Memorando final sobre Elviña 2014 (José María Bello Diéguez)

Page 1

MEMORANDO SOBRE A CONTRATACIÓN DA OBRA “ESCAVACIÓNS ARQUEOLÓXICAS NO CASTRO DE ELVIÑA. CAMPAÑA 2014” (Análise e proposta)

JOSÉ MARÍA BELLO DIÉGUEZ, 11 NOVEMBRO 2015


1

Sumario

MEMORANDO SOBRE A CONTRATACIÓN DA OBRA “ESCAVACIÓNS ARQUEOLÓXICAS NO CASTRO DE ELVIÑA. CAMPAÑA 2014” ....................................................................................................................... 1

SUMARIO ......................................................................................................................................... 1

MEMORANDO SOBRE A CONTRATACIÓN DA OBRA “ESCAVACIÓNS ARQUEOLÓXICAS NO CASTRO DE ELVIÑA. CAMPAÑA 2014” ....................................................................................................................... 3 1.

INTRODUCIÓN ........................................................................................................................... 3

3.

O PROXECTO ARTABRIA ............................................................................................................ 6

2. ANO 2001. CONVENIO COA XUNTA DE GALICIA. TITULARIDADE PÚBLICA DO CASTRO DE ELVIÑA E PRIMEIRAS ACTUACIÓNS. ....................................................................................................... 5

4. 5.

6.

7.

3.1. ORGANIZACIÓN DO PROXECTO ARTABRIA ......................................................................................... 7 3.1.1. Equipo Director (v. ANEXO DOCUMENTAL 3) ....................................................................... 7 3.1.2. Coordinadores Executivo e Científico (v. ANEXO DOCUMENTAL 3) ..................................... 7 3.1.3. O Consello Asesor e os seus Comités Científico-Técnicos (v. ANEXO DOCUMENTAL 4) ....... 7 3.2. VIXENCIA DOS NOMEAMENTOS ....................................................................................................... 9 3.2.1. Equipo Director e Coordinación Científica...................................................................... 9 3.2.2. Consello Asesor, Regulamento e Comités ...................................................................... 9 3.2.3. A Dirección Facultativa e a Unidade responsable ........................................................ 10 INTERVENCIÓNS ARQUEOLÓXICAS PROXECTO ARTABRIA 2002-2007...................................... 11

CONVENIO CO MINISTERIO DE FOMENTO ............................................................................... 12

5.1. 5.2. 5.3.

A PREPARACIÓN DO CONVENIO ..................................................................................................... 12 O PROXECTO “CASTRO DE ELVIÑA - HORIZONTE 2012”.................................................................... 13 OS LÍMITES IMPOSTOS POLO PROXECTO .......................................................................................... 14

O PROXECTO LICITADO: DEFICIENCIAS E CONTRADICIÓNS ...................................................... 16

6.1. CONTRADICIÓNS NO OBXECTO DO PROXECTO .................................................................................. 16 6.2. AS “NECESIDADES A SATISFACER”, COMPENDIO DE ERROS E CONTRADICIÓNS. ........................................ 18 6.3. PROBLEMAS DA PROPOSTA ARQUEOLÓXICA ..................................................................................... 21 6.3.1. Deficiencias na interpretación das campañas arqueolóxicas anteriores ..................... 21 6.3.2. Deficiencias no proxecto de escavación arqueolóxica ................................................. 22 6.4. PROBLEMAS DA PROPOSTA DE CONSOLIDACIÓN E RESTAURACIÓN ........................................................ 23 6.4.1. Deficiencias na interpretación das obras de consolidación anteriores ........................ 23 6.4.2. Deficiencias no proxecto de consolidación e restauración........................................... 26 6.5. CONTRADICIÓN CO “HORIZONTE 2012” E INVALIDEZ DAS PROPOSTAS DO PROXECTO. ............................. 29 AS POSIBLES SOLUCIÓNS ......................................................................................................... 30

7.1. CONDICIÓNS PREVIAS ................................................................................................................. 30 7.2. UN PROXECTO NOVO .................................................................................................................. 30 7.3. MODIFICACIÓN DO PROXECTO PREVIA Á LICITACIÓN .......................................................................... 32 7.4. MODIFICACIÓN DO PREGO DE PRESCRICIÓNS TÉCNICAS..................................................................... 32 7.5. MODIFICACIÓN DO PREGO DE CLÁUSULAS ADMINISTRATIVAS PARTICULARES ........................................ 33 7.5.1. A expresa vinculación co “Horizonte 2012” ................................................................. 33 7.5.2. A prevalencia entre os textos contractuais .................................................................. 33 7.5.3. As condicións para a modificación do proxecto durante a súa execución ................... 34

1


2

8.

7.5.4. 7.5.5. 7.5.6. 7.5.7.

A Direcciรณn Facultativa ................................................................................................ 37 As variantes e melloras ................................................................................................ 37 Os criterios de valoraciรณn ............................................................................................. 37 A Comisiรณn de Valoraciรณn ............................................................................................ 40

PROPOSTA PARA CONTRATACIร N .......................................................................................... 41

ANEXO DOCUMENTAL 1 ................................................................................................................. 43 ANEXO DOCUMENTAL 2 ................................................................................................................. 78 ANEXO DOCUMENTAL 3 ................................................................................................................. 93 ANEXO DOCUMENTAL 4 ................................................................................................................. 97 ANEXO DOCUMENTAL 5 ............................................................................................................... 104 ANEXO DOCUMENTAL 6 ............................................................................................................... 109 ANEXO DOCUMENTAL 7 ............................................................................................................... 120 ANEXO DOCUMENTAL 8 ............................................................................................................... 125 ANEXO DOCUMENTAL 9 ............................................................................................................... 133 ANEXO DOCUMENTAL 10 ............................................................................................................. 136 ANEXO DOCUMENTAL 11 ............................................................................................................. 140 ANEXO DOCUMENTAL 12 ............................................................................................................. 146 ANEXO DOCUMENTAL 13 ............................................................................................................. 157 ANEXO DOCUMENTAL 14 ............................................................................................................. 162 ANEXO DOCUMENTAL 15 ............................................................................................................. 170

2


3

MEMORANDO SOBRE A CONTRATACIÓN DA OBRA “ESCAVACIÓNS ARQUEOLÓXICAS NO CASTRO DE ELVIÑA. CAMPAÑA 2014” (Análise e proposta)

JOSÉ MARÍA BELLO DIÉGUEZ, 10 NOVEMBRO 2015

1. INTRODUCIÓN O Castro de Elviña comezou a súa andadura contemporánea a raíz do empeño do Dr. Luis Monteagudo García, prehistoriador coruñés de amplo recoñecemento internacional e practicamente nulo local. En 1947, desde a súa praza de axudante na Universidade de Santiago de Compostela, solicitou financiación ao Concello da Coruña e autorización á Dirección Nacional de Bellas Artes para iniciar a escavación do castro no lugar chamado “a cabaxe”, no que se conservaban restos visíbeis de muros e un torreón de muralla. Monteagudo redactou tamén un proxecto, moi avanzado para o seu tempo, para o desenvolvemento dun Parque Arqueolóxico no Castro de Elviña. A Dirección Nacional de Bellas Artes, nas mans de Julio Martínez Santa-Olalla, autorizou a escavación pero impuxo como director comisario da súa confianza a José María Luengo Martínez, funcionario do Ministerio de Hacienda e Comisario Provincial de Excavaciones por el nomeado, quen quedará como único director das campañas a partires de 1948, expulsando de Elviña a Monteagudo. Dende entón na historia do Castro sucedéronse períodos de actividade e abandono; un posible resumo, necesariamente xeralizador, pode ser este: 

1947-1954: Escavacións arqueolóxicas (Monteagudo-Luengo)

1979-1985: Escavacións e consolidacións arqueolóxicas (Felipe Senén López, algunhas con Carlos Fernández Gago). Financiación principal do Ministerio de Cultura.

   

1954-1979: Abandono con pequenos momentos de limpeza e consolidación

1985-2002: Abandono con pequenos momentos de limpeza e consolidación.

1999 Comezo dos proxectos actuais, primeiros informes e primeiras conversas entre administracións (v. ANEXO DOCUMENTAL 1, co informe de arranque e artículo sobre o Plan de Parques Arqueolóxicos do Ministerio de Cultura) 2001:

Convenio Xunta de Galicia-Concello (v. ANEXO DOCUMENTAL 2)

2002 Nacemento e estruturación do Proxecto Artabria (ver ANEXOS DOCUMENTAIS 3, 4, 5 e 6)

3


4      

2002-2009: Escavacións, consolidacións, mantemento de vexetación e camiños no marco do Proxecto Artabria. Financiación por Convenio Xunta de Galicia - Concello ou Concello en solitario. 2008: Convenio Ministerio de Fomento - Concello (1% Cultural) (Ver ANEXO DOCUMENTAL 7)

2009: Escavación arqueolóxica e traballos de laboratorio. Financiación por Convenio Ministerio de Fomento - Concello.

2009-2013: Mantemento da vexetación e camiños. Financiación por Convenio Ministerio de Fomento-Concello. Programa de visitas públicas xestionado polo Museo Arqueolóxico. 2013: Escavación arqueolóxica. Financiación por Convenio Ministerio de Fomento - Concello.

2013-2015: Abandono con pequenos momentos de limpeza de vexetación. Redacción de Proxecto de Escavación 2014. Licitación. Anulación da licitación e situación de impasse.

Os momentos de actividade arqueolóxica están descritos en abondosa literatura arqueolóxica, a disposición do público en papel ou en internet, agás a escavación de 2013 da que só posuímos unha memoria provisional moi incompleta. Para maiores detalles remitímonos á dita documentación e pasamos directamente á fase deste século, que se desenvolve en torno a unha idea que tomou forma no coñecido como Proxecto Artabria.

4


5

2. ANO 2001. CONVENIO COA XUNTA DE GALICIA. TITULARIDADE PÚBLICA DO CASTRO DE ELVIÑA E PRIMEIRAS ACTUACIÓNS. Con data 16 de marzo de 2001 asinouse un Convenio de Colaboración entre a Consellería de Cultura, Comunicación Social e Turismo da Xunta de Galicia e o Concello da Coruña (Ver ANEXO DOCUMENTAL 2), para a recuperación e posta en valor do Castro de Elviña, por un total de 1.175 millóns de pesetas, das que a aportación da Xunta era de 300 millóns, correndo o resto a cargo do Concello da Coruña. As actuacións que se contemplaban no convenio eran:    

 

Acomete-las actuacións e obras necesarias de recuperación en posta en valor do xacemento arqueolóxico do Castro de Elviña segundo a normativa reguladora de Contratos das Administracións Públicas.

Adicar e posibilita-lo acceso a todo o espacio e infraestructuras do complexo que se vai destinar a uso público para goce da sociedade en xeral. Executa-las obras e actuacións conforme o proxecto redactado para tal fin.

Redacta-lo proxecto na súa totalidade e contrata-las obras e a súa dirección facultativa. Así mesmo contratar tódolos informes, actuacións e procesos que se consideren necesarios previos ó desenvolvemento do proxecto, así como as actuacións arqueolóxicas ou de outra índole que sexan necesarias. Adquisición dos terreos necesarios para o desenvolvemento do proxecto.

Tramitar e xestionar tódalas autorizacións preceptivas para a execución do referido proxecto.

Con cargo a este Convenio procedeuse á adquisición dos terreos do Castro de Elviña, que era a partida de maior contía, comezando pola superficie delimitada como Ben de Interese Cultural (BIC) pola Xunta de Galicia, da que en 2002 se tiñan adquiridas unhas 13 Ha., correspondentes á área de especial protección (con posterioridade adquiríronse outras 12 Ha., de modo que na actualidade o Concello é titular dunhas 25 Ha.) A partires dese momento puideron comezarse as actuacións directas sobre o Castro, que foron encomendadas á Concellaría de Cultura e, dentro desta, ao Museo Arqueolóxico e Histórico da cidade, institución que xa viña encargándose do Castro de Elviña dende finais dos anos 70, no seo do que se chamou Proxecto Artabria.

5


6

3. O PROXECTO ARTABRIA A raíz do citado Convenio naceu en 2002, na Concellería de Cultura, o chamado Proxecto Artabria, nome que englobou a totalidade de actuacións e previsións de futuro para o Castro de Elviña. Dez anos máis tarde, en resposta da Concellería de Cultura ao Ministerio de Fomento de 31 de outubro de 2012 (v. ANEXO DOCUMENTAL 8), os obxectivos e actuacións do Proxecto Artabria resumíanse do seguinte xeito: “Los objetivos generales de este proyecto son los siguientes:  

Delimitar y proteger el yacimiento arqueológico. Generar un espacio cultural, bajo la denominación de Parque Arqueológico Castro de Elviña, que permita la difusión y el conocimiento de las formas de vida durante el período de ocupación del Castro.  Definir un producto/servicio cultural para la difusión y el ocio que contribuya a potenciar la oferta cultural y turística, generando riqueza y dinamizando el territorio.  Integrar el yacimiento arqueológico y el entorno del Castro de Elviña en la trama urbana y en el proyecto de ciudad. Para la consecución de estos objetivos, el Proyecto Artabria estableció las siguientes intervenciones:  

Elaboración de un Plan Director del Castro de Elviña. Elaboración de una Propuesta Patrimonial para el Parque de Elviña, con un estudio de musealización del Castro, su historia y su paisaje.  Elaboración de un Plan especial de protección y recuperación del Castro de Elviña y de protección del paisaje natural.  Expropiación del terreno ocupado por el yacimiento arqueológico y su área de protección.  Desbroce y limpieza de vegetación de la zona expropiada.  Realización de una prospección geofísica con la finalidad de detectar estructuras enterradas.  Excavación y consolidación del conjunto del yacimiento arqueológico.  Apertura del Castro de Elviña al público. Puesta en marcha de un programa de visitas.  Realización de un concurso internacional de ideas para la construcción de un Centro de Recepción de Visitantes y ordenación espacial y paisajística del entorno del Castro.” Na actualidade o Proxecto Artabria foi asumido, no que se refire ás intervencións arqueolóxicas mediante contrato de obra, polo Convenio do Concello co Ministerio de Fomento do que falaremos máis abaixo, para o desenvolvemento dun proxecto marco de nome “Castro de Elviña – Horizonte 2012”. Pero voltemos agora ao nacemento do Proxecto Artabria co inicio do século XXI.

6


7

3.1. ORGANIZACIÓN DO PROXECTO ARTABRIA Durante o ano 2002, a proposta do Concelleiro de Cultura don José Luis Méndez Romeu, o Concello da Coruña, por sucesivas Resolucións de Alcaldía, estableceu a organización operativa do Proxecto Artabria. Nomeouse un Equipo Director xunto con dous cargos executivos, o Coordinador Científico e o Coordinador Executivo. Como apoio técnico-científico nomeouse un Consello Asesor organizado nun Comité Científico e diversos Comités Técnicos, que se reuniron e estableceron as bases do que serían as actuacións realizadas entre 2002 e 2009.

3.1.1. Equipo Director (v. ANEXO DOCUMENTAL 3)

Con data 16 de agosto de 2002, por Providencia de Alcaldía anotada no Libro de Resolucións de Alcaldía co número 16013, de 24 de setembro de 2002, se nomea o Equipo Director para o Proxecto Artabria composto polas seguintes persoas:     

José Luis Méndez Romeu (Concelleiro de Cultura) Ramón Núñez (Director dos Museos Científicos) José María Bello Diéguez (Director do Museo Arqueolóxico) José Manuel Vázquez Varela (Catedrático de Prehistoria da Universidade de Santiago) Ángel Sicart (Director Xeral de Patrimonio)

O Equipo Director visitou o Castro de Elviña ao comezo das obras e coñeceu e aprobou as liñas xerais dos proxectos que se desenvolveron con posterioridade en sucesivas anualidades.

