Estrela Matutina - Edição Novembro de 2022

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Ano Vocacional na Igreja do Brasil tem início em novembro

Arte: Pe. Reinaldo Leitão

O Ritmo do Ano Litúrgico na Igreja vai do 1º Domingo do Advento até a Solenidade de Cristo Rei, último Domingo do Tempo Comum, que neste ano se dará no dia 20 de novembro. Algumas celebrações e reflexões temáticas na Igreja ganham uma valorização mais ampla, motivando a vivência e o desenvolvimento de atividades pelo período de um ano, dentro da cronologia do Ano Litúrgico. Neste ano, iniciamos no dia 20 de novembro o Ano Vocacional, que será trabalhado em toda a Igreja do Brasil até o dia 26 de novembro de 2023. O intuito é valorizar as diversas vocações existentes na Igreja, como Graça e Missão. Saiba mais na página 07.

AINDA NESTA EDIÇÃO

ROMARIA DIOCESANA

Mais de 2 mil fiéis foram ao Santuário. (Confira na pág. 06)

na pág. 07)

DESRESPEITO À FÉ

Vandalismo chocou milhares de fiéis. (Confira na pág. 12)

PSICOLOGIA: A morte e a elaboração do luto. (Confira na pág. 11)

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Série B | Nº 284 | 10.000 exemplares Boletim Informativo da Diocese de União da Vitória | Novembro de 2022 64
RETIRO VOCACIONAL (Confira
ARTIGO DE

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O Estrela Matutina, na sua edição de Nº 284, chega até você relatando os fatos que mar caram o mês de outubro na Diocese, e anun ciando eventos, celebrações que damos iní cio neste mês.

Lembrando ainda entristecidos, registramos aqui o fato que chocou os fiéis de nossa Dio cese, gerando indignação ainda em milhares de pessoas no Brasil, que foi o vandalismo causado na igreja matriz São Mateus, per tencente à nossa Diocese. A quebra de 28 imagens no interior da igreja gerou mani festações nas redes sociais até mesmo de pessoas fora do país, que acompanharam a ‘Missa de Reparação’ presidida na igreja, por Dom Walter Jorge.

O vandalismo ocorreu no dia 10 de outubro, dias antes à Celebração de Nossa Senho ra Aparecida, contudo, as motivações reais, apesar da declaração da polícia, ainda são desconhecidas.

Em contrapartida, um dia antes do fato, nos sa Diocese reviveu um momento forte de de voção à Nossa Senhora, reunindo mais de 2 mil pessoas no Santuário Diocesano para a Romaria, que após dois anos interrompida, voltou a reunir os devotos.

Chegando ao mês de novembro, nos prepara mos para concluir o Ano Litúrgico, que com seu Ritmo, diferente do Ano Civil, começa com o 1º Domingo do Advento, encerrando -se com Festa de Cristo Rei, último Domingo do Tempo Comum.

No dia 20 de novembro, dias antes da aber tura do Ano Litúrgico, a Igreja no Brasil dará início ao Ano Vocacional, quando por um ano será celebrado e trabalhado nas paró quias as diversas vocações na Igreja: Leigos, padres, religiosos (as), vida familiar, vida contemplativa, e missionária.

Falando de vocações, lembramos que no 3º final de semana deste mês acontece o Retiro Vocacional no Seminário de nossa Diocese, para meninos e jovens que pensam e ser pa dre. Também neste mês, dia 05 e dia 27 te remos a ordenação de dois novos Diáconos Permanentes, homens casados, que além da Vocação Matrimonial, assumirão o Ministé rio Diaconal, recebendo o 1º Grau do Sacra mento da Ordem.

Nossas Comunidades iniciam também as Novenas de Natal, preparando-se para uma das festas mais significativas para os cris tãos. Neste ano o tema das Novenas será a Paz. Recebendo Jesus, o Príncipe da Paz, que remos cultivar essa Graça, eliminando todo sentimento de ódio e divisão.

Além desses e outros fatos, nosso Jornal traz vários artigos para sua formação, sem esque cermos das crianças que encontram também aqui, conteúdo para elas. Abençoado mês de novembro a todos!

Em Destaque

Editorial Paz é o tema das Novenas de Natal 2022

Trazendo a Espiritualidade do Advento, a Novena de Natal 2022, traz nas suas reflexões a temática da Paz, tema tão caro no mundo atual em que vemos eclodir nos diversos âmbitos da sociedade situações de conflitos, de divisão, seja por meio do ar mamento bélico, como por meio de discursos que apregoam o ódio, gerando divisão entre as pessoas.

No contexto mundial, estamos presenciando desde o dia 24 de fevereiro, o conflito da Rússia contra a Ucrânia. São nove me ses de guerra na qual famílias inteiras perderam casas, precisando mudar do país se abrigando em países vi zinhos como a Polônia, e outras chegando também ao Brasil.

Em nosso país presenciamos infelizmente uma divisão gerada pela corrida presidencial, onde as diferenças de ideologias políticas colocam em perigo a unidade na família, ou mesmo entre as pessoas na sociedade, em grupos ou associações nas quais participam. Rivali dade esta, tão grande, que até mesmo na Igreja vemos brotar sentimentos de inimizade, de disputa, de divi são entre aqueles que deveriam ser exemplo de unida de para o mundo, mesmo na diversidade.

A instrumentalização da religião no campo político partidário distorce e mancha o sentido real da Palavra de Deus. A religião não está para governar um país, e sim para mostrar ao mundo o caminho, por meio do exemplo de Jesus, para se chegar até Deus. O processo é inverso. Os cristãos devem viver a fé no Cristo mos trando ao mundo pela misericórdia, pelo perdão, pelo respeito ao próximo que pensa diferente, o caminho que a sociedade deve trilhar. E não, usar da fé e dos va lores do Evangelho para justificar ideologias políticas que não comungam com o que Jesus viveu e pregou. Jesus não ensinou a retribuir na mesma moeda, mas ir além, dar a face; Jesus não desejou vingança a quem lhe maltratou e lhe perseguiu, mas morreu na cruz também por eles, mostrando que além dos pensamen tos maldosos e disputas de poder, o valor de toda vida humana é maior. Por isso, Jesus é o Príncipe da Paz, e assim expressa o tema na Capa do Livro de Natal deste ano: “Nasceu para nós um menino: O príncipe da paz! ” (Is.9,5).

Os Encontros das novenas de Natal deste ano vêm

Proprietária

EXPEDIENTE

Mitra da Diocese de União da Vitória

Rua Manoel Estevão, 275 União da Vitória, PR

Contato: estrela@dioceseunivitoria.org.br (42) 3522 3595

Diretor

Dom Walter Jorge Pinto

Editor-Chefe Francisco Marcelo S. de Lara

incentivar as famílias a se reunirem nas casas, nas igrejas, ou outro local de encontro para fazerem a ex periência da paz, mesmo pensando e tendo opiniões e escolhas diferenciadas no campo político. As Novenas de Natal têm a intenção de unir as famílias em torno Daquele que nos ensina o caminho da paz, para que, em unidade, as orações sejam dirigidas a Deus pelo país, pelos governantes e por todos os brasileiros, pe dindo que o amor ao próximo seja maior que diferen ças de pensamentos.

Os Livrinhos das Novenas de Natal estão disponíveis nas paróquias da Diocese. Além de trazer os 9 Encon tros de preparação ao Natal, o material propõe Leitura Orante da Palavra de Deus; Partilhas de Vida; Propos tas de gestos concretos, e Mensagens do Papa Francis co, disponibilizados em áudios, narrados por padres e religiosas.

Com carinho e atenção também às crianças, para que participem dos Encontros, os Livrinhos trazem ativi dades para o público infantil contendo páginas com desenhos para serem pintados em cada Encontro.

Ao final do Livro, produzido pelo Regional Sul 2 da CNBB, há também uma oração pelo Ano Vocacional no Brasil, com início em 20 de novembro deste ano, e fe chamento em 26 de novembro de 2023.

Que o Cristo Senhor, Príncipe da Paz, fortaleça cada fa mília, cada Comunidade, na busca e vivência da paz, e que aquilo que rezamos na missa, na Oração Euca rística VIII, se concretize em nossa sociedade. “Sim, ó Pai, porque é obra vossa que a busca da paz vença os conflitos, que o perdão supere o ódio, e a vingança dê lugar à reconciliação”.

