Catalogo Curt'Arruda

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P RÉMIO CU RT’ARRUDA MOSTRA DE CINEMA

concerto O MANIPULADOR

Curt’Arruda 3º Festival de Cinema de Arruda dos Vinhos

14, 15, 16 Outubro

Clube Recreativo Desportivo Arrudense C ICLO CARLOS CONCEIÇÃO

concerto LES CRAZY COCONUTS

PRÉMIO FILM’ARRUDA Organização

Apoios

Patrocínios


Curt’Arruda Escolas

Sessão EJAF e Gustave Eiffel 14 Outubro - 9h30 Sessão Escolas Primárias 14 Outubro - 10h30/11h30 Auditório Municipal - Palácio do Morgado


Estamos todos juntos. É essa a nossa curta-metragem. A arte de aproximar, de unir e partilhar. Estamos aqui. Para ver a realidade que nasceu de um sonho. Para nos vermos tal como somos. Para nos vermos tal como gostaríamos de ser. Para aprendermos a ser e a estar uns com os outros. Respeitando a diversidade, o desacordo. Diferentes, somos o mundo inteiro. Estamos juntos na aprendizagem da generosidade, da tolerância, da liberdade, do compromisso com o mundo. Não estamos aqui para assistir. Não somos apenas espectadores. Estamos aqui porque queremos fazer parte da transformação, porque queremos acrescentar. Estamos aqui pelas perguntas: a arte não responde. Estamos aqui por nós. O mundo diz-se na primeira pessoa do plural. E o cinema diz o mundo. Somos os matemáticos da imaginação. Somos os mágicos da realidade. Somos. No cinema não temos idade, raça, nacionalidade; não temos fronteiras, muros, distâncias. Tudo é perto. Tudo está perto. Ser, estar, ver, sentir, ouvir, imaginar, reflectir, entender, questionar, saber, recordar, eis alguns verbos. E de verbos se faz a Acção. Move-se o mundo. Move-se a vida e a morte. Move-se o humano que somos e o desumano que há em nós. Move-se tudo. As vozes, os olhares, os silêncios, os sentimentos. Rimos e choramos. Existimos. O cinema aproxima-nos do indivíduo e da colectividade; é uma forma comprometida de estar connosco e com o Outro. As imagens são um reflexo. O cinema não envelhece. Nos filmes somos sempre crianças. Porque o olhar é sempre de descoberta. Porque a inocência é a força dos sonhos, e sem eles nada vale a pena. Estamos aqui mas não somos números. Cada um de nós tem um nome, uma vida, uma morte. Cada um de nós tem alegrias e tristezas, sonhos e pesadelos, frustrações e medos, memórias (boas e más). Cada um de nós é uma máquina de filmar. E uma máquina de filmar

é um modo de ver. O cinema, pelo olhar, é um modo de interpretação da História, pessoal e universal. Não somos números, mera álgebra de todos os esquecimentos, e não poucos enganos, mas não nos esquecemos da tabuada porque todos os filmes são uma homenagem à infância. Da vida, do Homem, do mundo. Estamos aqui porque gostamos de aprender a somar e a multiplicar. Não gostamos de fazer contas de diminuir. Não temos vocação para ensinar contas de dividir. Estamos aqui. Somos comunidade. Língua nova em construção, alfabeto que vem primeiro do coração. Arruda: morada nascente de todos os afectos partilhados. O cinema engrandece. As formas ganham uma vida maior, e as palavras oferecem aos corpos o sentido e a grandeza humilde que a alma procura. Cinema são cinco sentidos. Cinema é estar aqui; é olhar à volta e para dentro. Cinema é o avesso da solidão. Aqui: Arruda. Lugar de esplendor entre o novo e o velho, a modernidade e a tradição; lugar primordial onde ecoam as crenças, as superstições, as vozes antigas, a lentidão do passado e a voracidade do presente. Estamos a construir o futuro, esse vale encantado. Estamos no campo do cinema. A ruralidade não existe, porém, sem o erro, o defeito, a maldade, a inveja e a mesquinhez, o abandono e as ruínas de tudo. Porque o mal não é uma falácia urbana. E o cinema também é feito para revelar o Homem em toda a sua miséria. A todos os que criaram este festival, a todos os que o apoiaram, a todos os que lhe deram vida, devemos uma homenagem. Uma homenagem simples. A todos nós. Sem pedantismos. Sem ideias de grandeza. Sem glorificações. E que agora tudo possa começar, para que, como num espelho, surja o Homem, esse maravilhoso ardil. NELSON QUINTINO


