OJB EDIÇÃO 17 - ANO 2023

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Escola Bíblica Dominical: uma ferramenta que impacta gerações

ISSN 1679-0189 R$ 3.60 ANO CXXII EDIÇÃO 17 DOMINGO, 23.04.2023 ÓRGÃO OFICIAL DA CONVENÇÃO BATISTA BRASILEIRA FUNDADO EM 1901 Conversa sobre EBD Convenção Batista Baiana promove Fórum sobre EBD História em celebração UFMBF comemora 110 anos de organização Arte para evangelizar Coluna apresenta repentista do Norte de Minas Gerais Frutos de trabalho missionário Plantada por Eurico Nelson, PIB em Juruti (PA) celebra centenário pág. 08 pág. 09 pág. 10 pág. 12 Notícias do Brasil Batista Notícias do Brasil Batista Arte & Cultura Notícias do Brasil Batista
domingo de abril: Dia
Escola
Dominical
da
Bíblica

EDITORIAL

Escola Bíblica

Dominical: uma ferramenta que impacta gerações

Sem dúvidas, você já frequentou a Escola Bíblica Dominical ou ouvir falar sobre ela, não é mesmo?

A famosa EBD não tem suas origens definidas ao redor do mundo, mas sabemos que seus fundamentos vêm dos tempos bíblicos, quando Deus instruiu o povo de Israel a ensinar a Lei de geração em geração.

Já aqui no Brasil, a história nos presenteia com o início da ação pelos missionários escoceses Robert e Sara Kalley, considerados os fundadores da

Escola Dominical no país, em 19 de agosto de 1855, na cidade de Petrópolis, Rio de Janeiro.

Partindo da história até os dias atuais, existem cristãos que consideram a EBD uma ação voltada somente para crianças e novos convertidos, mas sabemos que esse pensamento restringe o poder que os encontros possuem em qualquer idade.

Como uma semente semeada, o crescimento será avistado no futuro e em outras gerações. Afinal, o

ensino das Escrituras é atemporal e vivo, assim como lemos em II Timóteo 3.15-17: “Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para nos ensinar o que é verdadeiro e para nos fazer perceber o que não está em ordem em nossa vida. Ela nos corrige quando erramos e nos ensina a fazer o que é certo. Deus a usa para preparar e capacitar seu povo para toda boa obra.”

Definitivamente a EBD é uma ferramenta poderosa na condução de vidas

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à fé e ao discipulado, e nos prepara para toda a boa obra. Não há como negar que a Escola Bíblica Dominical é uma ferramenta poderosa de ensino e crescimento na fé em qualquer idade. Aprender mais a fundo sobre a Palavra de Deus nos capacita para toda a boa obra em todas as fases da vida. Que privilégio! n

Extraído de publicação da UFMBB nas redes sociais

O JORNAL BATISTA

Órgão oficial da Convenção Batista

Brasileira. Semanário Confessional, doutrinário, inspirativo e noticioso.

Fundado em 10.01.1901

INPI: 006335527 | ISSN: 1679-0189

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ARTE: Oliverartelucas

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A TRIBUNA

2 O JORNAL BATISTA Domingo, 23/04/23
REFLEXÃO

Mais do que o céu

A oração de Jesus por Seus discípulos e por todos que um dia pela infinita graça de Deus Pai fomos levados pela ação amorosa do Espírito Santo a crer em Cristo como Salvador e Senhor (João 17), revela-nos os mistérios sobre a nossa eternidade com a Trindade Santa, que o ser humano jamais conseguirá explicar ou, entender, após a instituição do memorial da Ceia, transcende a toda compreensão humana. O encontro de despedida do Senhor Jesus com os discípulos no cenáculo, transcende a toda compreensão humana. Jesus abre Seu coração aos discípulos e revela o que nos espera na eternidade.

O Mestre não falou de ruas de ouro. Tampouco das “estrelinhas na coroa pelas almas que ganhei.” Jesus revelou a glória existente ente o Pai e o Filho

antes da criação do universo. Esta glória está à espera de todos os salvos. Estaria Jesus com saudades da casa do Pai? A sombra da cruz se aproxima e é uma realidade incontestável para o Mestre. O traidor, com seus comparsas, está pronto para dar o bote final e fatal na tentativa de impedir que o plano da salvação do homem pecador seja executado. O maligno sempre se faz presente tentando frustrar o projeto salvífico do Pai. Hoje, não é diferente. O inimigo atua em todas as esferas, desvirtuando a glória que é devida exclusivamente a Trindade Santa. Ele tem atuado na área do louvor, onde o desvirtuamento do culto verdadeiro cresce a cada novo dia. Interpreta-se louvor como sudorese do auditório. O encontro de Jesus com os discípulos foi em ambiente de reflexão.

Jesus traz aos discípulos um vislumbre do que será o céu e o nosso

encontro com o Pai. Extasiados veremos a glória eterna, que sempre existiu e sempre existirá entre o Pai e o Filho e os remidos na eternidade. Faço a mim mesmo uma pergunta que não quer calar. Por que as vítimas da pandemia não retornaram às suas Igrejas de origem? Só encontro uma resposta. As chamadas canções modernas que substituíram os hinos e cânticos espirituais (Colossenses 3.16 e I Pedro 2.5), não conseguiram formar no indivíduo um corpo doutrinário, necessário à geração do amor à Igreja de Cristo. Um exame crítico às chamadas canções modernas descobrimos que elas não possuem doutrinas suficientes para induzir o adorador a uma comunhão mais íntima com Cristo e sua Igreja. A Igreja envolta em cantoria vazia de doutrinas está perdendo o seu espaço. Lembre-se da samaritana. O Pai continua procurando verdadeiros ado-

radores. Não agitadores de auditórios. Jesus não promoveu um espetáculo circense aos Seus discípulos, mas os levou a refletir de como será o nosso encontro com o Pai, quando veremos a glória de Cristo. “Pai aqueles que me destes, quero que; onde eu estiver, também eles estejam comigo, para que vejam a minha glória, que me deste, porque Tu me hás amado, antes da fundação do mundo” (Jo 17.24).

O céu definido por Jesus, que o conhece muito bem, vai gerar grande decepção aos adoradores barulhentos, que não respeitam os decibéis estabelecidos pela lei natural criada pelo Pai. A natureza está em guerra contra o homem e vai vencê-lo, por uma simples razão: Deus não permite que suas Leis sejam quebradas pela pecaminosidade humana. A reflexão ainda é o melhor caminho para o verdadeiro louvor. Nisto está incluído a boa Doutrina. n

Educação Cristã: Ensino por meio do servir

“Servi uns aos outros, cada um conforme o dom que recebeu, como bons despenseiros da multiforme graça de Deus” (I Pe 4.10)

Cremos que todos os crentes em Cristo Jesus são chamados a servir na Igreja e no mundo, e este serviço não é opcional. Cada cristão recebeu do Espírito Santo dons específicos, para edificação e crescimento do Corpo de Cristo. Somos então, convocados a exercer o dom que recebemos, a fim de que a multiforme graça de Deus seja compartilhada.

À primeira vista pode parecer algo simples e óbvio. Mas não é! Diferenciar as preferências e habilidades pessoais dos dons espirituais pode ser confuso para alguns cristãos. E isto implica diretamente no exercício do servir na Igreja local.

A expectativa é de que cada cristão conheça seus dons e os desenvolva. O resultado seria o crescimento saudável da Igreja, enquanto organismo e organização, pontuando avanços

exponenciais. Porém, na realidade, encontramos por vezes, muitos que ainda não identificaram seus dons ou não sabem como exercê-los. Em consequência, a tendência é de que poucas pessoas se envolvam em muitas áreas da Igreja, enquanto muitas outras tornam-se apenas espectadoras. Assim, as equipes de servos tornam-se cada vez menores, o que os sobrecarrega e gera o efeito inverso do esperado.

Neste contexto, a Educação Cristã auxilia a potencializar a Igreja e seus ministérios. A partir da compreensão de que o serviço é uma das formas de adoração, temos como objetivo o servir com amor e alegria, ajudando a cada cristão a exercitar os dons espirituais que recebeu para a glória de Deus e a edificação do próximo. Neste ínterim, é importante ressaltar que os cristãos que colaboram em sua Igreja local, são mais que voluntários. São servos!

Ao alinhar a visão, missão e valores juntamente com levantamento de dados específicos da Igreja local, um planejamento é construído, metas são estipuladas e ações são desenvolvi-

das. Para que a dedicação ao serviço seja vivenciada na Igreja, é preciso fortalecer o serviço cristão ao mesmo tempo em que se mantém o olhar para aquele que serve. Serviço e servo são igualmente importantes e necessários.

Dessa forma, a Igreja precisa estar atenta a diversas formas de agregar novos colaboradores, como porta de entrada para servir na comunidade cristã. Através de maior visibilidade das áreas de serviço, a pessoa passa a ter mais conhecimento sobre a estrutura da Igreja e suas diversas ações, bem como, o que precisa fazer para integrar-se em cada equipe e ministério. Com o foco em oportunidades, e não em “trabalho”, é possível fortalecer a cultura de que o serviço é importante tanto para a edificação da Igreja quanto para o crescimento cristão na vida do servo atuante.

Por conseguinte, é preciso investimento na capacitação dos servos que estão em atividade, afinal, esta é a mola propulsora do aprimoramento. Partir do pressuposto de que servir ao próximo é também uma das formas de servir ao Senhor, devemos fazê-lo com dedicação e qualidade. Ao inte-

grar determinada equipe ou ministério, nem todas as pessoas possuem experiência na área em que vão atuar. Assim, o investimento na formação e capacitação destas lideranças é de grande relevância para o alinhamento da prática à visão e objetivos da Igreja. Encontros específicos, grupos de estudo e mentoria, workshops, conferências são grandes aliados.

Por fim, e não menos importante, a Igreja precisa manter olhar constante em direção à assistência específica de seus cooperadores, o que está diretamente ligado ao pastoreio de cada servo. A pessoa que coopera não é importante apenas no ambiente eclesiástico. Cada cooperador possui um estilo de vida, uma família, transita em diferentes contextos, e possui também seus dilemas. Quando a Igreja se importa com cada servo de forma específica e os auxilia em suas demandas, eles se sentem verdadeiramente acolhidos e valorizados. Sentem-se amados e impulsionam amor no exercício de suas atividades. Exercem seus dons com mais alegria e disponibilidade. Ensinemos, cuidemos e sirvamos uns aos outros! n

3 O JORNAL BATISTA Domingo, 23/04/23
REFLEXÃO

A Páscoa para nós...

