No reino sem sonhos

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No reino sem sonhos Reinos maravilhosos, mas os seus habitantes estão incompletos… Falta o sonho, a magia, o encantamento.

2011 - 2012

Escrita Criativa – 5ºA


Esta história é sobre um reino em que não havia sonhos, imaginação e criatividade. Era um reino em que as criaturas eram estranhas, aliás, estranhíssimas, e tinham um aspeto divertido mas sem saberem porquê. Estava eu num jardim a ver aquela paisagem magnífica, quando passa à frente dos meus olhos uma criatura em que as mãos estavam no sítio das pernas e viceversa. Tinha vontade de segui-la e assim o fiz. Enquanto o seguia, reparei que o aspeto da paisagem mudara. A cor original da paisagem magnífica começou a desaparecer e em instantes estava tudo estranho. O céu não estava azul, em vez disso estava amarelo, e o sol também tinha mudado, estava azul. A relva já não era verde-escura, agora era rosa e as nuvens não eram brancas e, sim, pretas. As criaturas tinham um aspeto divertido: algumas eram metade zebra e metade esquilo, enquanto outros eram arco-íris e outras infinidades de misturas divertidíssimas. A que eu seguia já não estava lá e eu tentei voltar para trás, esquecendo tudo o que vi. Mas, quando me virei, só estavam lá árvores estranhíssimas e não o jardim em que eu estava. Andei, andei e andei à procura de um humano como eu e só via era aquelas criaturas a olharem para mim e ouvia “olha aquela ali, tem roupas horríveis, tom de pele estranho e esquisito”, por todos os lados onde ia. Cheguei então a uma espécie de edifício torto como se fosse a torre de piza, mas aquele não era cinzento mas amarelo, azul e rosa. Entrei e uma criatura chamada Daida foi ter comigo. - Olá criatura estranha, eu sou o Daida e quero saber o que fazes aqui, no reino “ NO DREAMS” em que a rainha é a Blavi, a mais brava de todas as rainhas. – Informou ele. - Porque é que este reino se chama “NO DREAMS”, vocês não sabem sonhar? -Interroguei eu a achar que o facto de eu estar ali iria dar confusão. - Oque é isso de sonhar, criatura? – Perguntou ele como se não soubesse oque era aquela palavra.

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Eu respondi-lhe que sonhar é um conjunto de ideias que temos e que imaginamos. Ele achou-me estranha e saiu dali como se nunca me tivesse conhecido. Reparei que todas as criaturas daquele reino eram pálidas e imaginei que a rainha Blavi tinha inventado a regra de não sonhar e, por isso, é que não havia Página | 3 criatividade e inspiração. Encontrei o castelo da rainha, ficava no monte branco. Fui até lá e fiquei surpreendida quando reparei que os meus amigos, o André, O João e a Beatriz Baptista estavam presos numas jaulas retangulares. - Catarina, ajuda-nos estávamos naquele jardim em que tu estavas e viemos parar a este reino! – Exclamou a Beatriz Baptista. Fui ter com a rainha Blavi e perguntei-lhe por que é que tinha prendido os meus amigos e por que é que não deixava os habitantes daquele reino terem sonhos e darem larga às suas imaginações. Nem uma palavra disse, apenas limitou-se a ir buscar uma espécie de diário em que o título era “NO DREAMS” e calculei que aquele livro antigo tinha a história daquele reino. Tinha razão. Ela disse que tinha proibido todos de sonharem por uma simples e certa razão. Tudo começou quando ela era uma simples princesa de um reino vizinho e que adorava pintar e ter muita criatividade, mas a sua família não a deixava sonhar e ter criatividade como tanto queria. - Mas como é que foi parar a este reino e se tornou a rainha? – Perguntei eu. - ACALMA-TE CRIATURA! AINDA NÃO ACABEI, NÃO ME INTERROMPAS! – Disse ela muito brava. Calei-me e deixei-a continuar, pois apercebi-me de que ela ainda me atirava por uma das janelas do castelo. Continuando… ela contou-me que a sua mãe tinha falecido e que o pai tinha deixado a sua filha, ou seja a Blavi, sozinha num reino que ela sempre sonhava ir o “DREAMS FOREVER AND CREATIVITY”. Uma vez, em que estava lá, teria de aproveitar pois o pai iria buscá-la.


