Estrela Matutina - Edição Janeiro e Fevereiro de 2023

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64 anos

63 anos

AÇÃO EVANGELIZADORA NA DIOCESE, EM 2023, ESTARÁ SUSTENTADA NO “PILAR DO PÃO”

Elaborado em 2020, o Plano Diocesano está sustentado em quatro Pilares: Pilar da Palavra; Pilar do Pão; Pilar da Caridade; e, Pilar da Missão. Em 2022 a Diocese trabalhou o Pilar da Palavra, e neste ano ela sustentará sua evangelização no o Pilar do Pão. Esses quatro Pilares estão em harmonia, devendo cada um ser trabalhado todos os anos de alguma forma em todas as Comunidades de Fé da Diocese. Entenda melhor na Pg. 12

CONFIRA TAMBÉM

FOME É TEMA DA C.F. 2023

AÇÃO “JESUS NO LITORAL”

ABORTO

9,9% da População atingida está na Região Sul. Pg. 08

Jovens de todo o Paraná evangelizam nas praias. Pg. 06

Série B | Nº 286 | 10.000 exemplares Boletim Informativo da Diocese de União da Vitória | Janeiro/Fevereiro de 2023
Nota da CNBB repudia atitude do Governo.
02
Pg.

A esperança de dias, de momentos, de uma vida melhor, sempre nos move, nos impulsiona a continuarmos. Para os cristãos, essa esperança é sempre animada pela força do Ressuscitado que nos fortalece, mostrando pelo Quê e por Quem vivemos.

Iniciando um novo ano, as esperanças são novamente renovadas. Sabemos que boa porção desta vida melhor depende de nós mesmos, dos caminhos que escolhemos, das atitudes que tomamos. Por este motivo nos referimos ao Ressuscitado no parágrafo acima, pois Jesus é o modelo, o gabarito a termos como base para o nosso modo de ser. É por Ele, Nele e para Ele que vivemos, nos movemos e somos. Nos dando a Salvação, garantiu para nós uma vida nova e Perfeita, para a qual corremos.

Nossa esperança em dias melhores só tem sentido real e autêntico se olhamos para a vida além da realidade aparente. Aqui construímos em germe, em semente o que viveremos no futuro, na eternidade. Nossa vida aqui é um processo de construção do Reino Perfeito que tanto desejamos. Se tivermos o olhar apenas para esta realidade, nos frustramos, pois percebemos que tudo passa.

Por isso, esperar que o novo ano seja bom dependerá da construção que nós dele fizermos. Para que esta obra seja construída de modo correto, precisamos ter os olhos fixo em Jesus, fazendo Dele nosso modelo para a construção de um mundo novo.

A vida melhor que queremos não se resume apenas no ambiente externo de nossa existência, no que temos, no que conquistamos, mas sim na construção de nosso ser, como pessoa humana, e como filhos de Deus.

Desejar um ano novo, uma vida nova, consiste em primeiro lugar buscar reconstruir nossa imagem desfigura pelo pecado, que tanto mal faz a nós e à sociedade. Olhando para Jesus e seguindo seus passos, entramos no caminho para restaurar nossa imagem, recuperar a imagem perfeita, à semelhança de Deus.

Se nossos dias não são melhores, se nosso ano não se fez ou se faz melhor, certamente de algum modo o pecado está na raiz. Não é à toa que se diz: ‘quem deseja mudar o mundo, deve começar mudando a si mesmo’. Enquanto vivemos, estamos tendo de Deus a oportunidade de sermos melhores.

É ainda início de ano, e no dia 22 de fevereiro entramos no Tempo da Quaresma, Tempo que a Igreja nos lembra da chance que temos de fazer uma mudança substancial, que faça diferença em nós e no mundo.

Assim, vivendo bem esse Tempo, caminhemos para a Páscoa da Ressurreição, que nos revela a vida nova que Deus espera de nós e que preparou para nós.

Abençoado 2023 a todos nós!

Em Destaque

Flexibilização do aborto: CNBB reprova atitude do Governo Federal

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) divulgou no dia 18 de janeiro, uma nota na qual manifesta reprovação a toda e qualquer iniciativa que sinalize para a flexibilização do aborto a exemplo das últimas medidas do Ministério da Saúde, constantes da Portaria GM/MS de nº 13, publicada no último dia 13.

A portaria permitiu a revogação de outra portaria que determina a comunicação do aborto por estupro às autoridades policiais. A Nota da CNBB pede esclarecimento do Governo Federal considerando que a defesa do nascituro foi compromisso assumido em campanha e também sobre a desvinculação do Brasil com a Convenção de Genebra.

No documento, a CNBB reitera que “a hora pede sensatez e equilíbrio para a efetiva busca da paz e reforça que é preciso lembrar que qualquer atentado contra a vida é também uma agressão ao Estado Democrático de Direito e configura ataques à dignidade e ao bem-estar social”.

Nota da CNBB

A VIDA EM PRIMEIRO LUGAR

“Diante de vós, a vida e a morte. Escolhe a vida!” (cf. Dt 30,19)

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) não concorda e manifesta sua reprovação a toda e qualquer iniciativa que sinalize para a flexibilização do aborto. Assim, as últimas medidas, a exemplo da desvinculação do Brasil com a Convenção de Genebra e a revogação da portaria que determina a comunicação do aborto por estupro às autoridades policiais, precisam ser esclarecidas pelo Governo Federal considerando que a defesa do nascituro foi compromisso assumido em campanha.

A hora pede sensatez e equilíbrio para a efetiva busca da paz. É preciso lembrar que qualquer atentado contra

Proprietária

Mitra da Diocese de União da Vitória

Rua Manoel Estevão, 275 União da Vitória, PR Contato: estrela@dioceseunivitoria.org.br

(42) 3522 3595

Diretor

Dom Walter Jorge Pinto

Editor-Chefe

Francisco Marcelo S. de Lara

a vida é também uma agressão ao Estado Democrático de Direito e configura ataques à dignidade e ao bem-estar social.

A Igreja, sem vínculo com partido ou ideologia, fiel ao seu Mestre, clama para que todos se unam na defesa e na proteção da vida em todas as suas etapas – missão que exige compromisso com os pobres, com as gestantes e suas famílias, especialmente com a vida indefesa em gestação.

Não, contundente, ao aborto!

Possamos estar unidos na promoção da dignidade de todo ser humano.

Brasília-DF, 18 de janeiro de 2023

Dom Walmor Oliveira de Azevedo Arcebispo de Belo Horizonte (MG) Presidente da CNBB

Dom Jaime Spengler Arcebispo de Porto Alegre (RS) Primeiro Vice-Presidente da CNBB

Dom Mário Antônio da Silva Arcebispo de Cuiabá (MT) Segundo Vice-Presidente da CNBB

Dom Joel Portella Amado Bispo auxiliar da arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro (RJ) Secretário-geral da CNBB

Redatores

Dom Walter Jorge Pinto

Pe. Alisson M. de Moura

Pe. João Henrique Lunkes

Pe. Sidnei José Reitz

Francisco Marcelo S. de Lara

Jozeane Zbytkowski

Diagramação e Arte Final

Agatha Przybysz

Tiragem 10.000 exemplares

Revisão

Pe. Abel Zastawny

Francisco Marcelo S. de Lara

Impressão

Gráfica Grafinorte - Apucarana/PR (41) 9 9926 1113

Fundado em 15 de maio de 1958, por Dr. Mário José Mayer e Ulysses Sebben.

Estrela Matutina - Editorial - Jan/Fev de 2023 2 EXPEDIENTE
Editorial
Marcelo S. de Lara

Palavra do Bispo UM PAÍS SEM ABORTO, SEM FOME E SEM MANIPULAÇÕES

“Ouvistes o que foi dito aos antigos: Não matarás, aquele que matar terá de responder no tribunal. Eu, porém, vos digo...” (cf. Mt 5,21-26).

