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AGENDA

4 ABRIL 2013 ANO 99 - N.º 4954 FUNDADOR: José Ferreira Lacerda DIRECTOR: Rui Ribeiro PREÇO: 0,80 euros (IVA incluído) SEMINÁRIO DIOCESANO – 2414-011 LEIRIA TEL. 244 821 100/1 • FAX 244 821 102 E-MAIL: jornal@omensageiro.com.pt WEB: www.omensageiro.com.pt

FUNDADO EM 1914

DESTAQUE

DIVINA MISERICÓRDIA SANTA MARIA FAUSTINA

DR

Páginas 2 e 3

DESPORTO

Orientação | P. 15

COC vence na Taça de Portugal Natação | P. 15

Três títulos nacionais para Leiria Futebol | P. 15

CULTURA

Dia 6 de Abril | P. 4

Órfeão Lança “Bichinhos de Palco” Teatro Miguel Franco | P. 5

Homenagem a António Campos Na Batalha | P. 5

SOCIEDADE

Na Batalha | P. 6

Obras de requalificação no centro histórico Câmara adere a projecto | P. 6

Marinha Grande é cidade “GoLocal”

Bombeiros Municipais | P. 7

Semi-finalistas da Escolas promovem Câmara de Leiria Taça conhecidos Jornadas Culturais dinstiguida

ECLESIAL

Serviço de Animação de Leiria-Fátima | P. 9 e 11

Encontro no Seminário de Leiria sob o tema “Vocações nascem da fé intensa nas comunidades cristãs” “Confiar no Deus fiel” é mote para mês de oração pelas vocações


2 DESTAQUE

Rui Ribeiro prui@iol.pt

4.Abril.2013

EDITORIAL

Divina Misericórdia

Santa Maria Faustina

Um tema actual mas esquecido

Há na nossa cultura moderna, ou pretensamente moderna, determinadas expressões que por variadas razões fazem “desligar” a atenção cerebral. Expressões linguísticas que parecem pertencer a uma mentalidade ultrapassada e que por isso mesmo são postas de parte. Uma delas é precisamente a expressão “misericórdia”. Trata-se de uma expressão que, pelo seu significado (por vezes mal entendido), não cai bem na cultura actual em que a afirmação do individualismo e da autonomia são proclamadas aos sete ventos. Misericórdia, miséris+córdia (miséria + coração), é a virtude que leva alguém a compadecer-se da miséria de outrem, ou seja, ter o coração unido ao outro na sua situação concreta de debilidade. Ora tal atitude não se compreende ou não se quer compreender, num contexto em que por um lado se evita admitir a condição débil (esconde-se ou foge-se dela), e por outro, ninguém quer pensar no outro sem primeiro pensar em si mesmo. A referência e a ligação ao outro é muito ténue (cada um vive para si) e ao mesmo tempo está divulgada a ideia de fraqueza quando alguém se mostra disponível para ajudar. Por tudo isto, e por outras mais razões, a expressão misericórdia, sabe a antigo, desajustado, algo beato e demasiadamente baixo. Não entra, pois, nos nossos conceitos e usos linguísticos modernos. E no entanto é das expressões mais Como atributo de Deus, a ricas que aparecem na sendo, aliás, misericórdia, é elevada à Bíblia, para alguns teólogos, dignidade de virtude que o atributo que melhor espelha o amor de Deus define o próprio Deus. para com a humanidade Uma das histórias que Jesus contou para falar de Deus, a Parábola do Filho Pródigo, leva como título sugestivo o de Parábola da Misericórdia. Como atributo de Deus, a misericórdia, é elevada à dignidade de virtude que espelha o amor de Deus para com a humanidade. Expressão bonita, ouvida por estes dias, quando Deus diz a Moisés “Eu ouvi o clamor do meu povo no Egipto e decidi libertá-lo” (Ex 3, 7-9) na qual se expressa de forma sublime este movimento de “descida” ao encontro da debilidade do mais fraco. Um movimento Kenosiano, despojamento, que bem expressa a ideia da misericórdia divina. Apesar do arcaísmo da expressão, a verdade é que no século XX, surgiu e desenvolveu-se um vasto movimento em volta da Misericórdia. O impulso foi dado pelo próprio Deus em revelações a santa Faustina, e depois foi apanágio de um vasto movimento de apostolado que acabaria por levar à instituição da Festa da Divina Misericórdia. O papa João Paulo II, teve o tema como central na sua pregação, e ele mesmo definiu o segundo domingo da Páscoa como dia dedicado à Misericórdia. O processo tem já 13 anos, mas a maioria dos cristãos continua algo distraída e nem se dá conta desta realidade. Porque é uma abordagem importante no contexto da vivência pascal, O Mensageiro aborda o tema nesta edição e espera assim suscitar curiosidade por parte dos seus leitores.

DR

EDITORIAL

O Mensageiro

O século XX foi um dos períodos mais contraditórios da história humana. De um lado, grandes avanços nos mais variados campos do saber (biologia, física, tecnologia etc.); a Igreja Católica, por sua vez, viveria uma nova primavera em diversos âmbitos (bíblico, litúrgico, pastoral etc.). Por outro lado, deparamo-nos com o crescimento do agnosticismo e a proliferação das seitas; com enormes atrocidades, de proporções quase universais; milhões e milhões foram brutalmente dizimados em dezenas de guerras, bem como em carestias, pestes e catástrofes, em parte frutos da ganância e arrogância de alguns poucos. Ao mesmo tempo, é o século de cristãos de grande envergadura, como os Papas S. Pio X, o Beato João XXIII e o Servo de Deus João Paulo II, S. Gemma Galgani e Madre Teresa de Calcutá, os santos Padres Pio e Maximiliano Kolbe, ou como os pastorinhos de Fátima. É o século de uma das maiores místicas da história do cristianismo, Santa Faustina Kowalska. Mística pois deixou-se invadir pelo mistério do amor divino, no dia a dia de uma vida escondida e laboriosa. A partir dela

nasce uma nova espiritualidade, centrada na Divina Misericórdia. No ano 2000, por determinação do Papa João Paulo II, foi instituída a Festa da Divina Misericórdia para toda a Igreja católica. O dia escolhido para a sua celebração foi o II domingo da Páscoa, que passou a ser designado o Domingo da Divina Misericórdia. A festa correspondia ao desejo manifestado aSanta Faustina. Mas quem foi esta mulher que de forma tão sublime marcou a primeira metade do século passado? Origens Maria Faustina nasceu na aldeia de Glogowiec, na Polónia, no dia 25/08/ 1905. Naquela época a Polónia estava sob o domínio russo. Foi a terceira de dez filhos do casal Estanislau Kowalska e Mariana Babel, agricultores, e católicos convictos. Sobretudo o pai não só era católico convicto como também muito exigente na educação dos filhos. Dois dias depois do nascimento a menina foi baptizada, na paróquia de Swinice Warckie tendo-lhe sido dado o nome de Helena Kowalska. Vocação Aos sete anos começam a acontecer na sua vida

alguns acontecimentos surpreendentes, como ela mesma escreve no seu diário: “Quando eu tinha sete anos ouvi pela primeira vez a voz de Deus na minha alma”. Mas foi a partir da sua primeira comunhão que algo mais sério se manifestou: “Eu estou contente porque Jesus veio ter comigo e agora posso caminhar com Ele”. A oração torna-se, então, mais assídua e fervorosa. A mãe encontrou-a várias vezes ajoelhada no chão, principalmente de noite. Helena explicava: “tenho certeza de que é o meu Anjo que me acorda”. Com dificuldades económicas acentuadas, Helena iniciou os seus estudos (1917), mas logo foi obrigada a interrompê-los a fim de poder trabalhar como empregada doméstica. Aos 14 anos disse à mãe: “não tenho com que me vestir aos domingos; sou a mais mal apresentada de todas as moças. Irei trabalhar para ganhar alguma coisa”. Por essa altura o desejo de se consagrar totalmente a Deus começa a crescer no seu coração, mas, perante as dificuldades, por um tempo Helena desiste da idéia. Entrega-se, então, à “vaidade da vida”, aos “passatempos”, como anos depois escreveria em seu

Diário. Deus, porém, não volta atrás. Estando um dia num baile com a sua irmã, uma visão de Cristo Sofredor interpela a jovem Helena: “Até quando heide ter paciência contigo e até quando tu Me desiludirás?”. Por essa altura decidese a entrar no convento, mesmo contra a vontade dos pais. Não possuíam recursos para lhe dar o dote necessário e, acima de tudo, estavam muito ligados à filha. Bateu em várias portas até ser acolhida no dia 1/08/1925 na clausura do convento da Congregação das Irmãs de Nossa Senhora da Misericórdia, em Varsóvia. Foi tentada a deixar essa comunidade várias vezes, mas o próprio Jesus lhe disse: “Chamei-te para este e não para outro lugar e preparei muitas graças para ti”. Irmã Faustina levava uma vida muito austera, já antes de entrar no convento. Não perdia nenhuma oportunidade para oferecer suas penas pela conversão dos pecadores. Nos últimos anos de sua breve vida aumentaram os seus tormentos interiores e os padecimentos do organismo. Desenvolveu uma tuberculose que lhe atacou os pulmões e os intestinos. Muito fraca, foi levada ao convento Jó-


DESTAQUE 3

O Mensageiro 4.Abril.2013

Revelações Dentro da Congregação Helena recebeu o hábito e o nome de Irmã Maria Faustina, em 1926. Dois anos depois faria a primeira profissão dos votos religiosos. Na sua vida exterior nada deixava transparecer da sua profunda vida espiritual, que haveria de incluir as graças extraordinárias da contemplação infusa, o conhecimento da misericórdia divina, visões, aspirações, estigmas escondidos, o dom da profecia e discernimento, e o raro dom dos esponsais místicos. Com humildade exerceu as funções de cozinheira, jardineira e até de porteira. Cumpria fielmente as regras de sua comunidade, em espírito de recolhimento mas sem nenhum desequilíbrio, deixando ao mesmo tempo transparecer serenidade e benevolência. Um sonho a movia – viver plenamente o mandamento do amor: “Ó meu Jesus, Vós sabeis que desde os meus mais tenros anos eu desejava tornar-me uma grande santa, isto é, desejava amar-Vos com um amor tão grande com que até então nenhuma alma Vos tinha amado”. Depois de atravessar a “noite escura”, as provações físicas, morais e espirituais, a partir de 22/02/1931, em Plock,o próprio Senhor Jesus Cristo começa a manifestar-se à Irmã Faustina de um modo particular, revelando de um modo extraordinário a centralidade do mistério da misericórdia divina para o mundo e a história– presente em todo o agir divino, particularmente na Cruz Redentora de Cristo – e novas formas de culto e apostolado em prol desta sua divina misericórdia. Ela mesma descreve assim a sua primeira visão: “Da túnica entreaberta sobre o peito saíam dois grandes raios, um vermelho e outro pálido. (...) Logo depois, Jesus disse-me: Pinta uma Imagem de acordo com o modelo que estás a ver, com a inscrição: Jesus, eu confio em Vós”.

Em várias aparições que se sucederam Jesus insistirá particularmente no seu desejo de instituir uma Festa em honra da Divina Misericórdia para toda a Igreja. No Diário que nos deixou e em outros escritos encontramos cerca de 83 revelações particulares especiais sobre o mistério e o culto da Divina Misericórdia. Ao longo do Diário descobrimos que Jesus a escolhe como secretária, apóstola, testemunha e dispensadora da divina misericórdia (nn. 965; 1142; 400; 570). Na Quinta-feira Santa de 1934, Jesus revela-lhe o seu desejo para que se entregue pela conversão dos pecadores. A este desejo Irmã Faustina respondeu prontamente com um acto de consagração no qual se oferece voluntariamente pelos pecadores. Desde essa ocasião, os sofrimentos que oprimiriam a religiosa polaca foram a prova de que sua oferta fora aceite pelo Senhor. Morte No dia da sua morte recebeu a comunhão mas logo recusou uma injeção, dizendo: “Deus exige sacrifício”. Plenamente unida a Deus, na presença da irmã Ligoria, erguendo os olhos para o céu, Irmã Faustina faleceu com fama de santidade às 22h45 do dia 5/10/1938, com apenas 33 anos de vida. O seu corpo

foi depositado no cemitério do convento em CracóviaLagiewniki. Desde então há inúmeros relatos de graças alcançadas por sua intercessão. Um deles refere-se a um facto ocorrido durante a II Guerra, assinado por Miquelina Niewiadomska em Varsóvia, ano de 1946: “Como mensageira do exército clandestino da Polónia, levava um dia um maço de jornais e documentos importantes da imprensa subterrânea, num cesto vulgar, aberto, de modo a não chamar a atenção. Numa paragem, o tranvia [transporte] foi abordado pela polícia da Gestapo, que começou a inspeccionar os passageiros. Antes que eu desse conta, estava a meu lado. Apanhada de improviso, sabia que não tinha maneira de escapar e deitei o cesto no chão. O que estava dentro caiu, com o livrinho intitulado ‘Jesus, eu confio em Vós’ por cima de tudo. Um dos policias baixou-se para o apanhar e em voz baixa segredou-me: ‘E eu também confio n’Ele’, e, voltando-se, permitiu que eu apanhasse os papéis” (in Andrasz-Sopocko, A misericórdia de Deus. A única esperança da humanidade, 2ª ed., Tipografia Porto Médico L.da, Porto, 1956, pp. 88s). Canonização O processo informativo para a canonização da Irmã

Faustina iniciou-se em 1965. O então Cardeal Karol Wojtyla encerrou-o com uma sessão solene no dia 20/09/1967. Anos depois a Irmã Faustina seria beatificada (1993) e canonizada (2000), tornado-se assim a primeira santa canonizada no III Milénio cristão. O milagre que permitiu a sua canonização foi a cura do Pe. Romualdo P. Pytel que sofria de “estenose aórtica predominante, calcificada e localizada na bicúspide, com insuficiência aórtica associada, e descompensação cardíaca esquerda”. A data de sua celebração litúrgica é o dia 5 de Outubro, que marca o seu nascimento para o céu. A mensagem A Mensagem da Divina Misericórdia, deixada por Jesus ao mundo por meio de Santa Faustina Kowalska, tem-se espalhado cada vez mais por todos os cantos da terra. A Congregação dos Padres Marianos da Imaculada Conceição, que nasceu na Polónia em 1673 e hoje se encontra espalhada pelo mundo, assumiu a difusão desta mensagem como um dos elementos do seu apostolado. Logo depois da morte da Ir. Faustina (1938), eclodiu na Europa a Segunda Guerra Mundial. No meio do horror, já circulavam entre as pessoas os livretos e santinhos de Jesus Misericordioso, propagados pelas irmãs de Santa Faustina. Muita gente, naqueles tempos difíceis, acorria à Divina Misericórdia, pedindo salvação e protecção. Um deles foi o Pe. José Jarzebowski, padre Mariano que escapou milagrosamente da morte, prometendo a Jesus dedicar a sua vida à divulgação da Divina Misericórdia. Depois da guerra, a propagação da Devoção à Divina Misericórdia acelerou-se. Por iniciativa dos Padres Marianos nos Estados Unidos (1944), na Inglaterra e em Portugal, criaram-se centros de divulgação, chamados Apostolados da Divina Misericórdia.

Rui Ribeiro

DR

sefów. Segundo um costume da comunidade, pediu perdão às irmãs pelas faltas cometidas.