3.1.2. Coordinadores Executivo e Científico (v. ANEXO DOCUMENTAL 3)

No mesmo acto sinalado no parágrafo anterior, designáronse dous Coordinadores do proxecto Artabria:  

Coordinador Científico: José María Bello Diéguez (Director do Museo Arqueolóxico) Coordinador Executivo: Agustín Lorenzo López (Consejero Técnico da Concellería de Cultura)

3.1.3. O Consello Asesor e os seus Comités Científico-Técnicos (v. ANEXO DOCUMENTAL 4)

Con data 9 de setembro de 2002, o Pleno Municipal do Concello da Coruña aprobou a creación do Consello Asesor do Proxecto Artabria, dentro da figura do Consello Sectorial prevista na Lei de Bases de Réxime Local, para colaborar no proxecto de escavación e posta en valor do Castro de Elviña, durante o tempo de duración de dito proxecto. No mesmo acto, o Pleno Municipal aprobou o Regulamento do Consello Asesor, no que se establece que estará constituído polo Alcalde ou membro da Corporación en quen delegue, en calidade de Presidente do Consello, e un máximo de cincuenta membros designados polo Alcalde entre especialistas de recoñecido prestixio, estruturados nun Comité Científico e os Comités Técnicos de Prehistoria e Arqueoloxía, Museoloxía e Restauración, Arqueometría e Análises Científicas e Didáctica e outras ciencias. O nomeamento realizarase por Providencia da Alcaldía e será vixente durante o tempo que dure o Proxecto.

7


8 Con data 25 de setembro de 2002, por Resolución da Alcaldía anotada no Libro de Resolucións da Alcaldía co número 16233, de 27 de setembro de 2002 (Ver ANEXO DOCUMENTAL 5), se nomea un Consello Asesor do Proxecto Artabria, composto polos seguintes Comités: 

COMITÉ CIENTÍFICO DO CONSELLO ASESOR DO PROXECTO ARTABRIA:

COMITÉ TÉCNICO ASESOR DE PREHISTORIA E ARQUEOLOXÍA (CASTREXO E ROMANO):

o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o

Dr. Fernando Acuña Castroviejo (Universidade de Santiago) Dr. Martín Almagro Gorbea (Universidade Complutense) Dr. Víctor Alonso Troncoso (Universidade da Coruña) Dr. Rodrigo de Balbín Behrmann (Universidade de Alcalá de Henares) Dr. José Ramón Barreiro (Universidade de Santiago) Dr. Paul Bahn (Universidade de Cambridge) Dr. Eudald Carbonell (Universidade Pompeu i Fabra) Dra. Raquel Casal García (Universidade de Santiago) Dr. Germán Delibes de Castro (Universidade de Valladolid) Dr. George Eogan (University College, Dublin) Dr. Jean Guilaine (CNRS, Toulouse) Dra. Manuela Martins (Universidade do Minho) D. Antonio de la Peña (Museo de Pontevedra) Dr. Joan Santacana (Universidade de Barcelona) Dr. Ramón Villares (Universidade de Santiago) Dr. Miguel Ángel de Blas (Universidade de Oviedo) Dr. Xulio Carballo Arceo (Xunta de Galicia) Dr. Ángel Esparza Arroyo (Universidade de Zamora) Dr. Carlos Fernández (Universidade de León) Dra.ª Carmen Fernández Ochoa (Universidade Autónoma de Madrid) Dr. César Llana Rodríguez (Asociación Profesional de Arqueólogos de Galicia – APAG) Dra. Josefa Rey Castiñeiras (Universidade de Santiago) Dª María Jesús Tallón Nieto (Xefa de Servizo de Arqueoloxía – Xunta de Galicia)

COMITÉ TÉCNICO ASESOR DE MUSEOLOXÍA E RESTAURACIÓN: o o o o o o o

Dr. Félix Ares de Blas (Miramón Kutxaespacio de la Ciencia) D. Felipe Arias Vilas (Museo do Castro de Viladonga) D. Javier Armentia (Planetario de Pamplona) Dr. Juan Luis Arsuaga (Universidade Complutense) Dr. Mikel Asensio (Universidade Autónoma de Madrid) Dr. José María Bermúdez de Castro (Museo Nacional de Ciencias Naturales) Dr. Fernando Carrera Ramírez (Director da Escola Superior de Restauración e Conservación de Bens Culturais de Pontevedra)

8


9 o o o o 

Dr. Julio Fernández Manzano (Universidade de Valladolid) D. Félix de la Fuente Andrés (Museo de l’Art de la Pell, Vic) Dr. Juan Antonio Lasheras (Museo de Altamira) D. Federico Garrido Vila (Subdirector Xeral Patrimonio – Xunta de Galicia)

COMITÉ TÉCNICO ASESOR DE ARQUEOMETRÍA E ANÁLISES CIENTÍFICAS: o o o o o o

Dr. Fernán Alonso (Instituto Rocasolano – CSIC) Dr. Fernando Martínez Cortizas (Universidade de Santiago) Dr. Ignacio Montero (Museo Arqueológico Nacional) Dr. Augusto Pérez Alberti (Universidade de Santiago) Dr. José Rey (Universidade de Santiago) Dr. Juan Ramón Vidal Romaní (Universidade da Coruña)

Estes comités reuníronse no ano 2003, aproveitando a súa presenza na cidade para facer un simposio de Arqueoloxía aberto ao público.

3.2. VIXENCIA DOS NOMEAMENTOS 3.2.1. Equipo Director e Coordinación Científica

Segundo a resposta do Servizo de Persoal do Concello ás preguntas formuladas no seu día polo Coordinador Científico e polo Xefe do Servizo de Cultura, o nomeamento do Coordinador Científico está plenamente vixente. O mesmo razoamento do Servizo de Persoal leva a concluír que o resto dos cargos do Equipo Director manteñen a mesma vixencia.

A resposta de 18 de xaneiro de 2011 á consulta feita polo Coordinador Científico ao Servizo de Persoal o 30 de setembro de 2010 (Entrada 50.104 de 01-10-2010) di o seguinte (v. ANEXO DOCUMENTAL 6):

“José María Bello sigue siendo el Coordinador Científico del Proyecto Artabria en tanto no renuncie a ello o sea cesado en tal nombramiento”, e máis adiante “la designación de José María Bello como Coordinador Científico del Proyecto Artabria sigue vigente”.

En nova resposta de 6 de abril de 2011 á consulta do Xefe de Servizo de Cultura ao Servizo de Persoal de 31 de marzo de 2011 (v. ANEXO DOCUMENTAL 7), di:

“Sigue vigente lo dicho respecto del nombramiento de José María Bello Diéguez como miembro del Equipo Director y Coordinador Científico del Proyecto Artabria.”

3.2.2. Consello Asesor, Regulamento e Comités

En canto ao Consello Asesor, o seu Regulamento e os seus Comités, o acordo do Pleno Municipal e o Regulamento por el aprobado establecen explicitamente que o prazo de duración dos nomeamentos de Alcaldía será durante o tempo que dure o Proxecto Artabria, polo que non pode existir dúbida da plena vixencia nestes momentos.

9


10

3.2.3. A Dirección Facultativa e a Unidade responsable

A xa citada resposta de 6 de abril de 2011 á consulta ao Servizo de Persoal de 31 de marzo de 2011 sinala como funcións do Coordinador Científico as seguintes:

a. “La dirección Facultativa de más alto nivel, de forma que supervise al arqueólogo o arqueólogos directores de las empresas privadas contratadas a tal efecto, todo ello compaginado con la dirección del Museo Arqueológico del Castillo de San Antón. b. La dirección y supervisión de los correspondientes trabajos de laboratorio, que se detallan en el apartado 3 y siguiente”.

Con data 31 de outubro de 2012, a Tenente de Alcalde responsable de Servizos Sociais, Cultura, Educación e Deportes, en resposta a un requerimento do Ministerio de Fomento (v. ANEXO DOCUMENTAL 8), di: “La gestión del yacimiento arqueológico del Castro de Elviña está asignada al Museo Arqueológico e Histórico del Castillo de San Antón, dependiente del Servicio de Cultura del Ayuntamiento de A Coruña. El Director del Museo Arqueológico e Histórico, José María Bello Diéguez, es igualmente el Arqueólogo Director del yacimiento arqueológico. Los materiales obtenidos en las excavaciones son estudiados y exhibidos en el Museo Arqueológico y Histórico Castillo de San Antón.”

Por último, en Nota Interior de Alcaldía de 27 de abril de 2015 (v. ANEXO DOCUMENTAL 9), enviada ao Director do Museo Arqueolóxico e Histórico con copia á Xefa de Servizo de Cultura, reafírmase que os asuntos relacionados co Castro de Elviña, o Proxecto Artabria e a licitación de obras vinculadas cos mesmos “corresponden, según la actual estructura municipal ejecutiva (…) al Área de Cultura”.

Non houbo modificación dende entón. Non coñecemos ningún escrito que conceda papel ningún á Área de Infraestruturas, coa excepción circunstancial do nomeamento do arqueólogo interino da Oficina Técnica, exclusivamente como Director Facultativo da campaña de escavación desenvolvida en 2013, así como redactor do proxecto para 2014, ambas por ausencia do titular. As afirmacións de dito arqueólogo interino, vertidas públicamente e baixo membrete municipal, no sentido de que lle foi delegada polo Concello a xestión do Patrimonio Histórico e Arqueolóxico Municipal carecen de toda base e non responden á realidade, resultando incomprensible que non foran corrixidas no seu momento polos seus superiores, ao igual que a presentación pública dun presunto “Equipo Castro de Elviña” no que, de manera insólita, se mixturaban funcionarios municipais con axentes privados sen que existise ningún tipo de licitación, adxudicación ou acordo municipal ao respecto.

Non coñecemos tampouco resolución ningunha que permita unha interpretación diferente para a situación actual, na que o Arqueólogo Municipal Coordinador Científico leva no servizo activo dende finais do 2014, polo que resulta obrigatorio o respecto á plena asunción das súas lexítimas atribucións e funcións. Pretender restrinxir estas amparándose nunha situación, evidentemente non querida, de discapacidade física, podería interpretarse mesmo como un moi grave intento de discriminación de imprevisibles consecuenciasPolo tanto, enténdese que debe regulamentariamente establecido, e desenvolvemento do Convenio co intervencións que sexan realizadas e comisións nomeadas no seu día.

volverse canto antes á boa praxe administrativa e ao a partir desas premisas tentar salvar no posible o Ministerio de Fomento sen merma da calidade das da garantía que ofrece o ditame científico e técnico das

10


11

4. INTERVENCIÓNS ARQUEOLÓXICAS PROXECTO ARTABRIA 2002-2007 Entre os anos 2002 e 2007 sucedéronse intervencións arqueolóxicas de sondeos, escavacións, consolidacións e traballos de laboratorio, complementadas con actuacións sobre a vexetación, adecuación e coidado dos camiños tradicionais, e instalación de elementos de mellora da visita do público ao xacemento.. Seguíronse as indicacións e protocolos establecidos no Plan Director do Castro de Elviña, redactado coa colaboración da Universidade de Santiago, o Plan de Musealización do Castro de Elviña, redactado coa colaboración da Universidade de Barcelona, o Plan Especial do Castro de Elviña, redactado polo Concello, e as conclusións das sesións de traballo do Comité Científico e Comités Técnicos do Consello Asesor. Os resultados das intervencións están a disposición pública en diversas publicacións científicas e divulgativas, en papel e en internet, e gozaron da boa acollida por parte dos especialistas e do público en xeral, o que fixo posible a inclusión do Castro de Elviña no Plan de Parques Arqueológicos del Ministerio de Cultura e nos programas de financiamento mediante o 1% Cultural, para o que foi asinado un novo Convenio co Ministerio de Fomento.

11


12

5. CONVENIO CO MINISTERIO DE FOMENTO Con motivo da visita da Ministra de Cultura Da. Carmen Calvo á Coruña, o Concello solicitoulle a financiación do Museo Interactivo, Centro de Recepción ou Visitor Center do Castro de Elviña, con proxecto do Arquitecto Dr. Manuel Gallego Jorreto, ganador dun concurso internacional de ideas financiado con cargo ao anterior convenio coa Xunta de Galicia do que xa falamos. Na reunión coa Ministra, esta deixou clara a negativa a financiar ese Museo, pero ofreceuse a propoñer á Comisión Interministerial para o 1% Cultural a financiación, mediante convenio, da continuación das obras de escavación, consolidación e adecuación do espazo do Castro de Elviña que se viñan realizando. Deixou claro que non se financiarían máis que obras directas no xacemento, o que obrigou a refacer os proxectos municipais para o Castro. O seguinte Ministro de Cultura, Dr. César Antonio Molina, asumiu e apoiou a proposta, co que o Convenio foi asinado durante o seu mandato.

5.1. A PREPARACIÓN DO CONVENIO Despois de contactos telefónicos co Director General de Bellas Artes, nos que se fixou a contía do convenio e se definiu a primeira documentación que debía presentar o Concello, entre a que loxicamente estaba o proxecto das obras que se pretendían realizar, unha vez enviada esta e estudada polos ministerios de Cultura e Fomento, mantívose unha reunión presencial en Madrid, con asistencia do Subdirector General de Gestión de Ayudas, Subvenciones y Proyectos del Ministerio de Fomento, D. José María Verdú e unha Técnica en Patrimonio do Ministerio de Cultura, por parte da Administración Central; por parte do Concello asistiron D. Juan Carlos Martínez, director da Área de Alcaldía, D. Jesús Arsenio Díaz, Director da Área de Urbanismo, e D. José María Bello, Coordinador Científico do Proxecto Artabria. A reunión foi crucial por canto nela se presentou o informe do Ministerio de Cultura, se perfilaron os documentos definitivos que o Concello debería aportar, que foron inmediatamente despois ratificados por escrito do Ministerio á Alcaldía, e se estableceu o plan e calendario de traballo que levou, unha vez cumprimentado, á sinatura do Convenio. Así, a Subdirección General de Gestión de Ayudas, Subvenciones y Proyectos del Ministerio de Fomento, en oficio do 24 de xaneiro de 2007 dirixido ó Sr. Alcalde do Concello da Coruña, (v. ANEXO DOCUMENTAL 10) despois de sinalar que asume o informe positivo do Ministerio de Cultura e que a solicitude cumpre os requisitos mínimos para ser financiada, pero que fallan a solicitude formal e a cuantificación da cantidade solicitada, finaliza resumindo do seguinte xeito:

“En consecuencia, para que la Comisión Mixta pueda entrar a valorar esta actuación, en función de los criterios de prioridad establecidos en la Orden CUL/596/2005 y de las disponibilidades presupuestarias, es imprescindible que se justifique que el Yacimiento del Castro de Elviña es de titularidad pública, que se complete y defina mejor el proyecto y que se remita el informe favorable emitido por la Dirección General del Patrimonio Cultural de la Consejería de Cultura de la Comunidad Autónoma, requisitos sin los cuales, su solicitud no podrá ser estudiada.”

