Estrela Matutina - Edição Agosto de 2021

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ano

Série B | Nº 270 | 12.500 exemplares

Boletim Informativo da Diocese de União da Vitória | Agosto de 2021

‘Missa do Crisma’ celebra a Unidade

Em contexto de Pandemia, a Missa do Crisma deste ano precisou ser realiza fora da Semana Santa, sendo então celebrada no mês de julho. Contudo, mesmo fora da data litúrgica, sua importância e significado para o povo em geral, e de modo especial, ao clero da Diocese, não foi perdido. Padres da Diocese, juntamente com o bispo diocesano, renovaram na Celebração suas promessas sacerdotais. Dom Walter Jorge explicou que a Vida Presbiteral deve ser vivida no amor, que supera os sacrifícios. “Tal Mistério brota daquela unção do Crisma, que proporciona no que foi ungido, continuar realizando em nome de Jesus, e na força do Espírito Santo a mesma Obra iniciada e Consumada por Ele na entrega amorosa de sua cruz”, lembrou o bispo diocesano, se dirigindo aos padres, ligando a Celebração ao Ministério assumido por eles. Matéria completa na página 07

Ainda nesta edição MÊS VOCACIONAL

Vidas Realizadas - Testemunhos vocacionais na Diocese de União da Vitória (pág. 11)

MUTICOM

CÁRITAS

Cáritas Diocesana amplia atuação de trabalhos na Diocese (pág. 02)

Entre os 5 mil inscritos, Pascom Diocesana marcou presença no Muticom (pág. 06)


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Estrela Matutina - Editorial - Agosto de 2021 www.dioceseunivitoria.org.br

Editorial A Diocese de União da Vitória entra no mês de agosto com um entusiasmo a mais na sua dinâmica evangelizadora. Teremos no dia 14, o Lançamento do Plano Diocesano da Ação Evangelizadora, que estava marcado para o dia 06 de março, aniversário dos 44 anos da Diocese, mas que devido às exigências dos protocolos de Saúde que impediam aglomeração de pessoas e pelo fato da vacina contra a Covid-19 ainda não ter atingido um grande número de pessoas, a data precisou ser adiada. Mesmo estando ainda sobre os cuidados exigidos pela Pandemia, o momento é mais favorável para que tal evento possa acontecer. Pela primeira vez a Diocese tem um Documento Oficial que formaliza e dá um caminho direcionado na sua ação evangelizadora. Ainda que a dinâmica da evangelização seja por demais abrangente que não se possa olhar sobre um único prisma, descartando outras realidades, a proposta do Plano é direcionar as comunidades para algumas dimensões reconhecidas pela Diocese como mais carentes de atenção. O Estrela Matutina traz nas páginas desta edição duas das reuniões que aconteceram em julho, com as Equipes de Formação do Plano que atuarão nos Setores e Paróquias dando formação sobre o Documento. A Proposta do Plano está sendo assumida como um sopro do Espírito para a evangelização na realidade desta Igreja Particular. Adiada também por causa da Pandemia, a Missa do Crisma, ou Missa da Unidade pôde ser realizada apenas no mês de julho. Salvo a mudança litúrgica da data, o sentido da Unidade pôde ser melhor expresso no reencontro presencial entre o clero, que puderam celebrar e confraternizar juntos. Também o mês de agosto é marcante na Igreja como um todo por ser o Mês em que as diversas vocações são postas em evidência. Nossa Edição de agosto traz algumas destas vocações. Fomos atrás de padres, religiosas, seminaristas, leigos e casais que relataram a satisfação na vocação que descobriram serem chamados.

Em Destaque

CÁRITAS DIOCESANA CÁRITAS DE SÃO MATEUS DO SUL ASSUME TRABALHOS DA ASSOCIAÇÃO DAS SENHORAS DA CARIDADE SÃO VICENTE DE PAULO No dia 21 de junho, a Cáritas de São Mateus do Sul se reuniu na paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro para tomada de decisões sobre as atividades que serão desenvolvidas pelo Organismo, na cidade.

Membros da CÁRITAS Diocesana e de São Mateus reunidos para planejamento das próximas ações.

Na reunião estavam presentes, membros da Cáritas Diocesana: Ivone Magnani Pasquali, diretora; Diácono Luis Francisco Huk, tesoureiro; e membros da Cáritas de São Mateus do Sul: Maria Aparecida Bizinelli Huk, presidente; Vera Clide Vicari, vice-presidente; Eloy M. Figurski, tesoureiro; Elma Maria Augustinhak Figurski, vice-tesoureira; Augusto Renato Nowak, vice-secretário; e os Conselheiros: Ana Cléia Chadai Bojanovski; Margaret Rodrigues Costa; Ademir Lipinski de Lima; Antônio Carlos de Almeida Costa. Além da programação dos planos a serem executados no próximo ano, a Cáritas de São Mateus do Sul, se comprometeu em assumir as ações já desenvolvidas pela Associação das Senhoras da Caridade São Vicente de Paulo. Constituída em setembro de 1964, a Associação está localizada na Vila Bom Jesus, em São Mateus do Sul, desenvolvendo diversas atividades voltadas à

Arrecadação de Agasalhos de Inverno na Par. do Rocio União da Vitória.

EXPEDIENTE

Marcelo S. de Lara Editor-Chefe

A Associação tem por objetivo o atendimento de crianças, adolescentes e suas respectivas famílias, desenvolvendo ações como: sopa semanal, cursos, palestra, oficinas de artesanato, auxílio a gestantes e mães, entre outras. Por vários anos a entidade exerceu seu papel assistencial atendendo a todos que a ela se dirigiam. Com a implantação da Cáritas na Diocese, a Associação resolveu compartilhar suas atividades com a Cáritas tendo ambas, finalidades semelhantes. A Cáritas de São Mateus do Sul, se comprometeu em dar continuidade aos trabalhos já desenvolvidos pela Associação e ampliar a sua abrangência nas atividades. Informações: Leandro Wrona Setor de Comunicação da Cáritas de São Mateus do Sul

Grande evento na Igreja do Brasil que também registramos aqui foi o Muticom – Mutirão Nacional de Comunicação, o qual realizado pela primeira vez de forma totalmente online, devido a Pandemia, teve a participação de 5.600 inscritos em todo o Brasil. A Diocese de União da Vitória teve 21 pessoas inscritas entre Agentes da Pascom e outros comunicadores convidados. A dimensão da Caridade é um aspecto que não podemos deixar passar, e mais ainda na motivação desta prática. Motivadas pela Cáritas Diocesana, em julho, as paróquias se uniram para ajudar com alimentos e agasalhos de inverno as famílias mais carentes. Gesto que mostrou unidade em nossa Igreja e fortaleceu ações particulares sempre realizadas nas comunidades.

população carente da região.

Proprietária Mitra da Diocese de União da Vitória Rua Manoel Estevão, 275 União da Vitória, PR Contato: estrela@dioceseunivitoria.org.br (42) 3522 3595 Diretor Dom Walter Jorge Pinto Editor-Chefe Francisco Marcelo S. de Lara

CÁRITAS DIOCESANA MOBILIZA PARÓQUIAS PARA CAMPANHA DE ALIMENTOS E ROUPAS DE INVERNO

Arrecadações de Alimentos na Par. São José - Antonio Olinto

Entre os dias 5 e 11 de julho, paróquias da Diocese promoveram em conjunto uma Campanha de alimento e roupas de inverno para as famílias mais necessitadas. A Campanha reforça as atividades que vinham sendo realizadas pelas paróquias na ajuda às pessoas carentes e motiva que as ações de caridade continuem a acontecer aos que mais precisam, em especial nesse tempo onde a Pandemia da Covid-19 causa tanto sofrimento, em especial aos pobres. A Campanha da Cáritas Diocesana também esteve motivada na unidade com o Projeto da CNBB ‘É Tempo de Cuidar’.

