4955#OMensageiro#11ABR

Page 1

AGENDA

11 ABRIL 2013 ANO 99 - N.º 4955 FUNDADOR: José Ferreira Lacerda DIRECTOR: Rui Ribeiro PREÇO: 0,80 euros (IVA incluído) SEMINÁRIO DIOCESANO – 2414-011 LEIRIA TEL. 244 821 100/1 • FAX 244 821 102 E-MAIL: jornal@omensageiro.com.pt WEB: www.omensageiro.com.pt

FUNDADO EM 1914

DESTAQUE

DESTAQUES

No Cine-Teatro | P. 4

Joaquim Santos

Festival de Teatro de Pombal vai começar

Lançamento de livro | P. 5

“As Horas de Leiria” revela património Institutos Politécnicos em Leiria

DR

Erasmuscentro | P. 6

REPORTAGEM

Em Ourém | P. 7

Fim de Novas Oportunidades gera indignação Campanha Cáritas | P. 12

Ajuda às famílias contra o desperdício

O Bairro Sá Carneiro, paróquia dos Marrazes, é a única da diocese de LeiriaFátima em que decorre esta iniciativa de evangelização, até 5 de Maio. Páginas 8 e 9

Reformas na Igreja | P. 12

A importância da Igreja pobre é caminho a seguir Partilha do Retiro de Catequistas

Pedro Jerónimo

Catequese | Última


2 DESTAQUE

prui@iol.pt

EDITORIAL

Semana de Oração pelas vocações

Sinal de esperança fundada na fé

A vocação cristã: evangelizar

Nesta edição de O Mensageiro abordamos dois temas que merecem o nosso destaque: por um lado a proximidade da “Semana das Vocações”, que termina no “Dia Mundial de Oração pelas Vocações” e por outro lado, a “Grande Missão” levada a cabo pela Caminho Neocatecumenal no bairro de Sá Carneiro. Embora à partida possam parecer dois temas diferentes, eles complementa-se e até se apoiam. De facto a vocação cristã é essencialmente uma vocação de anúncio, como fica patente nas palavras de Jesus no momento da Assunção: “ide por todo o mundo e anunciai o Evangelho, baptizando em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo” (Mt 16, 15). Este mandato, esta vocação de todo o cristão, norteou toda a organização e formação da Igreja ao longo dos anos. Foi em atenção a este desafio que se constituiu como sociedade dentro da sociedade dos homens. Mas esta foi mudando e as exigências foram sendo cada vez maiores, obrigando a que aquela se revisse a si mesma na sua organização, nos seus métodos e até na sua mensagem. Claro que esta não lhe pertence e por isso não a pode mudar, Foi em atenção a este mas em cada época desafio que se constituiu haverá conteúdos como sociedade dentro mais relevantes e da sociedade dos homens. mais acutilantes. Este processo de Mas esta foi mudando renovação da Igreja e as exigências foram está sempre em sendo cada vez maiores, andamento. Alguns obrigando a que aquela apontam que é dese revisse a si mesma na masiadamente lento; sua organização, nos seus outros, por seu lado, métodos e até na sua acreditam que as inomensagem. vações são sempre traições e que se vai perdendo o fermento que há-de levedar a massa. Recentemente fez-se sentir a necessidade de uma linguagem e uma metodologia tão inovadoras que se terminou por enquadrar todo o processo num articulado chamado “Nova Evangelização”. Claro que a expressão remete mais para a re-evangelização dos cristãos e não tanto para a forma ou metodologia. Mas também é claro que re-evangelizar vai exigir novas formas de transmissão da fé. Alguns apostaram, entretanto, numa forma de anúncio que deixa outros espantados. O contexto urbano e a vida que gira à volta de interesses tão diferentes do sino da igreja ou da praça pública, exigem novas formas de estar e de falar. Honra aos que arriscam e que mantém assim a resposta à vocação cristã. Evangelizar será certamente um passo importante a ter em conta nesta semana das vocações em que somos desafiados a entender a “vocação como sinal de esperança fundada na fé”. Novas iniciativas que são também elas sinal de esperança para a fé.

A Igreja celebra por estes dias, 14 a 21 de Abril, a semana de oração pelas vocações. O dia 21, VI Domingo da Páscoa, será o 50º Dia Mundial de Oração pelas Vocações, instituído por Paulo VI, em 1964. Na ocasião Paulo VI apontava as razões desta instituição «O problema do número suficiente de sacerdotes interpela todos os fiéis, não só porque disso depende o futuro da sociedade cristã, mas também porque este problema é o indicador concreto e inexorável da vitalidade de fé e amor de cada comunidade paroquial e diocesana, e o testemunho da saúde moral das famílias cristãs. Onde desabrocham numerosas as vocações para o estado eclesiástico e religioso, vive-se generosamente segundo o Evangelho» (Paulo VI, Radiomensagem, 11 de Abril de 1964). Sob escolha do Papa Bento XVI, o tema que servirá de mote às muitas iniciativas deste ano é “as vocações, sinal de esperança fundada na fé”. Na mensagem que escreveu para a efeméride, Bento XVI começou por recordar que o tema está em perfeita integração no contexto do Ano da Fé e no cinquentenário da abertura do Concílio Ecuménico Vaticano II. Reconhece, logo de seguida, a importância deste dia pelo facto de ele ter “favorecido fortemente o empenho por se consolidar sempre mais, no centro da espiritualidade, da acção pastoral e da oração dos fiéis, a importância das vocações para o sacerdócio e a vida consagrada”. Depois sublinha a

importância da Esperança como virtude fundante da fé e a partir da qual nasce a memória em relação ao passado “memória essa que requer a imitação do comportamento exemplar de Abraão, o qual «foi com uma esperança, para além do que se podia esperar, que ele acreditou e assim se tornou pai de muitos povos, conforme o que tinha sido dito: Assim será a tua descendência» (Rm 4,18). “Então, uma verdade consoladora e instrutiva que emerge de toda a história da salvação é a fidelidade de Deus à aliança”. Desta forma a esperança interliga-se de forma plena com a fé, chegando por vezes a confundir-se com ela. Perante a fidelidade de Deus (Ele é sempre fiel à sua Palavra) nasce a descoberta e o reconhecimento do seu amor. Porque ama Deus é fiel, ou se quisermos, a fidelidade de Deus está presente no Seu amor. “E é precisamente

este amor, manifestado plenamente em Jesus Cristo, que interpela a nossa existência, pedindo a cada qual uma resposta a propósito do que quer fazer da sua vida e quanto está disposto a apostar para a realizar plenamente. E este amor exigente e profundo, que vai além da superficialidade, infunde-nos coragem, dá-nos esperança no caminho da vida e no futuro, faz-nos ter confiança em nós mesmos, na história e nos outros”. A sede de esperança e de amor que se sente em cada um de nós, só pode ser satisfeita em Deus. Por isso “Ele chama também hoje a segui-Lo. Para acolher este convite, é preciso deixar de escolher por si mesmo o próprio caminho. SeguiLo significa entranhar a própria vontade na vontade de Jesus, dar-Lhe verdadeiramente a precedência, antepô-Lo a tudo o que faz parte da nossa vida: família, trabalho, interesses pesso-

ais, nós mesmos. Significa entregar-Lhe a própria vida, viver com Ele em profunda intimidade, por Ele entrar em comunhão com o Pai no Espírito Santo e, consequentemente, com os irmãos e irmãs”. É neste contexto de encontro e de comunhão que se fala de vocação. De facto, segundo Bento XVI “as vocações sacerdotais e religiosas nascem da experiência do encontro pessoal com Cristo, do diálogo sincero e familiar com Ele, para entrar na sua vontade”. E é só no contexto da comunidade cristã que se cria o ambiente necessário para a experiência de fé profunda capaz de fazer escutar a voz daquele que chama. A mensagem termina com um incentivo a que todos, mas sobretudo os mais jovens, percorram o caminho da vivência da fé na comunidade, que os ajudará a escutar o chamamento de Deus: “desejo que os jovens, no meio de tantas propostas superficiais e efémeras, saibam cultivar a atracção pelos valores, as metas altas, as opções radicais por um serviço aos outros seguindo os passos de Jesus. Amados jovens, não tenhais medo de O seguir e de percorrer os caminhos exigentes e corajosos da caridade e do compromisso generoso. Sereis felizes por servir, sereis testemunhas daquela alegria que o mundo não pode dar, sereis chamas vivas de um amor infinito e eterno, aprendereis a «dar a razão da vossa esperança» (1 Ped 3,15).

Rui Ribeiro DR

Rui Ribeiro

11.Abril.2013

DR

EDITORIAL

O Mensageiro


DESTAQUE 3

O Mensageiro 11.Abril.2013

Vocação e vocações A palavra vocação vem do latim “vocare”, que significa chamamento. No contexto da fé trata-se de um chamamento de Deus. Um chamamento que não pode ser entendido da forma como normalmente entendemos. Não se trata aqui de entender Deus que grita ou pronuncia o nome de alguém da forma vocal a que estamos habituados. O chamamento aqui referenciado é de outra ordem e só pode ser entendido no contexto global da vida de cada um. Ou seja, ser chamado é perceber o sentido da própria vida, a sua origem, e a sua meta. Entender-se vocacionado, significa saber que a própria vida não nos pertence, e que também não é resultado de um acaso ou do destino, como gostamos de dizer. Pelo contrário, sentir-se chamado por Deus, é perceber a vida a partir dele, perceber e compreender cada acontecimento à luz daquela que é a vontade de Deus, o seu plano e projecto. Encontramos na Bíblia muitos chamamentos feitos por Deus: Abraão, Moisés, os profetas, os apóstolos. Em todas as histórias de chamamento, encontramos alguns aspectos comuns que ajudam a perceber e a discernir o chamamento: Deus chama directamente, pela mediação de factos e acontecimentos, ou pelas pessoas; Deus toma a iniciativa de chamar; Escolhe livremente e permite total liberdade de resposta; Deus

chama para uma missão de serviço ao povo. Neste diálogo entre Deus e aquele que é chamado, como que se jogam duas liberdades: a de Deus que chama e a do homem que é chamado. Este percebe desde logo diferentes tipos de chamamento ou vocação: a vocação à existência; a vocação humana; a vocação cristã e a vocação específica. 1. Vocação à existência. Foi o primeiro momento forte em que Deus manifestou todo o seu amor a cada um de nós. Deus amou-nos e quis-nos participantes de seu projecto de criação como coordenadores responsáveis por tudo o que existe. Fomos criados à imagem e semelhança de Deus. A vida é a grande vocação. Deus chama para a vida, e Jesus afirma que veio para que todos a tenham em abundância. (Jo 10,10) 2. Vocação humana. Foi-nos dada a condição da “liberdade dos filhos de Deus”, inteligência e vontade. Estabelecemos uma comunhão com o Criador e, nessa atitude dialogante, somos pessoas. A pessoa aprende a conviver, a dialogar, enfim, a relacionar-se. Todos têm direitos e deveres recíprocos. No mundo da exclusão acontece a “desumanização” e pode-se perder a condição de pessoa humana. 3. Vocação cristã. Todo o baptizado recebeu a graça de fazer parte do povo eleito por Deus, da sua Igreja.

Números que falam Através da vocação cristã, somos chamados à santidade, à perfeição, recebendo a mesma fé pela justiça de Deus. Fomos, portanto, eleitos e chamados pessoalmente por Cristo para ser, como cristãos, testemunhas e seguidores do Mestre Jesus. Chamada à fé pelo baptismo, a pessoa foi qualificada de outra forma. Assim todos fazem parte do “reino de sacerdotes, profetas e reis”. (1 Pd 2,9) Toda a pessoa baptizada tornou-se um seguidor de Cristo, participante de uma comunidade de fé que pode ser chamada para participar da obra de Deus, como membro de sua Igreja, seguindo caminhos diferentes, ou seja recebe uma vocação específica. 4. Vocação específica. É aquela que cada um descobre como sendo o seu caminho de santificação e pode ter diferentes ramificações: Vocação laical, todo cristão solteiro ou casado, baptizado em Cristo, tornando-se membro da sua Igreja, é convocado a ser apóstolo, anunciador do Reino de Deus, exercendo funções temporais. O leigo vive na secularidade e exerce sua missão insubstituível nos ofícios e trabalhos deste mundo. O Concilio Vaticano II sublinhou que a vocação e a missão do leigo “contribuem para a santificação do mundo, como fermento na massa. (LG31); Vocação ao ministério ordenado, é uma vocação de carisma particular, é graça,

mas passa pela mediação da Igreja particular, pois as vocações são destinadas à Igreja. Acontece num acompanhamento sistemático, amadurecendo as motivações reais da opção. O ministro ordenado preside e coordena os serviços da comunidade. Por intermédio dos sacramentos, celebra a presença de Deus no meio do seu povo. O presbítero é enviado a pastorear e animar a comunidade. Ele é o bom pastor que guia, alimenta, defende e conhece as ovelhas. “Isto exige humanidade, carácter íntegro e maduro, virtudes morais sólidas e personalidade madura”. (OT 11); Vocação à vida consagrada, o religioso é chamado a testemunhar Cristo de uma maneira radical, vivendo uma consagração total nos votos de pobreza, castidade e obediência. Com a pobreza, vive mais livre dos bens temporais, tornando-se disponível para Deus, para a Igreja e para os irmãos. Com a castidade, vivem o amor sem exclusividade, sendo sinal do mundo futuro que há-de vir. Com a obediência, imita a Cristo obediente e fiel à vontade do Pai. A semana das vocações é uma excelente oportunidade para cada um pensar, rezar a sua situação ao mesmo tempo que todos em uníssono “pedimos ao senhor da messe que envie operários para a sua messe”. Rui Ribeiro

No anuário anual da diocese de Leiria-Fátima estão listados 109 sacerdotes com ligação à diocese. Destes, 52 estão ao serviço das 75 paróquias, como párocos ou vigários paroquiais. Cerca de 19 são eméritos (reformados) e 11 não são diocesanos ou encardinados na diocese, embora prestem nela algum serviço. Além destes dados importa ainda referir que a média de idade dos sacerdotes no activo ultrapassa os 60 anos. Em formação a diocese conta neste momento com 7 seminaristas, que estão em Lisboa. Na retaguarda contam-se 15 jovens e adolescentes que frequentam os encontros formativos do Pré-Seminário. Pelas razões que se conhecem e que se prendem com o Santuário de Fátima, residem na área geográfica da diocese muitos outros sacerdotes, e demais consagrados que obviamente vivem o seu carisma particular e que esporadicamente colaboram em trabalhos diocesanos.

Animação vocacional Recentemente o serviço de animação vocacional da diocese criou uma página online na qual se pode fazer o acompanhamento das iniciativas propostas pelo serviço, ou consultar e até baixar algum material de interesse. O endereço é: http://savleiriafatima.wix.com/ animacao. Segundo a apresentação feita neste sitio o serviço de animação vocacional “é um organismo de comunhão e instrumento ao serviço da pastoral vocacional na Diocese” e serve para Coordenar as iniciativas de pastoral vocacional existentes na Diocese; Colaborar particularmente com a pastoral familiar e juvenil; Manter ligação com o Pré-Seminário e outros serviços vocacionais; Promover itinerários vocacionais específicos para os diferentes membros das comunidades cristãs; Formar os animadores vocacionais das comunidades e vigararias; Cuidar que no povo de Deus se crie uma cultura vocacional; Participar na elaboração do programa pastoral diocesano. Entre as actividades programadas para o presente ano referimos as que ainda estão calendarizadas: Abril 21 – Retiro vocacional para casais – Encontro vocacional para namorados (?); Maio: 5 – Itinerário vocacional para jovens, “Em rede”e 7 e 21 – Escola Razões da Esperança; Junho: 4 – Escola Razões da Esperança (encerramento) e 29 – Jubileu das Vocações.