PROGRAMAÇÃO CURT’ARRUDA 2016 14 DE OUTUBRO - SEXTA-FEIRA

CURT’ARRUDA ESCOLAS 9H30 - SESSÃO EJAF E GUSTAVE EIFFEL ONE DAY OF RAIN - ani. 3’ PUTO - fic. 11’ AN ORIGINAL CLICHÉ - ani. 4’ 14 ANOS E UM DIA - fic. 12’ 10H30/11H30 - SESSÕES ESCOLAS PRIMÁRIAS

16H30 - MOSTRA O TRÍPTICO DA ÁGUA - doc./fic. 21’ ONE DAY OF RAIN - ani. 3’ IRENE - doc. 9’ ÉPOCA BAIXA - doc. 7’ OOBE - fic. 7’ 18H30 - MOSTRA + FILM’ARRUDA O REBOCADOR - fic. 15’

RED - ani. 5’

CASA DA QUINA - doc. 9’

QUANDO OS MONSTROS SE VÃO EMBORA - fic. 12’

FRAGMENTOS DE UM SONHO - fic. 6’

DONA FÚNFIA - ani. 6’

BRUXA D’ARRUDA - fic. 11’ 21H30 - SESSÃO ABERTURA + CURT’ARRUDA CAMPO DE VÍBORAS - fic. 20’ O ASSALTO - fic. 16’ ATOPIA - doc. 11’ ASCENSÃO - fic. 18’ 23H30 - CONCERTOS O MANIPULADOR


15 DE OUTUBRO - SÁBADO

16 DE OUTUBRO - DOMINGO

16H30 - CICLO CARLOS CONCEIÇÃO

16H30 - MOSTRA

CARNE - fic. 20’

RED - ani. 5’

INFERNO - fic. 20’

PROVAS, EXORCISMOS - fic. 25’

VERSAILLES - fic. 20’

14 ANOS E UM DIA - fic. 12’

18H30 - MOSTRA AFRODITE - fic. 10’

OUTUBRO ACABOU - fic. 24’ 18H30 - CURT’ARRUDA

AN ORIGINAL CLICHÉ - ani. 4’

DONA FÚNFIA - ani. 6’

TINY LITTLE DELICATE FOREIGN CASTLES - doc. 11’

BERLENGA GRANDE - doc. 28’

LUX - fic. 11’ PERTO - fic. 20’ 21H30 - CURT’ARRUDA

O QUE RESTA - doc. 39’ FLORESCER - doc. 11’ BALADA DE UM BATRÁQUIO - doc. 11’ 23H30 - CONCERTOS

LES CRAZY COCONUTS A MINHA VIDA DAVA UMA BANDA SONORA mixed by PLAYMOBIL

RAIMUNDO - doc. 28’ 21H30 - SESSÃO ENCERRAMENTO FILME VENCEDOR BOA NOITE CINDERELA - 30’ 23H30 - SESSÃO SURPRESA


Prémio Curt’Arruda

JÚRI

PRÉMIO 1.000€ ANTÓNIO JÚLIO DUARTE

António Júlio Duarte nasceu em Lisboa em 1965. Formado em fotografia na AR.CO, em Lisboa, estudou ainda no Royal College of Arts, em Londres e na ULHT/ECATI, Lisboa. Expõe regularmente em Portugal e no estrangeiro desde 1990. Das suas mais recentes exposições individuais destacam-se: Suspension Of Disbelief no Centro de Artes Visuais, Coimbra, António Júlio Duarte na Galeria Pedro Alfacinha, Lisboa em 2016, Mercúrio, Galeria Zé dos Bois, Lisboa em 2015 e Japão 1997, Centro Cultural Vila Flor, Guimarães em 2013. Das últimas exposições colectivas em que participou destacam-se: Edita: Secuencia / Sentido, Centro Galego de Arte Contemporánea, Santiago de Compostela, Espanha, 2015 e Le Bal Books Weekend: Live Editing Show, 3e Édition du Festival du Livre de Photographie du Bal, Saison Portugaise, Le Bal, Paris, França, 2014. É autor de vários livros de fotografia: East West (1995), Peepshow (1999), Lotus (2001), Agosto (2003). Em 2006 foi publicado pela ADIAC o livro António Júlio Duarte, uma recolha de projetos produzidos entre 1990 e 2005. Em 2011 publicou o livro White Noise (ed. Pierre Von Kleist) e o jornal The Candidate (ed. Ghost Editions). Em 2013 Deviation Of The Sun foi editado pelo Centro Cultural Vila Flor e em 2014 publicou Japan Drug (ed. Pierre Von Kleist). É representado pela Galeria Pedro Alfacinha, Lisboa.


