Revista Info Aviação 16ª Edição Julho 2012

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Revista Info Aviação 16ª Edição / Julho 2012

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Pilotos demitidos pela Gol são disputados lá fora........................... Pg.28

Simulador do EC135 ganha certificado FFS na Alemanha ...................................................... Pg.04 Saab assina acordo de apoio e desenvolvimento com a FMV da Suécia para caças Gripen .. Pg.08 Simulador de Airbus A320 feito pela INDRA já “voa” na China ............................................. Pg.09 Governo de Minas Gerais lança polo onde será montado o AX-2 Tupã .................................. Pg.10 Boeing projeta mercado para 34 mil novos aviões comerciais nos próximos 20 anos ..... Pg.13 Wagner Canhedo foi processado por crime de apropriação indébita de ............................... Pg.14 Tragédia da Air France: relatório final indica que avião fez os pilotos errarem .................. Pg.16 Força Aérea da Indonésia adquire mais oito Super Tucano ................................................ Pg.22 Airbus lança a cabine Space-Flex com a encomenda da TAM ..................................... Pg.23 3 / Info Aviação – Julho /2012

Aeronaves da Azul utilizarão avançado sistema de navegação ................................................. Pg.24 “De Olho na Mala” já cobre aeroportos de todas as regiões do país .......................................... Pg.25 Pilotos demitidos pela Gol são disputados lá fora ..........................................................................Pg.28 Helibras entrega mais um helicóptero EC725 do contrato firmado com o governo brasileiro Pg.31 Opções de 747 muito mais interessantes do que um modesto ‘Air Force One’ ....................... Pg.35 Turbomeca assina com Eurocopter para fornecimento do motor TM800 para novo helicóptero X4 ............................................... Pg.36 Cessna lança o Grand Caravan EX e o Skylane NXT .............................................................. Pg.37 Helibras faz parcerias acadêmicas para atrair profissionais .................................................. Pg.38


Simulador do EC135 ganha certificado FFS na Alemanha Eurocopter passa a administrar testes de habilidade e proficiência com este equipamento

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simulador para os modelos EC135, operado pela Academia de Treinamento da Eurocopter na Alemanha, obteve certificação de simulador de voo completo (Full Flight Simulator) Nível B pela Luftfahrtbundesamt, a Administração da Aviação alemã. O simulador já oferece uma infinidade de possibilidades de treinamentos para clientes internacionais e é o primeiro do EC135 FFS (Full Flight Simulator) na Europa a obter esta certificação. O FFS EC135 permitirá aos operadores realizarem treinamentos iniciais e recorrentes de missões, bem como testes específicos sobre procedimentos de emergência, regras de voo por 4 / Info Aviação – Julho /2012

instrumentos (IFR), operações offshore, voos noturnos com óculos de visão noturna (NVG) e diversas outras operações (Cat A). Com o Nível B de certificação, a Eurocopter torna-se capaz de administrar testes de habilidade e verificações de proficiência. O simulador do EC135, localizado em Donauwörth, na Alemanha, entrou em operação no final de 2009 como um dispositivo de treinamento de voo full-motion de nívell três (FTD). Anualmente, mais de 250 pilotos de todo o mundo participam de cursos para uma ampla gama de treinamentos e, até agora, mais de 2.500 horas de voo foram simuladas no aparelho.

"Desenvolver capacidades de formação é um passo importante no sentido de cumprir o compromisso da Eurocopter para melhorar a segurança de voo em geral. Este novo nível de certificação (B) nos permite completar a oferta de formação na Alemanha, e melhorar o atendimento às solicitações dos nossos clientes por serviços mais abrangentes e específicos em um simulador de voo", disse Charles Hebeka, gerente de contas da Academia de Formação. Para fornecer uma representação mais realista das operações de voo do EC135, o simulador incorpora um extenso nível OEM D, pacote de dados da Eurocopter e de seus fornecedores que inclui software e


peças reais, garantindo a funcionalidade completa para o helicóptero, seus motores, piloto automático e todos os outros sistemas. Além disso, os instrumentos são afinados, controlados e validados por especialistas em design de cabines, engenheiros de teste de voo e pilotos de ensaios em voo, que contribuíram para o desenvolvimento do helicóptero EC135 como parte do processo de certificação do simulador. Os 21 centros de treinamento da Eurocopter em todo o mundo

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fornecem uma gama completa de serviços para pilotos civis e militares, técnicos e especialistas em aeronáutica. Os cursos oferecidos vão desde adaptação nos produtos, avaliação e treinamento de missões através de uma variedade de soluções de formação flexíveis, incluindo webbased training, Computer Aided Instruction (CAI), Virtual Cockpit Procedure Trainers (VCPT), Avionics Trainers (AVT), Flight Training Devices (FTD) e Full Flight Simulators (FFS).