Redatores Dom Walter Jorge Pinto Pe. Emílio Bortolini Neto Pe. Sidnei José Reitz Diác. Alisson M. de Moura Gustavo Santana Francisco Marcelo S. de Lara Diagramação e Arte Final Agatha Przybysz

Tiragem 12.500 exemplares Revisão Pe. Abel Zastawny Francisco Marcelo S. de Lara Impressão Gráfica Grafinorte - Apucarana, PR (41) 9 9926 1113 Fundado em 15 de maio de 1958, por Dr. Mário José Mayer e Ulysses Sebben.


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Estrela Matutina - Caderno 1 - Agosto de 2021 www.dioceseunivitoria.org.br

Palavra do Bispo A ECONOMIA DE FRANCISCO E CLARA

Em 2019, o Papa Francisco fez um convite a cerca de 2000 jovens do mundo inteiro, bem como a vários especialistas e ganhadores do Prêmio Nobel, em especial de Economia, para Foto: Jufrabrasil um encontro em Assis, na Itália, que seria realizado em março daquele ano para debater a economia mundial e propor alternativas viáveis para uma nova economia (devido à pandemia, o mesmo aconteceu em novembro, de modo virtual). E por que ele fez esta convocação? Para entender as razões vamos nos atentar ao que tem acontecido com a Economia no mundo todo. Dados atuais coletados no Brasil revelam que cinco famílias mais ricas detêm mais riquezas do que toda a metade da população mais pobre do nosso país (Cf. dados da organização não-governamental britânica Oxfam). Do mesmo modo, se olharmos para o mundo, constatamos que existem 26 famílias possuindo mais riquezas do que toda a metade mais pobre da população mundial. Tais informações revelam uma verdadeira deformação na distribuição da renda tanto no Brasil quanto no mundo, o que causa impactos gravíssimos nos campos social, econômico e ambiental. O fato é que o modelo econômico vigente nos últimos 40 anos gerou a financeirização da Economia por meio da vertente neoliberal do Capitalismo, ou seja, a Economia deixou de servir à vida das pessoas e passou a servir à especulação financeira. Assim, aplicar o dinheiro em transações financeiras tornou-se muito mais lucrativo do que produzir bens e, sem produzir bens, não há empregos e nem distribuição de renda. É o que o Papa Francisco tem chamado de uma “Economia sem alma”, onde os recursos não são direcionados para onde deveriam, ou seja, para as pessoas, e, em vez de servir a elas, são as pessoas que passaram a servir à Economia. Quantas vezes ouvimos os telejornais afirmarem, que o tal “mercado” não reagiu bem a certas medidas ou a certos acontecimentos, fazendo parecer que os mesmos são entes vivos e que são eles que devem ou não gostar das medidas a serem tomadas pelos governos, não importando se as mesmas estarão ou não a serviço da vida do ser humano?

cinco famílias mais ricas detêm mais riquezas do que toda a metade da população mais pobre do nosso país

O que tem acontecido também é que há um grande desafio plantado em nossos dias: somos quase 8 bilhões de pessoas sendo incentivadas a consumir sem medida e estamos destruindo o planeta em proveito de uma minoria de bilionários. E isto simplesmente não funciona, pois, os recursos da Terra não são infinitos e as massas populacionais que estão ficando fora dos padrões mínimos de qualidade de vida só fazem aumentar cada dia mais, além da visível devastação do meio ambiente. É por isso que o Papa Francisco, como uma das poucas lideranças que hoje gozam de prestígio mundial e consegue falar ao mundo em suas diversas vertentes, convocou o chamado “Encontro de Assis”, convocando jovens e especialistas a pensarem alternativas que ajudem a corrigir estas deformações tão graves nos modelos econômicos atuais, os quais colocam a vida da humanidade e de todo o planeta em risco gravíssimo, deformações que se tornaram ainda mais perceptíveis com a atual pandemia, que escancarou as desigualdades entre as pessoas e com o aquecimento global, cujas consequências já são possíveis de serem notadas nos revezes apresentados pela natureza.

A “Economia de “ Francisco e Clara”

visa nos dar hoje um caminho viável para uma economia com alma, que substitua o egoísmo pela fraternidade...

Vocês já ouviram falar na “Economia de Francisco e Clara” ou simplesmente, “Economia de Francisco”? Se não, gostaria de incentivá-los a fazê-lo o quanto antes, pois trata-se de uma iniciativa muito importante e, de fato, imprescindível para o mundo atual.

Ao final desta reflexão, gostaria de conclamar vivamente a todos a procurarem se informar mais sobre esta iniciativa do Papa Francisco, inspirada em São Francisco de Assis e Santa Clara, que trocaram uma vida de opulência por uma de simplicidade e harmonia com a natureza. A “Economia de Francisco e Clara” visa nos dar hoje um caminho viável para uma economia com alma, que substitua o egoísmo pela fraternidade, a acumulação pela solidariedade e coloque o ser humano no centro, em harmonia com os outros seres vivos e com o nosso planeta. Há muitos artigos, vídeos e entrevistas na internet e em outros meios que permitem conhecer melhor esta que é, sem dúvida, verdadeira profecia para os nossos dias. Dom Walter Jorge Bispo Diocesano


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Estrela Matutina - Caderno 1 - Agosto de 2021 www.dioceseunivitoria.org.br

Orando com os Salmos

Cântico dos Degraus

Catequese

2° Tempo: O Catecumenato Em outras palavras é o tempo de instrução, de estudo e aprofundamento da fé que foi despertada no pré-catecumenato. É o tempo em que o foco principal é a formação e o conhecimento da vida cristã. É a catequese propriamente dita e também a vivência da vida cristã em suas múltiplas características.

Salmo 122 (123)

Deus, esperança do seu povo Eu levanto os meus olhos para vós, que habitais nos altos céus.

nossos olhos, no Senhor, até de nós ter piedade.

Como os olhos dos escravos estão fitos nas mãos do seu senhor, como os olhos das escravas estão fitos nas mãos de sua senhora, assim os

Tende piedade, ó Senhor, tende piedade; já é demais esse desprezo! 4 Estamos fartos do escárnio dos ricaços e do desprezo dos soberbos!

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Salmo 123 (124)

O nosso auxílio está no nome do Senhor Se o Senhor não estivesse ao nosso lado, que o diga Israel neste momento; 2 se o Senhor não estivesse ao nosso lado, quando os homens investiram contra nós, 3 com certeza nos teriam devorado no furor de sua ira contra nós. 1

Então as águas nos teriam submergido, a correnteza nos teria arrastado, 5 e então, por sobre nós teriam passado essas águas sempre mais impetuosas. 6 Bendito seja o Senhor, que não 4

deixou cairmos como presa de seus dentes! Nossa alma como um pássaro escapou do laço que lhe armara o caçador; o laço arrebentou-se de repente, e assim nós conseguimos libertar-nos. 7

O nosso auxílio está no nome do Senhor, do Senhor que fez o céu e fez a terra!

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Glória ao Pai, ao Filho, e ao Espírito Santo; Como era no princípio, agora, e sempre. Amém!

