MUH! #8

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UBERABA /

Distribuição gratuita

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Panorama LITERAL agenda cultural artes visuais FOTOGRAFIA

Perfil

As cores de puf

Personalidade forte estampada nos muros da cidade

NAL ADIAN T OR

O


editorial O primeiro semestre encerrou com boas perspectivas e o segundo começou com gostinho de festa. O primeiro, surpreendendo com as manifestações e os gritos de ordem que fizeram muitos brasileiros acordarem e se arrepiarem politicamente. Além disso, houve a Conferência Intermunicipal de Cultura que, apesar da baixa qualidade técnica de muitos representantes do setor, nos deixa esperançosos pelas novas diretrizes que serão colocadas em prática pelo Sistema Nacional de Cultura. O gostinho de festa tem a ver com o aniversário de 27 anos da Alternativa Cultural, um lugar para ser visitado e admirado. O MUH! deixa registrado sua gratidão e carinho por toda a equipe, que sempre fazem tanto pela cultura de Uberaba. - jornalmuh

cinema

Um olhar do paraíso* O filme "Um olhar do paraíso" (The Lovely Bones, 2009) exalta nossos mais profundos sentimentos. A história se passa em 1973, quando Susie Salmon é estuprada e morta por seu vizinho, George Harvey, um assassino em série. Um ano após a morte de Susie, seu pai começa a desconfiar do vizinho e passa a procurar por provas para incriminá-lo. O filme parece clichê, pois envolve as temáticas família, violência, religiosidade e mistério sobre o que está após a vida. Mas ele tem uma sensibilidade que jamais vi em filmes que relatam essa busca pelo mistério do pós túmulo. A fragilidade e o brilho nos olhos de uma criança que aos poucos vai percebendo que não pertence ao mesmo mundo dos que a amam é simplesmente fascinante. E fica também a dúvida: quem são os culpados: a família por falta de atenção pela filha ou um pedófilo solto nas ruas? Há uma luta incessante pelo amor, pelas palavras não ditas, pelos abraços não dados por vergonha, pela falta da mão estendida por orgulho, pelo perdoar sem guardar rancor. Com um elenco de peso como Rachel Weisz, Mark Wahlberg, a talentosíssima Susan Sarandon e a pequena Saoirse Ronan, o longa reforça que nunca saberemos quando alguém que amamos ou nós mesmos partiremos, e é de suma importância viver sabendo que o presente é o melhor tempo, que o passado já foi e o futuro é o presente do amanhã. - Júlio Oliveira, colunista no site Visionaries.com.br. *Publicado originalmente no Visionaries e cedido pelo autor.

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Uberaba/MG Fundado em 25 de outubro de 2012

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Fechamento desta edição: 26 de junho de 2013. Direção executiva e jornalista

responsável Mariana do Espirito

Santo MTB 11688 | Equipe Ana Márcia Lima, Bruno Assis, Gabriele Moraes, Guilherme de Sene, Law Cosci, Thaís Cólus | Parceria Alternativa Cultural | Projeto editorial, gráfico e editoração Mari Comunicação | Impressão Gráfica W/S Editora e gráfica | Tiragem Mil Contato: 034-9162.7809

@muhcultural muhcultural jornalmuh@gmail.com blogmuh.wordpress.com

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Literal Axioma²

Vice-versa no verso que vicie No instinto, implosão do pessoal No extinto, fulgor sobre o real Dueto e duelo no que nos for prazer - Alex Rocha

Alimento*

A mãe já não sabia mais se Balde saía cedo ou se chegava com o dia amanhecendo. Às vezes ria, ao se lembrar de como ele passou a ser o Balde e deixou de lado o José Luiz, do registro. Seu coração apertado a fazia aprontar a marmita do menino e levar de comer a ele, todos os dias, à hora marcada. Chegava ao território dando sinal para que nenhum daqueles fuzis cuspisse contra ela. Deixava a comida sobre a mesa onde pesavam o pó. Perguntava se ele tinha frio e beijava-lhe a testa. Ao sair, rogava a Deus que protegesse o seu menino e pensava na quantidade de serviço a esperá-la fora do morro.