Não matar é imperativo, é mandamento claro da fé cristã. Não podemos admitir, como cristãos que somos, e antes mesmo, como seres humanos, que seja tirada a vida a qualquer ser humano, em qualquer fase em que ela se encontra, seja a partir da concepção, seja durante o seu desenvolvimento ou até mesmo quando está condenada por alguma doença. A ordem dada pelo Divino Criador não permite ao ser humano arvorar-se em juiz da vida humana, decidindo sobre quem vive e quem morre e quando isto deve acontecer.

Quando comentou este mandamento, Jesus o estendeu (vale a pena ler Mt 5, 21-26), dizendo que era preciso ir muito mais além do que matar alguém, mas também não odiando de modo algum uma pessoa, não lhe desejando mal, não denegrindo sua existência. Se considerarmos sua posição acerca da vida humana, ele disse que seu desejo era que todos tivessem vida de maneira plena, e que tinha vindo para isto, como se pode ler em Jo 10,10: “Eu vim para que todos tenham vida e a tenham em abundância. ”

Ora, se Cristo, que cremos ser Deus com o Pai, quando veio ao mundo, cuidou da vida de todas as formas, curando, libertando, ressuscitando mortos, e, por fim, dando a sua própria vida em troca da vida de todos, não podemos entender que seu desejo seja outro que não o de que o imitemos, defendendo a vida de todas as maneiras, cuidando, nós também, para todos tenham vida plenamente.

Assim, se queremos que o Brasil seja um país que agrade ao Senhor, não podemos permitir que nele aconteçam abortos provocados, mas também, não podemos permitir a morte de milhares de pessoas vitimadas pela fome, sejam elas moradoras de comunidades carentes do Rio de Janeiro ou São Paulo, ou de qualquer cidade brasileira; sejam elas habitantes de cidades ou das nossas florestas, como os índios Ianomâmis, humanos tão portadores de direitos quanto qualquer brasileiro. É inadmissível que o Brasil, país de

maioria cristã e um dos mais ricos em recursos do planeta admita que a morte de qualquer ser humano, causada por aborto, pela fome ou pela violência, seja justificada por qualquer argumento que se queira utilizar.

Tendo em vista que a vida em nosso País tem sofrido tanto, é mais do que hora de deixar claro que governantes, le gisladores, magistrados e quaisquer funcionários públicos são colocados em seus cargos para defender a vida do seu povo, para promover o seu bem e não para promover ideologias, sejam elas de esquerda ou de direita, que não estejam a favor da vida de todas as pessoas, em todas as fases da sua existência.

Os brasileiros não podemos permitir que uma nação inteira continue se tornando joguete de brigas de poder, mas antes, devemos exigir que qualquer governo deste País não faça outra coisa senão promover saúde para todos, alimentação de qualidade na mesa de todos, educação suficientemente boa para formar nossas crianças, adolescentes e jovens como cidadãos dignos, conscientes e capazes de gerir a própria vida e a vida do seu país com responsabilidade, altruísmo e sabedoria no amanhã que lhes caberá na vida.

Precisamos fazer toda a classe política entender que não são senão funcionários a serviço do povo, eleitos pelo povo, pagos pelo povo, para servir o povo e não para se servirem do

povo vor próprio ou a serviço de grupos econômicos que os estejam financiando, dividindo o Brasil com ideologias ora de direita, ora de esquerda.

Não queremos ideologias, queremos empregos para a nossa gente, queremos justiça social, queremos liberdade e paz para viver e nos tornamos um país decente. Basta de divisões, de ódios, de mentiras sem fim! Política e partidos são necessários, mas não estamos a serviço de nenhuma classe política ou de qualquer partido, mas, ao contrário, é a classe política e os partidos que devem estar a serviço do seu povo.

Estrela Matutina - Caderno 1 - Jan/Fev de 2023 3
Não queremos ideologias, queremos empregos para a nossa gente, justiça social, liberdade e paz para viver e nos tornamos um país decente.

Orando com os Salmos

Salmo 140 (141) 1-9

Oração nas dificuldades da vida

1 Senhor, eu clamo por vós, socorreime; quando eu grito, escutai minha voz!

2 Minha oração suba a vós como incenso, e minhas mãos, como oferta da tarde!

3 Ponde uma guarda em minha boca, Senhor, e vigias às portas dos lábios!

4 Meu coração não deixeis inclinarse às obras más nem às tramas do crime; que eu não seja aliado dos ímpios nem partilhe de suas delícias!

5 Se o justo me bate é um favor; † porém jamais os perfumes dos ímpios sejam usados na minha cabeça! Continuarei a orar fielmente, enquanto eles se entregam ao mal!

Catequese

A CATEQUESE DE MÃOS DADAS COM A LITURGIA (PARTE III)

6 Seus juízes, que tinham ouvido † as suaves palavras que eu disse, do rochedo já foram lançados.

7 Como a mó rebentada por terra, † os seus ossos estão espalhados e dispersos à boca do abismo.

8 A vós, Senhor, se dirigem meus olhos, em vós me abrigo: poupai minha vida!

9 Senhor, guardai-me do laço que armaram e da armadilha dos homens malvados!

Glória ao Pai, ao Filho, e ao Espírito Santo Como era no princípio, agora e sempre. Amém!

COMENTÁRIO DO SALMO

Quão distante no tempo essas palavras escritas, essa oração pronunciada pelo Salmista, mas quão atual ainda a nós neste tempo que vivemos. Quantas oportunidades e situações se nos apresentam hoje para que vivamos como pessoas inimigas de Deus, agindo como o ímpio citado pelo salmista.

Como diz o autor da oração, melhor ser atingido pela maldade do ímpio do que viver seu estilo de vida.

A religião, a fé, sempre nos lembra da importância de revermos nossa vida diante de Deus, se estamos caminhando como amigos de Deus ou como inimigos.

rezar, suplicando a Deus para que não nos deixemos contaminar pelo mal. Assim dizemos no Pai Nosso, onde Jesus nos ensina a rezar: “Não nos deixes cair em tentação, mas livra-nos do mal”.

Se iniciamos um novo ano e desejamos ter uma vida nova, devemos começar pelo nosso relacionamento com Deus, que se reflete no nosso modo de agir e de pensar.

Continuando à série de artigos que viemos tratando em 2022 sobre a estreita e indispensável relação entre a catequese e a vida litúrgica da comunidade de fé e vice-versa, neste artigo trataremos sobre dois dos ritos de entrega que deverão ser vivenciados na primeira etapa de preparação para o sacramento da Eucaristia: a entrega da Palavra e a entrega da Oração do Senhor.

A) ENTREGA DA PALAVRA (BÍBLIA)

Se discípulo é aquele que se deixa ensinar. O catequizando, qual discípulo por excelência, precisa deixar-se ensinar tendo como primeiríssimo manual a Palavra de Deus.

Se em outros tempos o catecismo e outras fontes eram o principal meio de formação dos catequizandos, agora a Palavra de Deus será o manual dos manuais, a fonte primeira e fundamental. Como conhecer Cristo ignorando a sua Palavra?

Sendo assim, essa entrega da Palavra, quando cada catequizando recebe uma bíblia para tê-la e assim acompanha-lo em todo seu itinerário catequético e depois vida adentro, será a oportunidade dele, sua família e a comunidade toda, compreender a importância que a Palavra de Deus tem em sua vida.

Destaque seja feito aqui ao manual de catequese “Crescer em Comunhão”, que estrutura os seus Encontros, começando sempre com uma leitura orante da Palavra de Deus, exatamente para ir formando os catequizandos para o entendimento de que a Bíblia é o livro primeiro de sua formação e que deverá acompanha-lo sempre. A bíblia então passa a ser não apenas um livro de consulta ou um ornamento de mesas e armários, mas base de todo edifício formativo daquele que é discípulo de Cristo.