Como parte de seu compromisso para melhorar a segurança global da frota, a Eurocopter está implantando o FFS em todo o mundo, em estreita proximidade com os clientes, para aumentar a quantidade, qualidade e custobenefício das soluções de treinamento disponíveis para eles. A Eurocopter pretende chegar a 20 FFS até o final de 2012, sendo que a empresa iniciou apenas com quatro simuladores, em meados de 2008.


Coreia do Sul dá sinal verde para produção do helicóptero utilitário Surion

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pesar de algumas deficiências técnicas, a Coréia deu sinal verde para a produção dos helicópteros utilitários Surion ? a primeira aeronave de asa rotativa desenvolvida na Coreia do Sul ? para os militares, disseram as autoridades neste domingo. “Noh Dae-lae, comissário da Administração do Programa de Aquisição de Defesa (DAPA), assinou a aprovação para o helicópteros Surion no dia 28 de junho, além de apontar as áreas de interesse que precisam ser tratadas”, disse o porta-voz da DAPA Baek Youn-hyeong. Noh concluiu que o desenvolvimento e os testes de funcionamento do helicóptero Surion demonstraram que a aeronave de asa rotativa nacional é adequada para as operações 6 / Info Aviação – Julho /2012

militares, embora mais testes de desempenho sejam desejados, disse o porta-voz. O projeto Surion, também conhecido como o Programa de Helicóptero Utilitário da Coreia (KUH), é o maior projeto único de aquisição militar do país feito com um fabricante local, a Korea Aerospace Industries (KAI). Os militares, que forneceram nos últimos cinco anos cerca de US$ 1,13 bilhão para a KAI desenvolver o primeiro helicóptero, tem planos para adquirir cerca de 250 unidades com um orçamento adicional de 6,74 trilhões de wons (cerca de US$ 5,9 bilhões). Park Won-dong, chefe do programa KUH, disse a agência estatal de aquisição de armas que vai avaliar o efeito no desempenho

em condições de baixa temperatura através de um teste de vôo no Alasca no próximo ano e continuar a trabalhar em algumas pequenas melhorias, tais como redução de vibração. “A DAPA acredita que o Surion cumpriu todos os requisitos necessários para a entrada em operação, mas vai precisar fazer modificações depois de mais testes e monitoramento para garantir que o nosso produto atinge os padrões internacionais”, disse Park. Fontes disseram que alguns avaliadores dos testes sustentaram que o helicóptero final deve passar por um teste de voo, a uma temperatura de menos 32 graus centígrados antes de ser produzido em massa, a partir de Setembro de 2012.


O Surion não conseguiu passar por um teste no solo em local fechado realizado numa temperatura de 32 graus negativos em 2010 e 2011, mas conseguiu passar no último em abril de 2012. Anteriormente, Park insistiu que o ensaio de voo em baixa temperatura era desnecessário, já que era improvável para as forças armadas fosse utilizar o helicóptero em condições climáticas extremas. No entanto, ele mudou de postura, já que avaliações e ainda mais modificações e melhorias ajudariam a promover as exportações dos helicópteros feitos na Coreia do Sul.

A DAPA irá anunciar oficialmente a aprovação do Surion e os resultados das avaliações em duas semanas, após a conclusão do processo de padronização do helicóptero para produção em massa, disse um oficial sênior da DAPA. “Será uma ótima notícia para todos, especialmente aqueles que têm estado na vanguarda de fazer produtos de defesa globalmente competitivos”, disse ele, recusando-se a divulgar seu nome. “A DAPA planeja dar uma grande conferência de imprensa em aproximadamente duas semanas para destacar as principais realizações no desenvolvimento do

Surion, bem como às questões levantadas relativas a produção.” Uma fonte do setor disse que a KAI, que vem recebendo encomendas da polícia e de outros estados e organizações públicas, planeja produzir cerca de 24 dos novos helicópteros até o final de 2013 e cerca de 220 adicionais até o final de 2017 para as forças armadas. “Como a KAI fez para o desenvolvimento do jato de treinamento supersônico T-50, ela vai continuar a atualizar o Surion através de um conjunto de novos estudos e avaliações, incluindo o teste de baixa temperatura”, disse ele.