Redatores

Dom Walter Jorge Pinto

Pe. Alisson M. de Moura

Pe. João Henrique Lunkes

Pe. Joviano J. Salvatti

Pe. Sidnei José Reitz

Francisco Marcelo S. de Lara

Gustavo Santana

Jozeane Zbytkowski

Sérgio Gelchaki

Diagramação e Arte Final Agatha Przybysz

Tiragem 10.000 exemplares

Revisão

Pe. Abel Zastawny Francisco Marcelo S. de Lara

Impressão

Gráfica Grafinorte - Apucarana/PR (41) 9 9926 1113

Fundado em 15 de maio de 1958, por Dr. Mário José Mayer e Ulysses Sebben.

Estrela Matutina - Editorial - Novembro de 20222
Marcelo S. de Lara Editor-Chefe

Palavra do Bispo QUEREMOS PAZ!

Há tempos todos temos pensado muito na paz. É que estamos fartos de tanta briga e confusão, de tanto ódio e de tanta guerra, bem como de tantos sofrimentos que têm en tristecido a humanidade. Queremos paz, desejamos paz!

Mas, não basta apenas desejar a paz. É preciso ir ao seu encalço, é preciso criar condições para que ela aconte ça.

Por vezes a humanidade quer ter a paz, mas não se quer distribuir ren da, não se luta verdadeiramente para a diminuição da miséria, não se trabalha pela igualdade entre as pessoas. Como a paz virá quando crianças de hoje, que amanhã serão os responsáveis por ela, crescem em bairros sem condições adequadas para o seu pleno desenvolvimento, sem acesso à educação de qualida de, a alimentação saudável, ao aten dimento médico necessário?

Muitas vezes os que querem a paz têm todas estas coisas para si e para os seus filhos, mas não se importam se os filhos dos mais pobres não têm

acesso a estas coisas, como se se tratasse apenas da luta de cada um para conseguir o que se precisa. Mas, quando as chances são desiguais na vida, dificilmente isto será verdade.

Como pensar que crianças possam crescer emocional mente saudáveis e com futu ro feliz em meio ao tráfico de drogas, à violência que mata pessoas perto de suas casas?

Como esperar que sejam cida dãos plenos quando tiveram acesso apenas à educação de baixa qualidade, quando não puderam completar seus es tudos, quando cresceram em casebres, quando se alimen taram com precariedade?

Podemos pensar que teremos paz quando as mídias estimulam um estilo de vida marcado pelo con sumo de roupas caras, celulares de última geração, carros sofisticados, etc, mas quando a maior parte da po pulação não pode ter acesso a estas coisas? Estimular sonhos e desejos e não dar condições de realizá-los é viável? Que mundo pode se susten tar sobre um pilar como este?

Como ainda ter a paz quando os adultos, especialmente as lideran ças dão o péssimo exemplo de esti mular a discórdia, a divisão e o ódio?

O que podemos esperar de crianças, adolescentes e jovens que se desen volvem vendo tudo isto? Que mode los de pessoas terão a imitar?

Também não é possível ter paz ver dadeira quando os valores que sus tentam a sociedade são descartados

como coisas ultrapassadas e no seu lugar se oferece a possibilidade de uma sociedade construída sobre opi niões e gostos pessoais, como se vi vêssemos num mundo sem passado, como se a história começasse aqui e agora e como se cada um fosse uma ilha e não vivesse em sociedade. A paz é o fruto maduro da justiça e tem no amor seu grande suporte.

Se queremos ter a paz, se quere mos viver num mundo onde haja paz para nela vivermos, teremos que lutar pela justiça para todas as pessoas e teremos que nos esforçar por nos amarmos mais, por nos res peitarmos mais; teremos que parar de olhar somente para nós mesmos e para o que nos diz respeito e nos abrirmos para a vida comunitária; teremos que aprender a olhar as pes soas com suas necessidades e com

suas particularidades; teremos que aprender que somos todos irmãos e aprender a sermos mais fraternos.

Que venha a paz, que reine o amor entre nós! Que possamos olhar na mesma direção, a direção da vida plena para todos, do mundo bom e saudável para todos, da vida feliz, da alegria e da verdade, das quais te mos sentido tanta falta.

www.dioceseunivitoria.org.br Estrela Matutina - Caderno 1 - Novembro de 2022 3
Dom Walter Jorge Bispo Diocesano
Se queremos ter a paz, teremos que lutar pela justiça para todas as pessoas.

Orando com os Salmos

Salmo 138 (139) Deus tudo

Catequese

A Catequese de mãos dadas com a Liturgia (Parte I)

1 Senhor, vós me sondais e conheceis, 2 sabeis quando me sento ou me levanto; de longe penetrais meus pensamentos, † 3percebeis quando me deito e quando eu ando, os meus caminhos vos são todos conhecidos.

4 A palavra nem chegou à minha língua e já, Senhor, a conheceis inteiramente.

5 Por detrás e pela frente me envolveis; pusestes sobre mim a vossa mão.

6 Esta Verdade é por demais maravilhosa, é tão sublime que não posso compreendê-la.

7 Em que lugar me ocultarei de vosso espírito? E para onde fugirei de vossa face?

8 Se eu subir até os céus, ali estais; se eu descer até o abismo, estais presente.

9 Se a aurora me emprestar as suas asas, para eu voar e habitar no fim dos mares;

10 mesmo lá vai me guiar a vossa mão e segurar-me com firmeza a vossa destra.

11 Se eu pensasse: ‘A escuridão venha esconder-me e que a luz ao meu redor se faça noite!’

12 Mesmo as trevas para vós não são escuras, † a própria noite resplandece como o dia, e a escuridão é tão brilhante como a luz.

13 Fostes vós que me formastes as entranhas, e no seio de minha mãe vós me tecestes.

14 Eu vos louvo e vos dou graças, ó Senhor, † porque de modo admirável me formastes! Que prodígio e maravilha as vossas obras! Até o mais íntimo, Senhor, me conheceis; 15 nenhuma sequer de minhas fibras ignoráveis, quando eu era modelado ocultamente, era formado nas entranhas subterrâneas.

16 Ainda informe, os vossos olhos me olharam, e por vós foram previstos os meus dias; em vosso livro estavam todos anotados, antes mesmo que um só deles existisse.

17 Quão insondáveis são os vossos pensamentos! Incontável, ó Senhor, é o seu número!

18 Se eu os conto serão mais que os grãos de areia; se chego ao fim, ainda falta conhecer-vos.

23 Senhor, sondai-me, conhecei meu coração, examinai-me e provai meus pensamentos!

24 Vede bem se não estou no mau caminho, e conduzi-me no caminho para a vida!

Glória ao Pai, ao Filho, e ao Espírito Santo

Como era no princípio, agora e sempre. Amém!

ANIVERSARIANTES

NASCIMENTO

12.11.1970 – Pe. Wilibrodus Paulus Wedho, SVD

19.11.1976 – Pe. Mateus Lau Nurak, SVD 28.11.1973 – Diácono Jalci Levis

ORDENAÇÃO

19.11.2005 – Pe. Fr. José de Jesus

NASCIMENTO

13.12.1982 – Pe. Fabiano Bulcovski 13.12.1946 – Pe. José Chipanski 23.12.1941 – Pe. Alfredo Celestrino dos Santos, MS 26.12.1974 – Pe. Emílio Bortolini Neto

ORDENAÇÃO

08.12.1991 – Pe. Ermildo Vicente Krasovski 08.12.1973 – Pe. José Chipanski 10.12.1977 – Pe. José Levi Godoy 20.12.2003 – Pe. Ivo Jablonski 20.12.1997 – Pe. Renildo Vieira, C.S.F.N.B. 27.12.1998 – Pe. Emílio Bortolini Neto

Damos início aqui a uma série de artigos que vi sam nos fazer compre ender a importância de a catequese e a liturgia caminharem de mãos dadas como irmãs, mui to próximas e insepará veis, fortalecendo-se e enriquecendo-se mutu amente.

Percebe-se na Igreja que essa reaproximação da catequese com a vida litúrgica da comunidade faz-se ur gente. Precisamos, por isso, compre ender o porquê dessa necessidade, e em seguida, essa compreensão tor ne-se uma prática em todas as paró quias da Diocese.