DIVES IN MISERICORDIA

Em 1980, terceiro ano do pontificado do Papa João Paulo II, foi publicada a Carta Encíclica Dives in Misericórdia, sobre a misericórdia divina. Dela tiramos alguns excertos sobre este tema. A Igreja deve professar e proclamar a misericórdia divina em toda a sua verdade, tal como nos é transmitida pela Revelação. Há, mesmo, teólogos que afirmam ser a misericórdia o maior dos atributos e perfeições de Deus; e a Bíblia, a Tradição e toda a vida de fé do Povo de Deus oferecem-nos testemunhos inesgotáveis. Não se trata aqui da perfeição da imperscrutável essência de Deus no mistério da própria divindade, mas da perfeição e do atributo, graças aos quais o homem, na verdade íntima da sua existência, se encontra com maior intimidade e maior frequência em relação autêntica com o Deus vivo. A Igreja professa a misericórdia de Deus, a Igreja vive dela na sua vasta experiência de fé e também no seu ensino, contemplando constantemente a Cristo, concentrando se n’Ele, na sua vida e no seu Evangelho, na sua Cruz e Ressurreição, enfim, em todo o seu mistério. Tudo isto, que forma a «visão» de Cristo na fé viva e no ensino da Igreja, aproxima-nos da «visão do Pai» na santidade da sua misericórdia. A Igreja parece professar de modo particular a misericórdia de Deus e venerá-la, voltando-se para o Coração de Cristo. De facto, a aproximação de Cristo, no mistério do seu Coração, permite-nos deter-nos neste ponto da revelação do amor misericordioso do Pai, que constituiu, em certo sentido, o núcleo central — e, ao mesmo tempo, o mais acessível no plano humano — da missão messiânica do Filho do Homem. A Igreja vive vida autêntica quando professa e proclama a misericórdia, o mais admirável atributo do Criador e do Redentor, e quando aproxima os homens das fontes da misericórdia do Salvador, das quais ela é depositária e dispensadora. Neste contexto, assumem grande significado a meditação constante da Palavra de Deus e, sobretudo, a participação consciente e reflectida na Eucaristia e no sacramento da Penitência ou Reconciliação. A Eucaristia aproxima-nos sempre do amor que é mais forte do que a morte. Com efeito, «todas as vezes que comemos deste Pão e bebemos deste Cálice», não só anunciamos a morte do Redentor, mas proclamamos também a sua ressurreição, «enquanto esperamos a sua vinda gloriosa». A própria acção eucarística, celebrada em memória d’Aquele que na sua missão messiânica nos revelou o Pai por meio da Palavra e da Cruz, atesta o inexaurível amor, em força do qual Ele deseja sempre unir-se e como que tornar-se uma só coisa connosco, vindo ao encontro de todos os corações humanos. O sacramento da Penitência ou Reconciliação aplana o caminho a cada um dos homens, mesmo quando sobrecarregados com graves culpas. Neste Sacramento todos os homens podem experimentar de modo singular a misericórdia, isto é, aquele amor que é mais forte do que o pecado. Convém que este tema fundamental apesar de já tratado na Encíclica Redemptor Hominis, seja abordado mais uma vez. A misericórdia em si mesma, como perfeição de Deus infinito é também infinita. Infinita, portanto, e inexaurível é a prontidão do Pai em acolher os filhos pródigos que voltam à sua casa. São infinitas também a prontidão e a força do perdão que brotam continuamente do admirável valor do Sacrifício do Filho. Nenhum pecado humano prevalece sobre esta força e nem sequer a limita. Da parte do homem pode limitála somente a falta de boa vontade, a falta de prontidão na conversão e na penitência, isto é, o permanecer na obstinação, que está em oposição com a graça e a verdade, especialmente diante do testemunho da cruz e da ressurreição de Cristo.


4 CULTURA

O Mensageiro 4.Abril.2013

Exposição e colóquio sobre Memórias do Ultramar Teatro Miguel Franco (Leiria) • E SE VIVÊSSEMOS TODOS JUNTOS? | Comédia | de Stéphane Robelin | c/ Guy Bedos, Daniel Brühl, Geraldine Chaplin | 4 de Abril, 21h30 e 5 de Abril, 21h30. • OS MISERÁVEIS | Musical | de Tom Hooper | c/Hugh Jackman, Russell Crowe, Anne Hathaway, Amanda Seyfried, Helena Binham Carter, Sacha Baron Cohen, Isabelle Allen | 9 de Abril, 21h30 e 10 de Abril, 18h30 e 21h30. • BOM POVO PORTUGUÊS | Docmentário | de Rui Simões | 20 de Abril, 21h30, 21 de Abril, 15h30 e 21h30 e 25 de Abril, 18h30 e 21h30. • SONHOS DE DANÇA | Documentário | de Anne Linsel, Rainer Hoffmann | 29 de Abril, 18h30 e 21h30. Cine-Teatro (Monte Real) • SAMMY 2 | Animação | de Ben Stassen | 14 de Abril, 15h30.

EXPOSIÇÕES

Castelo - Leiria •”Habitantes e habitats” - pré e proto-história na bacia do Lis •”Korrodi e o restauro do Castelo de Leiria” - exposição permanente Teatro José Lúcio da Silva - Leiria •”Deolinda” - música (4/04, 22h00) •”Álvaro Cunhal” - vida pensamento e luta (25/04~14/05) Teatro Miguel Franco - Leiria •”Rotas Diversas” - percursos III (7/04~3/05) m|i|mo -Museu da Imagem em Movimento - Leiria •”living tribes fotógrafos e viajantes solitários” (6/04~11/05) •”Maratona Fotográfica” (~06/04) •”(Re)Conhecer Leiria” (~15/06) •”Oficina do olhar” - exposição permanente Edifício Banco de Portugal - Leiria •”Sobreviventes” - fotografia de Filipe Silva (6/04~18/05) Nekob-Maroc Café - Leiria •”Marrocos-um paraíso por descobrir” - Behindnature (6/04~18/05) Casa-Museu João Soares - Cortes •”A república” - colecção de António Pedro Vicente (~31/04)

MÚSICA | TEATRO | EVENTOS

Teatro José Lúcio da Silva - Leiria • Cinquentenário do Rancho da Região de Leiria (6/04, 21h30) •”A princesa do amor de sal” - teatro (7/04, 16h00) •”Outra voz” - espectáculo de dança (19/04, 21h30) Teatro Miguel Franco - Leiria •”Corre mãe! Corre!” - teatro (6/04, 21h30) •”Tarde cultural” (7/04, 16h00) •”Sons dos Anjos” - concerto para bebés (10/04, 10h30 e 11h45) •”Um, dois, três... Ploc! pinga outra vez” - espectáculo (12/4, 10h e 15h) •”Agarra que é milionário” - teatro/comédia (12/04, 21h30) Biblioteca Municipal Afonso Lopes Vieira - Leiria •”Mamãs sem dúvidas” - criopreservação (5/04, 18h00) •”Os elefantes contam histórias” - conto (5,10,19 e 24/4, 10h30 e 14h30) •”A árvore das tocas” - bebetaca (11/04, 10h15 e 13/04, 16h00) •”O sono” - o sono do meu filho (11/04, 14h30) • Preparação para a parentalidade (18/04, 18h30) m|i|mo - museu da imagem em movimento - Leiria • Introdução à fotografia analógica - workshop (13/4, 10h e 14/4, 9h) •”Malas com histórias” - oficinas criativas (19/4, 10h00 e 20/4, 15h30) •”(Re) Conhecer Leiria - tertúlia (20/04, 17h00) Moinho de Papel - Leiria •”Moinho a rodar com papel eu vou criar” (5/04, 10h00 e 14h30) Orfeão - Leiria •”Bichinhos de palco” - teatro infantil + atelier (6 e 13/04, 15h30) Escola de Artes SAMP - Leiria • Formaão músicos de fraldas 2013 (16~21/04) Arquivo Livraria - Leiria •”Da Horta para a mesa, Boa Comida, Boa Vida” (6/04, 18h30) • Escrita criativa - workshop (13/04, 16h00) •”Como usar a energia das emoções ” (20/04, 15h00) Sala Jaime Salazar Sampaio - Leiria •”Partidas” - teatro (6 e 13/04, 16h00; 21 e 28/04, 11h00)

1º Aniversário dos Jovens Voluntários de Gaeiras O grupo de Jovens Voluntários de Gaeiras (JVG), em Óbidos, celebra o seu 1º Aniversário, no dia 7 de Abril, com a Exposição “Ultramar – Dever ou Obrigação?”. A mostra realiza-se nos antigos armazéns dos vinhos e pretende dar a conhecer alguns relatos de ex-combatentes na sua participação na guerra do Ultramar. Segundo Ricardo Duque, presidente da JVG, “os que não viveram esta época, mas só dela ouvem hoje falar, não entenderão, certa-

mente, muito do conteúdo espiritual, sentimental e patriótico. Os tempos são outros, e fora do contexto experiencial e temporal dos acontecimentos, não é fácil interpretar com rigor a História, sem correr o risco de ser tentado a emitir, dela, um juízo de valor, comparado por padrões posteriormente reconstruídos. Mas a História é o que é, e não o que mais tarde se pensa que deveria ter sido”. Pelas 15h00 terá lugar uma sessão solene que assinalará o 1º ano da JVG, uma hora depois será inau-

gurada a exposição e pelas 17h00 um colóquio subordinado ao tema “Memórias do Ultramar”. A exposição está patente até ao dia 27 de Abril. Pode ser visitada às sextas, sábados e domingos, das 10h00 às 22h00. Este grupo surgiu no dia 27 de Agosto de 2010, mas só a 4 de Abril de 2012 se constituiu como associação pelo registo Nacional de Pessoas Coletivas, em Lisboa. Ricardo Duque adiantou que, “a associação, na ocasião da sua formação, contava com 15 voluntários

e, num período de um ano, aumentou o seu número para 42 jovens “. “A associação tem como principal objectivo desenvolver a cooperação e solidariedade, com base em iniciativas relativas à problemática da juventude, tendo em conta diversas vertentes, tais como a social e intervenção cívica, a cultural e recreativa, a desportiva e a ambiental”, finalizou o responsável.

A apresentação acontece a 6 de Abril

Orfeão lança “Bichinhos de Palco” num ciclo de teatro infantil de Leiria “Bichinhos de Palco” é o tema do novo projecto que o Orfeão de Leiria – Conservatório de Artes está a lançar, neste mês de Abril. Trata-se do primeiro Ciclo de Teatro Infantil de Leiria cujo objectivo é alimentar “o bichinho de palco” que existe em cada

um, e dar expressão às artes de palco através de uma metodologia inovadora, com a abordagem integrada do teatro, da música, da dança, da cenografia e das artes plásticas, necessários à construção do “artistaintérprete” e criador. É um projecto inédito na região,

Na Livraria Arquivo

que dá uma nova expressão às artes. A primeira edição do Ciclo de Teatro Infantil arranca no dia 6 de Abril, no Orfeão de Leiria, e vai decorrer até Junho. Apresentará mensalmente uma peça de teatro, com a duração de uma hora que será

Abril será o “Mês do Livro” Na Livraria Arquivo, em Leiria, Abril será o “Mês do Livro” por isso há várias actividades programadas e que estão relacionadas com o livro e com a leitura. No Sábado, a partir das 16h30 haverá animação com a história infantil “Os Presos” de Oliver Jeffers. Meia hora depois os pequenos artistas da SAMP – Sociedade Artística e Musical dos Pousos mostram os seus dotes musicais e às 18h30 terá lugar a apresentação do livro “Da Horta para a Mesa” de Cláudia Villax com sessão de live cooking.

DR

CINEMAS

exibida duas vezes, em dois sábados seguidos. As peças destinam-se a toda a família, e contam com encenações muito particulares de grupos teatrais da região.


CULTURA 5

O Mensageiro 4.Abril.2013

No Teatro Miguel Franco

Esta noite em Leiria

Os Deolinda actuam no Teatro José Lúcio da Silva

Tarde cultural homenageia António Campos Pelas 16h00 será apresentado o percurso literário da escritora Maria Jorge, viúva de António Campos, através da poesia, dança, baladas, excerto de teatro revisteiro, canções e coral. Às 17h30 a homenagem a António Campos contará com apresentações de ballet, canto lírico, poesia, um pequeno concerto, uma canção e ainda actuação do Orfeão de Leiria. Uma homenagem organizada pela Câmara Municipal de Leiria e pela Junta de Freguesia de S. Julião da Figueira da Foz e que conta com entradas livres.

No Chocolate Lounge em Óbidos

Esculturas do Festival de Chocolate em exposição As Esculturas do Festival de Chocolate de Óbidos 2013 estão, em exposição, no espaço Chocolate Lounge, localizado na Praça de Santa Maria, em Óbidos. São autênticas obras de arte inspiradas no filme “Charlie e a Fábrica de Chocolate” que serviu de tema base para o Festival deste ano. “Vila do Chocolate”; “Vale Encantado”; “O Fabrico do Chocolate”; “Willy Wonka”; “Charlie e o Bilhete Dourado” são as esculturas que estão em exposição e que podem ser visitadas entre 10h00 e as 13h00 e depois das 14h00 às 17h00. A entrada custa dois euros.

DR

O realizador leiriense António Campos será homenageado no dia 8 de Abril, no Teatro Miguel Franco, em Leiria A homenagem subordinada ao tema “Dois destinos, uma vida, dois percursos enlaçados” decorrerá a partir das 15h30, no foyer do teatro, altura em que será inaugurada a exposição “Percursos III – Rotas Diversas” com a apresentação de trabalhos de pintura, desenho e cerâmica de Jorge Cardoso e Almira Medina. A mostra ficará patente ao público até dia 3 de Maio.

Os Deolinda actuam esta Quinta-feira, no Teatro José Lúcio da Silva, em Leiria, a partir das 22h00, para apresentação do seu terceiro disco de originais “Mundo pequenino”. Após quatro anos em que dominaram os tops de vendas, com os multiplatinados “Canção ao Lado” e “2 selos e um carimbo”, os Deolinda regressam à estrada para apresentar “Mundo pequenino”, disco gravado no Porto, no Boomstudios, produzido pelo britânico Jerry Boys e pela própria banda. Os bilhetes custam 15 euros.

Na Batalha

Nos dias 4 e 5 de Abril, o Agrupamento de Escolas da Batalha realizará as Jornadas Culturais 2013 subordinadas ao conceito “Intra-Rail Cultural” e que pretendem “proporcionar espaços e momentos de aprendizagem não formal e divulgar as boas práticas nos diversos níveis de ensino leccionados”, adianta a direcção do Agrupamento em comunicado. As Jornadas acontecem, no ano, em que o Agrupamento ficou no “top ten” das escolas públicas, no Ranking dos resultados

DR

Agrupamento de Escolas realiza Jornadas Culturais 2013

dos exames nacionais do ensino secundário. Por isso mesmo, a direcção acredita que as Jornadas Culturais “construirão

pontes de saberes entre as várias escolas”. Durante dois dias a comunidade escolar desde o ensino pré-escolar

Museu Joaquim Correia

“Cartazes da Revolução” ao ensino profissional vai cruzar-se nos laboratórios, exposições, espaços lúdicopedagógicos, workshops e oficinas. Das actividades previstas consta a realização, n o dia 4 de Abril à tarde, de uma homenagem a 70 antigos colaboradores, docentes e não docentes, do Agrupamento e que já estão aposentados. Na noite desta Sexta-feira decorrerá o 1º Sarau de Desporto. Além disso, há um conjunto vasto de actividades que está preparado e que abrangerão várias áreas de estudo.