Comentário dos Salmos palpável de David: “Que alegria quando me disseram vamos ao templo do Senhor”. É um salmo de peregrinação sobre o Templo. Antevê, no princípio da subida, a majestosa visão da Casa do Senhor, em Jerusalém. Templo de Jerusalém

Estamos meditando os “Cânticos dos Degraus”, ou Salmos de peregrinação, que são os salmos das ascensões, das romagens, ou da procissão ao Santuário, que vão dos Salmo 120 ao 134). A linguagem poética, de cada um, dá uma antevisão das dificuldades, o sonho do regozijo ao chegar à presença divina na Casa do Senhor. Cada palavra como que acompanha a ascensão, marca o ritmo da subida. A ideia senão mesmo a imagem formal de cada um desses 15 salmos é uma subida, o discurso poético vai subindo de tom até um clímax final, quer fonética quer semanticamente. Como se cada um partisse de baixo e fosse ascendendo em emocionalidade até um lugar alto. No primeiro verso do Salmo 122, parece que o clímax está no início. Reproduz o contentamento espiritual, a emoção

O Salmo 123, apesar da sua brevidade, salienta, contudo, o olhar do peregrino e a sua dependência dos favores divinos. Em cada salmo trazemos abaixo do título uma expressão do Novo Testamento. Pois a leitura do Salmo para o Cristão deve ser lida com referência ao Cristo, pois o Antigo Testamento foi a caminhada preparatória para a vinda do Filho de Deus. Também como o Salmista, em nossas aflições, nós olhamos para o alto e pedimos o socorro de Deus. E, confiantes em seu auxílio, cada vez mais depositamos nossa segurança no Senhor. Boa Meditação.

Estamos acompanhando nestes artigos da Catequese Diocesana, o desenvolvimento daquele que constitui o processo no qual alguém é iniciado na fé: a Iniciação à Vida Cristã. É importante ressaltar que Iniciação à vida cristã é sempre um caminho e este caminho é sem fim. Falamos de iniciação e de propósito; em nenhum momento falamos de conclusão da vida cristã. Esse caminho de pertencimento a Cristo e que gera em nós a vida cristã não tem fim. O que vimos até aqui através dos artigos anteriores, é que esse caminho é marcado sim por tempos e etapas que vão sinalizando o progresso dessa caminhada. Dessa maneira, após termos visto até aqui o primeiro tempo (pré-catecumenato) e a primeira etapa (admissão), chegou a vez de falarmos do segundo tempo desse caminho de fé: o Catecumenato. Pela sua importância central, não falaremos neste artigo da segunda etapa (a eleição) que conclui o tempo do catecumenato porque ficaria por demais extenso, além de trazer prejuízos para nossa compreensão. 2º TEMPO: CATECUMENATO O catecúmeno (aquele que se prepara para receber o batismo), após ter passado pela etapa da admissão, torna-se a partir de agora um candidato admitido ao batismo. Ingressa nesse momento no chamado tempo do catecumenato que o preparará para ser eleito como aquele que está apto a receber os sacramentos. O Ritual da Iniciação cristã de adultos, no n. 7, diz que esse tempo é “dedicado à catequese e aos ritos anexos, terminando no dia da eleição”. E no n. 19 continua: “o catecumenato é um espaço de tempo em que os candidatos recebem formação e exercitam-se praticamente na vida cristã. Desse modo, adquirem madureza as disposições que manifestaram pelo ingresso”.

DATA Marcelo S. de Lara PASCOM

08 10 22 29

MEIOS DE FORMAÇÃO DO CATECÚMENO Toda essa aprendizagem se fará por 4 meios: 1- pela catequese que buscará localizar os catecúmenos na compreensão das principais verdades da fé cristã, dos sacramentos, do sentido das celebrações do ano litúrgico e de toda dimensão orante daquele que se torna cristão. 2- através do testemunho de todos os envolvidos com a catequese, os catecúmenos são incentivados a acostumar-se a rezar mais facilmente, a meditar continuamente a Palavra e assim, testemunhar a sua fé através de uma vida convertida a Deus e ao próximo. 3- pela passagem por alguns ritos litúrgicos apropriados: participação nas celebrações da Palavra de Deus, os exorcismos menos e as bênçãos. 4- por fim, pelo testemunho de vida e pela profissão da fé os catecúmenos já são convocados a cooperar ativamente para a evangelização e edificação da Igreja. Em suma, o catecumenato é esse tempo que forma a pessoa para que o espírito cristão tome conta de todo o seu ser. Fé compreendida e vida vivida, pode-se dizer, é a grande finalidade desse tempo. Uma vez vivenciado o catecumenato, o fiel estará apto a passar de etapa, e aquele que fora admitido, agora será eleito, através de um rito próprio, e assim, preparar-se-á de maneira próxima para a recepção dos sacramentos. E será essa etapa de eleição que nós iremos compreender no próximo artigo.

Pe. Sidnei Reitz Assessor Diocesano da Catequese

ANIVERSARIANTES DE AGOSTO Pe. Alcione Zanin, Nascimento; Diác. Amandio Paulino de Lima, Ordenação; Diác. Ulysses A. Sebben, Nascimento; Pe. Mauro Sérgio Portela dos Santos, Nascimento;


Estrela Matutina - Caderno 2 - Agosto de 2021 www.dioceseunivitoria.org.br

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Padroeiros dos Avós são celebrados com fervor pela paróquia de Paulo Frontin Mesmo de forma mais atípica, devido as exigências que os Protocolos contra a Covid-19 oferecem, a paróquia São Joaquim e Sant’Ana, de Paulo Frontin, conseguiu celebrar seus padroeiros neste ano. Padre Evaldo P. Karpinski, atual pároco, promoveu uma série de celebrações e atividades, que por vários dias movimentou o salão paroquial, onde, por causa da pandemia, também as missas estão sendo celebradas.

tória local e acima de tudo, a fé”, testemunhou Welinton Luiz Giovanoni, um dos paroquianos. A data oficial que a Igreja celebrou a memória dos santos foi na segunda feira, 26 de julho com a missa dos padroeiros, presidida pelo padre Levi, pároco anterior na paróquia, atuando hoje em São Mateus do Sul. São Joaquim e Sant’Ana são tidos pela tradição da Igreja como os padroeiros dos Avós. Por isso, também um espaço no salão paroquial foi preparado para que os avôs e avós pudessem tirar fotos com seus netos registrando o momento como uma lembrança futura.

Do lado direito da imagem, de veste verde, Pe. Evaldo e, ao centro, Pe. João Francisco no 9º dia do novenário

Ainda em 2020, quando a portas fechadas, as igrejas retratavam sentimento de angústia, e a imagem marcante do Papa Francisco aos pés do Cristo Crucificado, rezando pelo mundo, despertou a fé e lembrou a todos o poder que a oração e a contrição sincera possuem. Inspirados no exemplo do Santo Padre, neste ano muitas paróquias retomaram as celebrações de seus padroeiros com as adaptações devidas. E a Paróquia São Joaquim e Sant’Ana de Paulo Frontin foi uma delas. “A ausência dessas celebrações deixou um vazio comunitário em nossa paróquia. Aprendemos a redescobrir o significado e o papel central de Deus e da Igreja em nossa vida”, testemunhou um dos paroquianos de Paulo Frontin. As Festividades dos Padroeiros começaram no dia 16 de julho com novenário e missa. Cada dia um sacerdote convidado presidia a missa, enquanto padre Evaldo atendia as confissões. Celebraram as missas: padre Damião; padre, Mateus; padre Nelson; padre Ronaldo; padre João Henrique; e padre João Francisco, além do próprio pároco e de Dom Walter Jorge, bispo diocesano, o qual destacou a importância da comemoração e do envolvimento da comunidade com os festejos.