Especificações do helicóptero Surion:       

Tripulação: 2 pilotos + 2 artilheiros + 9 soldados ou 2 pilotos + 16 tropas Comprimento: 19 metros (com rotor principal), 15,09m (sem rotor) Altura: 4,5 metros Peso vazio: 4.973 kg Peso Máximo de decolagem: 8.709 kg Velocidade máxima de cruzeiro: 259 km/h Alcance de operação: 480 km

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Saab assina acordo de apoio e desenvolvimento com a FMV da Suécia para caças Gripen

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Saab recebeu quatro encomendas da Administração de Material da Defesa sueca, a FMV, para o desenvolvimento do Gripen, suporte e manutenção até 2016. As encomendas implicam um pedido inicial de SEK 3,6 bilhões além de opções de pedidos adicionais num valor máximo de SEK 2 bilhões até dezembro de 2016. (O total aproximado é de US$ 809,6 milhões incluindo as opções). O acordo inclui várias partes: uma de apoio baseado em desempenho e solução de manutenção, logística baseada em desempenho, além de recursos terrestres associados para manutenção. Também está incluído uma adição ao pacote de desenvolvimento Gripen (MS20), bem como estudos e atividades de definição para o desenvolvimento adicional do Gripen. “O Gripen já provou seu potencial de crescimento através da realização de tarefas de diferentes

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missões que não estavam inicialmente previstas para ele, como na operação Unified Protector na Líbia”, disse Lennart Sindahl, diretor de negócios da Saab na área de Aeronáutica. “Por isso é importante para o futuro que possamos continuar a adicionar novos recursos a pedido da FMV para um sistema de vôo que já provou ser de classe mundial atualmente.” Baseado no desempenho da logística implica que a Saab oferece os prazos de serviço garantidos para os sistemas e subsistemas que estão incluídos no Gripen. As atividades incluídas no contrato estão, por exemplo, fornecendo as Forças Armadas da Suécia com peças de reposição, manutenção de sistemas de aeronaves, apoio técnico de engenharia, publicações técnicas e soluções de logística para a operação do sistema Gripen, na Suécia, na República Checa, Hungria e Tailândia. A Saab já

teve vários contratos de suporte diferentes para o Gripen, os quais são agora substituídas pelo presente contrato de longo prazo. “Este contrato de longo prazo permite que a Saab possa conduzir as operações de apoio de forma mais eficaz, em comparação com os acordos anteriores”, diz LarsErik Wige, chefe de Apoio da Saab e da área de negócio de serviços. “A eficiência e disponibilidade são palavras-chaves.” Os pedidos que foram colocados através de opções incluídas no acordo serão colocado uma vez por ano. As opções abrangem operações de suporte e manutenção que são decisivas para executar as operações de aviação com o Gripen, como publicações técnicas e reparos. O trabalho será principalmente realizado nas instalações da Saab em Linköping, Arboga, Järfälla e Gotemburgo, na Suécia.


Simulador de Airbus A320 feito pela INDRA já “voa” na China

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INDRA entregou à Hainan Airlines o primeiro dos dois simuladores do Airbus A320 contratados. O sistema já presta serviço no centro de formação de vôo da companhia aérea na cidade de Sanya, na Ilha de Hainan. A Indra fornecerá o segundo dos sistemas ainda neste ano. O simulador da Indra entrou em serviço depois de superado com êxito os testes para sua certificação com o nível D, o máximo para um simulador civil. Indra é um dos principais fabricantes de simuladores do mundo e já entregou 200 sistemas para 19 países e 51 clientes. A autoridade aeronáutica da China CAAC submeteu durante o mês de abril os testes do simulador às provas estabelecidas pela normativa CCAR60 da própria CAAC. O sistema superou o exame e teve destaque por seu alto nível de engenharia.

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A certificação do nível D garante que o simulador reproduza com a máxima fidelidade o comportamento da aeronave real e, portanto, o habilita tanto para o treinamento inicial – o requerido para voar um modelo de avião concreto – como o recorrente ou de reciclagem. O centro da Hainan Airlines é um dos mais importantes que existem na Ásia e oferece formação tanto aos pilotos da própria companhia aérea como de outras que contam com esta aeronave em suas frotas. Competir com inovação A Indra tem contado com o apoio do CDTI no desenvolvimento de novas tecnologias que incorpora no simulador do A320. Este sistema de treinamento é um dos primeiros no mercado que reproduz de forma virtual no ambiente das comunicações entre o piloto e os centros de controle e torre (comunicações Air Traffic Control). Também se destaca por seu avançado sistema visual.