Oração para a 50ª Semana das Vocações

DR

Deus Pai, fonte da vida, que pelo teu filho, Jesus Cristo, nos deste o Espírito de confiança e de amor: envia operários para a tua Igreja; dá vitalidade de fé a cada família, paróquia e diocese, onde desabrochem numerosas vocações sacerdotais e religiosas e os baptizados vivam generosamente o Evangelho, ilumina com a santidade da tua palavra os pastores e os consagrados; anima os jovens nos seminários e nas casas de formação; renova a esperança na Igreja e continua a chamar muitos para que nunca faltem testemunhas autênticas, transfiguradas no encontro contigo, e anunciadoras da tua alegria à comunidade cristã e aos irmãos. Ámen.


4 CULTURA

O Mensageiro 11.Abril.2013

CINEMAS

Teatro Miguel Franco (Leiria) • BOM POVO PORTUGUÊS | Docmentário | de Rui Simões | 20 de Abril, 21h30, 21 de Abril, 15h30 e 21h30 e 25 de Abril, 18h30 e 21h30. • SONHOS DE DANÇA | Documentário | de Anne Linsel, Rainer Hoffmann | 29 de Abril, 18h30 e 21h30. Cine-Teatro (Monte Real) • SAMMY 2 | Animação | de Ben Stassen | 14 de Abril, 15h30.

Castelo - Leiria •”Habitantes e habitats” - pré e proto-história na bacia do Lis •”Korrodi e o restauro do Castelo de Leiria” - exposição permanente Teatro José Lúcio da Silva - Leiria •”Álvaro Cunhal” - vida pensamento e luta (25/04~14/05) Teatro Miguel Franco - Leiria •”Rotas Diversas” - percursos III (~3/05) m|i|mo -Museu da Imagem em Movimento - Leiria •”Living tribes fotógrafos e viajantes solitários” (~11/05) •”(Re)Conhecer Leiria” (~15/06) •”Oficina do olhar” - exposição permanente Edifício Banco de Portugal - Leiria •”Sobreviventes” - fotografia de Filipe Silva (~18/05) Nekob-Maroc Café - Leiria •”Marrocos-um paraíso por descobrir” - Behindnature (~18/05) Casa-Museu João Soares - Cortes •”A República” - colecção de António Pedro Vicente (~31/04)

MÚSICA | TEATRO | EVENTOS

Ruas do centro Histórico da Cidade - Leiria •”Chuva nas palavras” - dança (27/04, 11h, 15h, 17h e 28/04, 15h e 17h) Teatro José Lúcio da Silva - Leiria •”Agarra que é milionário” - teatro (12/04, 21h30) •”XVI real Festa” - música (13/04, 21h309 •”Adriana Calcanhotto” - música (18/04, 21h30) •”Outra voz” - espectáculo de dança (19/04, 21h30) •”10º Torneio de Hip Hop dance” (20/04, 2h30) •”Rui Lopes Graça+João Fernandes” - dança (26/04, 21h30) Teatro Miguel Franco - Leiria •”Um, dois, três... Ploc! pinga outra vez” - espectáculo (12/04, 10h e 15h) •”Agarra que é milionário” - teatro/comédia (12/04, 21h30) Biblioteca Municipal Afonso Lopes Vieira - Leiria •”A árvore das tocas” - bebetaca (11/04, 10h15 e 13/04, 16h00) •”O sono” - o sono do meu filho (11/04, 14h30) • Preparação para a parentalidade (18/04, 18h30) •”Os elefantes contam histórias” - conto (19 e 24/04, 10h30 e 14h30) •”E se?” - apresentação do livro de Maria Capitão (27/04, 15h30) m|i|mo - museu da imagem em movimento - Leiria • Introdução à fotografia analógica - workshop (13/4, 10h e 14/4, 9h) • projecto Maya Deren” - dança (18/04, 21h00 e 20/04, 18h00) •”Malas com histórias” - oficinas criativas (19/4, 10h00 e 20/4, 15h30) •”(Re) Conhecer Leiria - tertúlia (20/04, 17h00) •”Coreografia site specifi” - dança (20/04, 19h30) Moinho de Papel - Leiria •”Elvira conta contos” - espectáculo infantil (20/04, 14h30 e 16h30) Orfeão - Leiria •”Bichinhos de palco” - teatro infantil + atelier (13/04, 15h30) Escola de Artes SAMP - Leiria • Formaão músicos de fraldas 2013 (16~21/04) Arquivo Livraria - Leiria • Escrita criativa - workshop (13/04, 16h00) •”Como usar a energia das emoções ” (20/04, 15h00) Sala Jaime Salazar Sampaio - Leiria •”Partidas” - teatro (13/04, 16h00; 21 e 28/04, 11h00) Te-Ato - Leiria •”Patidas” - teatro (13/04, 16h00 e 21 e 28/04, 11h00) Academia Behindnature - Leiria • Iniciação à fotografia digital (27 e 28/04) Jardim Luís de Camões - Leiria •”XVI real Festa” - música (12/04, 22h00)

DR

EXPOSIÇÕES

No Cine-Teatro

Festival de Teatro de Pombal vai começar O Festival de Teatro de Pombal 2013 tem início esta Sexta-feira, pelas 22h00, no Teatro-Cine de Pombal, com um espectáculo musical da cantora Lula Pena que assinala o arranque desta edição, numa organização do Município de Pombal e do Teatro Amador de Pombal, com o apoio da CULTREDE. No dia 13, o Teatro Ama-

dor de Pombal estreia a sua nova produção infantil, «O Sarilho do Príncipe Matraquilho», numa encenação de Luís Catarro e com as interpretações de Cláudia Serrano, Joana Ferreira, Joana Mendes, Humberto Pinto, Marta Ferreira e Sara Pestana. No Festival de Teatro de Pombal participam também os grupos Leirena, Teatro

de Marionetas do Porto, Casear Criação de Documentos Teatrais, Andante Associação Artística, AlMaSRAH Teatro e Baal 17, e Peripécia Teatro. O Teatro Amador de Pombal levará duas das suas produções às freguesias do concelho de Pombal, no próximo dia 21 de Abril, na Associação Cultural Recreativa Des-

portiva do Louriçal, no dia 26 de Abril, na Sociedade Filarmónica Vermoilense, e no dia 3 de Maio, na Casa da Música, na Guia. Destaque também para o espectáculo «Corre Mãe! Corre!», pela companhia Leirena, dirigido às IPSS do concelho, no dia 19 de Abril, pelas 14h30, no Teatro-Cine de Pombal.

Na sala Jaime Salazar Sampaio

Concurso de papagaios de papel

O TE-ATO (Grupo-Teatro de Leiria) apresenta este Sábado, pelas 16h00 uma peça de teatro de infância intitulada “Partidas”, na Sala Jaime Salazar Sampaio, em Leiria. A peça voltará a subir a palco no Domingo, dia 21 de Abril e depois a 28 de Abril, em ambos os domingos às 11h00. Trata-se de uma peça de teatro para maiores de três anos cujo local de “partida” para dois sujeitos que se encontram algures é o pre-

No âmbito das comemorações do 25 de Abril de 1974 a Câmara Municipal da Marinha Grande vai realizar um Concurso de Construção e Lançamento de Papagaios de Papel. Na noite de 24 de Abril, a partir das 21h00 e no dia 25 de Abril pelas 17h00 serão lançados os Papagaios de Papel. Desta forma a autarquia pretende assinalar esta data tão importante para os portugueses e ainda

O TE-ATO apresenta “partidas” numa peça de teatro infantil texto para que um deles resolva pregar uma “partida” ao outro, mas que não fica sem resposta. Importante é que ambos acabam por sentir que a amizade é um bem maior e que jamais poderá ser “partida”. Uma criação e encenação de João Lázaro e Miguel Sarreira que conta com as interpretações de Ana Ervilha, Pedro Antunes, Ana Rita Santos e Joana Pedro. As entradas custam cinco euros.

Olhos postos no céu na Marinha Grande

incrementar uma actividade tradicional que se tem vindo a perder ao longo dos tempos, fruto do desenvolvimento económico e social. Este concurso destinase às crianças do 1º Ciclo do Ensino Básico do Concelho da Marinha Grande, mas pode envolver toda a família na construção dos mais variados Papagaios de Papel.


CULTURA 5

O Mensageiro 11.Abril.2013

Apresentação de livro no edifício-sede da Caixa de Leiria

“As Horas de Leiria” revela um património valioso de Leiria Dentro do tempo, em boa hora (21h30), no dia 5 de Abril de 2013, a Fundação Caixa Agrícola de Leiria e José Mota Tavares, apresentaram publicamente o livro “As Horas de Leiria – Horas religiosas ou profanas, comerciais ou culturais”. O autor, natural da Nazaré, é um apaixonado pela relojoaria mecânica, dedicando-se há quatro décadas ao seu estudo, em paralelo com a sua actividade principal de professor do ensino secundário. Mas o tempo que rege a vida humana é o horizonte maior deste especialista que se destaca como um dos especialistas com mais conhecimento de relógios em Portugal. O seu estudo dos relógios em Leiria resultou numa publicação de luxo de mais de 230 páginas, apresentando relógios de rua, interior e pessoais, fazendo um retrato muito valioso deste património imaterial da nossa cidade. Foram muitos os relógios de instituições de Leiria que o autor contemplou nesta obra de incontornável interesse público: Castelo, Torre da Sé, Igrejas de Santo Agostinho, Cruz da Areia, Espírito Santo e Convento da Portela, Paço Episcopal, Seminário Diocesano, Liceu

Rodrigues Lobo, Escola Secundária Francisco Rodrigues lobo, Colégio Nossa Senhora de Fátima, Colégio da Cruz da Areia, Biblioteca Municipal Afonso Lopes Vieira, Arquivo Distrital, Câmara Municipal, Governo Civil, Tribunal, Junta de Freguesia, Regimento de Artilharia de Leiria nº 4, Guarda Nacional Republicana, Polícia de Segurança Pública, Bombeiros, Cami-

nhos de Ferro, Correios, Caixa de Crédito de Leiria e a Caixa Geral de Depósitos. Para além desta mostra de relógios de instituições de Leiria, José Mota Tavares desvenda nesta publicação de apenas 850 exemplares, alguns relógios públicos e comerciais, de coleccionadores particulares, assim como apresenta uma noção histórica das horas, calendário, sinos, história

do relógio, incluindo as origens da relojoaria em Portugal. A apresentação deste livro “As Horas de Leiria”, com a sala praticamente cheia de leirienses que em boa hora quiseram assistir a este lançamento, traduziu-se numa autêntica lição de história do relógio no mundo e em Portugal, remontando a muitos séculos antes de Cristo com os relógios de sol até a este tempo contemporâneo com os relógios mecânicos e agora os electrónicos. Deste “As Horas de Leiria”, no seu saldo final, resulta muito mais do que um livro que retrata este tipo de património de Leiria. A Fundação Caixa Agrícola de Leiria vai fazer nascer o Museu do Relógio de Leiria, tendo a génese desta iniciativa na doação de mais de mil relógios que José Mota Tavares efectuou a esta instituição. Boas notícias para a cultura de Leiria e para este tipo de espaços na nossa cidade. Mário Matias, presidente da Caixa de Leiria e da Fundação Caixa Agrícola de Leiria, não só confirmou a notícia como sensibilizou os presentes para outras doações que valorizem ainda mais o espólio já existente. O papel no desenvolvimento da cultura em Leiria foi enaltecido por Raul Castro, presidente da Câmara Municipal de Leiria, opinião subscrita por Adélio Amaro da editora Folheto que editou a obra. Texto e fotos: Joaquim Santos

Sociedade Artística Musical dos Pousos

“Músicos de Fraldas 2013” em mais uma edição cltural A formação “Músicos de Fralda” está de regresso a Leiria, numa iniciativa da Sociedade Artística e Musical dos Pousos (SAMP), entre os dias 16 e 21 de Abril. Esta formação visa partilhar o projecto “Berço das Artes” com todos os interessados em conhecer a filosofia, os métodos e os materiais usados pela SAMP, nos seus programas com bebés e famílias. Têm ainda como objectivo disponibilizar um espaço de reflexão e formação para os profissionais da SAMP e de outras instituições parceiras e também para estimular o ensino artístico especializado na primeira infância. Além disso é ainda missão desta iniciativa promover a formação musical de todos os profissionais que trabalham com crianças dos zero aos cinco anos de idade. E ainda reflectir sobre reportórios vocais e instrumentais a trabalhar com bebés e, ao mesmo tempo oferecer ferramentas de trabalho que estimulem a criatividade artística desde a primeira infância. A formação terá início no dia 16 de Abril, a partir das 17h00, tendo como primeiro tema a tratar “O que são aulas de música para bebés” e terminará no dia 21 de Abril com um Concerto para Bebés “Sons dos Anjos” com Ana Castanhito na Harpa, no centro Cultural Olga Cadaval, em Sintra.

No Museu da Imagem em Movimento

Introdução à Fotografia Analógica Este fim-de-semana o m|i|mo - Museu da Imagem em Movimento, em Leiria será o palco para um workshop de “Introdução à Fotografia Analógica”, numa iniciativa da ecO - Associação Cultural de Leiria. O dia de Sábado será mais dedicado à teoria abordando temas básicos como: “O que é a fotografia analógica?”; “Início da fotografia analógica” e “Regas da fotografia analógica”. Os participantes também falarão da temática dos “filmes fotográficos” nas suas mais diversas vertentes, verificando-se o mesmo com as máquinas fotográficas analógicas. No domingo os participantes terão a oportunidade de colocar em prática todos os conhecimentos adquiridos.

No Teatro José Lúcio da Silva

Deolinda apresentam em Leiria o seu novo álbum Centenas de pessoas estiveram quase hora e meia a assistir ao concerto de Os Deolinda, no Teatro José Lúcio da Silva, em Leiria, no passado dia 4 de Abril. O grupo apresentou o novo álbum, senso já o terceiro na carreira, intitulado “Mundo Pequenino”. A verdade é que a banda com a sua música e estilos muito próprios encantou a plateia do Teatro José Lúcio da Silva. Até porque “Mundo Pequenino” é um conjunto de originais que pretende mostrar que o mundo está cada vez mais pequeno para uma banda que cresce e se afasta do fado, mas mesmo assim não perde a identidade que apaixona o povo português. Faixas como “Há-de Passar”, “Semáforo da João XXI” e “Pois” foram as que mais vibraram entre o público. No final do espectáculo o grupo ainda arranjou energia para “dar” uma série de autógrafos aos fãs que não se cansaram de esperar.


