O Capuchinho e o Lobo que não era assim tão mau

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ESCOLA BÁSICA 2º, 3º CICLOS MARIA ALBERTA MENÉRES

O Capuchinho e o lobo que não era assim tão mau Escrita criativa – 5º ano Português

2011 - 2012

ALUNOS

DO

5ºA


Era uma vez um lobo que vivia numa floresta em que era considerado o herói de todos. Quando um falcão ameaçava um coelho, o lobo assustava-o de tal maneira que só passados três meses é que o falcão tinha coragem de voltar aquele lugar. Um dia o lobo salvou um cabrito e tornaram-se muito amigos. Mas o cabrito, há medida que o tempo passava e que o lobo salvava vidas, começou a ficar cada vez com mais inveja do lobo, pois ele sempre desejou ser o herói da floresta. Assim, houve um dia que o cabrito viu que o lobo queria agradar a todos os animais da floresta. Preparou, assim, um esquema que começava por o cabrito contar-lhe uma mentira, dizendo que se ele queria ser um verdadeiro herói teria de fazer alguns disparates para agradar aos animais, por exemplo: se uma lagartixa quisesse um casaco de peles, ele teria de matar um coelho para fazer esse casaco. O lobo, feito um patinho, caiu na mentira do cabrito e começou a fazer algumas coisas más que o deixaram muito mal visto perante os outros animais, que tanto nele confiavam. O lobo, sentindo a distância dos outros animais, ficou triste e foi ter com o cabrito. O cabrito revelou-lhe o seu plano para ser ele o herói da floresta, e não o lobo. Isto deixou o lobo triste por ter caído nesta mentira e afastou-se. Numa clareira, ele encontrou uma menina que era conhecida por Capuchinho Vermelho, devido à cor da sua capa. Viu que ela estava muito triste e foi ter com ela. Perguntou-lhe: - Olá, eu sou o lobo. Sabes, eu vi que estavas muito triste. O que é que aconteceu?


- A minha avó está muito doente e torna-se às vezes um pouco aborrecida. Eu gostava que a minha avó estivesse mais bem-disposta – respondeu a Capuchinho Vermelho. O lobo pensou que, se ele se disfarçasse de avó da Capuchinho Vermelho, a menina iria ficar mais animada. O lobo escondeu a avozinha, vestiu as suas roupas e deitou-se na cama da avozinha. No início tudo corria bem, mas depois o lobo começou a ter muita fome e tentou comer a Capuchinho Vermelho e a avozinha. Ficou conhecido como lobo mau por todos. Foi apenas por estar desesperado com fome que ele teve aquela reação. Mara, 5ºA


Era uma vez um capuchinho vermelho que vivia na cidade com a mãe. Um dia a mãe pediu-lhe para levar o almoço a avó que vivia numa aldeia ali perto. - Capuchinho, vais levar o almoço à tua avó, mas tem cuidado porque no parque onde vais passar dizem que anda lá um lobo muito mau, ele até costuma ir apanhar as galinhas das aldeias ali próximas. - Está bem, eu tenho cuidado. – Disse o capuchinho. E lá foi. Chegou ao parque, começou a brincar, andar de baloiço de escorrega, quando de repente olhou para o relógio. -Oh, já é tão tarde, a minha avó vai ficar preocupada. E correu pelo parque fora. De repente viu umas margaridas lindas e pensou.”Vou levar algumas e fazer um ramo para a minha avó e pedir-lhe desculpas pelo atraso.” Nisto, ouviu um barulho atrás de umas árvores. -Quem está aí? - perguntou o capuchinho. -Sou eu o lobo. - Mas tu és o lobo mau, não é verdade? – interrogou-o o capuchinho com um ar assustada. - Dizem que sim, mas eu não faço mal a ninguém, da fama eu não me livro. - Está bem, está bem, eu tenho de me ir embora para levar o almoço a minha avó que já se faz tarde. - Adeus. - Adeus. – despediu-se o lobo. E lá foi ela um bocado desconfiada e sempre a olhar para trás.


Mas o lobo até tinha gostado da menina, porque ela não teve medo dele, mas resolveu ir atrás dela. Quando o capuchinho estava a chegar a casa da avó, ouviu uns passos, parou e olhou para trás. - Quem está aí! - Desculpa, sou eu outra vez, eu gostava de te conhecer melhor e brincar contigo, afinal tu não fugiste de mim. - Sim, é verdade! Tu até pareces simpático, não és nada daquilo que dizem. - Mas eu primeiro vou almoçar com a minha avó, ela está a minha espera. Passado um bocado de ter entrado na casa da avó, ela vem à rua e chama o lobo. - Olha lobo, eu contei à minha avó a nossa conversa e ela disse para vires almoçar connosco, ia dar-te um voto de confiança. - Juras? Posso mesmo? Eu vou contar-te o meu segredo, eu não gosto de avozinhas nem de galinhas, eu sou vegetariano, isso são só histórias que inventam para difamar os lobos. E lá foram para dentro. No final do almoço, depois de tanta animação, o capuchinho agradeceu ao lobo. - Obrigado, tu és bem divertido. Há muito tempo que não nos ríamos tanto. A minha avó adorou-te e eu vou contar na cidade o que se passou, para as pessoas de lá confiarem em ti. - Obrigado capuchinho, temos que nos juntar mais vezes. – Agradeceu o lobo todo contente. E cada um seguiu a sua vida. Madalena Ribeiro, 5ºA