Melhor Curta-Metragem Rural DAVID SANTOS Historiador de arte e curador de arte moderna e contemporânea. Doutorado em Arte Contemporânea pelo Colégio das Artes da Universidade de Coimbra. É atualmente Subdiretor-Geral do Património Cultural e Curador-Geral da BF16 (Bienal de Fotografia / V.F. Xira). Foi Diretor do Museu do Neo-Realismo de 2007 a 2013 e Diretor do Museu Nacional de Arte Contemporânea – Museu do Chiado de dezembro de 2013 a julho de 2015. Autor de diversos estudos sobre arte publicados em catálogos e volumes coletivos, publicou ainda “Marcel Duchamp e o readymade – Une Sorte de Rendez-vous” (Assírio & Alvim, 2007) e “A Reinvenção do Real – Curadoria e Arte Contemporânea no Museu do Neo-Realismo”, (Documenta, 2014). Foi distinguido em 2015 com o Prémio (ex aequo) de Crítica e Ensaística de Arte e Arquitetura – AICA/Fundação Carmona e Costa, e ainda com o Prémio APOM de Investigação. Foi também docente convidado do ensino superior na Escola da Artes da Universidade Católica Portuguesa (2001-2004, Porto), na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa (2015), e professor assistente na Escola Superior de Design do IADE, entre 1998 e 2009. Foi crítico de arte nos semanários “Já” (1996), “O Independente” (1997-2000), e nas revistas “Arte Ibérica” (1997-2000), “Artecapital.net” (2006-2007) e “Arqa – revista de arquitectura e arte” (2000-2013). É mestre em História Política e Social (Universidade Lusófona), pós-graduado em História de Arte e licenciado em História, variante de História de Arte, (ambos pela FCSH da Universidade Nova de Lisboa).

MIGUEL OLIVEIRA Licenciado em Ciências da Comunicação pela Universidade Nova de Lisboa, Miguel Oliveira é editor na SP Televisão desde 2007 e coordenador do departamento de Pós-produção da Procura há 3 anos. Dos projetos que editou para a SP Televisão destacam-se Laços de Sangue (vencedor de um Emmy em 2011), Liberdade 21, Cidade Despida e Mar Salgado. Em 2009 montou a curta-metragem “Assim Assim” do realizador Sérgio Graciano e, 2 anos mais tarde, o filme com o mesmo nome que estreou nas salas de cinema nacionais. Antes de dedicar-se à edição de ficção na SP Televisão e para outros produtores independentes, Miguel Oliveira esteve ligado durante 10 anos a inúmeros projetos de entretenimento das produtoras D&D, Iniozimedia, Fremantle e Endemol.


CURT’ARRUDA - SELEÇÃO OFICIAL 14 de outubro, sexta-feira

CAMPO DE VÍBORAS Cristèle Alves Meira, Portugal, 2016, fic. 20’ 14 de outubro, sex., 21h30 Em Campo de Víboras, uma pequena aldeia de Trás-os-Montes, dá-se uma tragédia. Uma idosa é encontrada morta no seu jardim rodeada de cobras, enquanto a sua filha Lurdes, uma mulher de 40 anos, desaparece sem dizer nada a ninguém. Espalham-se os rumores sobre o misterioso destino desta casa.

O ASSALTO João Tempera, Portugal, 2015, fic. 15’ 14 de outubro, sex., 21h30 Um intruso entra numa casa à procura de algo que possa levar e no fim acaba por sair sem que se saiba se deixou ou levou algum bem, se invadiu ou se foi ele próprio tomado de assalto pelo Destino ou pelas coincidências da Vida. Um filme moral, mas sem finais felizes nem redenção.


CURT’ARRUDA - SELEÇÃO OFICIAL 14 de outubro, sexta-feira

ATOPIA Luís Azevedo e Alexandre Marinho Portugal, 2015, doc. 11’ 14 de outubro, sex., 21h30 Depois de onze anos passados na cidade, José António Baptista regressou à sua terra com o intuito de se dedicar à literatura.

ASCENSÃO Pedro Peralta, Portugal, 2016, fic. 18’ 14 de outubro, sex., 21h30 Ao nascer do sol, um grupo de camponeses tenta resgatar de um poço o corpo de um homem. As mulheres velam o momento em silêncio. Os homens resistem em toda a sua força. No centro: uma mãe espera pelo corpo do seu filho. A espera termina. Das profundezas da terra os homens puxam o corpo do jovem. Como pode a vida terminar quando tudo na natureza renasce infinitamente? À distância o sol espalha-se no horizonte. Nasce um novo dia.


CURT’ARRUDA - SELEÇÃO OFICIAL 15 de outubro, sábado

O QUE RESTA Jola Wieczorek, Portugal/Áustria, 2015, doc. 39’ 15 de outubro, sáb., 21h30 Após um século, um agregado familiar de Lisboa desmembra-se e torna-se no eixo de uma investigação biográfica e contemporânea. O que resta é a memória. Um ensaio sobre o tempo.