6 SOCIEDADE

O Mensageiro 11.Abril.2013

Uma organização do consórcio Erasmuscentro

Institutos Politécnicos em Leiria Praticar exercício físico no concelho de Leiria

Raul Castro admite criar mais ginásios ao ar livre

O Presidente da Câmara Municipal de Leiria, Raul Castro, admite criar mais ginásios ao ar livre no Concelho de Leiria, em parceria com outras entidades. O Primeiro Ginásio, ao ar livre, está instalado junto ao Anfiteatro do Carpalho (Traseiras do Edifício 2000) e está à disposição dos leirienses desde o dia 5 de Abril. Constituído por sete aparelhos, o circuito de manutenção física foi testado por diversos alunos do programa Viver Activo, que se deslocaram ao local para fazer uma aula ao ar livre. Em comunicado a Câmara de Leiria diz que “A instalação do circuito obedeceu a um conjunto de critérios técnicos que pretende dar resposta às diferentes características, necessidades e objectivos de quem os utilizem”. Hélder Fernandes, técnico que elaborou o programa de utilização dos equipamentos, explicou que “os aparelhos de fitness podem ser usados por adultos de diferentes condições físicas, que devem seguir as regras de utilização indicadas”. “Por exemplo, no caso do Elevador, é aconselhável que os idosos mantenham os pés no chão, enquanto exercitam os braços e as costas. Já um jovem em boa forma terá condições de elevar o tronco até os pés ficarem suspensos no ar”. O objectivo, deste ginásio, é “estimular a prática de actividade física regular e sensibilizar os cidadãos para a aquisição de hábitos de vida activa e saudável, de uma forma gratuita” adianta a autarquia. O Município de Leiria apela aos cidadãos que “cumpram as regras de utilização dos equipamentos, não só para que possam tirar o máximo proveito da sua utilização, bem como para que se possa garantir a sua preservação em bom estado”. O investimento neste conjunto de aparelhos foi de 5800 euros e contou com o apoio da Liberty Seguros.

Associação Empresarial de Ourém-Fátima congratula-se com decisão

Governo reconhece Turismo Religioso como fundamental

O governo reconheceu o Turismo Religioso como um produto fundamental no âmbito do Programa Estratégico Nacional do Turismo (PENT). Um reconhecimento que agradou em muito à Associação Empresarial Ourém –Fátima (ACISO) que em comunicado faz saber que esta era “uma reivindicação muito antiga” da associação que finalmente conseguiu vencer uma obtusa teimosia e vencer um assumido preconceito”. Segundo dados do INE – Instituto Nacional de Estatística referentes a 2011, Fátima disponibiliza 5 981 camas hoteleiras, numa capacidade de alojamento total de cerca de 15 mil camas, onde estão incluídos o alojamento local e o facultado por ordens religiosas, tendo vendido, em 2011, cerca de um milhão de dormidas. A ACISO espera que este “reconhecimento” do Turismo Religioso no âmbito do PENT possa “garantir os meios necessários ao fundamental esforço de promoção internacional de Fátima” neste crucial percurso até 2017.

No próximo dia 19 de Abril o Instituto Politécnico de Leiria (IPL) receberá o seminário “Estágios Erasmus”, numa organização do Consórcio Erasmuscentro, que reúne os institutos politécnicos de Leiria, Coimbra, Castelo Branco, Guarda, Viseu, Santarém e Portalegre, as câmaras municipais, associações empresariais, empresas e outras entidades relevantes da zona de influência do Consórcio, com a parceria estratégica do Conselho Empresarial do Centro / Câmara de Comércio e Indústria do Centro (CEC/CCIC); em colaboração com a Agência Nacional PROALV. O Seminário tem início às 09h00, na Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Leiria e terá na sessão de abertura Joaquim Mourato, presidente do Conselho Co-

ordenador dos Institutos Superiores Politécnicos e do Instituto Politécnico de Portalegre, Nuno Mangas, presidente do IPL, Rui Antunes, presidente do IP de Coimbra, coordenador do Consórcio, e Maria do Céu Crespo, directora da Agência Nacional PROALV. Pelas 9h30 tem lugar o primeiro painel, dedicado à “Cidadania Europeia”, seguindo-se, às 10h45, o tema “Criatividade: Conhecimentos e Competências”. À tarde, pelas 14h30, discute-se a “Cultura empresarial” e, pelas 15h45, a “Empregabilidade”. Nuno Mangas, presidente da Associação Politécnica, que junta os politécnicos do centro do País (Castelo Branco, Coimbra, Guarda, Leiria, Portalegre, Santarém, Tomar e Viseu) salienta que “esta capacidade de envolver o tecido eco-

nómico e social, esta aptidão para congregar esforços de todas as entidades que contribuem activamente para o desenvolvimento do País, faz parte do ADN do ensino superior politécnico, e é uma das suas grandes conquistas, sendo igualmente uma poderosa ferramenta de intervenção económica e social”. “O Erasmuscentro representa também, por outro lado, a consubstanciação de uma qualidade que, nos tempos que correm, é de uma utilidade extrema: a capacidade de aproveitar sinergias e cooperar intensivamente para mais rápida e eficazmente se atingirem objectivos comuns”, afirma o presidente do IPL e da Politécnica. Para as entidades membro os benefícios são elevados, desde logo pela associação a uma marca de sucesso, Erasmus, que mo-

vimenta cerca de 200 mil estudantes por ano a nível europeu, a publicidade da empresa junto de todas as universidades e de todos os estudantes europeus; a participação activa no futuro da Europa através das competências que atribuem aos formandos, e o fortalecimento da ligação com o ensino superior europeu na transferência de conhecimentos e de competências. Por outro lado, poderão ter estagiários/trabalhadores a “custo zero” para a empresa, entre três a 12 meses, dotados de conhecimentos linguísticos e experiências culturais diversas; escolher livremente o perfil do estagiário, dos conhecimentos necessários e das competências fundamentais a desenvolver para a empresa.

A dislexia será um dos temas de estudo

IPL promove encontro sobre boas práticas na orientação e apoio ao estudante O Instituto Politécnico de Leiria (IPL) realiza esta Sexta-feira, o Encontro “Ser Psicólogo em Contexto Escolar”, na Escola Superior de Saúde, em Leiria, a partir das 09h30. Este encontro visa juntar, na mesma sala vários psicólogos, com o intuito de colmatar uma lacuna sentida pelos profissionais e que, se retrata, no facto de não existir uma plataforma de partilha que permita identificar e promover as boas práticas contribuindo para o sucesso dos estudantes. “Orientação vocacional”; “Avaliação neuropsiológica”, “Promoção de competências emocionais” são alguns dos temas a abordar, neste encontro. Além disso, também se pretende abordar as dificuldades específicas de aprendizagem como é exemplo “a dislexia,” que tem vindo a

ter um impacto crescente na vida dos estudantes, a vários níveis, o que faz aumentar a necessidade de sinalização precoce, pelos profissionais.

O interesse pela temática da dislexia deve-se ao facto da leitura desempenhar um papel crucial em diversas vivências e saberes da pessoa, revestindo-se

de particular importância no bem-estar pessoal e no sucesso académico e profissional. Sandra Alves, da comissão organizadora do Encontro e psicóloga do Serviço de Apoio ao Estudante (SAPE) do IPLeiria explica que «esta questão é particularmente importante porque carece de respostas educativas urgentes, uma vez que se constitui como um obstáculo ao progresso escolar dos estudantes, tendo efeitos a longo prazo no desenvolvimento das capacidades cognitivas, sociais, afectivas e motivacionais, e é por isso que aqui queremos, de facto, trazer novas perspectivas e motivar boas práticas». O Encontro contará com o aporte de profissionais e investigadores de diversas áreas e contextos de educação.


SOCIEDADE 7

O Mensageiro 11.Abril.2013

Em Ourém

Encerramento de Centro Novas Oportunidades gera indignação O Centro Novas Oportunidades da Insignare, em Ourém realizou a última cerimónia de entrega de certificados, no passado dia 27 de Março. Uma cerimónia que aconteceu depois de ser conhecida a decisão governamental de encerrar este Centro que funciona desde 2001 e que actualmente é o maior da região do Médio Tejo. Esta entrega tem como objectivo reconhecer o mérito e esforço de todos os adultos que decidiram apostar na sua formação. Contudo a cerimónia ficou marcada pela indignação geral que o encerramento deste centro provoca. Os números falam por si. São 11 anos de funcionamento que permitiu

que 2383 adultos vissem os seus processos de RVCC - Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências concluídos. Francisco Vieira, Director Executivo da Insignare, afirma não compreender a decisão de encerramento quando “continua a existir procura de formandos que pretendem tirar o RVCC” e quais os motivos para “transferir, segundo se entende, esta oferta formativa para os centros de formação profissional”. Paulo Fonseca, Presidente da Câmara Municipal de Ourém, enalteceu o trabalho realizado ao longo dos últimos anos no Centro Novas Oportunidades da Insignare e manifestou o seu desagrado pela forma como

Ourém tem sido tratado pelo Governo, que “mesmo sendo o concelho de maior dimensão da Comunidade do Médio Tejo, assiste à transferência de serviços para outros concelhos”. Segundo Paulo Fonseca, “não se compreende como é que o Centro Novas Oportuni-

dades sendo o maior dos Centros de Formação do Médio Tejo, é encerrado passando para Tomar”. Referiu ainda ter já exposto a questão a vários membros do Governo e remetido o assunto através de ofício, com propostas objectivas para a manutenção deste

serviço em Ourém. Deolinda Simões, Presidente da Assembleia Municipal de Ourém, endereçou “felicitações por todos aqueles que se formaram e esforçaram até receber o diploma, aliando a sua vida profissional e académica”. De seguida, mostrou todo

o seu desagrado com a medida anunciada, já que não aceita “que o que funciona bem no Concelho de Ourém seja encerrado através de um decreto, da mesma forma que assistimos à transferência de valências do tribunal de Ourém para o tribunal de Tomar e Santarém, e ainda o encerramento das urgências do Hospital de Tomar e Torres Novas”. A Presidente da Assembleia foi ainda mais longe, ao afirmar que “caso seja necessário manifestarmos a nossa indignação e tomar medidas drásticas eu estarei disponível para marcar presença na linha da frente”.

“Apesar dos avanços científicos, a psiquiatria é talvez a única fronteira da medicina moderna que falta compreender”, defende Cláudio Laureano

Leiria recebeu o 5.º Encontro do Serviço de Psiquiatria e Saúde Mental Cláudio Laureano, director do Serviço de Psiquiatria e Saúde Mental do Centro Hospitalar Leiria-Pombal defendeu no 5º Encontro do Serviço de Psiquiatria e Saúde Mental que “Apesar dos avanços científicos, a Psiquiatria é talvez a única fronteira da medicina moderna que falta compreender”. O médico “considera que “Importa não esquecer que, neste contexto, fundamentalmente tecnológico da prática médica, a Psiquiatria deve continuar a ser encarada como um factor humanizante, e facilmente constatamos que de pouco servem todos os avanços médico-cirúrgicos, se não forem acompanhados de um boa saúde psíquica”. O Encontro que decorreu no passado dia 12 de Abril, no Centro Hospitalar Leiria-Pombal e teve como tema as “Interfaces em Psiquiatria”, teve como destinatários todos os profissionais das áreas médicas

e sociais que se interessam pela temática da saúde mental. Cláudio Laureano afirmou que “a Psiquiatria será, provavelmente, a especialidade médica onde a expressão “interfaces” adquire uma maior amplitude, considerando desde a avaliação que faz da pessoa no seu todo, aos múltiplos aspectos legais e éticos com que se depara, resultado natural de quem lida essencialmente com o comportamento humano”. Da mesma forma, “o tema escolhido para este ano é tanto mais actual quanto é de todos conhecida a crise económica que vivemos presentemente, indissociável de um aumento da prevalência de algumas doenças mentais e de muitos problemas de saúde mental”, afirma, salientando que “as ténues fronteiras entre a violência e as psicopatias, tema abordado nos seus aspectos médico-legais e psicológicos neste Encon-

tro, é ainda hoje matéria alvo de muita discussão e investigação”. “Este período em que se vão fazendo pontes entre a Psiquiatria e as Neurociências, procurando descobrir as bases biológicas para muitas das perturbações mentais, é extraordinariamente entusiasmante; e quem melhor que um dos decanos da Psiquiatria portuguesa, o Professor António Palha, para nos trazer esta ‘interface’ da Psiquiatria”, desafia o director. No que respeita à abertura do Serviço de Psiquiatria e Saúde Mental a profissionais de várias áreas, Cláudio Laureano explica que, “sendo a multidisciplinaridade uma condição sine qua non para uma prática clínica de qualidade, sentimos que hoje aquela implica a participação de muitos outros profissionais, para além dos técnicos classicamente nucleares em psiquiatria. Em muitas condições clíni-

cas, o trabalho proveniente de outras áreas da ciência é hoje fundamental para uma decisão acertada e uma evolução mais favorável. Conscientes da escassa diferenciação actualmente existente em termos de multidisciplinaridade, pareceu-nos relevante debater este tema, de forma a promover um modelo de funcionamento mais coerente e eficiente”. “Não melhorar o presente e programar o futuro, será sem dúvida considerado pelas gerações vindouras como uma ‘falha’ tremenda”, alerta, concluindo que “é, por isso, nosso objectivo também discutir de que forma poderemos e deveremos contribuir para a sustentabilidade do nosso país, actuando na nossa área, numa tentativa de que essa contribuição defenda a equidade e a qualidade dos cuidados, hoje e no futuro”.

Em Fátima

Colégio de São Miguel proporciona dias “funtásticos” O Colégio de São Miguel, em Fátima esteve dois dias de portas abertas para receber 100 alunos do 9º ano de escolaridade vindos de outras escolas. A recepção aconteceu no dia 22 de Março e segundo o comunicado da escola foram dois dias “funtásticos”. Os visitantes foram recebidos no pavilhão gimnodesportivo do Colégio, onde foram formadas equipas. De seguida realizou-se uma coreografia de hip-hop em que só não valeu ficar parado! Depois os jovens foram convidados a participar num percurso de peddy-paper que permitiu conhecer melhor a escola e, ao mesmo tempo, desenvolver o espírito de equipa. A tarde também foi dedicada ao desporto e os jovens jogaram tripela, tiro com arco, judo, zarabatana, entre outras actividades radicais. Retemperadas as forças, os alunos foram convidados a ver um filme. À noite teve lugar o Sarau com várias actividades e cheio de surpresas. Na hora de dormir é que foi difícil porque a animação era muita, mas depois os corpos começaram a quebrar de cansaço. Mas assim que cheirou a chocolate quente as forças vieram e a animação continuou madrugada fora. O pior de tudo foi o “toque de alvorada” às 09h30 para tomar o pequeno-almoço.