Já há algum tempo estamos escre vendo nestes artigos sobre a im portância de não se olhar para a catequese como formadora de estu dantes, mas de discípulos e discípu las de Jesus Cristo. O caminho cate quético, mais do que um estudo a ser feito, deve ser uma experiência a ser vivenciada: Afinal, no “início do ser cristão, não há uma decisão ética ou uma grande ideia, mas o encontro com um acontecimento, com uma pessoa, que dê à vida um novo ho rizonte e, dessa forma, o rumo deci sivo” (Carta Encíclica de Bento XVI: Deus Caritas Est (Deus é amor) n.1.).

É nesse sentido que a Iniciação à vida cristã busca resgatar a profun dar a unidade vivida nos primeiros tempos da Igreja, quando catequese e liturgia formavam uma unidade inseparável.

Aquilo que o catecúmeno aprendia era também aquilo que ele celebrava, e aquilo que ele celebrava era também aquilo que ele aprendia.

Infelizmente, com o passar dos tem pos essa unidade foi se rompendo e a distância entre essas duas di mensões da fé foi se tornando mui to prejudicial para a evangelização. É como se dois universos existis sem: o da catequese e o da liturgia. Semelhantes a dois rios paralelos que nunca se encontram, mas que singram lado a lado sem que a recí proca contribuição e complementa

ção de suas riquezas pudessem ser aproveitadas.

De que adianta aprender as verda des da fé sobre Deus, a Virgem Ma ria, a Igreja, os bons costumes, etc., se não se tem a possibilidade de ma ravilhar-se comunitariamente atra vés da celebração conjunta daquilo que se crê? Seria quase como ter um celular novinho, último modelo, alta capacidade, mas que só conheço, sem poder usufruir de todas as suas possibilidades.

Ou então o contrário: de que adian taria eu ter um celular de última geração em minhas mãos, com os melhores aplicativos e recursos dis poníveis, mas não saber o uso de de les, tendo que usá-lo de modo inade quado, sem usufruir de tantas coisas que ficarão sem uso pela ignorância acerca de sua operacionalização?

No primeiro caso se trata de cate quese sem celebração daquilo que se aprende. No segundo caso se tra ta de liturgia sem a compreensão de seu sentido.

Portanto, o objetivo dos artigos nas próximas edições do Estrela Matuti na será oportunizar aos leitores e lei toras, o entendimento dessa relação próxima e fecunda entre catequese e liturgia trazendo os vários ritos de entrega e os encontros celebrativos que estão sendo implementados no itinerário catequético em nossas Pa róquias.

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4 Estrela Matutina - Caderno 1 - Novembro de 2022
NOVEMBRO DEZEMBRO
vê (1-18.23-24)
Quem conheceu o pensamento do Senhor?
Ou quem foi seu conselheiro? (Rm 11,34)

A Renovação Carismática Católica (RCC), por meio de seus Grupos de Oração, ajuda as pessoas na forma ção espiritual, para terem um en contro e um processo de caminho como discípulos e missionários de Jesus Cristo, e também realizam Ações Caritativas na área social, ajudando algumas pessoas em suas necessidades.

No dia 09 de outubro dois Grupos de Oração (Jovem Filhos da Imacu lada e o Grupo Vida Nova) da Paró quia Senhor Bom Jesus, da cidade de Rebouças – PR, promoveram um evento chamado “Abraço do Pai”, que contou com a presença de mais de cem pessoas. A Ação foi realiza da na Comunidade da Capela Santo Antônio e contou com o apoio e o envolvimento da Provopar Munici pal de Rebouças.

Durante o encontro foi realizado serviços sociais como corte de ca belo, manicure, atendimento jurí dico, doações de roupas, gincanas e jogos educativos. No aspecto da evangelização foi promovido mo mentos de catequese com o público infantil e um momento de Oração na Capela.

O encerramento se deu com uma partilha fraterna entre os voluntá rios da Ação e pessoas da Comuni dade, que serviram um lanche para todos.

Informações:

Sabrina Antoszczyszen do Amaral

Pascom - Paróquia Senhor Bom Jesus

Acolhendo um número de 100 Cursistas, o Movimento do Mini TLC, realizou dos dias 14 a 16 de outubro a 95ª Edição do Encontro.

Reunidos na Casa de Formação Cristã, em União da Vitória, além dos partici pantes, o encontro envolveu ainda aproximadamente 80 dirigentes, pessoas que trabalharam em toda a organização e realização do evento.

Tendo a Direção e assessoria espiritual do padre Abel Zastawny, a Direção de Pedro Augusto Zanetti, e como Sub’s chefes: Mariam Sass e Pedro Menoncim, o evento mais uma vez cumpriu seu papel e missão de levar aos jovens conteúdos que agregam na sua formação espiritual, humana, relacional com suas famílias, com a vida de comunidade na Igreja e com a sociedade. Os participantes ainda receberam algumas palavras de Dom Walter Jorge, bispo diocesano, que passou pelo Encontro para deixar sua Mensagem.

Segundo Paulo Zanetti, conhecido no Movimento como Tio Dan, o encantamen to pelos encontros gera uma grande expectativa para os jovens realizarem os próximos, contudo a surpresa dos conteúdos abordados é sempre um tempero para cativar outros jovens. “Comentamos com os participantes que, quando eles forem indagados sobre o que acontece nos encontros, eles devem responder: Tudo está previsto! Vão e conheçam! “, comentou Tio Dan.

Para a participação nos encontros do Mini TLC, os jovens devem procurar as fichas nas paróquias, que são disponibilizadas a partir do mês de março.

Segundo a equipe diretiva do Mini, os próximos Encontros estão agendados para os meses de maio e outubro de 2023, cumprindo assim a agenda de dois encontros ao ano. “Para os Encontros de 2023, já temos uma lista de espera de 40 jovens. Assim, no próximo ano, quanto antes os jovens buscarem as fichas, garantirão suas vagas”, avisou Tio Dan.

Foi celebrada no sábado, 15 de outubro, na Ca tedral Sagrado Coração de Jesus, em União da Vi tória, uma missa em Ação de Gra ças pelo Dia dos Professores.

No Calendário da Liturgia da Igreja, no dia 15 de outu bro a Igreja cele bra a memória de Santa Tereza de Jesus, também conhecida como Tereza D’Ávila, mestra da vida espiritual e declarada pelo Papa São Paulo VI, doutora da Igreja. Devido aos seus atributos espirituais e didáticos, é considerada a Padroeira dos Profes sores.

Por iniciativa da Pastoral da Educação, que está avançando seus passos na Diocese, foi programada uma celebração eucarística, às 19h, na Data come morativa, na Catedral de União da Vitória. Presidida pelo padre Sidnei Reitz, a celebração contou com a presença de diversos professores e demais profis sionais da área da educação que participaram da liturgia e ao final receberam uma bênção especial, dada pelo pároco.

“É louvável a presença de vocês aqui professores. Vocês são profissionais importantes na sociedade, têm grande importância para o desenvolvimento integral das pessoas e de toda a sociedade”, destacou padre Sidnei.

O seminarista Cristian, estagiário da Catedral e assessor da Pastoral da Edu cação, aproveitou o momento para divulgar a Pastoral da Educação, convi dando os professores presentes a conhecerem e fazerem parte deste serviço evangelizador no mundo da educação. “Rogamos a Deus, por intercessão de Santa Tereza de Jesus, que sejamos verdadeiros cristãos inseridos no vasto mundo da educação”, motivou o assessor.

www.dioceseunivitoria.org.br 5Estrela Matutina - Caderno 2 - Novembro de 2022
Oração e Ação social são promovidas por Grupos da RCC de Rebouças
Mais um Mini TLC reúne dezenas de jovens no Encontro
Profissionais da área da Educação participam de missa na Catedral, em alusão ao Dia dos Professores
Capela Santo Antonio, da Paróquia Senhor Bom Jesus, de Rebouças – PR. Ao lado do pe. Sidnei, o Seminarista Estagiário Cristian, um dos responsáveis pela Pastoral da Educação.