FLORESCER Otilia Babara, Portugal, 2014, doc. 11’ 15 de outubro, sáb., 21h30 Victoria é filha única numa família de imigrantes moldavos, em Portugal. Encorajada pela mãe, canta Fado. Apenas partilha os seus verdadeiros sonhos quando está a sós com as suas bonecas.


CURT’ARRUDA - SELEÇÃO OFICIAL 15 de outubro, sábado

BALADA DE UM BATRÁQUIO Leonor Teles, Portugal, 2016, doc. 11’ 15 de outubro, sáb., 21h30 “Simultaneamente estranhos e familiares, distantes e próximos, inquietantes e sedutores, marginais e cosmopolitas, os ciganos apresentam-se envoltos numa aura de ambiguidade. Não se pode dizer que sejam invisíveis, pois dificilmente passam despercebidos.” (Daniel Seabra Lopes) Tal como os ciganos, os sapos de loiça não passam despercebidos a um olhar mais atento. Balada de um Batráquio surge assim num contexto ambíguo. Um filme que intervém no espaço real do quotidiano português como forma de fabular sobre um comportamento xenófobo.


CURT’ARRUDA - SELEÇÃO OFICIAL 16 de outubro, domingo

DONA FÚNFIA - 1ª Etapa da Volta a Portugal em Bicileta Margarida Madeira, Portugal, 2015, ani. 6’ 16 de outubro, dom., 18h30 Dona Fúnfia usou saia desde que se lembra e um dia resolve experimentar um par de calças. Motivada pela nova liberdade de movimentos, decide resgatar a bicicleta da arrecadação e fazer a sua volta a Portugal. Como tem tempo, viaja ao ritmo que as pernas lhe permitem, conhecendo outros lugares e associando os nomes escritos nos mapas a sítios reais, sempre ao som da música tradicional portuguesa que lhe marca o ritmo da pedalada e lhe alegra as etapas mais silenciosas do caminho.


CURT’ARRUDA - SELEÇÃO OFICIAL 16 de outubro, domingo

BERLENGA GRANDE Vitor Carvalho, Portugal, 2014, doc. 28’ 16 de outubro, dom., 18h30 Uma ilha ao largo da costa portuguesa: ponto turístico no Verão, reserva natural o resto do ano. Só os faroleiros lá vivem, no inverno, acompanhados por milhares de aves marinhas.

RAIMUNDO Paulo Abreu, Portugal, 2015, doc. 28’ 16 de outubro, dom., 18h30 Uma pequena equipa de estudantes de cinema vai aos Açores, durante uma semana, acompanhar o trabalho de Raimundo Bicudo, um polémico realizador de São Miguel.


Prémio Film’Arruda

Melhor Curta-Metragem de Arruda PRÉMIO 200€ FRAGMENTOS DE UM SONHO Pedro Oliveira, Portugal, 2016, fic. 6’ 14 de outubro, sex., 18h30 Um jovem pianista vive um dos dias mais importantes da sua vida, o dia em que pode concretizar o seu sonho. Será que ele conseguirá?

A BRUXA D’ARRUDA Rui Vieira e Helder Rodrigues Portugal, 2016, fic. 11’ 14 de outubro, sex., 18h30 Dizem que em Arruda há uma bruxa. Ou será outra coisa?


MOSTRA DE CINEMA O TRÍPTICO DA ÁGUA Rodolfo Silveira Portugal/Alemanha, 2015, doc/fic. 21’ 14 de outubro, sex., 16h30 Ele sonha, acorda, não sabe em que realidade se encontra, a memória de uma musa atormenta-o. Ele decide vivê-la. Zé, o pescador não ensina mais ninguém, como peixes morreram-lhe todos os familiares. Agora é barqueiro do seu Rio. A ilusão representa-o, deixou de acreditar. Agora procura emoções puras. É na natureza que de novo encontra, a Beleza. Uma viagem única e segura ao interior de vidas, memórias e pensamentos trabalhados em torno do objeto Água.

ONE DAY OF RAIN Ágnes Gyorfi, Portugal, 2015, ani. 3’ 14 de outubro, sex., 16h30 Um filme acerca das milhares faces de Lisboa, num breve momento. Diferentes cores e sabores numa cidade, num filme.


MOSTRA DE CINEMA 14 de outubro, sexta-feira IRENE Otilia Babara, Hungria/Moldávia, 2015, fic. 9’ 14 de outubro, sex., 18h30 Irene é avó a tempo inteiro. Ela tem um saco mágico com o qual viaja todos os dias desde a sua vila até Budapeste.

