João Pedro Cavaco - Projectos de Arquitectura 2014-2016

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JOテグ PEDRO CAVACO PROJETOS DE ARQUITETURA



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JOÃO PEDRO CAVACO

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OM2A

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PARQUE URBANO

03

ALFAMA CIDADE CRIATIVA

04

ALBUM

biografia e curriculum

O’neill Mendes, Arquitectos Associados Lda

Arruda dos Vinhos

acupunctura urbana como estratégia de revitalização

processo criativo



Nascido em Lisboa a 19 de Janeiro de 1989, sempre morou em Arruda dos Vinhos onde completou o ensino secundário em Artes no Externato João Alberto Faria. Concluiu o Mestrado em Arquitectura com Especialização em Interiores e Reabilitação do Edificado na Faculdade de Arquitectura da Universidade de Lisboa em 2014. No mesmo ano realizou também na Faculdade de Arquitectura o Curso de Especialização em Arquitectura de Igrejas. Realizou outras formações e atividades que contribuiram para o conhecimento adquirido e o sentido crítico que pretende aprofundar, nomeadamente os trabalhos desenvolvidos com vários arquitetos e professores académicos, como a colaboração no atelier FSSMGN Arquitectos, a monotorização da III Edição do Curso de Especialização em Arquitetura de Igrejas na Faculdade de Arquitectura da Universidade de Lisboa e a participação através do CIAUD (Centro de Investigação em Arquitetura, Urbanismo e Design da FA-UL) no concurso A House in Luanda. Terminou em Janeiro de 2016 o estágio de acesso à Ordem dos Arquitectos no atelier OM2A em Lisboa. Actualmente desenvolve projectos relacionados com arquitectura em nome próprio.


Informação Pessoal Nome: João Pedro Fernandes Pereira Cavaco Data de nascimento: 19/01/1989 Nacionalidade: Portuguesa Estado civil: Solteiro Morada: Praça dos Combatentes da Grande Guerra 9, 2630-269, Arruda dos Vinhos Email: arquitectura@joaopedrocavaco.com Contacto: (+351) 914 300 819 Website: www.joaopedrocavaco.com Experiência Profissional 2015-2016 Função: Arquitecto Estagiário Instituição: O’neill Mendes, Arquitectos Associados, Lda Local: Lisboa, Portugal 2013-2014 Função: Monitor no Curso de Especialização em Arquitetura de Igrejas Instituição: Faculdade de Arquitetura da Universidade de Lisboa Local: Lisboa, Portugal 2013 Função: colaborador Atelier: FSSMGN arquitectos Local: Lisboa, Portugal Educação 2007-2014 Grau obtido: Grau de Mestre em Arquitetura com especialização em arquitetura de interiores e reabilitação do edificado Instituição: Faculdade de Arquitetura da Universidade de Lisboa Local: Lisboa, Portugal 2013-2014 Grau obtido: Especialização em Arquitetura de Igrejas Instituição: Faculdade de Arquitetura da Universidade de Lisboa Local: Lisboa, Portugal 2010-2011 Grau obtido: Programa Intercâmbio Erasmus Instituição: Faculté d’Architecture La Cambre Horta, Université Libre de Bruxelles Local: Bruxelas, Bélgica