Igualmente na primeira etapa de preparação para a recepção do Sacramento da Eucaristia, está prevista a entrega da Oração do Senhor, o Pai-Nosso.

Juntamente com a Palavra de Deus, a Oração do Senhor, que é parte dessa palavra, irá constituir a base sobre a qual será feita a formação espiritual dos catequizandos.

O Pai-Nosso é chamado de Oração do Senhor, pois é a prece dirigida ao Pai que nos foi ensinada e legada pelo Senhor Jesus. Esta oração está totalmente baseada em nossa realidade cotidiana, e todas as nossas necessidades estão nela expressadas. O Papa Francisco, em 2018, disse em uma das suas Audiências Gerais: “ a oração do Pai-Nosso afunda as suas raízes na realidade concreta do homem. Por exemplo, faz-nos pedir o pão de cada dia: pedido simples, mas essencial, o qual diz que a fé não é uma questão “decorativa”, separada da vida, que intervém quando todas as outras necessidades foram satisfeitas”

Na medida que os catequizandos forem habituados a rezar esta oração, eles estarão interiorizando o resumo de todo Evangelho de Jesus Cristo. Farão a experiência de se sentirem filhos e filhas, irmãos e irmãs. A vida cristã está condensada nesta prece.

Será importante rezá-la em todos os encontros catequéticos e motivar para que essa oração seja rezada todos os dias em casa, com a família, antes de iniciar alguma atividade e também na sua conclusão, etc.

Então com essa entrega, pretende-se marcar no coração de cada catequizando, as palavras ensinadas por Jesus e que ele quis colocar em nossos lábios. É o próprio desejo de Deus colocado em nós.

Organizado por:

O autor do Salmo 140 nos ensina a Marcelo S. de Lara PASCOM

ANIVERSARIANTES

FEVEREIRO MARÇO

NASCIMENTO

12.02.1963 – Dom Walter Jorge Pinto

12.02.1972 – Pe. Antônio C. Rodrigues

17.02.1954 – Pe. Aquiles Ramos Berton

ORDENAÇÃO

05.02.2022 – Diác. Douglas da S. Ribasz

07.02.1982 – Diácono Ulysses A. Sebben

07.02.1982 – Diácono Walfrido Polsin

07.02.2015 – Pe. Sérgio Luis R. Nunes

14.02.1987 – Pe. Iomar Otto

17.02.2001 – Pe. Antônio C.Rodrigues

18.02.2017 – Pe. Marcelo Antonio Rosa

21.02.2009 – Pe. João Ari Schulz

06.03.1977 – Instalação da Diocese

NASCIMENTO

12.03.1953 – Pe. José Levi Godoy

ORDENAÇÃO

09.03.1991 – Pe. Alcione Zanin

09.03.1975 – Pe. Alfredo Celestrino dos Santos, MS

17.03.2007 – Pe. Joviano José Salvatti

25.03.2017 – Pe. João Francisco Sieklicki

30.03.2019 – Dom Walter Jorge Pinto

Ter a própria Bíblia é uma experiência muito importante para cada catequizando. Incentivar então para o seu uso durante os encontros de catequese e também no cotidiano da vida familiar, será de grande valia para que a vida cristã possa se desenvolver cada vez mais.

B) ENTREGA DA ORAÇÃO DO SENHOR

4 Estrela Matutina - Caderno 1 - Jan/Fev de 2023
Da mão do anjo, subia até Deus a fumaça do incenso, com as orações dos santos (Ap 8,4).
Pe. Sidnei J. Reitz Assessor da Pastoral Catequética

Seminarista será ordenado Diácono, em fevereiro

cação do padre, mas para quem sentia tal vocação”, comentou Cristian.

Da cidade de Antonio Olinto, da Paróquia São José, nascido na Lapa, filho de Jaime Boniatti e Liselote Teresinha Majolo Baniatti, tendo por irmã, Sabrina Majolo Boniatti dos Santos, o seminarista Cristian Majolo Boniatti será ordenado Diácono no dia 25 de fevereiro, às 10h, na igreja Catedral, em União da Vitória, onde está realizando seu Estágio Pastoral.

Atualmente com 30 anos de idade, Cristian ingressou no Seminário, em União da Vitória, em 2016. Estudou 2 anos de Filosofia, 4 anos de Teologia e está há um ano em Estágio Pastoral, na igreja Catedral. Cristian é também formado em Agronomia pela Universidade do Estado de Santa Catarina, graduação que realizou antes de ingressar no Seminário.

Segundo conta, o desejo de ser padre foi para ele uma surpresa. De algo que nunca havia pensado, mesmo tendo contato com a Igreja em Grupos de Jovens, por volta dos 22 anos começou a sentir um afeto maior para o Ministério Sacerdotal, que tomava conta de seu pensamento e sentimento. “Foi uma surpresa grande em minha vida; nem eu imaginava e nem pessoas que conviviam comigo, a não ser minha mãe, que rezava por isso, mas sempre deixando liberdade para eu seguir meu caminho. Tudo começou quando me aproximei da Igreja por uma comunidade de jovens, quando morava em Avaré – São Paulo, depois de uma juventude afastada da fé, mas mesmo assim não imaginava, e estava namorando. Eu achava bonita a vo-

Foi em seu retorno ao Paraná, participando de encontros de jovens e se aprofundando no que consistia a vida sacerdotal, que sentindo mais forte tal apelo, buscou discernir melhor sua vocação. “De uma admiração distante se mostrou para mim como uma possibilidade, com o que me diziam e eu sentia em minhas orações. Morando em Pato Branco, fui convidado, de Antonio Olinto para um Congresso Jovem da Renovação, em Francisco Beltrão. No encontro tudo me falava no sentido vocacional e foi o Dia ‘D’ para mim. Vi que precisava discernir melhor. Fiz um encontro vocacional no Seminário de União da Vitória, conversei muito com o padre Sidnei, na época reitor, e com o padre Antonio Carlos, pároco em Antonio Olinto, e decidi dar o passo na fé de entrar no Seminário, e nesses sete anos que se passaram senti que era um chamado divino, o qual eu não dei atenção durante 23 anos de minha vida”, atestou o seminarista.

Passado um ano de Estágio Pastoral na igreja Catedral, Cristian comenta que teve muita abertura dos padres que o acompanham na

igreja para pôr seus dons em prática, além do amadurecimento no convívio com a Comunidade. “Fui muito bem acolhido pelas pessoas e pelos padres da Catedral, que me deram abertura para pôr meus dons em prática. O Estágio Pastoral nos faz ter os ‘pés no chão’ e conciliar o que estudamos com o que vivemos na prática”, disse ele.

Para sua Ordenação Diaconal, Cristian escolheu como lema: “Eis que venho, Senhor, com prazer faço a vossa vontade” (Sl 39), expressando que a vontade de Deus em sua vida também se tornou a sua. “Desde a filosofia o tema da Vontade de Deus me chamou a atenção e quando me perguntava porque ser padre, pensava que devia ser porque me parecia ser a vontade de Deus, e aos poucos se tornou também a minha. Mas, não a fazendo como um fardo, mas com prazer, pois vindo de Alguém que me ama, é a melhor coisa para mim”, conclui ele.

Ordenado Diácono, Cristian exercerá este Ministério em alguma das Paróquias da Diocese, até a sua ordenação sacerdotal, que pode se dar ainda neste ano.

COMO SER PADRE?

A vocação ao Sacerdócio é Dom de Deus e é chamado de Deus. Deus chama muitos jovens a viver uma

vida celibatária, dedicando sua vida totalmente ao trabalho da Igreja. Esse chamado, jovem, pode estar no seu coração, mas é preciso se ajudar para ouvi-lo. Uma vida agitada, cheia de preocupações e ocupações pode dificultar para você ouvir a voz de Deus, que se dá sentindo forte o coração bater ao pensar em ser padre. É como um apaixonar-se.