12


13 A documentación presentada fora previamente informada polo IPHE (Instituto del Patrimonio Histórico Español) do Ministerio de Cultura, emitindo informe a Conservadora del Servizo de Monumentos de dito Instituto (Ver ANEXO DOCUMENTAL 11), do que remarcamos o seguinte:

“Considerando el ejemplar trabajo arqueológico desarrollado en los últimos años en el Castro de Elviña y estimando el cumplimiento de los requisitos establecidos en la Orden 596/2005 del Ministerio de Cultura –los terrenos donde se encuentra ubicado el yacimiento son propiedad pública y el enclave tiene la condición de Bien de Interés Cultural-, la Conservadora que elabora este informe estima que el proyecto presentado resulta técnicamente correcto en su globalidad, observándose, no obstante, diversas cuestiones que deberían ser analizadas por la Comisión Mixta antes de una posible aprobación y que se exponen a continuación”,

Como consecuencia deste oficio procedeuse a cumprimentar a documentación requirida así como á redacción do proxecto atendendo ao sinalado polos Ministerios de Cultura e Fomento.

5.2. O PROXECTO “CASTRO DE ELVIÑA - HORIZONTE 2012” Vista a alta consideración que para os técnicos do Instituto do Patrimonio Histórico Español mereceron os traballos arqueolóxicos dos anos anteriores, é dicir, as intervencións de delimitación e valado, sondeos, escavación, conservación, mantemento de vexetación e camiños e adecuación do circuíto de visitas, que foron cualificados de "ejemplares", o que viña a ratificar o criterio das comisións científicas e técnicas do Consello Asesor do Proxecto Artabria así como o dos numerosos especialistas que visitaron o xacemento e do público en xeral, optouse por continuar cos mesmos métodos e técnicas que se viñan aplicando, tanto na escavación, incluíndo rexistro e tratamento gráfico e de materiais, como na consolidación. O froito foi o Proxecto denominado "Castro de Elviña - Horizonte 2012", que foi enviado á Xunta de Goberno Local, a que, na sesión do 20 de xullo de 2007 (v. ANEXO DOCUMENTAL 12), acordou o seguinte:

1) Aprobar o proxecto de título “CASTRO DE ELVIÑA. HORIZONTE 2012”, que consta de dous volumes (1.- memoria y proyecto; 2.- presupuesto), redactado polo Arqueólogo Municipal José Mª Bello Diéguez, sobre intervencións no Castro de Elviña (de escavación arqueolóxica, consolidación de restos, sinalización, e mantemento da vexetación e dos camiños) durante cinco anualidades, cun presuposto total de 2.267.484,11 EUR (dous millóns douscentos sesenta e sete mil catrocentos oitenta e catro euros con once céntimos).

2) Solicitar formalmente á Comisión Interministerial para la coordinación del 1% cultural a cofinanciación do devandito Proxecto con cargo ó 1% cultural, fixando unha participación municipal dun 25% da cantidade total cofinanciada. 3) Remitir á Comisión Interministerial para la coordinación del 1% cultural, creada polo Real Decreto 1893/2004, xunto coa solicitude, os dous volumes do devandito Proxecto, acompañados do certificado de titularidade pública dos terreos que ocupa o Castro de Elviña, o certificado de compromiso municipal de financiación do 25%, e o informe da Dirección Xeral do Patrimonio Cultural da Xunta de Galicia en canto se reciba."

13


14 Remitido o proxecto e a correspondente solicitude ao Ministerio de Fomento, a actuación arqueolóxica no xacemento arqueolóxico do Castro de Elviña incluíuse no Programa de Parques y Yacimientos Arqueológicos do Ministerio de Cultura. A inversión estatal no Xacemento do Castro de Elviña foi aprobada pola Comisión Mixta na súa reunión LII de data 25 de febreiro de 2008, para ser financiada cos fondos do 1% Cultural xerado pola contratación de obra pública do Ministerio de Fomento. Ao longo da tramitación, o Proxecto "Castro de Elviña. Horizonte 20012" foi sometido a un forte escrutinio por parte dos organismos técnicos e administrativos pertinentes, polos que foi aprobado sucesivamente:   

Servizos Técnicos da Concellaría de Urbanismo (Ver ANEXO DOCUMENTAL 13) Servizos Técnicos de Arqueoloxía da Xunta de Galicia Dirección Xeral do Patrimonio Cultural da Xunta de Galicia ((Ver ANEXO DOCUMENTAL 14)  Xunta de Goberno Local  Ministerio de Cultura  Comisión Interministerial do 1% Cultural  Ministerio de Fomento Unha vez pasados todos os filtros, tras acordo da Xunta de Goberno Local de 10 de xullo de 2008 (v. ANEXO DOCUMENTAL 15), procedeuse á formalización do Convenio entre o Concello da Coruña e o Ministerio de Fomento, co que se inicia a fase actual. Nel reafírmase (Cláusulas 1ª e 6ª) o que con claridade expresa o acordo da Xunta de Goberno, é dicir, que “a cofinanciación (...)con cargo ó 1% cultural” é, directa e exclusivamente, “do devandito Proxecto”, sendo este “o proxecto de título “CASTRO DE ELVIÑA. HORIZONTE 2012”, que consta de dous volumes (1.- memoria y proyecto; 2.- presupuesto), redactado polo Arqueólogo Municipal José Mª Bello Diéguez, sobre intervencións no Castro de Elviña (de escavación arqueolóxica, consolidación de restos, sinalización, e mantemento da vexetación e dos camiños) durante cinco anualidades, cun presuposto total de 2.267.484,11 EUR (dous millóns douscentos sesenta e sete mil catrocentos oitenta e catro euros con once céntimos)”, e non outro.

5.3. OS LÍMITES IMPOSTOS POLO PROXECTO O texto do convenio, redactado polo Ministerio de Fomento, configúrase en torno á figura central do Proxecto "Castro de Elviña - Horizonte 2012", a desenvolver en cinco anualidades. O Proxecto convértese no marco ao que terán que axustarse os proxectos anuais parciais que darán lugar, por unha parte, aos procedementos de licitación/contratación, e, por outra, aos trámites de autorización das actuacións arqueolóxicas por parte da Dirección Xeral do Patrimonio Cultural da Xunta de Galicia. Así, nas cláusulas establecidas no Convenio, dise:

"Primera: Que el objeto de este Convenio es la financiación y ejecución de las obras contenidas en el Proyecto de Ejecución de Actuación arqueológica en el Yacimiento Arqueólogico del Castro de Elviña con un presupuesto de contrata de 2.267.484,11 €. IVA incluido. El citado proyecto ha sido aportado por el Ayuntamiento de A Coruña. (...)

14


15 Sexta: La aportación financiera que con cargo al Ministerio de Fomento y que por el presente convenio se establece está vinculada exclusivamente a la financiación de las obras mencionadas en la cláusula primera. El resto de las obras no incluidas en el proyecto aportado y que fuere preciso realizar, así como las inversiones necesarias que sean consecuencia de obras complementarias, modificados o revisiones de precios, liquidación, etc. que supongan un exceso sobre la cantidad máxima indicada en la cláusula segunda y cualquiera otros gastos a que hubiere lugar por honorarios facultativos de redacción de proyecto o dirección de las obras objeto de este Convenio, correrán exclusivamente por cuenta del Ayuntamiento de A Coruña que podrá hacer frente a dichos gastos por medio de sus propios recursos o cualquier otra fuente de financiación."

Queda nitidamente establecido que a financiación do Convenio se refire exclusivamente ás obras que están contempladas no Proxecto "Castro de Elviña - Horizonte 2012", a desenvolver por anualidades (a contía destas pode ser modificada por acordo entre as dúas institucións), sinalándose expresamente que calquera obra non incluída no proxecto aportado correrá exclusivamente por conta do Concello da Coruña. Así pois, o proxecto "Castro de Elviña - Horizonte 2012" limita taxativamente as obras que poden ser incluídas na financiación do Convenio. Con ese presuposto foron redactados pola Coordinación Científica os proxectos correspondentes ás campañas de escavacións da anualidade 2008 (executada de xaneiro a xuño do 2009) e á da anualidade de 2011 (executada en 2013); pero non está claro que ocorra o mesmo co proxecto “Proyecto Arqueológico Excavación del Castro de Elviña. Campaña 2014” —clave OT-13/0247de xullo de 2014, elaborado pola Área de Infraestruturas con autoría de Marco Antonio Rivas Nodar—, que saíu á licitación da que o Concello ven de desistir.

15


16

6. O PROXECTO LICITADO: DEFICIENCIAS E CONTRADICIÓNS Como veremos, o proxecto en cuestión non tivo en conta que non podía ser máis que unha adaptación á anualidade correspondente do "Horizonte 2012", que xa é en si un proxecto de execución. O proxecto licitado (e agora "desistido") partiu de cero, como se a actuación a licitar non formase parte dun proceso de amplo recorrido iniciado moito antes, nos anos 40 do século pasado, e concretado con toda claridade e precisión no Convenio de 2008.

A partires dese gravísimo erro de partida o proxecto non só planea a realización de unidades de obra non contempladas, se non que chega a propoñer a demolición das obras executadas nos anos anteriores, precisamente as que foran calificadas de exemplares e que serviron de base argumental para o informe do Ministerio de Cultura que posibilitou a financiación concedida pola Comisión Mixta Interministerial para o 1% Cultural.

6.1. CONTRADICIÓNS NO OBXECTO DO PROXECTO O proxecto, que se presenta baixo o título de "Excavación del Castro de Elviña. Campaña 2014”, non debería ofrecer en principio máis problemas que os derivados do difícil encadre da actividade no marco da lexislación de contratos do sector público. A escavación arqueolóxica non responde plenamente a ningunha das categorías habituais de contrato, senón que resulta algo intermedio entre unha obra e un servizo, sen que encaixe plenamente con facilidade en ningunha das dúas. Isto é algo coñecido que se repite en todas as administracións, de xeito que na práctica poden encontrarse casos nos que actuacións similares se tramitan de formas diferentes en diferentes administracións ou en diferentes órganos da mesma administración. No noso caso a Concellaría de Cultura optou polo contrato de obras, tanto no proxecto da campaña de 2011 (executada en 2013) como no da campaña de 2014 que ven de ser retirado da licitación.

O que ocorre neste caso é que o obxecto do proxecto, e polo tanto da contratación (a escavación arqueolóxica), non se mantén ao longo do texto. Segundo a páxina que se mire, o proxecto é de escavación, ou de consolidación, ou de reintegración, ou de demolición, ou mesmo de posta en valor. O resultado é un texto confuso, no que os contidos non aparecen nos epígrafes que corresponden, e no que se definen conceptos e establecen criterios que en ocasións resultan contraditorios entre si e noutras simplemente non se respectan. Non hai un fío lóxico, e a impresión que produce é a de que se trata dunha mera acumulación de fragmentos independentes de cadanseu autor, sen que existan uns criterios claros nin un traballo de posta en común que dote de coherencia ao proxecto. Ao final todo resulta confuso, o que se di nun sitio contradise noutro, fálase de motivacións que non aparecen por ningures, detállase o irrelevante e non figura o fundamental, e establécense actuacións, algunha delas de importante calado, que exceden as atribucións profesionais dos autores do proxecto e nin sequera se ven contempladas no orzamento. LUGAR DO TEXTO Título

Memoria

DEFINICIÓN DO OBXECTO DO PROXECTO

Proyecto Arqueológico - Excavación del Castro de Elviña

Definición técnica y económica de los trabajos de Excavación del Castro de Elviña

16


17 Id. Plan de Conservación Id. Id.

Proyecto de Puesta en Valor

Intervención de Puesta en Valor basada en una "monumentalización".

El presente Proyecto está encaminado a proponer una Restauración Integral del Yacimiento.

Id.

Estudio de Seguridad y Salud

Pliego de Técnicas

Campaña en la que la prioridad sea la consolidación y restauración de las estructuras arqueológicas exhumadas.

"Más que una actuación de restauración y consolidación, en el presente proyecto de Puesta en Valor se expone la ejecución de un plan de Recuperación del yacimiento que tenga como punto de partida el tratamiento directo de las estructuras, mediante la implantación de volúmenes que den respuesta a la connatural tendencia del ser humano, a percibir de manera tridimiensional los objetos inscritos en el espacio." Se trata de una obra de Arqueología en el Castro de Elviña, orientada a la recuperación del yacimiento, mediante la ejecución de una serie de actuaciones de excavación, consolidación y restauración arqueológica.

Prescripciones Las obras objeto de este proyecto consiste en la limpieza, excavación, consolidación y restauración de las áreas de trabajo definidas en el Proyecto Excavación Castro de Elviña, Campaña 2014.

Se o obxecto dun proxecto de obra é fundamentalmente o de definir con claridade, nitidez e precisión os traballos a realizaren polos adxudicatarios, coas súas correspondentes medicións, prezos unitarios e descompostos e orzamento global, o texto presentado a licitación non responde ao requirido. Antes ao contrario, resulta confuso, inconexo, incoherente e contraditorio. Pero ademais destes problemas, carencias e incoherencias de tipo interno ao propio texto, o proxecto presenta tamén deficiencias e erros de contido.

O que planea o proxecto licitado non é a execución da anualidade correspondente do “Castro de Elviña – Horizonte 2012”. Ao contrario, amparándose nun proxecto que se denomina de escavación, faise un exercicio revisionista para darlle a volta a todo o feito ata agora a fin de enfocar as actuacións, baseándose en novos postulados que aparecen como por xeración espontánea, a outros obxectivos de política cultural abertamente contrarios aos cientificamente adoptados e organicamente aprobados.

17


18

6.2. AS

“NECESIDADES CONTRADICIÓNS.

A

SATISFACER”,

COMPENDIO

DE

ERROS

E

O punto 4 da Memoria (páx. 7 de 16), titulado “necesidades a satisfacer”, bríndanos unha serie de afirmacións dogmáticas, que non se xustifican nin argumentan, e que se contradín abertamente con todos os documentos elaborados ata agora por diferentes institucións e persoas (universidades de Santiago e Barcelona, Comité Científico, Comités asesores, o propio Concello). Nel se condensan, en case perfecta síntese, o conxunto de erros de partida, de concepcións erróneas, de terxiversacións da realidade e de obxectivos espurios que lastran desde o comezo o proxecto redactado, converténdoo en inviable no seo do Convenio co Ministerio de Fomento: 

“El yacimiento del castro de Elviña (...) actualmente no reune las condiciones para la visita continuada y masiva que sería de desear”.

¿Quen estableceu eses obxectivos de “visita continuada e masiva”? ¿En que criterios de conservación e difusión arqueolóxica están baseados? Todo o elaborado ata agora, todos os estudos realizados no que vai de século, todas as conclusións de comisións e expertos consultados recomendan o contrario: un xacemento arqueolóxico é un elemento esencialmente fráxil que debe ser protexido con todos os medios ao alcance das administracións públicas responsables, e deben ser empregados os medios que, dentro do posible, mellor garantan o difícil equilibrio entre disfrute público e conservación. De feito, para o caso de Elviña, o Plan Director, elaborado coa Universidade de Santiago, propuña a creación dunha réplica do castro (o posteriormente chamado Neocastro ou Artabrorum) no veciño monte das Cadeiras, susceptible de ser dotado de elementos e experiencias didácticas e de xerar elementos atractivos capaces de absorber as visitas masivas, desexosas dun turismo máis de entretemento e consumo, a fin de liberar ás ruínas auténticas dunha presión excesiva que levaría á súa degradación por un “uso” intensivo, ou obrigaría a degradalas de feito con carácter previo mediante unhas obras de restauración excesivas que desnaturalizarían os restos arqueolóxicos facendo desaparecer o seu principal valor: a súa autenticidade. E iso que expresamente se quere evitar, a presión excesiva dunha visita continua e masiva que ultrapase a capacidade de sustentación do castro, é o que propón o proxecto licitado, xunto co seu correlato inevitable: a desnaturalización dos restos do Castro de Elviña, a intervención esaxerada e inxustificada sobre a ruína para convertela, de resto auténtico do pasado, en obxecto domesticado, en mercancía mastigada e dixerida para consumo fácil por parte dun público ao que se lle nega intelixencia, intuición, fantasía e capacidade crítica para interpretar a ruína orixinal auténtica; un público do que se pretende, como fundamental virtude, que sexa masivo. Non se trata aquí de discutir nin ditaminar se é correcto ou incorrecto o obxectivo de que o castro orixinal sexa continua e masivamente visitado, nin de valorar a capacidade portante do xacemento. Sabios hai expertos nesas cousas e a eles deberá corresponder, cando o Concello así o dispoña, estudar e concluír ao respecto.