Esta capacidade de inovar e de desenvolvimento de soluções próprias permite a Indra competir globalmente. Na China, o contrato fechado com a Hainan Airlines para desenvolver estes dois simuladores do A320, se somam aos sistemas de treinamento desenvolvidos para a Air China. Assim mesmo, no ano passado a Indra fechou um Memorando das Intenções com a Eurocopter para impulsinar a formação de pilotos de helicóptero neste país. A companhia trabalha no desenvolvimento do que será o primeiro simulador de helicóptero a entrar em serviço na China. A INDRA é líder em simulação e tem posto em marcha centros de treinamento para pilotos de aeronaves, controladores aéreos, condutores de veículos e operadores de maquinário, entre outras soluções. Os simuladores da Indra tem coberto mais de 700.000 horas de treinamento.


Governo de Minas Gerais lança polo onde será montado o AX-2 Tupã

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uma parceria entre empresariado, instituições de ensino e o poder público, Minas prepara para decolar num espaço de conhecimentos do segmento aéreo. Passados alguns anos do anúncio da formação do Complexo Aeronáutico de Minas Gerais, os projetos começam a sair do papel e empresas iniciam grandes investimentos, que, além de atrair receitas e gerar empregos, devem desenvolver tecnologia em segmentos de ponta. Ontem, no Triângulo Mineiro, o governo estadual lançou o Polo Aeroespacial de Tupaciguara – um dos cinco que compõem o complexo –, onde deve se instalar a planta da Axis Aerospace para fabricação da aeronave AX-2 Tupã e outras empresas do ramo para desenvolvimento de tecnologia. Até a norte-americana Boeing, maior indústria aeroespacial do mundo, estuda ter uma pequena unidade no polo.

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Somados, os investimentos já anunciados em produção de tecnologia e implantação e ampliação de unidades voltadas para o setor aeronáutico superam R$ 1,5 bilhão. Até o fim do ano, no entanto, essa cifra deve crescer mais de 50%. Em Tupaciguara, o aporte ultrapassa R$ 600 milhões, se considerados os valores previstos para a instalação da fabrica da Axis e o montante esperado para outras empresas. Em Itajubá, a ampliação da fábrica da Helibras deve significar aporte de 350 milhões de euros e, em Lagoa Santa, a construção do Centro de Tecnologia e Capacitação Aeroespacial terá investimento de R$ 50 milhões (veja o mapa). No lançamento da unidade de Tupaciguara, ontem, foram confirmados financiamentos de cinco projetos, por meio do governo federal, que somam R$ 65,5 milhões, segundo o secretário estadual de Ciência e Tecnologia, Nárcio Rodrigues. São eles o Centro de Inovação Aeroespacial

da Axis (R$ 28,5 milhões); a implantação do Centro de Asas Rotativas, em Itajubá, no Sul de Minas (R$ 11 milhões); a instalação de laboratórios aeronáuticos pela Universidade Federal de Uberlândia (R$ 11 milhões); o programa Brasil Profissionalizado, em Tupaciguara (R$ 7,5 milhões) e a implantação do Centro de Capacitação Aeronáutico de Lagoa Santa (R$ 7,5 milhões). Além disso, a Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais (Fapemig) já havia investido R$ 7,2 milhões no mock-up (maquete em tamanho real) do Tupã. O avião executivo de pequeno porte, com capacidade para seis pessoas, deverá ter seu protótipo desenvolvido até o fim do ano que vem. Ontem foi apresentada sua maquete em tamanho real. A previsão é que esteja pronto para voar em 2014. Com isso, o período de produção e venda deve ser iniciado no ano seguinte. Nessa fase, devem ser investidos R$ 120


milhões. Mas o retorno é visto como certo. Estudos da empresa mostram que a demanda do setor é alta. “Se conseguirmos fabricar 81 mil unidades em 20 anos, venderemos todas”, afirma o diretor superintendente da Axis Aerospace, Daniel Marins Carneiro. Mas a instalação da empresa em Tupaciguara não se resume à fabricação do Tupã. Outros projetos estão em fase de elaboração para o complexo de

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desenvolvimento de tecnologia de ponta. Duas áreas principais devem ser estudadas: propulsão a laser e hipersônica. Para isso, deve ser construído o maior túnel hipersônico do mundo, com tecnologia que sequer a Nasa domina. “Será possível fazer experimentos em alta velocidade que darão noção do escoamento aerodinâmico”, afirma o diretor da Axis. Isso teria, inclusive, chamado a atenção da Boeing.

