São José por ruas da cidade e a Adoração ao Santíssimo.

A Santa Missa, centro do encontro, celebrando a Solenidade de Todos os Santos, foi presidida pelo padre Rodrigo Ribas e concelebrada pelo padre Emerson Toledo, pároco em Antonio Olinto. O salmo da missa dizia: “É assim a Geração dos que procuram o Senhor”, vindo ao encontro com o nome do Grupo de Jovens da paróquia, motivando-os a procurarem sempre o Senhor, pois a meta de Participantes do DNJ durante “Caminhada Jovem” toda juventude cristã é

a santidade. Espaço de entretenimento aos participantes foi a “Cristoteca”, que promoveu partilha, alegria e fortalecimento da amizade entre eles. Participante do DNJ, Bianca Mayer relatou que o Encontro promove aos jovens momentos sadios de entreJovens partipantes do DNJ em Antonio Olinto tenimento além de uma boa formação para a vida. “A os benfeitores que ajudaram para que o animação estava maravilhosa, deu para encontro acontecesse, a presença dos jodescontrair bastante e dar muitas risa- vens, do padre Rodrigo Ribas, e o apoio das. Nos momentos sérios, de adoração, também do padre Emerson Toledo e do pudemos conversar com Deus e renovar estagiário Douglas Ribasz. Todo esse ina nossa fé. A pregação do padre Rodrigo centivo foi importante para nós”, agrademostrou que a base de um bom relacio- ceu. namento com qualquer pessoa no mundo é estar bem consigo mesmo, que união Ainda em novembro o Grupo irá realizar e amor são peças fundamentais de um outros eventos e atividades, entre eles: relacionamento, e que se aceitar é o pri- o 11° encontro do ano, sempre com uma meiro passo para tudo isso”, partilhou a temática bíblica; a “Pedalada Jovem”; o jovem. “Cine Jovem”; momentos de lazer com futebol e vôlei; o término da gincana de Em entrevista aos veículos de comuni- reintegração do grupo; uma ação social cação da Diocese, um dos organizadores com a doação de sangue, além da pardo evento comentou da importância do ticipação na Missa do 4º final de semaapoio e ajuda que tiveram por parte de na do mês, com os jovens servindo na quem de alguma forma contribuiu com liturgia. o bom êxito do evento. “O grupo de jovens Geração Eleita agradece a todos PASCOM da Paróquia São José.

Pastoral da comunicação faz formação sobre o Eixo da Articulação No dia 19 de outubro, membros da Pastoral da Comunicação da Diocese de União da Vitória junto com outros pasconeiros de todo o Brasil, participaram de uma formação online, voltada para o Eixo da Articulação da Pascom. O evento que foi promovido pela Pascom Brasil, com a Série de formação Conexão Pascom, reuniu às 20h, na plataforma Zoom, 130 pasconeiros de dioceses do Brasil. Nessa formação os pasconeiros Patrícia Luz, Cezar Barros, Alex Ferrero e Amanda Oliveira, expuseram seus cases (exemplos) de atividades na Área da Articulação, como forma de modelo e incentivo de ação para as demais Pascom no Brasil. Entre alguns comentários se viu a preocupação da Pascom demorar ou ter dificuldades de ser implantada em uma paróquia ou diocese, contudo, segundo o Coordenador Nacional Marcus Tullius, a Pastoral da Comunicação deve brotar de uma necessidade da paróquia. “Lembramos aqui o que o papa falou sobre o Sínodo dos Bispos marcado para 2023, sobre o fato de ouvir o Espírito. Ter o processo de escuta para saber as necessidades da paróquia. A pascom não deve ser burocratizada com modelos padronizados, mas brota e se desenvolve dentro de cada realidade conforme sua necessidade exige. É no processo de escuta destas exigências que se vê a necessidade”, disse o coordenador. Entre outras atividades apontada na Área da Articulação, Alex Ferrero chamou a atenção para se trabalhar também com os profissionais da área de comunicação presentes nas cidades, paróquias