Retorno da Romaria Diocesana acolhe mais de 2 mil romeiros, em Rio Claro do Sul

No dia 09 de outubro, dois dias após a Festa Litúrgica de Nossa Senhora do Rosário, celebrada dia 07 de outubro, o Santuário Diocesano, em Rio Claro do Sul – Mallet, que tem como padroeira Nossa Senhora do Rosário, voltou a acolher os peregrinos para as Romarias.

Interrompidas por dois anos, de vido a Pandemia, a Romaria que está na sua 21ª edição acolheu diocesanos da maioria das paró quias da Diocese.

Ainda antes das 8h da manhã fi éis chegavam ao Santuário, alguns com veículos pró prios, outros, com caravanas das pa róquias que tra ziam pessoas das mais distantes comunidades da Diocese.

Mesmo com a preocupação da instabilidade do tempo que por dias vinha trazendo chuvas, o domingo foi agraciado com um céu claro trazendo o sol desde a manhã, acolhendo os mais de 2 mil romeiros. O sol foi intenso, inclusive no momento da pro cissão, às 11h, em que os Romeiros peregrinaram com a imagem de Nossa Senhora, do Santuário até a Gruta de Nossa Senhora de Lourdes, situada a uns 800 metros da igreja.

Para amenizar a temperatura, a chuva veio durante a celebração da missa, da qual os romeiros participaram no lado de fora do Santuário, debaixo de tendas armadas, devido ao grande número de pessoas, contudo, creditado por alguns fiéis como si nal da Intercessão de Nossa Senhora, a forte chuva cessou ainda antes do final da celebração, colaborando para que todos pudessem melhor voltar para suas casas, seguindo o caminho de 9 km, ainda de estrada de chão, entre o Santuário e a BR 476.

Se o clima meteorológico favoreceu ao bom andamento da Romaria, a programação e a preparação prévia motivada nas paróquias favoreceu ao que de mais especial se busca para um Romeiro – alcançar e agradecer as Graças recebidas.

O dia foi programado com a récita do terço dentro do Santuário, conduzido por re ligiosos e religiosas, enquanto do lado de fora, na tenda, outros ouviam a história do Santuário Diocesano, a Devoção a Nossa Senhora do Rosário e testemunhos de graças alcançadas que emocionavam as pessoas e davam suporte na fé. A Procissão até a Gruta foi um ato também de reflexão e de intimida de com Maria por meio da oração do Terço, pendurado nas mãos de crianças, idosos, homens e mulheres. No pátio do Santuário, Pastorais e Movimentos apresentavam seus ser viços em pequenas barracas. Ali muitos ficavam sabendo do trabalho realizado pelos Movimentos tendo ainda a pos sibilidade de adquirir material explicativo, livros e objetos de devoção.

O momento alto da Romaria foi a Celebração da Santa Mis sa, presidida por Dom Walter Jorge, bispo diocesano, e con celebrada por padres da Diocese.

Dom Walter falou da importância das Romarias e exortou ao pedido que o Papa Francisco faz à Igreja para ela ser uma Igreja Missionária, expressão da ação de Je sus, que ia ao encontro das pessoas. “Lembramos das Romarias de tantos povos, de todos os tempos, as Romarias do Antigo Testamento, quando o Salmista diz, expres sando a alegria do povo quando avistava Jerusalém – ‘Que Alegria quando ouvi que me disseram – vamos à Casa do Senhor’. É assim a alegria quando o romeiro “sai do Templo”. O Papa Francisco tem insistido que a Igreja não pode ficar restrita ao Templo, ela tem que sair, mostrar seu rosto. A Igreja existe para ser peregrina nesse mundo e missionário ao mesmo tempo”, exortava o bispo.

Ao comentar sobre o Evangelho, da cura dos dez leprosos, Dom Walter explicou o sentido do milagre, dizendo que Jesus ao fazer um milagre queria mostrar algo muito maior do que a cura física. “Um dos leprosos, o único que voltou para agradecer, e nem era judeu, do povo eleito, viu em Jesus alguém maior do que um profeta, do que um homem que fazia milagres, mas sentiu que Deus falava com ele através de Jesus. O homem fez o caminho de volta depois de ser curado, voltou para Deus. Assim nós, não podemos apenas fazer um encontro com Jesus, mas sermos seguidores dele e missionários dele”, motiva Dom Walter Jorge.

Expressando nessas palavras o caminho que os romeiros bus cam, o encontro com Deus, a con versão, o segui mento do Cristo, ao final da ce lebração Dom Walter Jorge deu a Bênção Apos tólica e a Indul gência Plenária, que foi anuncia da na divulga ção da Romaria para que os fiéis se preparassem para a receber. Entre uma das condições era o arrependimento e a renúncia de todo e qualquer apego ao pecado.

Assim, durante toda a romaria, os padres atenderam confissões dos peregrinos para que, fazendo as devoções, confessados, participando da Santa Missa e Comungando da Eucaristia, poderiam alcançar, por Graça Divina, a Indulgência – remissão das penas causadas pelos pecados. “Quando pecamos, por causa do pecado perderíamos a Salvação. O pecado nos atribui uma pena eterna e uma pena temporal. A pena eterna Jesus pagou na cruz por nós, do contrário não teríamos acesso ao céu. Mas as penas temporais, os danos causados pelo pecado devem ser purificados no purgatório. Mas a Igreja, pela Comunhão dos Santos, a qual cremos, pode nos dar a Indulgência, nos dando a remissão dessas penas”, explicou o bispo.

Assim, recebendo a bênção da Igreja por meio do bispo, e a Indulgência Plenária, a celebração se encerrou, com os mais de 2 mil peregrinos retornando para suas casas, agra decidos pelo dia que viveram, e pelas Graças que alcança ram na 21ª Romaria Diocesana.

www.dioceseunivitoria.org.br 6 Estrela Matutina - Caderno 2 - Novembro de 2022
Texto e fotos: Marcelo S. de Lara / Comunicação da Diocese. A peregrinação do Santuário até a Gruta é um dos momentos fortes na Romaria. Fiéis atentos à homilia de Dom Walter Jorge, que falou do valor das Romarias na vida de fé. Na Gruta de N. Sr.ª. de Lourdes fiéis agradeciam e faziam pedidos.

3º Ano Vocacional na Igreja inicia em novembro

Focado no incentivo a todas as vocações na Igreja, o terceiro Ano Vocacional da Igreja no Brasil deverá ser celebrado de 20 de novembro de 2022 a 26 de novembro de 2023. A iniciativa come mora os 40 anos do primeiro ano temático dedicado à reflexão, oração e promoção das vocações no país.

O tema do Ano Vocacional 2023 é “Vocação: Graça e Missão”, que se fundamenta na afirmação de que “a vocação aparece realmente como um dom de graça e de aliança, como o mais belo e precioso segredo de nossa liberdade”, conforme o Documento Final do Sínodo dos Bispos sobre “Os jovens, a fé e o discernimento vocacional”, de nº 78.

O lema é “Corações ardentes, pés a caminho” (cf. Lc 24, 32-33), que trata do coração e dos pés. Recorda os discípulos de Emaús. O coração que arde ao escutar a Palavra do Ressuscitado e os pés que se colocam a caminho para anunciar o encontro com o Cristo.

O texto bíblico iluminador “Jesus chamou e enviou os que ele mesmo quis (cf. Mc 3, 13-19) ”, aju da a aprofundar que a origem, o centro e a meta de toda a vocação e missão é a pessoa de Jesus Cristo.

A arte gráfica do Cartaz foi desenvolvida pelo padre Reinaldo Leitão (rogacionista), e recorda que todos são convidados a contemplar a vocação, como um dom e iniciativa divina, a partir da ex periência de encontro com o ressuscitado, na participação da vida comunitária e em perspectiva missionária.

“Desejamos que o Ano Vocacional ajude cada pessoa a acolher o chamado de Jesus como graça, seja uma oportunidade para que mais e mais corações ardam e que os pés se ponham a caminho, em saída missionária”, comentou a Comissão.

Fonte: Site CNBB Nacional.

VEM AÍ - MAIS UM RETIRO VOCACIONAL MASCULINO

No mês de novembro, o Seminário Diocesano Rainha das Missões estará promovendo mais um Retiro Vocacional Masculino, que acontece no próprio Seminário, em União da Vitória.