O Seminário Diocesano Rainha das Missões, em União da Vitória oferece duas vezes ao ano Encontros Vocacionais, em julho e em novembro para ajudar a você discernir melhor a vocação. Manter uma vida de oração individual, uma intimidade com Deus e participar da sua Paróquia, sua Comunidade, o ajuda muito a perceber por qual vocação seu coração bate mais forte.

Neste ano, o Seminário Diocesano inicia o Ano Letivo e Formativo no dia 13 de fevereiro, com 15 seminaristas. A Aula Inaugural do Instituto se dará no dia 09 de fevereiro. Um novo vocacionado ingressa neste ano na etapa do Propedêutico, sendo ele: Erik Staniszewski, da Paróquia São Mateus, de São Mateus do Sul. E ainda, dois outros que concluíram os estudos estarão no Estágio Pastoral: Seminarista Daniel da Rosa e Frei Kláubio, do Instituto Franciscano.

5 Estrela Matutina - Caderno 2 - Jan/Fev de 2023
Seminarista Cristian estava fazendo Estágio Pastoral, na Catedral

Leigos da Diocese e de todo o Paraná participaram da Missão ‘Jesus no Litoral’

Foram dez dias de Missão desde o dia 28 de dezembro a 06 de janeiro, em que jovens carismáticos das 18 dioceses do Paraná se deslocaram até o litoral Paranaense para anunciar o amor de Deus. Formações, arrastões de evangelização na praia, missas diárias, oração, adoração, procissão luminosa pelo calçadão, pregações para os banhistas e muito contato com moradores e veranistas no Litoral, marcaram e animaram a edição 2022/2023.

“O objetivo da missão é anunciar o amor de Deus a todos e propagar o batismo no Espírito Santo, levando as pessoas a uma experiência com o Senhor em um momento de lazer”, disse Cristiane Ferraz, uma das participantes.

Da Diocese de União da Vitória estiveram as seguintes pessoas: da cidade de Antonio Olinto: Luiz Izaudo Volochen e Cristian Majolo Boniatti (seminarista); de São Mateus do Sul: Marciana Olivia Drobinheski, Cláudia dos Santos Chaves e Samuel Guimarães; da cidade de Rebouças: Paola Rocio Andrade Cavalheiro, Maurício dos Santos Júnior e Gustavo Henrique Santana (seminarista); de Rio Azul: Claudinei Messias dos Santos; de General Carneiro: Camila Cristina Ramos.

Para o seminarista Cristian, participante pela primeira vez da Missão lhe agradou muito ver a organização do evento e perceber a necessidade dele naquele ambiente, e mesmo em alguns momentos de cansaço físico, sentia a satisfação interior por ser um missionário junto aos demais. “É uma missão muito bem pensada, gerida, bem feita e muito conveniente. Eu que pensava que nossa presença em algum ambiente poderia não ser bem aceita, me surpreendeu. É um toque de Deus esta Missão”, disse ele.

O seminarista ainda destacou momentos que marcaram sua primeira experiência, entre elas o contato com moradores de rua. “Sempre passei a virada de ano com minha família, e neste ano, participando da Pastoral de Rua, indo ao encontro de catadores de papelão, pessoas em situação de alcoolismo, ou situação de miséria

e encontra-los naquela noite da Virada levando conversa, comida material e espiritual foi muito marcante, assim como o Terço Luminoso pelas ruas vendo o quanto a Oração impactava as pessoas, e a abordagem dos veranistas na praia percebendo a aberturas delas para ouvirem falar de Deus foi muito marcante”, complementou Cristian. Também outro seminarista que participou pela primeira vez foi Gustavo Santana. Segundo ele, a experiência o fortaleceu na sua relação com Deus e sua vocação. “Ela foi muito enriquecedora. Pude viver o amor de Deus em mim anunciando ele para outras pessoas. Também vocacionalmente isso me fortaleceu e me amadureceu. Sou muito grato a Deus e às pessoas que me convidaram”, externou o jovem.

A Missa de 30 de dezembro foi presidida pelo padre Padre João Francisco Sieklicki, assessor da RCC na Diocese. Também nela estava o seminarista Daniel da Rosa.

Ainda nos dias 11 e 12 de janeiro se deu a Celebração dos 20 anos da Missão Jesus no Litoral, que contou com a presença de Ivone Magnani Pasquali, de São Mateus, secretária da RCC do Paraná que esteve também com sua neta Ana Laura; a senhora Zane Ivankio, da RCC de União da Vitória, e Liliane Santana, a qual fez parte da missão em anos anteriores, coordenando duas das edições.

A missão Jesus no Litoral (JNL) iniciou-se há 20 anos a partir da iniciativa de alguns jovens da Renovação Carismática Católica (RCC) que estavam passando as férias em Matinhos - PR e inspirados por Deus enxergaram naquele espaço um campo de missão. O projeto foi acolhido pelas lideranças da RCC da época, pelas autoridades da cidade e pela Diocese de Paranaguá.

Informações: Camila Ramos e Cristiane Ferraz Fotos: Ministério da Comunicação Social da RCC

Paróquia São Mateus repõe imagens, após vandalismo na Igreja em 2022

No dia 08 de janeiro, Celebração Litúrgica da Festa da Epifania do Senhor, a Paróquia São Mateus, de São Mateus do Sul, apresentou aos fiéis durante a celebração da missa algumas das novas imagens que formam adquiridas pela Paróquia para repor as quebradas pelo vandalismo, ocorrido no dia 10 de outubro de 2022.

As imagens substituídas são: do Sagrado Coração de Jesus; de São José; São Pedro; São Paulo; de Nossa Senhora Aparecida; Santa Terezinha do Menino Jesus; do Cristo Ressuscitado e a de Nossa Senhora da Assunção, em um dos altares principais na lateral do Presbitério, sendo copadroeira da Paróquia.

O total de imagens quebradas pelo autor do delito foram de vinte e oito: contudo, segundo informações de lideranças da Comunidade Paroquial, foram adquiridas as imagens que são utilizadas nas principais Festas Litúrgicas na Paróquia e em toda a Igreja.

Todo o investimento na aquisição dessas imagens, chegou aproximadamente a 50 mil reais, valor levantado pela Paróquia por meio de rifas e recebimento de doações de fiéis e de outros colaboradores.

Ainda falta ser confeccionada a imagem de São Mateus, padroeiro da Paróquia, e a imagem Centenária de Nossa Senhora das Graças, a qual será restaurada, sem previsão de conclusão até o fechamento desta matéria.

Durante a Celebração as imagens foram abençoadas, incensadas e aspergidas com a água benta, dentro de um Rito próprio para a Consagração de imagens Sacras, servindo aos fiéis como recordação daqueles que em vida nos mostraram o caminho até Deus e como objetos de devoção.

6 Estrela Matutina - Caderno 2 - Jan/Fev de 2023

Irmãs Franciscanas da Sagrada Família

celebram Bodas de Vida Religiosa

Atuantes na Diocese de União da Vitória, as Irmãs Franciscanas da Sagrada Família de Maria desenvolvem hoje trabalhos nas paróquias de Bituruna, São João do Triunfo, Rio Azul e Rebouças.

Outras Irmãs desta Congregação atuam em outros Estados, mas são nascidas e possuem raízes na Diocese.

No dia 15 de janeiro, quatro religiosas naturais da Diocese de União da Vitória, celebraram Bodas de Vida Consagrada, em uma celebração na Paróquia Santo Estanislau, em Curitiba, em missa presidida pelo padre Alex, da Diocese de Jacarezinho, que pregou o Retiro para elas naquela semana. Da Diocese, padre Ronaldo, de São João do Triunfo e padre Emerson de Toledo, da Paróquia do Rocio, estiveram na celebração.