8 REPORTAGEM

O Mensageiro 11.Abril.2013

Marrazes acolhe “Grande Missão” em Leiria-Fátima

Famílias, velhos, jovens e crianças em missão no Bairro Sá Carneiro

como elas são, na sua realidade e nos seus pecados”, acrescenta o também missionário espanhol Fernando Alvarez. A “Grande Missão”, mobilizada internacIonalmente pelo fundador do CN, Kiko Arguello, foi inclusivamente estimulada pelo Papa Francisco, quando ambos se encontraram pela primeira vez. O Sumo Pontífice terá referido – segundo apurámos com o padre José Angel, também ele espanhol e responsável pela zona norte de Portugal – que o CN estava a fazer uma “revolução” na Igreja e que era necessário continuá-la. Um sinal que aponta nesse sentido é a carta que o cardeal Jorge Bergoglio, então arcebispo de Buenos Aires (Argentina), escreveu à sua diocese (ver caixa, em baixo), antes de partir para o Conclave, e na qual sublinha a necessidade de uma nova pastoral urbana. Pedro Jerónimo

Carta pastoral para a Semana Santa do agora Papa Francisco

“Vamos ficar na mexeriquice paroquial quando toda essa gente está à nossa espera?!” Aos párocos e responsáveis de comunidades educativas: Há anos que todos trabalhamos por conseguir que a Igreja esteja na rua, tentando que se manifeste mais a presença de Jesus vivo. É o esforço por viver aquilo que tantas vezes rezamos na Missa, “que todos nós, membros da Igreja, saibamos discernir os sinais dos tempos e cresçamos na fidelidade ao Evangelho, nos preocupemos em participar, na caridade, das angústias e das tristezas, das alegrias e das esperanças dos homens, e assim lhes mostremos o caminho da salvação”. Em maior ou menor medida, muitas comunidades aceitaram esse desafio. Aparecida confirmou o caminho e mostrou-nos que, para que não seja apenas uma chispa momentânea, necessitávamos de uma conversão pastoral. Necessitamo-la continuamente, porque muitas vezes temos a tentação de voltar às cebolinhas do Egipto. Todos sabemos que a realidade das nossas paróquias é limitada em relação à quantidade de pessoas que há e às quais não chegamos. A Igreja, que nos chama constantemente a uma nova evangelização, pede-nos que façamos gestos concretos que manifestem a unção que recebemos. A permanência na unção define-se pelo caminhar e pelo fazer. Um fazer que não são apenas actos, mas um estilo que procura e deseja poder participar do estilo de Jesus. O “fazer-se tudo para todos, para ganhar alguns para Cristo” tem a ver com isto. Sair, partilhar e anunciar, exige, sem dúvida, uma ascese de renúncia que faz parte da conversão pastoral. O medo ou

DR

Pedro Jerónimo

Evangelizar pelas ruas

Cânticos, testemunhos, catequeses e oração fazem parte da “Grande Missão”, uma iniciativa de evangelização, integrada no Ano da Fé, que decorre em cerca de 10 mil praças um pouco por todo o mundo. Será assim todos os domingos, até 5 de Maio, no Bairro Sá Carneiro, paróquia dos Marrazes – a única da diocese de LeiriaFátima que aderiu à iniciativa, dinamizada pelo Caminho Neocatecumenal (CN). “São Paulo diz que a fé vem da pregação. Mas se as pessoas não vão à missa, como a poderão escutar? É por isso que saímos para a rua”, sublinha a espanhola Pilar Hernández, uma das responsáveis pelo CN em Portugal – zona norte, onde se insere a diocese de Leiria-Fátima –, em declarações à agência Ecclesia. “Todos temos conflitos; há pessoas que se estão a divorciar, enquanto outras têm filhos fora da Igreja, entre outras situações. A Igreja tem uma palavra a dizer-lhes, bem como a quem não sabe que Deus as ama

o cansaço podem pregar-nos uma partida levando-nos a ficar com o já conhecido, que não apresenta dificuldades, que nos dá uma cenografia parcial da realidade e nos deixa tranquilos. Outras vezes podemos cair no encerramento perfeccionista que nos isola dos outros com desculpas tais como: “Tenho muito trabalho”, “não tenho gente”, “se fizermos isto ou aquilo, quem fará as coisas da paróquia?”, etc. Tal como no ano 2000, gostaria de vos dizer: os tempos urgem. Não temos o direito de ficar a acariciar a nossa alma, de ficar encerrados nas nossas coisinhas… tão pequeninas. Não temos o direito de ficar tranquilos, amando-nos a nós mesmos. Temos de sair para falar a esta gente da cidade a quem vimos nas varandas. Temos de sair da nossa casca e de lhes dizer que Jesus vive, e que Jesus vive para ele, para ela, e de lho dizer com alegria… mesmo que por vezes possamos parecer um pouco loucos. Quantos velhinhos vivem enfastiados da vida, pois às vezes o dinheiro não lhes chega, nem sequer para comprar remé-

dios. A quantas criancinhas se metem na cabeça ideias que nós próprios recebemos como grande novidade, quando há já dez anos que as mesmas foram atiradas para o lixo na Europa e nos Estados Unidos, mas nós transmitimo-las como grande progresso educativo. Quantos jovens passam a vida aturdindo-se com as drogas e o ruído, porque não têm um sentido, porque ninguém lhes contou que havia algo grande. Quantos nostálgicos – também os há na nossa cidade – precisam de um balcão de estanho para ir saboreando aguardente atrás de aguardente, e assim ir esquecendo. Quanta gente boa, mas vaidosa, que vive da aparência, correndo o perigo de cair na soberba e no orgulho. E nós, vamos ficar em casa? Vamos ficar na paróquia, fechados? Vamos ficar na mexeriquice paroquial, ou da escola, nas tensões internas da Igreja, quando toda essa gente está à nossa espera?! As pessoas da nossa cidade! Uma cidade que tem reservas religiosas, que tem reservas culturais, uma cidade linda, muito bonita,

mas muito tentada por Satanás. Não podemos ficar sozinhos, não podemos ficar isolados na paróquia e na escola. A Semana Santa apesenta-se-nos como uma nova oportunidade para desinstalar um modelo fechado de experiência evangelizadora que se reduz a “mais do mesmo” e para instalar a Igreja que é de “portas abertas”, não porque só as abre para receber, mas porque as tem abertas para sair e celebrar, ajudando aqueles que não se aproximam… Com estes pensamentos, tenho em mente a próxima celebração de Ramos, que é a festa do caminhar de Jesus no meio do seu povo, sendo bênção para todos os que se encontravam à sua passagem. Peço-vos que não privatizemos essa festa que é para todos, e não só para alguns. A Arquidiocese optou por celebrála missionariamente no sábado à tarde, a partir das colunas e dos postos missionários das diversas Vigararias. No entanto, a adesão ainda é muito pobre. Por isso peço aos Párocos e aos responsáveis das escolas que convoquem e mobilizem as suas comunidades para esse momento forte de fé e anúncio com a certeza de que a vida dos nossos fiéis se renova quando experimentam a beleza e a alegria de se aproximarem dos irmãos para partilhar a fé: “É impossível que um homem tenha acolhido a Palavra e se tenha entregado ao Reino sem se converter em alguém que, por sua vez, dá testemunho e anuncia”. Com paternal afecto, Cardeal Jorge Mario Bergoglio s.j., arcebispo de Buenos Aires 25 de Fevereiro de 2013


REPORTAGEM 9

O Mensageiro 11.Abril.2012

Cerca de 80 pessoas participaram na acção pastoral dinamizada pelo Caminho Neocatecumenal

Ouvintes, das janelas...

...à praça

“Estamos aqui em obediência à Igreja Católica e enviados pelo pároco, o padre Augusto”. As palavras introdutórias de António Casal, 56 anos, casado e pai de dois filhos, serviam para esclarecer quem desconfiasse que aquela era uma acção de qualquer outra igreja, que não a católica, ou até mesmo de uma seita. “Já dizia o Papa João Paulo II, nas Jornadas Mundiais da Juventude em Denver [EUA, 1993], que é preciso anunciar Deus até de cima dos telhados. É por isso que estamos aqui”, acrescentou o também responsável diocesano pelo Caminho Neocatecumenal. Depois de um período inicial de cânticos pelas ruas, cerca de 80 pessoas concentram-se na zona mais central do Bairro Sá Carneiro, onde se seguem dois testemunhos. “Estive afastado da Igreja por duas vezes, num mundo de libertinagem, e Deus resgatoume dessa vida”, refere Paulo de Matos, 44 anos, da paróquia do Alqueidão da Serra. “O que posso testemunhar, a partir do que tenho experimentado na Igreja, é que Deus me ama como eu sou e que não exige nada de mim”, sublinha Sandra Dias, 33 anos, da paróquia de Monte Redondo. Segue-se um momento de catequese, com a questão central do primeiro dia: “Quem é Deus para ti?”. Numa abordagem muito exis-

tencial, António Casal prossegue com mais questões: “Acreditas em Deus? Porquê? Já experimentaste na tua vida que Deus existe? O que conheces de Deus é por aquilo que te disseram, talvez na catequese, ou tens factos concretos na tua vida em que possas testemunhar que Ele existe?” Pelo meio aquele leigo anuncia que “Deus pode renovar a vida dos que estão aqui e também a daqueles que estão aí escondidos atrás das janelas, que não têm coragem de vir até aqui”. A catequese prolonga-se durante cerca de uma hora. Mesmo com o ameaçar da chuva, as pessoas não arrendam pé. Famílias, velhos, jovens e muitas crianças. Ali, na praça, ou à janela dos prédios contíguos. Aquele primeiro momento da “Grande Missão” termina com um cântico. Domingo há mais. Ecos do primeiro encontro “Acho bem. São cânticos muito bonitos”, começa por referir Valter Nobrega, 48 anos, que embora não já não resida no bairro, está de passagem para visitar a mãe. “Deviam fazer isto há mais tempo! É sempre bom ouvir a palavra de Deus. É bom para todos, mesmo para aqueles que não vão à igreja”, acrescenta. Quem também se mostra surpreendida é Ana Jesus, 52 anos,

residente no bairro. “Acho que deviam fazer mais vezes”, acrescentando que “não é vergonha nenhuma louvar a Deus na rua!” Participante atenta nesta acção pastoral, confidencia-nos que “sentia-me pesada e até vou mais leve. Tocou-me tudo. Vou daqui diferente. Estava revoltada e com estas palavras sinto-me bem, sinto-me feliz”, conclui. Maria Camila Pires, 50 anos, e Juliana Pires, 12 anos, também acompanharam o primeiro momento da “Grande Missão”. Ambas manifestaram surpresa e regozijo por esta iniciativa inesperada. “É da maneira que vem incentivar os jovens e outras pessoas que já não vão à igreja. Acho bem que se faça e continuem a fazer”, refere a mãe. “A igreja devia de fazer isto muito mais vezes”, acrescenta a filha. Também Dina Gomes, 36 anos, se fez acompanhar pela filha, esta bem mais jovem e que não larga a mão da mãe. “Foi muito bom. Deviam de fazer mais vezes”, começou por sublinhar, manifestando-se igualmente surpresa pela iniciativa da Igreja Católica. “Há outras igrejas e seitas que andam aí a comprar as pessoas. Acho bem ser ao ar livre, pois atrai mais pessoas. Devem continuar. É sempre bom ouvir o testemunho de outras pessoas”, conclui. Pedro Jerónimo

António Casal, leigo

Próximos encontros 14 de Abril – Quem és tu? Para que vives? Qual o sentido da tua vida? És feliz? 21 de Abril – Anúncio do Kerigma: a notícia da tua salvação, se a escutas e acreditas nela, savar-te-ás. 28 de Abril – Kerigma , anuncio do Evangelho e apelo à conversão. 5 de Maio – O que é a Igreja? Qual é a tua experiência de Igreja? Queres ser ajudado por uma comunidade cristã?

Pároco dos Marrazes fala sobre a “Grande Missão” e a pastoral no Bairro Sá Carneiro

Iniciativa põe em prática a “Nova Evangelização” Marrazes é a única paróquia da Diocese representada na “Grande Missão”. Como é que encara esta acção pastoral? Vejo esta acção como um ir ao encontro da “Nova Evangelização”, de a concretizar, de ir ao encontro de Jesus Cristo, levandoo aos outros. É uma experiência que pode dar resultado, não numa questão de número, mas de qualidade. A praça local situa-se no Bairro Sá Carneiro. O que motivou essa escolha? Tivemos em atenção – em coordenação com os responsáveis do Caminho Neocatecumenal – ser um local mais central. E o ser mais central é bom. O segundo aspecto que queria sublinhar

é que o Bairro Sá Carneiro está bastante equilibrado e se calhar mais aberto a uma evangelização que ainda não tem. Se calhar as pessoas estão mais abertas. Equilibrado em que aspecto? No aspecto social. Há 20, 30 anos era um bairro mal visto, esquisito e perigoso. Estavam pessoas que vinham das ex-colónias e era muito complexo. Agora tem havido um trabalho de voluntariado e da Conferência São Vicente de Paulo muito importante. A Conferência São Vicente de Paulo ajuda com bens materiais e o voluntariado vai mais além. Está com as pessoas e escuta-as. Mas essa “má” imagem bairro ainda existe?

Ainda há vestígios. Acredito que esta acção pode “limpar” mais essa ideia. O ir ao encontro delas [pessoas] é muito bom. Não só levar coisas, mas levar Deus, que os pode ajudar imenso. Já começou a falar na acção pastoral existente. Há outra que se preveja para aquela comunidade? Reforço o aspecto do voluntariado social e humano. A paróquia e alguns movimentos, pontualmente… Estou a lembrar-me da pastoral familiar ou da catequese das crianças. O apostolado de oração também tem procurado que as pessoas rezem bem e se relacionem melhor com Deus. Se me perguntas se é suficiente? Não é nem coisa que se pareça.

É bom mas é insuficiente. A paróquia dos Marrazes é complexa, com uma realidade que nem sempre conseguimos responder. Há dois anos constituímos seis, sete equipas de voluntariado. Temos tentado desenvolver mais, mas precisamos de mais braços. E o voluntariado não é ocupação de tempos livres! Deve ser regular e com atitudes humanas e sociais de ajuda a quem se vai visitar. Como é que comunidade tem acolhido essas iniciativas? As pessoas têm acolhido muito bem! Há uma abertura muito grande. Para as pessoas que me questionam sobre isso, eu digo que o Bairro Sá Carneiro hoje não é problema nenhum. PJ

Pedro Jerónimo/Arquivo

Fotos: Pedro Jerónimo

“Quem é Deus para ti?” marca primeiro momento da missão

Pe Augusto Gonçalves


10 ECLESIAL

O Mensageiro 11.Abril.2013

(14/04/2013) Antífona de Entrada: Salmo 65, 1-2 Leitura I: Actos 5, 27B-32.40b-41 Salmo Responsorial: Salmo 29 (30), 2.4-6.11-12a.13b (R. 2a) Refrão: Eu vos louvarei, Senhor, porque me salvastes. Repete-se. Leitura II: Ap 5, 11-14 Aclamação antes do Evangelho: Refrão: Aleluia. repetese. Jesus Cristo, que criou o universo e Se compadeceu do género humano. Refrão. Evangelho: Jo 21, 1-14 Naquele tempo, Jesus manifestou-Se outra vez aos seus discípulos, junto ao mar de Tiberíades. ManifestouSe deste modo: Estavam juntos Simão Pedro e Tomé, chamado Dídimo, Natanael, que era de Caná da Galileia, os filhos de Zebedeu e mais dois discípulos de Jesus. Disse-lhes Simão Pedro: «Vou pescar». Eles responderam-lhe: «Nós vamos contigo». Saíram de casa e subiram para o barco, mas naquela noite não apanharam nada. Ao romper da manhã, Jesus apresentou-Se na margem, mas os discípulos não sabiam que era Ele. Disse-lhes Jesus: «Rapazes, tendes alguma coisa de comer?». Eles responderam: «Não». Disse-lhes Jesus: «Lançai a rede para a direita do barco e encontrareis». Eles lançaram a rede e já mal a podiam arrastar por causa da abundância de peixes. O discípulo predilecto de Jesus disse a Pedro: «É o Senhor». Simão Pedro, quando ouviu dizer que era o Senhor, vestiu a túnica que tinha tirado e lançou-se ao mar. Os outros discípulos, que estavam apenas a uns duzentos côvados da margem, vieram no barco, puxando a rede com os peixes. Quando saltaram em terra, viram brasas acesas com peixe em cima, e pão. Disse-lhes Jesus: «Trazei alguns dos peixes que apanhastes agora». Simão Pedro subiu ao barco e puxou a rede para terra cheia de cento e cinquenta e três grandes peixes; e, apesar de serem tantos, não se rompeu a rede. Disse-lhes Jesus: «Vinde comer». Nenhum dos discípulos se atrevia a perguntar: «Quem és Tu?», porque bem sabiam que era o Senhor. Jesus aproximou-Se, tomou o pão e deu-lho, fazendo o mesmo com os peixes. Esta foi a terceira vez que Jesus Se manifestou aos seus discípulos, depois de ter ressuscitado dos mortos. Palavra da salvação.