Experiência Relevante 2015 – Competições: Concurso Parque Urbano de Arruda dos Vinhos, CMAV e OASRS 2015 – Publicações: “Alfama Creative City: Acupuncture as Urban revitalization strategy” in 3NTA: http://ww w.3nta.com/alfama-creative-city-acupuncture-as-urban-revitalization-strategy/ 2013 – Publicações: “Cruzamento de memórias: criar laços ao projetar” in Representações da Cidade no mundo Lusófono e Hispânico. Rio de Janeiro: ISBN: 978-85-88341-58-6, 2013 2013 – Conferências: “Cruzamento de memórias: criar laços ao projetar” in Representações da Cidade no mundo Lusófono e Hispânico, Lisboa - orador 2013 – Workshops: Workshop intensivo em projeto urbano, Faculdade de Arquitetura da Universidade de Lisboa, Lisboa, Portugal 2013 – Competições: Concurso Prémio Universidades Trienal de Lisboa Millennium BCP – Close, Closer 2013 – Voluntariado: Benfeitor da Trienal de Arquitetura de Lisboa 2012 – Competições: Concurso Desafios Urbanos’12, Espaço de Arquitetura, Guimarães Capital Europeia da Cultura 2012 2012 – Formação complementar: Curso de Archicad – nível I, ARQCOOP, Lisboa, Portugal 2011 – Concursos: XXII Concurso Ibérico de Soluciones Constructivas Pladur - La Ciudad Inacabada. Colonización de Esqueletos, Faculdade de Arquitetura da Universidade de Lisboa 2010 – Concursos: House in Luanda: Patio and Pavilion, Trienal de Arquitectura de Lisboa – Let’s talk about houses 2010 – Workshops: Arquitetura Fora de Horas, Faculdade de Arquitetura da Universidade de Lisboa, Lisboa, Portugal 2009 – Workshops: Architettura citta’ território in trasformazione tradizione - VII International Seminary of Architectural Desgin - Sapienza – Universita’ di Roma, Narni, Italia 2009 – Workshops: Sta(i)rway to heaven – Habitação para um astrónomo – Design Contest Arquitectura de Interiores – Faculdade de Arquitetura da Universidade de Lisboa, Lisboa, Portugal Competências Artísticas e Técnicas Boas capacidades de desenho à mão livre e construção de maquetas em diferentes materiais. Aptidão para o desenvolvimento de projecto de execução e acompanhamento de obra. Software Mac OS and Microsoft Windows: Office Adobe: Photoshop, Illustrator, Indesign Desenho 2d: Autocad BIM: Archicad Modelação: Autocad 3d, Sketchup Pro, Rhino Renderização: Artlantis, Cinema 4d Línguas Português: língua nativa Inglês: fluente na compreensão, escrita e discurso Espanhol: conhecimento básico Francês: conhecimento básico Alemão: conhecimento básico

Características pessoais Responsável, elevada motivação e curiosidade em aprender Bom a trabalhar em equipa e capacidade de cooperação Interesses Viajar, arte, fotografia, curadoria, desporto


Estágio Ordem dos Arquitectos

OM2A

O’neill Mendes, Arquitectos Associados Lisboa, 2015-2016 Trabalho de colaboração com Miguel O’neill Esquivel

Fotomontagem projecto Escola Secundária Monte da Caparica

A colaboração no atelier OM2A, de Fevereiro de 2015 a Março de 2016 fez parte do estágio para a Ordem dos Arquitectos da Secção Regional Sul.

Levantamento de anomalias e actualização do projecto da Escola Secundária do Monte da Caparica, para retomar a obra entretanto parada;

O estágio abrangiu várias funções, tendo o seu foque principal na realização do projecto de execução e acompanhamento da obra de reabilitação de dois armazéns em Marvila e alteração de uso para habitação. Os dois espaços deram origem a dois Lofts que apesar de conterem características tipológicas distintas, caracterizam-se por dois espaços com qualidades espaciais semelhantes e dessa forma a distribuição espacial e de acessos ser semelhante. Da execução do projecto fez parte a definição de revestimentos de pavimentos e paredes, bem como o projecto de iluminação e o projecto de mobiliário, desenhando em pormenor vários elementos como armários, guardas, cozinha, entre outros.

Projecto de Licenciamento e Licenciamento Industrial da Fábrica Farmacêutica, Hikma, em Sintra;

Para além deste trabalho foram desenvolvidas outras funções relativa a outros projectos:

Proposta e Licenciamento de projecto de alterações de um armazém para fábrica de produtos farmacêuticos - Poppygrowing - em Sintra. Realização de um pedido de informação prévia para a reabilitação de edifícios industriais em Alcântara, Lisboa, e proposta de espaços de trabalho e eventos; Acompanhamento de obra pontual e projecto de execução de apartamento inserido no projecto de reabilitação de um edificío de serviços e habitação na rua Rodrigues Sampaio em Lisboa; Licenciamento de projecto de alterações de espaço exterior de uma moradia em Birre, Cascais;

01


Fotomontagens projecto FĂĄbrica FarmacĂŞutica Hikma, Sintra


Fotografias da obra da reabilitação e reconversão de dois armazéns em Lofts, Marvila, Lisboa



Fotografias da obra da reabilitação e reconversão de dois armazéns em Lofts, Marvila, Lisboa