Dança e entrega de galardões fazem parte da festa

Académico de Leiria realiza Gala Anual A Associação de Solidariedade Académico de Leiria, realizará este Sábado, a sua Gala anual, para a “grande família Académico, às empresas patrocinadoras e aos amigos” adianta a direcção em comunicado. Contudo refe-

re que também será aberta à população em geral. A Gala tem início marcado para as 21h30, no Bar Sétimo, no Centro Comercial D. Dinis. A organização promete uma festa “cheia de ritmo e glamour com muitas caras conhecidas”.

Do programa da Gala fazem parte momentos de Dança, demonstrações das diferentes actividades realizadas pela Associação e a atribuição de galardões de reconhecimento a algumas pessoas e instituições. Dança, demonstração

de diferentes actividades da Associação e a atribuição de galardões de reconhecimento marcam o programa da gala, que junta técnicos, funcionários, dirigentes, sócios e amigos do Académico de Leiria.

“Cartazes da Revolução” é a exposição que estará patente no Museu Joaquim Correia, situado no Largo 5 de Outubro, na Marinha Grande, de 6 a 30 de abril. A mostra insere-se no âmbito das comemorações do 39º aniversário do 25 de Abril de 1974, organizadas pela Câmara Municipal. Apresenta 35 exemplares dos cartazes mais simbólicos dedicados à Revolução. A exposição “Cartazes da Revolução” pode ser visitada no Museu Joaquim Correia, até 30 de abril, de terçafeira a sábado, das 10h00 às 18h00.

Nos Marrazes

Comissão de festas organiza Festa dos Doces e Petiscos A Comissão de Festas de Nossa Senhora da Missão realizará este fim-de-semana, a Festa dos Doces e Petiscos, no Salão da Junta de freguesia dos Marrazes. Os mais gulosos e petisqueiros podem provar as mais variadas iguarias, no Sábado, a partir das 16h00 e no Domingo as portas da Festa dos Doces e Petiscos abrem-se às 12h00.

No auditório do Mosteiro

Maria Ealo lança livro na Batalha O auditório do Mosteiro da Batalha vai ser o palco para a apresentação do livro “El Arquitecto Juan de Castillo – El Constructor del Mundo” de Maria Ealo de Sá, no Sábado, pelas 16h30.


6 SOCIEDADE Instituto Politécnico de Leiria realiza workshop de ilustrações

No dia 6 de Abril terá lugar, o 2º Ciclo de Workshops “Saber Mais”, numa iniciativa do Instituto Politécnico de Leiria (IPL) que continua a promover a inclusão de todos na sociedade. Este workshop “Criação de Ilustrações Tácteis) integra-se na acção do IPL (+) Inclusivo e pretende através de exercícios práticos orientados por profissionais das diversas áreas abordadas introduzir técnicas inclusivas de comunicação, em diversos contactos, assim como, promover a interacção entre pessoas com e sem incapacidades específicas. Uma iniciativa que decorrerá na Escola Superior de Artes e Design (ESAD.CR), nas Caldas da Rainha entre as 09h30 e as 12h30 e será orientado por Nuno Fragata, docente na escola e mestre em Artes Plásticas. Segundo Nuno Fragata o objectivo principal destas acções “é despertar nas pessoas em geral, e nos profissionais que actuam na definição e design de plataformas online em particular, a consciência e sensibilidade de que é necessário criar materiais inclusivos, tendo em conta que há pessoas diferentes que também têm que ter acesso àquele suporte ou àquela informação”. Também se pretende que estes workshops levam ao desenvolvimento de conteúdos que possam ser acedidos por invisuais. O workshop é aberto a todos os interessados, seja profissionais ou estudantes, com ou sem experiência no desenvolvimento de websites, e tem o custo de 20 euros. O IPL(+)Inclusivo é um projecto exclusivo e inédito do Instituto Politécnico de Leiria, e propõe-se transformar o Instituto numa instituição cada vez mais inclusiva, capaz de receber e integrar pessoas com necessidades especiais, de mover mentalidades e de potenciar atitudes inclusivas das pessoas que integram a comunidade do Instituto de escolas, cidades e empresas.

Galopim de Carvalho

II Ciclo de Tertúlias do MCCB O conceituado cientista antigo director do Museu Nacional de História Natural, Galopim de Carvalho inaugura a segunda edição das tertúlias no MCCB, já na próxima sexta-feira, 5 de Abril, pelas 21h00, para abordar temas relacionados com dinossáurios, Património Geológico e Paleontológico e sua relação com a sociedade. Galopim de Carvalho, Professor catedrático (jubilado) da Universidade de Lisboa, notabilizou-se pelos seus trabalhos de investigação dedicados aos dinossáurios, algum deles projectados nas diversas exposições por si dinamizadas enquanto dirigiu o Museu Nacional de História Natural (1993-2003). É autor de várias obras alusivas à Paleontologia e à Geologia, tendo também produzido artigos científicos para diversas revistas nacionais e internacionais. O seu contributo para a ciência e investigação traduz-se também nas diversas palestras e conferências que organizou e onde participou, quer em Portugal, quer no Estrangeiro. É com esta chave de ouro que o MCCB inicia o II Ciclo de Tertúlias, inserindo a iniciativa nas comemorações do seu segundo aniversário. Recorde-se que as tertúlias terão uma periodicidade mensal, estendendo-se este II Ciclo até ao próximo mês de Julho. Os encontros têm lugar às primeiras sextas-feiras de cada mês, pelas 21h00, no MCCB. São conversas informais dirigidas a todos os interessados em participar na partilha de conhecimento. A participação é gratuita.

4.Abril.2013

Obras devem demorar cinco meses

Centro histórico da Batalha alvo de obras de requalificação A vila da Batalha, a partir, deste mês de Abril, vai ser alvo de obras de requalificação do Largo Infante D. Henrique, na Praça Mouzinho de Albuquerque e na Rua Nossa Senhora do Caminho. Nestas últimas, as obras compreendem a substituição da rede de águas pluvial, instalação de mobiliário urbano e de alguma sinalização. No Largo Infante D. Fernando a intervenção terá como objectivo a devolução ao local, “da importância e simbolismo histórico e paisagístico que a zona, frequentada por milhares de turistas, realmente merece” adianta a Câmara Municipal da Batalha em comunicado. Assim sendo, está pre-

DR

Objectivo é promover uma comunicação inclusiva

O Mensageiro

vista a substituição da iluminação pública e a criação de zonas ajardinadas com o respectivo mobiliário urbano. António Lucas, presidente da Câmara Municipal da Batalha afirma que estas requalificações visam “devolver a sobriedade e o carácter funcional que apre-

sentam, sendo que com o tempo, algumas delas passaram a evidenciar um claro desgaste”. O autarca também adianta que estas obras vão permitir “uma melhoria da qualidade de vida dos munícipes, mas também, e não menos importante, das condições físicas e paisagísticas que

passarão a beneficiar os proprietários dos estabelecimentos comerciais localizados no caso histórico desta vila”. “O aumento das zonas pedonais tornará, à semelhança do que se verifica noutros pontos do país, estas zonas de comércio mais atractivas esperando-se, naturalmente, um acréscimo de público a esses locais e à própria Vila” acrescenta António Lucas. As obras devem ter a duração de cinco meses e representam um investimento total de 1.290.871,44, com uma comparticipação do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER) de 1.097.240,72.

Mudança social, económica e ambiental

Marinha Grande “Cidade GoLocal” A Câmara Municipal da Marinha Grande aderiu ao projeto “Cidades GoLocais - Promoção de Políticas locais de Desenvolvimento Sustentável no quadro dos ODM - Objetivos de Desenvolvimento do Milénio”. Uma adesão que surge no âmbito do projecto “Rede de Cooperação para o Desenvolvimento”, cujos parceiros principais são a Câmara Municipal e o Instituto Marquês de Valle Flor (IMVF) e que tem por

objectivo geral a mobilização local para a mudança social, económica e ambiental global, promovendo um desenvolvimento sustentável no quadro dos”Objetivos de Desenvolvimento do Milénio”. Na verdade pretende-se consciencializar e mobilizar os diversos actores sociais para a mudança de políticas e de práticas para a justiça social, a inclusão económica e o desenvolvimento sustentável, através

do envolvimento de pólos de governação local e da participação da sociedade civil ao nível local. A iniciativa “Cidade GoLobal” tem como entidade executora o IMVF, tem a duração de 36 meses e abrange Portugal, Espanha (região da Andaluzia) e a Bulgária. Podem beneficiar directamente deste projecto 255 funcionários públicos e decisores políticos de 15 autoridades locais por-

tuguesas, 20 andaluzas e 10 búlgaras, num total de 702 autoridades locais. De forma indirecta, o projecto abrange cerca de 180 “stakeholders” da sociedade civil local - escolas, universidades, organizações, sector privado, instituições públicas, cidadãos e opinião pública europeia, através dos media locais e nacionais e comunidades web. O projecto “Cidade GoLocal” é co-financiado pela Comissão Europeia.

Nas férias da Páscoa

Município de Ourém promove formações de “Segurança na Escola” No concelho de Ourém aproveitaram-se as férias da Páscoa para realizar acções de formação, no âmbito da “Segurança na Escola”. Nestas acções foram abordados vários temas, nomeadamente, a organização da segurança nas escolas,

prestações de primeiros socorros, manuseamento de extintores, iluminação e sinalização de segurança e produtos perigosos. Uma formação que teve como público alvo os assistentes operacionais afectos aos Agrupamentos de

Escolas do concelho e que contou com a presença de 57 formandos de todos os Agrupamentos de Escolas do concelho. As acções foram ministradas por elementos do Serviço Municipal de Protecção Civil de Ourém

e do Corpo de Bombeiros Voluntários de Caxarias com o objectivo de implementar novos comportamentos e dinâmicas no que concerne à segurança nas escolas.


SOCIEDADE 7

O Mensageiro 4.Abril.2013

Na comemoração dos 120 dos Bombeiros Municipais

Obras duram até ao Verão

Câmara de Leiria recebe Crachá de Ouro pela Liga dos Bombeiros Portugueses

Sete escolas do distrito de Leiria foram identificadas pelo Ministério da Educação para receber intervenções prioritárias para a retirada de placas de amianto que estão colocadas nas coberturas das escolas. As obras na escola básica Mouzinho de Albuquerque e na Secundária da Batalha, na escola secundária Pinhal do Rei, na Marinha Grande, escola secundária de Mira de Aire, em Porto de Mós, escola básica e secundária Dr. Manuel Ribeiro Ferreira, em Alvaiázere, na escola secundária Raul Proença em Caldas da Rainha, e escola básica Frei Estevão Martins em Alcobaça só devem estar terminadas no Verão.

Na região de Leiria

Número de mortos nas estradas continua a diminuir

de emergência, passar por uma atuação coletiva de todos nós, é aos agentes de proteção civil que cabe o principal papel, sendo por isso relevante uma capacidade atuante, baseada num conhecimento técnico muito especializado”, afirmou o Presidente da Câmara Municipal de Leiria, na sessão de abertura das Jornadas Técnicas, que estão a decorrer durante o dia de hoje, dia 2 de abril, no Teatro Miguel Franco - Centro Cultural Mercado Sant`Ana, no âmbito do 120º aniversário dos Bombeiros Municipais de Leiria. O autarca afirmou ainda que “o número de desafios que os bombeiros, hoje em dia, enfrentam, são cada vez mais, em diversos palcos, sendo importante a prevenção e a proximidade junto das populações, sendo estas jornadas uma excelente oportunidade para a aquisição de competências, ministradas por técnicos especializados e experientes”. Artur Figueiredo, chefe de divisão da Proteção Civil e Bombeiros e responsável pelos Bombeiros Municipais de Leiria, realizou uma breve resenha sobre as ações levadas a cabo por aquele serviço, nos últimos anos, com o intuito de tornar mais eficaz e eficiente

o socorro das populações e dos seus bens. Destacou a constituição da Comissão Municipal de Proteção Civil, em 2009; a colocação de técnicos superiores, que tem permitido a realização de vários planos, de que é exemplo o Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil e o Plano Municipal de Defesa da Floresta; e o reforço de efetivos de bombeiros. O responsável pelos Municipais de Leiria referiu ainda as parcerias com os corpos de voluntários, a PSP e a GNR, com quem são realizadas reuniões periódicas mensais; a colaboração com o Instituto Politécnico de Leiria, através de estágios e de exercícios ou simulacros para treinos dos planos de emergência; e abordou ainda o papel do Centro Municipal de Operações de Socorro de Leiria (CMOS), com cerca de um ano de atividade, que neste período respondeu a cerca de 10 mil ocorrências, com destaque para o pré-hospitalar. O CMOS veio dotar os Corpos de Bombeiros do concelho com uma solução informática integrada de gestão de ocorrências e meios, de modo a melhorar a eficácia e eficiência das operações de proteção civil e socorro.

Para jovens em Portugal ou no estrangeiro

Inscrições abertas para campos de trabalho internacionais Porque há jovens que gostam de estar ocupados, ainda que seja em trabalho braçal, nas férias de Verão, estão abertas as inscrições para Campos de Trabalho Internacionais para os jovens com idades compreendidas entre os 18 e os 30 anos de idade inclusive. A experiência tanto pode ocorrer em Portugal como no estrangeiro. Um programa de intercâmbio que permitirá aos participantes conviver com jovens de diferentes países e desenvolver uma actividade do seu interesse, já que as áreas em causa são: Arqueologia; Sócio-comunitária; Restauro e valorização do património histórico-cultural e Ambiente. As inscrições prolongam-se até Agosto. DR

sejam actualizados, nos próximos anos, para que possam ser colmatadas algumas lacunas. Em representação da Liga de Bombeiros Portugueses, José Ferreira afirmou que se deve estudar uma forma de financiar os municípios detentores de corpos de bombeiros. “As Câmaras Municipais, o Estado e as associações de bombeiros têm de encontrar um equilíbrio para que todas as associações de bombeiros possam ter os meios necessários ao cabal cumprimento das suas funções.” Raul Castro referiu, por sua vez, que a protecção civil do século XXI deixou de ser uma resposta apenas do Estado e das Autarquias. Defendeu, assim, uma cultura colectiva de protecção civil, através da adopção de novas atitudes e novos valores e comportamentos por parte da população. “Temos de ser cidadãos informados e solidários, com conhecimento sobre perigos, normas de prevenção e actuação e capacidade de integração na organização colectiva da resposta à emergência”, afirmou o Presidente do Município de Leiria Ainda no âmbito destas comemorações , Raul Castro defendeu que: “Apesar de a resposta às situações

Os dados da Autoridade nacional de Segurança Rodoviária (ASNR) indicam que desde o início do ano e até 21 de Março, morreram nas estradas do distrito de Leiria, quatro pessoas, menos uma do que em igual período do ano passado. Além disso, o número de feridos graves também baixou. Ainda assim, há o registo de 23 feridos graves, no primeiro trimestre deste ano, ou seja, menos sete do que no ano passado. Ainda segundo a mesma fonte entre 22 de Março de 2012 e 21 de Março de 2013, morreram nas estradas da região de Leiria 37 pessoas, um número reduzido quando comparado com igual período dos anos de 2011 e 2012 que registou 43 vitimas mortais.