Dom Walter Jorge e Pe. Evaldo, no segundo dia do novenário

No domingo 25 de julho, posicionados na praça da cidade após a carreata, padre Evaldo e os Ministros da Matriz, rezaram pelos motoristas e devotos de São Joaquim e Sant’Ana, oferecendo a eles, adesivos como lembrança daquela data.

Um grande público de fiéis passou pela paróquia naqueles dias, enquanto equipes dedicavam-se a organização da liturgia e ornamentação dos espaços, outras trabalhavam na churrasqueira e na cozinha, na preparação de pães, bolos, tortas, sonhos e cucas, que os paroquianos levavam para casa. “Apesar de todos os problemas que assolam o mundo, a comunidade de Paulo Frontin, tem motivos de muita felicidade e esperança, porque, ainda que com adaptações, os festejos dos padroeiros puderam ser realizados. Assim mantemos os costumes, a tradição, a his-

Família registrando o Dia dos Avós durante o novenário na Paróquia

Aqueles que não puderam participar presencialmente das celebrações tiveram a alegria de acompanhar pela rede social da paróquia, que com o trabalho da Pastoral da Comunicação, um maior número de fiéis pode viver com fervor a devoção aos padroeiros.

UM POUCO DA HISTÓRIA Tradicionalmente, a popular Festa de São Joaquim e Sant’Ana é um marco também no calendário civil, quando relembra o ‘Dia dos Avós’, em referência a estes Santos, avós de Jesus, pais de Maria. A devoção é antiga e remota aos primeiros colonizadores poloneses, responsáveis por trazer o culto da Europa. Joaquim e Ana não aparecem na Bíblia; suas referências foram retiradas dos evangelhos apócrifos, os quais relatam, um casal muito piedoso e temente a Deus, mas que já estando em idade avançada e sem ter filhos, eram discriminados pela sociedade da época, como se fossem pessoas marcadas e por isso castigadas. Mas, a fidelidade e a vida de oração que ambos foram recompensados com o nascimento de uma menina, que entre tantos dons e bênçãos, estava destinada a ser a mãe do Salvador. A Paróquia de Paulo Frontin foi originalmente dedicada somente a Sant’Ana. Em 2009 o padre José Chipanski, pároco da época, pediu ao Bispo Diocesano, Dom João Bosco B. de Souza, para declarar São Joaquim, ao lado de sua esposa, também como padroeiro da paróquia. O pedido foi aceito, e em julho daquele ano, comemorava-se a primeira festa com os dois Padroeiros. Texto e Fotos: Pascom da Par. São Joaquim e Sant’Ana - Paulo Frontin


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Muticom reúne 5 mil participantes online e Diocese de União da Vitória marca presença Nos dias 23 e 24 de julho, aconteceu de modo online, pela Plataforma Zoom, o 12º Mutirão Nacional de Comunicação. O evento foi promovido pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), com realização da Pascom Brasil, Signis Brasil e Rede Católica de Rádios e patrocínio da Agência Parábola, CiaTicket, Conferência dos Bispos Católicos dos Estados Unidos, Magnificat e apoio da Lumina Viagens e Turismo, PUC Minas e arquidiocese de Belo Horizonte. Entre os 5.600 inscritos no Evento, a Diocese de União da Vitória teve a participação de 21 agentes de comunicação, entre eles Agentes da Pastoral da Comunicação, das paróquias, comunicadores do Setor de Comunicação da Diocese e comunicadores de alguns veículos de comunicação da região, convidados a participarem.

Conferência sobre: Comunicação integral: influenciadores ou influenciados? Com a Profª. Drª. Elizabeth Saad | ECA – USP

ecology: os ecossistemas digitais e a comunicação biosférica e o comunitarismo datificado. O professor chamou a atenção para o fato de que hoje, com a internet 2.0, 70% da comunicação que circula pelas redes não é produzida pelos seres humanos, mas por algoritmos, organizados pelas big datas, empresas como Google, entre outras. A 6ª e última Conferência do Muticom foi proferida pela Profª. Drª. Elizabeth Saad | ECA – USP, a qual abordou o tema: Comunicação integral: influenciadores ou influenciados? Segundo ela, estar nas redes não é agir de todo de modo livre, mas somos monitorados. “Não estamos trabalhando em um ambiente livre. Mas há interesses por parte de empresas produtoras e detentoras das informações. Estando eu nas redes, os donos das plataformas sabem e conhecem meus interesses, e com base nisso enviam e disparam conteúdos a meu interesse”, comentou ela. Professora Elizabeth ainda falou sobre o conceito e o que significa ser um influenciador digital.

Convidado expondo um dos Lançamentos de produtos e serviços de comunicação.

A mesa de abertura, no dia 23, às 17h30, foi composta pelo presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e arcebispo de Belo Horizonte (MG), Dom Walmor Oliveira de Azevedo, pelo bispo auxiliar de Belo Horizonte e presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Comunicação da CNBB, Dom Joaquim Giovani Mol. Dom Walmor leu uma mensagem enviada especialmente ao encontro pelo Papa Francisco, o qual comunicou por meio do Documento a necessidade de promover uma comunicação que supere as divisões e os desentendimentos, encontrando o caminho do essencial. “Os comunicadores cristãos – jornalistas, publicitários, relações públicas, agentes de pastoral, professores e estudantes, pesquisadores, profissionais de comunicação – devem estar na linha frente da promoção de uma comunicação que constrói pontes, que busca o diálogo e supera as aporias ideológica”, escreveu o Francisco. A palestra magna com o tema: “Por uma comunicação integral: o humano nos novos ecossistemas”, foi proferida pelo doutor Massimo di Felice, da Escola de Comunicação e Artes (ECA) – USP, que abordou quatro aspectos em sua análise: o protagonismo dos não humanos e o fim de um tipo de mundo, a evolução da conectividade e a crise da ideia ocidenNa primeira Janela, entre os participantes, Marcelo S. de Lara, tal de sociedade, data coordenador da Pascom na Diocese.

Conferencistas no Muticom: Da esquerda para a direita: Carlos Ferraro; Massimo Di Felice; Moisés Sbardelotto; Norval Baitello Junior; Jorge Miklos

“Todo o conjunto de plataforma digital gera algum tipo de interatividade para gerar influência nos sujeitos. O conceito de visibilidade não é novo, mas é um conceito histórico. O que mudou foram as ferramentas de visualização; é preciso ter hoje uma plataforma para se ter visibilidade no mundo. Ser visível não é ser influente. Isto irá depender do contexto social e da posição em que se está ocupando na sociedade. A visibilidade e a influência irão gerar o capital social e também o capital financeiro. O influenciador é aquele que muda o comportamento, a atitude de seu público espectador”, partilhou a professora aos participantes do Muticom. Outras conferências proferidas no Evento foram – Comunicação para a paz em tempos de fake news e ultraconservadorismo, pela Profª. Drª. Magali Cunha; Era do onlife: real e virtual se (com)fundem. Também na Igreja? pelo Prof. Dr. Moisés Sbardelotto); Retomar as rédeas do mundo: o humano-cristão nos novos ecossistemas à luz da Fratelli Tutti, pelo Prof. Dr. Norval Baitello Júnior | PUC-SP); Ecologia das mídias e nas mídias católicas, pela Profª. Drª. Adriana Braga | PUC-Rio e Prof. Dr. Jorge Miklos | UNIP); Comunicação para o bem viver em tempo de máxima desigualdade, pelo Prof. Drª. Viviane Mosé; e, Utopias do mundo integral, pelo Prof. Dr. Carlos Ferraro | Presidente de Signis ALC – Argentina).