ÉPOCA BAIXA Jola Wieczorek, Portugal/Áustria, 2013, doc. 7’ 14 de outubro, sex., 18h30 Locais deixados pelos turistas durante a época baixa em Portugal. Os dias coloridos de verão ficaram para trás. Mas os turistas deixaram a sua marca.

OOBE Joana Maria Sousa e Manuel Carneiro Portugal, 2015, fic. 7’ 14 de outubro, sex., 16h30 ATÉ ONDE CONSEGUIMOS ESTAR CONSCIENTES DO SUBCONSCIENTE? Um ensaio sobre o que é desconhecido de todos.


MOSTRA DE CINEMA 14 de outubro, sexta-feira

O REBOCADOR Jorge Cramez, Portugal, 2013, fic. 15’ 14 de outubro, sex., 18h30 O Rebocador dá boleia a um jovem condutor que acaba de escapar ileso de um acidente. Pela madrugada dentro, na estrada, não para de falar. O jovem passageiro mantém-se sempre calado. Ele descreve o resultado dos acidentes com que se depara, vai ao fundo da sua memória, levanta remorsos, reabre feridas. O Rebocador fala contra o silêncio do passageiro e às vezes, uma fúria sem alvo e sem medida atravessa-o como uma descarga eléctrica.

CASA DA QUINA Arya Rothe, Portugal, 2015, doc. 9’ 14 de outubro, sex., 18h30 Um esboço de uma cliente regular de um velho bar chamado Café Estádio, em Lisboa. Quina vem-no frequentando nas duas últimas décadas, porque acredita que é o único sítio que cura a sua solidão.


MOSTRA DE CINEMA 15 de outubro, sábado

AFRODITE Gonçalo Nobre de Almeida, Portugal, 2015, fic. 10’ 15 de outubro, sáb., 18h30 Friederich procura a mulher ideal. Refletindo sobre o conceito da busca e o seu propósito.

AN ORIGINAL CLICHÉ Inês Carvalho, Portugal, 2015, ani. 4’ 15 de outubro, sáb., 18h30 Personagens num filme típico de cartoon põem em questão a originalidade do criador desse filme.


MOSTRA DE CINEMA 15 de outubro, sábado TINY LITTLE DELICATE FOREIGN CASTLES Rob Key, Portugal, 2013, doc. 11’ 15 de outubro, sáb., 18h30 A câmara é uma arma perigosa, o argumento racional é inútil e a simples presença é uma possível ameaça. É neste mundo que o realizador entra enquanto tenta filmar embaixadas em Lisboa. Uma jornada que revela a dinâmica e paranoia das forças de segurança.

LUX Bernardo Lopes e Inês Malveiro, Portugal, 2015, fic. 11’ 15 de outubro, sáb., 18h30 Pedro, um escritor solitário, resolve embarcar num desnorteio imaginário para conseguir chegar à ideia para o seu novo romance.

PERTO José Retré, Portugal, 2013, fic. 15’ 15 de outubro, sáb., 18h30 Um emigrante pretende conhecer o filho, acabado de nascer no país de origem. Impedido de viajar pelo patrão, tentará convencê-lo de uma forma pouco convencional. O que é estar realmente perto de alguém?


MOSTRA DE CINEMA 16 de outubro, domingo

RED Márcia Mauricio e Mariana Amaral Portugal, 2015, ani. 5’ 16 de outubro, dom., 16h30 Quando a culpa cresce em nós, como um lobo feroz, esmagando os nossos sentimentos e nos diz: “não vás por ai”… que caminho seguir? Joel é um rapaz de 13 anos que vive dividido entre os seus sentimentos por outro rapaz, perguntando-se se deverá ele seguir pela “estrada” que, interiormente, ele deseja ou deverá ele continuar a caminhada pela “estrada” que todos os outros lhe apontam.

PROVAS, EXORCISMOS Susana Nobre, Portugal, 2015, fic. 4’ 16 de outubro, dom., 16h30 Em Alhandra, entre a serra e o rio, um comboio atravessa a povoação. Óscar, quarenta e oito anos, vinte e cinco de trabalho na mesma fábrica, aguarda a resolução do tribunal relativamente ao pedido de insolvência da fábrica em que trabalhava. Com a produção suspensa e com os salários em atraso, Óscar e os seus colegas continuam a comparecer diariamente ao trabalho, na esperança de garantirem os respetivos postos. Face à confirmação do fecho, Óscar retoma o equilíbrio com o mundo ao ser admitido na fábrica ao lado.