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A Câmara Municipal de Leiria (CML) foi distinguida pela Liga dos Bombeiros Portugueses com o Crachá de Ouro, durante a cerimónia comemorativa dos 120 anos dos Bombeiros Municipais de Leiria, no passado dia 1 de Abril. A distinção honorífica, destinada a reconhecer serviços relevantes de inquestionável contributo para a dignificação da causa dos Bombeiros, foi entregue a Raul Castro, Presidente da CML. A Liga de Bombeiros Portugueses atribuiu ainda a distinção Fénix de Honra ao corpo de Bombeiros Municipais de Leiria, com o objectivo de “galardoar a prática de actos e/ou serviços altamente relevantes, de carácter amplamente abrangente e de inquestionável apreço, com vista à dignificação e promoção da causa dos Bombeiros e de Protecção e Socorro”. Durante a cerimónia foram também agraciados 28 bombeiros com a Medalha de Assiduidade da Liga dos Bombeiros Portugueses Grau Ouro 20 e 15 anos, Grau Prata 10 anos, e Grau Cobre 5 anos, “como forma de reconhecimento da sua presença efectiva, aliada ao bom comportamento demonstrado no desempenho das suas funções”. O chefe da Divisão de Protecção Civil e Bombeiros do Município de Leiria, Artur Figueiredo aproveitou a ocasião para defender a necessidade de desbloquear as carreiras dos bombeiros profissionais, por forma a evitar que, a curto prazo, haja falta de chefias intermédias. A criação de planos de formação nacionais para permitir a actualização dos seus conhecimentos técnicos foi outra das medidas que apontou. Artur Figueiredo defendeu ainda a necessidade de dotar o corpo de Bombeiros Municipal de um efectivo com cerca de 70 elementos e considerou imperioso que as viaturas e equipamentos

Escolas do distrito de Leiria retiram placas de amianto


8 ECLESIAL

O Mensageiro 4.Abril.2013

Família há oito séculos

Páscoa Sagrada omingo de Ramos: Na praça de Assis/ há palmas na mão como em Jerusalém! É a Páscoa que vem, com seu rosto feliz… E Clara estremece em seu coração. A Páscoa está perto! Passou o deserto. Chegou ao Tabor. A Páscoa está perto! Começa o concerto/ Das bodas do amor. Francisco é o Irmão que leva Clara pela mão/ ao seu grande Amor. Francisco é o Irmão, mas do seu coração Jesus é o Senhor (Fr. Miguel Negreiros). Este cantar do poeta é de ontem e de hoje. Foi há oito séculos que a jovem Clara se abandonou ao Amor numa noite de Domingo de Ramos fascinada pela Paixão do Senhor mas sempre com o seu olhar fixo no acontecimento

“impossível” da manhã da Páscoa do sepulcro vazio. Uma loucura?! Sim, na verdade só os loucos para este mundo e sábios de Deus fazem opções destas. São as decisões dos grandes homens e mulheres que Deus oferece a esta humanidade e que por Ele são predestinados desde toda a eternidade, maravilhas do Deus Amor que a cada momento semeia a História com a sua presença. Caminhando pela estrada da vida de Santa Clara ficamos surpreendidos com o seu itinerário espiritual: um apaixonado amor a Cristo pobremente reclinado num presépio, a Cristo cruelmente cravado na cruz, e ao luminoso Cristo vencedor da morte

DOM DA FÉ

também o seu significado. Olhando para o Crucificado, os homens haveriam de ver nele “a manifestação plena do Deus que é para nós, de Jesus Cristo que é para nós até ao limite extremo do seu amor” (C. Martini). Segundo João, tendo chegado a certa altura, Jesus teve a clara consciência de que chegara a hora “da passagem deste mundo para o Pai” (13, 1), isto é, de se entregar à morte e regressar definitivamente a Ele após ter cumprido a missão de O dar a conhecer e de dar a “vida eterna” a todos os que o Pai lhe confiou, isto é, aos seus discípulos e a todos os que através da palavra deles haveriam de acreditar nele (cf Jo 17,20). O evangelista atesta que ao longo da sua vida Jesus “amara os seus que estavam no mundo” e “levou o seu amor por eles até ao extremo” (13,1). Na sua morte, Jesus entregou a sua vida por todos os homens e por cada um deles, a fim de que conheçam a Deus, escutem a sua palavra, experimentem o seu amor e a comunhão com Jesus (cf Jo 17, 25). João testemunha ainda

Pe Jorge Guarda

Vigário Geral da Diocese

A atracção de Cristo na cruz http://padrejorgeguarda.cancaonova.pt

“A

quele que viu estas coisas é que dá testemunho delas e o seu testemunho é verdadeiro. E ele bem sabe que diz a verdade, para vós crerdes também” (Jo 19,35). O evangelista João termina deste modo o relato da paixão e morte de Jesus. Escreve-o como testemunho para suscitar a fé em quem lê. Oferece o testemunho não apenas dos sofrimentos de Jesus e do modo os viveu, mas

que na manhã gloriosa de Páscoa sai triunfante do sepulcro. Os escritos de Clara revelam toda a grandeza interior de uma alma verdadeiramente pascal, uma alma pacificada e serena, alegre e jovial que se centra no essencial e é plenamente feliz na sua pobreza e na indigência das quiquezas deste mundo. Toda a sua vida foi vivida profunda e intensamente à luz da alegria pascal. Como discípula do Filho de Deus não recusou o cálice das dificuldades e o caminho árduo da cruz, mas “com passo ligeiro e sem tropeçar, avançou segura, alegre e jovial no caminho da felicidade” como ela própria recomendava a Santa

Inês de Praga, numa das suas cartas. Tudo porque trilhou a senda da fidelidade. O olhar sereno da alma contemplativa compreende a autonomia do Evangelho: pelas lágrimas ao gozo, pela cruz ao esplendor da vida e pela desapropriação à participação dos bens eternos (Fontes F. II). Apesar dos reveses e dificuldades da vida Clara não recua na sua decisão de seguir o Mestre e Senhor pobre e crucificado. Nada a faz recuar ou esmorecer na caminhada porque sabe em quem pôs a sua confiança e porque, no alto do Calvário, junto à Cruz, ela vislumbra já a luz da madrugada esplendorosa da Ressurreição. A nossa alegria não nasce do facto de possuir-

mos muitas coisas, mas de termos encontrado uma Pessoa: Jesus, que está no meio de nós; nasce do facto de sabermos que, com Ele, nunca estamos sozinhos, mesmo nos momentos difíceis, mesmo quando o caminho da vida é confrontado com problemas e obstáculos que parecem insuperáveis… e há tantos! E nesses momentos vem o nosso inimigo, o diabo, muitas vezes disfarçado de anjo, e insidiosamente nos diz a sua palavra. Não o escuteis! Sigamos Jesus! Nós acompanhamos, seguimos Jesus, mas sobretudo sabemos que Ele nos acompanha e nos carrega aos seus ombros: aqui está a nossa alegria, a esperança que devemos levar a este nosso

mundo (Papa Francisco). A luz esplendorosa da manhã de Páscoa, que há oito séculos perpassou e incandesceu o coração da jovem Clara, continua hoje a brilhar em cada uma das suas seguidoras que, virgens prudentes, esperam o Esposo com as lâmpadas acesas, ainda que Ele surja ao alvorecer da manhã, disfarçado de jardineiro. Esta é a Páscoa Sagrada, a Festa da Alegria porque, embora durmam as sentinelas deste mundo, mantém-se acordada a nossa fé, sabendo que o Senhor está connosco vivo e ressuscitado (Hino da Liturgia das H.).

um homem justo. E segundo o evangelista Marcos, o centurião confessa mesmo: “Verdadeiramente este homem era filho de Deus!” (Mc 15, 39), palavras que exprimem uma confissão de fé. É o amor de Jesus, manifestado de forma extrema na sua morte, que nos atrai e faz despontar a graça da fé. E fé é aderir a esse amor e corresponderlhe com confiança, entregando-se a Ele, vivendo numa relação pessoal de amor com Ele. É com Jesus que se aprende também a amar os irmãos como doa-

ção pessoal a eles, como sacrifício para os servir, para lhes fazer bem, para cuidar deles e ajudá-los nas suas variadas situações. Amar os irmãos é igualmente o deixar-se amar por eles. É na imitação de Cristo pelo amor aos homens que o cristão pode neles suscitar a graça da fé. De várias formas, a pessoa e o amor de Jesus Cristo continua a atrair os homens para nele crerem, convertendo-se em seus discípulos e mesmo em seus ministros. É a história do Young Nihal, do Sri Lanka. Nasceu no seio de uma família budista muito pobre. Ficou órfão de pai aos 12 anos. Foi trabalhar para casa de uma família católica. Fez amizade com católicos e com eles começou a ir à missa. Ficou espantado quando se viu espontaneamente a rezar à Virgem Maria. Por aqueles com quem convivia acabou por ser convidado a tornar-se cristão. Ofereceram-lhe até a possibilidade de ir fazer um curso para conhecer o cristianismo. Nele “atraía-me a beleza do perdão e a alegria de servir

aos outros”, confessa. Entretanto, depara-se com a oposição da família à sua aproximação à fé cristã. Perseverou e acabou por ser batizado, escolhendo o nome de Maximiliano, em recordação do mártir do nazismo em Auschwitz. Ao conhecer os sacerdotes de S. Camilo de Lelis, sentiu-se atraído por seguir o seu caminho. Cativava-o a “cruz vermelha que levam no seu hábito religioso, símbolo da completa dedicação à assistência aos doentes”. Após os estudos, foi ordenado sacerdote em 2004. Na primeira missa celebrada na sua aldeia participou também a sua família. O sofrimento marcou muito a sua vida, mas, confessa, “sem saber como nem porquê, encontrei a alegria e a riqueza da fé e do sacerdócio”. O seu desejo e empenho é “sofrer com os que sofrem”, cuidando e ensinando a cuidar dos sofredores, imitando o amor com que Jesus amou e ama cada homem.

DR

D

que do coração de Jesus morto jorrou sangue e água. Nestes sinais, a Igreja reconhece ter recebido da morte de Jesus os sacramentos do Baptismo e da Eucaristia. Significa que “a vida sacramental jorra de Jesus e que dela nasce a Igreja” (C. Martini). O amor de Jesus manifestado na cruz foi para nos dar a vida eterna, aquela que ele veio revelar e oferecer a quem, pela fé, a Ele se confia e acolhe os seus dons. Perante a morte de Jesus houve quem declarasse a sua inocência ou que era

Irmãs Clarissas de Monte Real


DIOCESE 9

O Mensageiro 4.Abril.2012

“A fé como elemento estrutural do caminho do padre”

Grupo de Jovens organiza programa de actividades

Missa Crismal sob a tónica da fé A fé como elemento estrutural do caminho do padre “no ministério e no mundo” foi o tema central da homilia de D. António Marto na Missa Crismal de Quinta-Feira Santa, no passado dia 28 de Março, na Sé de Leiria. Numa celebração em que participaram grande parte dos padres da diocese de Leiria-Fátima, o Bispo começou por “endereçar os parabéns aos sacerdotes que este ano celebram o jubileu da ordenação e recordar na oração os que, desde o ano passado, partiram para a casa eterna do Pai”. Sendo esta a Missa anual em que os presbíteros renovam as promessas do dia da ordenação, “este gesto assume um particular relevo neste Ano da Fé, em que todos os cristãos são chamados a reavivar a alegria e o entusiasmo da fé cristã” e, por outro lado, “interpela mais profundamente aqueles que, por missão, devem cuidar da fé dos irmãos”, lembrou D. António Marto, adiantando que “o tempo em que vivemos, o encargo pastoral que realizamos, a alegria e as provações do ser padre hoje põem-nos questões radicais: somos e tornamonos cada vez mais homens de fé? O que caracteriza propriamente a fé do padre enquanto discípulo chamado

a colaborar na missão dos apóstolos?”. Numa perspectiva de resposta a estas questões, o Pastor apontou para a necessidade de “ir às fontes da fé em Jesus Cristo e a partilhá-la, bem como a missão de servir o Evangelho”, pois é aí que “o presbítero encontra a força e a alegria de servir a fé do nosso povo”. O seguimento de Cristo, “com uma fé verdadeiramente enamorada que nos leva a uma oferta radical de nós mesmos” deverá ser “a base do nosso ministério, sempre presente, em cada dia, em tudo o que fazemos e somos”. Remetendo à experiência da visita pastoral que realizou entre Janeiro de 2008 e Março de 2013, D. António sublinhou a “fé do povo cristão e do clero da diocese” que encontrou, um “espectáculo esplêndido, edificante, encorajador e até comovente”. Na mes-

ma linha, reforçou o pedido aos sacerdotes presentes: “Olhai com o olhar de Deus para o vosso ministério e contemplai as maravilhas de graça que Ele realiza em vós e através de vós. Tende fé n’Ele! Olhai com fé para as pessoas, comunidades e serviços que vos estão confiados. Acreditai que o Senhor vos guia e sustenta. Prestai atenção aos sinais e dons do Espírito! Ele surpreende-vos, iluminavos e torna-vos criativos e audazes em iniciativas pastorais inovadoras!”. Embora com a consciência de que “a fé é sempre uma luta” e que se enfrentam nos nossos dias diversos “desafios e dificuldades, fadigas e tensões”, o Bispo diocesano pediu que não cedessem a tentações como o desencorajamento, o descontentamento, a murmuração, a rotina, a mediocridade ou a banalização, confiando que “o

“Jovens a Fátima” Senhor estende-nos sempre a sua mão e dá-nos coragem bastante em cada dia”. Na conclusão da homilia, D. António Marto defendeu, ainda, que “não podemos sonhar uma situação ideal para exercer o ministério”, mas sim “aproveitar os dons e os recursos que o Senhor põe nas nossas mãos”, e reiterou o pedido aos sacerdotes de que não se deixem “vencer pelo tédio, sinal de pouca fé” e que sustentassem no “entusiasmo da fé” a sua acção. Na celebração de Quinta-feira Santa, memorial da instituição da Eucaristia e do Sacerdócio, são ainda abençoados os óleos dos catecúmenos e dos enfermos e consagrado o óleo do Crisma. À saída, os sacerdotes recolhem em pequenos recipientes cada um destes óleos, levandoos para a celebração dos respectivos sacramentos nas suas paróquias. Após a celebração, os padres de Leiria-Fátima, seculares e religiosos, foram ainda convidados para um almoço de convívio no Seminário de Leiria, com a presença do seu Bispo.

Luís Miguel Ferraz | GIC de Leiria-Fátima

“Peregrinos da fé” partiram deste local, com a oração do credo diante da pedra do túmulo de S. Pedro, no altar da Basílica da Santíssima Trindade. Aí, antes de rumarem à Batalha, receberam uma vela, onde inscreveram a data do seu Baptismo, e outros sinais presentes e expressivos da celebração daquele sacramento. “O tema deste ano foi “Peregrinos da fé”, tendo como horizonte a compreensão da fé como uma realidade dinâmica, que se

aprofunda passo a passo, ao ritmo da vida, como um caminho de peregrino em busca do encontro final com o objecto da nossa fé”, refere o padre André Batista. Nesse sentido, o grupo partiu da Batalha, no segundo dia, levando como base de reflexão “alguns exemplos ou testemunhos de fé que são inspiradores para a nossa própria fé”. O ponto de destino foi Alpedriz, onde fizeram a oração da lectio divina (retiro

“Vocações nascem da fé intensa nas comunidades cristãs”

Encontro de animadores vocacionais no Seminário Sob o tema “Vocações nascem da fé intensa nas comunidades cristãs”, o Serviço de Animação Vocacional (SAV) da diocese de Leiria-Fátima vai realizar um encontro de animadores, no próximo dia 6 de Abril, sábado, das 10h00 às 12h30, no Seminário de Leiria. Segundo o padre Jorge Guarda, director do SAV, “além da experiência de oração, que sustenta a fé cristã e o empenho apostólico, será apresentada a proposta para uma semana vocacional a realizar nas paróquias, envolvendo as catequeses, as famílias, os grupos paroquiais e as assembleias dominicais”. Para além das pessoas que estão já ligadas a este serviço específico, podem participar os catequistas e qualquer pessoa empenhada nas comunidades cristãs e nos movimentos apostólicos. As inscrições devem ser enviadas até 3 de abril para 244845032, 962445325, ou sav@leiria-fatima.pt.