A Páscoa era a primeira festa do calendário judaico, celebrada todo ano “no mês primeiro, aos catorze do mês, no crepúsculo da tarde” (Lv 23.5). Era a ocasião em que cada família em Israel comemorava a libertação da nação do Egito com o sacrifício de um cordeiro sem mancha. A festa também era a mais antiga de todos os dias santos dos judeus, sendo que a Páscoa foi celebrada na véspera da libertação israelita do Egito.

A Páscoa era imediatamente seguida pela festa dos Pães Asmos (Levítico 23.6). Esse acontecimento durava uma semana, o que estendia o período inteiro de festa para oito dias. As duas festas eram tão intimamente associadas que o período de oito dias era às vezes chamado “a Páscoa” e às vezes chamado “a Festa dos Pães Asmos”. Porém em termos técnicos, a “Páscoa” refere-se ao décimo quarto dia de Nisã (o primeiro mês do calendário judeu) e “a Festa dos Pães Asmos” refere-se aos sete dias restantes do período festivo, que terminava no dia 2l de Nisã. (MACARTHUR, p. 36,37).

Para o cristianismo, a Páscoa significa a celebração da morte e ressurreição de Jesus Cristo. Depois de morrer na cruz, seu corpo foi colocado em um sepulcro, onde ali permaneceu, até sua ressurreição. A Páscoa Cristã é a celebração mais importante para o cristianismo. O “Domingo de Pás-

coa” celebra a ressurreição de Jesus Cristo.

Para nós cristãos, Jesus Cristo é a nossa Páscoa!

“Removei o fermento velho, para que sejais massa nova sem fermento, assim como, de fato, sois. Porque Cristo, nosso cordeiro da Páscoa, já foi sacrificado” (I Co 5.7).

A morte de Cristo torna-se a maior prova do amor de Deus por todos. Deus pegou o seu único Filho, e mostrou que ainda havia esperança para a humanidade. No terceiro dia, a ressurreição de Cristo venceu o poder da morte e selou a aliança entre Deus e o homem. A cruz que era um símbolo de morte, para os romanos, era uma ferramenta de assassinato, exposição e vergonha. Posteriormente, em Jesus, a cruz passou a ser o símbolo do milagre da vida. A cruz é central na compreensão do Evangelho de Cristo. A cruz passa a ser símbolo de esperança, de alegria e conquista.

“Então, no encontro do pecador com Seu Criador, é revelado o milagre da Cruz: Salvação e vida eterna com Cristo!” (DARRELL, p. 53).

Páscoa é vida e, essa é a mensagem reservada para a Igreja do Senhor Jesus Cristo, Nossa Páscoa. Na Páscoa somos levados ao Calvário e podemos relembrar o sofrimento de Cristo em nosso lugar. Ali na Cruz, Jesus Cristo cumprindo sua missão, declarou: “Está Consumado.” Esta não é uma expressão de derrota, antes, de vitória, de vida, pois Jesus ressusci-

Jesus valoriza os que são obedientes a Ele

“E Jesus lhes respondeu: Meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho também” (Jo 5.17).

Uma das razões que levaram os líderes do judaísmo a perseguir Jesus foi a Sua postura de curar no dia do sábado. Respondendo aos seus críticos, Jesus declarou: “O Meu Pai trabalha até agora e Eu também trabalho. Porque Ele disse isso, os líderes judeus ficaram ainda com mais vontade de matá-lo. Pois além de não obedecer a Lei do sábado, Ele afirmava que Deus era o Seu próprio Pai, fazendo-se, assim, igual a Deus” (Jo 5.17-18).

O texto bíblico nos revela que

tou vencendo a morte, cumprindo a Missão que recebeu do Pai. A missão foi totalmente realizada. Tudo foi consumado.

Levados ao túmulo vazio, encontramos a inscrição: “Ele não está aqui, porque ressurgiu. Aleluia, glória a Deus, pois em Jesus Cristo, a nossa Páscoa, a nossa esperança é viva e permanente.

Continuemos como Igreja de Jesus, proclamando a redenção que há em Jesus pois, “… Aquele que em nós começou a boa obra, a aperfeiçoará até o dia final”, pois Cristo ressuscitou e vivo está. Aleluia! Amém.

devemos valorizar pessoas que se dedicam a fazer a vontade do Senhor, mesmo que isso implique em não repetir a tradição institucional: “Então Pedro e os outros apóstolos responderam: Nós devemos obedecer a Deus e não às pessoas. Os senhores crucificaram Jesus, mas o Deus dos nossos antepassados O ressuscitou. Deus O colocou à Sua direita com Líder e Salvador, para dar ao povo de Israel oportunidade de se arrepender e receber o perdão dos seus pecados. Nós somos testemunhas de tudo isso - nós e o Espírito Santo, que Deus dá aos que Lhe obedecem” (Atos 5.29-32).

Bibliografia

BÍBLIA. Português. Bíblia de Referência Thompson. Tradução de João Ferreira de Almeida. Edição rev. e corr. Compilado e redigido por Frank Charles Thompson. São Paulo: Vida, 1992.

MACARTHUR John. A Morte De Jesus. Editora: Cultura Cristã. 2018 RICHARDS, Lawrence O. Teologia da Educação Cristã. São Paulo: Vida Nova, 1983.

DARRELL L. Bock. O Messias na Páscoa – Editora Cultura Cristã. Darrell L. Bock/Mitch Glaser. São Paulo, 2020. n

Instruções sobre a Páscoa

Cleverson Pereira do Valle pastor, colaborador de OJB

Vivemos em uma sociedade capitalista, tudo gira em torno do vil metal. As pessoas fazem uso comercial da Festa do Natal, da Festa da Páscoa, Dia dos Pais, das Mães, das Crianças e tantas outras datas comemorativas. Infelizmente, a Páscoa é lembrada por muitos como a festa do coelho e do chocolate. A mídia faz questão de divulgar com muita frequência essas duas imagens.

A Palavra de Deus ensina que a Páscoa foi instituída por Deus. Em Êxodo 12 temos o povo israelita sendo instruído de como deveria comemorar a Páscoa.

O que significa a palavra Páscoa? O seu significado é passar, ou seja, no dia 14 de abibe, todos os primogênitos dos egípcios morreriam, pois eles não colocaram o sangue nos umbrais das portas. Os filhos dos israelitas viveriam, pois Deus ordenou que colocassem o sangue do cordeiro nos umbrais das portas.

O que eles deveriam comer na Páscoa? Eles deveriam assar um cordeiro

de 1 ano, macho e sem defeito. Também comeriam pães sem fermento e ervas amargas. Era para lembrar dos 430 anos que viveram como escravos no Egito.

Desta forma, a Páscoa dos judeus não tem ovo de chocolate e nem coelho, é um cordeiro, pães asmos e ervas amargas. O sangue do cordeiro era colocado nos umbrais das portas. Assim foi feito e os primogênitos foram salvos.

A nossa Páscoa é Cristo. Paulo, o apóstolo, deixa claro em I Coríntios 5.7 que Cristo é a nossa Páscoa. Ele é o

cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo, disse João Batista. Faz todo sentido para nós, cristãos, os termos bíblicos a respeito de Páscoa. O cordeiro é Cristo, o sangue é o que Ele derramou na cruz do calvário.

Se os israelitas foram libertos da escravidão egípcia, nós fomos libertos do pecado. Agora estamos livres em Cristo. Portanto, nós, cristãos, não podemos compactuar com o que o mundo capitalista apresenta; vamos combater as inverdades sobre a Páscoa e ensinar o correto. n

4 O JORNAL BATISTA Domingo, 23/04/23
Weliton Carrijo Fortaleza pastor Olavo Feijó
REFLEXÃO
pastor & professor de Psicologia

Estamos em abril, o mês da EBD, sigla de Escola Bíblica Dominical. Neste ano, a EBD completa 243 anos de surgimento no mundo cristão.

A escola dominical teve início com Robert Raikes, jornalista cristão que, sensível às necessidades das crianças pobres de Gloucester, cidade no interior da Inglaterra, percebeu que era necessário fazer alguma coisa para a formação educacional secular e bíblica. Como muitas daquelas crianças trabalhavam durante toda a semana e não tinham oportunidade de frequentar a escola, ele criou uma classe de alfabetização e

de ensino bíblico, que passou a funcionar aos domingos. Isso aconteceu em 1780 e assim estava criada o projeto do que seria denominado, posteriormente, Escola Bíblica Dominical.

No Brasil, a EBD foi organizada há 165 anos, na cidade de Petrópolis, no estado do Rio de Janeiro, graças à coragem e persistência de um casal de missionários escoceses - também chamado Robert, o Robert Kalley - com sua esposa Sara Kalley. Foram dois Roberts, homens de Deus apaixonados pela EBD. Em 1855, o casal Robert e Sara Kalley iniciou em um domingo uma classe de estudo bíblico para crianças e, no ano seguinte, uma classe para adultos. Estava iniciada a primeira EBD no Brasil.

Desde o início, Deus se preocupou

Mês da EBD

com o conhecimento da parte do Seu povo.

Deus falou a Moisés para que orientasse o povo com as seguintes palavras: “Esta é a lei, isto é, os decretos e as ordenanças que o Senhor, o seu Deus, ordenou que eu lhes ensinasse, para que vocês os cumpram na terra para a qual estão indo para dela tomar posse. Desse modo, vocês, seus filhos e seus netos temerão o Senhor, o seu Deus, e obedecerão a todos os seus decretos e mandamentos, que eu lhes ordeno, todos os dias da sua vida, para que tenham vida longa” (Dt 6.1-2 - NVI).

Nas páginas do Novo Testamento, vemos como Jesus dá atenção especial ao ensino, o que entusiasmava a quem o ouvia: “Quando Jesus acabou de dizer essas coisas, as multidões esta-

vam maravilhadas com o seu ensino, porque ele as ensinava como quem tem autoridade, e não como os mestres da lei” (Mt 7.28-29 - NVI).

Paulo, aos Efésios, escreve sobre a importância do ensino: “E ele designou alguns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas, e outros para pastores e mestres, com o fim de preparar os santos para a obra do ministério, para que o corpo de Cristo seja edificado, até que todos alcancemos a unidade da fé e do conhecimento do Filho de Deus, e cheguemos à maturidade, atingindo a medida da plenitude de Cristo” (Ef 4.11-13 - NVI).

Portanto, é correto dizer que a EBD já era projeto de Deus para o Seu povo através dos tempos. n

Síndrome do paraíso (Gênesis 3.1-9)

gostoso. Talvez ponderasse, não vai fazer nenhum mal comer um para experimentar.

Síndrome no sentido figurado significa temor, medo, insegurança. Tudo isso aconteceu no Jardim do Éden, antes dos nossos pais pecarem e darem ouvido ao Diabo. Nem Deus, nem o homem são os autores do pecado; o pecado é algo que vem de fora, mediante a serpente, Satanás (II Coríntios 11.14, Apocalipse 1,12.9, 20.2. Devemos nos conscientizar que a tentação está associada à dúvida relativa à Palavra de Deus.