No dia seguinte, ela tinha recebido a notícia de que a sua família e o seu pai tinham-se afogado e as criaturas não os conseguiam encontrar. Ela ficou frustrada e, enquanto pintava, chegou-se ao pé de si uma criatura estranha, aliás estranhíssima, que disse-lhe que iria conquistar o reino e que não iria deixar que Página | 4

a criatividade e os sonhos ali entrassem. Blavi não conseguiu deter essa criatura, o seu nome era Lulu, e então aquele reino tronou-se o “NO DREAMS”. Aquela rainha não sobreviveu e a Blavi subiu ao trono, fazendo com que aquele reino sofresse o que ela sofreu durante anos: não ter criatividade, imaginação e sonhos. - Mas não pode deixar as criaturas deste reino assim sem imaginação, eu sei que você não teve o que desejava mas estas criaturas não têm culpa e não pode obrigá-las a sofrerem como você sofreu. Deixe-as viverem em paz e faça com que este reino seja o mais artístico de todos, por favor! – Disse eu, pensando que aquilo iria dar resultado. - Tens razão, não posso deixar que estas criaturas fiquem sem a magia dos sonhos, obrigada. – Afirmou ela. No final da conversa libertou os meus amigos e fez com que aquele reino tivesse melhor pintura e que todos pudessem realizar os seus sonhos e ter criatividade. Eu queria sair dali e fui perguntar ao Daida se me podia ajudar. Ele disse que teria só de dizer as palavras mágicas com os meus amigos, então dissemos todos as palavras “IMAGINATION” e resultou. Assim acaba esta história sobre o reino sem sonhos, em que agora todos vivem felizes.

Catarina Rebelo, 5ºA


Ato I

Este ato decorre numa escola de feitiçaria das palavras de um reino: O Página | 5

REINO DE BUÉ BUÉ LONGE. Este reino é diferente dos outros: não tem sonhos! Que problema! tem de ser resolvido. O Reino não sonhava, pois os habitantes não usavam palavras, usavam gestos e desenhos. A escola de feitiçaria das palavras era o único lugar onde se usavam palavras.

Cena I Nesta parte da história entram o presidente da escola, alunos de magia e mestres feiticeiros, sendo também professores. O presidente é velho, tem óculos castanhos pois era quase cego, tem barba até ao chão e era muito sábio. Os mestres feiticeiros eram muito espertos, sabem todos os truques, todas as poções e tudo o que pode ser um elemento mágico. Presidente da escola- O Reino não pode viver sem sonhos e para isso precisamos de palavras! Temos de as introduzir! Mas como? Já sei, vou falar com os mestres feiticeiros! (Sai para a sala dos mestres a correr gritando por eles) Mestres feiticeiros - Estamos aqui, o que é que precisas? Presidente - Precisamos de resolver um problema! Este Reino não pode viver sem palavras, temos de as introduzir para podermos ter sonhos e exprimirmo-nos claramente! Mestres - Ok! Isso é fácil. Podemos ensinar aos alunos como têm de fazer et voilà ! (O presidente agradece e sai, deixando os mestres irem dar aulas, explicando aos alunos o que se passa)


Alunos -Bom dia professor! Mestres - Hoje temos muito que fazer. Temos de inserir palavras no REINO DE BUÉ BUÉ LONGE! Página | 6

Alunos – Ao trabalho!

Ato II Aqui, os alunos dirigem-se com os mestres ao castelo do reino. Cena I Enquanto os alunos aprendiam o que iriam fazer, os mestres falavam com o Rei. O Rei é alto, gordo, e tinha cabelo castanho-escuro. (Os mestres tentam fazer gestos para o Rei conseguir perceber. O Rei pensa alguns minutos e concorda, deixando-os a fazer o que poderem) Um Mestre – Podem ir com os alunos ensinar as pessoas a falarem, que eu fico a ensinar ao Rei. (Saem deixando o Rei aprender com um mestre) Passado alguns meses, já todos falavam e já podiam sonhar pois, sem palavras, não podiam sonhar. A partir daí o Rei ficou tão grato que a escola passou a ser obrigatória!

Dinis Santos, 5º A


ATO I

Era uma vez um reino cujo povo não sonhava. Na sala do trono, o Rei e o seu conselheiro conversavam sobre os seus terríveis pesadelos.

CENA I

Rei (suspirando) -Ontem à noite tive um pesadelo terrível!!