Na igreja de Picassinos, Marinha Grande

“Pré-grinação” de Fátima à Nazaré O Pré-Seminário da diocese de Leiria-Fátima organizou uma peregrinação, nos passados dias 24 a 26 de Março, na linha de uma proposta que é realizada há já alguns anos. Com a designação de “Pré-grinação”, a iniciativa percorreu, em 2012, os vários santuários da Diocese, culminando em Fátima. Este ano, os oito participantes, acompanhados pelo seminarista maior João Jordão e pelo padre André Batista, director do Pré-Seminário,

O Grupo de Jovens de Fátima vai organizar na sua paróquia, de 5 a 7 de Abril, um programa de actividades intitulado “Jovens a Fátima”, que incluirá iniciativas tão diversas como oração, música, desporto ou gastronomia. A decorrer no salão paroquial de Fátima, a jornada começa às 21h00 de sexta-feira, com uma apresentação de “Talento Jovem”, até às 24h00, altura em que começará uma vigília de oração. No sábado, logo às 9h00, haverá actividades desportivas, complementadas com uma “Caminhada pela Fé”, às 14h00, e uma sessão de “Testemunhos de Fé”, às 20h30, seguindo-se um grande concerto com um grupo da comunidade Canção Nova e a Banda Somos Um, da paróquia anfitriã. No último dia, será celebrada a Eucaristia Jovem, às 11h00, terminando o programa com o almoço, em forma de “Festival das Sopas”. Para além dos paroquianos locais, como é óbvio, o grupo organizador estende o convite a todos os diocesanos de Leiria-Fátima, especialmente aos mais jovens, que queriam ajudar a fazer desta uma grande festa de juventude, de música e de fé.

popular) com o pároco e a comunidade local. No último dia, tendo como destino o Santuário de Nossa Senhora da Nazaré, “lembrámos o testemunho de fé e de disponibilidade de Maria para cumprir a vontade de Deus”, conta o director do Pré-seminário. A terminar, “celebrámos a Eucaristia no Santuário e regressámos a casa com a fé mais fortalecida e esclarecida”.

GIC de Leiria-Fátima

Encontro vocacional para namorados

O Serviço de Animação Vocacional (SAV) da diocese de Leiria-Fátima e a Equipa de Pastoral Familiar da Marinha Grande vão organizar, no próximo dia 13 de Abril, às 21h00, um encontro especificamente destinados aos namorados. A decorrer numa das salas da igreja de Picassinos, na paróquia da Marinha Grande, esta iniciativa pretende “ajudar os namorados a descobrirem no seu amor um dom de Deus e um apelo, isto é, uma graça que os pode viver esta sua experiência como uma vocação divina”, refere o padre Jorge Guarda, director do SAV. Os interessados poderão inscrever até ao dia 10 de Abril, para 918626327, 962905625, ou jorge_sousa_36@hotmail.com.

GIC de Leiria-Fátima


10 ECLESIAL

O Mensageiro 4.Abril.2013

Leituras| II Domingo de Páscoa

JANELA SOBRE A MISSÃO

Antífona de Entrada: 1 Pedro 2, 2 Leitura I: Actos 5, 12-16 Salmo Responsorial: Salmo 117 (118), 2-4.22-24.25-27ª (R. 1) Refrão: Dai graças ao Senhor, porque Ele é bom, porque é eterna a sua misericórdia. Repete-se. Leitura II: Ap 1, 9-11a.12-13.17-19 Aclamação antes do Evangelho: Aleluia Jo 20, 29 Evangelho: Jo 20, 19-31 Na tarde daquele dia, o primeiro da semana, estando fechadas as portas da casa onde os discípulos se encontravam, com medo dos judeus, veio Jesus, apresentou-Se no meio deles e disse-lhes: «A paz esteja convosco». Dito isto, mostrou-lhes as mãos e o lado. Os discípulos ficaram cheios de alegria ao verem o Senhor. Jesus disse-lhes de novo: «A paz esteja convosco. Assim como o Pai Me enviou, também Eu vos envio a vós». Dito isto, soprou sobre eles e disse-lhes: «Recebei o Espírito Santo: àqueles a quem perdoardes os pecados ser-lhes-ão perdoados; e àqueles a quem os retiverdes ser-lhes-ão retidos». Tomé, um dos Doze, chamado Dídimo, não estava com eles quando veio Jesus. Disseram-lhe os outros discípulos: «Vimos o Senhor». Mas ele respondeu-lhes: «Se não vir nas suas mãos o sinal dos cravos, se não meter o dedo no lugar dos cravos e a mão no seu lado, não acreditarei». Oito dias depois, estavam os discípulos outra vez em casa e Tomé com eles. Veio Jesus, estando as portas fechadas, apresentou-Se no meio deles e disse: «A paz esteja convosco». Depois disse a Tomé: «Põe aqui o teu dedo e vê as minhas mãos; aproxima a tua mão e mete-a no meu lado; e não sejas incrédulo, mas crente». Tomé respondeu-Lhe: «Meu Senhor e meu Deus!». Disse-lhe Jesus: «Porque Me viste acreditaste: felizes os que acreditam sem terem visto». Muitos outros milagres fez Jesus na presença dos seus discípulos, que não estão escritos neste livro. Estes, porém, foram escritos para acreditardes que Jesus é o Messias, o Filho de Deus, e para que, acreditando, tenhais a vida em seu nome. Palavra da Salvação.

Pe. Vitor Mira

vitormira67@gmail.com

Missão em tempo de Quaresma II

O

utra melhoria significativa foi a colocação da cisterna de 5.000 litros, em pvc, junto à cisterna de cimento que recolhe a água das chuvas. Antes era preciso tirar água da cisterna com o balde. Agora, com a ajuda do motor, colocamos água na cisterna de pvc, colocamos o cloro e depois é só abrir a torneira

AO SABOR DA PALAVRA

Cânticos| III Domingo de Páscoa (14/04/2013) Início Cristo ressuscitou - Lau 253 Hoje é dia de festa - Lau 425

Pe. Francisco Pereira

Salmo Responsorial Louvar-Vos-ei Senhor porque me saslvastes - Lau 485 Apresentação dos dons Ressuscitou para nossa vida - Lau 721 Tu que nas margens do lago - Lau 827 Comunhão Cristo ressuscitou - Lau 253 Os díscipulos reconheceram - Lau 631

pe.francisco@mac.com

II Domingo de Páscoa 7 de Abril de 2013

Paz na terra

Pós-Comunhão Aclamai o Senhor Terra inteira - Lau 136 Final Cristo vence, reina, impera - Lau 255 Ressuscitou Aleluia - Lau 718

leia, assine, divulgue, anuncie!

O MENSAGEIRO

D

epois de termos cantada aleluias a Deus pela salvação com que fomos beneficiados, pela páscoa de Jesus, hoje somos convidados a viver segundo a sua paz e integrados numa comunidade, ou seja numa família que partilhando tudo vencem também todas as barrei-

Grupo Missionário Ondjoyetu

(7/04/2013)

e tirar água potável. Avanços aparentemente insignificantes mas que aqui são muito importantes. Durante a estadia na Donga ainda tivemos a visita dos nossos amigos de Benguela da empresa Espaço Mecânico, que nos apoiam na assistência às nossas viaturas, e de mais dois amigos que os acompanharam. Ali, em plenas montanhas puderam desfrutar do fresquinho, e das belas montanhas vestidas de verde. Nestas semanas aproveitámos ainda a presença

das pessoas para apanhar o resto do milho da lavra da missão. Este ano tivemos uma colheita razoável de milho tal como tínhamos tido de feijão. Entretanto, também já foi semeada a ginguba (amendoim) e o feijão das chuvas grandes. Uma nota quase constante destas semanas foi a queda de chuva, por vezes com grande intensidade e até acompanhada de trovoadas. No regresso já sentimos bem a dificuldade devido ao aumento do número de buracos na pica-

da, muita água e lama nas zonas baixas. Mas, graças a Deus, conseguimos chegar sem problemas de maior. A 19 de Março, dia de S. José, padroeiro da missão do Gungo, celebrámos a missa da sua solenidade e regressámos ao Sumbe. Este sábado e domingo iremos à Tuma para cumprir o mesmo programa que já fizemos no resto do Gungo e celebrar o domingo de Ramos.

ras. Os encontros de Jesus depois de ressuscitado acontecem sempre com grupos de discípulos. Não há encontros individuais. Não é em experiências pessoais, íntimas, fechadas, egoístas que encontramos Jesus ressuscitado; mas encontramo-l’O no diálogo comunitário, na Palavra partilhada, no pão repartido, no amor que une os irmãos em comunidade de vida. No Evangelho deste dia encontramos Jesus, que usa esta expressão para saudar os discípulos que se encontravam reunidos: “A paz esteja convosco.” Também hoje Ele diz estas palavras à comunidade cristã, convidando-nos a uma atitude de tranquilidade. Tranquilidade que nasce da alegria de sabermos que ele está vivo, que está no meio de nós. A paz é a melhor forma de viver a Fé em Deus, porque nos liberta das paixões, porque ultrapassa todos os nossos desejos, porque nos liberta dos preconceitos que nos afastam dos outros, dos nossos irmãos.

A paz nasce da esperança, liberta-nos do desespero. Quem não acredita em nada tem de lutar sempre por mais alguma coisa que o contente, que lhe mate a sede de poder, mas, quanto mais tem mais quer, porque descobre que ainda pode ter mais, que não é suficiente, mas o que vem a seguir a essa correria em busca de coisas? Vem a morte que acaba com tudo. Mas nós sabemos que a morte, que vence mesmo os homens mais poderosos do mundo, foi vencida por Jesus. É ele próprio que o diz, a S. João: “Estive morto e eis-me vivo pelos séculos dos séculos: tenho as chaves da morte e da morada dos mortos.” A morte já não tem poder sobre Ele, porque o Amor não pode ser dominado por nada, o amor é a vida. Ao aceitar morrer, Jesus desprendeu-se de tudo o que o agarrava a este mundo, e este desprendimento absoluto e voluntário conseguiu alcançar o que é verdadeiramente importante: a própria criação, a essência da vida presente em todos os homens.

A sua dádiva é a nossa riqueza. Ele partilhou tudo o que tinha connosco, por isso os Apóstolos faziam milagres em seu nome, por isso eles eram capazes de dar uma vida nova às pessoas, não apenas curando-as das suas doenças, mas curando a sua alma, pelo perdão dos pecados, e porque eles descobriam algo maior que a própria saúde “cada vez aderiam em massa mais homens e mulheres, acreditando no Senhor.” E hoje continuamos a acreditar verdadeiramente neste Senhor que nos continua a desejar a paz? Ou continuamos a viver na cobiça daquilo que não temos? Vivemos uns para os outros, em paz, buscando a felicidade daqueles que nos rodeiam? Ou vamos construindo guerras, que nos vão matando aos poucos, aprisionando-nos pouco a pouco nas garras do egoísmo, que nos traz a verdadeira morte, não corporal, mas espiritual? A morte da nossa alma, pior do que se a vendêssemos ao diabo!


DIOCESE 11

O Mensageiro 4.Abril.2013

“Ajudar à missão dos colaboradores”

“Expressão da beleza da Fé”

Encontro Nacional de Catequese

Em todas as paróquias há um grupo de pessoas que colaboram mais activamente na dinamização pastoral, seja na liturgia, nos conselhos pastorais e económicos, na acção social, na catequese, ou noutro sector da vida da Igreja. Esses são os primeiros convidados para o encontro que, anualmente, o Bispo D. António Marto tem realizado em cada uma das nove vigararias da diocese de Leiria-Fátima. Cerca de 250 dessas pessoas, vindas das sete paróquias da vigararia da Batalha, aceitaram esse convite, no passado dia 22 de Março, lotando acima da sua capacidade o auditório gentilmente cedido pelo Município. “Este é um encontro de formação importante para ajudar à missão dos colaboradores mais directos da vinha do Senhor”, começou por sublinhar o Bispo diocesano, introduzindo o tema deste ano, no âmbito do cinquentenário da abertura do Concílio Vaticano II. O objectivo é “ajudar a renovar a alegria da fé, vivida num mundo cheio

de dificuldades e desafios, mas também apaixonante”, adiantou. Tal como há cerca de 2.000 anos, em Jerusalém, os Apóstolos tiveram de se reunir para resolver problemas existentes nas comunidades, como lembrou a leitura do capítulo 15 dos Actos, também há 50 anos o Papa João XXIII teve a inspiração de convocar os bispos do mundo inteiro para um concílio que voltasse à fonte do Evangelho, para trazer com nova frescura essa mensagem ao mundo em convulsão de modernidade. “Não foi uma assembleia parlamentar ou de accionistas, mas um momento de graça, de acção de Deus na sua Igreja”, afirmou D. António Marto, lembrando que “também hoje somos chamados a essa actualização permanente da presença da Igreja no mundo, iluminando as suas crises e desafios com a luz da fé”. Sem esquecer que a “lei fundamental não muda, pois é o Evangelho de Cristo”, precisamos de “voltar repetidamente às orientações conciliares, que

LMFerraz

Encontro vicarial da Batalha apontam para uma Igreja de irmãos, com igual dignidade de filhos de Deus” e onde todos somos “responsáveis pela missão, não apenas na sacristia, mas no meio do mundo em que vivemos”, frisou o Bispo. Um pequeno filme documentário levou os presentes até às imagens históricas e à mensagem fundamental do Vaticano II. Depois, o padre Adelino Guarda completou a viagem pelas “graças” que esse acontecimento trouxe até aos nossos dias. Sendo “um acontecimento central da história da Igreja do século XX, o incompreensível é que o conheçamos tão pouco”, apesar dos Papas que se lhe seguiram terem continuamente insistido na necessidade de “cumprir o Concílio”, afirmou o orador. E sublinhou: “O central não é o Concílio, nem sequer a Igreja, mas sim Cristo, pois

é dele a Igreja e cada um dos cristãos”. Compreendendo isto, “tudo muda de figura”, pois é em função d’Ele que passamos a viver, conscientes da igual dignidade de filhos de Deus e da igual responsabilidade de O anunciar. Tendo sido essa compreensão a principal herança do Vaticano II, expressa nos diversos documentos conciliares sobre todos os âmbitos da vida da Igreja, desde a centralidade dos sacramentos e da Palavra de Deus para se alimentar, até à sua identidade como corpo e Povo de Deus e à sua presença evangelizadora no mundo, o importante, hoje, é “fazê-los ler”, enfatizou o padre Adelino Guarda como grande desafio a todos os presentes.