Concurso Público

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Parque Urbano Arruda dos Vinhos

Câmara Municipal de Arruda dos Vinhos e Ordem dos Arquitectos, 2015 Co-autoria com Ana Duarte e Tiago Torres Campos

Fotomontagem do anfiteatro

O principio da intervenção pretende unificar áreas verdes de interesse social e cultural existentes na vila, com a futura estrutura do parque, bem como o projeto apresentado no estudo preliminar de qualificação do Rio Grande da Pipa. Assim sendo, com base na ciclovia já inaugurada que atravessa o atual parque desportivo da vila e o liga ao jardim do Centro Cultural do Morgado, propõe-se uma ligação na continuação deste eixo, através da rua 5 de Outubro até ao proposto parque urbano. Após o atravessamento do parque, junto ao leito do rio é proposta uma alteração do desenho previsto no estudo preliminar de qualificação do Rio Grande da Pipa, através de uma ponte pedonal no sobre o rio no limite oeste do terreno que, além de desviar o percurso do eixo da ponte automóvel da Rua Cândido dos Reis, integra no percurso ciclável e pedonal a estrutura pública já existente do centro de convívio sénior.

O conceito para a elaboração do projeto surge então da continuidade dos princípios de intervenção para a área de estudo e das características topográficas, naturais e urbanas do próprio terreno. Tendo em conta o perímetro do terreno demarcado a norte pela urbanização existente e a sul pelo leito do rio surgiu a ideia de criar um parque que se ligue com a vila através da ativação dos seus limites com um programa mais intenso, libertando o interior e a faixa ao longo do rio para zonas menos intervencionadas e com um uso mais “livre” e enquadrado com a naturezaque o envolve. Nesse sentido, propoe-se criar no limite do terreno as infraestruturas necessárias de apoio aos seus utentes e que potenciem a sua utilização, aproximando de forma direta o parque à vila e aos seus habitantes.


PROGRAMA CAFETARIA

ATERRO/ CAMPO DE FEIRAS

PARQUE INFANTIL

PARQUE INFANTIL

PARQUE MERENDAS

MIRADOURO SKATE PARQUE

“POÇO”

NORA PONTO DE INFORMAÇÃO

PLANTA GERAL DA ÁREA DE ESTUDO esc. 1:2000

ENTRADAS, PERCURSOS E PONTOS SINGULARES

VEGETAÇÃO

ÁGUA

MOVIMENTOS DE TERRAS

ENTRADA PRINCIPAL ENTRADA SECUNDÁRIA PONTO SINGULAR PERCURSO PRINCIPAL PERCURSO SECUNDÁRIO

PARQUE FLORESTAL PARQUE DE SEQUEIRO PARQUE REGADIO GALERIA RIPÍCOLA

RIO PLANO DE ÁGUA

TERRENO EXISTENTE ESCAVAÇÃO ATERRO PERCURSOS


CORTE B B’

Cortes gerais da proposta

CORTE C C’

Fotomontagem do miradouro e skate parque


Proposta do skate parque e miradouro e anfiteatro

Fotomontagem do percurso junto ao rio da Pipa


Projecto Académico I Projecto Final de Mestrado

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ALFAMA CIDADE CRIATIVA

Acupunctura Urbana como estratégia de revitalização Faculdade de Arquitectura - UL, Lisboa, 2014 Orientação: Maria Dulce Loução Co-Orientação: Pedro Marques de Abreu

“Since remote times architecture has helped man in making his existence meaningful. With the aid of architecture he has gained a foothold in space and time. Architecture is therefore concerned with something more than practical needs and economy. It is concerned with existential meanings.” Christian Norberg-Schulz