Do que se trata é, pola contra, de sinalar con contundencia, mesmo de alertar, que un proxecto de obra subsidiario de outro proxecto de maior rango non é, non pode ser, non se pode permitir que sexa, o lugar no que subrepticiamente se modifiquen os obxectivos que o Concello da Coruña e o Ministerio de Fomento, con todos os ditames técnicos cumprimentados, con

18


19 todos os trámites cubertos e con todos os pronunciamentos legais pertinentes feitos, se marcaron no seu día no Convenio de colaboración e no Proxecto no que se basea. É evidente que é lícito criticar e repensar os obxectivos e as realizacións. Pero iso debe ser feito nas instancias que corresponden, coa participación dos órganos técnicos, administrativos e políticos responsables, e coas debidas formalidades que garantan a limpeza e transparencia dun procedemento que afecta á cidade e á súa cidadanía. Ningún arqueólogo municipal (incluíndo ao asinante deste memorando), ningún técnico intermedio nin ningún proxecto de obra poden suplantalos. 

“... es hora de transformar las consolidaciones provisionales y parciales que se han realizado en distintos puntos del yacimiento en un recurso cultural efectivo...”

De novo atopamos o punto de partida revisionista no que, ademais, fáltase á verdade, por ignorancia ou por malicia. O que hai que executar está ben definido con carácter previo a este proxecto, sexa cal sexa o parecer ou o gosto do redactor. E non é viable transformar o que xa hai no que xa é: as consolidacións feitas ata agora nin son provisionais nin son parciais, e non é preciso transformalas nun recurso cultural efectivo porque xa o son. A afirmación, ousada coma poucas, non é que sexa discutible: é que é un asunto que non está en discusión. As características que deben respectar as consolidacións (que non restauracións) a realizaren nesta fase do proxecto son as mesmas que foron aplicadas nas intervencións de 2004 (calificadas, e é necesario repetilo ante ao ousadía revisionista do proxecto licitado, de exemplares), descritas nas pp. 67 ss. do “Castro de Elviña – Horizonte 2012”, e especificadas con precisión nas pp. 8687 do mesmo texto. 

“... mediante la adopción de un criterio uniforme y coherente en lo que a restauración se refiere.”

Agás que se estea a falar das restauracións da segunda metade do pasado século, que na actualidade non serían admisíbeis pero que hoxe son unha testemuña dunha forma de facer no pasado que é obrigatorio respectar, máxime cando, como é o caso, forman parte das imaxes máis recoñecidas do Castro de Elviña, o obxectivo non é pertinente por canto en todas as actuacións de conservación executadas seguíronse os criterios uniformes e coherentes descritos nas páxinas citadas no parágrafo anterior, que permiten unha lectura sinxela, uniforme e coherente dos restos e das actuacións sobre eles realizados, e que requiren ademais da participación mental activa do visitante, ao que se lle recoñece a calidade de suxeito pensante e crítico. 

“La excavación arqueológica se contempla como un complemento a las actuaciones de restauración, por ello se limita, a pesar de su gran extensión, a agotar sectores ya abiertos, a resolver problemas estratigráficos y estructurales concretos y a facilitar el acceso del público a zonas que en la actualidad presentan serias dificultades para el tránsito.”

19


20 Se a escavación é un mero complemento da obra de restauración, é obligado que o título do proxecto sexa “Restauración arqueolóxica do Castro de Elviña”. Facelo como se fixo é un engano. Sobre o criterio de “agotar” sectores xa abertos fálase máis abaixo. En calquera caso, postos a escavar, e salvo que se trate de zonas previamente escavadas baixo a mesma dirección, o que se proxecta é algo que non se contempla no proxecto “Castro de Elviña – Horizonte 2012” nin resulta doado abordar sen máis. A “reescavación” é unha actividade de risco que as máis das veces non resolve gran cousa (con seguridade non resolve nada se non se fan explícitas previamente as cuestións ás que se pretende dar resposta), somete aos restos a un perigoso estrés e normalmente o balanzo é negativo. No proxecto que comentamos non se concretan en ningún caso os “problemas estratigráficos y estructurales” que se pretenden resolver, nin as “zonas que en la actualidad presentan serias dificultades para el tránsito”, asunto ao que non se dedica nin unha soa páxina do proxecto.

Se a isto unimos que non foi feita ningunha solicitude de información, aclaración, ampliación, comentario, crítica, etc. á Coordinación Científica do Proxecto Artabria nin á unidade responsable da xestión integral do Castro de Elviña, é dicir, o Museo Arqueolóxico da Coruña, a ausencia de seriedade do planeamento queda patente. Se hai dúbidas estratigráficas ou estruturais que deban seren resoltas, antes de mover un só gramo de terra é imprescindible estudar toda a documentación existente e consultar a todas as institucións e persoas que puider resolver esas dúbidas. Nada de iso se fixo. Pola contra, esta Coordinación Científica e o propio Museo Arqueolóxico se viu privado da información que en boa lóxica e en lexitimidade lle correspondía. De feito tan só tiveron acceso, a Coordinación e o Museo, a o proxecto licitado, por unha casualidade, e por o erro de que o proxecto íntegro estivese colgado durante moito tempo nas carpetas municipais de libre acceso por calquera, funcionario ou non, que tivese conta municipal, incluídos cando menos traballadores autónomos con vinculación contractual non laboral co concello.

Este feito representa, ao noso xuízo, unha importante irregularidade que rompe coa cadea de custodia que debería existir na tramitación do documento. É evidente que esa situación de accesibilidade incontrolada por parte de centos de persoas ao proxecto posibilita que algunhas empresas tivesen coñecemento do mesmo con moitísima anterioridade a que o proxecto se fixese público no Perfil de Contratante; non parece necesario explicar por que esta circunstancia rompe o principio de igualdade de oportunidades imprescindible nunha licitación pública. E tanto máis canto, neste caso, os prazos iniciais para a presentación das ofertas foron tan exiguos que a propia Administración Municipal considerou a pertinencia da súa ampliación de oficio, como pode comprobarse no xa citado Perfil de Contratante. Tamén representa unha irregularidade, segundo o noso criterio, o feito de que na actuación da campaña de 2013 non se seguise o establecido no proxecto e demais documentos no que se refire aos sistemas de documentación en soporte informático coa estrutura establecida por esta Coordinación Científica, que entendemos tiña carácter contractual. Agora preténdese ir aínda máis lonxe: 

“Por otra parte, la gestión de la información es un proceso inherente a cualquier tipo de actividad arqueológica, por ello es necesario dotar a los datos existentes de formatos y tratamientos uniformes para posibilitar, en primera instancia, su consulta poro parte de los investigadores y en definitiva, del público en general.”

20


21 A afirmación oculta a verdade: toda a información existente susceptible de ser dotada “de formatos y tratamientos uniformes” xa está dotada deses formatos e tratamentos dende a primeira campaña de 2002. Exceptúase tan só a campaña de 2013 na que, malia a insistencia da Coordinación Científica, se aplicaron formatos e tratamentos diferentes aos que as obrigas contractuais dicían, de xeito que é a única campaña de Elviña que non se pode tratar de xeito homoxéneo coas sete restantes. Das escavacións do século pasado non existe documentación suficiente. En resumo, o que se presenta como “necesidades” no son tal cousa. Polo contrario, trátase de obxectivos que parten de bases que non se corresponden coa realidade, ou de afirmacións axiomáticas non argumentadas de política cultural, que poden ser discutibles como calquera outras, pero que non atopan o seu lugar axeitado nun proxecto de obras que está constreñido a concretar o que, con outros planeamentos abertamente diferentes cando non contrarios, se contén nun proxecto plurianual de maior rango e elaborado con bastante máis dedicación, control e seriedade.

6.3. PROBLEMAS DA PROPOSTA ARQUEOLÓXICA A proposta de escavación non é tan grave, en principio, como a que se refire ás obras de consolidación (que, sen figurar no título, aparecen e se van transformando ao longo do texto en reintegración, demolición, restauración e posta en valor). Con todo, e tendo en conta que a escavación é un proceso destrutor irreversible, faise preciso sinalar deficiencias que poden levar, e de feito xa levaron na campaña desenvolvida en 2013, a fallos de difícil, se non imposible, subsanación.

6.3.1. Deficiencias na interpretación das campañas arqueolóxicas anteriores

No texto do proxecto preténdese facer unha lectura interpretativa das escavacións realizadas entre 2002 e 2009. Non queda claro cal é a finalidade dese exercicio, que en principio non corresponde a un proxecto de execución senón máis ben a unha memoria ou a un traballo científico de interpretación arqueolóxica. De feito, ao non axuntárense planos, fotografías, croques nin esquemas ou matrices estratigráficas, as páxinas dedicadas a sinalar e tentar de interpretar as diferentes unidades estratigráficas resultan simplemente incomprensibles para calquera arqueólogo, e xa non digamos para calquera persoa de fóra do gremio, sen que aporten máis que ruído á hora de entender as actuacións que deben ser executadas polo contratista, o que é o obxecto do proxecto.

Podemos afirmar que o texto contén fallos considerables e que as escavacións que se pretenden analizar non foron cabalmente comprendidas; quizais o máis evidente e grave, pola incoherencia técnica e porque sirve de base para planearen unha actuación destrutiva e certamente errónea, é o que se refire a unha estrutura adxacente ao torreón W da porta SW da croa, nitidamente recollida na nube de puntos do escanado láser 3D, que os autores confunden co murete curvo que existía por encima daquel, e que ven recollido nos planos provisionais cos que pretenderon deducir o que resulta de imposible dedución. É o esperable cando se traballa con material espurio de carácter provisorio sen consultar nin cando menos informar aos autores do mesmo, o que supón unha práctica cientificamente inadmisible e deontolóxicamente censurable.

21


22

6.3.2. Deficiencias no proxecto de escavación arqueolóxica

A incapacidade de comprensión do realizado leva a planear unha "reescavación" de amplas superficies que xa foron escavadas nas recentes campañas anteriores (o xa citado "ejemplar trabajo arqueológico": se é exemplar, mellor non o toques, non vaia ser), sen concretar nin definir o obxectivo de tal actuación, desaconsellable por contradicir o principio básico de mínima intervención. Isto non quere dicir que non se poida, e mesmo se deba, volver sobre anteriores escavacións en determinadas ocasións; pero eses casos deben estar ben delimitados e claramente argumentados, sabendo e facendo saber que é o que se quere "reescavar", onde e por que, é dicir, a que preguntas se espera atopar resposta con esa "reescavación". Téñase presente que escavación significa destrución irreversible, e que a superficie que non foi escavada xa sufriu un forte estrés fisicoquímico coa modificación dos parámetros de luz, temperatura e humidade, entre outros, provocada pola primeira escavación; dez anos despois, enterrada baixo láminas de xeotéxtil cubertas por grava e áridos apisoados, esa superficie adquiriu un novo equilibrio que se romperá de novo coa "reescavación", sufrindo un novo estrés e novos danos irreversibles. O principio de mínima intervención obriga a non tocar salvo en circunstancias moi xustificadas, nunca xeneralizables, ás que non se fai referencia no proxecto. Non obviamos o feito de que hai diferentes (e lícitas) estratexias de escavación. Autores hai que son partidarios de "agotar" un xacemento, destruíndo sen contemplacións os solos orixinais das estancias que se escavan ata chegar á rocha. Tal era o criterio dos anos 50 do pasado século polo que se guiou Luengo, co resultado de que hoxe desapareceron os solos e os fogares das construcións escavadas. Iso é certo, pero tamén o é que se non o fixera non descubriría o "tesouro de Elviña", agochado nunha fenda da rocha e oculto, como corresponde aos bens tesaurizados, polo solo de uso da construción, feito de arxila apisoada. Non hai resposta unívoca universalmente válida. Pero a que prevalece neste caso é a que se contén no Proxecto "Castro de Elviña - Horizonte 2012", que planea o criterio xeral de conservación e protección dos solos de uso por considerar que son tan bens inmobles como as paredes, sen que iso impida que, en determinados casos e por motivos claramente expresados, se poidan realizar sondeos e mesmo escavacións completas motivadas pola consecución dun ben maior, pero nunca con carácter xeralizado. Dáse tamén unha carencia de comprensión da importancia fundamental que teñen as "fichas de unidade estratigráfica" e da necesidade de que sexan cubertas na súa totalidade, expresando todas as relación estratigráficas físicas de cada unidade, non facendo selección dalgunhas delas. A mala comprensión do método xa produciu resultados graves durante a campaña de 2013, tal como se reflexa na memoria redactada polos autores do proxecto, na que, ademais da carencia sinalada, se cae nun dos erros habituais dos que se inician no método: a ausencia da numeración das interfaces (ou solucións de continuidade) de destrución das estruturas construídas.

Resulta tamén chocante e contrario ao Proxecto "Castro de Elviña - Horizonte 2012" a pretensión de volver a introducir en fichas informatizadas todos os datos obtidos nas escavacións da primeira década deste século co argumento de homoxeneizar as bases de datos. As bases de datos que se crean e se manexan desde a Coordinación Científica (que para iso está) están xa plenamente homoxeneizadas, agás as correspondentes á campaña de 2013, na que non se cumpriron as prescricións contractuais nin as indicacións dadas pola citada Coordinación Científica. Serán os datos desa campaña os que haberá que homoxeneizar, xa que non se fixo como era obrigado, cos miles de datos das sete campañas anteriores, non ao contrario. O asunto é tan asombroso que non merece maior comentario. Tampouco é necesario: non está contemplado no orzamento.

22


23

6.4. PROBLEMAS DA PROPOSTA DE CONSOLIDACIÓN E RESTAURACIÓN Como xa se viu, malia que no seu nome o proxecto se presente como de escavación, en diferentes lugares do texto faise fincapé en que en realidade se trata de... de cousas variadas: de consolidación e restauración, de recuperación integral, de posta en valor... depende. En calquera caso a escavación vai quedando diluída e subsidiaria da consolidación e restauración, que non só van collendo progresivo protagonismo, senón que chegan a presentarse como sinónimos de “posta en valor” e factores únicos de comunicación didáctica. Sexa como for, a realidade é que todo o referido á consolidación (que insensiblemente vai pasando a ser restauración e reintegración) limítase a xeneralidades, sen que se cheguen a definir nin os tratamentos a aplicar, nin os puntos nos que se aplicarán, nin os elementos que se suprimirán, nin as reintegracións que se pretenden facer. Tan só se enuncian reiteradamente os criterios xerais ao uso, dos que ninguén disinte, e dos que o proxecto tanto máis se aparta canto máis concreta as actuacións.

En consecuencia, serán os propios licitantes quen deberán precisar as actuacións de consolidación, á vista das unidades de obra contempladas, e definir os puntos e zoas que serán intervidos, a concreción da intervención en cada caso e as medicións pertinentes, todo elo proposto e asinado por técnico competente para cada tipo de actuación, singularmente as que afectan a aspectos de construción, de consolidación e de cálculo de estruturas, aplomados, estabilidade, etc. O xogo de números das diferentes unidades de obra deberá ser de suma cero, é dicir, as unidades que se executen en maior número compensaranse diminuíndo o número de outras das unidades que figuren no proxecto de modo que non se modifique o presuposto deste. No prego de condicións administrativas particulares, como veremos, deberán constar as condicións que, por circunstancias agora descoñecidas, poden levar á necesidade dunha modificación do proxecto durante a propia execución das obras, o que terá que ser feito, no seu caso, de conformidade coa normativa vixente.