Luís Miguel Ferraz GIC de Leiria-Fátima

“Confiar no Deus fiel”

Abril - Mês de Oração Vocacional No seguimento do que tem sido proposto nos últimos anos, o Serviço de Animação Vocacional (SAV) da diocese de LeiriaFátima está a organizar, uma vez mais, a iniciativa “Abril – Mês de Oração Vocacional”. A ideia é que este mês seja dedicado à oração por esta intenção específica, envolvendo grupos, comunidades religiosas ou paróquias que queiram programar e organizar um ou mais momentos para esse efeito, de modo a formar uma “lista” diocesana de todos os participantes. Assim será formada uma “grande oração vocacional”, correspondendo ao apelo que o Bispo diocesano tem repetido nas suas

cartas pastorais anuais. “Estimulados pelo acolhimento positivo dos últimos anos, pretendemos que se vá alargando esta iniciativa às várias formas de vida cristã e aos diversos sectores da pastoral diocesana”, refere o padre Jorge Guarda, director do SAV. Para 2013, no âmbito do ano da fé e num clima pós-pascal, será adoptado o lema “Confiar no Deus fiel”. Este segue a linha da temática do próximo Dia Mundial de Oração pelas Vocações, celebrado pela Igreja no dia 21 de Abril. O Papa emérito Bento XVI tinha deixado uma mensagem, onde referia a grande importância de “uma fervorosa vida de oração” para o

despertar de vocações de total doação a Deus. E lembrava que a oração “deve, por um lado, ser muito pessoal, um confronto do meu eu com Deus, com o Deus vivo; mas, por outro, deve ser incessantemente guiada e iluminada pelas grandes orações da Igreja e dos santos, pela oração litúrgica, na qual o Senhor nos ensina continuamente a rezar de modo justo”. Como subsídio pastoral, o SAV disponibiliza no seu site, em savleiriafatima.wix.com, um guião intitulado “Colaboradores de Deus”, que pode também ser solicitado por correio. Os responsáveis ou animadores podem adaptar as propostas ali

apresentadas à temática do ano da fé ou criar um meio para a oração a partir da mensagem do Papa para este ano. Para as paróquias, existe ainda uma proposta de Semana Vocacional que envolve as catequeses, a família e a assembleia dominical. Estes materiais, bem como os pedidos de inscrições antecipadas, foram enviados às paróquias e outras comunidades no início deste mês, estando prevista para breve a divulgação da respectiva lista. Quem o desejar, poderá ainda associarse, enviando a sua inscrição para este serviço.

GIC de Leiria-Fátima

De 19 a 22 de Março, os Secretariados da Catequese de todo o país estiveram reunidos em Leiria no 52º Encontro Nacional de Catequese. “Expressões da beleza da fé” foi o tema aprofundado ao longo das conferências que abordaram o tema da perspectiva da reflexão bíblica, com o padre Tolentino Mendonça, da liturgia, com o padre Carlos Cabecinhas, da moral, com o padre Vítor Coutinho, e da espiritualidade, com o padre Emanuel Silva. Algumas destas conferências já estão disponíveis na página do Secretariado Nacional da Catequese. Para além das conferências, houve também tempo para, na quarta-feira, passar por Fátima, onde os participantes visitaram a exposição “Fátima Luz e Paz”, participaram no Rosário na Capelinha das Aparições, onde celebraram também a Eucaristia. Depois do jantar no Santuário, assistiram ainda a um concerto com a Schola Infantil e o Cora de Câmara do Santuário, com a regência de Rita Pereira e João Santos ao órgão. Na quinta-feira, após as conferências, celebrou-se a Eucaristia na Sé de Leiria, presidida pelo Sr. D. António Marto, seguindose um jantar de convívio que contou com a animação musical do “Adesba Choros”, da Barreira, sob a regência de Jorge Narciso. Na sexta-feira, a manhã foi dedicada à visita cultural que passou pelo Centro de Interpretação da Batalha de Aljubarrota, e a visita ao Mosteiro da Batalha acompanhada pelo seu director, Dr. Pedro Redol, que ajudou os participantes a olhar para os espaços e os vitrais como expressões da fé e religiosidade que estão na base do monumento. Secretariado Diocesano da Catequese

“Desafiados por Deus na liberdade e na confiança”

Ciclo de conferências temáticas

No próximo dia 14 de Abril realiza-se a última conferência do ciclo temático deste ano, na Basílica de Nossa Senhora do Rosário de Fátima, às 16h00. O tema da conferência, a apresentar por António Martins, da Faculdade de Teologia da Universidade Católica Portuguesa, será “Desafiados por Deus na liberdade e na confiança”. Após a conferência, realizar-se-á um breve momento musical, a cargo da Orquestra Portuguesa de Guitarras e Bandolins. As entradas para o evento são livres.

“Reflexão séria”

Convívio Fraterno em Fátima Está programada para os dias 24 a 27 de Abril de 2013, em Fátima, a organização de mais um Convívio Fraterno da diocese de Leiria-Fátima. O padre Manuel Henrique, assistente diocesano do Movimento, lança o apelo: “se souberes de alguém que o queira fazer, convida-o! ...se ainda não o fizeste, inscreve-te!”, isto porque a sua realização dependerá do número de inscrições, abertas até ao dia 7 de Abril. Para quem não está familiarizado com esta iniciativa, lembramos que se trata de um encontro com a duração de três dias, orientado por um director espiritual e uma equipa de jovens, tendo como objectivo “desafiar os jovens a serem apóstolos dos jovens, num ambiente de total liberdade e respeito de opinião, tendo como desejo ter Jesus Cristo como modelo de Vida”. Dirigido a jovens de ambos os sexos, com 17 anos ou mais, estudantes ou trabalhadores, com ou sem grau académico, cada Convívio pretende ser ocasião de “reflexão séria” e de resposta a “alguma inquietação religiosa”, através do encontro consigo mesmo, com Deus e com o próximo. GIC de Leiria-Fátima


12 MUNDO

O Mensageiro 4.Abril.2013

Páscoa é mais do que “festa humana”

Vaticano desafia sociedade

O presidente do Conselho Pontifício da Pastoral para os Agentes da Saúde (CPPS) assinalou, no passado dia 2 de Abril, o Dia Mundial da Consciencialização do Autismo desafiando a sociedade a romper com os “preconceitos” criados à volta daquela doença. D. Zygmunt Zimowski realça numa mensagem divulgada pela Rádio Vaticano que a palavra autismo “ainda provoca medo”, apesar de “em muitas culturas” já se verificar alguma “aceitação” social para com as pessoas que sofrem dessa disfunção global de desenvolvimento. A doença, que altera as capacidades de comunicação, de sociabilização e de interacção dos indivíduos, afecta cerca de 70 mil pessoas em Portugal e perto de 70 milhões em todo o planeta, segundo a Organização Mundial de Saúde. O arcebispo polaco transmite às pessoas autistas e respectivas famílias a solidariedade da Igreja Católica e pede aos fiéis de todo o mundo que dêem o exemplo no acolhimento e integração das crianças e jovens autistas, através dos diversos sectores da pastoral. Segundo o presidente do CPPS, estas pessoas são tratadas como se fosse quase impossível chegar ao “seu maravilhoso mundo interior” e “é justamente esta imagem estereotipada que precisa de ser profundamente revista”. D. Zygmunt Zimowski recorda o discurso que o Beato João Paulo II proferiu em Janeiro de 2004 no Vaticano, durante um congresso internacional sobre “dignidade e direitos a pessoa com deficiência”. O antigo Papa sublinhou aos participantes que “a qualidade de vida no âmbito de uma comunidade medese em grande parte pelo compromisso na assistência aos mais débeis e aos mais necessitados e pelo respeito da sua dignidade de homens e de mulheres”. Com o objectivo de sensibilizar as pessoas para a importância de lutar contra a discriminação dos autistas e de promover a sua inclusão social, a associação portuguesa “Vencer Autismo” uniu esforços com o movimento mundial “Light it up Blue” (Acendam a luz azul), que desde 2007 ilumina simbolicamente monumentos emblemáticos de todo o globo na data dedicada a esta causa. O Santuário de Cristo-Rei, em Almada e a Igreja de Santa Maria do Olival, em Tomar, são alguns dos monumentos que aderiram à iniciativa em Portugal e que esta noite vão estar iluminados de azul. A organização portuguesa deixa ainda outras sugestões para as pessoas se juntarem à jornada mundial de consciencialização do autismo, como o uso de roupa azul e a decoração de casas e escolas com luzes da mesma cor. O movimento “Fé e Luz”, da Igreja Católica, acompanha em vários países, incluindo Portugal, pessoas autistas e portadoras de deficiência mental, com as suas famílias.

DR

Dia Mundial da Consciencialização do Autismo

O cardeal-patriarca de Lisboa afirma na sua mensagem para a Páscoa 2013, divulgada na internet, que esta celebração é mais do que uma “festa humana” e implica a “passagem” para uma vida nova. “Façamos uma passagem, porque se não a fizermos a Páscoa será simplesmente uma festa humana, mas que não toca no mistério da ressurreição de Jesus”, afirma D. José Policarpo numa intervenção disponível no canal do Patriarcado de Lisboa no YouTube. O presidente da Conferência Episcopal Portuguesa refere-se à origem etimológica da palavra Páscoa (Pesach, em hebraico), que remete para a ideia de “passagem”. “Esta é uma pergunta

que todos nós temos que fazer nesta celebração da Páscoa: estamos a fazer uma ‘passagem’? Para onde? Queremos ir mais longe ou estamos completamente satisfeitos com a vida que temos neste momento, cujo horizonte é sobretudo material, tem as suas fronteiras nesta vida terrena e neste mundo que

vivemos?”, questiona. O patriarca de Lisboa fala da principal festa do calendário católico como “uma realidade exigente” que deve levar a uma “plenitude de vida” e a partilhar a “alegria”. “A alegria de que a Páscoa nos fala só se sente se nós partilharmos com Jesus essa plenitude da vida. Não

é a alegria humana simplesmente da festa realizada, é uma alegria espiritual”, precisou. Segundo D. José Policarpo, celebrar a Páscoa é “aceitar que é preciso morrer para viver”, assumindo que Jesus é “uma fonte de superação” das fragilidades humanas. “É um grande privilégio que Ele nos dá, o de podermos sentir já na vida humana – quando amamos, quando sofremos, quando trabalhamos, quando nos dedicamos às causas da comunidade – aquela plenitude, aquela beleza interior de quem sente que a vida tem a sua fonte em Deus e que só em Deus ela é fonte de alegria”, conclui.

Sílvia Cardoso

Portuguesa a caminho da beatificação O Papa Francisco aprovou a publicação do decreto que reconhece as ‘virtudes heróicas’ da portuguesa Sílvia Cardoso Ferreira da Silva (1882-1950), que se distinguiu em actividades de carácter social, anunciou o Vaticano. Esta é uma etapa do processo que leva à proclamação de um fiel católico como beato, e permite que, após o reconhecimento de um milagre atribuído à intercessão da leiga católica, tenha lugar a sua beatificação, penúltima etapa para a declaração da santidade. Sílvia Cardoso, mais conhecida por ‘Dona Sílvia’, nasceu a 26 de Julho de 1882, em Paços de Ferreira, Diocese do Porto, e após uma formação católica, dinamizou várias instituições, incluindo a Sopa dos Pobres (Penafiel), com prioridade à educação de crianças pobres e aos doentes, em várias regiões do país. Amiga de Guerra Junqueiro e Leonardo Coimbra,

deixou escritos espirituais e empenhou-se, durante a sua vida, em promover casas de retiros como espaços de formação católica. Sílvia Cardoso faleceu a 2 de Novembro de 1950, em Paços de Ferreira, cidade onde se ergue uma estátua em sua homenagem que foi inaugurada pelo então cardeal-patriarca de Lisboa, D. Manuel Cerejeira. O processo de beatificação e canonização está em curso desde 6 de Junho de 1984, tendo dado entrada Congregação para as Causas dos Santos (Santa Sé) em 1992.

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DR

Mensagem de D. José Policarpo

O padre Ângelo Alves, vice-postulador da causa, explica em comunicado que Sívia Cardoso passa a ter o título de “venerável”, um reconhecimento da “sua fama de santidade, a veneração de muitos fiéis cristãos que a conheceram ou ouviram falar dela”. O documento recorda a importância “da acção caritativa, da sua entrega ao serviço dos pobres, dos doentes e das crianças, não apenas em Paços de Ferreira, onde começou a partir de 1918 as suas actividades sociais, mas em muitas terras do país às

quais as estendeu, desde Viana até Évora e Elvas, passando pelo Porto, Vila Real, Chaves, Lisboa, Amadora e Espinho”. “Foram várias as obras sociais e de evangelização que fundou e outras que impulsionou ajudando a fundá-las”, destaca o sacerdote, a respeito de Silvia Cardoso. Para a beatificação e canonização é necessária a aprovação de dois milagres, “também em processo jurídico”, adianta o vice-postulador. A canonização, ato reservado ao Papa desde o século XIII, é a confirmação, por parte da Igreja Católica, que um fiel católico é digno de culto público universal e de ser apresentado aos fiéis como intercessor e modelo de santidade. Nos primeiros séculos da Igreja, o reconhecimento da santidade acontecia em âmbito local, a partir da fama popular do santo e com a aprovação dos bispos.


OPINIÃO 13

O Mensageiro 4.Abril.2013

OPINIÃO

João César das Neves Economista

Conto de Páscoa

U

m homem tinha três filhos. O mais novo disse ao pai: “Pai, dá-me a parte dos bens que me corresponde.” E o pai repartiu os bens entre os três. Poucos dias depois, o filho mais novo, juntando tudo, partiu para uma terra longínqua. Quando o pai viu isso entrou em casa muito pesaroso. O segundo irmão, ao

OPINIÃO

Adriano Moreira Professor

Uma implosão demográfica

S

eguramente à falta de melhores temas, a implosão demográfica aparece de quando em vez nas justificações políticas, não no sentido generoso de cuidar do que já foi chamado “o estado natural dos povos”, mas para a agravar suscitando um conflito entre gerações, entre novos e velhos sobreviventes, tudo a inquietar as finanças publicas, que o neorriquismo do passado recente das governações europeias assumiu, ao abrigo da proteção

vê-lo tão triste, e sabendo o que tinha acontecido, disselhe: “Pai, aquele teu filho sempre foi má rês. Por isso te roubou. O que temos a fazer é esquecê-lo o mais depressa possível. Continuaremos felizes os três com o que ele cá deixou.” Mas o filho mais velho, que nascera de um primeiro casamento, estava tão triste quanto o pai. Ele tinha ajudado na educação dos mais novos, e muitas vezes os tivera a seu cargo quando eram crianças. Foi ter com o pai e disse-lhe que iria abandonar tudo para acompanhar o irmão que partira. Ele bem sabia que o jovem não o quereria por perto, mas haveria de o vigiar à distância, protegendo-o se fosse preciso e mandando regularmente notícias ao pai. Nesse mesmo dia, o filho mais velho encheu um pequeno saco com o essencial e partiu atrás do irmão.