Vemos a curiosidade e a confiança despertada em Eva nos versículos 1 e 2. Portanto, uma insinuação de uma tríplice dúvida, com referência a Deus. À sua bondade infinita no tocante à restrição, sua retidão quanto à afirmação de que morreriam (v.4) e por fim, sua santidade quando Satanás assevera que ao contrário de morrerem, como Deus seriam, conhecedores do bem e do mal (v.5). Esta tríplice dúvida conduziu à incredulidade que por seu turno se desfecha na desobediência.

Satanás desafia Deus. “Deus disse que vocês podem comer de toda a árvore do jardim”, isso não era verdade. Deus disse que não deveriam comer do fruto que está no meio do jardim. Chamou Deus de mentiroso.

Satanás chamar Deus de mentiroso é muito petulância. “Morre coisa nenhuma, o que vai acontecer é que vocês vão tomar conhecimento do bem e do mal”. Eva parou para pensar um pouco, olhou para as árvores e viu que o fruto era saboroso, muito

O pecado começou dessa maneira: primeiramente o Diabo mostra a tentação. E na sequência vem o desejo, não pensando nas consequências. Isso tem acontecido com todos nós pecadores; caímos como um patinho ou como um passarinho na arapuca, nas ciladas do inimigo.

Eva, além de comer, ofereceu imediatamente ao seu marido. “Coma, Adão; é muito gostoso!”. Adão não perguntou nada a respeito do fruto tão delicioso aparentemente; simplesmente o comeu. Naquele momento ficaram envergonhados, perceberam que estavam completamente desnudados. Realmente o pecado é vergonhoso.

Tentaram solucionar o problema, foi tarde demais, tentaram cobrir o sol com peneira emendando folhas de figueira, na tentativa de camuflar a vergonha; a alternativa foi esconderem-se de Deus. Não sabiam que o Senhor é Onisciente, Onipresente. Nós também ficamos envergonhados quando pecamos, queremos fugir da presença do Senhor, não participando dos cultos assiduamente, não aceitando as tarefas ou missões que o Espírito Santo nos confia. E muitos abandonam a Igreja, o corpo do Senhor. Outros não querem nada. Ficam de braços cruzados. Estão satisfeitos com a salvação da sua alma, estão acomodados.

O salmista brada em alto e bom som: “Para onde me ausentarei do teu Espírito? Para onde fugirei da tua face?” (Sl 139.7). Não existe lugar no universo onde possamos nos esconder

de Deus. Ele sempre nos encontra. Deus formula uma pergunta: “Quem te fez saber que estavam nus? Comeram do fruto proibido?” “sim”. A resposta correta, seria: “Senhor, nos perdoe, nunca mais seremos desobedientes.” Infelizmente, não foi esta a resposta. Não foi isso que responderam ao Senhor, faltou humildade.

Vem a resposta universal de todos os homens: “A Mulher que tu me deste me deu do fruto e eu comi”. Coitadinho do Adão. Culpou Deus e a mulher, “a culpa não foi minha, Senhor!”.

Ninguém quer assumir a culpa que está errado, dos seus pecados. Culpa os genitores, o esposo, a esposa, os filhos, o chefe, o colega... Sartre disse: “Inferno são os outros; nós somos apenas vítimas das circunstâncias; seguimos a jornada, sofrendo por erros dos outros, não reconhecendo os nossos”.

E agora? Como fica? Não reconhecemos que estamos errados. Falta-nos humildade. Não nos arrependemos e não pedimos perdão. É por este motivo que o mundo está virado, engulhado no pecado. “Jaz no maligno”, afirmou Jesus. Os filhos de Deus culpando uns aos outros e se inocentando do pecado. Deus não aceita nenhum pecador inocente.

O Senhor perguntou à Eva: “Comeste do fruto da árvore?” Provavelmente olhando para os lados à procura de uma vítima para culpar: “Ah, Senhor, foi o Diabo, que me enganou. A culpa foi dele, Senhor”. É mais fácil culpar o outro do que se arrepender. Culpar é uma péssima opção.

Temos o indeclinável dever de nos livrar dessa síndrome. Precisamos as-

sumir o que fazemos e nos sentirmos arrependidos, suplicando o perdão do Senhor.

E o que Deus fez? Amaldiçoou a serpente, o homem, a mulher e a terra, mas prometeu o resgate, pôs inimizade entre a serpente e a mulher, entre a sua descendência e o seu descendente, “e este te ferirá a cabeça e tu lhe ferirás o calcanhar (Gênesis 3.15). Aqui está a primeira profecia do Messias prometido. Além disso, o Senhor sacrificou animais, também um protótipo de Cristo. Deus fez as vestimentas para os dois. Essa mensagem como o Salmo 32, o salmo didático de Davi. “Como é feliz o homem que tem suas desobediências perdoadas e seus pecados cobertos”. Como é feliz o homem cujos pecados Deus apagou e está livre das más intenções de seu coração. Eu tentei por algum tempo esconder de mim mesmo o meu pecado. O resultado que fiquei muito fraco, gemendo de dor e aflição o dia inteiro. De dia e noite sentia a mão de Deus pesando sobre mim, fazendo com as minhas forças ficassem como a seca faz com um pequeno riacho.

O sofrimento continuou até que admiti a minha culpa e confessei ao Senhor meu pecado. Pensei comigo: “Como desobedeci as suas Leis, quando confessei, tu perdoaste meu terrível pecado”.

Por causa dessa experiência eu digo: “Quem confia no Senhor sempre confessa seus pecados a Ele, enquanto há tempo de receber o perdão. Quando Deus mandar seus castigos, quem confia Nele, não será atingido”. Amém? Que o Senhor nos abençoe. n

5 O JORNAL BATISTA Domingo, 23/04/23 REFLEXÃO
Luiza Fagundes Dias professora, doutora em Educação, membro da Primeira Igreja Batista de Pelotas - RS Arnaldo Nunes pastor, membro da Igreja Batista Betel - SP

Reconhecer a autoria de Deus sobre a criação é um ato que não requer muito esforço mental. Muitas vezes, o primeiro versículo da Bíblia serve como explicação até para os mais céticos. “No princípio, criou Deus os céus e a terra”. Todavia, devemos reconhecer que esse verso não esgota todos os questionamentos. Nem sempre o debate sobre a criação circunda o pronome ‘quem’. A exemplo de Jó, o ser humano interroga a Deus: “Por que, pois, me tiraste da madre?” (Jo 10:18). Trocando em miúdos: uma vez que sabemos Quem nos fez, queremos saber por que fomos criados. Qual o propósito, o objetivo, da criação?

Muitos tentaram responder a essa pergunta. “Conhece-te a ti mesmo”, sugeria o frontispício do Oráculo de Delfos, no templo de Apolo. “Torna-te quem és”, aconselhava o poeta Píndaro na Grécia Antiga. Essas sugestões parecem ser, no mínimo, razoáveis. Observando a natureza, vemos que as plantas são criadas para fornecer oxigênio; os animais são criados para procriarem; os astros celestes existem para cumprir seus movimentos. Em termos simples, as plantas existem para serem plantas; os animais, para serem

O propósito da criação

animais; logo, os humanos existem para serem humanos.

Contudo, há no ser humano uma certa inadequação. Somos ávidos e, ao mesmo tempo, ignorantes quanto à eternidade. Nossa habilidade de raciocinar indica um vazio existencial. Há uma angústia antológica na humanidade. É o sentimento de estar deslocado, sobre o qual falava o escritor Albert Camus. Em linhas gerais, a Teologia Sistemática chama essa angústia de ‘pecado’, tendo como base as palavras ‘chata’ e ‘hamartano’ (no hebraico e no grego, respectivamente), as quais significam ‘errar o alvo’. Para o teólogo estadunidense J. Oliver Buswell, “pecado pode ser definido como qualquer coisa na criatura que não expresse ou que seja contrário ao caráter santo do Criador”.

A essa lacuna no coração humano, o poeta português Luís Vaz de Camões chamou de “saudade quebrante”. No famoso poema ‘Sôbolos rios que vão’, nosso poeta registrou que vivemos em uma Babilônia e suspiramos por Sião.

A certa altura, o vate expressa: “Não é, logo, a saudade / Das terras onde nasceu / A carne, mas é do Céu”. Sendo assim, o objetivo da criação aponta para sua origem: é no Criador que encontraremos as respostas para os questionamentos que nos atormentam.

Na busca por preencher a quebran-

te saudade que atordoa a humanidade, muitos trilharam estradas diversas. A filosofia grega, por exemplo, possui indicativos muito interessantes. Tais ensinos são valiosos até certo ponto, mas veio ao mundo um Mestre Excelente que apresentou uma Ciência nascida na Sião celestial. Trata-se, pois, de Jesus Cristo, nascido em uma humilde estribaria na Galileia do primeiro século. Seus ensinos são verdadeiros tesouros, nem todos os bancos do mundo poderiam contê-los.

Em certa ocasião, Cristo afirmou: “Nem só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus” (Mt 4.4). Ele indica que há um pão visível, gerado nesta Babilônia terrena, que não supre a fome do ser humano - essa só pode ser saciada por um pão invisível, procedente da celeste Sião. Curiosamente, o Senhor Jesus orienta que diariamente roguemos ao Criador que nos mande esse pão. A oração do Pai Nosso, no Evangelho de S. Lucas, traz: “o pão nosso de cada dia nos dai hoje”. Na versão constante no Evangelho de S. Mateus, lê-se, em latim: “panem nostrum supersubstantialem da nobis hodie”; ou seja, é um pão “sobressubstancial”, que alimenta o espírito.

E onde conseguir esse pão? Lembro-me que o repentista evangélico Ednaldo Silva certa vez improvisou os seguintes versos: “Saiba que Jesus é

pão, / [mas] não é pão de padaria”. Em sua simplicidade, o poeta respondeu a nossa dúvida! Não será nas coisas terrenas que acharemos o pão celestial. O Senhor Jesus disse de Si mesmo: “Eu sou o pão da vida” (Jo 6.48). Ele é o Único que veio da Sião Eterna para esta Babilônia transitória. Apenas nEle podemos seguir desta Babilônia passageira até o Eterno Lar.