Salvador

Me costumando com esse novo recontexto Revelendo os segredos que abrangem o recôncavo bem côncavo do meu peito. - Rebeca Canhestro

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*Com a devida licença, MV Bill! - Iara Fernandes

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MÚSICA

S.O.S Rock uberabense lança primeira coletânea

Em maio a Sapólio Rádio lançou a “S.O.S Coletânea Saca o Som”, a primeira coletânea de rock uberabense. Reunindo 13 bandas diversas, S.O.S. é um panorama da música feita aqui na região. Tem metal, hardcore, indie, pop, samba rock... um pouco de tudo: Berne’s, Flanders, Uganga, DCV, Nekrotério, Acidogroove, Seu Juvenal, B4, ZY3, Appa Cimpbell e Cia Rolante, Hial, Puritanos e Krofader. O disco foi produzido em SMD, e acompanha pôster, com informações sobre as bandas no texto de Alexandre Tito, do blog Rock Uberaba, arte gráfica de Leonardo Kopa, foto por Rodrigo Geléia, (que mora no RS, mas também é de Uberaba.) Segundo Guilherme Diamantino, da Sapólio Rádio, a coletânea levou um ano para ser produzida, e contém algumas músicas inéditas, de bandas que gravaram especialmente para o projeto. A produtora/selo/distro Sapólio Rádio, já lançou 5 discos: das bandas Acidogroove (2011), Bernes (2012), o EP do Seu Juvenal, coletânea S.O.S e

recentemente o “Eurocaos ao vivo” do Uganga, gravado na Alemanha na turnê de 2010. O próximo e aguardado lançamento é o disco da banda Canastra – “Confie em Mim” que será lançada no Rio de Janeiro no dia 13 de Julho, dia do Rock. É possível comprar na pré-venda com desconto. Planos Na próxima coletânea, O S.O.S volume II, a Sapólio pretende ampliar: além de bandas locais, serão acrescentadas bandas de Brasília, Araguari, São Paulo. Mas o objetivo é sempre trazer interesse ao rock do Triângulo Mineiro. Guilherme Diamantino informa, em primeira mão ao Jornal Muh! que está sendo planejado, para este ano ainda, o primeiro campeonato de sinuca entre bandas. Vai ser divertido, com certeza. E ele finaliza fazendo um pedido: “A gente quer que a Sapólio seja um ponto de encontro para todos. Venham pra cá, aqui tem espaço, tem livros, revistas, discos, é um lugar cheio de gente interessante batendo papo falando de rock e ouvindo rock. É sim, um local de trabalho, mas descontraído, estamos de portas abertas. Quanto mais gente de boa vontade com idéia pra trocar, melhor!” A Sapólio Rádio fica na Rua Sete de Setembro, 193. O CD com pôster está à venda na sede da Sapólio, diretamente com todas as bandas participantes, e também pelo site - www.sapolioradio.com.br - Ana Márcia Lima

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FotograFia

Bambolêˆ

Exposição é um convite para Redescobrir Minas Gerais

Obras de Arte de estante

De 27 de julho a 05 de agosto, a Biblioteca Municipal Bernardo Guimarães recebe a exposição “Redescobrindo Minas” do fotógrafo Márcio Carvalho. Suas fotografias são consideradas pela crítica um convite a viajar por Minas sem sair do lugar. A exposição é um projeto realizado por meio da Lei Estadual de Incentivo à Cultura e será apresentada em 20 cidades do interior do estado. Em entrevista ao MUH!, Márcio contou seu desejo em mostrar a beleza de Minas Gerais que muita gente desconhece. “Enxergo a possibilidade de outras pessoas sentirem vontade de conhecer os locais fotografados ao verem as fotos”, ressaltou.

Márcio Carvalho/Divulgação

Redescobrindo Minas Exposição de fotografias por Márcio Carvalho De 27 de julho a 05 de agosto Biblioteca Pública Municipal Bernardo Guimarães. Entrada gratuita.