O mais novo andou por várias terras esbanjando tudo quanto possuía, numa vida desregrada. O irmão nunca se deu a conhecer, mas várias vezes, sem o outro dar por isso, o conseguiu livrar de alguns sarilhos graves. A primeira vez que o jovem notou a presença do mais velho foi no Egipto, quando estava preso por dívidas. O irmão pagou-lhe a fiança e conseguiu libertá-lo daquela terra de escravidão, levando-o para uma outra onde corria leite e mel. O rapaz, um pouco surpreendido pela súbita e oportuna aparição do irmão, agradeceu a libertação, e prometeu portar-se melhor no futuro, cumprindo os mandamentos que vinham numa carta do pai, que o outro então lhe entregou. Depois de libertado, e durante algum tempo, o filho mais novo comportou-se mais razoavelmente

na nova terra. Mas em breve retomou a vida de estróina. Depois de gastar tudo, houve grande fome nesse país e ele começou a passar privações. Então foi colocar-se ao serviço de um dos habitantes daquela terra, o qual o mandou para os seus campos guardar porcos. Bem desejava ele encher o estômago com as alfarrobas que os porcos comiam, mas ninguém lhas dava. E, caindo em si, disse: “Quantos jornaleiros de meu pai têm pão em abundância, e eu aqui a morrer de fome! Levantar-me-ei, irei ter com meu pai e vou dizer-lhe: Pai, pequei contra o Céu e contra ti; já não sou digno de ser chamado teu filho; trata-me como um dos teus jornaleiros.” E, levantando-se, foi ter com o pai. O filho mais velho, que nunca o tinha abandonado e andava ali por perto, ficou feliz perante a decisão do

irmão, e mandou imediatamente a notícia ao pai, para que este o esperasse e o pudesse abraçar assim que chegasse. Entretanto, o dono dos porcos, patrão do filho mais novo, ficou furioso quando percebeu que o seu escravo abandonara a tarefa. Mandou imediatamente vários servos atrás dele para que o prendessem, prometendo que lhe haveria de dar morte. O mais velho, que também regressava a casa, a uma certa distância atrás do irmão, quando viu aquele grupo apressado de homens armados, percebeu imediatamente o que tinha acontecido e interpelouos. Ao tomar consciência da situação, ofereceu-se para voltar como seu prisioneiro em vez do irmão. Os servos hesitaram, sem saber se o patrão aceitaria a troca, mas, convencidos com os argumentos do homem, tomaram-no como

prisioneiro e regressaram à fazenda dos porcos. O patrão, ao ver regressar os seus servos com o irmão do escravo fugitivo ficou furioso. O preso explicou que de boa vontade substituiria o jovem no seu trabalho, se o senhor permitisse ao irmão voltar para junto do pai que tanto o amava. Mas este respondeu que um escravo fugitivo tinha de sofrer uma pena dura, para servir de exemplo a todos os outros. Se ele quisesse substituir o irmão, tinha de ser no cadafalso. Então o irmão mais velho entregou-se à morte para redimir a dívida do mais novo. Foi sacrificado no patíbulo, apesar de inocente.

do credo do mercado, e seus apóstolos. O facto é que durante séculos, e nos ocidentais até ao início do século XX, a regra foi contar com que as mulheres tivessem muitos filhos e o equilíbrio resultasse de uma mortalidade avultada das crianças. Pelo Norte do nosso país, nos invernos dolorosos, pelas condições de vida ainda mais severas, a essa mortandade das crianças chamava-se “a colheita do Senhor”, para conforto de quem conhecia a solidariedade humana dos vizinhos e não tinha notícia do Estado social. Hoje, depois das conquistas da medicina, que parece ser a mais importante causa, a mortalidade infantil não tem essa dimensão e dramatismo, aquilo que por vezes é chamado a transição demográfica não implica essa submissão às circunstâncias, acrescendo que a média de vida aumentou extraordinariamente, parecendo surpreender, mas não alegrar, os responsáveis pela gestão das finanças herdadas do neorriquismo governamental

que serviu de ideologia. Uma das mais curiosas atitudes é a de confiar ao poder de legislar a função de decidir a distinção entre novos e velhos, com aquele desagradável incidente da aposentação, de modo que um individuo pode deitarse legalmente novo e acordar legalmente velho, ou o contrário. O facto de o avanço científico e técnico implicar que as atividades precisam de gente cada vez mais habilitada, e portanto de menos gente, não parece ter peso nos cálculos orçamentais, talvez porque a complexidade a que a descuidada governança conduziu as comunidades não ilumina o detalhe. Tudo porque o detalhe perde evidência quando o resultado dessa governança foi a paralisação crescente das atividades produtivas ultrapassadas, ao mesmo tempo que também suscita a desatenção para a luta pelo domínio dos avanços da ciência médica pelas iniciativas neoliberais, uma ajuda para diminuir as preocupações com a longevidade.

Nos países abrangidos pela fronteira da pobreza, como acontece com o Norte do Mediterrâneo, a solução emergente é o regresso à emigração, já não pelas condições da pobreza que no século XIX beneficiaram os EUA com a emigração de vinte milhões de europeus, mas agora levando os mais qualificados, que são jovens, a deixar os países que lhes permitem a formação mas não a ocupação. O efeito que já vai inquietando observadores, e certamente inspirará estudos indispensáveis, é que os países abrangidos pela fronteira da pobreza, como o nosso, do que estão ameaçados é de uma implosão demográfica que arrisca movimentar o poder de legislar no sentido de reconhecer por decreto quem é novo e quem é velho, sem conseguir influenciar as leis da natureza nem a condição de vida da população sobrevivente à variação demográfica, causada agora pela quebra de nascimentos e pela emigração qualificada. Não parece de esperar que o descontrolo das mi-

grações que movimentou as populações vindas de regiões pobres para o que supuseram ser a cidade afluente do Norte do mundo continuará a crescer, porque a notícia da crise e a imagem da decadência parece ter um efeito regulador que a atenção dos governos desse tempo não cuidou. Um observador atento reparou em que os yuppies americanos criaram um conceito: double income, no kids - ordenado duplo, sem filhos. Quando num discurso oficial foi aconselhada, para justificar a debilitação assumida do

Estado social, a emigração dos qualificados, suscitando o risco de um conflito de gerações, além de não contribuir para a paz social civicamente apoiada, também não foi avaliado com prudência que a implosão demográfica, pela imigração crescente nas áreas das competências, e não a implosão demográfica de outros tempos, é agora um fator gravemente erosivo do futuro do País.

In DN Opinião 01-04-2013

in DN Opinião 19-03-2013

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14 OPINIÃO / INSTITUCIONAL ...(NOVO) TEMPO DOS PORQUÊS...

Vítor Faria Sociólogo

Francisco e nós, o que sonhamos?

N

a minha crónica anterior n’O Mensageiro, referi-me à capacidade transformadora de D. Jorge Mário Bergóglio enquanto Papa Francisco. Com essa crónica publiquei um desenho, a que chamei “Heterónimos”, e um poema, a que dei o título final “Do sonho à vida”. Primeiro, importa ressalvar que só por manifesta falta de espaço os referidos trabalhos não saíram com o meu texto publicado na edição de 14 de Março. Logo para essa crónica, tinha intitulado o poema como “Vida e sonho”. Po-

rém, nos dias seguintes, ao relê-lo na sequência de comentários feitos por familiares, e tendo em conta que iria fazer parte da crónica sobre Francisco I, entendi que ficaria melhor com algumas alterações na forma e no conteúdo, que acabaram por implicar o título novo. Porquê, afinal, “Do sonho à vida”? Desde logo, porque sonhar pode ser entendido como o resultado de processos mentais (pensar, sentir e agir), significando vulgarmente o desejo de conseguir algo mais ou menos difícil de alcançar ou de obter. Este desejo pode ser direccionado para cada um de nós, como pessoas: mais saúde, mais dinheiro, actividade profissional mais estável, bem remunerada e cativante, reconhecimento, auto-estima mais elevada, realização pessoal... Também podemos desejar algo para a comunidade local ou o país onde vivemos, enquanto cidadãos: melhores vias de comunicação, melhor saneamento básico, mais segurança, mais e melhores espaços verdes, mais equipamentos sociais, mais postos de trabalho, melho-

O Mensageiro 4.Abril.2013

res relações de vizinhança, mais actividades culturais e de lazer... Mas sonhar pode igualmente significar o desejo de se concretizarem para toda a humanidade, em qualquer parte do mundo, valores universais, como a paz, a solidariedade, o respeito pelos direitos humanos, a democracia, o desenvolvimento humano e sustentável, entre outros. Ora, tal como cada um de nós, o Papa Francisco, também é um sonhador. Contudo, esperamos que entre os seus sonhos estejam todos os nossos. Mais: sonhamos que ele nos ajude a concretizá-los. Porquê? Porque trata-se do Papa, alguém cujo estatuto lhe confere um poder de influência incomensuravelmente superior ao comum dos mortais. Mas também porque Francisco já nos começou a fazer sonhar ainda mais alto: ter mais esperança numa sociedade melhor, acreditar que todo o ser humano pode ser feliz e ter uma vida digna, nomeadamente os que estão a sofrer, a passar fome, em reclusão por crimes praticados, a viver a amargura do desemprego, a

ser vítimas de atropelos aos mais elementares direitos humanos. Sonhamos sobretudo que Francisco contribua decisivamente para a concretização dos tais valores universais, incluindo tornarmo-nos melhores pessoas e cidadãos mais conscientes dos seus direitos e também dos seus deveres, não apenas o dever de tratarmos os outros ao mesmo tempo como diferentes e como iguais, mas igualmente o dever de sermos bons construtores da sociedade, seja qual for o nosso «nome», isto é, qualquer seja o papel que estivermos a desempenhar a cada momento, em cada contexto da nossa vida. Afinal, relembrando o desenho “Heterónimos”, e porque hoje os novos desenho e poema ainda não saíram do domínio do sonho, com todos os nomes sonhamos, com todos os nomes vivemos e morremos, mas com todos os nomes (re)construímos a humanidade. Bem hajam… porque a vida é o melhor que temos.

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Registo no ICS N.º 100494 Semanário - Sai à 5ª Feira Tiragem média - 3.000

Fundador José Ferreira Lacerda Director Rui Ribeiro (TE416) Redacção Pedro Jerónimo (CP7104), Joaquim Santos (CP7731) e Ana Vala (CP8867). Paginação O Mensageiro Colaboradores Ambrósio Ferreira, Américo Oliveira, André Batista (Pe.), Ângela Duarte, Carlos Alberto Vieira, Carlos Cabecinhas (Pe.), Cláudia Mirra, José Casimiro Antunes, Francisco Pereira (Pe.), João Filipe Matias (CO798), Joaquim J. Ruivo, Jorge Guarda (Pe.), José António C. Santos, Júlia Moniz, Maria de Fátima Sismeiro, Orlando Fernandes, Saúl António Gomes, Vítor Mira (Pe.). Administração / Publicidade André Antunes Batista (Pe.). Propriedade/Sede (Editor) Seminário Diocesano de Leiria - Largo Padre Carvalho - 2414-011 LEIRIA - Reitor: Armindo Janeiro (Pe.) Contribuinte 500 845 719 Contactos Tel.: 244 821 100/1 - Fax: 244 821 102 - Email: jornal@omensageiro.com.pt - Web: www.omensageiro.com.pt Depósito Legal 2906831/09 Impressão e Expedição Empresa do Diário do Minho, Lda - Tel: 253 303 170 - Fax: 253 303 171

Tabela de Assinaturas para 2013 Destino Nacional Europa Resto do Mundo

Normal Benfeitor 20 euros 40 euros 30 euros 60 euros 40 euros

Preço avulso - 0,80 euros


DESPORTO 15

O Mensageiro 4.Abril.2013

liga portuguesa de futebol profissional

I Liga 24.ª Jornada 30 de Março P. Ferreira x Gil Vicente (3-2) Nacional x V. Guimarães (2-1) Beira-Mar x Olhanense (0-1) Moreirense x Estoril (1-1) Sp. Braga x Sporting (2-3) V. Setúbal x Marítimo (2-4) Benfica x Rio Ave (6-1) Académica x Porto (0-3) 1.º 2.º 3.º 4.º 5.º 6.º 7.º 8.º 9.º 10.º 11.º 12.º 13.º 14.º 15.º 16.º

Equipa Benfica Porto P. Ferreira Sp. Braga Marítimo Estoril Nacional Rio Ave V. Guimarães Sporting V. Setúbal Olhanense Académica Moreirense Gil Vicente Beira-Mar

J 24 24 24 24 24 24 24 24 24 24 24 24 24 24 24 24

Marítimo x P. Ferreira Sporting x Moreirense Gil Vicente x Académica Estorial x Nacional Rio Ave x V. Setúbal V. Guimarães x Beira-Mar Olhanense x Benfica Porto x Sp. Braga

V 20 18 12 13 8 9 8 8 8 7 6 4 4 4 4 3

E 4 6 9 4 9 5 7 6 6 9 5 9 9 9 7 8

D 0 0 3 7 7 10 9 10 10 8 13 11 11 11 13 13

Pts 64 60 45 43 33 32 31 30 30 30 23 21 21 21 19 17

25.ª Jornada 7 de Abril

1.º 2.º 3.º 4.º 5.º 6.º 7.º 8.º 9.º 10.º 11.º 12.º 13.º 14.º 15.º 16.º

1.º 2.º 3.º 4.º 5.º 6.º 7.º 8.º 9.º 10.º 11.º 12.º 13.º 14.º 15.º 16.º 17.º 18.º 19.º 20.º 21.º 22.º

J 33 33 34 34 33 33 33 33 34 34 33 34 33 33 33 33 33 32 33 33 33 33

V 24 17 14 13 13 14 13 13 14 13 12 13 10 10 11 10 11 7 6 5 4 5

E 6 8 12 14 13 9 11 11 8 10 11 8 15 13 7 10 4 11 11 13 12 9

D 3 8 8 7 7 10 9 9 12 11 10 13 8 10 15 13 18 14 16 28 17 19

Pts 78 59 54 53 52 51 50 50 50 49 47 47 45 43 40 40 37 30 29 27 24 24

34.ª Jornada 7 de Abril Porto B x Arouca .Todos os jogos às 15h00 Santa Clara x Marítimo B Feirense x Atlético Naval x Sporting B Benfica B x Oliveirense Sp. Braga B x Sp. Covilhã Freamunde x Trofense D. Aves x Portimonense Tondela x Leixões U. Madeira x Penafiel Belenenses x V. Guimarães B

II Divisão B sul

III Divisão D

Equipa Mafra Farense Torreense U. Leiria SAD Oriental Sertanense 1.º Dezembro Casa Pia Fátima Louletano Pinhalnovense Fut. Benfica Quarteirense Carregado Oeiras Ribeira Brava

J 26 26 26 26 26 26 26 26 26 26 26 26 26 26 26 26

V 17 15 14 13 14 13 11 8 11 8 7 7 5 5 3 3

E 5 8 5 6 3 5 9 12 2 8 7 6 11 8 9 4

D 4 3 7 7 9 8 6 6 13 10 12 13 10 13 14 19

Pts 56 53 47 45 45 44 42 36 35 32 28 27 26 23 18 13

27.ª Jornada 7 de Abril Oriental x Fut. Benfica .Todos os jogos às 16h00 U. Leiria SAD x Pinhalnovense Ribeira Brava x Oeiras Casa Pia x Torreense Louletano x Farense Sertanense x Quarteirense Fátima x Carregado Mafra x 1.º Dezembro

II Liga

Equipa Belenenses Arouca Leixões D. Aves Sporting B Benfica B Santa Clara Oliveirense Penafiel Portimonense Porto B Tondela U. Madeira Naval Atlético Feirense Marítimo B Sp. Braga B Trofense Sp. Covilhã V. Guimarães B Freamunde

federação portuguesa de futebol

26.ª Jornada 30 de Março Carregado x Mafra (0-4) Fut. Benfica x U. Leiria SAD (2-1) Pinhalnovense x Ribeira Brava (3-0) Oeiras x Casa Pia (0-2) Torreense x Louletano (2-0) Farense x Sertanense (1-0) Quarteirense x Fátima (0-1) 1.º Dezembro x Oriental (0-1)

liga portuguesa de futebol profissional

33.ª Jornada 30 de Março Sp. Covilhã x Feirense (0-0) Sporting B x Benfica B (1-3) V. Guimarães B x Naval (2-2) Penafiel x Belenenses (2-0) Leixões x U. Madeira (1-0) Portimonense x Tondela (4-0) Oliveirense x Trofense (0-0) Arouca x Freamunde (3-2) Marítimo B x Porto B (1-0) Atlético x Santa Clara (1-0) D. Aves x Sp. Braga B (2-0)

federação portuguesa de futebol

1.º 2.º 3.º 4.º

1.ª Jornada - Fase de subida 30 de Março Sernache x Sp. Pombal (1-0) Sourense x Ol. Hospital (3-1) Alcanenense x Caldas (3-2) 1.º 2.º 3.º 4.º 5.º 6.º