Os padres da Formação: Padre Marcelo Antonio Rosa, Reitor; Padre João Henrique Lunkes, Vice-Reitor e Diretor de Estudos; e o padre Alisson Marlon, Formador do Pro pedêutico, informam que os interessados em participar devem procurar o padre de sua paróquia e se inscrever. A Faixa etária de idade para participar é acima de 14 anos com pletos.

O Retiro Vocacional tem a finalidade de ajudar os jovens a discernir sobre o Caminho à Vocação Sacerdotal, e fazê-los conhecer com mais detalhes a vida formativa do Semi nário pela qual passam os seminaristas. O Jovem que sente no coração o desejo de ser padre, pode ter um conhecimento maior de como se dá os passos na formação para o sacerdócio e consegue melhor entender se sua vocação é o Caminho Sacerdotal ou não.

O Retiro tem início com a Santa Missa, às 18h, no dia 18 de novembro, e término com o almoço, no domingo, dia 20.

Jovem! Entre em contato com o padre de sua paróquia e manifeste seu desejo ou ligue no (42) 3523 4552.

www.dioceseunivitoria.org.br 7Estrela Matutina - Caderno 2 - Novembro de 2022
Blocos I e II do Seminário Diocesano Rainha das Missões, em União da Vitória -
PR

Município de Cruz Machado dedica estrada ao Padre Idealizador da ‘Capelinha do Paredão’

Espaço de peregrinação que vem crescendo e sendo conhecido na região e de modo especial frequentado pela Comunidade Católica da cidade de Cruz Machado, a ‘Capelinha do Paredão’ ganhou no mês de outubro um apoio im portante por parte do Município, que deu à estrada de acesso à Capelinha o nome do padre idealizador do local de devoção, fé e peregrinação. “Todos os prefeitos ajudaram na manutenção desta estrada, e a gestão atual no ano passado também alargou a estrada e colocaram pedras, valorizando esse lo cal importante para o Município. É um Cartão Postal da cidade”, valorizou o pároco.

No dia 11 de outubro, uma Terça-feira, mesmo sob forte chuva, alguns mem bros da Comunidade se reuniram às 17h em um dos trechos da estrada para um ato de nomeação ao acesso, que ganhou uma placa de madeira, com um le treiro tendo a seguinte informação: “Estrada Padre Pedro Canísio Feierabend – Idealizador da Capelinha do Paredão”. Estiverem presentes representantes da Câmara dos Vereadores; Padre Luiz Pedro, Pároco da Igreja Greco - Católi ca (Ucraniana); representantes do Conselho Paroquial da Paróquia Sagrado Coração de Jesus, de Cruz Machado, junto com as Religiosas da Congregação das Irmãs Missionárias de Cristo Rei para os Migrantes Poloneses; represen tantes das famílias que doaram parte de seus terrenos para o acesso à Capeli nha (Famílias Ptak e Siepko); alguns Ministros Extraordinários da Eucaristia das Comunidades Nossa Senhora de Fátima, São Pedro - Linha Japó; repre sentantes da Comunidade São Miguel Arcanjo, e o padre Anderson Spegiorin, pároco da Pa róquia Sagra do Coração de Jesus, que concedeu a bênção no Rito da Dedi cação.

Localizada à seis quilôme tros e meio do centro, o lugar foi ide alizado pelo padre faleci do em junho de 1996, e que em 1966 adquiriu o terreno onde se encontra a Capelinha, registrando na época para a Mitra da Diocese de Ponta Grossa. Hoje o registro se encontra na Mitra da Diocese de União da Vitória.

Padre Pedro Canísio é filho de imigrantes alemães que chegaram na cidade de Rio Negro – PR, em 1925, onde seu pai foi professor no Seminário Menor dos Franciscanos. Padre Pedro teve como irmãos: Teófilo, que trabalhou como padre na Paróquia Senhor Bom Jesus, em Rebouças; Conrado, casado; Melita, Irmã Religiosa na Congregação de São José, no Cajurú; e Terezinha. Padre Pe dro ingressou no Seminário Menor, em 1939, em Brusque – SC, junto com seu irmão Teófilo. De 1945-1951 cursaram o Seminário Maior em São Leopoldo –RS. Foram ordenados padres juntos, em 22 de dezembro de 1951, em Castro – PR. Atuou como diretor espiritual no Seminário Menor, em Ponta Grossa, e em 1953 foi designado como vigário-cooperador em Santana – Cruz Ma chado. Em 1956 foi nomeado pároco da matriz Sagrado Coração de Jesus, em Cruz Machado, até o ano de 1966, sendo depois transferido para a cidade de Guarapuava, onde trabalhou e veio a falecer em 16 de junho de 1996, aos 69 anos de idade e com 45 anos de sacerdócio. O Sacerdote buscou muitos recursos para as obras paroquiais, seja no Brasil como também na Alemanha, onde tinha familiares.

O local da Capelinha do Paredão, em Cruz Machado, adquirido por ele, hoje organizado e cuidado pela Paróquia e pelo Município vem recebendo sempre mais peregrinos como lo cal de devoção à Nossa Senhora e encontro

Dedicada à Nossa Senhora Aparecida, a Capelinha acolheu no dia 12 de ou tubro, dia seguinte do ato cívico da nomeação do acesso, dezenas de pessoas que subiram a estrada para um dia de celebração e festa da Padroeira. Fiéis católicos do município se dirigiram a pé, de carro, com motos, ônibus e tam bém a cavalo até a Capelinha para agradecer as graças recebidas e fazer pro messas à Mãe de Jesus.

Ha ainda na cidade, uma missa foi celebrada ás 8h, na igreja matriz, favore cendo às pessoas que não poderiam se dirigir até o local, e outra celebração, também presidia pelo padre Anderson se deu no local da peregrinação às 10h. Junto com os demais fiéis também um grande grupo dos Zeladores e Ze ladoras das Capelinhas, da Matriz e das Comunidades participaram da Santa Missa trazendo as Capelinhas que representando as famílias da Paróquia, que cada mês recebem a visita da imagem de Nossa Senhora com as Capeli nhas.

Após a Celebração houve a festa no local com almoço e outras atividades. A data lembrou também as crianças, que festejavam o seu Dia. Depois da missa, elas receberam doces, geladinhos, tendo ain da disponíveis espaços de brincadeira com Cama Elásticas e Piscina de Bolinhas.

“A todos que prepararam a liturgia, a festa com café de manhã e almoço, trabalharam, fizeram suas doações e que participaram, expressamos a nossa imensa gratidão. Que Deus abençoe a todos e que Nossa Senhora sempre nos ampare”, expressou Irmã Marga rida Brodowiak, uma das Religiosas que tra balha na Paróquia.

Fotos: Cláudio Azevedo.

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8 Estrela Matutina - Caderno 2 - Novembro de 2022
com Deus. Padre Pedro Canísio, ao lado da imagem à qual dedicou a Capelinha. (Scanner Gráfica Formato) Sob a Placa dedicada ao Padre mentor da Capelinha do Paredão, e junto com o pároco atual, padre Anderson Spegiorin, membros das famílias que cederam a terra para a estrada pública de acesso à Capelinha. Famílias Smill, Ptak, Siepko e Bocker (Foto: Cláudio Azevedo). Debaixo da Tenda, os fiéis celebraram com fervor o Dia da Padroeira, sobre a cidade de Cruz Ma chado. Missa presidida pelo Pe. Anderson Spegiorin, pároco. (Foto: Paróquia de Cruz Machado)

Santo do Mês Santa Cecília Padroeira dos Músicos - 22/11

Entre o final do século 2º e início do século 3º viveu Santa Cecília, nas cida em Roma, de nobre família e fé cristã, num período de perseguição. Ainda muito jovem, fez voto de cas tidade, consagrando a Deus sua vir gindade, e desde então passou a ver um anjo que a protegeria se alguém tentasse violar sua pureza.

Seus pais haviam prometido em ca samento a um nobre chamado Va leriano. Ele era pagão e na noite de núpcias Cecília lhe contou que era cristã e que já havia escolhido a Cris to como seu único esposo e que era guardada pelo anjo. Ele pediu para ver o anjo, mas ela lhe disse que só se fosse batizado poderia vê-lo.

Como Valeriano quisesse ser bati zado, Cecília lhe deu uma breve ca tequese e o enviou ao Papa Urbano, que se escondia nas catacumbas. Quando retornou, encontrou Cecília cantando louvores a Deus e já pode avistar o anjo que a acompanhava.