Em síntese, o propósito do homem e da mulher na criação é serem, verdadeiramente, humanos. Para tanto, faz-se necessário conhecer o Criador. A Declaração Doutrinária da Convenção Batista Brasileira resume que o homem foi “criado para a glorificação de Deus. Seu propósito é amar, conhecer e estar em comunhão com seu Criador, bem como cumprir sua divina vontade”. À guisa de curiosidade, o evangelho apócrifo de Felipe registra em certa passagem que “antes do advento do Cristo não havia alimento Celestial. (…) Por isso eles (os humanos) se alimentavam como animais. Só que, quando Cristo - O Homem Perfeito - vem, traz o alimento do Céu para que as pessoas se alimentem da comida humana”. Nosso propósito é nos unir a Cristo. Façamos isso. E partilhemos nosso conhecimento com todos que estão nesta Babilônia, sob o jugo da saudade quebrante do pecado, carentes da mensagem da Cruz – única via para o ditoso Lar. n

6 O JORNAL BATISTA Domingo, 23/04/23 REFLEXÃO
Jénerson Alves jornalista, poeta; professor de Escola Bíblica na Igreja Batista Emanuel em Caruaru - PE

Já ouviu falar sobre o Acampamento Radical?

inscritos no Acampamento passaram 3 dias em uma imersão no CEPROMA, projeto parceiro de Missões Nacionais, que atende moradores de rua em situação de dependência química na região.

Missionário em formação, Renan Diniz também esteve no Acampamento. Ele, que atua no campo missionário há 1 ano e 9 meses, e atualmente está em Cuiabá, já tem trabalhado com

moradores de rua e dependentes quí-

“Foi surpreendente a experiência, nunca tinha participado de algo parecido e tão impactante”, conta o jovem. Mesmo participando como missionário, ele destaca a importância desse tempo em sua vida: “Além de renovar a convicção do meu chamado, me fez lembrar do início, de quando Deus me chamou para essa maravilhosa obra”, compartilha.

Esses dias foram tão marcantes, que Renan deseja que cada estado

tenha um Acampamento como esse, para que muitos outros jovens também possam viver essa experiência única!

O próximo acampamento já está marcado. Vem aí o 2° Acampamento Radical Amazônia! De 04 a 15 de janeiro de 2024, teremos mais um tempo especial de comunhão, aprendizado e mobilização nas comunidades ribeirinhas do Amazonas.

Não perca essa oportunidade! Acesse o site: https://bit.ly/AcampRadicalAmazonia, veja as informações e faça a sua inscrição. n

7 O JORNAL BATISTA Domingo, 23/04/23
MISSÕES NACIONAIS

CBBA promove Fórum sobre a Importância da Escola Bíblica nos tempos atuais

Meg Matos

gerente de Educação Cristã da Convenção Batista Baiana

Para celebrar o mês da Escola Bíblica, a Gerência de Educação Cristã da Convenção Batista Baiana, em parceria com a Associação de Educadores Cristãos da Bahia (AECBBA) e Ordem dos Pastores Batistas do Brasil - Seção Bahia (OPBB-BA), realizou um Fórum sobre a Importância da Escola Bíblica nos tempos atuais, em 01 de abril de 2023, na sede do Seminário Teológico Batista do Nordeste, em Feira de Santana - BA. Contamos com 207 participantes, 46 Igrejas representadas e 15 Associações, lotando o auditório do seminário.

O Fórum foi iniciado com momentos de louvor, incluindo músicas alusivas à Escola Bíblica, tendo como pianista Rosa Eugênia e no vocal a musicista Walmira Tibiriçá. Em seguida, houve dois painéis, discutindo o tema “A Importância da Escola Bíblica nos tempos atuai”s, envolvendo participantes em diversas atuações, tais como: pastor, educador cristão, professor e aluno. Contamos com a participação do pastor Jorge Mariano Souza da Silva, representando a OPBB-BA; as educadoras cristãs: Jocilene

Delmondes Silva, da IB Filadelfia em Jacobina - BA; Suely dos S. Góes, da PIB de Cruz das Almas - BA; Hirinelda Lira Campos Lima, da Congregação da SIB de Alagoinhas - BA. Representando os professores, contamos com Rafael Amorim de Jesus, da IB Belém Efrata em Salvador - BA. No papel dos alunos, as crianças Sofia Santos e Valentina Campos, da IB Campo Limpo em Feira de Santana - BA.

Para abrilhantar nosso fórum, tivemos algumas participações especiais: “Diálogo sobre a Escola Bíblica x Escola Secular”, com as adolescentes Ana Luísa Santos e Luma Ingrid Gomes, da IB Campo Limpo em Feira de Santana - BA, e um coro infantil com crianças da PIB de Amélia Rodrigues - BA.

Para dinamizar a Escola Bíblica, trabalhamos com oficinas sobre musicalização, ministrada por Walmira Tibiriçá, e recursos audiovisuais, tendo como facilitadora Eliane Villa Flor.

Meg Matos realizou palestra com atividades práticas e dinâmica sobre a necessidade de transformar o aluno em protagonista do seu saber, a partir da utilização de metodologias ativas, acrescentando também o uso de ferramentas mapas mentais e flaschcards

Foram abordadas as principais necessidades das pessoas com deficiências e como a Igreja pode acolhê-las, iniciar ou fortalecer esse ministério, através de Taíse Moura Teixeira de Jesus, da SIB de Alagoinhas.

Batistas do Espírito

“O fórum foi muito interessante, sobretudo no despertamento para a importância da EBD, deixou claro que não é uma atividade ultrapassada, muito pelo contrário, ela será sempre atual, pois o ensino está inserido na ordenança de Jesus na chamada Grande Comissão, conforme Mateus 28:19,20”, comenta o pastor Josias Vila Nova, da IB Nova Canaã em Salvador - BA.

“Ao respeitar as faixas etárias, as diferenças, a pluralidade, a alteridade, bem como as necessidades especiais, aprendemos a ser, a conhecer, a fazer e a conviver. Essa é a perspectiva da Escola Bíblica do Século XXI, o que denota uma visão inovadora, principalmente pautada pelo objetivo do discipulado. Que a Trindade Santa possa nos nortear a animar nossas comunidades de fé, por meio da reflexão e aplicação do que foi compartilhado conosco.”, comenta Tarcísio Pereira Guedes, da IB Sião em Salvador - BA.

O evento foi encerrado com muita alegria, celebrando ao Senhor com o Cântico Oficial Escola Bíblia e oração de gratidão. Glorificado seja o nome do Senhor! Entendemos que os participantes foram edificados e desafiados para fortalecer a Escola Bíblica de suas Igrejas. n

Santo formam novos

conselheiros de Embaixadores do Rei

Conselheiros tiveram uma série de atividades e disciplinas.

Departamento Convencional de Embaixadores do Rei Capixaba

De 17 a 19 de março, aconteceu o Curso Intensivo de Conselheiros De Embaixadores do Rei (CICER), no Acampamento Batista Capixaba, em Viana - ES. Nesses dias, foram formados novos conselheiros, com a missão de continuar construindo meninos para não remendar homens. O curso também teve disciplinas realizadas online, no período de 13 a 14 de março, pelo Google Meet, para otimizar o período presencial.

No mesmo período, também foi realizado o curso de liderança e evangelismo da União Missionária de Homens Batistas do Estado do Espírito Santo (UMHBEES).

Os conselheiros estudaram as seguintes disciplinas durante o curso:

Perfil do conselheiro e Estatuto da Criança e Adolescente: Andreick Martins, pastor e advogado; Psicologia Infantil: Jullyander de Lacerda, pastor e psicólogo; Conhecendo a organização Embaixadores do Rei e Organizando Uma

Embaixada : Jhonathan Domingos, coordenador do DCER Capixaba; Esportes na organização : Jean Gama, doutorando; Música da organização Embaixadores do Rei: Ramirez Cesar, coordenador do DAER Cariacica - ES;

Sistema de postos: Fillipe Nasser;

História dos Batistas e Homilética: Wolmar Craus, pastor, coordenador do Centro de Educação Teológica Batista do Espírito Santo (CETEBES);

Primeiros socorros: Luan Lopes, coordenador do DAER Serra - ES e bombeiro militar;

Arte de acampar : Laio de Jesus, comandante dos Valentes no Sítio do Sossego;

Evangelismo: Fábio Daniel Ribeiro, pastor, coordenador do Ministério de Evangelismo e Missões da Convenção Batista do Estado do Espírito Santo (MEVAM);

Noções de liderança: Cláudio, pastor auxiliar na Primeira Igreja Batista em Itaparica - ES

UMHBB e GAM: Carlos Humberto, executivo da União Missionária de Homens Batistas do Estado do Espírito Santo (UMHBEES).

8 O JORNAL BATISTA Domingo, 23/04/23
n NOTÍCIAS DO BRASIL BATISTA
Evento teve mais de 200 participantes de 46 Igrejas Participantes do Curso Intensivo de Conselheiros de Embaixadores do Rei (CICER)

Convenção Batista Mineira inaugura nova sede e planeja próximos passos

Durante reunião, CBM apresentou seus projetos.

Comunicação da Convenção Batista Mineira

Vivemos momentos significativos como Batistas mineiros no dia 05 de abril. Tivemos duas assembleias, de manhã; uma ordinária, para ouvir o parecer do Conselho Fiscal sobre as contas da Convenção e Junta de Educação; e uma extraordinária, para alteração de endereços. As duas assembleias transcorreram na mais perfeita ordem, aprovando todas as propostas sem discussões.

Seguimos com as reuniões dos membros da Junta de Educação e do Conselho Diretor da Convenção, e ao meio-dia tivemos mais um momento especial: a inauguração da sede atual da Convenção na Rua Araxá, 510 - Colégio Batista. O imóvel que antes abrigava o Batista Baby foi reformado e agora abriga o escritório da Convenção com suas Organizações e a Editora e Livraria CBM, um imóvel que com sua estrutura oferece melhor capacidade de atender as crescentes demandas dos batistas mineiros. Louvamos a Deus pela vida do nosso diretor executivo, pastor Márcio Santos, e sua gestão visionária para a Convenção.

Entre as celebrações de inauguração, o pastor Arlécio Franco Costa foi homenageado, compondo a galeria de

diretores executivos da Convenção. O pastor Arlécio, foi por 50 dias Diretor Executivo Interino da Convenção entre agosto e setembro de 2002 no interregno dos executivos pastor Aloizio e pastor Renê.

No período da tarde, a reunião plenária do Conselho Diretor da Convenção. Foram ouvidos relatórios das diversas organizações e todas seguem firmes em seus propósitos de apoiar a obra Batista no estado. Também foram ouvidos os relatórios da Junta de Educação que segue desenvolvendo a expansão do Colégio Batista por Minas e pelo Brasil, se consolidando como uma referência em educação confessional. Ouvimos o relatório do diretor executivo da Convenção Batista Mineira e suas gerências e vimos o

que Deus tem feito pelo estado e o que tem sido planejado para os próximos meses, com o destaque para a formatura da primeira turma do Seminário Teológico Batista Mineiro no mês de setembro.