J 1 1 1 1 1 1

V 1 0 0 1 1 0

E 0 0 0 0 0 0

D 0 1 1 0 0 1

1.ª Jornada - Segunda fase 30 de Março Alcobaça x Marinhense (3-1) Mortágua x Torres Novas (3-0) Penelense x Beneditense (0-2) 1.º 2.º 3.º 4.º 5.º 6.º

Equipa Beneditense Torres Novas Marinhense Penelense Alcobaça Mortágua

J 1 1 1 1 1 1

V 1 0 0 0 1 1

E 0 0 0 0 0 0

D 0 1 1 1 0 0

III Divisão E

J 2 2 2 2

V 1 1 0 0

E 1 0 2 1

D 0 1 0 1

Pts 25 23 22 17

associação de futebol de leiria

1.º 2.º 3.º 4.º 5.º 6.º

Equipa Moita do Boi Ansião Motor Clube Alb. Doze Mata Mourisq. Ranha Alegre e Unido Ilha Pedroguense Caseirinhos

J 14 14 13 13 14 14 14 14 14 14

V 13 9 7 7 5 5 4 4 3 0

E D 1 0 4 1 2 4 2 4 5 4 2 7 2 8 2 8 3 8 1 13

Pts 40 31 23 23 20 17 14 14 12 1

15.ª Jornada 7 de Abril Motor Clube x Ranha .Todos os jogos às 15h00 Moita do Boi x Albergaria dos Doze Ilha x Alegre e Unido Pedroguense x Ansião Caseirinhos x Mata Mourisquense

Equipa Pêro Pinheiro Real Amora Tires Peniche Cartaxo

J 1 1 1 1 1 1

V 1 1 0 0 0 0

E 0 0 1 1 0 0

D 0 0 0 0 1 1

Pts 20 18 14 14 11 3

2.ª Jornada - Segunda fase 7 de Abril Tires x Cartaxo .Todos os jogos às 15h00 Peniche x Amora Pêro Pinheiro x Real associação de futebol de leiria

I Divisão sul 14.ª Jornada 24 de Março Boavista x U. Leiria (0-7) Alq. Serra x Outeirense (1-0) Santo Amaro x Alfeizerense (8-1) Maceirinha x Os Vidreiros (2-1) Nadadouro x Unidos (2-3) 1.º 2.º 3.º 4.º 5.º 6.º 7.º 8.º 9.º 10.º

Equipa U. Leiria Alq. Serra Unidos Outeirense Boavista Santo Amaro Maceirinha Os Vidreiros Nadadouro Alfeizerense

J 14 14 14 14 14 14 13 14 14 13

V 13 11 9 8 4 5 5 3 2 0

E D 1 0 2 1 1 4 3 3 4 6 1 8 0 8 3 8 3 9 0 13

FUTEBOL – Já são conhecidos os semi-finalistas da Taça Distrito da Associação de Futebol de Leiria. Nos jogos referentes aos 1⁄4 final (30 de Março), destaque para a vitória do G.R. Amigos da Paz no reduto do G.D.R. Pousaflores, após a marcação de grandes penalidades (3-1). Quanto aos restantes jogos, traduziram-se em vitórias “caseiras”. Resultados: U.D. Leiria x C.D.R. Outeirense (4-0), C.C. Ansião x C.D. Pataiense (1-0) e I.D. Vieirense x A.C.R. Nadadouro (2-1).

Leiria recebe Torneio Arco-Íris

1.ª Jornada - Segunda fase 30 de Março Cataxo x Pêro Pinheiro (0-2) Amora x Tires (2-2) Real x Peniche (6-1)

I Divisão norte 14.ª Jornada 24 de Março Ranha x Moita do Boi (0-2) Albergaria dos Doze x Ilha (2-0) Alegre e Unido x Ansião (0-1) Mata Mourisquense x Motor Clube (0-0) Caserinhos x Pedroguense (1-1)

Pts 15 15 13 13 12 9

2.ª Jornada - Segunda fase 7 de Abril Marinhense x Penelense .Todos os jogos às 15h00 Torres Novas x Alcobaça Beneditense x Mortágua

Campeonato Nacional feminino

Equipa Atl. Ouriense Albergaria 1.º Dezembro Vilaverdense

Pts 25 23 21 20 20 17

2.ª Jornada - Fase de subida 7 de Abril Sp. Pombal x Alcanenense .Todos os jogos às 15h00 Ol. Hospital x Sernache Caldas x Sourense

federação portuguesa de futebol

3.ª Jornada - Apur. Campeão 14 de Abril 1.º Dezembro x Albergaria .Todos os jogos às 15h00 Atl. Ouriense x Vilaverdense

1.º 2.º 3.º 4.º 5.º 6.º 7.º 8.º 9.º 10.º

Equipa Sourense Caldas Ol. Hospital Alcanenense Sernache Sp. Pombal

federação portuguesa de futebol

2.ª Jornada - Apur. Campeão 24 de Março Albergaria x Alt. Ouriense (2-3) 1.º Dezembro x Vilaverdense (1-1)

Semi-finalistas à vista

Pts 40 35 28 27 16 16 15 12 9 0

15.ª Jornada 7 de Abril Os Vidreiros x Boavista .Todos os jogos às 15h00 U. Leiria x Alqueidão da Serra Outeirense x Santo Amaro Unidos x Alfeizerense Nadadouro x Maceirinha

TÉNIS – Realiza-se, dias 6 e 7 de Abril, no Centro Escola de Ténis de Leiria, o Torneio ArcoÍris. A prova destina-se aos escalões de Sub-14 e Sub-18 (nível C).

associação de futebol de leiria

HONRA 23.ª Jornada 24 de Março Alvaiázere x Vieirense (1-2) Lisboa e Marinha x Nazarenos (1-5) Bombarralense x Atoguiense (2-2) Pousaflores x Marrazes (0-2) Portomosense x GRAP/Pousos (1-3) Avelarense x Pataiense (0-0) Meirinhas x Guiense (0-2) Pelariga x Fig.Vinhos (1-1) 1.º 2.º 3.º 4.º 5.º 6.º 7.º 8.º 9.º 10.º 11.º 12.º 13.º 14.º 15.º 16.º

Equipa Marrazes Portomosense GRAP/Pousos Pelariga Guiense Fig.Vinhos Pousaflores Pataiense Nazarenos Meirinhas Vieirense Atouguiense Lisboa Marinha Avelarense Bombarralense Alvaiázere

J 23 23 23 23 23 23 23 23 23 23 23 23 23 23 23 23

V 15 15 13 12 11 11 11 9 10 8 8 8 6 4 2 2

E 5 3 5 6 7 6 3 8 4 7 6 3 4 2 6 3

D 3 5 5 5 5 6 9 6 9 8 9 12 13 17 15 18

Dupla no comando da Taça FUTSAL – O C.R. Golpilheira recebeu e venceu o C.D. Fátima (4-2), em jogo a contar para a 2.ª jornada da Taça Nacional de seniores femininos. Com este resultado a equipa da Batalha reforça o comando da série F com seis pontos (dois jogos realizados), seguido por C.D. Fátima e A:D. Serpinense, que ainda não amealharam qualquer ponto (um jogo cada). Quem também comanda a respectiva série (E) é o A.C.R.D. Louriçal (três pontos, um jogo), que folgou, seguido pelo C.D. Ourentã (três pontos, um jogo) e C.B. Belmonte (dois jogos, zero pontos). Na próxima jornada a A.C.R.D. Louriçal recebe o C.D. Ourentã e o C.D. Fátima desloca-se ao reduto do A.D. Sapinense (6 de Abril, 16h00).

Três títulos nacionais para Leiria NATAÇÃO – Victoria Kaminskaya (Pimpões, Caldas da Rainha) foi uma das atletas do clubes do distrito de Leiria em destaque no Campeonato Nacional de juniores e seniores de piscina longa (Coimbra, 28 a 30 de Março), ao conquistar as medalhas de ouro nos 200 metros bruços e prata nos 100 metros mariposa, 200 e 400 metros estilos. Em destaque esteve também Filipa Ruivo (Clube Náutico da Marinha Grande), a atleta que mais medalhas conquistou: ouro nos 1500 metros livres e 400 metros estilos, e bronze nos 200, 400 e 800 metros livres. Quem também subiu ao pódio foi Carolina Matos (Benedita, Alcobaça), bronze nos 50 metros bruços, e Filipa Custoias, bronze nos 50 metros mariposa, 200 e 400 metros estilos.

COC vence na Taça de Portugal ORIENTAÇÃO – O Clube de Orientação do Centro (COC) foi o melhor colectivo no Gafanhori “O” Meeting (Arraiolos, 23 e 24 de Março), prova integrada na Taça de Portugal. No capítulo individual, o clube leiriense amealhou ainda seis vitórias, por intermédio de Laura Tenreiro (D10), André Roberto (H12), Samuel Silva (H14), André Esteves (H18), Edgar Domingues (H21B) e Luísa Mateus (D45). Subiram ainda ao pódio Joana Martinho (D10), Bernardo Filipe (H10), Filipa Ferreira (D14), Beatriz Norte (D16), Cátia Marques (D21A), Isabel Monteiro (D50), ao 2.º lugar, e Ana Gouveia (D14), Inês Domingues (D20), Palmira João (D50) e Andreia Siva (DE), ao 3.º lugar.

Pts 50 48 44 42 40 39 36 35 34 31 30 27 22 14 12 9

24.ª Jornada 7 de Abril Alvaiázere x Avelarense .Todos os jogos às 15h00 Nazarenos x Portomosense Figueiró dos Vinhos x Meirinhas Guiense x Pousaflores Vieirense x Lisboa e Marinha Atouguiense x Pelariga Marrazes x Pataiense GRAP/Pousos x Bombarralense

A selecção de Sub-14 da Associação de Futebol de Leiria conquistou o XI Torneio da Páscoa “Zé Rui” (29 de Março), ao vencer na final o clube anfitrião, G.D. “Os Nazarenos” (1-0). A prova, onde também participaram A.C.R. Maceirinha, U.D. Leiria e G.C.Alcobaça, serve de homenagem ao antigo atleta, treinador, dirigente e massagista do clube da Nazaré. Foto: AFL


ÚLTIMA

4ABRIL2013

Nenhum pecado humano prevalece sobre a força do perdão e misericórdia de Deus (João Paulo II, carta encíclica Dive in misericórdia, n.º 13)

Mensagem de Páscoa do Papa Francisco

DR

Amados irmãos e irmãs de Roma e do mundo inteiro, boa Páscoa! Que grande alegria é para mim poder dar-vos este anúncio: Cristo ressuscitou! Queria que chegasse a cada casa, a cada família e, especialmente onde há mais sofrimento, aos hospitais, às prisões... Sobretudo queria que chegasse a todos os corações, porque é lá que Deus quer semear esta Boa Nova: Jesus ressuscitou, uma esperança despertou para ti, já não estás sob o domínio do pecado, do mal! Venceu o amor, venceu a misericórdia! Também nós, como as mulheres discípulas de Jesus que foram ao sepulcro e o encontraram vazio, nos podemos interrogar que sentido tenha este acontecimento (cf. Lc 24, 4). Que significa o facto de Jesus ter ressuscitado? Significa que o amor de Deus é mais forte que o mal e a própria morte; significa que o amor de Deus pode transformar a nossa vida, fazer florir aquelas parcelas de deserto que ainda existem no nosso coração. Este mesmo amor pelo qual o Filho de Deus Se fez homem e prosseguiu até ao extremo no caminho da humildade e do dom de Si mesmo, até a morada dos mortos, ao abismo da separação

de Deus, este mesmo amor misericordioso inundou de luz o corpo morto de Jesus e transfigurou-o, o fez passar à vida eterna. Jesus não voltou à vida que tinha antes, à vida terrena, mas entrou na vida gloriosa de Deus e o fez com a nossa humanidade, abrindo-nos um futuro de esperança. Eis o que é a Páscoa: é o êxodo, a passagem do homem da escravidão do pecado, do mal, à liberdade do amor, do bem. Porque Deus é vida, somente vida, e a sua glória é o homem vivo (cf. Ireneu, Adversus haereses, 4, 20, 5-7). Amados irmãos e irmãs, Cristo morreu e ressuscitou de uma vez para sempre e para todos, mas a força da Ressurreição, esta passagem da escravidão do mal à liberdade do bem, deve realizar-se em todos os tempos, nos espaços concretos da nossa existência, na nossa vida de cada dia. Quantos desertos tem o ser humano de atravessar ainda hoje! Sobretudo o deserto que existe dentro dele, quando falta o amor a Deus e ao próximo, quando falta a consciência de ser guardião de tudo o que o Criador nos deu e continua a dar. Mas a misericórdia de Deus pode fazer florir mesmo a terra mais árida, pode devolver a vida aos ossos ressequidos (cf. Ez 37, 1-14).

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“Dai graças ao Senhor, porque Ele é bom”

Eis, portanto, o convite que dirijo a todos: acolhamos a graça da Ressurreição de Cristo! Deixemonos renovar pela misericórdia de Deus, deixemo-nos amar por Jesus, deixemos que a força do seu amor transforme também a nossa vida, tornando-nos instrumentos desta misericórdia, canais através dos quais Deus possa irrigar a terra, guardar a criação inteira e fazer florir a justiça e a paz. E assim, a Jesus ressuscitado que transforma a morte em vida, peçamos para mudar o ódio em amor, a vingança em perdão, a guerra em paz. Sim, Cristo é a nossa paz e, por seu intermédio, imploramos a paz para o mundo inteiro. Paz para o Médio Oriente, especialmente entre israelitas e palestinos, que sentem dificuldade em encontrar a estrada da concórdia, a fim de que retomem, com coragem e disponibilidade, as negociações para pôr termo a um conflito que já dura há demasia-

do tempo. Paz no Iraque, para que cesse definitivamente toda a violência, e sobretudo para a amada Síria, para a sua população vítima do conflito e para os numerosos refugiados, que esperam ajuda e conforto. Já foi derramado tanto sangue… Quantos sofrimentos deverão ainda atravessar antes de se conseguir encontrar uma solução política para a crise? Paz para a África, cenário ainda de sangrentos conflitos: no Mali, para que reencontre unidade e estabilidade; e na Nigéria, onde infelizmente não cessam os atentados, que ameaçam gravemente a vida de tantos inocentes, e onde não poucas pessoas, incluindo crianças, são mantidas como reféns por grupos terroristas. Paz no leste da República Democrática do Congo e na República CentroAfricana, onde muitos se veem forçados a deixar as suas casas e vivem ainda no medo. Paz para a Ásia, sobretudo na península coreana, para que se-

jam superadas as divergências e amadureça um renovado espírito de reconciliação. Paz para o mundo inteiro, ainda tão dividido pela ganância de quem procura lucros fáceis, ferido pelo egoísmo que ameaça a vida humana e a família – um egoísmo que faz continuar o tráfico de pessoas, a escravatura mais extensa neste século vinte e um. Paz para todo o mundo dilacerado pela violência ligada ao narcotráfico e por uma iníqua exploração dos recursos naturais. Paz para esta nossa Terra! Jesus ressuscitado leve conforto a quem é vítima das calamidades naturais e nos torne guardiões responsáveis da criação. Amados irmãos e irmãs, originários de Roma ou de qualquer parte do mundo, a todos vós que me ouvis, dirijo este convite do Salmo 117: «Dai graças ao Senhor, porque Ele é bom, porque é eterno o seu amor. Diga a casa de Israel: É eterno o seu amor» (vv. 1-2).


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