MOSTRA DE CINEMA 16 de outubro, domingo

14 ANOS E UM DIA Lucia Alemany, Espanha, 2015, fic. 18’ 16 de outubro, dom., 16h30 Para Arantxa o mais importante é a sua amiga Rossi, para Rossi o mais importante é o seu namorado Santi. O grande problema de Arantxa é a sua mãe, o de Rossi a sua inocência. Duas histórias de adolescentes que exploram com violência um dia de festa numa pequena localidade valenciana.

OUTUBRO ACABOU Karem Akerman e Miguel Seabra Lopes, Portugal/Brasil, 2015, fic. 24’ 16 de outubro, dom., 16h30 A infância que pega no cinema pelas suas mãos para nos devolver as suas origens.


Curt’Arruda 3º Festival de Cinema de Arruda dos Vinhos

ciclo CARLOS CONCEIÇÃO CARNE

INFERNO

VERSAILLES

BOA NOITE CINDERELA 15 Outubro - 16h30 16 Outubro - 21h30 Clube Recreativo Desportivo Arrudense Organização

Apoios

Patrocínios


© Jean Christophe Husson

Carlos Conceição nasceu em Angola e é licenciado em realização pela Escola Superior de Teatro e Cinema (2006). Anteriormente tinha-se licenciado em Inglês, com especialização em literatura do Romantismo (2002). Em 2005, começou a realizar videoclips musicais e video-arte, ao mesmo tempo que trabalhava com realizadores veteranos entre os quais João Canijo, João Pedro Rodrigues e José Fonseca e Costa. A sua primeira curta-metragem de ficção, CARNE, recebeu o prémio Novo Talento FNAC no IndieLisboa 2010. BOA NOITE CINDERELA estreou em competição na Semana da Crítica do Festival de Cannes em 2014, enquanto VERSAILLES competiu em Locarno, Vila do Conde e Mar Del Plata, entre outros, em 2013. Carlos Conceição foi protagonista, em Dezembro de 2014, de uma mostra integral na Cinemateca Francesa em Paris. O seu trabalho em curta-metragem está editado em DVD em França. Neste momento está a terminar dois filmes novos, um deles uma longa-metragem, que terão estreia ao longo de 2017.


CICLO CARLOS CONCEIÇÃO 15 de outubro, sábado

CARNE Portugal, 2010, fic. 20’ 15 de outubro, sáb., 16h30 “E julgar-te-ei como são julgadas as adúlteras e as que derramam sangue; e entregar-te-ei ao sangue de furor e ciúme. E entregar-te-ei nas mãos deles, e eles derrubarão a tua abóbada, e transformarão os teus altos lugares, e te despirão os teus vestidos, e tomarão as tuas belas jóias, e te deixarão nue e descoberta. Então farão subir contra ti uma multidão, e te apedrejarão, e te trespassarão com as suas espadas.” (Ezequiel 16:38)

INFERNO Portugal, 2011, fic. 20’ 15 de outubro, sáb., 16h30 Numa casa contemporânea, um rapaz tem por função manter a piscina limpa mas acaba por se envolver em atividades comprometedoras.


CICLO CARLOS CONCEIÇÃO 15 de outubro, sábado

VERSAILLES Portugal, 2013, fic. 21’ 15 de outubro, sáb., 16h30 Uma senhora numa cadeira de rodas e um adolescente chegam a uma cabana de praia onde, através de escassos momentos de lucidez, ela vai persuadi-lo a matá-la.

BOA NOITE CINDERELA Portugal, 2014, fic. 30’ 15 de outubro, sab., 16h30 À meia noite Cinderela escapa, deixando para trás um sapato de cristal. Nos dias que se seguem, o príncipe não consegue abandonar a ideia de completar o par.


Curt’Arruda O Manipulador 14 Outubro - 23h30

Les Crazy Coconuts 15 Outubro - 23h30

Playmobil DJ Set 15 Outubro - 00h30 Clube Recreativo Desportivo Arrudense


O MANIPULADOR Membro hiperativo na música portuguesa desde o início dos anos 00, Manuel Molarinho tem percorrido mundo em apresentação de uma panóplia de linguagens musicais que refletem a sua ligação umbilical a mais de uma dezena de bandas e projectos ao longo dos anos. Mas foi na pele d’O Manipulador que derreteu os nossos corações. Embora uma one-man-band assumida, O Manipulador é muito mais que isso. Qual Hidra mitológica, os pedais, os loops e uma abordagem aventureira das quatro cordas desdobram-se (e multiplicam-se) em canções pegajosas e memoráveis. Neste universo em expansão, há ecos de Om ao lado dos Sonic Youth, laivos de punk do século passado pintados com o negro aveludado dos Morphine e dos Tindersticks. Acima de tudo, é notória uma confluência de estéticas que só a solidão d’O Manipulador permite conjugar. Em palco, onde todas estas referências ganham vida e corpo, O Manipulador faz-se acompanhar sempre que possível do artista visual Eduardo Cunha. À música, junta-se uma componente imagética tantalizante e pouco habitual, que ajuda a transformar a música d’ O Manipulador numa viagem sensorial.