Valeriano, experimentando a alegria de ser cristão, quis que também seu irmão Tibúrcio se convertesse. Fez então com ele o que Cecília havia feito consigo: instruiu-o na fé e o fez querer o batismo. Mas a perseguição aos cristãos se intensificava e mui tos eram assassinados tendo seus corpos deixados sem sepultura dig na.

Cecília pediu a eles que recolhessem os corpos dos cristãos martirizados e os sepultassem. Nessa tarefa, eles foram flagrados e aprisionados. O prefeito de Roma mandou açoitá -los e sacrificar aos ídolos, mas sua convicção de cristãos era tão grande que foram decapitados sem negar a fé. Ambos são santos, canonizados como mártires da fé.

Sabendo que seria a próxima, Cecília distribuiu seus bens e do seu mari do aos pobres. Chamada à presença do prefeito de Roma, que a mandou sacrificar aos ídolos, ela se negou a fazer. Tentaram então tirar-lhe a vida colocando-a numa caldeira de alta temperatura, onde ela morreria por causa do calor.

Mas milagrosamente ela sobrevi veu e foi então condenada à morte por decapitação. Mas o carrasco não conseguiu decepar seu pescoço de pois de três golpes e a deixou ferida no chão. Por três dias ainda ela so breviveu nesse estado, dando conse lhos a quem dela se aproximava, os exortando a permanecerem firmes

Antes ainda de partir dessa vida ao encontro de seu legítimo Esposo, Je sus Cristo, Cecília cantou novamen te louvores a Deus, motivo este que a fez ser proclamada padroeira dos músicos. Foi sepultada nas catacum bas, e quando seu túmulo foi aberto no século 9º, seu corpo foi encontra do incorrupto e na mesma posição que havia sido sepultado: mostran do um dedo de uma das mãos e três da outra, manifestando assim sua fé na Santíssima Trindade.

ORAÇÃO

Ó Virgem e mártir, Santa Cecília, pela fé que vos animou desde a infância, tornando-vos tão agradável a Deus e ao próximo, convertendo pagãos ao cristianismo, merecendo a coroa do martírio, alcançai-nos a graça de progredir cada vez mais na fé e pro fessá-la através do testemunho das boas obras, especialmente servindo aos irmãos necessitados.

Alcançai-nos a graça de sempre lou var a Deus com canções espirituais. Gloriosa Santa Cecília, que os vos sos exemplos de fé e de virtude se jam para nós um grito de alerta, para estarmos sempre atentos à vontade de Deus, na prosperidade como nas provações, no caminho do céu e da salvação eterna. Amém.

Liturgia

Este mistério é grande!

Nós, cristãos, somos batizados em Jesus e nos tornamos membros de seu Corpo, que é a Igreja. Na Cruz, para a salvação de todos, Ele fez uma entrega de amor, e a Igreja, desde sempre, vê nisto uma entre ga esponsal: do Esposo que se entrega a Esposa.

“E vós, maridos, amai as vossas mulheres, como Cristo amou a Igreja e se entregou por ela, para santificá-la, a fim de purificá -la. Por isso, o homem deixará pai e mãe e se unirá à sua mulher, e serão ambos uma só carne. É grande este mistério: refiro-me à relação entre Cristo e sua Igreja” (cf. Ef 5, 25-26.31-32). A Igreja é esposa de Jesus.

O Matrimônio é uma vocação específica e uma consagração total no amor. Quando o marido se entrega, dá a vida e derrama seu sangue, a sua mulher realiza o mistério de Cristo pela Igreja. Esta realidade redentora que se vive é decisiva.

UMA SÓ CARNE...

O esposo e a esposa são unidos em uma união indissolúvel à imagem da Aliança de amor de Cristo com a igreja.

Unidos no matrimônio cristão, mante nham-se firmes na fé, fiéis a um só amor, sejam abertos e defendam vida, fortaleci dos pela sabedoria do Evangelho, dêem bom testemunho de Jesus a todos. Sejam guias fortes e sábios dos filhos que ale grarão a sua família e, depois de uma vida longa e serena, sejam recebidos na casa de Deus, na companhia dos santos.

Desta realidade deve brotar uma vida, em que se realiza a união de Cristo com a Igreja, e, no amor e unidade dos cônjuges, na oração e frequência comum na Igreja, constroem uma Igreja-doméstica.

REFLEXO DO AMOR DE DEUS...

Este sacramento pode ser celebrado com ou sem Missa. Nós vamos examinar bre vemente a celebração do matrimônio sem missa.

Ritos iniciais – o ministro saúda os noivos e fiéis presentes; Liturgia da Palavra – explica-se o sentido do casamento cristão; Diálogo – o ministro faz aos noivos três perguntas importantes: se estão casando de livre e espontânea vontade; se estão conscientes de que o matrimônio é por toda a vida; e, se estão dispostos a receber

os filhos que Deus lhes der; Consentimento – ao responder positiva mente, pede-se que se dêem as mãos. O noivo diz a fórmula: “Eu (N.) te recebo, (N.), por minha esposa, e te prometo ser fiel, amar-te e respeitar-te na alegria e na tris teza, na saúde e na doença, todos os dias da nossa vida”. A noiva repete a fórmula. O ministro pede que Deus abençoe e confir me o compromisso assumido, dizendo: “O que Deus uniu, o ser humano não separe” (Mt 19,6);

Bênção e entrega das alianças – invoca-se a bênção de Deus sobre as alianças. De pois disso o marido põe a aliança no dedo da esposa, e diz: “Recebe esta aliança em sinal do meu amor e da minha fidelidade. Em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo”. A esposa faz repete;

Preces – nesta oração se pede pelo novo casal e por todos os que assumiram o com promisso de testemunhar o amor de Deus mediante o casamento;

Bênção nupcial – o ministro pede que Deus abençoe o casal, dando-lhe filhos, saúde, vida longa; e assim possa servir de exemplo para todos;

Comunhão – reza-se o Pai nosso e comun ga-se o Corpo de Cristo.

Bênção final e despedida.

“Eis as três palavras mágicas que devem existir sempre em casa: Com licença: para não se intrometer na vida dos cônjuges. Com licença, como te parece isto? Com li cença, permite-me. Obrigado: agradecer ao cônjuge; obrigado por aquilo que fizeste por mim, obrigado por isto. A beleza da grati dão! E dado que todos nós erramos, há ou tra palavra um pouco difícil de pronunciar, mas necessária: desculpa. Com estas três palavras, com a oração do esposo pela es posa e vice-versa, voltando a fazer as pazes sempre antes que o dia termine, o matrimô nio irá em frente! ” (Papa Francisco)

- Catecismo da Igreja Católica - Ritual do Matrimônio - Catequeses do Papa Francisco

Gustavo Santana 2º ano de Teologia Seminário Diocesano

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na fé.

TEMPO DO ADVENTO Buscando uma Estrela

Nesse advento, vamos juntos buscar na Estrela de Belém, a Estrela que dá sentido à nossa vida!

Escreva as palavras roxinhas em cada parte da estrela, de acordo com as citações dos Evangelhos do Advento

www.dioceseunivitoria.org.br 10 Estrela Matutina - Caderno 1 - Novembro de 2022

A Morte e a Elaboração do Luto

Celebramos no mês de novembro a es perança na Ressurreição, lembrando das pessoas que já terminaram a sua traje tória existencial, ou seja, os mortos. O que fazer quando a morte chega até nós? Quando um familiar nos deixa? Assim como nossa fé cristã tem respostas, a Psicologia também tem, principalmente, nos ensinando a trabalhar e elaborar o luto, através de quatro fases da elabo ração: Negação, Revolta, Depressão e Enfrentamento ou Aceitação. Vamos te cer alguns comentários sobre cada uma delas.

Negação: essa é a primeira fase do pro cesso de elaboração do luto, surge quan do nos chega a notícia de que alguém próximo faleceu. Ficamos estarrecidos diante de tal informação que não sabe

mos como processá-la em nossa mente. Para não lidarmos diretamente com o fato, nossa razão prefere negar. Geral mente, a negação é maior em mortes pre maturas, principalmente em pais e mães que perdem seus filhos.