6.4.1. Deficiencias na interpretación das obras de consolidación anteriores

A base na que se asenta, ou na que debería asentarse, a proposta de consolidaciónrestauración-reintegración-posta en valor é, loxicamente, a análise e diagnóstico da situación actual, prestando atención á situación do xacemento e aos tratamentos previamente realizados. No proxecto hai tamén contradicións e deficiencias en relación con estes aspectos, chegando ao extremo de falar de actuacións anteriores que nunca existiron nin sequera foron proxectadas, algo realmente incomprensible tendo en conta que unha das redactoras do proxecto, Iria Baltar, formou parte do equipo técnico das actuacións de Elviña durante as obras de consolidación, que coordinou. Así, a modo de exemplos no exhaustivos, podemos citar: 

“Estas acciones [refírese ás realizadas entre 2002 e 2005] estuvieron orientadas principalmente a la ejecución de trabajos de consolidación preventiva, destinadas a ralentizar el deterioro de las estructuras mediante la aplicación de tratamientos puntuales.”

23


24 A incorrección é flagrante. Nin se tratou de conservación preventiva (ese concepto resérvase para os traballos que non se executan directamente sobre o obxecto senón sobre o ambiente e condicións que o envolven: cubricións, modificacións de condicións de temperatura, luz e humidade, embalaxe e almacenamento, etc.) nin se procedeu a tratamentos puntuais. Pola contra, os traballos abrangueron á totalidade das estruturas exhumadas, tanto de muros como das potentes murallas, que quedaron protexidas, estabilizadas e consolidadas, de xeito que na actualidade, máis de dez anos despois dos traballos, se atopan en perfectas condicións sen que se poidan observar indicios de degradación, disgregación, desplome, etc. 

“[nas citadas accións procedeuse á] coronación de cabeceras mediante la adición de una hilada, empleando como aglutinante un mortero de cal hidráulica”

Non é correcto. Empregouse un morteiro bastardo, tal como se detalla no “Castro de Elviña – Horizonte 2012”, coa composición que mellor resultado obtivo nas probetas executadas baixo o control e coordinación da restauradora Iria López Baltar co visto e prace da Coordinación Científica. Esta composición é a que debe ser empregada nas consolidacións que se executen ao amparo do Convenio con Fomento. 

“[nas citadas accións procedeuse á] protección de los suelos existentes en el espacio interior de algunas viviendas mediante la adición de áridos. Estos áridos fueron dispuestos como método de protección y para evitar la proliferación de vegetación en ellos.”

Nas afirmacións hai incorrección e falsidade. Incorrección porque se oculta que os solos (e non só, tamén e moi especialmente as estruturas de combustión) foron protexidos con láminas xeotéxteis, separadoras de sedimentos e filtradoras da humidade, sobre as que foron superpoñéndose capas sucesivas de gravas, areas grosas e areas normais, compactadas manualmente, é dicir, o método estándar para casos similares; falsidade porque en ningún momento se planeou como obxectivo evitar a proliferación da vexetación. De ónde sacaron esa afirmación os redactores do proxecto é algo que evidentemente se nos escapa. 

“En la actualidad, la mayor parte de los entibados de madera se encuentran muy dañados y ya no cumplen su funcionalidad.”

A situación actual pon de manifesto á falsidade da afirmación. Os entibados están en boas condicións (salvando o natural desgaste dos anos á intemperie nas súas superficies) e seguen a cumprir cos fines para os que foron instalados. 

“En estas campañas se emplearon diferentes tipos de elemento separador para marcar las adiciones, atendiendo a la modalidad del trabajo desarrollado.”

24


25 A afirmación é rotundamente falsa. O elemento diferenciador das adicións é simplemente o morteiro bastardo aplicado nas pedras de novo aporte, visible a óso nas xuntas, mentres que os paramentos orixinais están a seco, sen aplicación de morteiro ningún. 

“Los coronamientos y recrecidos fueron diferenciados mediante la colocación de una tira de geotextil o plástico de silo en algunos casos, sobre los que se dispuso una capa de arcilla.” (pp. 8 de 52)

A afirmación é rotundamente falsa. En ningún caso se colocou xeotéxtil nin “plástico de silo” (supoñemos que se refire a láminas de polietileno) sobre coroamentos de muros nin murallas. O sistema seguido, descrito e graficamente documentado no “Castro de Elviña – Horizonte 2012”, é o establecido nese documento. O que se di na frase que citamos literalmente do proxecto é un puro invento. Na mesma falsidade insístese máis adiante (pp. 17 de 52): 

“Creemos necesario explicar el método utilizado como elemento separador, éste viene siendo colocar una capa de geotextil sobre la cabecera de las estructuras, sobre el mismo se extiende una capa de xabre del propio yacimiento de unos 5-10 cm de espesor, a partir de la misma se ejecuta un remonte que varía en hiladas según la estructura.”

Ao igual que no apartado anterior, alertamos sobre a falsidade das afirmacións vertidas neste parágrafo. En ningún caso se colocou xeotéxtil sobre as cabeceiras dos muros (o que tampouco sería grave), senón unha capa de arxila (que non xabre), non como elemento diferenciador visible, senón como elemento regularizador da superficie e para evitar que o morteiro bastardo con que foron tomadas as pedras do recrecido entrase en contacto directo coas pedras orixinais. Deste xeito a cada muro superpúxose unha tira de pedras tomadas con morteiro, que ademais de fiada “de sacrificio” actuou e actúa como viga de atado que reforza a estabilidade estrutural, separada da parte orixinal por unha capa de arxila, o que garante a completa reversibilidade do tratamento realizado. 

“En la actualidad por tramos se encuentra desaparecido, afectando directamente al estado de conservación, a esto se le suma la presencia de un limo sacado del propio yacimiento podría generar lecturas confusas sobre las argamasas originales, este aspecto se tratará con mayor precisión a lo largo del presente documento. (sic)”

Non resulta fácil entender cómo é posible tanta falta á verdade. Non hai un só tramo desaparecido. As consolidacións realizadas están en perfecto estado de revista máis de dez anos despois. É posible que teña que ver co feito de que ningún dos partícipes no documento posúan titulación habilitante para facer informes sobre aspectos relacionados coa construción e edificación. Pola nosa parte as afirmacións baséanse non só na corroboración persoal, senón en ditames de arquitectos e arquitectos técnicos que afirman a completa estabilidade estrutural dos restos e a correcta execución das obras realizadas na primeira década deste século, en relación coas que resulta difamatorio o proxecto que se comenta.

25


26

“Destacamos que en la muralla se sustituyó el geotextil por una lámina de plástico negra”.

Novamente fáltase á verdade neste párrafo. Primeiro, porque non se pode substituír o que nunca existiu, é dicir, a lámina de xeotéxtil sobre as cabeceiras de muros/murallas. E segundo, porque a lámina que se puxo por encima da grosa capa de arxila da zona, que non sobre a cabeceira das estruturas, non foi de plástico negro, senón dun material de alta gama, o caucho butilo, considerablemente superior en prestacións (adaptabilidade, indeformabilidade, resistencia á rotura, impermeabilidade) e en prezo que as simples láminas de polietileno. A importancia, que se revelou crucial, de garantir unha perfecta impermeabilidade da superficie da muralla impedindo as filtracións de auga que continuasen o lavado dos áridos do interior foi respondida coa aplicación dos mellores medios materiais e do máis experimentado equipo humano, no que se contou co impecable facer do mestre canteiro Antonio “Caión”. Poderíase seguir, pero resultaría eterno: o equipo redactor do proxecto non entendeu nada das actuacións realizadas entre 2003 e 2006.

6.4.2. Deficiencias no proxecto de consolidación e restauración

A falla de comprensión das obras realizadas ata agora levan indefectiblemente a unha diagnose errónea, e polo tanto a propostas de intervención que non se corresponden coa realidade do xacemento. Pero ademais o que se propón, sempre de modo xeral e sen concretar as actuacións co detalle esixible a un proxecto de execución, non resulta aceptable por tratarse de intervencións dunha dureza extrema inxustificada, que contradín frontalmente os principios, que para colmo de males se invocan, nos que se basea na actualidade a disciplina da consolidaciónrestauración. Xa sen o detalle anterior, citamos: 

Proponse a reintegración do grande baleiro que afecta á muralla pola extracción de pedras, a modo de canteira, ata finais da década dos 50 do século pasado. A proposta é a de edificar mimeticamente un potente fragmento de muralla dun volume duns 80 m3 (os cálculos son nosos, as medicións non constan no proxecto nin no orzamento). A proposta contradí cando menos o principio de mínima intervención, o principio de autenticidade, o principio de respecto ás actuacións de todas as épocas e o principio de priorización da conservación sobre a restauración. Por outra parte, o que se propón é unha actuación edificatoria que precisaría de proxecto asinado por técnico competente, o que non existe na documentación presentada a licitación. A actuación proposta debe ser rexeitada. Proponse a eliminación de restos antigos, sen que se detallen os que son, por motivos de facilidade de lectura e comprensión dos restos. O propio informe previo e non vinculante emitido pola Dirección Xeral do Patrimonio Cultural establece a necesidade de desenvolver esa proposta e de xustificar adecuadamente calquera eliminación estrutural antes de obter o preceptivo permiso, polo que non nos estendemos máis nesta cuestión; simplemente apuntaremos que o proposto, ao facer desaparecer restos hoxe existentes, priva ao cidadán dunha lectura propia dos restos que se fixeron desaparecer e que xa non coñecerá. É un caso flagrante de autoritarismo interpretativo que debe ser rexeitado.

26


27 

Proponse a demolición do executado nas actuacións de consolidación das campañas 2003-2006, que contaron coa autorización e aprobación da Xunta de Galicia e que foron cualificadas de exemplares polos técnicos do Ministerio de Cultura. A demolición proposta non está xustificada. Pola contra, o que se evidencia é que o que se di no proxecto ao respecto delas non responde á verdade. As actuacións realizadas que se pretenden demoler si que cumpren con todos os principios esixidos pola disciplina, a lexislación e os convenios aprobados polos diferentes organismos internacionais: son intervencións mínimas (principio de mínima intervención), son completamente reversibles sen necesidade de matización ningunha (principio de reversibilidade), respectan integramente os restos orixinais (principio de autenticidade ou de respecto polo orixinal) que non se modifican nin se tocan máis que cunha capa de arxila que se pode retirar con auga sen deixar rastro, non se reintegran nin se restauran as coroacións dos muros e murallas senón que simplemente se engaden unhas fiadas de sacrificio que actúan como viga de amarre (principio de priorización da conservación sobre a restauración). Non existe, en consecuencia, motivo ningún que xustifique a supresión do xa realizado con todas as garantías, os permisos e os nihil obstat, antes, durante e despois.

De feito, a maior proba da calidade e da boa concepción e execución das obras realizadas é a propia proposta da súa supresión e demolición. Dez anos despois, a obra está aí e pode ser retirada: é a proba de que foi efectiva e de que é reversible. E ese é un argumento de peso para afirmar que non se debe permitir o proxectado: preténdese suprimir unha obra efectiva e reversible para substituíla por unha actuación dura e agresiva que modificará esencialmente os restos conservados, desnaturalizándoos na súa estrutura e mesmo do seu aspecto exterior, e dun xeito radicalmente irreversible As intervencións que se propoñen para seren realizadas en muros e muralla son agresivas, duras, brutais e desnaturalizadoras. As inxeccións de leitada de cal no corpo estrutural son rexeitables por multitude de razóns: o

o

o o

Non se argumenta a necesidade nin a pertinencia. As mínimas mencións que se fan ao motivo desta actuación son vagas e inconcretas; cando se descende ao detalle, os argumentos son contrarios á actuación; de feito recoñécese a inexistencia de problemas de aplomado nas estruturas, co que o proxecto volve a caer en contradición consigo mesmo. Non se fai un estudo previo de estabilidade estrutural, asinado por técnico competente, que xustifique a actuación proposta. Tampouco se presenta proxecto de técnico competente en materia de edificación que posibilite a súa execución.

Non se ten en conta a lexislación de construción en materia de intervención estrutural, o que excede das competencias profesionais dos técnicos superiores en conservación e restauración de bens culturais Salvo nos hipotéticos casos concretos de dano estrutural ou risco probable de derrubo, sinalados por técnico competente, que non figuran no proxecto

27


28

o

o

o

o

nin nos planos, a proposta inxección de leitadas de cal infrinxe o principio de mínima intervención.

Infrinxe tamén o principio de autenticidade, por canto o elemento estrutural se modifica esencialmente, ao substituír unha construción orixinal que emprega barro da zona como elemento aglutinante por un sistema distinto, de propiedades netamente diferentes (non sempre positivas), non acorde coas formas históricas de construción ás que resulta alleo.

Infrinxe o principio de reversibilidade, que si cumpren escrupulosamente as obras que se pretenden suprimir. A proba irrefutable desto último é o feito de que se propoña a súa supresión. Se se realizar o que se propón, no futuro sería imposible dar marcha atrás, o que si se pode facer co agora existente no momento en que realmente se probe a pertinencia de tal acción para proceder con outros métodos que superen o actual, nunca que resulten peores, como ocorre co proxecto licitado.

O método proposto, inxección de leitadas de cal, foi estudado mediante probetas durante a campaña de 2003, manifestando non ser o máis eficaz para o caso de necesidade de enchido de baleiros no interior da estrutura da muralla. O peculiar da situación actual é que ditas probetas, das que se concluíu que a máxima eficacia non era a da cal pura senón a dun morteiro bastardo de composición estipulada no "Castro de Elviña - Horizonte 2012", foron executadas por un canteiro baixo dirección presencial da técnica en restauración que agora, sen novo argumento, propón o contrario no proxecto que se licita. Na proposta de inxección de leitadas de cal non se ten en conta que os espazos entre as pedras do interior de muros e murallas non están baleiros, senón enchidos, total ou parcialmente, de arxilas ou terra. Nada diso se contempla no proxecto, no que non se estudan os problemas físicos aos que pode dar lugar por inaccesibilidade dalgunhas partes por taponamento, o que pode redundar en anisotropías estruturais maiores que as que agora poida haber, nin os problemas químicos de compatibilidade entre a leitada de cal e a arxila, interaccións, posible aparición de aglomerados, grumos, etc. con efectos que non se estudan. Non queda garantido o respecto ao principio de compatibilidade nin se garante tampouco que o resultado sexa mellor que a situación de partida.

Hai contradicións entre o que se di na memoria e o que se reflexa nos planos. Por poñer un exemplo, na área 14 (intra muros da muralla exterior na parte Sur) proponse a recuperación e consolidación do pavimento de cantos rodados que apareceu a carón da muralla; no entanto, esa actuación non se ve reflectida nos planos, nos que figura que toda esa zona será axardinada con plantación de céspede. Ambas actuacións son evidentemente incompatíbeis.

Fálase insistentemente de facilitar a lectura e comprensión dos restos a consolidar, e xustifícase por ela a reintegración de partes que non se detallan, nin se precisan o seu alcance nin as súas características. Pero en ningures se detalla que lectura é esa, nin que discurso histórico se pretende expoñer, nin en que se basea ese pretendido discurso, nin como afectará ese discurso aos restos conservados. Non se respectan os principios de autenticidade, de integridade nin de mínima intervención, que só

28


29 permiten reintegracións non miméticas, nunca estilísticas, no caso en que a adición estea documentada ou sexa deducible con rigor a partir dos restos atopados.

É necesario, xa que logo, corrixir e definir a actuación, xogando có número de unidades de obra permitido pola lexislación, como veremos máis adiante.