As religiosas que celebraram bodas foram:

Irmã Oliva Nalon, de Bituruna, 60 anos de Vida Religiosa; Irmã Madalena Cebuliski, de Rebouças, 25 anos de Vida Religiosa; Irmã Mari Inês Goreski, de Rio Azul, 25 anos de Vida Religiosa; e Irmã Ivone Orchel, da Comunidade de Coxilhão das Ameixeiras – São João do Triunfo, também 25 anos de Vida Religiosa.

Para Imã Madalena, que atua hoje na Paróquia do Bom Jesus, em Mandirituba, e celebrou os 25 anos de Vida Religiosa, celebrar o Jubileu é renovar seu compromisso com o Senhor e agradecer a todos que fizeram parte de sua caminhada. “Agradeço a vida de minha comunidade Conceição de Baixo, onde recebi os Sacramentos, meus pais e irmãos. Nos dias 02 a 04 de fevereiro, às 19h, faremos nessa Comunidade o Tríduo Preparatório para o dia 05 de fevereiro, onde teremos com nosso bispo diocesano, a missa de Ação de Graças pelo meu Jubileu”, partilhou Irmã Madalena.

Ainda dos dias 09 a 12 de fevereiro, um tríduo será celebrado na Paróquia de Rio Azul, com missa solene no dia 12, às 10h, onde essas Irmãs festejarão seu Jubileu juntas na Diocese. Também a Irmã Elizabeth Surmaz, natural de Rio Azul celebrará neste dia 80 anos de Vida Consagrada.

Irmã Ivone Orchel, que hoje está em Brasília – DF, disse que o Jubileu é um momento de confirmar a vocação. “É bom servir a Deus e às pessoas. A Vida Religiosa é uma caminhada também para a Santidade confirmando nosso Batismo. Agradeço aos padres da Diocese que sempre me animaram na vocação”, testemunhou ela.

Paróquia Nossa Senhora de Fátima faz 50 anos

Tudo começou em fins de 1960, quando Dom Antonio Mazzaroto, Bispo Diocesano de Ponta Grossa, mandou adquirir um terreno no então bairro das Casas Populares, em União da Vitória, devendo ser construída uma capela em honra a Nossa Senhora de Fátima e São Bernardo. A pedra fundamental da futura Capela foi lançada no dia 24 de setembro de 1961.

A criação mesma da Paróquia se deu com o novo bispo de Ponta Grossa na época, Dom Geraldo Micheletto Pellanda, no dia 11 de janeiro de 1973, e sua Instalação e Tomada de Posse do primeiro padre, em 18 de fevereiro de 1973.

Transferido da Paróquia Sagrado Coração de Jesus, hoje igreja Catedral, em União da Vitória, padre Ladislau Maibuk, foi o primeiro sacerdote a assumir a paróquia. Com sua morte em 05 de janeiro de 1976, o Bispo Diocesano designou o Padre Estevão Hubert para atender a Paróquia, sendo nomeado vigário definitivamente em 12 de fevereiro do mesmo ano.

Quando em 1976, foi criada a Diocese de União da Vitória, a Paróquia Nossa Senhora de Fátima estava em plena atividade, com leigos em formação nas Pastorais, Movimentos como: MECEs, catequistas, jovens, zeladores/as de capelinhas, e outros. Nesse tempo também o trabalho dos primeiros padres junto com as lideranças na construção da Casa e do Salão Paroquial foi muito bem desenvolvido.

Outros padres que ainda passaram pela Paróquia foram: Padre Abel Zastawny, Padre Aquiles Ramos Berton, Padre Mário Glaab, que novamente atua na Paróquia tendo o padre José Chipanski como colaborador; Padre Cláudio Braciak, padre

Iomar Otto.

Dois Diáconos Permanentes foram também ali ordenados: Diácono Marcos Antonio Benvenutti, e Diácono Valdemir Velten. Atendendo hoje a Capela no Bairro Dona Mercês, a paróquia teve também como Capela em anos anteriores a Paróquia São Judas Tadeu, criada em 2001

Para comemorar essa bonita caminhada de Evangelização da Paróquia, uma festividade está programada para o dia 18 de fevereiro, com missa às 19h e um jantar por adesão, no Salão Paroquial. Um Tríduo preparatório foi também programado com celebrações às 19h, presididas pelo padre Abel, no dia 15; padre Aquiles, no segundo dia, e padre Iomar, no terceiro dia.

Louvamos a Deus pela bela caminhada que essa Paróquia com suas alegrias e dificuldades vem construindo nesse tempo, sendo Canal de Graças para os fiéis, de encontro e comunhão como Deus.

7 Estrela Matutina - Caderno 2 - Jan/Fev de 2023
Da esquerda para a direita: Pe. Emerson, Ir. Ivone, Pe. Ronaldo, Ir. Madalena e Ir. Mari A Paróquia fica no Bairro São Bernardo, em União da Vitória

Tema da CF é abordado pela terceira vez pela Igreja do Brasil

Com início na Quarta-feira de Cinzas, neste ano dia 22 de fevereiro, a Campanha da Fraternidade 2023 traz como tema: ‘Pão em todas as mesas’, e o Lema que é uma ordem de Jesus aos seus discípulos: “Dai-lhes vós mesmos de comer” (Mt 14,16). “É vocação, graça e missão da Igreja responder ao chamado e cumprir a ordem de Jesus. A fome é um instinto natural de sobrevivência presente em todos os seres vivos. Contudo, na sociedade humana, a fome é uma tragédia, um escândalo, é a negação da própria existência”.

Pela terceira vez a fome é tratada pela Igreja no Brasil na Campanha da Fraternidade, no ano que foi precedido pelo 18º Congresso Eucarístico Nacional, realizado em Recife, em novembro de 2022. A primeira foi em 1975, com o tema ‘Fraternidade é repartir’ e o lema Repartir o pão’, no clima do Ano Eucarístico que precedeu o Congresso Eucarístico Nacional de Manaus, que trazia o mesmo tema e lema e desejava intensificar a vivência da Eucaristia em nosso povo. A segunda foi em 1985, outro Ano Eucarístico, desta vez em preparação para o Congresso Eucarístico de Aparecida, com o lema ‘Pão para quem tem fome’.

EXPLICAÇÃO DO CARTAZ

O cartaz da Campanha escolhido foi produzido por Luiz Lopes Jr., de Brasília (DF) e traz a seguinte explicação: “Nele vemos o mapa do Brasil, país considerado o celeiro do mundo, mas que carrega uma grande contradição: a fome é real e atinge hoje cerca de 33,1 milhões de Brasileiros. Em destaque contemplamos as mãos que repartem e dão vida a solidariedade guiada pela fé. O arroz e o feijão, alimento do povo, passam pelas mãos de homens e mulheres que sabem que a solução do problema da miséria e da fome não está somente nos recursos financeiros, mas na vida fraterna. Ninguém deve sofrer com a fome quando realmente vivemos como irmãos e irmãs. Eis o convite: “Dai-lhes vós mesmos de comer” (Mt 14,16) ”. A Coleta Nacional da Solidariedade, da C.F será no dia 02 de abril, Domingo de Ramos.

ORAÇÃO DA CF 2023

Pai de bondade, ao ver a multidão faminta, vosso Filho encheu-se de compaixão, abençoou, repartiu os cinco pães e dois peixes e nos ensinou: “dai-lhes vós mesmos de comer”. Confiantes na ação do Espírito Santo, vos pedimos: inspirai-nos o sonho de um mundo novo, de diálogo, justiça, igualdade e paz; ajudai-nos a promover uma sociedade mais solidária, sem fome, pobreza, violência e guerra; livrai-nos do pecado da indiferença com a vida. Que Maria, nossa mãe, interceda por nós para acolhermos Jesus Cristo em cada pessoa, sobretudo nos abandonados, esquecidos e famintos. Amém!