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Padres da Diocese renovam Promessas Sacerdotais em Missa do Crisma, na Catedral A Missa do Crisma, ou também chamada ‘Missa da Unidade’, é tradicionalmente celebrada na quinta-feira da Semana Santa, ou por motivos pastorais convenientes, na quarta-feira, da Semana Santa.

apenas pela via do sacrifício, mas deve acontecer por meio do dom de si, pois o Senhor não deseja e não precisa de sacrifícios. Uma entrega gerada em sacrifício apenas, acaba por gerar amargura e desilusão”, lembrou o bispo.

Neste ano, na Diocese de União da Vitória, tendo em vista o contexto Padres e fieís acompanhando a celebração da Missa do Crisma da Pandemia que no início do ano, com a situação ainda mais grave pela falta de muitos não estarem imunizados com a vacina da Covid-19, se decidiu realizar a celebração no mês de julho.

Fazendo uma reflexão também ao contexto da Pandemia, quando muitos na sociedade, insistem em desprezar a importância do aspecto espiritual, Dom Walter Jorge exortou e lembrou aos padres que o Ministério de cada um mostra ao mundo a importância da fé, dizendo que nem todo o aparato apenas humano dá conta de satisfazer e trazer a Salvação à humanidade, mas sim a vida em Deus.

A referência da entrega de cada sacerdote à Obra do Cristo está vinculada à doação de Jesus na cruz, anunciada na Última Ceia, quando ceou com os Apóstolos. Por esse motivo, a Missa do Crisma tradicionalmente acontece na Quinta-feira Santa, dia em que Jesus institui o Sacerdócio e a Eucaristia, Sacramento no qual Cristo se doa à humanidade no Pão e no Vinho Consagrado.

A celebração se deu no dia 22 de julho, na igreja Catedral, que contou com todos os padres da Diocese, alguns diáconos permanentes e transitórios. Também um número expressivo de fiéis acompanhou a celebração presencialmente, e outros, pelas redes sociais da igreja Catedral. A celebração tem dois momentos específicos. Um deles é A Bênção dos Óleos do Batismo, do Crisma, e dos Enfermos, que são usados durantes todo o ano na administração dos Sacramentos pelo Bispo, padres e diáconos. A missa leva o nome de Missa do Crisma, em referência à um dos Óleos que é consagrado. Um segundo momento é a Renovação das Promessas Sacerdotais que os padres realizam na celebração. Esta renovação está ligada ao compromisso do padre, assumido no dia de sua ordenação, de ser no munDom Walter Jorge durante a homília do “outro Cristo”, imitando o Cristo Jesus, o qual sendo Filho de Deus é o Sumo e Eterno Sacerdote. Nesta referência está ligada o nome da Missa da Unidade, estando o padre ligado ao Cristo em sua consagração, e ao mesmo tempo, unido neste Ministério junto ao bispo da Diocese e aos demais presbíteros, que celebram a unidade no Presbitério de uma Igreja Particular.

“Podemos contar com a ajuda advinda dos recursos humanos, mas não são suficientes. E ainda que alguns alargadores de um caos inevitável venham a afirmar que a resposta não se encontra no âmbito da esPadres apresentando os Santos Óleos para o Bispo Diocesano piritualidade, e para os fiéis leigos. nós ousamos afirmar o contrário. O recurso para sairmos vitoriosos no combate que hoje nos é proposto se encontra na mesma fonte de outrora, que fez os homens e mulheres de Deus, vitoriosos. A resposta está na unção espiritual que nos dá o Espírito do Senhor, unção com o Óleo da alegria recebida no Batismo e na Crisma. Para os ordenados, recebido no dia da Ordenação. Unção interior também que se encontra nos Sacramentos da Igreja”, exortou o bispo aos padres e a todo o povo.

“Missa da Unidade, em torno daquilo que o Senhor quis para a Sua Igreja. Meus irmãos, que possamos viver essa missa com muita intensidade. Já é grande nossa alegria de estarmos juntos depois de tanto tempo. A diminuição da Pandemia nos permite um pouco mais, mas ainda precisamos nos cuidar. Antes de cantarmos o Ato Penitencial, os convido a nos inclinarmos diante do Senhor. Seu Mistério nos convida à santidade”, motivava dom Walter O recurso para Jorge, no início da celebração.

“ sairmos vitoriosos

no combate que hoje nos é proposto se encontra na mesma fonte de outrora, que fez os homens e mulheres de Deus, vitoriosos

Ainda se dirigindo aos padres, Dom Walter retomou o significado da Celebração, ligado diretamente ao Ministério assumido por eles, e que a vida presbiteral deve ser vivida no amor, que supera os sacrifícios. “Tal Mistério brota daquela unção do Crisma, que proporciona no que foi ungido, continuar realizando em nome de Jesus, e na força do Espírito Santo a mesma Obra iniciada e Consumada por Ele na entrega amorosa de sua cruz. Tal Obra de amor não deve se dar

Dom Walter Jorge durante a benção dos Santos Óleos. Ao lado esquerdo Diác. Luiz Huk e, segundo o missal, seminarista Leonardo.

Seguida a celebração, foi realizada a Bênção dos Óleos e a consagração do Óleo do Crisma, que recebe a mistura de um bálsamo (perfume), e a Renovação das promessas feitas pelos padres, respondida ao bispo diocesano. Ao final da missa, cada sacerdote recebeu o Kit dos vidrinhos com cada Santo Óleo para poder, até o próximo ano, administrar os Sacramentos em sua paróquia. Um café no salão da Catedral, respeitando as regras de distanciamento, uso do álcool em gel e máscaras, ofereceu ao clero a possibilidade de um reencontro presencial, confraternizando também a unidade presbiteral.


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Estrela Matutina - Caderno 2 - Agosto de 2021 www.dioceseunivitoria.org.br

Santo do Mês

08/08 São Domingos de Gusmão São Domingos nasceu na Calerugia, na Espanha em 1170, foi frade fundador da Ordem dos Pregadores e contemporâneo de São Francisco de Assis, com o qual se encontrou ainda em vida antes de se reencontrarem no paraíso.

Destaca-se na vida de São Domingos a atuação que teve no combate as heresias dos albigenses, cátaros e patarinos, defendendo com grande zelo os ensinamentos da fé católica. Tamanho zelo e dedicação foi recompensado com uma grande revelação. Foi a São Domingos que Deus permitiu que a Virgem Maria revelasse a devoção do Rosário. O saltério de Maria, inspirado nos 150 salmos da bíblia, foi muito rezado e propagado por este santo em suas fervorosas pregações. Em seus combates contra as heresias e também contra as calamidades das guerras ele empregava as armas da pregação incessante apesar das perseguições, uma vida ascética dura de muita oração e penitência e o milagre de sua vida, maior que as curas operados por Deus através de seu intermédio, da pregação do Santo Rosário. Faleceu em 8 de agosto de 1221 e apenas 13 anos após sua morte foi proclamado santo. Além de seus discípu-

Pais e filhos vivendo a Santa Missa No Novo Testamento se fala da “Igreja que se reúne em casa” (cf. 1Cor 16,19; Rm 16,5; Cl 4,15ss). O espaço vital de uma família pode se transformar numa igreja doméstica, local da Eucaristia, da presença de Cristo sentado à mesma mesa.

De família nobre, deixou tudo para viver na pobreza, sem descuidar do estudo e da pregação. Seu cuidado com o estudo é comprovado pelos frades de sua ordem, como os doutores da Igreja Santo Alberto Magno e Santo Tomás de Aquino. Como sacerdote, frei Domingos destacou-se pelo cuidado com a pregação e também pelo espírito de penitência. A ideia de fazer seus frades pobres e estudiosos foi para que pudessem pregar a doutrina cristã com palavras, mas principalmente com a vida.