6.5. CONTRADICIÓN PROXECTO.

CO

“HORIZONTE 2012”

E INVALIDEZ DAS PROPOSTAS DO

Por todo o visto, e como conclusión, reiteramos que o proxecto presentado, en moitas das súas partes, choca frontalmente co establecido no Proxecto “Castro de Elviña – Horizonte 2012”, o que esperamos ter argumentado e documentado suficientemente. As propostas, na medida en que exista esa contradición, resultan inválidas.

Pero fixemos tamén mención á inconcreción de moitas das actuacións teoricamente proxectadas, ocorrendo que algunhas delas non se definen suficientemente, outras aparecen contraditoriamente nos textos e nos planos, e outras nin se miden nin se presupostan.

Pensamos que é posible facer da necesidade virtude, e converter esas debilidades do proxecto en oportunidades para transformalo nunha actuación positiva que, en vez de destruír o feito ata agora, o aproveite para superalo converténdoo nunha realidade mellor. A intentalo dedícanse os párrafos seguintes.

29


30

7. AS POSIBLES SOLUCIÓNS 7.1. CONDICIÓNS PREVIAS Como xa foi expresado, a conditio sine qua non para solucionar de maneira sensata e eficaz a pouco desexable situación actual do Castro de Elviña e do Proxecto Artabria pasa por dúas premisas indispensables: 

A plena asunción da necesidade de devolver á legalidade a xestión e a responsabilidade do Proxecto Artabria, restituíndo á Coordinación Científica e ao Museo Arqueolóxico e Histórico o papel central que lle corresponde na investigación do pasado da cidade e en concreto no Castro de Elviña, e poñendo final definitivo ás delirantes pretensións, sen base legal ningunha, doutras instancias, que se deron durante o mandato do anterior goberno municipal .

A plena vixencia do proxecto “Castro de Elviña – Horizonte 2012”, ao que se deben someter todas as actuacións arqueolóxicas desenvolvidas no marco do Convenio entre o Concello da Coruña e o Ministerio de Fomento, poñendo final definitivo as aventuras arqueolóxicas que, sen a necesaria discusión, debate e reflexión, chegaron a onde nunca deberían ter chegado.

A partires destas premisas estúdanse as posibilidades existentes.

7.2. UN PROXECTO NOVO Como xa comentamos, as deficiencias do proxecto presentado derivan principalmente dun erro fundamental de raíz: non ter en conta que non se trata da formulación inicial dun programa de dinamización do Castro de Elviña (algo que sen dúbida hai que facer, pero non neste lugar nin coa forma de proxecto de obras), senón simplemente da concreción, para a súa execución nunha anualidade, das obras contidas nun proxecto anterior no que este se inscribe. Todo o que se poida dicir no proxecto ven contaminado por este erro inicial. A consecuencia é que a mellor forma de proceder sería a retirada do proxecto, como esta Coordinación Científica propuxo hai máis de oito meses con escaso éxito de crítica e público, e a elaboración dun novo que se adecuase ás condicións reais.

Porén, os problemas que esa solución comporta son moitos; entre eles analizamos e tentamos de valorar a importancia dos seguintes, uns incertos, outros certos: 

"O proxecto licitado xa foi aprobado por Patrimonio da Xunta". Pensamos que esa afirmación non é correcta. Despois da reunión mantida co actual Xefe de Servizo de Arqueoloxía e co anterior, actual Xefe de Sección, resulta que: o

Á Xunta de Galicia non se lle remitiu o proxecto completo, senón tan só a Memoria, os Planos e o Orzamento. Non se lle mandou o Prego de Prescricións Técnicas Particulares, documento fundamental do proxecto, e máis neste caso no que se establecen nel unha serie de condicións e de prescricións que ao noso xuízo chegan a invadir as competencias que a lexislación autonómica confiren ao director arqueolóxico da intervención. Sen o coñecemento dese documento, que modifica e ata contradí o contido da Memoria, non é posible informar a actuación.

30


31 o o

o

o

A Xunta de Galicia non estudou o Orzamento, e xa que logo non advertiu as contradicións existentes entre ese documento e os textos e planos.

O documento presentado á Xunta non é o que saíu a contratación, senón unha versión anterior que non foi aprobada pola Oficina de Supervisión de Proxectos municipal. Ignoramos as modificacións que foron esixidas por dita Oficina e o alcance das mesmas, quizais menor, pero o feito de que o texto informado non sexa idéntico ao licitado é suficiente para invalidar o informe da Xunta. En calquera caso, ese informe non é vinculante por non formar parte do procedemento establecido. Se ben sirve para coñecer a opinión do organismo nun momento dado, esta pode variar coma calquera outra opinión, e en calquera caso non ten carácter de autorización nin hipoteca a posible denegación futura desta.

O propio informe sinala, con encomiable discreción, a existencia de actuacións que non poden ser aprobados sen máis, cal son as supresión de elementos estruturais propostos. Esixe para poder autorizalas unha explicación detallada previa que xustifique esas supresións, que non poderán ser realizadas sen nova autorización, coincidindo niso co que reiteradamente se expresou neste informe.

"O proxecto presentado xa foi aprobado por Fomento". Ignoramos o fundamento desa afirmación. A pesar de solicitar o envío de copia do documento no que se expresa tal cousa, ata o momento de asinar este memorando non recibimos nada. En calquera caso resulta extraio, por canto Fomento non ten capacidade de intervención previa sobre a Administración Local á hora de elaborar, licitar e executar proxectos. Sensu contrario, do que si temos constancia é da escrupulosidade da intervención de Fomento á hora de comprobar que o executado e facturado se axusta ao establecido no Proxecto "Castro de Elviña -Horizonte 2012" (Cf. oficio do Subdirector General de Arquitectura y Edificación del Ministerio de Fomento ao Alcalde da Coruña de data 17 de setembro de 2012, v. ANEXO DOCUMENTAL 13), no que literalmente se di: “En la solicitud inicial de la subvención que ahora nos ocupa uno de los requisitos que se exigían era aportar un proyecto (documento que figura en esta subdirección con el título de CASTRO DE ELVIÑA HORIZONTE 2012 en dos volúmenes: 1.- Memoria y Proyecto y 2.- Presupuesto). La documentación que ustedes aportan como justificación de la subvención no se corresponde con lo recogido en el Presupuesto establecido inicialmente, por lo que o se ajustan a dicho Proyecto o no podemos dar por válida la justificación relacionada”.

Ä vista dese oficio, e a non ser que esa presunta aprobación poida ser tomada como unha modificación do Convenio, parece prudente considerar perigoso calquera desvío do proxecto inicial. Entendemos polo tanto que este argumento non debe ser tido en conta como contrario ao que aquí se expón.

A elaboración nun novo documento ex initio suporía un retraso considerable. Isto é certo. A elaboración dun proxecto é un proceso lento. Descoñezo a data na que se iniciou a elaboración do proxecto que saíu a licitación, pero atrévome a pensar en

31


32

que foi traballo de varios meses. Calculamos que a redacción dun novo proxecto, por parte desta Coordinación Científica, non levaría menos de dous meses.

A ese retraso debido á redacción do proxecto habería que sumar o proceso de aprobación pola Oficina de Supervisión de Proxectos, nestes momentos colapsada e acumulando retrasos por carencia de medios persoais, e o correspondente ao procedemento de licitación en Contratación, que pola experiencia tamén acumula serios retrasos (baséome para afirmalo nos prazos deste mesmo expediente ou os da reparación do pequeno peirao do Castelo de San Antón, que segue sen ser adxudicado).

Tendo en conta todo o anterior, e sumándolle as esperas de intervención, contratación e a propia Concellaría, é previsible que o procedemento de licitación dun novo proxecto non estivese iniciado antes de medio ano a contar dende a data da orde de inicio de elaboración. Aínda que os prazos do Convenio foron prorrogados recentemente, non parece aconsellable un (novo) retraso tan considerable, polo que a solución mellor non parece viable nestes momentos.

7.3. MODIFICACIÓN DO PROXECTO PREVIA Á LICITACIÓN A seguinte posibilidade sería a de modificar o proxecto presentado, suprimindo os aspectos máis conflitivos, reformando os medios e deixando os que non ofrecen problemas, coa conseguinte reforma dos planos e os orzamentos.

Se ben a redacción das modificacións podería levar algún tempo menos que a redacción dun novo proxecto, o proxecto modificado tería que pasar de novo o trámite de aprobación da Oficina de Supervisión de Proxectos, que como xa se dixo acumula considerable retraso. A repercusión desta modificación na aprobación de Fomento, que como dixemos descoñecemos, non podemos valorala por falla de datos fidedignos.

En conclusión, se ben a modificación do proxecto previa á licitación resulta máis favorable que a elaboración dun novo proxecto, mantense a principal fonte de retraso na tramitación e non podemos valorar o risco que pode supoñer de cara ao Ministerio de Fomento. A modificación do proxecto podería redactarse un prazo breve (un par de semanas con liberdade de acción), e quizais podería conseguirse, previo acordo coa correspondente Concellaría, que se tramitase con celeridade a supervisión do proxecto ao non tratarse dun proxecto novo senón dunha modificación dun xa supervisado que non suprimiría partes esenciais do mesmo. Despois da sinatura da prórroga do Convenio é unha opción a considerar con seriedade.

7.4. MODIFICACIÓN DO PREGO DE PRESCRICIÓNS TÉCNICAS O mesmo ocorre coa posibilidade de resolver os problemas sinalados mediante a modificación do Prego de Prescricións Técnicas Particulares (PPTP). A diferenza dos contratos de servizos, nos que o PPTP é un documento illado e independente, nos contratos de obras o PPTP é un dos compoñentes imprescindibles do proxecto e forma parte do mesmo a todos os efectos. Modificar o Prego de Prescricións Técnicas Particulares é modificar o proxecto, polo que é de aplicación todo o dito no parágrafo anterior.

32


33

7.5. MODIFICACIÓN DO PREGO DE CLÁUSULAS ADMINISTRATIVAS PARTICULARES A diferenza das posibilidades anteriores, o Prego de Cláusulas Administrativas Particulares é de libre redacción e non forma parte do Proxecto, polo que non precisa ser visado pola Oficina de Supervisión de Proxectos. Evidentemente esa liberdade ten que exercerse dentro do marco que permite a lexislación actualmente vixente, na que contemplamos fundamentalmente o Real Decreto Lexislativo 3/2011, que formula o Texto Refundido da Lei de Contratos do Sector Público (TRLCSP). O TRLCSP ofrece mecanismos que, aproveitados con xeito, poden permitir facer unha boa execución dun mal proxecto de base. E se eses mecanismos non fosen suficientes, permite a modificación do proxecto durante a súa execución, sempre que non se desnaturalice o seu obxecto e que se dean unhas determinadas circunstancias, que poden estar previstas no Prego de Cláusulas Administrativas Particulares, ou ben non previstas, debendo neste segundo caso axustarse ás que define o propio TRLCSP. O Prego de Cláusulas Administrativas pode facer definir os documentos que teñen carácter contractual ademais dos que marca a normativa, así como establecer a orde de prevalencia no caso de contradición entre eles.

Tamén deberá ser contemplada no Prego de Cláusulas Administrativas Particulares a posibilidade de admisión de variantes do proxecto por parte das empresas concorrentes á licitación, o mesmo que a admisión de melloras ao proxecto. En ambos casos deben ser definidos os aspectos en que se poderán admitir ditas variantes e melloras, así como a ponderación da valoración que se lles poderá adxudicar. Por último, no Prego de Cláusulas Administrativas se establecerán coa precisión suficiente os criterios que serán aplicados na valoración das ofertas que se presenten, así como as puntuacións que poderán ser adxudicadas a cada criterio. Pódese fixar tamén un límite mínimo que se debe alcanzar para continuar co proceso de valoración. Propoñemos para ter en conta:

7.5.1. A expresa vinculación co “Horizonte 2012”

Xa vimos que o proxecto a licitación é unha concreción do máis que citado “Castro de Elviña – Horizonte 2012”. Cómpre en consecuencia que esa circunstancia sexa claramente expresada no Prego de Cláusulas Administrativas Particulares, ao que se axuntará o texto completo do “Castro de Elviña – Horizonte 2012” facendo mención expresa do seu carácter de documento contractual prevalente.

7.5.2. A prevalencia entre os textos contractuais

Ao carácter contractual do “Castro de Elviña – Horizonte 2012” debe engadirse o seu valor como texto fundamental, prevalente sobre calquera outro, como corresponde o seu estatuto de proxecto central sobre o que se articula o Convenio con Fomento que da lugar á licitación.

A continuación debe prevalecer o Prego de Cláusulas Administrativas Particulares, por encima do Prego de Prescricións Técnicas Particulares; dado que este forma parte integrante e esencial do Proxecto, dedúcese que o Prego de Prescricións Técnicas Particulares arrastra consigo aos restantes documentos integrantes do Proxecto que sae a licitación, quedando todos eles por debaixo do Prego administrativo.

33


34 A orde de prevalencia debe ser Proxecto “Castro de Elviña – Horizonte 2012”

Prego de Prescricións Administrativas Particulares Proxecto “Excavación del Castro de Elviña. Campaña 2014” (inclúe PPTC)

En consecuencia, proponse que se introduza no Prego de Cláusulas Administrativas Particulares un texto similar ao seguinte: “O presente Prego de Cláusulas Administrativas Particulares (PCAP) ten carácter contractual e prevalece sobre o Prego de Prescricións Técnicas Particulares (PPTP) en caso de contradición ou conflito.

“Tal como se recolle no PPTP, "En el caso de estimarse necesario durante la redacción del Proyecto calificar de contractual cualquier otro documento del mismo, se hará constar así en el Pliego de Cláusulas Administrativas Particulares (PCAP), estableciendo a continuación las normas por las que se regirán los incidentes de contradicción con los otros documentos contractuales" (PPPT, pag. 8 de 54)

“Dado que o proxecto que se licita é unha concreción anual do Proxecto "Castro de Elviña, Horizonte 2012", que rexe o Convenio entre o Ministerio de Fomento e o Concello da Coruña, de tal xeito que só se poden incluír nel as obras sinaladas no devandito Proxecto, cualifícase como documento contractual o Proxecto "Castro de Elviña, Horizonte 2012", que terá prevalencia sobre calquera outro documento en caso de incidente de contradición, fundamentalmente no que respecta ás obras a realizaren e os criterios a empregar nelas, agás na definición de prezos unitarios e descompostos, nos que prevalecerá o orzamento do proxecto que se presenta a licitación, tendo o "Castro de Elviña - Horizonte 2012" carácter subsidiario.”

7.5.3. As condicións para a modificación do proxecto durante a súa execución

No artículo 234.3, despois de establecer as condicións para a modificación do proxecto durante a súa execución a instancia do Director Facultativo, engade o que nos parece que é de principal aplicación neste caso: “No obstante, podrán introducirse variaciones sin necesidad de previa aprobación cuando éstas consistan en la alteración en el número de unidades realmente ejecutadas

34


35 sobre las previstas en las mediciones del proyecto, siempre que no representen un incremento del gasto superior al 10 por ciento del precio primitivo del contrato.”

É dicir, é lícito xogar co número de unidades de obra presentes no proxecto, sen engadir novas unidades non contempladas, de maneira que o valor das unidades executadas de máis se vexa compensado por un valor equivalente en unidades de obra previstas e non executadas.