O HINO DA CF. 2023

Os autores do hino são Clark Victor Frena, de 17 anos, natural de Itajaí (SC) e que está no 3º ano do Ensino Médio, na etapa do Seminário Menor. E Geovan Luiz Alberton, de 23 anos, natural de Ipumirim (SC) e que está na etapa do propedêutico. Os dois residem no Seminário São José, em Rio Negrinho (SC).

Outros Materiais acesse o QR Code e veja no Site da Diocese.

Fonte: Site da CNBB

Más decisões políticas aumentam o quadro da fome

Pesquisa realizada pela Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Rede PENSSAN), com execução do Instituto Vox Populi, e apoio e parceria da Oxfam Brasil, Ação da Cidadania, ActionAid Brasil, Fundação Friedrich Ebert Brasil, Ibirapitanga e Sesc, atesta que a insegurança alimentar tem se agravado no Brasil, e a fome esteve ainda mais presente na vida dos brasileiros em 2022.

A FOME JÁ ATINGE 33,1 MILHÕES DE PESSOAS.

As razões são conhecidas: aprofundamento da crise econômica, segundo ano da pandemia de covid-19 e a continuidade do desmonte de políticas públicas que promoviam a redução das desigualdades sociais da população.

A

FOME NÃO TEM HORA, MAS TEM LUGAR

A insegurança alimentar cresceu em todo o país, mas as desigualdades regionais seguem acentuadas. As regiões Nordeste e Norte são as mais afetadas pela fome.

Enquanto no Brasil temos 15,5% dos domicílios com pessoas passando fome, no Norte esse índice sobe para

25,7%, e no Nordeste, 21%.

Na Região Sul o percentual de pessoas que passam fome é de 9,9% da População.

A escalada da fome é de responsabilidade das más escolhas políticas de negação e da ausência de medidas efetivas de proteção social.

Informações e Imagens da OXFAM BRASIL

8 Estrela Matutina - Caderno 2 - Jan/Fev de 2023

ORIENTAÇÕES LITÚRGICAS TEMPO DA QUARESMA

TEMPO PARA ACREDITAR

“A Quaresma é uma viagem que envolve toda a nossa vida, tudo de nós mesmos. É o tempo para verificar as estradas que estamos percorrendo, para redescobrir o vínculo fundamental com Deus, do qual tudo depende. A Quaresma não é compor um ramalhete espiritual; é discernir para onde está orientado o coração. Tentemos saber: Para onde me leva o “navegador” da minha vida, para Deus ou para mim mesmo? Vivo para agradar ao Senhor, ou para ser notado, louvado, preferido? Tenho um coração “dançarino” que dá um passo para a frente e outro para trás, amando ora o Senhor ora o mundo, ou um coração firme em Deus? Sinto-me bem com as minhas hipocrisias ou luto para libertar o coração da simulação e das falsidades que o têm prisioneiro? ” (Papa Francisco).

1º DOMINGO DA QUARESMA

Jesus afirma que não é lícito pôr Deus à prova; não é permitido prestar culto a um outro deus; não se pode decidir por si mesmo o próprio destino. A última referência de todo crente é a Palavra que sai da boca do Senhor. Eis o programa do nosso caminho espiritual. Também nós somos chamados a atravessar o deserto de cada dia, enfrentando as tentações que aparecem para nos afastar de Deus e imitar a atitude do Senhor, que se volta, decisivo, para a obediência à palavra do Pai do céu.

2º DOMINGO DA QUARESMA

Transfigurado no monte Tabor, o Senhor quis mostrar aos seus discípulos a sua glória, não para evitar que eles passassem pela dor da cruz, mas para indicar onde carregar a cruz. Quem morre com Cristo, com Cristo ressuscitará, e a cruz é a porta da Ressurreição. Quem luta junto Dele, com Ele triunfará. Eis a esperança que a cruz de Jesus contém, exortando à fortaleza na nossa existência.

3º DOMINGO DA QUARESMA

A sede de Cristo é uma porta de acesso para o mistério de Deus, que se fez sedento para nos saciar, assim como se fez pobre para nos enriquecer. Sim, Deus tem sede da nossa fé e do nosso amor. Como um Pai bom e misericordioso deseja para nós todo o bem possível e esse bem é Ele mesmo. Abramos o coração à escuta confiante da Palavra de Deus para encontrar, como a Samaritana, Jesus que nos revela o seu amor e nos diz: o Messias, o teu Salvador “sou Eu, que falo contigo”.

DOMINGO DA QUARESMA

Deus está conosco, e é por isso que hoje, nos “alegramos”: “Alegra-te, Jerusalém”, diz no início da Missa, porque Deus está conosco. Ele nos ajuda no caminho da cura, nos pega pela mão e nunca nos deixa sozinhos, nunca! Temos muitas tristezas, mas quando somos verdadeiros cristãos, temos aquela esperança, a qual é uma pequena alegria que cresce e nos dá segurança. E nós temos a verdadeira e grande esperança em Deus Pai, que nos ofereceu o seu Filho para nos salvar, e esta é a nossa alegria.

5º DOMINGO DA QUARESMA

“Sim, Senhor. Eu acredito que Tu és o Messias, o Filho de Deus que devia vir

a este mundo” (Jo 11,27). Como Marta, a irmã de Lázaro, também nós queremos renovar a nossa fé em Jesus e a nossa amizade a Ele. Através da Sua morte e ressurreição nos é comunicada a vida plena no Espírito Santo. É a vida divina que pode transformar a nossa existência em dom de amor a Deus e aos irmãos.

ORIENTAÇÕES LITÚRGICAS

Sobriedade: As Celebrações na Quaresma devem ser sóbrias e simples, no modo de expressar e também na ornamentação. Devem ser marcadas pelo recolhimento, Penitência, e processo de conversão, ajudando os fiéis a viverem o Espírito da Quaresma. O aspecto festivo seja reservado para a noite da Páscoa.

Preparação: Orienta-se que as Equipes de Liturgia façam a Leitura Orante da Bíblia, meditando a Palavra de Deus para cada celebração. Na Celebração da Palavra ou Celebração Penitencial estar atentos à escolha de Cantos próprios para a Quaresma.

Celebrações Penitenciais, como procissão, ou um rito para receber a Confissão, deve-se iniciar com momentos de oração, de recolhimento da equipe. Quando for na rua, sejam celebrações que levem, além da Oração de um Terço, à uma meditação da Palavra, motivando à conversão e reconciliação com o próximo.

Leituras: Não se deve mudar, substituir leituras no Tempo da Quaresma, seja nas Missas, Celebrações da Palavra ou outra qualquer, pois elas seguem uma sequência. Os Domingos do Tempo da Quaresma têm Leituras próprias.

CANTOS QUARESMAIS

Entrada: O povo de Deus; Senhor, eis aqui o teu povo; Javé, o Deus dos pobres; Senhor, quem entrará; Eis o tempo de conversão; Volta, meu povo, ao teu Senhor.

Aclamação: Palavra de Salvação; Pela Palavra de Deus; Fala Senhor; Eu vim para escutar; Envia tua Palavra; Escuta Israel; Louvor a Vós, ó Cristo, Rei da eterna glória; Louvor e Glória a Ti, Senhor.

Ofertório: Eis o tempo de conversão; Ofertas singelas; Um coração para amar; Sabes Senhor; Quero ver no meu irmão; Este pranto em minhas mãos; Sê bendito, Senhor; Recebe, Deus amigo; Eu quis comer esta Ceia; A mesa santa.

Comunhão: A ti meu Deus; Bem-vindos a mesa do Pai; Prova de amor; Não pode faltar a Palavra; Eu vim para que todos tenham vida; Desamarrem as sandálias; Aonde iremos nós; Agora o tempo se cumpriu; Tanto Deus amou o mundo.

