Revista do IHGM, n. 42, setembro de 2012

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Crônica da Companhia de Jesus no Maranhão [1738]: Desassombrado Jerônimo de Albuquerque de Alexandre de Moura, deu princípio uma cidade em o mesmo sítio em que os franceses tinham o seu forte. (CARVALHO, 1995, p.90) Compêndio Histórico-Político dos Princípios da Lavoura do Maranhão [1818]: Fundação da cidade do Maranhão: Livre o Maranhão n’aquele dia de toda a sugeição franceza, aplicou Jeronimo de Albuquerque todo o seu cuidado na fundação de huma cidade n’aquelle mesmo. (GAIOSO, 1970, p. 73) Poranduba Maranhense: Jerônimo de Albuqueque fundou logo junto á fortaleza de São-Luiz uma cidade. (PRAZERES, 1891[1819], p. 42) Jornal de Tímon [1858]: 1615 – Lançado fora os franceses, Alexandre de Moura, capitão-mor da armada que ultimou a conquista, nomeou a Jerônimo de Albuquerque, que a tinha começado , por capitão-mor do Maranhão, e a Francisco Caldeira Castelo Branco, com igual patente, para o descobrimento e conquista do Pará [...] Tanto um quanto outro fundaram pacificamente, e sem oposição dos naturais, as duas cidades de S. Luís, e de Belém. (LISBOA, s/d, p. 13) Semanário Maranhense (1867): Retirando-se para Pernambuco Alexandre de Moura em 9 de janeiro de 1616, Jeronimo de Albuquerque volveo suas vistas para a fundação e edificação da capital dando-lhe nova forma e ordem. (MARQUES, 1867, p. 2) Barbosa de Godóis, em sua História do Maranhão para uso dos alunos da Escola Normal, publicado em 1904, obra panorâmica sobre a história do Estado, que apesar da finalidade didática na época foi visto depois como uma importante fonte de pesquisa por várias gerações de historiadores, aborda assim o tema da fundação de São Luís: De posse do Governo do Maranhão, Jerônimo de Albuquerque, cumprindo as ordens que recebera da Corte de Madri, tratou com solicitude da fundação da cidade, que pôs sob a proteção da Senhora da Vitória, dandolhe todavia o nome de São Luís, que os franceses haviam posto ao seu forte. (GODÓIS, 2008, p. 138) Para o autor, quem é considerado o fundador da cidade não é o fidalgo Daniel de La Touche, senhor de La Ravardière, mas sim o mestiço pernambucano, Jerônimo de Albuquerque94, filho de índia mais pai português. Em seu livro não demonstra qualquer sinal de controvérsia ou dúvida acerca da fundação de São Luís, para ele é ponto 94

Sobre a primazia de Jerônimo de Albuquerque na fundação de São Luís, na obra Jerônimo de Albuquerque Maranhão: guerra e fundação no Brasil colonial. São Luís: UEMA, 2006, p.147, capítulo Jerônimo de Albuquerque Maranhão e a Fundação de São Luís, a professora Lacroix faz uma revisão da historiografia dos séculos XVII – XX, onde Albuquerque Maranhão é visto como fundador pelos primeiros cronistas e historiadores do Maranhão.


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