No caso no que estamos esta posibilidade vese aínda máis xustificada, por canto a escavación é de por si unha actividade na que resulta imposible aventurar o que se vai atopar; se soubésemos o que oculta o subsolo, simplemente non escavariamos. Cabe, polo tanto, calquera sorpresa que obrigue a modificar o ritmo e mesmo as superficies sobre as que en principio se pensaba actuar. No que se refire á consolidación e outros traballos de conservación, o propio proxecto é redundante á hora de insistir na falla de precisión do que se planea, deixando practicamente todas as unidades proxectadas ao arbitrio final da Dirección Facultativa na maior parte dos casos, ou ao resultado do diálogo e o consenso entre os diferentes técnicos que participen na escavación.

Así pois, o propio Proxecto está recoñecendo, cando non sinalando de feito, o carácter meramente aproximativo que teñen as medicións nas que se basea o presuposto presentado.

Conseguintemente, é de necesidade a aplicación da salvedade que establece o artículo 234 antes citada. Consideramos que coa súa aplicación será posible adaptar a execución do proxecto á realidade que ao compás dos traballo se vaia desvelando, sen necesidade nin sequera de nos amparar no marxe do 10% permitida, senón co presuposto estipulado. Con todo, non está de máis ser precavidos e contemplar a eventualidade de que puider ser necesaria unha modificación do proxecto durante a súa execución. Para este caso, o RDL 3/2011 (TRLCSP) establece:

“Artículo 234 Modificación del contrato de obras

1. Serán obligatorias para el contratista las modificaciones del contrato de obras que se acuerden de conformidad con lo establecido en el artículo 219 y en el título V del libro I. En caso de que la modificación suponga supresión o reducción de unidades de obra, el contratista no tendrá derecho a reclamar indemnización alguna.

2. Cuando las modificaciones supongan la introducción de unidades de obra no previstas en el proyecto o cuyas características difieran de las fijadas en éste, los precios aplicables a las mismas serán fijados por la Administración, previa audiencia del contratista por plazo mínimo de tres días hábiles. Si éste no aceptase los precios fijados, el órgano de contratación podrá contratarlas con otro empresario en los mismos precios que hubiese fijado o ejecutarlas directamente. 3. Cuando el Director facultativo de la obra considere necesaria una modificación del proyecto, recabará del órgano de contratación autorización para iniciar el correspondiente expediente, que se sustanciará con carácter de urgencia con las siguientes actuaciones: a) Redacción de la modificación del proyecto y aprobación técnica de la misma.

b) Audiencia del contratista y del redactor del proyecto, por plazo mínimo de tres días.

35


36 c) Aprobación del expediente por el órgano de contratación, así como de los gastos complementarios precisos.

No obstante, podrán introducirse variaciones sin necesidad de previa aprobación cuando éstas consistan en la alteración en el número de unidades realmente ejecutadas sobre las previstas en las mediciones del proyecto, siempre que no representen un incremento del gasto superior al 10 por ciento del precio primitivo del contrato.”

Dentro do seu título V, o artículo 105 do RDL 3/3011 (TRLCSP) abre a posibilidade de que o contrato sexa modificado durante a súa execución

“cuando así se haya previsto en los pliegos o en el anuncio de licitación o en los casos y con los límites establecidos en el artículo 107”.

Ademais,

“La modificación del contrato no podrá realizarse con el fin de adicionar prestaciones complementarias a las inicialmente contratadas, ampliar el objeto del contrato a fin de que pueda cumplir finalidades nuevas no contempladas en la documentación preparatoria del mismo, o incorporar una prestación susceptible de utilización o aprovechamiento independiente.”

A modificación do contrato por posíbeis causas previstas de antemán regúlase con maior precisión no artículo 106:

“Los contratos del sector público podrán modificarse siempre que en los pliegos o en el anuncio de licitación se haya advertido expresamente de esta posibilidad y se hayan detallado de forma clara, precisa e inequívoca las condiciones en que podrá hacerse uso de la misma, así como el alcance y límites de las modificaciones que pueden acordarse con expresa indicación del porcentaje del precio del contrato al que como máximo puedan afectar, y el procedimiento que haya de seguirse para ello.

A estos efectos, los supuestos en que podrá modificarse el contrato deberán definirse con total concreción por referencia a circunstancias cuya concurrencia pueda verificarse de forma objetiva y las condiciones de la eventual modificación deberán precisarse con un detalle suficiente para permitir a los licitadores su valoración a efectos de formular su oferta y ser tomadas en cuenta en lo que se refiere a la exigencia de condiciones de aptitud a los licitadores y valoración de las ofertas.”

En canto ao procedemento para realizar a modificación, o artículo 108 sinala que

“En el caso previsto en el artículo 106 las modificaciones contractuales se acordarán en la forma que se hubiese especificado en el anuncio o en los pliegos.”

Consonte ao visto, no Prego de Cláusulas Administrativas Particulares deberá preverse a posibilidade de modificación do Proxecto, sempre cumprindo a tramitación esixida pola normativa vixente, cando sexa necesario por concorreren unha ou varias das seguintes circunstancias:  

Problemas de medicións ou de valoración do grado de deterioro das estruturas, á vista de ditame de técnico competente en materia de edificación.

Condicións, obrigas ou prohibicións que poidan establecer as autoridades sectoriais competentes, e moi singularmente a resolución de autorización da Dirección Xeral do Patrimonio, cando a súa importancia sobrepase os límites marcados no TRLCSP 03/2011.

36


37 

Contradicións insalvables coas prescricións e criterios do Proxecto "Castro de Elviña - Horizonte 2012”, que se poñan de manifesto durante a execución das obras.

No caso de que se puider aventurar, sequera como posible, que as variantes, melloras ou concrecións do proxecto presentadas nas ofertas obrigaren, por algunha das causas previstas neste prego, a unha modificación do proxecto durante a súa execución, a tramitación desta será iniciada inmediatamente despois da sinatura do contrato e a acta de replanteo.

7.5.4. A Dirección Facultativa

Entendemos que estando en activo o Coordinador Científico do Proxecto Artabria, e de acordo coas resolucións municipais e a interpretación das mesmas por parte do Servizo de Persoal, o Director Facultativo debe ser o mentado Coordinador Científico.

Entendemos tamén que da Dirección Facultativa deben tamén formar parte outros técnicos municipais de especialidades e disciplinas diferentes, a proposta do Director Facultativo

7.5.5. As variantes e melloras

O artículo 147 do TRLCSP establece a admisibilidade de variantes e melloras propostas polos licitadores, deste xeito: “1. Cuando en la adjudicación hayan de tenerse en cuenta criterios distintos del precio, el órgano de contratación podrá tomar en consideración las variantes o mejoras que ofrezcan los licitadores, siempre que el pliego de cláusulas administrativas particulares haya previsto expresamente tal posibilidad.

2. La posibilidad de que los licitadores ofrezcan variantes o mejoras se indicará en el anuncio de licitación del contrato precisando sobre qué elementos y en qué condiciones queda autorizada su presentación.”

Proponse que esta posibilidade, a todas luces favorable, figure expresamente no Prego de Condicións Administrativas Particulares, e que os elementos e as condicións sexan precisados nos criterios de valoración.

7.5.6. Os criterios de valoración

Aos criterios de valoración das ofertas dedícase o artículo 150 do TRLCSP, do que resaltamos por ser de interese para o caso:

“1. Para la valoración de las proposiciones y la determinación de la oferta económicamente más ventajosa deberá atenderse a criterios directamente vinculados al objeto del contrato, tales como la calidad, el precio, (…) las características medioambientales o vinculadas con la satisfacción de exigencias sociales que respondan a necesidades, definidas en las especificaciones del contrato, propias de las categorías de población especialmente desfavorecidas a las que pertenezcan los usuarios o beneficiarios de las prestaciones a contratar, (…) el valor técnico, las características estéticas o funcionales, (…) el mantenimiento, la asistencia técnica, el servicio postventa u otros semejantes. (…)

37


38 2. Los criterios que han de servir de base para la adjudicación del contrato se determinarán por el órgano de contratación y se detallarán en el anuncio, en los pliegos de cláusulas administrativas particulares o en el documento descriptivo.

En la determinación de los criterios de adjudicación se dará preponderancia a aquellos que hagan referencia a características del objeto del contrato que puedan valorarse mediante cifras o porcentajes obtenidos a través de la mera aplicación de las fórmulas establecidas en los pliegos. (…)

4. Cuando se tome en consideración más de un criterio, deberá precisarse la ponderación relativa atribuida a cada uno de ellos, que podrá expresarse fijando una banda de valores con una amplitud adecuada. En el caso de que el procedimiento de adjudicación se articule en varias fases, se indicará igualmente en cuales de ellas se irán aplicando los distintos criterios, así como el umbral mínimo de puntuación exigido al licitador para continuar en el proceso selectivo. (…)

6. Los pliegos o el contrato podrán establecer penalidades, conforme a lo prevenido en el artículo 212.1, para los casos de incumplimiento o de cumplimiento defectuoso de la prestación que afecten a características de la misma que se hayan tenido en cuenta para definir los criterios de adjudicación, o atribuir a la puntual observancia de estas características el carácter de obligación contractual esencial a los efectos señalados en el artículo 223.f).”

Entendemos que na adxudicación dunha intervención arqueolóxica, sobre todo se está correctamente presupostada, a oferta económica debe ter un peso inferior a outros criterios que garantan unha boa execución dos traballos, que non son comparables cos de outras obras por non se tratar de meros exercicios rutinarios senón que no seu decurso interveñen outras moitas capacidades, aptitudes, actitudes e decisións que non son reducibles a unha normativa e a unhas prácticas completamente estandarizadas.

Por outra parte, no que se refire ás obras de consolidación e conservación do xacemento, o propio proxecto establece a imposibilidade de precisar, no momento da súa redacción, moitos dos detalles que serán necesarios durante a execución. Este feito abre a posibilidade de que sexan os licitantes, na súa proposta técnica, quen propoñan planificacións concretas e detalladas de determinados aspectos que veñen contemplados nos proxectos, o Proxecto Marco e o Proxecto para a anualidade concreta. A modo de exemplo de elementos que poden ser valorados, por si mesmos ou a modo de variantes ou melloras, podemos citar, sen ánimo de exhaustividade e como aportación non pechada: 

  

Equipo técnico, con relación nominal e curriculum vitae dos membros. Valorarase a adecuación da plantilla presentada á obra licitada. Este apartado pode ser adaptado á valoración obxectiva detallando os méritos que se terán en conta e a valoración de cada un deles, a modo do que se fai nos baremos dos concursos de méritos. Medios técnicos postos á disposición da obra.

Medios informáticos e topográficos postos a disposición da obra.

Propostas técnicas específicas para a execución dos traballos sobre a maleza e vexetación.

38


39 o o 

Valorarase como mellora a oferta de control da vexetación e mantemento do seu estado sen que supoña modificación do orzamento unha vez aplicada a baixa ofertada. Valorarase como mellora a presentación dun programa de aproveitamento didáctico das especies autóctonas existentes na superficie valada do castro e entorno.

Propostas técnicas específicas e detalladas para a conservación das estruturas arqueolóxicas visibles, garantindo a permanencia das mesmas e cumprindo os principios de mínima intervención, autenticidade, integridade, compatibilidade de materiais, preferencia da consolidación sobre a restauración e calquera outra establecida polos organismos internacionais responsábeis. Valorarase que as propostas respondan a un estudo previo realizado por técnicos competentes. Valorarase o grado de detalle da proposta que se presente, así como a súa adecuación aos principios sinalados. Propostas técnicas específicas para a execución de drenaxes, con solucións concretas para os puntos de apozamento, singularmente intra muros da muralla exterior nas partes Sur e Suroeste, executables sen que supoñan modificación do orzamento unha vez aplicada a baixa ofertada. Proposta técnica de mellora de acabados finais dos espazos escavados, sempre seguindo as liñas estruturais marcadas no proxecto "Castro de Elviña - Horizonte 2002". A modo de exemplo e sen pretensión de exhaustividade valorarase a proposta específica de tonalidades e texturas da superficie final sobre o xeotéxtil, grava e áridos nos pavimentos interiores e exteriores, o tratamento a aplicar sobre os fogares ocultos e protexidos de xeito que resulten comprensibles para o visitante, as superficies con restos de lume, etc. Todo elo executable sen que supoña modificación do orzamento unha vez aplicada a baixa ofertada.

Proposta técnica para o tratamento volumétrico do grande baleiro provocado na muralla SW polo uso de canteira ata a metade do século XX, que supón un importante impacto visual que distorsiona a comprensión da entrada. Exclúese expresamente a súa restitución mediante edificación mimética. Todo elo executable sen que supoña modificación do orzamento unha vez aplicada a baixa ofertada.

Estudo das diferentes posibilidades de intervención nas sondaxes abertas na campaña de 2002, singularmente no Norte da muralla da croa e no Oeste da do primeiro recinto exterior sen excluír os restantes, con valoración da potencialidade didáctica de cada un deles, e presentación de propostas alternativas de tratamentos no caso de deixalos abertos, ou reenchelos se o presentado non xustifica as dificultades de conservación. Todo elo executable sen que supoña modificación do orzamento unha vez aplicada a baixa ofertada.

Aportación de estudo valorado das posibilidades de reconstrución virtual didáctica do xacemento que non afecten directamente aos restos contemplados, mesmo con presentación de diferentes hipóteses, que faciliten a comprensión do contemplado aos cidadáns visitantes, escolares ou non. Valorarase o estudo de técnicas non informáticas (a modo de exemplo non exhaustivo, paneis transparentes como en Carnutum, reconstrucións en clave realista como en Segobriga, reconstrucións lineais sobre placa deslizante, etc.) e o estudo de aplicación de técnicas de realidade aumentada sobre paneis fixos (a modo de exemplo, a Villa Romana da Olmeda) ou sobre tabletas ou teléfonos intelixentes (exemplo, Ciudadela Ibérica de Calafell) propiedade dos visitantes ou que

39


40

  

sexan entregados en préstamo durante a visita. Valorarase a presentación de exemplos reais e a presentación dun presuposto de instalación e mantemento. Todo elo sen que supoña modificación do orzamento unha vez aplicada a baixa ofertada.

Realización de planimetrías de base fotogramétrica de estado inicial, a partir da nube de puntos láser 3D aportada polo Concello da Coruña, todo elo executable sen que supoña modificación do orzamento unha vez aplicada a baixa ofertada.

Realización de planimetrías de base fotogramétrica de diferentes momentos das intervencións e do estado final, mediante láser 3D ou drones, todo elo executable sen que supoña modificación do orzamento unha vez aplicada a baixa ofertada. etcétera

7.5.7. A Comisión de Valoración

O artículo 150 do TRLCSP establece:

“Cuando en una licitación que se siga por un procedimiento abierto o restringido se atribuya a los criterios evaluables de forma automática por aplicación de fórmulas una ponderación inferior a la correspondiente a los criterios cuya cuantificación dependa de un juicio de valor, deberá constituirse un comité que cuente con un mínimo de tres miembros, formado por expertos no integrados en el órgano proponente del contrato y con cualificación apropiada, al que corresponderá realizar la evaluación de las ofertas conforme a estos últimos criterios, o encomendar esta evaluación a un organismo técnico especializado, debidamente identificado en los pliegos.”

Non estamos no caso. Por unha parte, nos procedementos negociados non se dá a esixencia sinalada; por outra, se se aceptar a proposta que se fai, os criterios avaliábeis mediante fórmula supoñen o 60% do total; non se da ningunha das circunstancias que fagan preceptiva a avaliación mediante comité de expertos.