Liturgia

los já citados, o próprio São Domingos faz parte do seleto grupo dos santos doutores da Igreja. Membro da Ordem dos pregadores fundada por São Domingos também era Dom Walter Michael Ebejer, primeiro bispo da Diocese de União da Vitória, falecido em 11 de junho deste ano. Pode-se dizer que o zelo que ele possuía para com as coisas divinas provinham do exemplo e da intercessão desse santo cujo nome adotou. ORAÇÃO Ó glorioso São Domingos, que com grande zelo defendestes a Igreja através da oração e da pregação, alcançai-nos a graça de não desanimar no anúncio da Palavra nem esmorecer na prática da oração animados por vossa intercessão e da Bem-Aventurada Virgem Maria, que dignou-se revelar-te a devoção do Santo Rosário.

Gustavo Santana Seminário Diocesano 1º ano de Teologia

A família é chamada a compartilhar a oração diária, a leitura da Palavra de Deus e a Comunhão Eucarística, para fazer crescer o amor e tornar-se cada vez mais um templo onde habita o Espírito Santo. O Papa Francisco nos diz: “As famílias alimentam-se da Eucaristia com disposição, reforçam seu desejo de fraternidade, o seu sentido social e o seu compromisso para com os necessitados”. Lembra o Papa que é inesquecível a cena retratada no livro do Apocalipse: “Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir minha voz e abrir a porta, eu entrarei na sua casa e tomaremos a refeição, eu com ele e ele comigo” (Ap 3,20). A casa abriga a presença de Deus, a oração comum e a benção do Senhor. A família é o lugar onde os pais se tornam os primeiros mestres da fé para seus filhos. A MISSA É UMA REFEIÇÃO Nesta refeição, que é a Santa Missa, todos estão ao redor do altar. Aqui deixamos de lado toda mesquinhez, egoísmo, preconceito, e participamos do mesmo pão, das mesmas orações, da mesma fé e do mesmo Cristo Salvador. Formamos a verdadeira família de Deus. Na Missa temos duas mesas para saciar a fome da comunidade: a primeira chama-se “Mesa da Palavra de Deus” e a segunda é a “Mesa da Eucaristia”, onde todos são convidados a receber o corpo e o sangue de Cristo. Em ambas as mesas é sempre Jesus o nosso alimento. A MISSA É AÇÃO DE GRAÇAS A Santa Missa também pode ser chamada de Eucaristia, ou seja, ação de graças. A ação de graças é a oração por excelência de que tem fé e confiança. É o agradecimento a Deus pelos dons

recebidos de graça. Tudo é de Deus. Vamos para reconhecer que tudo veio das mãos generosas do Pai. Não vamos à Missa somente para pedir, mas também para louvar, agradecer e adorar a Deus. FAMÍLIA QUE REZA UNIDA, PERMANECE UNIDA A vida de oração de uma família atinge seu ponto mais alto quando participam juntos na Eucaristia, principalmente no Domingo. Jesus bate à porta da família para partilhar com ela a Ceia Eucarística. O alimento da Eucaristia é força e estímulo para viver a cada dia a aliança matrimonial como Igreja doméstica. Aí está a importância de participarmos da Missa dominical e rezarmos em família. Fortalece e ajuda a enfrentar os muitos desafios do nosso tempo que frequentemente a atacam e a dilaceram. Quando participamos da Missa em família, ensinamos aos nossos filhos e netos uma das lições mais importantes: ao observarem os pais e outros adultos recebendo a Eucaristia, percebem que é o Corpo e Sangue de Cristo e o exemplo dos pais é uma parte essencial na preparação desta consciência. A Eucaristia não é somente algo simbólico. O próprio Jesus disse: “Eu sou o pão vivo que desceu do céu; quem comer deste pão viverá para sempre; quem come a minha carne e bebe o meu sangue terá vida eterna e permanece em mim e eu nele”. Imitemos Josué e o povo de Israel. Quando perguntaram se eles serviriam ao Senhor ou aos deuses pagãos eles responderam: “Eu e minha casa servimos ao Senhor”. Referências: - Bíblia Pastoral; - Exortação Apostólica sobre o Amor na Família, Papa Francisco;

Diác. Alisson M. de Moura Par. São Mateus


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Estrela Matutina - Caderno 1 - Agosto de 2021 www.dioceseunivitoria.org.br

Em preparação ao Lançamento do Plano Diocesano, Equipe do PDAE faz formações online Durante o mês de julho dois encontros online marcaram um espaço de formação para membros da Equipe do Plano Diocesano da Ação Evangelizadora, a ser lançado no dia 14 de agosto. O primeiro encontro que reuniu em torno de vinte pessoas, entre membros do clero e lideranças leigas da Diocese, se deu no dia 10 de julho. No primeiro momento da reunião Dom Walter Jorge, bispo diocesano, motivou os participantes a aproveitarem o máximo possível da Formação, fortalecendo no grupo a seriedade dos encontros e os bons frutos que tais formações podem gerar na vida das Pastorais e da ação da Igreja como um todo. Na sequência, padre João Francisco Sieklicki, coordenador da Ação Evangelizadora, conduziu um espaço de espiritualidade. Na fala sobre algumas Pastorais, Movimentos e Organismos, abordando questões do trabalho da Pastoral Familiar, padre Antônio Carlos Rodrigues apontou pontos específicos sobre a evangelização de namorados, noivos, recém-casados e casais em 2ª União. O padre também reforçou a importância de se investir na formação dos agentes atuais e de agregar outros para um melhor trabalho com as famílias.

A Pastoral Litúrgica também

Reunião de formação com Coordenadores de Pastorais, Movimentos e Organismos, realizada no dia 10 de julho.

foi abordada no encontro com a fala do Diácono Alisson Marlon de Moura, que enfatizou a preocupação que as paróquias devem ter na formação litúrgica nas Matrizes e comunidades, envolvendo MECES, leitores, o padre e a comunidade, com o objetivo de aperfeiçoar os trabalhos existentes na Liturgia, nos 44 anos de Diocese. “A Pastoral Litúrgica é a arte de conduzir os fiéis à uma melhor vivência do Mistério Pascal de Cristo. Nossa meta é aprimorar a caminhada litúrgica para que se tenha uma participação mais consciente, ativa e frutuosa”, definiu Diácono Alisson. Outro espaço formativo foi o estudo sobre a Encíclica Fratelli Tutti, do Papa Francisco, a qual trata sobre a Fraternidade e a amizade social. A explanação do Documento foi feita pelos seminaristas Diocesanos Diego Nakalski e Douglas Ribasz.

“veioEssedodocumento Povo e voltase para o povo. [...] é resultado de uma reflexão em conjunto, que veio do próprio povo diocesano em Assembleia

Padre Nelson José Kovalski, falou sobre a Pastoral do Dízimo, comentando os desafios encontrados para auxiliar as paróquias neste tempo de Pandemia.

Da paróquia Nossa Senhora do Rocio, Dilmarise, que participou da construção do Plano, animou os participantes apontando a iniciativa positiva da construção do Documento. “O Plano Diocesano irá nos dar um norte na caminhada da Diocese. Cada paróquia tem sua realidade, mas teremos um Documento que nos ajudará a saber para onde caminharmos juntos”, contribuiu ela.