Cânticos| IV Domingo de Páscoa (21/04/2013) Início A nossa Páscoa imolada Aleluia - Lau 107 Pai Filho, Espírito Santo - Lau 639 Salmo Responsorial Nós somos o Povo de Deus - Lau 530 Apresentação dos dons Eu vim para que tenham vida - Lau 382 Comunhão Deus é bom pastor - Lau 276 Eu sou o bom pastor - Lau 370 Pós-Comunhão Ressuscitou o bom pastor - Lau 720 Final Ide por todo o mundo - Lau 433 Povos todos barei palmas - Lau 678

leia, assine, divulgue, anuncie!

O MENSAGEIRO

Janela sobre a Missão

Páscoa: a caminho B

oa tarde amigos missionários, A equipa missionária subiu para o Gungo durante o dia de ontem, 27 de Março, e a esta hora já está junto do povo para, nestes dias, viverem o tríodo pascal. Estes dias são sempre muito intensos! Debaixo de chuva torrencial ou sol escaldante as pessoas deslocam-se de todos os pontos do Gungo para viverem estes dias em comunidade. É sem dúvida muito emocionante poder viver estes momentos em Missão. Quem já passou por lá não esquece! Ainda nestes dias, além das celebrações próprias, há oportunidade para en-

AO SABOR DA PALAVRA

Pe. Francisco Pereira pe.francisco@mac.com

III Domingo de Páscoa 14 de Abril de 2013

Glória

N

a Páscoa dizemos que Cristo ressuscitou. Esta afirmação pode ser tão inócua como dizer que o meu canário morreu, ou que vi um cão a ser atropelado na estada. Mas a afirmação é fundamental para nós, para a nossa fé. Por isso Porque está cheia de significado, porque afecta essencialmente a nossa vida. As palavras que dizemos são poderosas porque são a expressão de uma realidade que não vemos com os olhos, mas que existe.

contros com os diferentes grupos: catequistas, jovens, catecúmenos que se preparam para o baptismo, famílias. E claro que as consultas também não vão parar, nem alguns trabalhos práticos. Os últimos dois anos a Páscoa foi celebrada na sede da Missão, na Donga, mas este ano, devido às fortes chuvas que destruíram as vias, será celebrada no Uquende, na aldeia mais central do Gungo. Uma Santa Páscoa para todos, na certeza que estaremos juntos em oração. Estamos Juntos. Mana Inêgi*

S. João no Apocalipse ouve os anjos a dizer: “O Cordeiro imolado é digno de receber o poder, a riqueza...” Quem é este cordeiro? Muita gente nem sequer sabe o que é um cordeiro, como é que podem ir pala além deste conceito para o aplicarem a Jesus. O cordeiro sacrificado e comido na Páscoa é imagem de Jesus que ao dar-se todo, ao despojar-se de tudo, acabou por receber tudo aquilo de que abdicou. Na sua entrega total acabou por não perder nada. O poder e a glória de Jesus somos nós. Que somos suas testemunhas, como afirmava S. Pedro destemidamente aos sacerdotes do Sinédrio. Não testemunhas de um acontecimento: Jesus foi crucificado à saída da cidade e por isso muitos viram a sua morte. Não de milagres: muitos comeram o pão e os peixes multiplicados. Mas da sua ressurreição, apesar de não verem o acontecimento: dele foram testemunhas apenas os guardas romanos. Os Apóstolos são testemunhas de toda a globalidade de Jesus Cristo. Da globalidade da sua obra: só depois das suas aparições, já glorioso, é que entenderam tudo o que lhes tinha dito antes. Só com o auxílio do espírito santo percebe-

Fotos: DR/Ondjoyetu

Leituras| III Domingo de Páscoa

ram toda a obra que Jesus realizou. Mas nada disso tem importância se não respondemos à pergunta que hoje Jesus nos continua a fazer, como outrora fez a Pedro: “Simão, filho de João, tu amas-me?” Francisco..., João..., António..., Marco..., Ricardo, tu amas-me? Como é que nós respondemos a esta pergunta? O antes não importa: Pedro tinha negado três vezes conhecer Jesus? Mas agora três vezes afirmou o seu amor por Ele? Amor revelado quando chorou amargamente o seu pecado, quando longe da praia disse “É o Senhor”, quando em Roma não abandonou os seus irmãos para salvar a sua vida. É isto o ser testemunha de Cristo: fazer o que ele fez. Se amamos Jesus, se

MISSAS DOMINICAIS

dizemos que somos cristão vamos deixar-nos de lérias e vamos realmente viver como ele, reconhecendo que são mais as vezes que o negamos do que damos a vida por ele, mas não nos podemos esquecer que ele nos ama, que nunca desiste de nós. E por isso também não podemos desistir de lutar por aquilo que é recto, mesmo que os outros nos chamem parvos. Mostremos à nossa sociedade hedonista e materialista que o silêncio dos inocentes fala mais alto que os gritos dos poderosos. A nossa glória está na vida simples de partilha do que temos e somos, na entrega em cada dia à vontade de Deus, usando sempre o bem para todas as pessoas.

Sábado 19h00 – Sé 19h30 – Franciscanos Domingo 08h30 – Espírito Santo 09h00 – Franciscanos 09h45 – Paulo VI 10h00 - S. Francisco 10h30 – Franciscanos 10h00 – S. Romão 11h00 – S. Agostinho 11h00 – Hospital 11h30 – Cruz da Areia 11h30 – Seminário e Sé 18h30 – Sé 19h30 – Franciscanos 21h30 – Sª Encarnação


OPINIÃO 11

O Mensageiro 11.Abril.2013

S

egundo um estudo sobre as Casas Religiosas de Lisboa, os mosteiros da Ordem de Santa Clara estavam em maior número. Na cidade de Lisboa, dos vinte e cinco cenóbios femininos, em dez deles professava-se a Regra de Santa Clara, nas suas duas variantes: a primeira, escrita por Santa Clara e aprovada em 1253, bastante rigorosa no que concerne aos votos de pobreza e de humildade. Era professada nos mosteiros da Madre de Deus de Xabregas, de Nossa Senhora da Quietação, vulgo Flamengas, do Crucifixo também conhecido como Francesinhas, estes dois últimos seguindo a especificidade das Capuchinhas; a segunda variante, Regra menos rigorosa, permitia às religiosas uma vivência menos ascética e a posse de bens e rendimentos próprios, aprovada pelo papa Urbano IV, em 1263. Era seguida nos mosteiros de Santa Clara, o mais antigo de Nossa Senhora da Piedade, da Esperança, de Santa Marta, do Monte

DOM DA FÉ

Pe Jorge Guarda

Vigário Geral da Diocese

Males da alma e remédio da misericórdia http://padrejorgeguarda.cancaonova.pt

N

o seu evangelho, João diz que escreveu os “sinais miraculosos” que Jesus realizou “na presença dos seus discípulos” para levar os leitores a acreditar que “Jesus é o Messias, o Filho de Deus”, de modo que, acreditando, tenham “a vida nele” (cf Jo 20,3031). O fruto da fé é portanto receber a vida nova que lhe é concedida por Jesus Cristo. Talvez ninguém melhor do

Família há oito séculos

Calvário e do Desagravo do Santíssimo Sacramento. Estes claustros, propriedade de Deus, surgiam habitualmente nas zonas ribeirinhas da cidade, nos seus arrabaldes, ou ainda protegidas pela cintura de muralhas costeiras, num simbolismo, por assim dizer, da sede do coração humano que continuamente busca a Água viva, Água que jorra do Coração do Senhor e que estas mulheres buscaram sem cessar. Sobre a proximidade das águas correntes, onde as Religiosas Clarissas procuravam erguer os seus mosteiros, cabe recordar de Santa Clara o que contou uma das suas irmãs: «Uma vez, no tempo pascal, a Madre Clara ouviu cantar: ‘Vidi aquam egredientem de templo a latere dextro’ (Vi a água que saia do lado direito do templo)… Foi tan-

ta a sua alegria e ficou tão impressionada com o que sentia que, daí em diante, depois das refeições e depois de Completas, queria ser aspergida ela e as Irmãs com água benta e dizia-lhes: ‘ minhas Irmãs, recordai-vos e tende sempre presente esta água bendita que saiu do lado direito de Nosso Senhor Jesus Cristo suspenso na Cruz’». Voltando aos mosteiros, no espaço de apenas seis anos foram fundados dentro dos muros da cidade de Lisboa três de grande beleza e harmonia arquitectónica: o Mosteiro de Nossa Senhora da Piedade da Esperança (1580), o Mosteiro de Santa Marta (1583) e o Mosteiro do Monte Calvário (1586). No Mosteiro da Esperança, situado na Rua 1º de Maio, observava-se a Regra menos rigorosa, a Urbanista que, como se disse acima,

permitia possuir rendas e bens próprios. Apesar disso, ali brilhou o clarão luminoso da santa oração, simplicidade e alegria evangélicas e um grande amor à Eucaristia. As graníticas pedras mortas do edifício foram demolidas no início do século XX. No seu lugar ergue-se um quartel de bombeiros, integrando nas estruturas actuais alguns vestígios de arcadas e abóbadas do edifício original. E o Mosteiro de Santa Marta, que surge a partir de um recolhimento criado por D. Sebastião a pedido do arcebispo D. Jorge de Almeida. A sua construção foi custeada por D. Helena de Sousa, senhora da nobreza. Este é outra maravilha entre os mosteiros da Ordem, em Lisboa, tanto pela grandeza como pelo adorno típico do tempo, painéis lindíssimos de azulejos com motivos

tipicamente franciscanos. Rapidamente ali acorreram muitas jovens para seguirem o ideal de Santa Clara que tão luminosamente resplandecia na vida simples e jovial das fundadoras. Segundo alguns dados históricos no século XVIII aí viviam mais de setenta e cinco Religiosas. Com o falecimento da última religiosa, em 1887, o edifício foi cedido à paróquia do Coração de Jesus e à Irmandade dos Clérigos Pobres, tendo passado, em 1905, para a administração do Hospital de São José, que o transformou numa unidade de saúde, hoje Hospital de Santa Marta. No Mosteiro do Monte Calvário fundado por D. Violante de Noronha, professava-se também a Regra de Urbano IV, a menos rigorosa. O terramoto de 1755 destruiu completamente o edifício, obrigando as religiosas a abandonar o local. Perante a inviabilidade da sua reconstrução, foi transformado em simples recolhimento e construída uma pequena

que os convertidos, isto é, os que experimentaram uma mudança profunda graças à fé, possam mostrar-nos o que é viver em Cristo. A nossa vida sofre de variados males: físicos, psíquicos, morais, espirituais... Para cada um deles procuramos um remédio que os elimine ou pelos menos os alivie. É por isso que vamos ao médico, ao hospital e a diferentes especialistas. Também há os males da alma, cujos sintomas nem sempre são bem perceptíveis e que com frequência se misturam e confundem com as perturbações psicológicas, levando certas pessoas a reduzi-los a tal âmbito. Há também quem exclua a dimensão e explicação psicológica, procurando no campo religioso o que é daquele âmbito, o que pode induzir a pessoa em equívoco sobre o mal que a afeta. Os males da alma, embora sejam de natureza espiritual, afetam também, em algum modo, a dimensão física e a psicológica. A parábola evangélica do filho pródigo é talvez o relato que melhor nos permite

compreender os males da alma. Ambos os filhos têm dificuldade de viver uma relação livre com o pai pelo que um quebra-a e o outro mantem-na de modo superficial. Nem um nem outro se sente verdadeiramente em família e livre. O problema não está no pai que respeita a liberdade do filho mais novo, partilha generosamente os bens e deixa-o partir à aventura. E ao filho mais velho lembra-lhe que podia dispor livremente dos bens comuns: “o que é meu é teu”. O mal da alma começa quando a pessoa duvida do amor de Deus, da possibilidade de ser livre na relação e comunhão com Ele, não está à vontade na “casa” divina e tem medo de revelar os seus desejos e aspirações. Então vive oprimido, como servo e não como filho. Daí a tentação de sair de casa, de reivindicar antecipadamente a parte da herança que lhe poderia tocar, de afirmar os próprios direitos, de querer dispor livremente de si próprio e de escolher as experiências que melhor o satisfaçam. A quebra da

confiança no pai e dos laços com ele leva igualmente à separação do irmão. A consequência é cair na miséria moral, na solidão e numa vida triste. Ou então, como no caso do filho mais velho, é levar uma vida oprimida, cinzenta e igualmente triste. Num caso e no outro, conduz a vidas indignas de pessoas humanas. Quando a pessoa humana rejeita a relação com Deus fica afetado na sua identidade mais profunda e perde o seu horizonte de sentido e os laços de comunhão e de amor com Deus. A pessoa fica então entregue a si próprio e mais vulnerável às suas paixões e fraquezas. Torna-se assim mais facilmente tentado pelo pecado e sujeito ao seu domínio. O remédio para os males que afetam a alma humana está em Deus e chama-se misericórdia. Mediante ela, Deus aproxima-se do homem pecador limpao, purifica-o, reanima-o, reveste-o com a dignidade de filho amado e livre. Restaura a sua vida e prepara uma festa na qual convida toda a sua casa a participar.

Se nota resistências e ressentimentos, vai também curá-los com a sua bondade e ternura. A misericórdia divina é mais forte do que qualquer pecado por parte do homem, pelo que este pode sempre encontrar em Deus o perdão e a possibilidade de recuperar a vida e a dignidade de filho de Deus. Na missa, após a oração do “Pai Nosso”, o sacerdote implora a graça da misericórdia divina para os fiéis: “Livrai-nos de todo o mal, Senhor, e dai ao mundo a paz em nossos dias, para que, ajudados pela vossa misericórdia, sejamos sempre livres do pecado e de toda a perturbação, enquanto esperamos a vinda gloriosa de Jesus Cristo nosso Salvador”. Hélène, uma mulher da República Democrática do Congo, experimentou na sua vida a grande graça da misericórdia divina. Era casada e o marido foi-lhe infiel. A sua rival era uma prima, o que ainda lhe causou maior sofrimento moral e espiritual. O ódio, os maus pensamentos, a ira e a revolta interior atormentavam o

Sob a acção do Espírito Santo

capela anexa. No início do século XX instalou-se no local uma esquadra da PSP; mais tarde foram efetuadas obras de remodelação com o objectivo de aí instalar a Escola Prática da Polícia, promovendo-se a construção de um terceiro piso, mas mantendo-se a estrutura do claustro primitivo. No edifício subsistem algumas dependências abobadadas primitivas que, misteriosamente, querem perpetuar a presença do ideal de Santa Clara, também ela solícita defensor da sua cidade e da paz, porque acolheu o Espírito Santo que sopra onde quer. Cristãos como santa Clara de Assis, todos nós somos hoje chamados a dar testemunho luminoso e credível da alegria que o encontro com Cristo comunica à vida e à consequência natural de uma fé viva, adorante e enamorada de Deus (D. António Marto).

seu coração a tal ponto que se sentia capaz de eliminar fisicamente a sua rival. Entretanto, o marido arrependeu-se e passou a viver a fidelidade. Mas, passados três anos, vítima de envenenamento, morreu. A acusada era a amante abandonada. Hélène desejava-lhe todas as desgraças possíveis e chegou a contratar bandidos para fazerem mal à prima, o que acabou por não ser possível. Entretanto, ela própria arranjou um amante, ficou grávida e abortou. Depois de tudo isto, começou a pensar na sua vida, arrependeu-se, confessou-se e recebeu o perdão de Deus. A paz que conheceu não durou muito, pois permanecia o ódio pela prima. Ano e meio depois, conseguiu a graça de ir pedir perdão pelos males que lhe havia causado e desejado. Quando o fez, também a prima lhe pediu perdão e ambas se reconciliaram. Em sinal de gratidão pela misericórdia recebida, Hélène começou a divulgar a devoção a Jesus misericordioso.