A MINHA VIDA DAVA LES CRAZY COCONUTS UMA BANDA SONORA São tão originais quanto sur- mixed by PLAYMOBIL preendentes e com o ritmo marcado pelos sapatos de Adriana Jaulino, Gil Jerónimo e Tiago Domingues completam um conceito que junta o sapateado e as novas tendências da canção pop numa união mais que perfeita. Do rock à dança, os Les Crazy Coconuts surpreendem ao vivo e já foram aclamados pelo júri do Festival Termómetro como melhor formação nacional de 2014, e pela Antena 3 como uma das 3 melhores novas bandas nacionais no Concurso Nacional de Bandas. Para além de terem tocado no festival espanhol Monkey Week, no Coliseu do Porto e de estarem confirmados para vários festivais em 2015 (desde o Indie Music Fest ao NOS Alive) a viagem ainda agora tinha arrancado e o disco de estreia homónimo lançado no final de 2015 foi crescendo com os singles “Belong” e “Speed Shoes” e têm continuado a rota de concertos e festivais como o Bons Sons e começam a marcar também algumas datas no estrangeiro.

Playmobil ou Ruben Esteves é desde novo um apaixonado pela musica e pela sua história no tempo em que o magnético e o vinyl eram os reis da festa. Discreto por naturaza mas grande conhecedor da maioria das correntes musicais, tem como caracteristica principal de os seus sets serem sempre surpreendentes em que a unica promessa é uma viagem sem destino nem barreiras. Já pisou os mais diversos locais de culto Lisboenses assim como festivais ao longo dos anos não se deixa intimidar seja em que ambiente for. Filho de Arruda, está de regresso ao Curt’Arruda, desta vez acompanhado de projeção de video onde apresenta; ‘A minha vida dava uma banda sonora’ - um set tributo com temas que atravessaram a caixa magica e que ficaram a fazer parte do nosso imaginário da 7ª arte.


20 SEGUNDOS

Exposição coletiva de fotografia pinhole Sem tempo, não existe nem cinema, nem fotografia. O tempo, que une a sétima arte ao desenho com luz, regista um momento, uma memória e uma duração. No cinema, o tempo de duração é evidente, cada plano resulta do tempo da ação que é depois reproduzido numa sala escura para o espetador. A fotografia cristaliza esse mesmo tempo de duração da ação, estaticamente, num objeto. Na fotografia, a sala escura é designada de Câmera Obscura, um compartimento totalmente estanque à luz, que se encontra em todos os dispositivos fotográficos desde a sua invenção. Imagine-se uma sala de projeção de filmes em ponto pequeno: o projetor é o sol; o foco e o diafragma, que permitem a entrada de luz no espaço, traduzem-se num pequeno orifício; e por fim, a tela, é o papel fotossensível, que devido aos sais de prata (sensíveis à luminosidade) nele presentes, regista a imagem projetada pela luz, numa escala de tons que vai do preto ao branco. Esta descrição traduz o processo que ocorre dentro de uma câmera pinhole. Um dispositivo através do qual é possível registar uma imagem, bastando apenas retirar uma patilha, que permite a luz solar atravessar pelo pequeno orifício que projeta a imagem a ser fixada numa superfície fotossensível colocada na superfície oposta.


Esta exposição reúne uma seleção de fotografias realizadas por diferentes autores que participaram no evento de fotografia estenopeica “Latas no Campo”, uma parceria do Curt’Arruda com a Imagerie-Casa das Imagens. Várias latas, transformadas em câmeras pinhole, foram espalhadas por Arruda dos Vinhos, provocando e confrontando as pessoas, não apenas com o objeto incomum, como também, a realizar uma fotografia com este processo invulgar. Cada fotografia é uma consequência de um encontro (esperado ou inesperado) do indivíduo com a lata, da descoberta ocasional, e da criatividade e sensibilidade do fotógrafo. É um registo da memória individual de cada um dos participantes, enfatizada pelo tempo de espera para a que a fotografia fique feita: as arcadas de um hospital, a folhagem das árvores, autorretratos, casais que se abraçam, amigos que se juntam, crianças irrequietas, locais icónicos, experimentações e espreitadelas para o interior das latas, são ensaios singulares e pessoais, que se juntos compõem a memória coletiva da vila. 20 segundos, foi o tempo mínimo que cada pessoa registou (n)a sua memória. FILIPA FIGUEIREDO e JOÃO PEDRO CAVACO