Vimos também a apresentação do edifício que será construído para abrigar a nova sede da Convenção Batista Mineira, com o escritório da Convenção, suas Gerências, Organizações, Editora, Livraria e um Auditório para reuniões. Temos diante de nós o desafio da construção da nova sede dos Batistas mineiros. Acreditamos que Deus está à frente deste desafio e nos guiará durante todas as etapas, do planejamento até a conclusão.

Os Batistas mineiros são parte fundamental deste processo, através

de suas orações e com suas ofertas específicas. É através da liberalidade e comprometimento que poderemos alcançar o sucesso desta grande obra que será concluída nos próximos anos.

Foram, sem dúvida, momentos inspiradores e significativos, que nos mostram que ao olharmos para trás, vemos o quanto Deus tem cuidado e abençoado a obra Batista em Minas Gerais. Quando vemos o presente, glorificamos a Deus pelo que Ele tem nos dado e permitido experimentar. E ao vislumbrarmos o futuro, pela fé, caminhamos rumo a planejamentos seguros e bem delineados na certeza de que a graça de Deus nos dará infinitamente mais além daquilo que agora sonhamos. n

UFMBF comemora aniversário de

110 anos

“Perseverando no Serviço para o Novo Tempo”, esse foi o tema central da comemoração do 110º aniversário da União Feminina Missionária Batista Fluminense (UFMBF). Para celebrar a data, foi realizado um culto especial no dia 25 de março, na Primeira Igreja Batista em Araruama - RJ, onde centenas de mulheres estiveram presentes para participar desse momento tão maravilhoso.

A programação começou com uma adoração instrumental, sendo seguido pela abertura do evento, com as palavras iniciais da presidente da UFMBF Lindomar Ferreira da Silva. Também foi feita a chamada de apresentação das regiões que estavam presentes, dentre elas, Águas Minerais, Serras, Atlânti-

ca, Metropolitana, Baía da Guanabara e Oceânica.

Em um momento especial, as coor denadoras estaduais Danielle Andréa, de Amigos de Missões, Sandra Oliveira, das Mensageiras do Rei, e Léa Ventura, de Mulheres Cristãs em Missão, puderam compartilhar um pouco sobre as organizações e o trabalho que é feito, além de apresentarem participações

especiais com música, coreografia e

O final da primeira parte da celebração foi marcado pelo “Desafio Missionário”, quando as missionárias Sebastiana de Fátima, de Missões Estaduais, Maria Helena Leão, de Missões Nacionais, e Ana Costa, de Missões Mundiais, foram à frente dividir um pouco com o público feminino acerca de suas expe-

riências vividas no campo missionário. Já à noite, a segunda parte do culto foi repleta de homenagens a mulheres que marcaram a história da União, além de louvor e adoração. A ministra de Música Martha Keila conduziu os momentos de cânticos e regeu a participação do Grande Coro UFMBF. A mensageira da noite foi a irmã Marlene Baltazar da Nóbrega Gomes, que também já foi presidente e secretária executiva da organização. A programação foi finalizada com um belo coro de “Parabéns pra Você” e o louvor “Jerusalém”, de Paula Stefanovich.

A UFMBF reúne “Mulheres Batistas de todas as Igrejas da Convenção Batista Fluminense, comprometidas com a formação da consciência missionária das crianças, das adolescentes, das jovens e das senhoras, crescendo em eficiência e impactando o seu mundo para Cristo”. n

9 O JORNAL BATISTA Domingo, 23/04/23
NOTÍCIAS DO BRASIL BATISTA
“Perseverando no Serviço para o Novo Tempo” foi o tema da celebração.
Inauguração da atual sede da Convenção Batista Mineira Homenagens fizeram parte da celebração de 110 anos da UFMBF

Moisés Sanguinette, o artista escritor e poeta repentista

Conheci o Moisés através da sua visita no programa de rádio online da Rede 3:16, “Minha Pátria Brasil”, e lancei o desafio de fazermos um entrevista, para divulgar mais o seu trabalho e apresentá-lo aos nossos irmãos Batistas brasileiros.

Temos conhecido vários artistas e atletas da nossa denominação e compartilhado, com vocês leitores, da nossa coluna. Aqui vai mais um jovem supertalentoso, que vem abençoando multidões, com sua poesia e repentes, que educam, inspiram, promovem o Reino de Deus e nos edificam.

Moisés Pereira Sanguinette (Moisés Aboiador) tem 34 anos, é Jequitaí-MG. Membro da Primeira Igreja Batista em Pinlar, liderada pelo pastor Cláudio Duarte; é filho de Domingos Alves Sanguinette (In Memorian) e Leandra Alves Pereira (In Memorian) e tem quatro 4 irmãos (Elcilane, César, Luane e Laiane).

RM - Como nasceu sua paixão pela poesia e repentes? Com que idade iniciou?

MS: Eu sempre gostei de poesia, principalmente a Literatura de Cordel. Creio que pelo fato de ser sertanejo, o espaço favorece para que um poeta cordelista desenvolva sua habilidade.

Quando era criança, eu vi reportagem sobre o Patativa do Assaré, no Jornal Nacional, fiquei encantado com suas poesias e, quando cresci, passei a ler seus livros, além de outros autores que publicavam cordéis pela Editora luzeiro. Uma coisa que também que me fez apaixonar pelo cordel foi diversos livros que mencionam o sertão Nordestino como: “Grande Sertão Veredas”, “Os Sertões”, “Vidas Secas, entre outros. Muita gente desconhece, mas o Norte de Minas é uma extensão do Nordeste e que no passado pertenceu ao Nordeste Colonial, sendo parte de Bahia e Pernambuco; por isso a cultura nordestina permaneceu por aqui.

Muitos desses costumes presentes no seio da minha família, como o ofício de vaqueiro, sanfoneiro, repentista, creio que gravei tudo dos tempos passados, no sertão; a cultura, culinária e o bioma, os mananciais, uma vez que aqui temos o encontro do Cerrado com a Caatinga em meio a extensão do Rio São Francisco, o qual me inspirou a fazer os primeiros versos de cordel. A partir daí, relacionei tudo que construí de conhecimento e comecei desenvolver meus primeiros cordéis. Iniciei com 26 anos.

RM - Como nasce sua inspiração?

MS: Existem alguns estudiosos que dizem que o cordel é a relação entre Deus, Homem e Natureza. Um exímio poeta de Literatura de Cordel consegue alinhar esses três elementos na

construção do seu texto. Há também a construção da poesia citando os elementos separados. No dia a dia, o poeta busca inspiração nesses elementos para construir, seja o cordel, aboio, toada, embolada ou uma trova, por exemplo.

RM - Quando descobriu que queria se tornar um profissional?

MS : Justamente quando iniciei descobri que tinha potencial para ser escritor.

RM - Qual é a sua poesia predileta?

MS: Tenho várias; creio que não tem uma específica. Porém vou citar cinco bem relevantes: O mote “Bem-vindos ao Norte de Minas, o Nordeste começa aqui”; “Os Cangaceiros do São Francisco”; “Ser Poeta e Mãe (Tributo)”.

RM - Como motivar novos artistas a desenvolverem seus talentos nessa área e promover missões através deles?

MS: Creio que é muito importante, em tempos tão difíceis de semear o Evangelho, pois a cultura limpa é um meio importante de propagar a Palavra de Deus pelo Brasil, principalmente no Nordeste, que carece muito e a cultura é uma ferramenta chave nessa região; e um meio do nordestino se aproximar

do Reino de Deus é por meio da cultura, e muitos artistas de literatura cordel tem feito isso, não só no Nordeste mas em todo Brasil e muitas almas tem sido alcançadas por meio da expansão do Evangelho através do cordel.

No ano que os Batistas lançaram a Carreta do Sertão, não pensei duas vezes em criar um cordel sobre ela. Logo enviei para a Rede 3.16 em todos os programas, principalmente os matinais (“Manhã com Deus”, “Nossa Pátria Brasil” e o programa do pastor Elber). Senti a vontade de levar esse cordel por todos as cidades onde a Carreta do Sertão passaria, enviei pra todos estados do Nordeste nos canais das Igrejas que receberiam a carreta. Creio que duas Igrejas me responderam, uma foi PIB de Fortaleza - CE, onde um diácono, chamado por nome Marcos Antônio Bandeira, que é um amigo poeta e irmão em Cristo, levou a poesia para Igreja.

RM - Como tem sido a luta de promover a sua arte e sonhos?

MS: Tem sido um desafio, principalmente em instituições de ensino, receber intervenções poéticas, muito importantes para formar novos escritores e poetas. Aqui na cidade, por exemplo, levei um projeto nacional de poesia em uma escola e não aceitaram. Acabei

ofertando em outro estado. Creio que o meu sonho e de muitos cordelistas é para que a Literatura de Cordel se torne uma disciplina curricular nas escolas do Brasil, aí sim, poderemos em larga escala motivar jovens para que sejam novos talentos e escritores do cordel brasileiro. Enquanto nada não sai do papel, sempre divulgo e motivo as pessoas que conheço a praticarem o hábito da leitura e escrita do cordel. Outro ponto é a quantidade de material que disponibilizo nas minhas páginas, para que as pessoas possam se interessar por esse tipo de poesia.

RM - Fale um pouco sobre seus livros.

MS: Creio que tenho cerva de 10 livros escritos e dois publicados. O primeiro, “Poemas do Sertão: O Menino Jesus”, que é um livro composto de 20 poesias, entre cordéis e poesia popular, que vai narrar alguns acontecimentos que aconteceram durante o nascimento e ministério de Jesus Cristo. O segundo, “Poesias do Nordeste”, é um livro composto por 40 cordéis tratando de temas direcionados ao Nordeste brasileiro, principalmente a parte que envolve o Sertão. Nesse livro também são destacados poemas que falam sobre a minha família e lembranças da Fazenda Pitombeira, povoado onde eu nasci, na zona rural de Jequitaí.

RM - Foi uma honra poder te entrevistar, meu amigo. que Deus continue abençoando sua caminhada. Muito obrigado!

Conhece algum artista ou atleta na sua Igreja ou comunidade? Entre em contato conosco, queremos conhecer mais sobre o bom uso dos seus dons e talentos para a glória de Deus. n

Arte e Cultura CBB

Roberto Maranhão

Ministro de Arte e Esporte Internacional

10 O JORNAL BATISTA Domingo, 23/04/23 ARTE & CULTURA NOTÍCIAS DO BRASIL BATISTA
marapuppet@hotmail.com WhatsApp: +55 31 9530-5870

Criatividade para realizar a campanha

Recebemos um esquete sobre o tema da campanha 2023, confira:

Autor: Robson Rodrigues Lima

Tema: Vamos Completar a Missão

Equipe Necessária : 20 pessoas (podem ser adolescentes, jovens, homens e/ou mulheres) divididos em dois grupos, com cinco pessoas e um grupo com dez pessoas; um narrador (Voz Oculta) e um jovem vocacionado

Roupas Grupo 1: Típicas de cinco países já alcançados pelo Evangelho, mas que ainda estão em processo de fortalecimento e/ou restauração dos princípios destruídos pelo secularismo. Como alternativa, podem ser usadas as camisas de futebol das seleções destes países. Exemplo de países: França, Espanha, Portugal, Itália, Alemanha etc.