O Brasil nunca teve tradição no consumo da produção artística: lemos pouco, quase não vamos ao teatro, mais raro ainda é visitarmos museus. No entanto, nos últimos dez anos, este panorama tem mudado. E o que assistimos é uma mudança de comportamento dos cenários culturais. A verdade é que cada vez mais a produção cultural se desconcentra do eixo Rio/São Paulo e por uma série de fatores as pessoas tem se interessado mais por assuntos ligados à Arte. Existem muitos livros que abordam o tema e claro, com a tecnologia disponível hoje, estes livros são por si só grandes obras de arte. Com riqueza de detalhes: cores, fotos, ilustrações, formatos e acabamentos ousados... transformam-se em pequenos museus guardados na estante da sua casa. Todos precisamos consumir Arte, em todas as suas dimensões. A Arte tem papel fundamental na forma como nos comunicamos com o mundo. E no modo como nos enxergamos. Esteja atento, há arte por toda a parte. E você deve se interessar por isso! Sugestão de Leitura Explicando a arte – Uma iniciação para entender e apreciar as artes visuais Autores: Jô Oliveira e Lucília Garcez

*Todas as sugestões você encontra na Alternativa Cultural - Siga a Alternativa no Twitter: @alternativa_

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Puf 6

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s traços finos de seus desenhos desvelam o que sua aparência não revela. A feição insólita composta por tatuagens, piercing e alargadores, somada a um comportamento irreverente e um vocabulário recheado de gírias, podem iludir espectadores desavisados sobre o caráter, o talento e a inteligência de Puf. O artista não revela seu nome de batismo, mas sua arte e autenticidade o fazem um personagem icônico da cultura popular uberabense.

eus traços e cores ecoam nos cantos da cidade

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Filho de uma morena cor de jambo e de um pai loiro de olhos azuis, Puf traz em sua fisionomia uma miscelânea de diferentes etnias, além de uma personalidade forte e espontânea. Em sua infância, passou por algumas situações peculiares que a tornaram incomum. Acometido por problemas de saúde, desde muito jovem teve sua capacidade de praticar atividades físicas restringida. Dona Sônia, em sua inescrutável sabedoria de mãe, compadecida pela situação do filho, encontrou um meio de ocupar os seus dias (os dele). Mesmo com as dificuldades financeiras, começou a comprar revistinhas que tinham

conteúdo repleto de histórias e curiosidades, além de ensiná-lo a desenhar e fazer trabalhos artesanais, tudo para tentar ocupar o tempo do menino. Assim, Puf viveu boa parte de sua infância em meio a almanaques e gibis; foi quando aguçou sua sede pelo conhecimento e despertou-lhe a vontade de desenhar, surgindo seus primeiros rabiscos. Em seus tempos de estudante, sua rebeldia na escola refletia-se em advertências e expulsões. O ambiente escolar não lhe era atraente, o que não significava a ausência de interesse pelos estudos. Seu caráter autodidata tornou-se uma de suas características mais marcantes. Aprendeu a ler e a escrever precocemente, aos cinco anos de idade, e, quando mais velho, surpreendia seus professores com perguntas que estavam além do conteúdo. Grande conhecedor da História, não nega a preferência por assuntos vinculados a essa temática, e cita Leonardo da Vinci como uma de suas personalidades favoritas e um modelo a se espelhar. O período de sua adolescência coincidiu com o início de um movimento no Brasil o qual exerceria grande influência em sua vida. Seus 7


primeiros contatos com a cultura do hip hop foram através de filmes americanos como “Breakdance” e “Beat Street”. As primeiras músicas de rap nacional as quais escutou no rádio o fascinaram, e fizeram surgir a vontade de querer integrarse ao grupo. No final dos anos 80 e início dos 90, músicas como as de Gabriel o Pensador e Racionais MC’s levaram-no a compor sua primeira letra - aos 13 anos - intitulada “Verdade sobre a realidade”. Por intermédio de uma professora, a quem mostrava suas composições, Puf conheceu outro aluno que também escrevia e, aos poucos, foi se vendo envolvido na cena do hip hop de Uberaba. Nessa fase de sua vida dedicou-se quase que, exclusivamente, a atividades voltadas ao gênero do hip hop, como a dança e a música, e foi nesse momento que seus desenhos ganharam contornos cada vez mais semelhantes ao do graffiti - um atavismo cultural repaginado, que deriva das remotas artes rupestres. Puf define sumariamente o graffiti como a capacidade de criar símbolos e dar significado a eles por meio de gráficos, e defende que sua imagem seja dissociada do vandalismo. “Os Vândalos 8

eram povos que invadiram o Império Romano e deixaram uma trilha de destruição. Acho que você deixar uma marca em um lugar não é destruir”. Seus primeiros experimentos com pinturas foram, no fundo de sua casa e no antigo