Organização

Apoios

PATROCÍNIOS PRÉMIOS

Patrocínios

Auditório Municipal - Palácio do Mo

Sessão EJAF e Gustave Eiffel 14 Outu Sessão Escolas Primárias 14 Outubro -

Escolas

APOIOS

PATROCÍNIOS

Sessão EJAF e Gustave Eiffel 14 Outubro - 9h30 Sessão Escolas Primárias 14 Outubro - 10h30/11h30 Auditório Municipal - Palácio do Morgado Rua Cândido dos Reis, nº88 Tel.: 935046051 2630-233 Arruda dos Vinhos Email: multi.arruda@gmail.com

Organização

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MARILU

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BAGO DOCE CASA D’AVO ARRUDA KIDS CAFÉ DA VILLA FASHION MODA BARBEARIA DO SR. ZÉ

Rua da República, nº38 Praceta Eng.º Mário Gaspar Arruda dos Vinhos


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Auditório Municipal - Palácio do Morgado

Sessão EJAF e Gustave Eiffel 14 Outubro - 9h30 Sessão Escolas Primárias 14 Outubro - 10h30/11h30 AGRADECIMENTOS

André Rijo ANIM - Cinemateca Portuguesa António Duarte António Júlio Duarte António Parente Carlos Carvalho Carolina Roque Ribeiro Cidália Matias Clarisse Pinheiro David Santos

Edmundo Cordeiro Fernando Alvim Fernando Mestre “Pamodi” Filipe Lopes Flávio Freixo Florbela Menezes Francisco Cunha Gonçalo Soares Guilherme Duarte Hélia Carvalho Inês Santos João Duarte João Pedro Lopes Jorge Narciso José Vieira Lucinda Carvalho Magda e Domingos

Maria Ferreira Mário Anágua Manuel Trindade Mário Romão Miguel Oliveira Nelson Gato Nelson Quintino Padre Daniel Paróquia de Arruda dos Vinhos Ricardo Macedo “Merco” Rita Real Sérgio Andrade Sérgio Ricardo Sofia Costa Tony Costa Vanessa Augusto

Escolas

Realização dos Prémios Ana Maria Ramos Ana Marta Pereira Vasco Gargalo

Auditório Municipal - Palácio do Mo

PARCERIAS

O Falcão Centro de Estudos

Sessão EJAF e Gustave Eiffel 14 Outu Sessão Escolas Primárias 14 Outubro -

Escolas

APOIOS À PRODUÇÃO


SALAS CLUBE RECREATIVO DESPORTIVO ARRUDENSE Rua João de Deus, 34 2630-278 Arruda dos Vinhos Tel.: +351 263 975 169

BILHETES Bilhete Sessão: 1,00€ Bilhete Diário: 2,00€ Passe 3 dias: 5,00€

AUDITÓRIO MUNICIPAL

Centro Cultural do Morgado 2630 Arruda dos Vinhos Tel.: +351 263 977 035

Gratuito: Crianças até aos 12 anos

ORGANIZAÇÃO

Câmara Municpal de Arruda dos Vinhos Equipa Curt’Arruda

Sessão EJAF e Gustave Eiffel 14 Outubro - 9h30 Escolas Primárias 14 Outubro -Coordenação 10h30/11h30 Website de Convidados EQUIPASessão CURT’ARRUDA Direção André Agostinho Joel Rodrigues

Rodolfo Filipe

Ana Raquel Machado

André Agostinho Catarina Sentieiro Teixeira João Pedro Cavaco

André Agostinho Joel Rodrigues

Auditório Municipal - Palácio do Morgado Design Spot

Tesouraria e Contabilidade Organização Joana Ricardo Programação André Agostinho João Pedro Cavaco Joel Rodrigues Direção Técnica Joel Rodrigues Direção Artística André Agostinho Comunicação André Agostinho Filipa Figueiredo Joana Ricardo João Pedro Cavaco Joel Rodrigues Coordenação de Voluntários Tânia Serreira

Apoios

Ilustração Ana Margarida Mouralinho Decoração João Pedro Cavaco Exposição Filipa Figueiredo João Pedro Cavaco Reportagem Filipa Figueiredo Cláudia Teodoro João Pedro Cavaco Coordenação de Sala Lara Almeida Montagem Diogo Bruno Pedro Minau Saúl Silva

Patrocínios

Merchandising Cátia Francisco Joana Ricardo Apoio à Produção Augusto Salgueiro Telmo Lopes Voluntários Ana Maria Ramos Ana Maria Serreira Anabela Matos André Pombo Carolina Ribeiro Celeste Rodrigues Célia Martins Flávio Menino Guilherme Duarte Inês Caixeiro Inês Hipólito Jorge Francisco Rui Correia Tatiana Carvalho


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