No dia 20 de julho, a formação foi direcionada à Equipe de Formação do Plano

Diocesano da Ação Evangelizadora (PDAE). Nela, os participantes puderam partilhar a experiência que estão tendo na compreensão do Plano Diocesano e os possíveis caminhos de sua aplicação nas matrizes e comunidades. Para alguns, o ambiente da Pandemia desafia a Igreja na sua prática pastoral, e o estudo e a implantação do Plano nas paróquias é uma estratégia positiva de uma nova evangelização. “Sabemos que um dos desafios em nossas paróquias é reanimar as comunidades para voltarem às celebrações e também se envolverem com as atividades da Igreja. Esse ambiente pós pandemia é uma nova realidade que vamos enfrentar”, comentou um dos participantes, da paróquia Sant’Ana, de Santana – Cruz Machado.

Ao final, padre João Francisco reforçou que o Plano tem seu aspecto positivo por ter vindo como fruto de uma Assembleia Diocesana. “Esse documento veio do Povo e volta-se para o povo. Não foi algo que brotou da ideia do bispo ou padres, mas é resultado de uma reflexão em conjunto, que veio do próprio povo diocesano em Assembleia”, reafirmou o padre coordenador. A próxima Reunião Bimestral Formativa para o grupo está marcada para o dia 11 de setembro. A Implantação Oficial do Plano Diocesano da Ação Evangelizadora se dará no dia 14 de agosto, com a formação para o clero e lideranças, às 9h, e com a Santa Missa presidida por Dom Walter Jorge, às 16h. A cerimônia se dará na igreja matriz Nossa Senhora do Rocio, em União da Vitória.

Padre João Francisco, com Equipe de Formadores do PDAE, em reunião no dia 20 de julho


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Estrela Matutina - Vocação - Agosto de 2021 www.dioceseunivitoria.org.br

A ARTE DA FÉ/A FÉ DA ARTE A Vocação de Mateus de Caravaggio O chamado de Mateus é um dos mais interessantes de todos! Se levarmos em consideração como os cobradores de impostos eram vistos, ninguém convidaria um deles para fazer parte de um grupo religioso. Ninguém menos Jesus, que enxergava além das aparências.

para nós, joga corpo para trás, esquivando-se de um possível chamado. Na frente dele, um adolescente olha para Jesus com um certo desdem, como se dissesse: “não somos o tipo de gente que você procura. Nenhum de nós ‘é de igreja’”. Ao lado dele um barbudo, que poderia ser o “alvo” de Jesus, faz questão de jogar a batata Os textos que narram esse episódio, Mt 9,9 e quente para o homem de cabeça baixa ao seu Mc 2, 14, foram retratados por Caravaggio (1571lado. Ao contrário de Jesus, porém, ele aponta 1610) num quadro de 3,40m x 3,20m, na igreja com o dedo em riste, pois trocou a delicadeza do de S. Luís dos Franceses, em Roma, junto a ouMestre por uma acusação seca. O homem para tras duas pinturas que retratam S. Mateus esquem ele aponta não tem a menor ideia do que crevendo o Evangelho e sendo martirizado. esteja acontecendo, pois está totalmente absorto no dinheiro, bem como o de óculos, no fundo, Convido você, querido leitor, a, antes de contique também não olha para Jesus. Se formos fanuar a leitura, olhar com atenção a imagem do lar de vocação para um grupo de jovens hoje, as O Chamado de Mateus, retradado por Caravaggio quadro. Já olhou? Olhe de novo, preste atenção reações serão semelhantes: uns tentarão apenos detalhes. Vá lá, eu espero... Isso, agora podemos continuar... nas se esquivar, pelo medo do compromisso, outros olharão com desdém, outros jogarão a batata quente para aquele que tem “cara de padre” ou que é muito tímiA cena é composta por dois grupos de personagens: do lado esquerdo de quem do, enquanto outros ainda não estarão dando a mínima importância, concentraolha estão Mateus e seus colegas, e do direito, Jesus e Pedro. Se você olhou com dos que estão nos celulares. atenção, talvez tenha percebido a diferença nas roupas: Jesus e Pedro estão vestidos como galileus do primeiro século, enquanto que a turma de Mateus veste Na parte superior do quadro, vemos uma grande área escura, uma janela com roupas mais modernas, como se usava na época em que a pintura foi feita. Isso uma cruz e um facho de luz, que, curiosamente, não entra pela janela, para mosfoi feito para mostrar que Jesus é um personagem histórico (não fictício ou ima- trar que não é uma luz natural, e sim algo divino, pois vem de cima e, embora ginário) e que seu chamado continua hoje, no nosso tempo, na nossa realidade. passe por cima da cabeça de Jesus, banha Seu rosto de luz. Sim, a vocação é um Se o quadro fosse pintado hoje, um dos personagens poderia estar usando terno mistério (área escura) que só pode ser compreendido à luz de Deus, do Seu Amor e gravata, outro calça jeans e camiseta, etc. manifestado na pessoa de Cristo, que na cruz doou Sua vida por nós. Olhemos agora para Jesus e Pedro: Jesus aponta para Mateus, indicando Sua escolha, com o dedo da mesma forma que o Adão da Capela Sistina, pintado por Michelângelo, porque Cristo é o Novo Adão, que veio consertar o erro do primeiro e ser o primogênito de muitos irmãos, o fundador de uma nova família, que é a Igreja. Pedro repete o gesto de Jesus mas de uma forma mais tímida, como se estivesse perguntando: “aquele homem, Jesus? Tem certeza?”. Mesmo com dúvida, inseguro, Pedro segue o Mestre. Isso se chama Fé! Reparemos agora nos outros personagens. O mais próximo de Pedro, de costas

Mas quem é Mateus? O barbudo? O de cabeça baixa? O de óculos? Pouco importa, porque Mateus, na verdade, é você, sou eu, somos nós. Que essa obra de arte nos inspire a abandonarmos o medo, a tirarmos o foco das coisas materiais e a abraçarmos o compromisso de seguir Jesus, Pe. Emílio Bortolini Neto a única luz capaz de brilhar no meio das Paróquia Santa Bárbara trevas do mundo. Bituruna

Seminário Diocesano: Preparando novas vocações Pela impossibilidade que a Pandemia da Covid-19 causou para reuniões e encontros presenciais, colocando a exigência do Distanciamento Social, o Seminário Diocesano não pôde desde o ano passado realizar encontros vocacionais presenciais com jovens vocacionados. O contato com jovens interessados a ingressar no Seminário continua sendo feito pelos padres da Formação, contando com a ajuda dos seminaristas e também de padres e leigos envolvidos no trabalho vocacional nas paróquias. Para fortalecer esse contato, a Equipe Formativa do Seminário Diocesano Rainha das Missões, de União da Vitória, padre Marcelo Antônio Rosa, Reitor, padre João Henrique Lunkes, Diretor de Estudos, e padre Ronaldo Rodrigues, Diretor Espiritual estão programando encontros online com os vocacionados para melhor conhecê-los, bem como realizar visitas

nas paróquias, celebrando missas e conversando com os padres, e jovens interessados a seguir a caminhada sacerdotal. “Precisamos fazer essas ações para irmos conhecendo melhor os jovens que pretendem ingressar no próximo ano. Queremos realizar encontros online com eles até o final deste ano para não perdermos o contato”, comentou padre João Henrique.

minário Diocesano, com os Encontros Vocacionais, grupos como As Zeladoras da Capelinhas, Equipes Vocacionais nas paróquias, e Movimento Serra, ajudam por meio das orações, ações de coletas destinadas ao Seminário e apoio vocacional, para que aqueles que se sentem chamados possam ter o apoio necessário para cultivar e amadurecer sua vocação.