Irmãs Clarissas de Monte Real

Texto escrito segundo o novo acordo ortográfico


12 MUNDO/PORTUGAL

Francisco destaca misericórdia “paciente” de Deus

Papa deixa mensagem do Twitter O Papa publicou uma nova mensagem na rede social Twitter aos seus mais de cinco milhões de seguidores, na qual destaca a misericórdia divina. “Como é belo o olhar de Jesus posto sobre nós! Quanta ternura! Não percamos jamais a confiança na paciente misericórdia de Deus!”, refere o texto, apresentado em nove línguas, incluindo o português. A mensagem retoma as ideias centrais das intervenções dominicais de Francisco, na recitação da oração do ‘Regina Caeli’, ao meio-dia de Roma, e na homilia da missa da tomada de posse da Basílica de São João de Latrão, à tarde. O texto foi o 11º desde o início do pontificado, resumindo catequeses, homilias e outras intervenções públicas do sucessor Papa argentino. Francisco tem agora mais de 200 mil seguidores de língua portuguesa. A conta inaugurada a 12 de Dezembro de 2012 por Bento XVI, agora Papa emérito, esteve suspensa durante o período da Sé vacante, a partir do último dia 28 de Fevereiro, e foi reaberta a 13 de Março, com o anúncio da eleição de Francisco, em latim: “Habemus Papam Franciscum”.

Medicina Regenerativa - uma mudança fundametal na Ciência e na Cultura

Vaticano acolhe conferência O Conselho Pontifício para a Cultura (CPC), em parceria com instituições ligadas à área da saúde, vai promover entre hoje, quinta-feira, e sábado no Vaticano uma conferência internacional sobre o uso de células estaminais adultas na medicina. De acordo com o serviço informativo da Santa Sé, a Igreja Católica “apoia a pesquisa realizada no respeito dos valores morais, na dignidade da pessoa humana, com a finalidade de contribuir com benefícios para a humanidade”. Subordinado ao tema “Medicina Regenerativa – uma mudança fundamental na Ciência e na Cultura”, o evento vai ser aberto pelo presidente do CPC, cardeal Gianfranco Ravasi, e tem como “finalidade aumentar a consciência global acerca da capacidade das células estaminais adultas” e “explorar as suas possíveis consequências culturais”. Para alcançar esse objectivo, o programa de debate vai ser enriquecido com a participação de “especialistas, políticos, diplomatas e pesquisadores de renome” em todo o mundo, como John Gurdon, que ganhou o Prémio Nobel da Medicina em 2012. O grupo, que deverá ser recebido em audiência pelo Papa Francisco no sábado, procurará também apresentar “os progressos médicos” que se têm verificado ao nível da utilização das células tronco adultas. “A renovação de órgãos doentes e danificados, a regeneração de tecidos para as vítimas de queimaduras, o reequilíbrio dos sistemas imunitários e a prevenção na rejeição de órgãos” são alguns dos exemplos apontados pelo serviço de imprensa da Santa Sé. Durante a conferência, será ainda possível escutar “testemunhos de pacientes aos quais foram aplicados tratamentos inovadores”, realça o portal news.va.

11.Abril.2013

Portugal “Saber viver em tempos de crise”

Cáritas ajuda famílias contra o desperdício As Cáritas das dioceses portuguesas querem ajudar as famílias mais carenciadas a administrarem melhor os rendimentos, procurando consolidar uma mentalidade de poupança que, em alguns casos, esteve afastada das suas prioridades. “Durante os vários anos em que vivemos uma situação ilusória de abundância houve muito desperdício e ‘desleixo’”, situação que resultou igualmente de campanhas que veiculavam o “crédito fácil”, afirmou hoje à Agência ECCLESIA o presidente da Cáritas do Funchal. A instituição dirigida por José António Barbeito organiza até hoje, Quintafeira, na capital da Região Autónoma da Madeira a acção formativa denominada “Saber viver em tempos de

crise”, projecto que conta com a parceria da DECO, Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor. Esta sessão é dirigida a técnicos de apoio social ligados à Igreja, estendendo-se a partir de terça-feira a 60 famílias que, “estando a ser apoiadas pela Cáritas Diocesana, podem ainda fazer um esforço na gestão económica do seu dia-a-dia, para que a sua situação financeira melhore ou, pelo menos, seja amenizada”, explicou. O Seminário de Leiria também acolhe a mesma iniciativa, que reúne 25 colaboradores da Cáritas de vários pontos da diocese que estão em contacto com pessoas carenciadas. “Os nossos técnicos apercebem-se, com regularidade, que muitas pessoas

vivem em situações de pobreza originadas também pela incapacidade de gerirem os seus rendimentos, que são geralmente pequenos mas que podiam ser melhor aproveitados”, sublinhou o presidente da Cáritas de Leiria-Fátima. Júlio Coelho Martins reagiu à declaração que o primeiro-ministro apresentou ao país no domingo, na sequência da reprovação de quatro artigos do Orçamento de Estado para 2013 por parte do Tribunal Constitucional. Para o presidente da Cáritas do Funchal o discurso de Pedro Passos Coelho perspectiva “o agravamento da situação das pessoas”, depois das “nuvens negras que já se estavam a formar” na sequência das previsões económicas do Governo que

não se concretizaram. Pedro Passos Coelho disse no passado Domingo que o “desequilíbrio” causado pela decisão do Tribunal Constitucional impõe a concretização de “medidas de contenção da despesa pública, nomeadamente nas áreas da segurança social, saúde, educação e empresas públicas”. “Não duvido que aparecerão vozes a protestar que, com isso, estaremos a pôr em causa o Estado social e que o Governo não aprende a lição parando com a austeridade. Mas o Governo não pode compactuar com essa demagogia fácil e, para defender o Estado social, precisa de garantir o dinheiro que suporta as suas despesas”, referiu.

D. José Policarpo elogia novo papa e antecipa reformas “inevitáveis”

A importância da “Igreja pobre” O cardeal-patriarca de Lisboa disse, no passado dia 8, em Fátima que o novo Papa tem sido uma “autêntica surpresa”, mesmo para aqueles que o elegeram, e elogiou a atenção aos pobres, antecipando “reformas” na Igreja. “O Papa dá um lugar privilegiado aos pobres, aos marginalizados, a todos os que sofrem. Foi muito claro ao afirmar que o modelo de Igreja que o atrai é uma Igreja pobre, ao serviço dos pobres”, disse D. José Policarpo, no discurso de abertura da 181ª assembleia plenária da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), que decorre até hoje, quinta-feira. O presidente do organismo máximo do episcopado católico elegeu “algumas linhas de força” do pontificado de Francisco, iniciado a 13 de Março.

“Este Papa é um sinal de esperança. Não deixar morrer a esperança já é sua mensagem explícita. Isso significa reformas inevitáveis na vida da Igreja? Com certeza”, precisou o cardeal-patriarca de Lisboa. Segundo este responsável, no caso da Cúria Romana a reforma “tem de ser feita revalorizando a doutrina do Concílio Vaticano II sobre a colegialidade dos Bispos e a justa autonomia das Igrejas particulares”. D. José Policarpo, um dos 115 cardeais presentes no Conclave para a eleição do sucessor de Bento XVI, afirmou que o novo Papa MC/Agência ECCLESIA

Mundo

O Mensageiro

veio renovar “a esperança de João X X I I I (18811 9 6 3 ) n u m a primavera da Igreja, que há-de florir a partir das sementes do Concílio” Vaticano II (1962-1965). Francisco, prosseguiu, teve “a ousadia de traduzir” a sua visão de Igreja nos símbolos exteriores: “A simplicidade no vestir, a renúncia às jóias preciosas, escolher viver num sítio [Casa de Santa Marta] onde a convivência, em Igreja, seja dado fundamental”. Para o presidente da CEP, Francisco quer conduzir o “grande serviço do ministério do Papa à sua

verdade e à sua funcionalidade” e “dar prioridade à vitalidade pastoral, não deixando que a burocracia administrativa tome o primeiro lugar”. “Estejamos abertos às exigências da surpresa. Também nas nossas estruturas diocesanas há muito que mudar, à luz dessa prioridade pastoral da Igreja”, realçou. D. José Policarpo adiantou ainda que o Papa Francisco lhe pediu por duas vezes que “consagrasse o seu novo ministério a Nossa Senhora de Fátima”. “Seria belo que toda a Conferência Episcopal se associasse à realização deste pedido. Maria guiar-nos-á em todos os nossos trabalhos e também na forma de dar cumprimento a este desejo do Papa Francisco”, concluiu.


OPINIÃO 13

O Mensageiro 11.Abril.2013

OPINIÃO

João César das Neves Economista

O inocente

P

ortugal passa por um momento terrível, mas isso não o deve impedir de admirar esteticamente uma obra de arte excepcional. Ora o regresso de José Sócrates é um espantoso feito de técnica política, do mais alto nível mundial. A personagem é notável. Verve, atitude, táctica são excelentes. Para lá das

OPINIÃO

Adriano Moreira Professor

A União Europeia e a “troika”

A

profunda degradação da vida portuguesa, que afeta progressivamente o valor da confiança em que se baseia a convergência de esforços entre sociedade civil, governo, e conjuntura internacional, está a agudizar a questão da necessidade eventual, contra a prudência não abandonável, no que respeita à exigência de eleições gerais. Se a degradação interna aponta em qualquer Estado para a quebra de confiança na relação governo e sociedade civil, o que eventualmente exige eleições, a afirma-

qualidades como tribuno e estratega, aquilo que o distingue dos demais e o coloca acima da sua geração é a total ausência de escrúpulos. Não existe a menor contemplação pela realidade dos factos, interesse nacional, simples decoro pessoal. Existe apenas um projecto de poder, e tudo lhe é sacrificado. Há muitas décadas que não tínhamos um político assim, e já nos esquecemos do estilo. Por isso tanto nos admira a quase inacreditável capacidade de imaginação e manipulação com que consegue sair de uma posição que seria desesperada para qualquer outro. Além disso é terrivelmente eficaz e convence mesmo. Digno de antologia! Apresenta-se como totalmente inocente dos males que afligem o País. Foi primeiro-ministro durante mais de seis anos mas é inimputável pelo desastre

da credibilidade externa recomenda prudência até ao sacrifício suportável da sociedade civil, hoje com sinais de desespero. Existe aqui uma dúvida não esclarecida que é a de saber em que medida a credibilidade externa não está indissoluvelmente ligada ao facto de os responsáveis internos estarem a desempenhar um procedimento que é o recomendado pelos gestores do misterioso mercado que rege a crise mundial, e aos quais não perturba a desagregação da sociedade civil dos europeus marginais, pobres, e em regime de protetorado. A observação de tão perplexa situação, a relação da credibilidade externa com a degradação do valor interno da confiança, parece ter um ponto crítico de relacionamento que são as eleições próximas na Alemanha, e a manutenção da chanceler inspirada pela vocação diretória do Norte sobre o Sul europeu. Os comentários de uma ligeira antropologia de salão sobre a identificação deste Sul, que esteve cinquenta anos de guerra fria presente no esforço de derrubar o Muro de Berlim, tem pouco ou nada

que deflagrou nos últimos meses do seu mandato. A culpa vem de uma “crise das dívidas soberanas”, que lhe é naturalmente alheia. E claro também de um terrível bando de malfeitores, onde se inclui o actual Governo, bancos, União Europeia e FMI, que pretendem, por razões não esclarecidas, destruir Portugal. Ele, pelo contrário, sempre esteve do lado do progresso e alegria, que infelizmente não se concretizaram. Não é claro se mente descaradamente ou acredita mesmo na fábula, sofrendo de delírio. Em qualquer caso, todos os dados apontam para o facto de José Sócrates ser, não imoral, mas completamente amoral. Não se lhe parecem colocar quaisquer remorsos de consciência. Por isso é tão convincente. A nossa actual democracia nunca teve, em posições cimeiras, pessoas deste ca-

que ver com a conceção de governo da Europa, que os sacrificados líderes europeus da guerra quiseram entre povos iguais, e tudo com uma tradição que os sacrificou em duas guerras mundiais que viveram, e a que sobreviveram, a qual julga mais apropriado o diretório. Por muito que os resultados contrariem as previsões sempre desmentidas do regime imposto à recuperação orçamental do Sul, com a extrema mani-

libre. Assim Sócrates destaca-se flagrantemente. É preciso dizer que ele ainda não atingiu os níveis do contemporâneo mestre absoluto da técnica, Silvio Berlusconi. Nem sequer é evidente que o português alguma vez consiga os feitos do italiano. No entanto, cabe-lhe um honroso segundo lugar. Esta atribuição não é forçada porque a relação entre ambos é evidente. Tirando eles, todos os líderes que estavam no poder quando bateu a crise, alguns deles de reconhecidas qualidades, caíram fragorosamente: Geir Haarde na Islândia, Kostas Karamanlis e George Papandreou na Grécia, José Luis Zapatero em Espanha, Brian Cowen na Irlanda, Yves Leterme na Bélgica, Nicolas Sarkozy em França, Gordon Brown no Reino Unido, George Bush nos EUA, etc. Todos forçados a sair de cena sem remissão.