Roupas Grupo 2: Típicas de cinco países não alcançados, ou fechados para o Evangelho, ou países nos quais a perseguição aos Cristãos é muito forte. Como alternativa, podem ser usadas camisas brancas. Exemplo de países: Irã, China, Síria, Turquia, Arábia Saudita etc.

Roupas do Grupo 3: Típicas do Brasil (Regional), ou camisa da Seleção Brasileira.

Roupas do Jovem: Roupas básica de jovem.

Apresentação:

• Entra o Jovem Vocacionado, cantando e louvando a Deus, e comentando sobre o culto de domingo que havia sido uma benção.

JOVEM : “Que culto abençoado! Que culto maravilhoso! Este louvor não sai da minha cabeça....” – Até que Ele venha! Até que Ele venha! Cristo é a esperança que ao mundo vou levar. Até que Ele venha! Até que ele venha! Ele é a razão que me faz continuar –“Glória a Deus. Estou completamente abastecido pelo Espírito Santo depois deste culto. Vou pedir a Deus que me dê uma semana abençoada também, pois estou cansado, preciso ir dormir agora.”

• Em seguida o jovem sai pela porta dos fundos do templo.

• Em oculto, o jovem faz uma oração, como se estivesse no quarto, antes de dormir.

JOVEM: “Senhor Deus, muito obrigado por este culto maravilhoso. Te peço uma noite abençoada e uma semana abençoada também. Entendo que tenho um chamado, mas não entendo bem ainda. Me ajude a entender a sua vontade, em nome de Jesus, amém!”

NARRADOR: “E vós sabereis que eu estou no meio de Israel, e que eu sou o Senhor vosso Deus, e que não há outro; e o meu povo nunca mais será envergonhado. E há de ser que, depois derramarei o meu Espírito sobre toda a carne, e vossos filhos e vossas filhas profetizarão, os vossos velhos terão sonhos, os vossos jovens terão visões. Como são belos sobre os montes os

pés do mensageiro que traz boas-novas, boas-novas de paz e salvação, de que o Deus de Israel reina! Por causa de Sião, não permanecerei quieto. Por causa de Jerusalém, não ficarei calado, até sua justiça brilhar como o amanhecer e sua salvação resplandecer como uma tocha acesa” (Joel 2.27,28; Isaías 52.7; Isaías 62.1).

• O Grupo 1 entra no templo devidamente arrumado e se posiciona no centro do altar, de frente para o público. Cada pessoa do grupo representa um país. Cada integrante deve carregar consigo a bandeira deste país e se identificar para o público. Em seguida, deve mencionar as características de seu país e em que situação se encontra a propagação do evangelho neste país em específico.

Exemplo: “Olá queridos irmãos da Igreja ____________. Eu represento a Espanha. Somos um país com ____ habitantes e a religião predominante é o ________. Nosso país possui _____ línguas consideradas oficiais, e possuímos algumas regiões independentes como a Catalunha. Hoje, em todo o país, existem apenas ____ igrejas batistas e em todo país, existem apenas ___% de cristãos. A Junta de Missões Mundiais mantém ___ missionários em nosso país, mas precisamos de ajuda para completar a missão.”

OBS: O texto exemplificado acima pode ser alterado de acordo com as informações obtidas pela Igreja sobre o contexto atual de cada país. As informações citadas são subjetivas e não devem ser usadas sem a análise real da situação.

• Após a apresentação do grupo 1, todos devem se posicionar no lado direito do altar e aguardar.

• Em seguida, o grupo 2 entra no templo devidamente arrumado e se posiciona no centro do altar, de frente para o público. Cada pessoa do grupo representa um país. Cada integrante deve carregar consigo a bandeira deste país e se identificar para o público. Em seguida, deve mencionar as características de seu país e em que situação se encontra a propagação do evangelho neste país em específico.

Exemplo: “Olá queridos irmãos da Igreja ____________. Eu represento a Turquia. Somos um país com ____ habitantes e a religião predominante é o ________. Nosso país possui _____ línguas consideradas oficiais e isso é uma dificuldade de comunicação.

Hoje, em todo o país, existem apenas ____ igrejas batistas e em todo país, existem apenas ___% de cristãos. Recentemente, fomos atingidos por um grande terremoto que ceifou a vida de ____ pessoas. Não sabemos quantas destas pessoas chegaram a ouvir a mensagem de salvação. Precisamos crer que existe um Salvador. A Junta de Missões Mundiais mantém ___ missionários em nosso país, mas precisamos de ajuda para completar a missão.”

OBS: O texto exemplificado acima pode ser alterado de acordo com as informações obtidas pela igreja sobre o contexto atual de cada país. As informações citadas são subjetivas e não devem ser usadas sem a análise real da situação.

• Após a apresentação do grupo 2, todos devem se posicionar no lado esquerdo do altar e aguardar.

• Em seguida, um narrador, em voz oculta, relata:

NARRADOR: “...Eu vi o Senhor. Ele estava sentado em um trono alto, e a borda de seu manto enchia o templo. Acima dele havia serafins, cada um com seis asas: com duas asas cobriam o rosto, com duas cobriam os pés e com duas voavam. Diziam em alta voz uns aos outros: “Santo, santo, santo é o Senhor dos Exércitos; toda a terra está cheia de sua glória!” Suas vozes sacudiam o templo até os alicerces, e todo o edifício estava cheio de fumaça. Então eu disse: “Estou perdido! É o meu fim, pois sou um homem de lábios impuros e vivo no meio de pessoas de lábios impuros. Meus olhos, porém, viram o Rei, o Senhor dos Exércitos!”. Então um dos serafins voou em minha direção, trazendo uma brasa ardente que ele havia tirado do altar com uma tenaz. Tocou meus lábios com a brasa e disse: “Veja, esta brasa tocou seus lábios. Sua culpa foi removida, e seus pecados foram perdoados”. Então ouvi o Senhor perguntar: “Quem enviarei como mensageiro a este povo? Quem irá por nós?”. E eu respondi: “Aqui estou; envia-me”. E disse-lhes: “Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura. Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado. Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus. Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. Porque Deus enviou o seu

Filho ao mundo, não para que condenasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele. Quem crê nele não é condenado; mas quem não crê já está condenado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus. Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, aos que creem no seu nome.” E eles, tendo partido, pregaram por todas as partes, cooperando com eles o Senhor, e confirmando a palavra com os sinais que se seguiram. Mas receberão poder quando o Espírito Santo descer sobre vocês, e serão minhas testemunhas em Jerusalém, em toda a Judéia e Samaria, e até os confins da terra. E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações. E em toda a alma havia temor, e muitas maravilhas e sinais se faziam pelos apóstolos. E todos os que criam estavam juntos, e tinham tudo em comum. [...] E, perseverando unânimes todos os dias no templo, e partindo o pão em casa, comiam juntos com alegria e singeleza de coração. Louvando a Deus, e caindo na graça de todo o povo. E todos os dias acrescentava o Senhor à igreja aqueles que se haviam de salvar”

(Isaías 6.1-8; Marcos 16.15,16; Romanos 3.23; João 3.16-18; Marcos 16.20; João 1.12; Atos 2: 42-44; 46, 47).

• Neste momento, os dois grupos que estão no altar se posicionam no centro, um ao lado do outro, e juntos, perguntam em alta voz:

GRUPOS DE PAÍSES: “Quem nos ajudará a completar a Missão?”

• O Jovem entra até a metade do templo glorificando a Deus pela confirmação de seu chamado.

JOVEM: “Que sonho incrível! Deus falou comigo! Eu tenho um Chamado e jamais vou me calar. Eu tenho um chamado para o evangelho anunciar. Eu fui escolhido desde o ventre da minha mãe. Preciso ir e anunciar a salvação por todo o mundo. Vou motivar outras pessoas a orar, ofertar e a ir comigo, a fim de anunciar as Boas Novas por todo o Mundo.”

• Entra o terceiro grupo devidamente arrumado e encontra o jovem na metade do templo. E então eles se reúnem e seguem juntos para o altar.

• Cada pessoa do terceiro grupo se direciona para um dos países representados no altar e abraça o representante. E o Jovem permanece ao centro.

• Em seguida, os representantes do terceiro grupo juntos, exclamam em alta voz:

TERCEIRO GRUPO: “Nós vamos completar a Missão Até que ELE Venha! Ore por nós! Entregue sua oferta Voluntária!”

JOVEM: “Venha conosco! Vamos juntos completar a Missão. Aceite o seu chamado.”

Fim.

Encerre como preferir.

11 O JORNAL BATISTA Domingo, 23/04/23 MISSÕES MUNDIAIS
COMPLETAR A MISSÃO! n
VAMOS

Congresso “Convictos” aquece trabalho dos jovens Batistas no Piauí

e Maranhão

Qualquer ser humano tem a capacidade de sonhar, mas sonhar os sonhos de Deus é um dom e viver os sonhos dEle em planos concretos é um privilégio inigualável. Nos dias 07, 08 e 09 de abril, a Juventude Batista Piauiense (Jubapi) realizou seu primeiro congresso estadual pós-pandemia. Denominado de “Convictos”, o evento foi pensado com o objetivo de promover reflexão sobre a fé cristã e os princípios Batistas frente às adversidades enfrentadas pela juventude no mundo atual.

“A ideia do Convictos foi um sonho literalmente compartilhado. Desde que assumimos a diretoria da Jubapi nós visualizamos a necessidade de fazer algo impactante, não para entreter jovens, mas para causar transformação na vida de adolescentes e jovens que ainda não experimentaram as maravilhas de Deus com profundidade na Palavra. É preciso que a juventude saia de um relacionamento raso e se aprofunde na intimidade com Deus, pois apenas raízes fortes podem garantir uma vida plena ao lado de Cristo, sendo de fato instrumentos na obra”, comentou a atual presidente da Jubapi, Jhussyenna Reis.

O pastor Pedro Pamplona, da Igreja Batista Filadélfia, em Fortaleza - CE, abriu o Congresso com a mensagem:

Foi o primeiro congresso realizado pós-pandemia.

truturação do ministério de dança nas Igrejas; “Pequenos Espiões”, ministrada pela irmã Amanda Rêgo, que abordou o evangelismo infantil e por fim, a oficina “Stranger Things”, ministrada pelo irmão André, que é líder do projeto missionário N’ativa no Piauí e abordou o tema evangelismo criativo.