ferro velho de seu pai, onde usava tintas vencidas para realizar suas experiências. Empiricamente moldou sua técnica, e o que começou como uma brincadeira de criança é, hoje, uma de suas fontes de sustento. O aluno rebelde agora se vê em situação oposta a dos seus tempos de escola. As mesmas atividades que eram, e ainda são por muitos, mal vistas, levaram Puf a ministrar oficinas, aulas e palestras em instituições de assistência social e em escolas da rede estadual. Assim o filho amoroso que eternizou os nomes dos pais no corpo, quebrou paradigmas e vive fazendo a arte que gosta e em que acredita. Hoje, o multifacetado Puf admite a pretensão de querer ter seu legado reconhecido pelas futuras gerações. Já não se restringe a definir seu estilo como sendo o hip hop, embora se utilize dele para se expressar. O tatuador, o músico, o grafiteiro são todos elementos que convergem e constituem o personagem sui generis que é Puf.

- Texto: Bruno Assis Fotografia: Guilherme de Sene

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panorama

nobre Marie curie

Primeira mulher a ganhar prêmio Nobel é tema de exposição A Exposição “Marie Curie” pode ser visitada na Biblioteca Municipal de Uberaba até o dia 25 de julho. Painéis com fotografias e objetos interativos vão contar um pouco sobre a física polonesa Maria Skodowska Curie (1867-1934), a primeira mulher a ganhar um prêmio Nobel, conseguindo se destacar como pesquisadora em uma época em que as universidades eram domínio masculino. Com a colaboração do marido Pierre Curie, ela “inventou” a radioatividade e descobriu novos elementos radioativos – o tório, o polônio e o rádio. O horário de visitação é das 9h às 21h.

Política Cultural No dia 28 de junho, durante a 2ª Conferência Intermunicipal de Cultura dos Municípios da Microrregião do Vale do Rio Grande, cerca de 150 participantes levantaram as demandas do setor cultural de Uberaba e região, em discussões em torno de quatro eixos temáticos: Implementação do Sistema Nacional de Cultura; Produção Simbólica e Diversidade Cultural;

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Momento político

Durante os protestos em Londrina fui entrevistado pela rádio CBN. Em um momento, o repórter perguntou se eu não tinha medo de levar minha filha de seis anos a uma manifestação. Ora, é claro que não! Eu tenho medo é do avanço do conservadorismo, dos fundamentalismos políticos e religiosos, das forças contrárias à liberdade de expressão e das violências urbanas provocadas pela ausência ou pelos excessos do estado. E disse ainda que, provavelmente, essa seria apenas a primeira de muitas manifestações de protesto da Ana Clara, uma criança curiosa, feliz e já consciente da importância da liberdade e da criatividade para a plenitude de seu desenvolvimento como mulher no século 21. -André Azevedo

da Fonseca, jornalista e professor da UEL (Universidade Estadual de Londrina)

Cidadania e Direitos Culturais e Cultura como Desenvolvimento Sustentável. Ao final do evento, foram levantadas propostas para todos os segmentos, além das demandas que serão levadas às conferências estadual e nacional de Cultura.

+Literal Ela queria mudar o mundo. Era mil em uma, mulher de fases à décima potência. Queria fazer milhões de coisas e ser muitas. Queria realizar sonhos, planos, conhecer lugares, pessoas, viver tantas experiências que talvez uma vida fosse pouco. E tinha medo... a menina tinha medo que, com o tempo passando, a idade chegando, ela não tivesse mais como realizar tantas coisas ou mesmo que perdesse a vontade, a garra que sempre a acompanhara. Tinha medo, muito medo de que com o tempo fosse inapropriado que ela realizasse tanto quanto queria. Será mesmo que seria assim? Será que as pessoas tinham a obrigação de abrir mão a medida que os anos passassem? Ela tinha medo. Resistia até o último segundo. 45 do segundo tempo, acréscimos... prorrogação? Ansiava por uma prorrogação que lhe desse mais uma vida para realizar, e ser. - Gabriela Araújo