Deles, apenas Berlusconi e Sócrates mantêm esperanças de regresso, estando bastante avançados no processo. O estilo de ambos, apesar das diferenças, tem paralelos evidentes. Mas temos de admitir que o magnata transalpino, que saiu depois e regressou mais cedo do que o nosso engenheiro, tem evidente primazia. Admirando o engenho e a arte, não podemos esquecer o muito que eles devem aos tempos que vivemos. É preciso recuar às primeiras décadas do século passado para encontrar casos semelhantes, porque nessa altura o mundo enfrentava dilemas e conflitos próximos dos actuais. O rancor das acusações, o ressurgimento da retórica antidemocrática, os contínuos apelos à Grande Depressão aproximam as duas épocas. Talvez tenhamos aprendido a evitar o pior dessa evolu-

ção, mas não admira o ressurjimento do mesmo tipo de animais políticos. A única coisa que pode fazer a diferença é a capacidade dos eleitorados em resistir ao engano. O caso italiano assusta muito, porque repete traços da antiga trajectória, embora com diferenças significativas e ainda sem Mussolinis no horizonte. Portugal começou agora o seu processo. Veremos até que ponto a raiva pelos sacrifícios, junto com o ilusionismo, conseguirão fazer que o grande beneficiário da crise venha a ser aquele que indiscutivelmente foi o seu principal responsável. Isso seria uma obra de arte incomparável.

festação de expropriação imposta a Chipre, com inquietação justificada para todos os pobres do Norte do Mediterrâneo, não parece, até agora, que sejam esses erros que venham a influenciar o rumo da vigilante troika. Ela não está encarregada senão de fazer cumprir o plano traçado, que formalmente se chama acordo ou tratado, como já foi prática em passados tempos imperiais, que usavam a mesma semântica para salvaguardar

uma decência protocolar. O facto é que o ponto crítico deste processo que torna infelizes todos os povos do Sul europeu só parece dar esperança de revisão, abandonando a mensagem das estatísticas para escutar as queixas dos sacrificados povos, quando as eleições da Alemanha, e com elas o Parlamento alemão e o seu sempre autorizado tribunal constitucional, decidirem se é para continuar ou para repensar. Que a passividade perante esta situação seja a mais indicada para os Estados que escreveram e assinaram esses acordos, antes de criticarem um desenho mal imaginado, segundo algumas atuais confissões discretas e magoadas, parece antes um excessivo respeito para tal desenho em face do total desrespeito das suas consequências para com os princípios fundamentais e estruturados da União. Se alguma coisa ensinou a conjuntura desordenada em que o mundo vive, foi que o poder dos fracos contra o forte sai muitas vezes recompensado pelos resultados. E neste caso, já são tantos os países atingidos pela crise em primeiro

lugar, e pelo remédio decretado para a crise em instância que se apresenta sem recurso, que uma atitude concertada, urgente, e firme parece apropriada antes que o desastre seja a recompensa da submissão. Não se trata apenas de um país, que é o nosso, e isso já é justificação suficiente, trata-se do projeto europeu, trata-se da decadência da Europa e do Ocidente, trata-se da vida digna dos povos e das pessoas que não estiveram nas causas da situação, mas estarão, e já estão, no consequencialismo de políticas a que foram inteiramente estranhas, quer nas eleições, quer nos seus parlamentos, quer na sua opinião pública possível. Todos sofrendo as consequências da política furtiva da Europa. Com a qual política é necessário acabar.

In DN Opinião 08-04-2013

In DN Opinião 09-04-2013


14 OPINIÃO / INSTITUCIONAL

Quando o povo for igual A minha aldeia Há muito tempo que não deita foguetes! Não temos nada para festejar… As procissões repetidas E aritmeticamente iguais, Às vezes mais parecem banalidades Vestidas de carnavais… E depois O povo massacrado, triste e explorado De mãos calejadas de terra e de suor Dizem: a nossa aldeia está muito pior!!! Não queremos foguetes,

O Mensageiro 11.Abril.2013

PUB

Ainda se nos livrassem dos diabretes Que andam à solta no povoado, Talvez o foguete fosse desejado… Mas não, fazem muito barulho E gastam o nosso tostão! Já para não falar… a Santa açodar! Um dia, um outro dia, “Quando o povo for igual” Quando a política Deixar de ser carnaval E o povo deixar de ser joguete, Ai querido povo Juro: compro um foguete!!! A. de Sá Pessoa

F. Costa Pereira Médico Especialista Doenças da boca e dentes

Rua João de Deus, 25- 1º Dt. - LEIRIA CONSULTAS COM HORA MARCADA 2ª, 4ª e 5ª: 11h-13h e 15h-19h, 3ª: 10h-13h e 15h-19h, Sábados: 9h30-15h Tel. 244 832406

Dr. Rui Castela Médico Especialista - Doenças dos Olhos Operações - Contactologia

CONSULTAS ÀS TERÇAS E QUINTAS FEIRAS POR MARCAÇÃO Consultório - R. João de Deus, 17-1ºEsq. - Leiria

Telefones: 244 832 288 e 244 870 500 FARMÁCIAS DE SERVIÇO

Lis (11), Oliveira (12), Sanches (13), Tomáz (14), Maio (15), Vida (16), Dulce Caçador (17) e Avenida (18). Cartório Notarial de Leiria a cargo do Notário Pedro Tavares Certifico, para fins de publicação: que neste Cartório e no Livro de Notas para Escrituras Diversas n° 230 - A de folhas setenta e nove a folhas oitenta verso se encontra exarada uma escritura de Justificação Notarial no dia cinco de Abril de 2013. Outorgada por: Fábrica da igreja Paroquial da Boa Vista, corri sede em Boa Vista, Leiria, pessoa colectiva religiosa 501 289 828, na qual disse Que, com exclusão de outrem, a Fábrica da Igreja sua representada é dona e legítima possuidora dos seguintes imóveis: UM: prédio urbano, destinado a igreja, com a área coberta de oitocentos e trinta e três vírgula vinte e dois metros quadrados e descoberta de mil cento e setenta e um virgula noventa e três metros quadrados, a confrontar do norte com Diamantino da Encarnação, Fernando Gomes Encarnação e Carlos

Registo no ICS N.º 100494 Semanário - Sai à 5ª Feira Tiragem média - 3.000

Manuel Faria Ferreira, sul Rua da Alegria, nascente Albino de Jesus Faria e poente Rua Nª’ Sª das Dores, sito na Rua NJ S das Dores, na freguesia de Boa Vista do concelho de Leiria, não descrito na Segunda Conservatória do Registo Predial deste concelho, inscrito na respectiva matriz sob o artigo 1731, com o valor patrimonial tributário de 350.240E, igual ao atribuído; dois: prédio urbano, destinado a habitação, composto por casa de résdo-chão e primeiro andar e logradouro, com a área coberta de quinhentos e quarenta e nove vírgula cinquenta e três metros quadrados e descoberta de quinhentos e setenta e dois vírgula oitenta e nove metros quadrados, a confrontar do norte com Rua da Alegria, sul Manuel Ferreira e outro, nascente Manuel Gomes dos Santos e poente caminho público, sito na Rua da Alegria, na freguesia de Boa Vista do concelho de Leiria, não descrito na Segunda Conservatória do Registo Predial deste concelho, inscrito na

respectiva matriz sob o artigo 1732, com o valor patrimonial tributário de 122.580 , igual ao atribuído. Que estes prédios vieram à posse da Fábrica da Igreja há mais de cinquenta anos, não podendo pormenorizar o modo como os adquiriu, atendendo ao tempo decorrido e também não foi possível obter o respectivo título de aquisição. Que assim, a Fábrica da Igreja, através dos seus representantes, vem possuindo esses prédios como seus, há mais de vinte anos, como proprietária e na convicção de o ser, usando o primeiro para todo o tipo de cerimónias religiosas e o segundo para residência e salão paroquial, fazendo neles obras e reparações, cumprindo as obrigações fiscais a eles relativas, posse que vem exercendo ininterrupta e ostensivamente, com conhecimento de toda a gente e sem oposição de quem quer que seja, assim de modo pacífico, contínuo, público e de boa fé, pelo que adquiriu por usucapião

a propriedade sobre os indicados imóveis. Que dada a forma de aquisição originária não tem documentos que a comprovem. Que para suprir tal título vem pela presente escritura prestar estas declarações de justificação com o fim de obter no registo predial a primeira inscrição de aquisição dos referidos prédios. Vai conforme ao original na parte fotocopiada não havendo na parte omitida nada que amplie restrinja, modifique ou condicione a parte fotocopiada. Maria Leonor de Almeida Pereira, funcionária do Cartório em epígrafe, no uso de competência cuja autorização pelo Notário respectivo foi publicado nos termos da Lei sob o número 128/3 a 31/01/2011, em Leiria, cinco de Abril de dois mil e treze. A Funcionária, (Leonor Pereira)

TELEFONES ÚTEIS Bombeiros Municipais - 244 832 122 | Bomb. Vol. Leiria (Ger.) - 244 882 015 | Bomb. Vol. Leiria (Urg.) - 244 881 120 | Bomb. Volunt. Batalha - 244 765 411 | Bomb. Volunt. P. Mós - 244 491 115 | Bomb. Volunt. Juncal - 244 470 115 | Bomb. Volunt Ourém - 249 540 500 | Bomb. V. M.te Redondo - 244 685 800 | Bomb. Volunt. Ortigosa - 244 613 700 | Bomb. Volunt. Maceira - 244 777 100 | Bomb. Vol. Marinha - 244 575 112 | Bom. Volunt. Vieira - 244 699 080 | Bom. Voltun. Pombal - 236 212 122 | Brigada de Trânsito - 244 832 473 | Câmara M. de Leiria - 244 839 500 | Câmara Eclesiástica - 244 832 539 | CENEL (Avarias) - 800 246 246 | C. Saúde A. Sampaio - 244 817 820 | C. Saúde Gorjão Henriques - 244 816 400 | C. P. (Est. de Leiria) - 244 882 027 | Cruz Vermelha - Leiria - 244 823 725 | Farmácia Avenida - 244 833 168 | Farmácia Baptista - 244 832 320 | Farmácia Central - 244 817 980 | Farmácia Coelho - 244 832 432 | Farmácia Higiene - 244 833 140 | Farmácia Lino - 244 832 465 | Farmácia Oliveira - 244 822 757 | Farmácia Sanches - 244 892 500 | Governo Civil - 244 830 900 | Guarda N. Republicana - 244 824 300 | Hospital de S.to André - 244 817 000 | Hospital S. Francisco - 244 819 300 | Polícia Judiciária - 244 815 202 | Polícia S. Pública - 244 859 859 | Polidiagnóstico - 244 828 455 | Rádio Táxis - 244 815 900 | Rádio Alerta - 244 882 247 | Rodoviária do Tejo - 244 811 507 | Teatro JLS (Cinema) - 244 823 600

Fundador José Ferreira Lacerda Director Rui Ribeiro (TE416) Redacção Pedro Jerónimo (CP7104), Joaquim Santos (CP7731) e Ana Vala (CP8867). Paginação O Mensageiro Colaboradores Ambrósio Ferreira, Américo Oliveira, André Batista (Pe.), Ângela Duarte, Carlos Alberto Vieira, Carlos Cabecinhas (Pe.), Cláudia Mirra, José Casimiro Antunes, Francisco Pereira (Pe.), João Filipe Matias (CO798), Joaquim J. Ruivo, Jorge Guarda (Pe.), José António C. Santos, Júlia Moniz, Maria de Fátima Sismeiro, Orlando Fernandes, Saúl António Gomes, Vítor Mira (Pe.). Administração / Publicidade André Antunes Batista (Pe.). Propriedade/Sede (Editor) Seminário Diocesano de Leiria - Largo Padre Carvalho - 2414-011 LEIRIA - Reitor: Armindo Janeiro (Pe.) Contribuinte 500 845 719 Contactos Tel.: 244 821 100/1 - Fax: 244 821 102 - Email: jornal@omensageiro.com.pt - Web: www.omensageiro.com.pt Depósito Legal 2906831/09 Impressão e Expedição Empresa do Diário do Minho, Lda - Tel: 253 303 170 - Fax: 253 303 171

Tabela de Assinaturas para 2013 Destino Nacional Europa Resto do Mundo

Normal Benfeitor 20 euros 40 euros 30 euros 60 euros 40 euros

Preço avulso - 0,80 euros


DESPORTO 15

O Mensageiro 11.Abril.2013

25.ª Jornada 7 de Abril Marítimo x P. Ferreira (1-1) Sporting x Moreirense (3-2) Gil Vicente x Académica (2-1) Estoril x Nacional (4-0) Rio Ave x V. Setúbal (2-1) V. Guimarães x Beira-Mar (2-1) Olhanense x Benfica (0-2) Porto x Sp. Braga (3-1) 1.º 2.º 3.º 4.º 5.º 6.º 7.º 8.º 9.º 10.º 11.º 12.º 13.º 14.º 15.º 16.º

Equipa Benfica Porto P. Ferreira Sp. Braga Estoril Marítimo Rio Ave V. Guimarães Sporting Nacional V. Setúbal Gil Vicente Olhanense Académica Moreirense Beira-Mar

J 25 25 25 25 25 25 25 25 25 25 25 25 25 25 25 25

V 21 19 12 13 10 8 9 9 8 8 6 5 4 4 4 3

E 4 6 10 4 5 10 6 6 9 7 5 7 9 9 9 8

D 0 0 3 8 10 7 10 10 8 10 14 13 12 12 12 14

Pts 67 63 46 43 35 34 33 33 33 31 23 22 21 21 21 17

26.ª Jornada 21 de Abril

Beira-Mar x Gil Vicente Olhanense x V. Guimarães Sp. Braga x Académica Moreirense x Porto V. Setúbal x Estoril Benfica x Sporting Nacional x Marítimo Paços de Ferreira x Rio Ave

1.º 2.º 3.º 4.º 5.º 6.º 7.º 8.º 9.º 10.º 11.º 12.º 13.º 14.º 15.º 16.º

Equipa Belenenses Arouca Leixões D. Aves Santa Clara Benfica B Sporting B Oliveirense Penafiel Porto B Portimonense Tondela U. Madeira Naval Atlético Feirense Marítimo B Sp. Braga B Trofense Sp. Covilhã Freamunde V. Guimarães B

J 34 34 35 35 34 34 34 34 35 34 35 35 34 34 34 34 34 33 34 34 34 34

V 25 17 15 13 14 14 13 13 14 13 13 13 10 11 12 10 11 8 6 5 6 4

E 6 8 12 15 11 10 13 12 9 11 11 8 16 13 7 10 4 11 11 13 9 12

D 3 9 8 7 9 10 8 9 12 10 11 14 8 10 15 14 19 14 17 16 19 18

Pts 81 59 57 54 53 52 52 51 51 50 50 47 46 46 43 40 37 33 29 28 27 24

35.ª Jornada 13 de Abril Atlético x Sp. Braga B . Dia 12, 16h00 Trofense x Porto B . Dia 12, 19h00, SportTv1 Arouca x Santa Clara . 15h00 Marítimo x Feirense . 15h00 Sp. Covilhã x Benfica B . 15h00, SportTv1 Sporting B x Belenenses . 15h00 V. Guimarães B x Freamunde . 15h00 Penafiel x Tondela . 15h30 Portimonense x Naval . 16h00 Oliveirense x U. Madeira . 16h00 Leixões x D. Aves . Dia 14, 16h00

III Divisão D

Equipa Mafra Farense Oriental Torreense Sertanense U. Leiria SAD 1.º Dezembro Casa Pia Fátima Louletano Pinhalnovense Quarteirense Fut. Benfica Carregado Oeiras Ribeira Brava

J 27 27 27 27 27 27 27 27 27 27 27 27 27 27 27 27

V 17 16 15 14 13 13 11 9 12 8 8 5 7 5 3 4

E 6 8 3 5 6 6 10 12 2 8 7 12 6 8 9 4

D 4 3 9 8 8 8 6 6 13 11 12 10 14 14 15 19

Pts 57 56 48 47 45 45 43 39 38 32 31 27 27 23 18 16

28.ª Jornada 14 de Abril Pinhalnovense x Fut. Benfica .Todos os jogos às 16h00 Oeiras x U. Leiria SAD Torreense x Ribeira Brava Farense x Casa Pia Quarteirense x Louletano Carregado x Sertanense 1.º Dezembro x Fátima Mafra x Oriental

II Liga

1.º 2.º 3.º 4.º 5.º 6.º 7.º 8.º 9.º 10.º 11.º 12.º 13.º 14.º 15.º 16.º 17.º 18.º 19.º 20.º 21.º 22.º