Envio: Bendita e louvada seja; Pecador, agora é tempo; O Povo de Deus; Hino da Campanha da Fraternidade 2023; Segura na mão de Deus; Vitória, tu reinarás.

9 Estrela Matutina - Caderno 1 - Jan/Fev de 2023 Pe. Alisson M. de Moura Seminário Propedêutico
Liturgia
10 Estrela Matutina - Caderno 1 - Jan/Fev de 2023
Jozeane Zbitkowski Catequista

As Leis da Igreja e na Igreja

O Sacramento da Penitência

Assim descreve o Código de Direito Canônico:

“No sacramento da penitência, os fiéis que confessam seus pecados ao ministro legítimo, arrependidos e com o propósito de se emendarem, alcançam de Deus, mediante a absolvição dada pelo ministro, o perdão dos pecados cometidos após o batismo, e ao mesmo tempo se reconciliam com a Igreja, à qual ofenderam pelo pecado”. (Cân. 959).

Assim sendo, é considerado importante a prática penitencial, onde busca-se a reconciliação com Deus e com Igreja. O pecado fere a comunhão do batizado com Deus e com a Igreja.

TRÊS ATOS ESSENCIAIS DO PENITENTE:

1. A contrição que implica tanto a dor (permite exprimir o arrependimento profundo e doloroso, pungente - capaz de ferir, perfurar o orgulho - pelos pecados cometidos e o desejo de remissão diante de Deus).

2. O arrependimento livre e consciente dos pecados cometidos com o propósito de corrigir-se;

3. A confissão sacramental dos pecados. Portanto, o sacramento da penitência é o ato de aproximar-se de um sacerdote (Padre ou Bispo) e confessar todos os pecados cometidos (pensamentos, palavras, atos, omissões, especialmente os pecados graves, onde se tem a obrigação de confessá-los; quanto aos pecados veniais, o CDC no Cân. 988 §2 diz que se recomenda confessá-los), após um bom exame de consciência. Não é adequado que na confissão se tirem dúvidas, peçam-se conselhos e se façam direções espirituais.

Pecados graves e veniais (leves)

Pecados graves constituem uma situação de ruptura do ser humano com Deus. Se vive como “inimigo” de Deus. Só Deus pode restituir-lhe a vida da graça. Para isso é necessário o sacramento. Para que um pecado seja mortal, requerem-se, em simultâneo, três condições: ter por objeto uma matéria grave, e ser cometido com plena consciência (saber) e intenção (querer). Quando a vontade se deixa atrair por uma coisa de si contrária à caridade, pela qual somos conduzidos para o nosso fim último, o pecado, pelo seu próprio objeto, deve considerar-se mortal, quer seja contra o amor de Deus (como a blasfêmia, falso juramento, etc.), quer contra o amor do próximo (como o homicídio, o adultério, etc). A matéria grave é precisada pelos dez Mandamentos, segundo a resposta que Jesus deu ao jovem rico - (Mc 10, 18).

Pecados veniais

São atos incoerentes, de alguém que vive numa situação de amizade com Deus, mas por fragilidade humana, não corresponde plenamente ao amor divino. Reconhece-se ao mesmo tempo, santo e pecador. Por estes, enfraquece-se a caridade, traduz um afeto desordenado aos bens criados, impede o progresso da pessoa no exercício das virtudes e na prática do bem. O pecado venial livre e consciente não seguido de arrependimento, dispõe, pouco a pouco, o pretexto a cometer o pecado mortal. No entanto, não se quebra a aliança com Deus e é humanamente reparável com a graça de Deus. Não priva da graça santificante, da amizade com Deus, da caridade, nem, portanto, da salvação.

Pecado contra o Espírito Santo não tem perdão?

Não há limites para a misericórdia de Deus, mas quem recusa livre e conscientemente receber a misericórdia de Deus, pelo arrependimento, rejeita o perdão dos seus pecados e a salvação oferecida pelo Espírito Santo. Tal endurecimento pode levar à perdição eterna. (Leia Mt 12, 31).

Família, Serviço e Virtudes foram temas no Encontro dos Coroinhas

Um grupo de 15 meninos e meninas, sendo eles Coroinhas e Acólitos da Paróquia Nossa Senhora do Rocio, de União da Vitória, participaram de um Retiro Anual programado pela Coordenação Paroquial dos Coroinhas, no dia 22 de janeiro.

Formação, espiritualidade, gincana bíblica, brincadeiras formativas e ótima convivência fortaleceram o Grupo, que presta um belo serviço ao altar nas Missas e outras Liturgias na Paróquia. “Quis saber se vai ter mais um encontro assim neste ano”, disse um dos Coroinhas, participando pela primeira vez e satisfeito com o encontro.s

O espaço formativo foi oferecido por dois seminaristas do Seminário Diocesano, e por um Leigo do Movimento do Mini TLC.

O Seminarista Cristian Boniatti abordou o tema do Servir, dizendo como Jesus, enquanto Cordeiro de Deus e Servo de Deus ajuda a entender melhor o que é a Missa e como servir melhor nela; Seminarista Ademir fez uma espiritualidade sobre as seis virtudes de Maria, como exemplo aos coroinhas e acólitos. E Paulo Zanetti, conhecido no Mini TLC como Tio Dan, falou sobre o valor da Família, na perspectiva social e religiosa, trazendo a Sagrada Família como exemplo.

O encontro que se deu no Clube de Campo Apolo, em União da Vitória, das 8h às 18h, envolveu coroinhas da Matriz Nossa Senhora do Rocio e das três Capelas da Paróquia: Santa Rita, Santa Luzia, e São Gabriel.

do Rocio

Presença também importante para o grupo foi do Pároco Emerson de Toledo, que assumiu este ano a Paróquia. Padre Emerson acompanhou alguns momentos do enconstro e presidiu a missa no período da tarde. “Foi muito louvável a iniciativa. Isso proporcionou aos participantes um momento des reascender o amor pela missão de servir. Dizia São João Paulo II: Quando crianças e adolescentes realizam o serviço do altar com alegria e entusiasmo, oferecem aos da sua idade um testemunho da importância e da beleza da Eucaristia”, disse o padre.

Todo o encontro contou com um grande apoio da Equipe de Organização e Cozinha, composta por: Sandra Brixi; Eliane; Maria Luzia; Anne Caroline Jakimiu, e Matheus Gustavo Jakimiu.

Que São Tarcísio, padroeiro dos Coroinhas, interceda por todos esses meninos e meninas no serviço que exercem na sua Comunidade Paroquial.

Estrela Matutina - Formação - Jan/Fev de 2023 11
Pe. João Henrique Lunkes Mestrando em Direito Canônico Seminarista Cristian, na sua fala com os coroinhas e acólitos

Um dos primeiros Grupos do ‘Terço dos Homens’ celebra 10 anos de implantação

Segundo Grupo do Movimento do Terço dos Homens a ser implantado na Diocese, iniciado na Capela Nossa Senhora da Rosa Mística, no Bairro Pinheirinho, em São Mateus do Sul, pertencente a Paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, celebrou no dia 29 de janeiro, dez anos existência. Este segundo Grupo começou no dia 29 de janeiro de 2013, com 7 pessoas, sob a Coordenação de Antônio Carlos de Almeida Costa, que diz ter sentido no coração esse desejo e o vê como um pedido de Maria. “É uma Graça, senti como uma missão dada a mim. Senti algo bom que me dizia: ‘Inicie o Terço’ e começamos com sete homens. Assim também senti em uma oração do Terço em família o apelo para organizar uma Romaria Paraná – Santa Catarina, em Mafra. Nossos Grupos foram aumentando em toda a Diocese e isso edificou muitas famílias”, testemunhou Antônio Costa.