Claro que já toda a gente conhece a história do capuchinho vermelho, mas esta história não foi bem assim durante um tempo. Apresento-vos o nosso lobo: O Loup! O lobo francês mais popular de toda a França e que fala muito bem francês. Até é crime não o conhecer!

Ato I

Esta parte passa-se na sua casa e na rua da sua casa.

Cena I

O Loup tem de ir a uma entrevista. Ele quando soube ia desmaiando!

O que vale é que ele é riquíssimo e contratou um massagista para descontrair. Mas não pensem que é um massagista qualquer… É, como sempre, o mais caro e luxuoso do mundo que traz escravos e guardas sempre com ele! Vamos ver o que acontece.

Loup - Monsieur, você vai ser ma masseuse (massagista).

Massagista - Desculpe, então vai ter de me pagar 15000€ por segundo o que equivale a… 900000€ por hora ou seja… 21600000€ por dia! (gritando) Por isso tu não tens dinheiro para isso!

Loup - Esqueça (gozando) isso não valeur meio escudo pour moi !

Massagista - Então quem és tu?

Loup - Eu sou le Loup, o lobo mais rico e inteligente do monde!


Massagista - (Com ar cansado) Está bem, mas só com o pagamento rigoroso, eu vou contar todos os cêntimos que roubares!

Loup - Repos, tu précisas de mim não eu de ti!

Massagista - Está bem. Fica combinado para…

Loup - …Agora mesmo na ma maison que é em Parris na rue … Não interressa, vai ter à la tour Eiffel.

Massagista - Combinado. Já estou na limusina.

Loup - Moi também.

(Ouve-se um barulho de um motor)

Loup - Oh não! Je ne posso irr à tour Eiffel!

(Liga para o massagista ouvindo-se um clicar nos números amplificado)

Loup - Masseur, desculpe, je ne posso irr aí, tem de ser você a virr aqui. A não serr que… amanhã eu já possa irr.

Massagista - Ok! Combinado!

Loup - Ai como a vida das pessoas riches e populaire é difficile.


(No dia seguinte)

Loup - Oh não! Isto é péssimo. Je ne puis irr à la tour Eiffel por causa deste pé parrtido! (Volta a ligar ouvindo-se um clicar nos números amplificado) Masseur, tenho o pé parrtido! Como posso ir à la tour?

Massagista - Descanse. Eu vou lá e pergunto se sabem onde é a sua casa, ou melhor dizendo, casarão que mais parece um hotel 5 estrelas e depois eu trato de tudo.

Loup - Le problème é que a ma maison é secrretamente escondida. Tem de escavarr para a poderr verr.

Massagista - Não há problema! Eu mando os meus guardas fazerem isso.

Loup - Merci, Merci! Merci beaucoup! Sem você eu não poderria estarr aqui!

(Passam alguns segundos, ouve-se uma retroescavadora a escavar)

Loup - Mas o que é que se passe aqui !? Quem é que se atrreve a fazerr isto?

Massagista - Olá Loup! Consegue ver-me aqui na retroescavadora? Hã? Estou a fazer o que me mandou fazer ainda há alguns minutos.

Loup - Quoi ? Eu não mandei fazerr isso. Apenas disse que era para escavarr, não destruirr tudo à volta da ma maison!

Massagista - Acalme-se, eu depois chamo escravos e eles tratam desta coisa.

Loup - Esperro bem que sim! Si non fica como voluntárrio e de seguida é prreso pela polícia frrancesa!


Massagista - Está bem! (gritando) Não sou surdo. Agora vamos entrar em casa.

Loup - Está bem, mas só depois de me arranjarr isto!

Massagista - (assobia) Escravos! Já, arranjar isto!

Escravos - Sim senhor!

Massagista - Está a ver. É canja de galinha.

Escravo 1 - (O escravo chama o massagista tocando-lhe com um dedo e ouve-se um toque de dedo amplificado) Senhor, temos um pequeno problema.

Massagista - (gritando) O quê!? (baixando o tom para o Loup) Espere um pouco. Tenho de resolver um mini problema.

Loup - Às suas orrdens masseur!

Massagista - (Para os escravos grita) Mas o que é que se passa aqui!? Hã? Vá expliquem-me!

Escravo 2 - Primeiro, não temos material nem licença para isso. Segundo, demora dias a reconstruir e por último, foi você quem fez isto. Faça o que lhe apetecer porque nós… já não fazemos nada!