Numa sociedade que vive de uma imagem fugaz, e que valoriza o consumo imediato contra o valor que os objetos têm em si, é subvalorizado o carácter humano e a qualidade histórica intrínseco em certos lugares, em prol de uma vontade fácil e prática do novo. Este pensamento leva a que se abandonem certas partes da cidade, que já não estão ajustadas aos novos modos de vida e se tornam em “museus urbanos” para turistas, como o caso de Alfama. Alfama Cidade Criativa, é um projeto desenvolvido num bairro consolidado da cidade, com elevado valor patrimonial e na história do desenvolvimento urbano de Lisboa. Este trabalho, desenvolvido numa estratégia de “acupunctura” urbana, que sugere a reabilitação de diferentes estruturas ao longo do bairro, tem como objectivo “curar” este pedaço de cidade, revitalizando-o. Deste modo, antes de propor qualquer tipo de intervenção que sugira uma alteração da forma ou do tema, foi necessário um estudo sobre o território

e o lugar. Para isso, recorreu-se a uma investigação histórica do bairro e da cidade, compreendendo como ambos foram crescendo ao longo do tempo. Esta forma inicial de aproximação ao território, requer um estudo posterior que visa uma aproximação ao lugar através de uma leitura fenomenológica, de modo a alcançar o seu sentido, para além do valor funcional, estético ou histórico. Desta forma, consegue-se encontrar as razões sinceras que levam a uma estratégia de reabitação que não rompa com a atmosfera do lugar, criando “laços” e relendo memórias. Posteriormente, as memorias do lugar dão origem ao tema e à forma de projeto, que ao serem cruzadas com as memórias do autor determinam o projeto. Assim sendo, entende-se como se deve fazer arquitetura a partir das memórias dos lugares, tentando dar resposta às necessidades atuais, provenientes dos novos modos de habitar a que as cidades consolidadas se têm de ajustar.

Axonometria Alfama



Premissas Programáticas Com base numa pesquisa sobre o pensamento e produção do trabalho artístico que fomenta a transdisciplinaridade, recolheu-se informação relativa a cada um dos edifícios mapeados e propôs-se uma função para cada um deles que se adapte à pré-existência e às respectivas qualidades espaciais. A maioria deles são espaços de trabalho individuais que se distinguem em três tipos: os ateliers, os ateliers oficina e os ateliers performativos. Os ateliers dizem respeito a espaços de menor dimensão destinados a albergar trabalhos de cariz artístico que requeiram ferramentas de trabalho mais pequenas, nomeadamente ateliers de arquitetura, escrita, design, pintura, fotografia, trabalho editorial, cerâmica, entre outros. Os ateliers oficina propõem-se ser pensados como espaços que possam albergar não só qualquer uma das artes também desenvolvidas nos ateliers numa escala maior, como podem alojar a produção de artes que impliquem objetos de maiores dimensões, como a escultura. Os ateliers performativos são destinados a produções artísticas relacionadas diretamente com o corpo, como a dança e o teatro, ou com a música, e dessa forma alojam-se em espaços com áreas interiores superiores. No sentido de fomentar a interação entre os artistas, destes com a comunidade, e consequentemente com resto da cidade, propõese também criar espaços comuns que promovam o dialogo e a produção artística conjunta. No terreno abandonado, onde se tenciona criar o espaço de transição entre o miradouro de Santo Estevão e o “interior” do bairro, cria-se o espaço de contágio. Além deste propõe-se criar um espaço de coworking e um outro espaço que funciona como arquivo e biblioteca com pequenas salas de trabalho de investigação mais teórica. Estes três espaços são aqueles que funcionam em contacto permanente com o público, tentando aproximar a comunidade moradora do bairro aos artistas e ao trabalho produzido, de modo a enriquecer ambas as partes. Os ateliers, apesar de serem espaços mais privados, propõem-se que sejam abertos ao público pelo menos uma vez no ano, integrados num percurso artístico que se propõe criar. Neste sentido, de forma a promover a realidade artística proposta, e consequentemente o bairro, decidiu-se criar uma rota sinalizando os edifícios a partir de um símbolo em painel de azulejo que é seccionado de forma a corresponder cada parte a um dos espaços mapeados. Assim, é possível reconhecer uma rota no meio da malha densa do bairro que evidencie e gere uma leitura imediata do percurso a partir de um mapa, aquando este tipo de eventos passiveis de acontecer.