“Quem é você nas redes sociais”. O pastor Ramon Laquedem, da Igre ja Batista Memorial em Timon - MA fez uma reflexão profunda sobre a “A influência do mundo e apostasia na juventude” tocando em temas delicados e necessários que precisam ser pensados todos os dias pelos jovens e adolescentes. Já o pastor Vinícius Vargas, conselheiro emérito da Juventude Batista Brasileira (JBB), ficou com a missão maravilhosa de compartilhar seu conhecimento sobre a história dos Batistas através do tema “Que Batista você é”.

A última plenária do Convictos foi o Painel “Jovens Batistas influentes no dia a dia”. O bate-papo foi mediado pelo pastor de jovens Yúre Mota, da Primeira Igreja Batista de Teresina - PI com a participação de três convidadas: a presidente da Aliança Bíblica Universitária (ABU) em Teresina - PI, Betânia Barros; a presidente da Mocidade

para Cristo em Teresina - PI, Raylanne Ribeiro e a missionária Carla Raquel, que compartilhou sua experiência no projeto Radical Amazônia. Assim, a ideia foi encerrar o congresso focando nas possibilidades de servir a Deus todos os dias, como estudantes, como missionários e no próprio mercado de trabalho.

A programação também ofereceu aos congressistas seis opções de oficinas que chamaram muita atenção: “Defesa contra as artes das trevas”, ministrada pelo pastor Augusto Sales, abordou o tema apologética; “Quem quer ser um milionário”, ministrada pelo irmão Karl França, tratou de finanças à luz da Bíblia; “100 Palavras”, ministrada por Matheus Mendonça, abordou a Língua Brasileira de Sinais como instrumento social e de evangelismo; “Mais que dancinhas” ,conduzida pela ministra de dança Jhussyelle Reis, que tratou da arte através do corpo e es-

O Congresso contabilizou 48 Igrejas representadas e 204 participantes, contando com uma abençoada equipe de voluntários com 33 jovens de várias Igrejas Batistas do Piauí e Maranhão. Uma marca dessa gestão tem sido a busca pela unidade e ficou evidente que esse caminho agrada ao Senhor pois muitas foram as bênçãos derramadas até agora. “Foi espetacular, pregações maravilhosas. A boa comunhão alimentou mais ainda nosso espírito!”, palavras do seminarista Morisjance da SIB Lourival Parente, em Teresina - PI, que participou como congressista. “Foram dias de renovo, crescimento espiritual, aprofundamento nas Escrituras e de comunhão entre irmãos e nosso Deus. Nos divertimos, louvamos a Deus, sorrimos, choramos e, dentre tantas boas experiências, creio que saímos CONVICTOS do que é ser jovem Batista e da nossa soberana vocação missionária. Louvado seja o Senhor por cada envolvido nesse congresso”, comentou também o congressista Marcos Vinícius da PIB em União - PI. n

Obadias Brelaz

alcança primeiro centenário

Primeira Igreja Batista de Juruti, no Pará,

Igreja foi plantada pelo Pr. Eurico Alfredo Nelson, o “Apóstolo da Amazônia”.

pastor da Primeira Igreja Batista de Juruti - PA.

Departamento de Comunicação da Convenção Batista do Pará

A Primeira Igreja Batista de Juruti, no oeste do Pará, na Regional Baixo-Amazonas, comemorou o Centenário de fundação, e para celebrar a data, realizou nos dias 07 a 09 de abril uma programação especial aberta à comunidade em geral, no templo localizado ao lado dos Correios.

O preletor foi o pastor Hilquias Paim, presidente da Convenção Batista Brasileira (CBB), teve a participação do cantor Klev e apresentação dos corais das Igrejas do Baixo-Amazonas e da PIB de Juruti - PA.

Foram três dias de muito louvor e adoração a Deus pelos seus anos de emancipação. Louvado e exaltado seja Jesus Cristo, o que venceu e para sempre reinará.

A liderança da Convenção Batista do Pará (COBAPA) organizou uma comitiva para participar das celebrações, contando com a liderança do presi-

dente da COBAPA, pastor Josuberti Costa, a presença de membros da Diretoria Administrativa, com a liderança da Ordem dos Pastores Batistas do Brasil - Seção Pará (OPBBPA), pastor Waldecyr Castro, presidente, e o executivo da OPBBPA, pastor Francinaldo Viegas.

O missionário Regional, pastor Ex-

pedito Amaral, e o missionário Josué Pinheiro, membros da Equipe Executiva, deram apoio ao pastor Obadias Brelaz para os preparativos do centenário da Igreja, e recepcionaram e deram suporte à comitiva.

A liderança da COBAPA ainda realizou um café com pastores e líderes, com a palavra do pastor Waldecy, e do pastor Viegas; missionário pastor Expedito falando das atividades realizadas na regional e pastor Josuberti ouvindo as necessidades da região e dando uma palavra de encorajamento para as líderes.

A Igreja foi plantada pelo “Apóstolo da Amazônia”, pastor Eurico Alfredo Nelson, e organizada em 08 de abril de 1923. A Primeira Igreja Batista de Juriti é pastoreada pelo pastor Obadias Brelaz, neto de um dos fundadores. n

12 O JORNAL BATISTA Domingo, 23/04/23 NOTÍCIAS DO BRASIL BATISTA
Congresso trouxe reflexão sobre a fé cristã e os princípios Batistas

O silêncio de Jesus

Silenciar, na perspectiva das Escrituras, é uma grande dádiva do Pai. Como precisamos ficar em silêncio nas diversas circunstâncias da nossa vida! Silenciar no devido tempo é uma atitude de sabedoria. O nosso silêncio não pode ser confundido com covardia, medo ou conivência com o erro, com a injustiça ou quaisquer formas de pecado. Martin Luther King já dizia: “Eu não me preocupo com o grito dos maus, mas com o silêncio dos bons”. Este silêncio a que o pastor King se refere é o silencio negativo, fruto de medo e covardia. O silêncio positivo é quando aprendo a ficar calado e deixo o outro falar. Quando ouço mais e falo menos. Na verdade, o silêncio é o equilíbrio dos diálogos. Aprender a silenciar no tempo certo é sinal de prudência, de maturidade. Tiago já nos ensina: “O homem seja pronto para ouvir (silêncio), tardio para falar e tardio para se irar” (1.19). Este princípio bíblico é muito precioso nas nossas relações,

inclusive em nossa relação com o Senhor, procurando ouvi-lo mais. Quando silenciamos nós temos a capacidade de aprender e motivar os outros a repartir o coração. Ouvir é uma arte em extinção.

Jesus, para mim, é o exemplo de alguém que ensinou pelo silêncio, pois Suas atitudes e Seus atos falavam na medida certa. Diante dos acusadores da mulher ‘pega’ em flagrante adultério, Ele silenciosamente escrevia na areia. Ele ouviu as duas partes. À luz de cada palavra Ele deu o veredicto. É impressionante a sabedoria do Mestre. Quando da negação de Pedro, o Senhor Jesus só olhou (silêncio) para ele. O olhar do Mestre bastou para desencadear em Pedro uma profunda consciência de pecado, falta de compromisso. O olhar de Jesus levou Pedro a chorar amargamente (Lucas 22.62). Jesus apanhou das autoridades religiosas judaicas, sofreu muito em silêncio. Não buscou defesa para Si, mas simplesmente confiou na justiça do Pai. O silêncio positivo é uma forma de con-

fiança no Senhor. Diante da dor, das injustiças, perseguições, nós temos uma das duas reações: murmurar ou ficar em silêncio louvando no coração e confiando totalmente no Pai Soberano que agirá no tempo certo.

Usar do silêncio, como Jesus ensinou, é uma forma de comunicar humildade, mansidão, respeito e profundo amor (Mateus 11.29). O silêncio sugere um tipo de comunicação eficiente que é a não-verbal. Comunicamos com os olhos, a face, as mãos. Quando o salmista compartilha conosco que ‘esperou paciente ou confiantemente no Senhor’ (Salmos 40.1), quer dizer que em silêncio ele expressou fé e confiança; alegria e paz; harmonia e sintonia interiores e o cântico do coração.

O silêncio é necessário nesta geração tão barulhenta que não o suporta. Estar em silêncio é terapêutico, pois permite ouvir mais os sinais que estão sendo emitidos. O silêncio aguça a audição enquanto o barulho a compromete. Ele permite a atenção concentrada, aumentando a nossa capacidade de

aprendizado. Aprendamos a ouvir atentamente a voz de Deus. Precisamos ler a Bíblia de forma quieta, fazer uma leitura meditativa. O silêncio enriquece e amadure a pessoa que o busca. Orar ao Senhor pedindo mais sensibilidade com a Sua manifestação é uma grande virtude. Dentro dos templos, nos hospitais o silêncio é remédio. Pode ajudar em muito o tratamento.

Aprendamos com o Senhor Jesus o silencio no sofrimento, não abrindo a boca, mas confiando no Pai que tudo pode (Isaías 53; Filipenses 4.13). O Salvador silenciou na Sua morte para ressurreto, dar as boas novas da justificação ao que crê. Uma atitude de coerência. Por ser coerente, Jesus morreu por nós. Ele é o amigo silencioso que revela o Seu amor através de atitudes e atos para a Glória de Deus Pai. Na Sua humilhação e na Sua exaltação (Filipenses 2.5-11), ele demonstrou o quanto estava comprometido com a nossa redenção, a nossa santificação e a nossa glorificação (I Coríntios 1.30). n

Como vivermos de forma destemida

“Não temas, porque eu sou contigo; não te assombres, porque eu sou o teu Deus; eu te fortaleço, e te ajudo, e te sustento com a minha destra fiel” (Is 41.10).

Seria possível viver sem medos e assombros no contexto do mundo atual? Cercados por injustiças, incertezas, inseguranças, ameaças, sem ter a quem recorrer, interferências na forma de educarmos nossos filhos,

desagregação da família? Essa é a realidade do tempo atual, por mais que tentemos dissimular, muitas vezes nos sentimos assustados frente a essas e outras ameaças.

Também diante de uma realidade semelhante que vivia a nação de Israel, Deus lhes enviou essa palavra reanimadora, da qual tiro algumas lições para nós, nesse tempo.

A primeira, consiste em jamais esquecermos que temos a companhia do Deus Todo Poderoso que, além de ser o Criador de todas as coisas, também reina sobre elas, e que nos diz: não

temas, porque eu sou contigo.

Segundo, Ele diz: não te assombres, em sentido de espanto, tristeza, melancolia. Isso, porque Ele nos convida a saber que é o nosso Deus, ou, o Todo Poderoso, imbatível, portanto, um intransponível escudo. Eu sou o teu Deus.