Massagista - Esperem, esperem. Eu pago-vos mais 25000 por hora, falo com a câmara para vos dar licença e compro o que for preciso.

Escravo 2 - Hum… Espere um pouco.

(Os escravos reúnem-se numa roda sussurrando o que vão fazer)


Escravo 2 - Está bem.

Massagista - Vou telefonar à câmara. (Ouve-se um clicar nos números amplificado) Pronto. Podem fazer o que quiserem. Vou comprar material.

(Sai do palco apressadamente)

Escravo 1 - Muito bem, já ganhamos mais, a câmara deu-nos licença para trabalhar e ainda temos material à borla! Assim é que eu gosto!

Escravo 2 - Não és o único, eu também gosto.

(Reentra o massagista com cimento, tijolos, ferramentas…)

Massagista - Pronto. Aqui têm o vosso material. Comecem já a trabalhar!

(Os escravos começam a trabalhar)

Massagista - Aqui estou eu de novo.

Loup - Finalmente! Vamos parra moi casa imediatamente!

(Entram em casa do Loup)

Escravo 3 - Hei malta! Que tal agora fugirmos?

Escravo 1 e 2 - Boa ideia, e o pagamento?

Escravo 3 - Esqueçam isso.


Escravo 4 - Pois, esqueçam.

Escravo 1 e 2 - Então fujam vocês. Nós não mexemos um músculo até ao pagamento!

Escravo 3 e 4 - Está bem, nós ficamos aqui.

(Continuam a trabalhar e o Loup sai com o massagista)

Loup - Merci, acho que já estou prreparado.

Massagista - Para quê?

Loup - Parra uma entrevista.

Massagista - Ah! Então adeus.

Cena II

Está na hora da entrevista. Temos uma entrevistadora que vai estrear-se a entrevistar, é uma revelação. Será que vai ser uma entrevista normal?

Entrevistadora - (Virada para o público) Bom dia, estamos em direto e em exclusivo para o FamosoCanal a entrevistar o senhor Loup em sua casa para descobrir informações que nunca revelou. (Virada para o Loup) Senhor Loup, onde e quando nasceu?


Loup - Bem, eu nasci na Eurropa no século XIV, por isso tenho sensivelmente… 700 anos

Entrevistadora - (Grita) O quê!? (Volta ao tom normal) Desculpem. Foi sem querer. Loup, onde vive?

Loup - Isso não lhe posso esclarecerr. É uma maison secrreta.

Entrevistadora - (Volta a gritar) Hã! (Volta novamente ao tom normal) Desculpem. Foi outra vez sem querer. O que come?

Loup - Muita carrne.

Entrevistadora - Já suspeitava! Quanto mede e pesa?

Loup - Não lhe sei dizerr exatamente.

Entrevistadora - Tem irmãos?

Loup - Sim tenho um irmão gémeo. O que vai ser o lobo da história “O capuchinho vermelho” amanhã.

Entrevistadora - Mas eu pensava que ia ser você! Desculpe, desculpe.

Loup - Não. É ele.

Entrevistadora - (Para o público) E assim terminamos a nossa entrevista ao senhor Loup. (Para o Loup) Muito obrigado pele sua presença. O resto de uma boa noite.

Loup - Prronto, já posso dormirr descansado.


Cena III

No dia seguinte… Aqui entra o irmão do Loup que se chama Bigodes mas com uma tarefa para o Loup.

(Ouve-se um telemóvel a tocar)

Loup - Irrmão? A esta hora? (Atende o telemóvel) Que foi!?

(Entra do lado oposto ao Loup e senta-se)

Bigodes - Olha, tenho uma má notícia.

Loup - Qual?

Bigodes - Tenho a perna partida e não posso ir à história. Preciso que me substituas.

Loup - Quoi!?

Bigodes - Sim, é a única opção.

Loup - Ok. Estou a entrrar na limusina pour irr parra lá.

Bigodes - Está bem.


Ato II

O resto da história passa-se no estúdio.

Cena I

Aqui o Loup encontra-se com o seu irmão e o capuchinho.

Loup - Olá! O que tenho que fazerr.

Bigodes - (Atira-lhe o guião) Aí tens o guião.

Loup - (Folheia o guião) Está bem.

Bigodes - Pronto, agora vai representar.

(E o Loup vai)

Capuchinho - Olá, eu vou ser o capuchinho.

Loup - Está bem.

Capuchinho - Vemo-nos lá dentro.

Atenção: Texto com palavras e sotaque francês!

Dinis Santos 5º A


Sugestão de narrativa fílmica

Capuchinho Vermelho, O Lenhador, A Avozinha, O Lobo, Não São os Suspeitos do Costume, Nem a História é a Habitual. Todos conhecem a história do Capuchinho Vermelho. CAPUCHINHO VERMELHO: A VERDADEIRA HISTÓRIA reinventa uma das mais conhecidas histórias de todos os tempos. Um filme que fará a delícia dos mais novos, dos novos de espírito… e de todos os outros.

Clica na imagem para veres a apresentação do filme


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