Fotografia maqueta


“Se, como mantêm os filósofos, a cidade é como uma casa grande e a casa por sua vez uma pequena cidade, não podem as várias partes da casa ser consideradas miniaturas de edifícios?” Alberti


CASA DA REGUEIRA Atelier Artistico

Com base na pesquisa desenvolvida relacionada com o tema e forma da intervenção, decidiu-se, com base numa estratégia de reabilitação, desenvolver um projeto que valorize o carácter patrimonial do edifício. Dessa forma, olhando para aquilo que o edifício constitui enquanto referência no lugar, decidiu-se manter e reconstruir a fachada com base na estrutura original, mantendo para isso os limites existentes dos diferentes pisos, que demarcam os ressaltos edificados em diferentes fases. A nível de espaço interior, tentou-se clarificar os espaços, e potenciar as áreas existentes demolindo a maioria das paredes interiores. Neste sentido, os espaços ficam definidos principalmente pelos desníveis existentes, permitindo a criação de maiores áreas de trabalho apropriáveis pelos artistas, consoante as suas necessidades. A estrutura de escadas é o único elemento que, apesar de refeito, é desenhada com base na sua forma original, dada a importância que este elemento tem não só na configuração dos espaços interiores, mas também na relevância que têm na forma como o edifício foi erguido. De forma a realçar a sua importância, estas funcionam quase como um objecto, destacado do resto do edifício, que intersecta os diferentes níveis. A sua materialização e estrutura construtiva também diferem das usadas na construção original, sendo compostas por uma estrutura metálica revestida por viroc. Este material, além de plasticamente, contrastar com a madeira do pavimento e a alvenaria irregular de pedra das paredes do espaço, é preto no revestimento exterior e interior das paredes da estrutura, e branco no revestimento dos degraus e no da estrutura, desenhando um lambrim. A nível de fachada, o edifico assume o desenho original, apesar da reedificação das paredes dos pisos de ressalto. Com base em registos fotográficos, foi possível recuperar o desenho de alguns elementos caracterizadores da fachada, como no caso do embasamento do edifício que era mais alto do que o atual, e se recupera, ou o desenho de algumas caixilharias que foram alteradas, ou já não existem, devido ao encerramento dos vãos em tijolo. Não existe também a intenção de rebocar as paredes estruturantes que são mantidas, mas apenas pinta-las de branco de forma a preservarem as irregularidades e imperfeições do tempo.

Fotografia edificío

Kunstcampus Berlin E2A Eckert Eckert Architects


Fotografia maqueta de estudo


Cobertura

Quarto / Espaรงo Descanso

Quarto / Espaรงo Trabalho e Leitura

Sala / Espaรงo Trabalho

Cozinha / Espaรงo Reuniรฃo

Loja / Oficina

Axonometria


Alรงado principal Escala 1:200

Corte longitudinal Escala 1:200


CASA DO PENEREIRO Atelier/Oficina Artistico

A ideia do projeto baseia-se na transição de espaços interiores e exteriores, que em Alfama é muito particular e pretende explorar estes momentos com base nas diferenças de apropriação públicoprivado muito ténues. Desta forma, assumindo o terreno e a pré-existência como cheio, escavamse pátios com diferentes escalas e relações com o exterior. No processo de reabilitação do edifício, a grande alteração recai no posicionamento das escadas, que passam agora para a empena sul, libertando a fachada norte para o terreno, potenciando a qualidade do espaço interior com aberturas de vãos para o pátio. A circulação vertical e os espaços de águas desenvolvem-se ao longo de um novo bloco que intersecta o edifício de cima a baixo. Intersectando as lajes, este volume em estrutura metálica, demarca uma verticalidade no espaço devido à sua materialização.

Fotografia edificío

O novo corpo que surge no terreno surge da escavação dos pátios e apenas toca na préexistência ao nível do piso zero, funcionando como um prolongamento da zona de loja, agora oficina, que se abre em torno do pátio mais privado. Na continuidade do perímetro do terreno surge um volume que alberga um espaço singular que pode ser apoderado para a produção de obras de maior escala, pode funcionar como sala de máquinas, ou apenas um espaço que se abre diretamente para o exterior e se transforma num prolongamento coberto do pátio. Na ideia de manter uma uniformidade na intervenção sobre as pré-existências que criam esta rede de espaços de trabalho, apenas se propõe pintar de branco a fachada da pré-existência sem a rebocar, de modo a assumir as deformações e “rugas” do edifício no tempo. Existe ainda um outro acesso à cobertura do novo corpo, que se assume como um espaço exterior-interior, por estar dentro dos limites do terreno mas funcionar como um prolongamento da rua para o interior do espaço. Deste terraço é possível ter contacto visual direto para o pátio da loja, e aceder diretamente ao primeiro piso da pré existência, onde está a sala de trabalho.