Conselheiro (afirmando com um ar surpreendido) -É engraçado meu rei e senhor porque também eu tive um pesadelo terrível…embora não tão terrível como o de Vossa Alteza.

Rei (irritado) – Sim, sim! O meu pesadelo foi o mais terrível de todos!

Conselheiro (fazendo um vénia) – Com certeza, meu Rei e Senhor.

CENA II

Estava o Rei e o conselheiro conversando, eis que entra na sala um criado do Rei, que não pode deixar de ouvir o diálogo entre os dois.

Criado (fazendo uma vénia) – Com sua licença, Vossa Alteza.

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Rei (virando-se para o criado) – Diga, diga!!

Criado (contando) – Não pude deixar de ouvir, é que eu também tive um pesadelo horroroso.

Conselheiro (virando-se para o criado) -Então conte lá!

Criado (cabisbaixo) -Tive um pesadelo em que um dragão horrível e verde invadia o nosso reino, cuspindo fogo por tudo onde passava.

Rei (admirado) -Ah! O meu pesadelo foi igual ao seu!!

Conselheiro (repetindo) -Ah! O meu pesadelo foi igual ao seu!!

Rei (irritado) -Não me repita!!

Conselheiro (fazendo nova vénia) -Com certeza, Vossa Alteza!

Criado (fazendo uma vénia) -Vossa alteza, dá licença que eu me retire?

Rei (fazendo um gesto com a mão) -Com certeza.

Conselheiro (virando-se de novo para o Rei) -Temos que resolver este problema.

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Rei (com um ar decidido) -Falaremos disso hoje ao jantar. Está decidido!

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ATO II

Na sala, ao jantar, o Rei e o seu conselheiro falavam dos pesadelos e do reino que não conseguia ter sonhos.

CENA I

Rei (furioso) -Isto não pode ficar assim! Temos que voltar a ter sonhos!!

Conselheiro (acenando com cabeça) -O que sugere Vossa Alteza?

Rei (cabisbaixo) -Estou sem ideias, meu bom conselheiro…estou sem ideias!

CENA II

Entretanto o criado que estava a servir o jantar entra na sala e mais uma vez não pode deixar de ouvir o diálogo entre os dois.

Criado (fazendo uma vénia) -Vossa Alteza, dá licença que eu fale?


Rei (acenando com a mão) -Certamente, meu bom homem!

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Criado (contando) -É que eu tenho uma ideia. E se Vossa Alteza falasse com a fada dos sonhos?

Rei (sorrindo) -Ah, ah!! Boa ideia, boa ideia! Amanhã vamos resolver isto duma vez por todas.

Conselheiro e criado (falando ao mesmo tempo) -Concordamos com Vossa Alteza!

ATO III

Na manhã seguinte estava o Rei nos seus aposentos, quando ouviu um barulho esquisito.

CENA I

Rei (assarapantado) -Quem está aí, que barulho é este?

Fada dos sonhos (voando) -Sou a fada dos sonhos, não me chamastes?


Rei (admirado) –Não! quer dizer sim! Um dos meus criados lembrou-se de ti. Como te chamas?

Fada dos sonhos (respondendo) -Chamo-me Esmeralda.

Rei (sorrindo) -Mas que nome tão bonito! Mas o que te traz ao meu reino?

Fada dos sonhos (rodando a sua varinha e dançando) -Eu venho transformar este reino sem sonhos…num reino com sonhos!!

Rei (admirado) -Não posso acreditar!!

Fada dos sonhos (rodando novamente a varinha) -Sim! Hoje à noite já vais ter um sonho de encantar tal como todos os habitantes do teu reino.

Rei (agradecido) -Não sei como te agradecer!

Fada dos sonhos (voltando-se para o Rei) -Não agradeças! Tenta não voltar a ter pesadelos.

CENA II

Na manhã seguinte…todo o reino acordou bem-disposto.

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Rei (sorrindo muito) -Estou tão bem disposto. Sonhei que tínhamos derrotado o dragão!

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Conselheiro (sorrindo) -Eu também!

Criado (sorrindo e fazendo uma vénia) -E eu também!!

Rei (levantando-se) -A partir de agora, neste dia festeja-se o Dia Nacional do Sonho!

Conselheiro e criado (batendo palmas) -Viva o Rei! Viva o Rei!! E

O REINO DOS SONHOS

VIVEU FELIZ

PARA SEMPRE!!!

Sara Meninas, 5ºA


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