e dioceses. “Nós também focamos em um trabalho dando formação religiosa a esses profissionais, e chamando-os para unir forças conosco nas atividades da Pascom”, citou ele o fato, como um dos cases a ser espelhado pelos demais pasconeiros. Lembrando do trabalho de divulgação e melhor compreensão do Sínodo convocado pelo Papa, para que os fiéis possam se sentir mais integrados a este acontecimento, o Coordenado Nacional reforçou o trabalho da Pascom junto às Equipes – Comissões Diocesanas, que estarão envolvidas no trabalho. “Os pasconeiros podem e devem se colocar à disposição para ajudar no processo de melhor compreensão por parte do povo sobre o que é o Sínodo. É um acontecimento de certa forma distante de nossa realidade, mas o Papa quer que façamos parte com nossa contribuição. A pascom pode estar tornando esse material mais simplificado para o entendimento do povo”, motivou Marcus Tullius. Ao final da Formação foi anunciada a próximo encontro virtual dos pasconeiros a se dar no dia 16 de novembro às 20h, o qual terá nova formação focada desta vez no Eixo da Produção, com o tema: Rede Social. A Pastoral da Comunicação tem em sua estrutura trabalhos voltados na Áreas da Espiritualidade, da Formação, da Articulação e da Técnica. Todas elas à serviço de uma melhor evangelização diocesana, paroquial, comunitária e de cada Movimento, Pastoral ou Organismo.


Estrela Matutina - Devoção - Novembro de 2021 www.dioceseunivitoria.org.br

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Paróquia Nossa Senhora do Rosário, Santuário Diocesano, celebrou com Tríduo sua padroeira Localizado no Distrito de Rio Claro do Sul, pertencente à Mallet, o Santuário Diocesano, que carrega o título de Nossa Senhora do Rosário fica a 9km da BR 476, entre União da Vitória e São Mateus do Sul. A comunidade que tem fortes raízes da colonização polonesa, tem sua igreja fundada em 16 de dezembro de 1896.

Imagem de Nossa Senhora do Rosário, após a procissão de entrada

Preservando fortemente suas tradições e devoções religiosas, fiéis da comunidade prepararam um Tríduo em louvor à padroeira, celebrada no dia 07 de outubro. O primeiro dia do Tríduo, 04 de outubro, teve as celebrações iniciadas com a Récita do Terço na gruta dedicada à Nossa Senhora de Lourdes, a pouco menos de 1Km da igreja, seguido de uma procissão até a Matriz. A Santa Missa neste dia foi presiPe. João Francisco, natural de Rio Claro do Sul, coordenador da Ação Evangelizadora na Diocese, no 1º Dia do Tríduo dida pelo padre João Francisco Sieclicki, que é natural daquela comunidade, e que atualmente trabalha na Paróquia São Carlos Borromeu, em Paula Freitas. A preparação da Liturgia no primeiro dia do tríduo envolveu os membros do Movimento do Apostolado da Oração. No segundo dia do Tríduo, com a celebração preparada pela equipe de Catequese da paróquia, a Missa foi presidia pelo padre Evaldo P. Karpinski, ecônomo da Diocese e pároco da paróquia São Joaquim e Santana, de Paulo Frontim. As celebrações do Tríduo contaram também com a presença de padres do Seminário Diocesano, sendo o caso do terceiro dia do Tríduo. Padre João Henrique Lunkes, Diretor Acadêmico do Seminário Diocesano No canto direito, padre Evaldo Karpinski, junto com padre Nelson, reitor do Santuário, no 2º dia do Tríduo.

presidiu a celebração nesse dia, que foi preparada pelos Ministros Extraordinário da Comunhão Eucarística (MECEs). O dia tão esperado pela comunidade, 07 de outubro, quando é celebrada a padroeira, contou com Missa Solene e bênção dos Terços. A Missa da Padroeira que teve a liturgia preparada pelo Grupo de Jovens Padre João Henrique Lunkes, Diretor Acadêmico do Seminário da Paróquia ‘Jovens Diocesano, presidiu a missa no 3º dia do Tríduo Conectados em Cristo’, foi presidida por Dom Walter Jorge, bispo diocesano, e concelebrada pelo pároco e reitor do Santuário, padre Nelson José Kovalski. Em todos os dias preparatórios, assim como no próprio dia da comemoração, jovens, crianças, idosos e famílias em geral puderam participar das celebrações, ainda que respeitando como o tempo ainda exige, os protocolos da Pandemia da Covid-19. Transmissões ao vivo das celebrações pela página da paróquia ajudaram para que o momento de fé, tão importante para aquela comunidade pudesse atingir a todos os paroquianos No dia 07 de outubro, Memória de Nossa Senhora do Rosário, o e devotos de Maria, bispo diocesano, Dom Walter Jorge, presidiu a missa no Santuário sob o título de Mãe do Santo Rosário. Informações e Fotos: Débora Rodrigues


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Estrela Matutina - Estrelinha - Novembro de 2021 www.dioceseunivitoria.org.br

QUANDO NOS CONFESSAMOS, NA CONFISSÃO REZAMOS O ATO DE CONTRIÇÃO. VOCÊ JÁ SABE?

ESCREVA OS NOMES DOS SEUS FAMILIARES NO CORAÇÃO, DEPOIS PINTE BEM BONITO!

“Eu e minha família serviremos ao Senhor” Jo 24, 15


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