Uma ação realizada a nível paroquial aconteceu na paróquia São José, de Antônio Olinto, a qual reuniu de modo presencial, respeitando um número menor de jovens e seguindo os cuidados exigidos pelos Protocolos da Convid-19, no dia 31 de julho, jovens para um momento de formação vocacional. “No final deste mês de julho a paróquia de Antônio Olinto fez um encontro com alguns vocacionados. Inclusive eu estive lá celebrando a missa e pude conversar com os jovens”, comentou padre Marcelo Rosa, Reitor do Seminário.

Os jovens que sentem tal chamado e querem melhor discerni-lo, devem entrar em contato com o padre de sua paróquia, ou com o Seminário Diocesano, para ter uma conversa e começar um acompanhamento para o seu discernimento.

Além das ações promovidas pelo Se-

*Que Maria, Aquela que com generosi-

dade deu o seu ‘Sim’ ao chamado que Deus a convocou, interceda neste mês das Vocações e por todo o sempre, por aqueles que sentem o coração bater mais forte pela Vocação Sacerdotal. E que assim aconteça também com aqueles que se sentem chamados a seguir as demais vocações existentes na Igreja. Contato Vocacional: 42 3523 4552

Seminaristas e padres em celebração na Capela do Seminário


Estrela Matutina - Vocação - Agosto de 2021 www.dioceseunivitoria.org.br

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Agosto: Mês Vocacional Escolhas que realizam vidas Neste mês, a Igreja dá destaque às vocações, Chamados de Deus para as pessoas, as quais em sintonia com Ele, sabendo ouvir e buscando recursos para um bom discernimento, descobrem os caminhos que realizam suas vidas, que dão sentido à sua existência. Dentre várias pessoas que em nossa Diocese de União da Vitória sentem-se realizadas nos caminhos nos quais deram o seu ‘Sim’, o Estrela Matutina traz algumas que se sentiram felizes em poderem compartilhar suas experiências.

VOCAÇÃO LAICAL - Morador na cidade de União da Vitória, Sérgio Gelchaki é psicólogo e professor. Atua como Ministro da Eucaristia na Paróquia São Judas Tadeu, em União da Vitória. Sérgio descreve sua vocação como Leigo nas seguintes palavras: “Tanto a docência como a psicologia são atividades que acreditam na mudança dos seres humanos. Ver essa mudança nas almas que se encontram comigo é uma alegria, e essa alegria vem do Cristo, pois além do aparato técnico que a profissão exige, o encontro existencial me aproxima das pessoas e de Jesus. Quando testemunho processos de cura, me lembro do encontro entre Jesus e a mulher que foi flagrada em adultério, fico pensando na alegria que essa mulher experimentou após ser curada pelo olhar sereno, terno e alegre do Cristo. O olhar de Jesus é de alegria genuína e é essa alegria que baliza minha vida e minhas atividades”. “Desde muito cedo meus pais plantaram a semente cristã dentro de mim e a cultivaram com exemplos de amor e dedicação. Portanto, foi fácil continuar e cultivar essa vivência; em contrapartida, uma fé madura têm suas exigências, principalmente ligadas a participação na vida da comunidade, no plano de estabelecer o Reino de Deus entre as pessoas que são minhas companheiras de jornada existencial”.

VOCAÇÃO MATRIMONIAL - Valter Luiz e Dirce Maria Foetsch, são da paróquia Nossa Senhora do Rosário, de Rio Claro do Sul – Mallet. Casados há 32 anos, segundo Dirce, o desejo da vida matrimonial surgiu das mesmas afinidades com Valter: “...de gostar da companhia um do outro, gostar de crianças, do desejo de ter filhos, de reunir-se em família. Nos conhecemos participando de Grupo de Jovens e nas atividades da catequese. Uma amizade que cresceu, fortificou-se no amor encontrado como casal que desejava formar família e ter filhos”. “O respeito, o companheirismo e o amor, possibilitou que o casamento se solidificasse criando nossos dois filhos, André e Amanda, com muito amor. Desta forma, com honestidade, oração, carinho e amor, colaboramos para que nossa vivência familiar seja cada dia melhor, e consequentemente, um bom exemplo em sociedade”.

VOCAÇÃO RELIGIOSA - Natural da cidade de São João do Triunfo, Irmã Nátali Karpinski Gordia completa no mês de agosto, mês vocacional, 23 anos de idade. Ingressou na Congregação das Irmãs Franciscanas da Sagrada Família de Maria no dia 09 de fevereiro de 2016, e fez sua primeira Profissão Religiosa, no dia 10 de janeiro de 2019. Atualmente atua na Paróquia Santo Antônio de Pádua, em Santo Antônio da Platina – PR, Diocese de Jacarezinho. Sempre muito engajada na igreja, principalmente na catequese e grupo de jovens, Irmã Nátali conheceu as Irmãs que atuam em sua paróquia de origem e se sentiu atraída pela Vida Religiosa. “Na minha Paróquia há a presença das Irmãs Franciscanas da Sagrada Família de Maria. Sempre admirei o trabalho pastoral e a vida de oração delas, e quando me dei conta, cada vez mais eu estava interessada em saber sobre a Vida Consagrada. Acredito que Deus já havia plantado a semente da vocação no meu coração! Iniciei meu acompanhamento vocacional e ao conhecer o carisma e missão da Congregação fiquei encantada e não tive dúvidas de que Deus me chamava a fazer parte dessa família, e que o Espírito Santo havia me guiado ao lugar certo”.

VOCAÇÃO PRESBITERAL - Pároco da paróquia Senhor Bom Jesus, de Rebouças, de onde é natural, padre Alcione Zanin tem 53 anos de idade, e 30 anos de sacerdócio, completados em março deste ano. Sua vocação teve início na própria paróquia onde participava com os pais e onde hoje é pároco. “Com 7 anos de idade eu já era coroinha. O padre celebrando a missa, e as atividades da comunidade sempre me chamaram a atenção; sempre gostei de servir na comunidade. Outro evento que me chamou a atenção foi a história de São Tarcísio, que minha mãe lia para mim. Eu fazia questão de sempre ler aquela história. Então, em tudo isso minha vocação foi se afeiçoando no amor a Cristo, me dando satisfação em poder servir”. “O Sacerdócio me satisfaz em poder dar alegria às pessoas. Não existe maior alegria para mim do que ver uma pessoa feliz, em poder servir seja com uma cesta básica, uma oração, um cobertor, distribuindo a Eucaristia. Gosto de atender as confissões. Como sacerdote amo celebrar a missa todo dia; não consigo ficar e viver sem a Eucaristia, e ver as comunidades perseverantes me fortalece ainda mais. Amo o que faço e sirvo por amor”.

CAMINHO AO SACERDÓCIO - Natural de São Mateus do Sul, da paróquia São Mateus, Douglas da Silva Ribacz tem 24 anos. Ingressou no Seminário em 2014, e atualmente faz seu Estágio Pastoral na paróquia São José Castíssimo Esposo da Virgem Maria, em Antônio Olinto. “Desde pequeno comentava com meus familiares em ser padre. Quando coroinha, pegava as vestes e brincava de rezar Missa com bolacha e suco de uva. Sempre admirei o trabalho dos padres. Em 2013, em missões na paróquia, os seminaristas, hoje padres João Henrique e Marcelo Rosa me incentivaram a entrar no seminário. Tive também apoio dos padres Silvano e Joviano”. “Gosto de pensar que ao nos encontramos com Cristo, devemos leva-Lo às pessoas que não o conheçam e não o amam. Esse desejo missionário me motiva a ser feliz em minha vocação porque estou convicto de sem Cristo nada podemos fazer, mas que com Ele, realizamos grandes coisas pelo povo.”


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Estrela Matutina - Estrelinha - Agosto de 2021 www.dioceseunivitoria.org.br


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