Com a instalação de todas as empresas no Polo de Asas Fixas e o início da produção da aeronave, a expectativa é que sejam criadas 4 mil vagas diretas e indiretas, o que deve significar forte restruturação no formato da cidade. Atualmente são apenas 23 mil habitantes e a implantação dessas empresas deve atrair moradores da região, além de garantir maior qualificação. Nos próximos cinco anos, a previsão de investimento é superior a R$ 600 milhões.


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Boeing projeta mercado para 34 mil novos aviões comerciais nos próximos 20 anos

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Boeing projeta um mercado de 4,5 trilhões de dólares para 34.000 novos aviões nos próximos 20 anos, com a frota mundial atual dobrando de tamanho, de acordo com o Boeing Current Market Outlook 2012 (CMO) divulgado nessa quartafeira. A previsão anual da empresa reflete a força do mercado de aviação comercial. “O mercado mundial de aviação está mais amplo, mais profundo e mais diversificado do que já vimos”, disse Randy Tinseth, vicepresidente de Marketing da Boeing Commercial Airplanes. “Ele provou ser resiliente, mesmo durante alguns anos muito difíceis e está direcionando o aumento da taxa de produção além do quadro.” O tráfego aéreo está previsto crescer a uma taxa anual de 5 por cento ao longo das próximas duas décadas, com o tráfego de carga devendo crescer a uma taxa anual de 5,2 por cento. O mercado de aviões de corredor único, servidos pelos Boeing 737 Next-Generation e do futuro 737 MAX, continuará o seu crescimento robusto. Os widebodies, como o Boeing 747-8, 777 e 787 Dreamliner, serão responsáveis por quase US$ 2,5 13 / Info Aviação – Julho /2012

trilhões no valor das entregas de novos aviões com 40 por cento da demanda por esses aviões de longo alcance provenientes de companhias aéreas asiáticas. O crescimento robusto na China, Índia e outros mercados emergentes é um fator importante nas entregas crescentes nos próximos 20 anos. As companhias aéreas de baixo custo, com a sua capacidade de estimular o tráfego com tarifas baixas, estão crescendo mais rápido do que o mercado como um todo. Há também uma forte demanda para substituir aviões mais velhos e menos eficientes no consumo de combustível. A substituição representa 41 por cento da previsão de novas entregas. O mercado de novos aviões está prestes a se tornar mais equilibrado geograficamente nas próximas duas décadas. A Ásia-Pacífico, incluindo China, continuará a liderar o caminho nas entregas totais de aviões. “É incrível ver o quanto o transporte aéreo mudou desde que realizei meu primeiro vôo em 1977″, disse Tinseth. “Tornou-se crítico para os negócios e algo que

fazemos por prazer, para conectarmo-nos com a família e amigos. Como o mercado continua a crescer, especialmente nas economias emergentes, as viagens aéreas se tornarão ainda mais acessíveis para as pessoas.” A previsão de frota de cargueiros para 2012-2031, assim como o mercado de carga, continua a ser lenta, e a Boeing revisou para baixo sua projeção para cargueiros nos próximos 20 anos. Ainda assim, a frota de cargueiros no mundo está projetado para quase dobrar, de 1.740 atualmente para 3.200 aeronaves no final do período de previsão. Nas adições à frota estão incluídos 940 novos cargueiros produzidos (valor de mercado de US$ 250 bilhões) e 1.820 aviões convertidos a partir de modelos de passageiros. Os cargueiros de grande porte (capacidade maior que 88,2 toneladas) serão responsáveis por 680 novos aviões produzidos. Os cargueiros de tamanho médio (entre 44,1 e 88,2 toneladas) totalizarão 260 aviões. Não há novas aeronaves cargueiras do padrão entre menos de 45 e 49,6 toneladas, mas haverá 1.120 conversões nesse padrão.