Terceiro, Ele nos mostra como será Sua ação para nos fazer viver de forma destemida, nessa atmosfera de ameaças e perigos: eu te fortaleço, e te ajudo, e te sustento com a minha destra fiel, ou com toda a habilidade e poder exclusivos dele, para suplantar tudo o que for impossível para nós.

Aqui destaco duas particularidades:

A promessa é feita na forma individual: sou o teu Deus; e te fortaleço; e te ajudo; e te sustento.

A segunda é, para que essa promessa se cumpra a cada um de nós, precisamos elegê-lo ou tê-lo como nosso único e soberano Deus. A Bíblia diz: “Porque assim diz o Senhor que criou os céus, o único Deus. Eu sou o Senhor e não há outro” (Is 45.18).

Se, assim crermos e buscarmos a esse Deus, e não a outros que não existem, certamente viveremos de forma destemida, haja o que houver. n

14 O JORNAL BATISTA Domingo, 23/04/23 FÉ PARA HOJE PONTO DE VISTA
Celson Vargas pastor, colaborador de OJB

Educação também é missão?

Lourenço Stelio Rega

A palavra “missão” vem do latim “missĭo”, que significa em sua essência “enviar” também sido também utilizada para indicar alvo a ser conquistado ou mesmo a finalidade a ser alcançada, por exemplo, por uma equipe militar que recebe uma missão a cumprir. E aqui é possível unir os dois significados, há uma missão a ser cumprida e a pessoa é enviada ( missĭo ) para cumpri-la.

Embora a palavra não figure na Bíblia, tem sido amplamente utilizada ao longo do tempo da história para indicar que a Igreja tem uma missão e, por isso, é enviada ao mundo. Aqui entram diversas discussões. Há quem defenda que a missão da Igreja é fazer missões, mas também há quem indique que seja adoração, ensino, serviço, obras sociais etc.

Uma pergunta que poderá nos ajudar: a Igreja tem mesmo uma missão? Christopher Wright, um dos maiores missiólogos da atualidade, pode nos ajudar a compreender um pouco mais ao afirmar que “... não é tanto que Deus tenha uma missão para Sua igreja no mundo, mas que Deus tenha uma igreja para Sua missão no mundo. A missão não foi feita para a igreja; a igreja foi feita para a missão: a missão de Deus. (no livro “A missão de Deus”, Vida Nova, cap 1).

Existe hoje uma profunda e séria discussão sobre esse tema, que talvez estejamos passando ao lado, e será de suma importância dedicar um pouco de tempo para nos aproximarmos, pois disso dependerá a maior priorização no cumprimento de nosso papel que Deus espera na história global.

A criação fez parte do plano de Deus, que foi interrompido pela rebeldia humana e mudou todo curso da história (Gênesis 1-3). Deus poderia destruir e recomeçar tudo de novo, ou simplesmente deixar a própria criação abandonada ao seu próprio destino. Nesse mesmo período inicial da história humana, Deus Se aproxima da obra criada e do ser humano, prometendo a sua restauração, que é descrita essencialmente em Gênesis 3.15, que chamamos nos estudos bíblicos e teológicos como o primeiro evangelho (protoevangelho). Temos aqui o que podemos chamar de “missão de Deus” (no latim missĭo Dei) que é recuperar toda a criação, incluindo o ser humano.

Deus, então, deseja restaurar toda criação e é necessário que compreendamos que em toda Bíblia temos a ação divina seguindo esse rumo que vai além da salvação individual. E aqui outro missiólogo, também importante hoje, Michael Goheen, nos desperta afirmando que “missão é participar da

história da missão de Deus. O papel que o povo de Deus deve desempenhar nessa história dá-lhe sua identidade missional. Portanto, a Igreja é missional por natureza, e sua missão como um todo nasce dessa identidade.” (no livro “A missão da igreja hoje”, Ultimato).

Nesse caminho, ainda é possível compreender que, como povo de Deus, nossa participação é comprometida ao convite do próprio Deus a sermos Seus instrumentos no cumprimento de Sua missão dentro da história do mundo, para a redenção da criação como um todo, inclusive da vida humana. Assim, a nossa participação é ampla pois o Evangelho são as Boas Novas do Reino de Deus, que aponta para a restauração de Seu governo sobre o mundo. No Sermão da Montanha é possível ver isso quando Jesus nos desafia a buscarmos em primeiro lugar o Reino de Deus e Sua justiça (Mateus 6.33).

Goheen novamente nos aponta que “a igreja é um sinal, uma prévia e um instrumento do reino de Deus no mundo, uma comunidade que diz com sua vida, com suas palavras e com seus atos: ‘Jesus é Senhor sobre todas as coisas’. Uma vida de amor altruísta para o bem dos outros é central para o reino de Jesus. Tudo isso submete a igreja à justiça e à compaixão do reino.”

Esse processo da restauração de todas as coisas, inclusive do ser humano individual, pode ser visto no chamado de Abraão, quando Deus aponta para o fato de que ele e sua descendência seriam bênção para todas as nações. Seguindo a linha do tempo, o povo de Israel, como descendência da Abraão, recebe essa herança missional e missionária, que deveria ser um povo de contraste (Goheen), indicando às nações quem era Javé (o Deus de Israel o único Deus) por meio da adoção de um modo de viver baseado em Sua Lei que, de certo modo, seria como que a recuperação do Plano da Criação. Infelizmente Israel acabou falhando e se misturando com as nações absorvendo sua idolatria, seus valores éticos e não cumpriu seu papel. Foi para o cativeiro.

Deus avança na história para continuar com Sua missão, e Judá, ainda como descendência de Abraão, assume o papel de ser um povo de contraste, seguindo o curso da história, mas, em vez de se aproximar das nações, Judá se torna arrogante e cria a dicotomia entre um povo santo (judeus) e os gentios. Tem a promessa do Messias mais próxima (que foi iniciada em Gênesis 3.15) e imagina uma libertação política que será por Ele promovida. Deixa também de ser um povo modelo para as nações. Vindo o Messias, os judeus não apenas O negam, como O crucificam.

Deus, então, segue com o cumprimento de Sua missão e, dos dois povos (judeus e gentios), fez um só povo (Efésios 2; Romanos 9-11), e lhe confia que seja um povo que avance sendo bênção para as nações. Por isso mesmo tanto a Grande Comissão (Mateus 28.18-20), quanto o desafio de At 1.8, apontam para o alcance aos povos da Terra com as Boas Novas que agora tem sido completada com a vinda de Jesus - o Deus encarnado, Seu Filho - que morreu por nós, ressuscitou, foi ascendido e um dia voltará - quatro atos centrais da história da missĭo Dei

A volta de Jesus indicará o final desta fase de vida criada e rebelada contra o Plano da Criação e o início de uma nova linha de completa restauração. Mas é nesse período que vivemos e, ao nos arrependermos de nossa condição rebelde, aceitando a recuperação que nos é oferecida por Deus por meio da obra sacrificial de Seu Filho, que nosso papel como juntos - indivíduos salvos - como Igreja, somos convidados por Deus para darmos prosseguimento ao cumprimento de Sua missão em restaurar todas as coisas (Efésios 1).

E aqui é necessário que tenhamos muita atenção para que possamos cumprir cabalmente a missĭo Dei (a missão de Deus) que nos convoca agora para sermos como que um povo de contraste, uma comunidade de contraste (Goheen) para demonstrar ao mundo o caminho de volta ao Plano da Criação.

Penso que um dos pontos que necessitamos recuperar em todo ensino bíblico é que há, pelo menos dois focos essenciais, como que se fossem dois trilhos de uma estrada de ferro (onde um trilho para a viagem para). Em primeiro lugar existe o que podemos chamar de intencionalidade missionária que envolveria alcançar os povos (longe e perto/urbano) que ainda não foram alcançados pela verdade restauradora das Boas Novas. Aqui temos alguns destaques como a apresentação verbal do Evangelho, envio de missionários a estes campos, levantamento de oferta missionária para o sustento da obra da evangelização e plantação de Igrejas etc. Em resumo seria a ênfase na pregação, na verbalização da mensagem salvadora.

Outro destaque é o que podemos chamar de dimensão missional que é a faceta que envolve a realização dos ideais das Boas Novas na vida concreta e diária de cada pessoa que, arrependida, aceita a salvação. Em outras palavras, é a aplicação nas linhas da história pessoal da concretização dos valores e princípios bíblicos. Ser salvo, como resultado da intencionalidade missionária, tem de

ter como resultado prático e concreto na vida uma dimensão missional de demonstrar ao mundo (às nações) a realidade transformadora das Boas Novas. A dimensão missional tem a ver com a realização da missão de Deus por meio de minhas obras, meu caráter, minha sensibilidade para com as pessoas (generosidade), minha participação com o reestabelecimento do que seja justiça, retidão, conforme o Plano da Criação que foi abandonado e que agora é recuperado por meio da obra restauradora do Filho de Deus, demonstrando às pessoas a realidade do Evangelho que vai além da sua verbalização, de sua pregação. É cada salvo individual unido aos demais salvos individuaiscomo Igreja - agora no meio ambiente em que vive sendo o elo entre Deus e o mundo, que nos vendo verá a Deus por meio de nosso modo de ser, pensar, falar e agir.

Então, o que podemos aprender com tudo isso é que temos aqui duas facetas - a manifestação das Boas Novas tanto por palavras (intencionalidade missionária) e por obras (dimensão missional) - que necessitam andar juntas para que a missĭo Dei se cumpra e ocorra a restauração de toda criação que se completará quando nosso Mestre voltar.

Enquanto isso, cumpre-nos o papel de vivermos nessa história, no meio ambiente em que ganhamos nosso pão diário, como uma SOCIEDADE DE CONTRASTE que demonstre não apenas as Boas Novas verbalmente, mas também por meio de vidas transformadas e transformadoras, promovendo nas estruturas desse mundo o incômodo que os primeiros cristãos provocavam (Atos 17.6) ao vivermos os compromissos éticos cimentados nos ideais bíblicos demonstrando ao mundo sem Deus o que é a vida com Deus.

Enfim, temos o desafio de pregar, anunciar, verbalizar as Boas Novas, mas essas Boas Novas necessitam ser mais do que um cartão magnético que nos dará entrada na Nova Jerusalém. Necessitam ser concretas em nossa vida pessoal, íntima, relacional, matrimonial, profissional, escolar, cidadania etc. e como Igreja.

Depois de tudo isso dá para considerar o papel da educação na formação da vida e caráter da pessoa que aceitou o Evangelho? O quanto a educação poderá contribuir para que a igreja possa ser instrumento no convite em cumprir a missão de Deus sendo uma sociedade de contraste no mundo, além de ser uma sociedade portadora de uma mensagem?

Contatos: rega@batistas.org

Instagram: @lourencosteliorega n

15 O JORNAL BATISTA Domingo, 23/04/23
BATISTA PONTO DE VISTA
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