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artes visuais

arteterapia Quando as cores e formas comunicam Para externar pensamentos e emoções, a expressão verbal é a mais comum, mas nem sempre ela é suficiente. A arte também é uma forma de se manifestar. Carl Gustav Jung, psiquiatra suíço fundador da psicologia analítica, disse: “Arte é a expressão mais pura que há para demonstração do inconsciente de cada um. É a liberdade de expressão, é sensibilidade, criatividade, é vida”. É justamente a linha junguiana que a professora e coordenadora do curso de Terapia Ocupacional da UFTM (Universidade Federal do Triângulo Mineiro) Claudia Franco Monteiro, está estudando atualmente: uma nova formação em arte terapia junguiana. Claudia explica que a arteterapia é como um atendimento de psicoterapia. “O terapeuta pode ser um psicólogo, um terapeuta ocupacional, pode ser também com formação em serviço social ou artista plástico. A questão é que é necessário estudar muito a linha que vai dar o fundamento teórico, que pode ser jungiana, freudiana, antroposófica, etc. É uma terapia artística, que usa interpretação de símbolos. Por meio da criação artística espontânea, é feita a leitura e o acompanhamento terapêutico do indivíduo. O terapeuta e o paciente discutem a arte juntos, trazem questões do inconsciente pra o consciente.” A arteterapia é um processo terapêutico que usa recursos expressivos para conectar os mundos internos e externos do ser, por meio de sua simbologia. Pode ser usada a pintura, a gravura, a fotografia, cinema e vídeo, teatro... é o paciente que escolhe com o que se identifica.

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A arteterapia tem como principal meta atuar como um catalisador, favorecendo o processo terapêutico, de forma que o individuo entre em contato com conteúdos internos e normalmente barrados por algum motivo pessoal. Claudia também é professora de artes visuais, e ensina recursos para seus alunos utilizarem em clínica com pacientes. Um deles é João, de 52 anos. Ele tem paralisia cerebral e é tetraplégico. “Esse paciente tem o cognitivo totalmente preservado, é muito inteligente. Ele queria desenvolver a pintura como uma forma de comunicação e, então, desenvolvi um capacete com um pincel para ele, ferramenta que possibilita que ele pinte com a cabeça. Estamos desenvolvendo um trabalho muito interessante. João já está na 16ª tela.” É esse o principal ponto da arteterapia: oferecer outro caminho de comunicação. “Pra mim, ela tem um efeito muito rápido de resposta pois, como traz conteúdo do inconsciente, vem à tona questões profundas. Aquela pessoa tem que ter um nível de enfrentamento e coragem muito grande, porque a terapia traz toda questão da sua sombra, que está num cantinho obscuro do inconsciente, dizendo coisas complicadas de se lidar”, enfatiza a terapeuta. Claudia completa: “a arte, entre todas as propostas, otimiza o processo terapêutico. Além de tornar o indivíduo mais espontâneo, por trabalhar a criatividade, os pacientes também ganham em autoestima, uma vez que se descobrem capazes de muito mais que imaginavam”. – Ana Márcia Lima

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Cursos e oficinas com inscrições abertas • Conversas Terapêuticas Encontros semanais, gratuitos, coordenados pela terapeuta Carmem Lia Laterza. Às 2as, feiras, das 19h às 20h30. • Desafinados Inscrições abertas, novas turmas em agosto/13. Coordenação: pianista Daniel Lopes. • Treinamento AT – Agente Transformador turmas em andamento às 4as. e 5as. feiras, das 19h às 22h. Inscrições para novas turmas, em agosto/13. Coordenação: Master Coach Ana Paula Perez. Mais informações: appacoaching.com.br

Eventos 08 de JULHO Sarau “Ex-Desafinados”, 19h. Fechado para convidados. 11 de JULHO Feira literária no Colégio Jean Christophe, em parceria com a Editora Melhoramentos. Tire férias da escola mas não tire férias da leitura!

Palestra

Kundalini A Arte de viver consciente por Jiwan Mukta dia 19/07, às 19h Kundalini: o que é essa energia? Introdução às técnicas Explorando nosso potencial interior Sadhana: um ótimo caminho para quem quer qualidade de vida.

ACADEMIA HATHA YOGA Rua Tristão de Castro, 140 sala 07 yoga.vida@hotmail.com ou 9171-5993 (TIM)

11de JULHO Festa Agente Transformador, comemorando encerramento do curso. Fechado para convidados. 12 de JULHO Sarau “Desafinados” (turma de francês), 19h. Fechado para convidados. 22 a 26 de JULHO Férias de quintal – 2ª edição. Atividades lúdicas, recreativas e culturais para crianças de 04 a 10 anos. Inscrições na Alternativa Cultural

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