Con todo, entendemos que a contía do contrato, a súa importancia por ser cofinanciado por Fomento, a xa longa historia que ten o Castro de Elviña como empeño frustrado de hai longas décadas, o carácter simbólico do xacemento e moitas razóns máis que poderían ser citadas, fan recomendable extremar a limpeza e a transparencia do proceso de valoración, selección e adxudicación, máxime tendo en conta a experiencia recente de recursos e actos falidos. Por todo iso pensamos que debería ser valorada a posibilidade de montar unha comisión de expertos, contando coa presenza de personalidades de traxectoria acreditada de Galicia e mesmo de fóra dela, e da que poderían formar parte os técnicos municipais ao efecto de resolver dúbidas acerca do xacemento e a súa problemática, con voz e quizais sen voto; en calquera caso puidera ser recomendable que a maioría dos votos recaera nos técnicos alleos ao Concello, o que acrecentaría a imaxe e a realidade de imparcialidade e ausencia de interferencias de carácter subxectivo. A Universidade da Coruña e os Comités Científicos e Técnicos nomeados no seu día ofrecen un amplo abano de persoas entre as que se podería seleccionar o comité avaliador procurando a diversificación de especialidades, institucións e procedencias. A selección dun bo comité axudaría tamén a proxectar publicamente a nova etapa das actuacións no Castro de Elviña, coa finalización do pactado con Fomento en 2008 e a apertura dun futuro que está por escribir. Unha vez concluídas as obras pactadas con Fomento será o momento de facer unha reflexión, unha revisión crítica e uns novos planes a medio e longo prazo.

40


41

8. PROPOSTA PARA CONTRATACIÓN A partires do sinalado pódense establecer as cláusulas que se enviarán a Contratación para que sexan incluídas no Prego de Condicións Administrativas Particulares, así como os criterios de valoración e, no seu caso, a composición do comité que valorará os criterios aos que non se puider aplicar fórmulas obxectivas. A Coruña, 11 de novembro de 2015

O Arqueólogo Municipal Coordinador Científico do Proxecto Artabria, Asdo. José María Bello Diéguez

41


42

42


43

ANEXO DOCUMENTAL 1

43


44


45


46


47


48


49


50


51


52


53


54


55


56


57


58


59


60


61


62


63


64


65


66


67


68


69


70


71


72


73


74


75


76


77


78


79


80


81


82


83


84


85


86


87


88


89


90


91


92


93


94


95


96


97


98


99


100


101


102


103


104


105


106


107


108


109


110


111


112


113


114


115


116


117


118


119


120


121


122


123


124


125


Ministerio de Fomento Secretaría de Estado de Infraestructuras, transporte y Vivienda Dº Gª Arquitectura, Vivienda y Suelo SDº Gª Arquitectura y Edificación Paseo de la Castellana, 112, 6ª planta 28071 Madrid N/Ref: 11-15030-01429-06 Asunto: Solicitud de información. Recibido en este Ayuntamiento escrito de 15 de octubre de 2012, en el que solicitan in formación con la finalidad de completar la documentación de que disponen en relación con las obras de actuación arqueológica en el yacimiento arqueológico del Castro de Elviña (Proyecto Artabria), financiadas con cargo a un Convenio Plurianual de Colaboración entre el Ministerio de Fomento y el Ayuntamiento de A Coruña, y conocer su viabilidad futura, adjunto les remito la documentación solicitada. A Coruña, 31 de octubre de 2012 La Tte. de Alcalde responsable de Ss.Ss., Cultura, Educación y Deportes

Ana Mª Fernández Gómez

126


CASTRO DE ELVIÑA INFORME SOBRE USOS Y VIABILIDAD

CONTEXTO Y ANTECEDENTES El Castro de Elviña es un asentamiento característico de la cultura castreña, que fue habitado entre los siglos IV a.c. y VI d.c, llegando a tener una población estimada en unos 2000 habitantes hacia el año 50 d.c. Está situado al sur de la ciudad de A Coruña, en una pequeña elevación del terreno de la parroquia de San Vicente de Elviña, que linda con el campus de Elviña de la Universidad de A Coruña. El Castro llegó a ocupar una extensión superior a 40.000 metros cuadrados, siendo uno de los más grandes de la Galicia septentrional. Está formado por varios recintos aterrazados, separados por tres murallas, entre las que destaca la que rodea la croa (recinto más elevado y central), con dos entradas monumentales, una de ellas de reciente des cubrimiento, flanqueadas por dos torreones defensivos semicirculares, entre los que se abre una rampa y escaleras de acceso empedradas. En algunos de sus tramos, la muralla conservada tiene una anchura y altura superior a los cuatro metros. El Castro de Elviña fue declarado monumento histórico nacional mediante el Decreto 1758/1962, de 5 de julio, pasando a ser considerado Bien de Interés Cultural por la Ley 16/85 del Patrimonio Histórico Español; por Resolución de 6 de agosto de 1998 de la Dirección Xeral de Patrimonio Cultural de la Xunta de Galicia se delimitaron la superficie del BIC y su entorno de protección. La situación administrativa y el régimen de protec ción del Castro, como BIC y como parte del municipio de A Coruña, están delimitados por la Ley 16/85 del Patrimonio Histórico Español, la Ley 8/1995, de 30 de octubre, de Patrimonio Cultural de Galicia, por el Plan General de Ordenación Urbana y por el Plan especial de protección y recuperación del Castro de Elviña y de protección del paisaje natural. Las actuaciones arqueológicas en el Castro de Elviña se inician a finales de los años cuarenta y cabe distinguir tres fases anteriores a la actual, que está siendo financiada a través de un convenio de colaboración entre el Ministerio de Fomento y el Ayuntamiento de A Coruña con cargo al 1% cultural: 

Primera fase. Campañas de 1947 a 1953 y restauración de 1957, dirigidas por el profesor de la Universidad de Santiago Dr. Luis Monteagudo y el Comisario Provincial de Excavaciones D. José María Luengo. Excavación del Castro (áreas sur y este), descubrimiento de la Casa de la Exedra, muralla de la acrópolis y tesoro de Elviña. Reconstrucción de dos viviendas.

Segunda fase. Campañas de 1979 a 1985, dirigidas por el Director del Museo Arqueológico D. Felipe Senén López. Intervención de excavación y consolidación en las áreas en las que se habían realizado las anteriores actuaciones. Realización de diversos sondeos.

127


Tercera fase. Campañas de 2002 a 2007, dirigidas por el Director del Museo Arqueológico D. José María Bello. Excavación en extensión del Castro (área suroeste), limpieza de zonas anteriormente excavadas, realización de sondeos de delimitación y consolidación de estructuras. Cercado de la superficie exterior, acondicionamiento de caminos y habilitación de un circuíto para la realización de visitas guíadas.

PROYECTO ARTABRIA En el año 2002 el Ayuntamiento de A Coruña pone en marcha el Proyecto Artabria para la recuperación y puesta en valor del yacimiento arqueológico del Castro de Elviña. Los objetivos generales de este proyecto son los siguientes: 

Delimitar y proteger el yacimiento arqueológico.

Generar un espacio cultural, bajo la denominación de Parque Arqueológico Castro de Elviña, que permita la difusión y el conocimiento de las formas de vida durante el período de ocupación del Castro.

Definir un producto/servicio cultural para la difusión y el ocio que contribuya a po tenciar la oferta cultural y turística, generando riqueza y dinamizando el territorio.

Integrar el yacimiento arqueológico y el entorno del Castro de Elviña en la trama urbana y en el proyecto de ciudad.

Para la consecución de estos objetivos, el Proyecto Artabria estableció las siguientes intervenciones: 

Elaboración de un Plan Director del Castro de Elviña.

Elaboración de una Propuesta Patrimonial para el Parque de Elviña, con un estudio de musealización del Castro, su historia y su paisaje.

Elaboración de un Plan especial de protección y recuperación del Castro de Elviña y de protección del paisaje natural.

Expropiación del terreno ocupado por el yacimiento arqueológico y su área de protección.

Desbroce y limpieza de vegetación de la zona expropiada.

Realización de una prospección geofísica con la finalidad de detectar estructuras enterradas.

Excavación y consolidación del conjunto del yacimiento arqueológico.

Apertura del Castro de Elviña al público. Puesta en marcha de un programa de visitas.

Realización de un concurso internacional de ideas para la construcción de un Centro de Recepción de Visitantes y ordenación espacial y paisajística del entorno del Castro.

128


SITUACIÓN ACTUAL Y PERSPECTIVAS DE FUTURO RECURSOS HUMANOS, MATERIALES Y FINANCIEROS La gestión del yacimiento arqueológico del Castro de Elviña está asignada al Museo Arqueológico e Histórico del Castillo de San Antón, dependiente del Servicio de Cultura del Ayuntamiento de A Coruña. El Director del Museo Arqueológico e Histórico, José María Bello Diéguez, es igualmente el Arqueólogo Director del yacimiento arqueológico. Los materiales obtenidos en las excavaciones son estudiados y exhibidos en el Museo Arqueológico y Histórico Castillo de San Antón. El Museo Arqueológico e Histórico del Castillo de San Antón ejecutó en el ejercicio 2011 gasto corriente por importe de 871.889,52 euros, con el siguiente desglose: 358.844,75 euros de gasto de personal y 513.044,77 euros de gastos generales, de funcionamiento y actividades. La relación de puestos de trabajo del Museo Arqueológico e Histórico del Castillo de San Antón está integrada por los siguientes puestos: Puesto Director del Museo Arqueológico e Histórico Director Adjunto del Museo Arqueológico e Histórico Técnico medio de Museo Arqueológico e Histórico Auxiliar administrativo Conserje Ordenanza

Nº 1 1 2 2 2 3

Grado A1 24 A1/A2 22 A2 20 C2 14/16 AP 14 AP 12

EXHIBICIÓN DEL MATERIAL ARQUEOLÓGICO DEL CASTRO DE ELVIÑA El Museo Arqueológico e Histórico del Castillo de San Antón destina su planta inferior a la exhibición de materiales arqueológicos de origen castrexo y romano. Durante los ejericicios 2010 y 2011 se realizó una remodelación de esta planta, con un prespuesto superior a los 40.000 euros, con los siguientes objetivos: 1. Proceder a la reposición de los diferentes soportes expositivos. 2. Reformular el discurso museográfico. 3. Ampliar y singularizar el espacio destinado a la exhibición de los restos arqueológicos procedentes del Castro de Elviña. Durante el ejercicio 2011 el Museo Arqueológico e Histórico del Castillo de San Antón recibió un total de 72.853 visitantes. El Museo Arqueológico e Histórico del Castillo de San Antón dispone de un laboratorio de trabajo, salas de reserva y almacenes de materiales arqueológicos, situados en el centro Coliseum del Ayuntamiento de A Coruña. En las salas de reserva y almacenes se custodian los materiales arqueológicos procedentes del Castro de Elviña o de otros yacimientos que no forman parte de la exposición permanente del Museo.

129


Dada la imposibilidad de ampliar el espacio expositivo en las instalaciones del Castillo de San Antón y dado el volumen creciente de materiales en depósito procedentes del Castro de Elviña y de la Torre de Hércules, el Ayuntamiento de A Coruña está estudian do el traslado de los espacios auxiliares del Museo, actualmente situados en el centro Coliseum, a las inmediatas instalaciones de Expocoruña. Este traslado permitirá, además de ampliar la superficie destinada a laboratorio, salas de reserva y almacenes, habilitar espacios para el estudio y exhibición de materiales en la modalidad de almacén visitable. VISITAS GUIADAS AL CASTRO DE ELVIÑA El Museo Arqueológico e Histórico del Castillo de San Antón tiene en funcionamiento un programa de visitas guiadas al yacimiento arqueológico del Castro de Elviña. Las visitas tienen una duración aproximada de 1:30 horas (3:00 horas en el caso de visitas combinadas con el Museo Arqueológico e Histórico del Castillo de San Antón). El programa está en funcionamiento durante todo el año y está dirigido tanto a visitantes individuales como a grupos escolares y de entidades culturales. Horarios: Horario de verano: (del 1 de Julio al 30 de Septiembre) Martes, jueves, sábados, domingos y festivos a las 12:00. Horario de invierno: Domingos a las 12:00, durante los meses de Octubre a Junio. Durante el ejercicio 2011 participaron en las visitas guiadas un total de 2875 personas, de las que 1798 eran alumnos de centros de enseñanza primaria y secundaria. El Museo Arqueológico e Histórico del Castillo de San Antón está instalando un conjunto de paneles informativos (18) de apoyo a las visitas. El Ayuntamiento de A Coruña tiene previsto poner en marcha en el primer trimestre del ejercicio 2013 una programación de visitas guiadas dirigida específicamente a visitantes turísticos, con especial atención al turismo de cruceros. En este proyecto están traba jando conjuntamente el Servicio de Cultura y Turismo de A Coruña. EXCAVACIONES ARQUEOLÓGICAS Con fecha de 22 de julio de 2008 se formalizó un convenio de colaboración entre el Ministerio de Fomento y el Ayuntamiento de A Coruña para la financiación de las obras de actuación arqueológica en el yacimiento arqueológico del Castro de Elviña, con un presupuesto global de 2.267.484,11 euros, de los que el Ministerio de Fomento se compro metía a financiar un 75% (1.700.613,08 euros) con cargo al 1% cultural. La ejecución de este proyecto acumula un importante retraso con respecto a los plazos inicialmente programados, imputable en gran medida al modelo de ejecución directa de las obras inicialmente utilizado. Actualmente está pendiente de adjudicación un contrato de obras de excavación arqueológica por importe de 235.428,17 euros, IVA incluido y está previsto licitar a lo largo del primer cuatrimestre del ejercicio 2013 el conjunto de las ac tuaciones pendientes de ejecución. Por lo tanto, las obras de excavación y consolidación arqueológica en el yacimiento del Castro de Elviña, así como las demás contempla-

130


das en el Proyecto que sirve de base al convenio de colaboración entre el Ministerio de Fomento y el Ayuntamiento de A Coruña, deberán estar finalizadas en el ejercicio 2014. OTRAS ACTUACIONES DEL PROYECTO ARTABRIA El Ayuntamiento de A Coruña dispone de un Plan Director del Castro de Elviña, elaborado en colaboración con el Laboratorio de Arqueoloxía e Formas Culturais de la Universidad de Santiago de Compostela (se adjunta extracto resumen). El Ayuntamiento de A Coruña dispone de un Proyecto de Musealización, elaborado en colaboración con el Taller de proyectos Patrimoni i Museología de la Universidad de Barcelona (se adjunta extracto resumen). El Pleno del Ayuntamiento de A Coruña aprobó en noviembre de 2001 el Plan especial de protección y recuperación del Castro de Elviña y de protección del paisaje natural. El Ayuntamiento de A Coruña ha procedido al cierre de los terrenos del Castro de Elviña, al desbroce y limpieza de la vegetación y a la recuperación de los caminos tradicio nales. El Ayuntamiento de A Coruña dispone de un proyecto, elaborado por el arquitecto Manuel Gallego Jorreto, Premio Nacional de Arquitectura, para la recuperación del entorno y la puesta en valor del yacimiento arqueológico del Castro de Elviña. Este proyecto, que concreta y desarrolla las propuestas del Plan Director y la Propuesta Patrimonial, contempla la construcción de un centro de visitantes (Casa de la Historia), la intervención sobre los accesos y la ordenación paisajística y de vegetación del entorno. Actualmente el Ayuntamiento de A Coruña está estudiando las posibilidades de adaptación del presupuesto del proyecto al actual escenario presupuestario. No está previsto el inicio de la ejecución del proyecto antes del ejercicio 2014. A Coruña, 31 de octubre de 2012 La Tte. de Alcalde responsable de Ss.Ss., Cultura, Educación y Deportes

Ana Mª Fernández Gómez

131


132


133


134


135


136


137


138


139


140


141


142


143


144


145


146


147


148


149


150


151


152


153


154


155


156


157


158


159


160


161


162


163


164


165


166


167


168


169


170


171


172


173


174


175


176


177


178


179


180


Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.