Revolta: essa é a segunda fase do pro cesso, onde nossa mente procura cul pados pelo acontecimento, que pode ser uma pessoa, ou, em casos mais graves, culparmos a Deus e nos revoltarmos. É um processo normal nessa elaboração. Usamos o “porquê”. Por que essa pes soa tão boa no deixou, se existem tantas pessoas más que poderiam partir antes dela? Aqui, temos que lembrar que a morte não conhece o conceito de justiça, chega para bons e maus. Quando encon tramos pessoas em situação de revolta, não devemos julgar, pois faz parte do momento doloroso que ela está viven ciando.

Depressão: é a terceira fase da elabo ração do luto. Negar não adiantou, re voltar-se não adiantou. Então, nos vem a depressão, que é uma introversão, na qual a pessoa volta-se a si mesma, vive a dor da perda, experimenta em si a fini tude e a limitação humana. A vida perde o brilho, é o outono e o inverno da alma, mas necessária para a vivência do sofri

mento. Entristecer-se com a perda é nor mal, porque agora temos de ressignificar nossa vida sem a presença física do ser amado que já não está entre nós. A De pressão no luto, prepara para a última fase do luto, conhecida como enfrenta mento ou aceitação.

Enfrentamento ou aceitação: é a fase final do processo elaborativo do luto. A pessoa extroverte em seu existir a força que foi acumulada durante a introversão no processo depressivo. Toma novamen te as rédeas do seu existir, e as lágrimas que antes molhavam o rosto, agora gote jam na terra, porque a pessoa se levan ta e volta a caminhar, transformando a dor em semente de esperança, pois o ente falecido, continua a viver naqueles que conviveram com ele. Na aceitação, a dor paulatinamente vai enfraquecendo, transformando-se em saudade.

A DURAÇÃO DO LUTO

Em termos psicológicos, não existe um tempo ideal para que essas fases se pro cessem, principalmente, a fase da acei tação e enfrentamento, isso, porque cada pessoa é única e reage do seu jeito as perdas que a vida inflige. De forma geral, um ano é o tempo dessas fases. No prazo de um ano, ocorrem datas significativas

que nos ajudam a elaborar e aceitar o luto.

MINHA EXPERIÊNCIA

No dia 26 de outubro completou um ano da morte de minha Mãe, Dona Tereza Gelchaki, estou na última fase do luto, mas confesso para vocês que a dor da ausência, dilacera a alma e o coração, mas sigo firme, porque minha mãe conti nua viva em mim. Esse texto, é uma for ma de homenagear minha Mãe, que em todos os instantes está comigo. Obrigado Dona Tereza por ser minha mãe.

Termino esse texto com as palavras de São Paulo Apóstolo, em sua Primeira Carta aos Coríntios, onde reforça a es perança de que com a morte não acaba tudo, pois Cristo venceu a morte e com Ele e Nele, nós também venceremos: “Ó Morte, onde está tua vitória? ” (1Cor 15,55).

da

e na

A Eucaristia

Refletiremos nesta edição, sobre o sacramen to da Eucaristia, contido no livro IV, do Código de Direito Canônico onde trata-se do Múnus de Santificar da Igreja, entre os cânones 897 a 958.

O Papa Paulo VI nos lembra que a Eucaristia é ação de toda Igreja e o ponto mais alto da inicia ção à vida cristã. O Cân. 897 nos diz: Augustís simo sacramento é a Santíssima Eucaristia, na qual se contém, se oferece e se recebe o próprio Cristo Senhor e pela qual continuamente vive e cresce a Igreja. Mas de que forma se deve parti cipar da ação eucarística, da Missa?

De forma ativa, plena e consciente do mistério que se está celebrando. Quem são os ministros ordinários da Sagrada Comunhão? O Cân. 910 nos responde; Bispo, Presbítero e o Diácono. Mas por que existem leigos (ministros extraordinários) que distribuem a comunhão para os fiéis? O Cân. 230 nos responde dizendo que existe a possibilidade de fieis leigos, através de um rito litúrgico, serem institu ídos/admitidos como ministros extraordinários da Sagrada Comunhão, porém onde existe a necessidade e a falta de ministros ordinários da Eucaristia, os Ministros Extraordinários suprem em alguns ofícios exercidos pelos Ministros Ordinários.

Existe a possibilidade também de leigos serem admitidos como ministros da Palavra, do batismo, do matrimônio e até mesmo presidirem algumas ações li túrgicas (celebração da Palavra, frequente em nossas comunidades do interior).

Quem pode receber a Eucaristia? Qualquer batizado, não proibido pelo direito (excomungado, vivendo de forma irregular), pode e deve ser admitido à sagrada Comunhão. Para que a santíssima Eucaristia possa ser administrada às crian ças, requer-se que elas tenham suficiente conhecimento e cuidadosa preparação

(catequese), de modo que, possam compreender o mistério de Cristo, de acordo com sua capacidade, e receber o Corpo do Senhor com fé e devoção.

A Eucaristia perdoa pecados? Diretamente não, indiretamente sim. A Eucaristia afervora e aumenta a caridade. A caridade apaga pecados veniais.

Quantas vezes posso comungar por dia? Segundo o Cân. 917 quem já recebeu a Santíssima Eucaristia pode recebê-la novamente no mesmo dia, somente dentro da celebração eucarística em que participa e por apenas mais uma vez, salvo o que nos diz o Cân. 921, § 2 (receber a comunhão em perigo de morte). Por exem plo: se uma pessoa que participou da Santa Missa e comungou, após algumas horas passar mal, por algum determinado problema, estando em condições pode receber a comunhão, mesmo fora da Missa.

E sobre o jejum eucarístico temos o seguinte: Cân. 919 § 1: quem vai receber a Santíssima Eucaristia abstenha-se de qualquer comida ou bebida, excetuando -se somente água e remédio no espaço de ao menos uma hora antes da Sagrada Comunhão. Pessoas idosas e doentes, bem como as que cuidam delas, podem receber a Santíssima Eucaristia, mesmo que tenham tomado alguma coisa na hora que antecede.

Quantas vezes devo comungar durante o ano? O Cân. 920 § 1 diz: Todo fiel, depois de ter recebido a Santíssima Eucaristia pela primeira vez, tem a obrigação de re cebê-la, ao menos uma vez por ano, especialmente pela Páscoa da Ressurreição.

Na próxima edição, falaremos sobre as intenções de Missa, as espécies sagra das e sobre as penas canônicas àque les que profanam a Eucaristia.

Pe. João Henrique Lunkes

Mestrando em Direito Canônico

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Estrela Matutina - Formação - Novembro de 2022 11
As Leis
Igreja
Igreja

A Animação Bíblica da Pastoral e seu papel na vida da Igreja - Casa da Palavra

Continuando nossas reflexões sobre o projeto da Animação Bíblica da Pastoral proposto pela Igreja e assumido em nossa Diocese neste ano, nesta edição conheceremos melhor a relação entre a Palavra de Deus e a vida da comunidade cristã, a Igreja.

De acordo com o Novo Testamento, a Palavra de Deus tem uma casa, que é a Igreja, fundada sobre Pedro, os Apóstolos e seus sucessores - os bispos. O livro dos Atos dos Apóstolos, Cap. 2, Vers. 42 a 47 relata que a comunidade dos cristãos, a Igreja nascente, se formou como Igreja, através da escuta assídua e perseverante da Palavra de Deus, que os discípulos pregavam com fidelidade e coragem, na força do Espírito Santo (Cf. At 4,29,31).

Com o tempo, a pregação da Palavra foi crescendo e se espalhando, e o número de dis cípulos de Jesus aumentava cada vez mais (Cf. At 6,7). Tanto os judeus como os pagãos acolhiam a Palavra e se convertiam, passando a fazer parte das primeiras comunidades cristãs (Cf. At 11,1). O ministério apostólico da Palavra, ou seja, a pregação da Palavra era um pilar tão fundamental para os Apóstolos que eles não se descuidavam dele (Cf. At 6,1-4), porque a Boa Notícia tinha de ser anunciada, conforme o mandato de Jesus, a todos os povos (Cf. Mc 16,15).