A celebração festiva da data se deu na mesma Comunidade, junto à festa organizada por lideranças da Capela, com a celebração da missa, almoço e outros festejos, além da acolhida da Imagem de Nossa Senhora Aparecida, que percorreu algumas paróquias do Setor São Mateus e diversas Comunidades.

A imagem de Aparecida, pertencente ao Grupo, foi deixada por Dom Agenor Girardi, falecido em 2018. Passando por mais de 50 Capelas e 04 Matrizes das Paróquias: São Mateus; Perpétuo Socorro; Aparecida e Czestochowa; e Nossa Senhora do Rosário, a peregrinação teve início em 22 de maio de 2022 e visitou 55 Grupos do Terço, sendo a última visita, ao Grupo da igreja Catedral, de União da Vitória.

No dia 29 de janeiro, a imagem encerrou sua Peregrinação chegando na Capela da Rosa Mística, em São Mateus do Sul, coroando a celebração dos 10 anos do Grupo do Terço daquela Comunidade.

Além da visita da imagem nas Comunidades, uma outra iniciativa do Grupo surgiu durante a Peregrinação, como conta o Coordenador Diocesano do Terço. “Durante a peregrinação tivemos uma inspiração, que nos levou a termos 1h de Programa na Rádio Difusora do Xisto, de São Mateus do Sul, para o Grupo. O Programa Hora Maria é gravado, tendo a participação de outros Grupos das Comunidades que rezam em sintonia conosco, e vai ao ar toda Segunda-feira, das 4h às 5h manhã”, comentou Antônio Moreira.

O TERÇO DOS HOMENS NA DIOCESE

O Movimento do Terço na Diocese teve início na Paróquia de Nossa Senhora do Rocio, em União da Vitória, no dia 12 de fevereiro de 2012.

Após o segundo Grupo, na Capela Rosa Mística, em São Mateus, o 3º Grupo teve início na Matriz Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, em 05 de março de 2014, com a coordenação do senhor Luiz Gelinski. Atualmente há mais de 100 grupos na Diocese, somando aproximadamente 5 mil membros.

Dos dias 10 a 12 de fevereiro, os Grupos de todo o Brasil participam da 15ª Romaria Nacional do Movimento, no Santuário Nacional de Aparecida, onde se espera a participação de cerca de 120 mil membros do Movimento, de todo o País.

Alguns ônibus já estão sendo fretados. “Convidamos a todos a participarem. Nossa Paróquia do Perpétuo Socorro contratou um ônibus com 56 lugares e tem hotel reservado. O investimento total da viagem é de R$: 650,00. O telefone para inscrições: (42) 9 88255454. Quem desejar estar conosco será bem-vindo” informou o Coordenador Diocesano.

Informações: ‘Movimento Diocesano do Terço.’

‘Pilar do Pão’ será o foco da Evangelização, em 2023, na Diocese

Construído em 2020, o Plano Diocesano da Ação Evangelizadora da Diocese, tendo como tema central a ‘Família’, definido na 15ª Assembleia Diocesana, visa direcionar a caminhada evangelizadora na Igreja Particular de União da Vitória até o fim de 2024.

A cada ano uma Dimensão, definida como “Pilar”, irá sustentar e direcionar ações de evangelização na Diocese, que devem se refletir em vivências nas Pastorais, Movimentos, Organismos, nas Comunidades Paroquiais, chegando no lar de cada família.

A frase bíblica que inspira o Plano Diocesano é tirada do Livro de Josué 24,15: “Eu e minha família serviremos ao Senhor”, e a frase que marca o propósito do Plano Diocesano é: “Famílias Evangelizadas e testemunhando sua Fé”.

O Plano Diocesano foi elaborado em quatro Pilares: Pilar da Palavra; Pilar do Pão; Pilar da Caridade; e, Pilar da Missão. Em 2022 a Diocese trabalhou o Pilar da Palavra, e neste ano ela sustentará sua evangelização no Pilar do Pão. Esses quatro Pilares estão em harmonia, devendo cada um ser trabalhado todos os anos de alguma forma em todas as Comunidades de Fé da Diocese.

ENTENDENDO O ‘PILAR DO PÃO’ (Texto extraído do Plano Diocesano da Ação Evangelizadora. Parágrafos 152 a 160)

§ 152. Não podemos esquecer que a Iniciação à Vida Cristã repassará todo o nosso projeto, em suas várias atividades evangelizadoras. Assim, também aqui, quando trataremos das ações ligadas a este pilar, deveremos estar conscientes que teremos que permear tudo com ela.

§ 153. Verificamos no julgar que a espiritualidade, a qual tem seu ponto alto na Liturgia, atinge em cheio a vida das famílias cristãs, pois os sacramentos são as fontes deixadas pelo Senhor Jesus para que a Igreja santifique a vida cristã. Assim, precisamos agir de modo que nossas celebrações dos sacramentos sejam, de fato, comunicação da graça de Deus a quem os celebra e verdadeiro louvor a ser oferecido a Deus pelos mesmos.

§ 154. Dentro do processo cate-

cumenal previsto pela Iniciação à Vida Cristã, vários serão os momentos em que a mistagogia e os ritos de passagem terão na Liturgia o seu ponto alto, envolvendo catequizandos e familiares, batizando e pais e padrinhos, família e casamentos, com noivos plenamente conscientes do que celebram no dia do seu matrimônio. Tudo isto deverá ser alcançado por meio de celebrações que primem por comunicar, através dos sinais e gestos, o mistério de Deus, presente ali e comunicado aos participantes.

§ 155. A constituição de uma Equipe de Liturgia para os vários sacramentos é de importância fundamental para que todo o processo catecumental atinja seu ponto alto nas celebrações dos sacramentos.

§ 156. Necessário se faz também, “resgatar a centralidade do Domingo como Dia do Senhor, como o dia em que a família cristã se encontra com o Cristo por meio da participação na missa Dominical ou, na falta desta, na Celebração da Palavra” (Cf. CNBB, DGAE 2019-2023. n.164. CNBB. Doc. 100. n.267). Ações concretas como manter as Igrejas abertas; criar um verdadeiro ambiente e clima de acolhida para os que chegam e flexibilizar horários, ou nas comunidades rurais cria um esquema de celebrações mensais com dia fixo, ajudarão a atender as necessidades dos fiéis e atrair mais as famílias para a vida celebrativa da Igreja.

§ 157. Precisaremos “zelar pela qualida-

de da homilia, cuidando para que a vida litúrgica lance raízes profundas na existência e na vida comunitária e social” (Cf. CNBB, DGAE 2019-2023 n.169), de nossas famílias e para que a própria homilia seja para elas “uma experiência intensa e feliz do Espírito, um encontro consolador com a Palavra, uma fonte constante de renovação e crescimento”. (Cf. EG, n.135). Igualmente o MECES precisam zelar pela qualidade das reflexões feitas durante as celebrações por eles presididas.

§ 158. Assim, no ano de 2023, a prioridade será para a constituição da Pastoral Litúrgica em toda a diocese e, consequentemente nas paróquias, caso ainda não exista ou não esteja bem constituída. Deverá, portanto, haver uma Comissão Diocesana que possa se responsabilizar por toda a vida litúrgica da diocese, no que diz respeito ao canto litúrgico, espaço sagrado, arte sacra, e, especialmente, à celebração das Missas, da Palavra. Batizados e Casamentos, nos moldes catecumenais.

§ 159. Para tanto, haverá a necessidade da formação de agentes que compreendam o processo da Iniciação à Vida Cristã, tendo eles mesmos passado pela experiência catecumental.

§ 160. Por fim, como apontado pela XV Assembleia Diocesana, será necessária a elaboração ode um Diretório Litúrgico Diocesano, instrumento extremamente indispensável para a organização de nossa vida litúrgica diocesana.

12 Estrela Matutina - Artigo - Jan/Fev de 2023
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