Gilli III Eduardo Chillida

Fotomontagem pátio



Planta piso 0 Escala 1:200

Alรงado principal Escala 1:200


Planta piso 1 Escala 1:200

Corte transversal Escala 1:200


Planta piso 2 Escala 1:200

Corte transversal Escala 1:200


Planta piso 3 Escala 1:200

Corte longitudinal Escala 1:200


1 2 3 4 5 6 7

8

9

10

11

12


Fotomontagem espaço trabalho

Corte construtivo Legenda:

1 Telha Canudo 2 Tela Impermeabilizante 3 Caixa de Ar 4 Isolamento TĂŠrmico 5 Viga de Madeira 6 Ripas de Madeira 7 Revestimento de Madeira 8 Pavimento em Madeira 9 Ripas de Madeira 10 Isolamento 11 Barrotes de Madeira 12 Gesso Cartonado


PÁTIO DOS GATOS Espaço de Contágio

A ideia do projecto, na continuidade do espaço público com diferentes escalas e apropriações em Alfama, visa criar um pátio na área maior do terreno, cercado por um edifício onde se localiza o espaço de contágio. O desenho deste edifício resulta das direções dos edifícios circundantes ao terreno, partindo do desenho de espaços fragmentados de diferentes alturas e proporções, que assumem essas direções e se interligam, formando um corpo único. Este corpo é divido em dois, traçando um atravessamento que permite o acesso ao interior do pátio pelo beco do Loureiro, e o liga a um novo percurso criado na outra extremidade do terreno, em torno de um novo edifício proposto. Esta nova rua, na extremidade sul do terreno é criado para permitir uma nova transição entre o miradouro e o interior do bairro, interrompido ao nível do pátio de forma a incitar a que as pessoas parem naquele lugar. O percurso inicia-se na continuidade do largo em frente a igreja de Santo Estevão, à cota 29, descendendo em rampa para o nível da cobertura do edifício proposto para a zona sul do terreno, Aqui é criado, no sentido ascendente da cobertura do edifício, uma bancada em pedra lioz, na continuidade do pavimento do percurso, onde se pode parar e observar o cenário criado pelo movimento das águas desordenadas de Alfama, que ascendem na colina. Este momento permite fazer uma transição gradual entre a vista do horizonte do miradouro, e o panorama controlado em direção à colina que este lugar oferece. Continuando a descer, perdendo a noção do horizonte e a visão superior da colina, acede-se então ao pátio, à cota 21, onde o desenho do percurso instiga o ingresso neste. O pátio, desenhado pelos limites do novo edifício com diferentes ângulos, é clarificado pela curva da pala, que separa a transição entre este e o interior dos espaços. Na projeção do desenho desta pala elipsoidal sobre o pavimento, é feita a sua marcação através de uma alteração de materiais, de pedra lioz na parte coberta, como prolongamento do percurso, e relva na zona central descoberta. Este espaço verde, cercado pelos muros quase encerrados do edificado envolvente proposto, além de relvado, é caracterizado por plantas de cheiro de pequeno porte, remetendo à ideia do hortus conclusus,para potenciar a permanência dos utentes.

Fotografia edificío

Serpentine Pavillion Peter Zumthor


Esboรงos de estudo


Fotografias maquetas


Processo de trabalho Fotografias maqueta


Corte longitudinal


1

5

10


Planta piso -2

1

5

10

Planta piso -1

1

5

10


1

Planta piso 0

Planta cobertura

1

5

5

10

10


Fotomontagem pรกtio Fotomontagems cisterna

Corte transversal

1

5

10



Fotografias maqueta




ALBUM


Projecto Académico l Laboratório de Arquitetura III

DES EN QUADRADO Objeto como origem do projeto

Faculdade de Arquitectura - UL, Lisboa, 2008 Professor: Margarida Grácio Nunes Maria Dulce Loução



Projecto Académico l Materiais II

DECLIVE

Quiosque para ruas inclinadas Faculdade de Arquitectura - UL, Lisboa, 2008 Professor: Luís Rosmaninho



Projecto Acadテゥmico l Construir Habitar Pensar

HABITテ,ULO Projetar a construir

Faculdade de Arquitectura - UL, Lisboa, 2012 Professor: Pedro Marques de Abreu








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