II Divisão B sul 27.ª Jornada 7 de Abril Oriental x Fut. Benfica (4-0) U. Leiria SAD x Pinhalnovense (1-4) Ribeira Brava x Oeiras (2-0) Casa Pia x Torreense (2-0) Louletano x Farense (0-1) Sertanense x Quarteirense (1-1) Fátima x Carregado (3-0) Mafra x 1.º Dezembro (0-0)

liga portuguesa de futebol profissional

34.ª Jornada 7 de Abril Porto B x Arouca (2-0) Santa Clara x Marítimo B (1-0) Feirense x Atlético (2-3) Naval x Sporting B (1-0) Benfica B x Oliveirense (2-2) Sp. Braga B x Sp. Covilhã (2-1) Freamunde x Trofense (4-2) D. Aves x Portimonense (0-0) Tondela x Leixões (0-3) U. Madeira x Penafiel (0-0) Belenenses x V. Guimarães B (4-1)

federação portuguesa de futebol

1.º 2.º 3.º 4.º 5.º 6.º

J 2 2 2 2 2 2

V 2 1 2 0 1 0

E 0 0 0 0 0 0

D 0 1 0 2 1 2

2.ª Jornada - Segunda fase 7 de Abril Marinhense x Penelense (2-1) Torres Novas x Alcobaça (1-0) Beneditense x Mortágua (2-3) 1.º 2.º 3.º 4.º 5.º 6.º

Equipa Torres Novas Marinhense Beneditense Penelense Mortágua Alcobaça

J 2 2 2 2 2 2

V 1 1 1 0 2 1

E 0 0 0 0 0 0

D 1 1 1 2 0 1

III Divisão E

J 2 2 2 2

V 1 1 0 0

E 1 0 2 1

D 0 1 0 1

Pts 25 23 22 17

associação de futebol de leiria

Equipa Moita do Boi Ansião Motor Clube Alb. Doze Mata Mourisq. Ranha Alegre e Unido Ilha Pedroguense Caseirinhos

J 15 15 15 15 15 15 15 15 15 15

V 14 10 8 7 5 5 5 4 3 1

E D 1 0 4 1 3 4 2 6 5 5 3 7 2 8 2 9 3 9 1 13

Pts 43 34 27 23 20 18 17 14 12 4

16.ª Jornada 14 de Abril Ranha x Caseirinhos .Todos os jogos às 15h00 Albergaria dos Doze x Motor Clube Alegre e Unido x Moita do Boi Ansião x Ilha Mata Mourisquense x Pedroguense

TRIATLO – João Silva (Benfica), natural da Benedita, Alcobaça, classificou-se no 3.º lugar da prova neozelandesa de Auckland, a primeira pontuável para o Campeonato do Mundo, no escalão de elite. O atleta olímpico – é o melhor português de sempre, graças ao 9.º lugar nos Jogos de Londres 2012 – terminou as provas de natação, ciclismo e atletismo, com um total de 1:56.22 horas. O espanhol Javier Gomez foi o vencedor (1:55.51), seguido do compatriota Mario Mola (1:56.03). João Pereira, o outro português em prova, acabou por desistir pouco depois da prova de natação, numa etapa que contou com 33 concorrentes do escalão de elite. A próxima prova do Campeonato do Mundo disputa-se entre 19 e 20 de Abril, em San Diego, nos Estados Unidos. Lusa

2.ª Jornada - Segunda fase 7 de Abril Tires x Cartaxo (6-0) Peniche x Amora (2-3) Pêro Pinheiro x Real (2-1) 1.º 2.º 3.º 4.º 5.º 6.º

Equipa Pêro Pinheiro Real Tires Amora Peniche Cartaxo

J 2 2 2 2 2 2

V 2 1 1 1 0 0

E 0 0 1 1 0 0

D 0 1 0 0 2 2

Pts 23 18 17 17 11 3

3.ª Jornada - Segunda fase 14 de Abril Tires x Peniche .Todos os jogos às 15h00 Amora x Pêro Pinheiro Cartaxo x Real

I Divisão norte 15.ª Jornada 7 de Abril Motor Clube x Ranha (1-1) Moita do Boi x Albergaria dos Doze (3-0) Ilha x Alegre e Unido (0-1) Pedroguense x Ansião (1-2) Caseirinhos x Mata Mourisquense (3-2)

Pts 18 16 15 13 12 9

3.ª Jornada - Segunda fase 14 de Abril Marinhense x Torres Novas .Todos os jogos às 15h00 Alcobaça x Beneditense Penelense x Mortágua

Campeonato Nacional feminino

Equipa Atl. Ouriense Albergaria 1.º Dezembro Vilaverdense

Pts 28 24 23 23 20 19

3.ª Jornada - Fase de subida 14 de Abril Sp. Pombal x Ol. Hospital .Todos os jogos às 15h00 Sernache x Caldas Alcanenense x Sourense

federação portuguesa de futebol

3.ª Jornada - Apur. Campeão 14 de Abril 1.º Dezembro x Albergaria .Todos os jogos às 15h00 Atl. Ouriense x Vilaverdense

1.º 2.º 3.º 4.º 5.º 6.º 7.º 8.º 9.º 10.º

Equipa Sourense Ol. Hospital Alcanenense Caldas Sernache Sp. Pombal

federação portuguesa de futebol

2.ª Jornada - Apur. Campeão 24 de Março Albergaria x Alt. Ouriense (2-3) 1.º Dezembro x Vilaverdense (1-1) 1.º 2.º 3.º 4.º

2.ª Jornada - Fase de subida 7 de Abril Sp. Pombal x Alcanenense (0-1) Ol. Hospital x Sernache (2-1) Caldas x Sourense (0-1)

João Silva conquista bronze no mundial

associação de futebol de leiria

I Divisão sul 15.ª Jornada 7 de Abril Os Vidreiros x Boavista (0-3) U. Leiria x Alqueidão da Serra (5-0) Outeirense x Santo Amaro (0-0) Unidos x Alfeizerense (4-2) Nadadouro x Maceirinha (1-3) 1.º 2.º 3.º 4.º 5.º 6.º 7.º 8.º 9.º 10.º

Equipa U. Leiria Alq. Serra Unidos Outeirense Maceirinha Boavista Santo Amaro Os Vidreiros Nadadouro Alfeizerense

J 15 15 15 15 15 15 15 15 15 15

V 14 11 10 8 7 5 5 3 2 0

E D Pts 1 0 43 2 2 35 1 4 31 4 3 28 0 8 21 4 6 19 2 8 17 3 9 12 3 10 9 0 15 0

16.ª Jornada 14 de Abril Boavista x Nadadouro .Todos os jogos às 15h00 Alqueidão da Serra x Os Vidreiros Santo Amaro x U. Leiria Alfeizerense x Outeirense Maceirinha x Unidos

HONRA 24.ª Jornada 7 de Abril Alvaiázere x Avelarense (1-0) Nazarenos x Portomosense (0-3) Figueiró dos Vinhos x Meirinhas (1-2) Guiense x Pousaflores (2-1) Vieirense x Lisboa e Marinha (1-0) Atouguiense x Pelariga (4-1) Marrazes x Pataiense (3-1) GRAP/Pousos x Bombarralense (1-0) Equipa Marrazes Portomosense GRAP/Pousos Guiense Pelariga Fig.Vinhos Pousaflores Pataiense Nazarenos Meirinhas Vieirense Atouguiense Lisboa Marinha Avelarense Alvaiázere Bombarralense

J 24 24 24 24 24 24 24 24 24 24 24 24 24 24 24 24

V 16 16 14 12 12 11 11 9 10 9 9 9 6 4 3 2

E 5 3 5 7 6 6 3 8 4 7 6 3 4 2 3 6

D 3 5 5 5 6 7 10 7 10 10 9 12 14 18 18 16

ATLETISMO – Um painel constituído por jornalistas e colaboradores da revista Atletismo, elegeu Evelise Veiga (Juventude Vidigalense) como a Revelação do mês de Fevereiro, anuncia o clube leiriense em juventudevidigalense.pt. A jovem atleta, de 17 anos e natural de Cabo Verde, é especialista no salto em comprimento e detém o recorde nacional no escalão de juvenis (5,93 metros). Do seu desempenho no citado mês, destaca-se a participação no Campeonato de Portugal de pista coberta, no qual conquistou o 2.º lugar (5,98 metros).

Dérbi na Taça FUTEBOL – A equipa do G.D.C. A-dos-Francos conquistou a Taça Distrito de Leiria, na variante de futebol de 7 e em seniores femininos, ao vencer na final o Caldas S.C. por esclarecedores 17-0. O dérbi local, envolvendo equipas do município das Caldas da Rainha, decorrer na Benedita, a 7 de Abril.

Trio de campeões

associação de futebol de leiria

1.º 2.º 3.º 4.º 5.º 6.º 7.º 8.º 9.º 10.º 11.º 12.º 13.º 14.º 15.º 16.º

Evelise Revelação

Pts 53 51 47 43 42 39 36 35 34 34 33 30 22 14 12 12

25.ª Jornada 14 de Abril Portomosense x Vieirense .Todos os jogos às 15h00 Bombarralense x Nazarenos Meirinhas x Atouguiense Pousaflores x Figueiró dos Vinhos Avelarense x Marrazes Lisboa e Marinha x Alvaiázere Pataiense x Guiense Pelariga x GRAP/Pousos

DR

I Liga

federação portuguesa de futebol

Lusa

liga portuguesa de futebol profissional

NATAÇÃO – David Carreira (Bairro dos Anjos) esteve em destaque no Campeonato Nacional da Primavera de natação adaptada (Povoa de Varzim, 6 e 7 de Abril), ao conquistar o título nacional nos 100 metros bruços e 200 metros estilos, aos quais somou e de vice-campeão nos 100 metros costas. Numa nota publicada em banatacao.com, o clube leiriense revela que “David Carreira apresentou-se em excelente forma nestes nacionais”, tendo sido um dos atletas que melhores

resultados conquistou. Ainda segundo a mesma fonte, David Carreira encontra-se a treinar tendo como objectivo a participação no próximo campeonato do mundo – realiza-se em Julho, no Canadá. Também se sagraram campeões nacionais, ainda segundo a mesma nota, Rui Silveirinha (50 metros costas, 50, 100 e 200 metros livres) e Nuno Maximiano (100 metros costas). Edgar Carreira completou o lote de atletas do Bairro dos Anjos na prova.


ÚLTIMA

11ABRIL2013

Dois terços da população mundial não dormem porque estão com fome e o outro terço nao dorme com medo dos que estão com fome. Robert McNamara, político e ex-presidente do Banco Mundial [n.1916 - f.2009]

“Viver a fé é aprender a viver com Deus” Nos passados dias 2 e 3 de Março, realizou-se em Fátima um retiro de catequistas, orientado pelo padre Francisco Ruivo. Partilhamos o testemunho de uma catequista da diocese de Leiria-Fátima que viveu esta experiência... No decorrer do retiro fomos convidados a reflectir que é Deus que toma a iniciativa e que nos chama. A nossa atitude é a resposta, por isso estamos aqui. O nosso desejo é estar com Deus, tal como Jesus desejava intensamente o contacto com o Pai. Isto conduz-nos à vigilância, a estarmos atentos aos sinais de Deus. Para isso, necessitamos de silêncio, de serenidade e de tranquilidade de coração. Devemos então questionar-nos: que é que eu desejo? Que é que eu peço? Que é que eu

espero? S. Agostinho era o homem do desejo. O desejo é o inicio e a fidelidade na oração. Viver a fé é aprender a viver com Deus, a quem devemos pedir que purifique os nossos desejos. Foi-nos proposto reflectir sobre os desejos no evangelho de S. Marcos, capítulo 10. O jovem rico deseja saber “o que deve fazer para alcançar a vida eterna”, os filhos de Zebedeu desejam que Jesus faça o que eles lhe pedem – “concede-nos que, na Tua glória, nos sentemos um à tua direita e outro à tua esquerda” –, o cego de Jericó que estava sentado à beira do caminho gritava “Jesus, filho de David, tem misericórdia de mim!”. Vimos nestes textos uma diversidade de desejos. Tal como ao jovem rico, Jesus diz-nos: “Vem DIVULGAÇÃO

DR

Partilha do Retiro de Catequistas

e segue-Me”. Será que temos a coragem de nos despojar, de deixar tantas “riquezas” que acumulamos? Seremos como os filhos de Zebedeu, que desejavam promoção? Ainda hoje corremos esse risco de querer sobressair, ser vistos, ter nome, ser reconhecidos, ser famosos, ser falados, aparecer nas revistas… O cego despojado não pede nada, apenas suplica: “Filho de David, tem misericórdia de mim!”. Sabemos que Jesus nos conduz a desejos mais profundos. Isto pode verificar-se nas parábolas anteriores e noutras similares, por exemplo: Zaqueu sobe para a árvore porque quer ver Jesus. Jesus dá-lhe mais, chama-o e diz-lhe que quer ficar em sua casa (cf. Lc 19, 1). Seguidamente reflectimos sobre as perdas e os encontros em Lc 15, onde aparecem três perdidos (a ovelha, a moeda e o filho). Estas parábolas têm como centro a alegria do encontro, a festa, porque o que estava perdido foi encontrado. Jesus quer, assim, mostrar-nos a misericórdia do Pai que nos procura, que não descansa enquanto não nos encontra, que nos acolhe, que quer fazer festa. Mais do que defender um conjunto de doutrinas, a fé é um caminho que se percorre, é um

deixar-se encontrar por Cristo. Vimos essa caminhada de fé em Jo 4, 4-18, no diálogo de Jesus com a samaritana. No primeiro contacto, ela questiona: “Como é que Tu, sendo judeu, me pedes de beber a mim, que sou samaritana?”. Depois do encontro com Jesus, fez a caminhada, porque houve escuta e diálogo e foi-se abrindo. Num segundo momento, diz: “Senhor, vejo que és profeta!” e, no terceiro momento: “Eu sei que o Messias, que é chamado Cristo, está para vir!”. Jesus respondeu-lhe: “Sou Eu, que estou a falar contigo”. Para que haja encontros de fé, é necessário que aconteça anúncio e testemunho. No decorrer dos evangelhos são-nos apresentados vários encontros com Jesus provocadores da fé. Zaqueu ouviu dizer que Jesus passava por ali… por isso deseja ver. O mesmo acontece com o funcionário real: encontra-se com Jesus, conversa com Ele, confia nas suas palavras e, com os da sua casa, inicia um processo de formação/conversão. A fé não é “estável” nem estática, vai-se aprofundando ao longo do caminho, porque o encontro com Cristo muda radicalmente a vida. Somos peregrinos a caminho de Jerusalém. É neste caminho

que o Senhor Jesus Se revela, Se dá a conhecer e nos envia a anunciar. A samaritana fez o seu percurso, o centurião (pagão romano) volta para casa com a promessa de que a filha está curada. Maria Madalena é a primeira testemunha da ressurreição do Senhor. Ela partilha a sua experiência: “Vi o Senhor!”. Podemos perguntar: Que experiência faço eu de Cristo ressuscitado? A minha vida é testemunho desse encontro de alegria? O grande sinal de Cristo ressuscitado é a Eucaristia. A comunidade reúne-se para fazer a experiência do ressuscitado. Ele está presente, está vivo, é dom, alegria e comunicação da vida divina. O Espírito Santo é dado à comunidade reunida. A comunidade recebe o mandato de proclamar que Jesus é o Senhor. Que o Senhor nos conceda a graça de celebrar e que a nossa vida seja o espelho de Cristo ressuscitado. Que a nossa experiência com Cristo ressuscitado seja um contágio e que, assim, O possamos anunciar aos nossos catequizandos.

Uma catequista


Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.