A relação entre Jesus Cristo, a Palavra do Pai e a Igreja, ‘Casa da Palavra’ é uma relação de vital importância, e cada fiel batizado e discípulo de Cristo é chamado a fazer parte dela. Cristo, a Palavra do Pai (Cf. Jo 12,49), é quem fala, e a sua Palavra é o que constitui, o

que forma a Igreja como povo de Deus. Na Carta aos Romanos Paulo diz: “A fé vem pela escuta da mensagem, e escuta da Palavra de Cristo” (Cf. Rm.10,17), quer dizer, só quem escuta a Palavra pode se tornar pregador dela.

Da Igreja de Jesus Cristo vem a voz que anuncia a Boa Nova da salvação, e aqueles que a escutam, tornam-se parte da comunidade cristã. Porém, para ser parte de uma comu nidade verdadeiramente cristã, não é suficiente só ouvir a Palavra, mas é necessário acolhê-la, vivê-la e testemunhá-la com gestos de caridade fraterna.

A Igreja e a Palavra de Deus estão inseparavelmente unidas entre si. A Igreja vive da Palavra e a Palavra ressoa na Igreja, no que ela ensina e em toda a sua vida. Na Palavra proclamada e escutada, e nos Sacramentos, Jesus cumpre Sua promessa: “E eis que eu estou convosco todos os dias até o fim do mundo” (Cf. Mt 28,20).

Nos empenhemos, portanto, para fazer com que nossas comunidades eclesiais sejam formadas, animadas e vivam desta relação tão vital com a Palavra de Deus! Que seja ela o ponto de partida e a inspira ção das atividades evangelizadoras, assim como era nas primeiras comunidades da Igreja!

Missa de Reparação pelas imagens quebradas na igreja reúne centenas de fiéis

Na terça-feira, 11 de outubro, véspera do Dia de Nossa Senhora Aparecida, um sen timento de comoção reuniu centenas de pessoas na Matriz São Mateus, em São Mateus do Sul. Fiéis paroquianos e pes soas de outras paróquias, se reuniram na igreja para uma celebração com Dom Walter Jorge, bispo diocesano de União da Vitória.

Em um clima de luto, de reflexão, com o altar desnudo, padres, bispo e diácono re vestidos de paramento roxo celebraram a Missa de Reparação pelos pecados come tidos no interior da igreja com a quebra de quase 30 imagens de santos, de Jesus e de Nossa Senhora.

O fato ocorreu no horário do almoço, quando segundo relatos do padre Diego Ronaldo Nakalski, alguém teria entrado na igreja, fechado a porta e cometido o van dalismo. “Acreditamos que isso aconteceu entre 11h45 e 12h30, e quem fez isto fechou a porta da igreja para ninguém ver, pois a igreja sempre fica aberta para as pessoas rezarem. Escutamos um certo barulho e logo alguém correu nos informar do acon tecido. Foram quebradas 28 imagens no total, incluindo as imagens da sala dos santos, do batistério, a imagem do Sagra do Coração de Jesus e da Padroeira, Nossa Senhora da Assunção. Graças a Deus o Sa crário onde fica Jesus Eucarístico não foi violado e também não foram danificadas as imagens dos anjos”, relatou o vigário paroquial.

O sentimento de comoção, tristeza e indig nação tomou conta de toda a comunidade, do município, rendendo mensagens de mi lhares de pessoas de todo o Brasil e tam bém fora dele por meio das redes sociais que difundiram as imagens do ato e por ou tros canais de comunicação. Rádios, Emis soras de TV e portais de notícias entravam em contato para noticiar o vandalismo co metido. A postagem das fotos no facebook da Diocese gerou 12 mil compartilhamen

tos; 17 mil comen tários; 22 mil curti das che gando ao número de mais de 2 mi lhões de pessoas alcança das pela publi cação. A notícia foi matéria de TV e em portais de notícia de filiadas de um dos grandes veí culos de comunicação do país.

Por tão grande luto, com o propósito de fortalecer a Comunidade e os católicos diocesanos na fé e reparar o pecado co metido, foi necessária uma missa, na qual o bispo, Pastor da Igreja Local, aspergisse com a água benta as paredes da Igreja, e os locais de profanação, restabelecendo as sim a dignidade do Templo, Casa de Deus e local de louvor e encontro de seus filhos e filhas.

A missa na igreja matriz São Mateus que tem também como padroeira Nossa Se nhora da Assunção, teve início às 19h. Entre as imagens derrubadas ao chão es tavam a imagem da Padroeira Nossa Se nhora da Assunção; a imagem do Sagrado Coração de Jesus, padroeiro da Diocese e a imagem de Nossa Senhora das Gra ças, uma imagem centenária, que está na Comunidade Paroquial desde a primeira igreja que foi construída no início do Mu nicípio.

O homem suspeito de invadir a igreja tem 35 anos e foi preso no mesmo dia, na tar de de segunda-feira, 10, data que foi regis trada a invasão. De acordo com a polícia, o homem foi detido suspeito de furtar um celular, mas foi reconhecido por testemu

nhas como o res ponsável pelo ato de van dalismo. Segundo a Polícia Civil, in formações colhidas pelo de poimento do suspei to indicam

que a ação foi de vandalismo e, a princípio, não teve cunho religioso. A PM informou que, na hora da prisão, o suspeito estava sob efeitos de drogas. O autor deve res ponder por destruir objetos de devoção, além do furto do celular.

Na Missa de Reparação, presidida por Dom Walter Jorge, além dos fiéis que lotaram a igreja, estiveram: padre Emerson Gonçal ves de Toledo, padre em Antonio Olinto; padre João Francisco Sieklicki, padre em Paula Freitas; os padres da Paróquia São Mateus, padre José Carlos e padre Diego Nakalski; e o Diácono Permanente Luiz Francisco Huk, da Paróquia Nossa Senho ra do Perpétuo Socorro, de São Mateus do Sul.

Durante a celebração, Dom Walter Jorge expressou profunda tristeza quanto ao fato, dizendo que pela primeira vez cele brava uma missa em reparação à ofensa de uma igreja. “É a primeira vez que eu celebro uma missa com esta, penitencial, pedindo a Deus o perdão pelo que aconte ceu na Casa de Deus. Confesso a vocês que é um momento bastante triste para mim. Que bom que temos a água benta, que jor ra do lado aberto de Cristo para nos puri ficar. Aspergimos aqui o altar e as paredes desta igreja porque o Templo foi violado, foi maculado. A religião que nos liga com Deus foi desprezada”, dizia o bispo.

Lembrando os fiéis da comunhão humana e divina que existe na Humanidade, Dom Walter Jorge pediu oração para o autor do delito. “Não queremos julgar, nem conde nar as pessoas, mas queremos ver os si nais de Deus em todas as coisas. Esta casa de Deus foi violada. A dor da Igreja, que somos nós, é grande, mas muito maior é a nossa fé na reparação que o amor pode alcançar de Deus. Nós viemos aqui pedir a Deus que perdoe quem fez, que nos ajude a sermos a Igreja que Ele deseja que so mos. Hoje nós nos unimos a esta pessoa porque a humanidade é uma só. Quando um membro da humanidade sobe pela bondade e pelo amor, toda humanidade sobe junto com ele, mas quando alguém da humanidade desce, a humanidade inteira desce junto, porque por detrás está o mal, o pecado, que todos nós, em algum mo mento consentimos”, comentou o bispo.

Os fiéis que participaram da celebração ainda puderam contemplar as imagens quebradas, que ficaram ao chão como fo ram deixadas pelo autor do delito. Antes da celebração e ao final, muitos rezaram diante delas ajoelhados, chorando, indig nados com o fato. Com sentimento de luto profundo, com a mão no peito, fiéis se sen tiam também ‘quebrados interiormente’.

A Paróquia irá fazer uma avaliação da quelas que ainda são possíveis ter uma restauração, e segundo o pároco, padre José Carlos, como expressou na Coletiva de imprensa, dada na terça-feira, 11, às 10h, as pessoas que desejarem ajudar devem procurar a paróquia, não havendo neces sidade de comprarem diretamente outras imagens, mas sim, que primeiro busquem a paróquia para saberem como ajudar.

No dia seguinte, quarta-feira, 12 de outu bro, a Igreja foi reaberta para as celebra ções com os fiéis, na Celebração Litúrgica que se deu às 19h, celebrando Nossa Se nhora Aparecida, padroeira do Brasil.

www.dioceseunivitoria.org.br 12 Estrela Matutina - Artigo - Novembro de 2022
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