Justiça Federal condena ex-presidente da Vasp a oito anos de prisão Wagner Canhedo foi processado por crime de apropriação indébita de contribuição previdenciária; montante que o empresário deixou de recolher aos cofres da Previdência alcança R$ 35 milhões

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Justiça Federal condenou o empresário Wagner Canhedo, ex-diretor presidente da Viação Aérea São Paulo (Vasp), a 8 anos, 8 meses e 17 dias de prisão por crime de apropriação indébita de contribuição previdenciária. O montante que Canhedo deixou de recolher aos cofres da Previdência, segundo cálculo da Procuradoria da República, alcança cerca de R$ 35 milhões. Em sentença de 12 páginas, o juiz Fábio Rubem David Müzel, da 7.ª Vara Federal em São Paulo, assinalou que "a materialidade do delito está devidamente delineada". A base da acusação são processos administrativos fiscais Notificações Fiscais de Lançamento de Débito - que, para o juiz, evidenciam a falta de recolhimento das contribuições descontadas do salário dos segurados empregados e não repassadas ao INSS, no prazo e forma legais, em violação ao artigo 168-A, parágrafo 1.º, do Código Penal. Canhedo, de 75 anos, foi condenado a cumprir pena em regime fechado, mas poderá apelar em liberdade porque o juiz considerou que não estão presentes os pressupostos para a decretação da prisão cautelar do réu - ameaça à garantia da ordem pública ou à aplicação da lei penal. Seu advogado, o criminalista Ricardo Alexandre de Freitas, já recorreu ao Tribunal Regional Federal da 3.ª Região (TRF3). Ele pede anulação da sentença. 14 / Info Aviação – Julho /2012

O juiz da 7.ª Vara Federal julgou parcialmente procedente a denúncia do Ministério Público Federal, que também atribuía a Canhedo crime contra a ordem tributária e sonegação de contribuição previdenciária nestes casos, o empresário foi absolvido pelo juiz Fábio Müzel. A ação penal foi aberta em junho de 2008. Os crimes imputados a Canhedo, segundo a Procuradoria da República, ocorreram no período entre maio de 2003 a dezembro de 2004. Dívidas. Na ocasião, a Vasp atravessava pesadas dificuldades financeiras. A empresa interrompeu os voos em janeiro de 2005, quando o antigo Departamento de Aviação Civil (DAC, hoje Anac) cassou autorização de operação. A Vasp foi submetida a um processo de recuperação judicial entre 2005 e 2008. Em 4 de setembro de 2008, a 1.ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais de São Paulo decretou a falência da companhia, então com dívidas estimadas em R$ 5 bilhões. Atualmente, Canhedo é dono de uma empresa de ônibus em Brasília. "No que diz respeito à autoria do crime, deve ser destacado que o elemento subjetivo no delito do artigo 168-A, para todas as figuras, é o delito genérico, ou seja, a vontade livre e consciente de não recolher a contribuição social cujo repasse aos cofres públicos era um dever legal", assevera o juiz. "Portanto, é irrelevante, para

configurar o crime, que o réu não tenha se apropriado das quantias descontadas dos empregados." O juiz destaca: "A autodefesa e a defesa técnica confirmam que não houve o repasse das contribuições descontadas dos segurados, mas indicam que tal fato decorreu de dificuldades financeiras enfrentadas pela sociedade. No entanto, para que possa ser acolhida a causa supralegal de exclusão da culpabilidade, revelase imprescindível que também seja demonstrado que a pessoa física do administrador tenha sido atingida pelos problemas financeiros da empresa". O juiz anotou que mesmo com os problemas financeiros da empresa, a fiscalização apurou que entre maio e dezembro de 2003 "continuava a existir o pagamento de honorários da diretoria e do conselho fiscal/administração da Vasp". Prejuízo R$ 5 bilhões era o valor estimado das dívidas da aérea Vasp na época em que a falência da empresa foi decretada, em setembro de 2008 R$ 35 mi foi o valor que o empresário Wagner Canhedo deixou de recolher à Previdência, segundo a Procuradoria da República Defesa apela e diz que sentença tem ‘falhas graves’ Advogado de Canhedo afirma que uso da esfera criminal para


cobrança de impostos remete aos ‘tempos medievais’ Inconformado com a condenação de Wagner Canhedo, o criminalista Ricardo Alexandre de Freitas apelou ao Tribunal Regional Federal apontando “falhas graves” da sentença: “Houve cerceamento de defesa. Não havia necessidade de o Estado usar a esfera criminal para cobrar impostos. Isso remete a tempos medievais. A dívida pode ser cobrada com penhora de bens antes de chegar à imputação criminal. A Vasp tem crédito de R$ 5 bilhões decorrente de erosão tarifária. Todas as outras empresas aéreas que operaram naquela época ganharam.” Freitas argumenta que requereu que o julgamento fosse convertido

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em diligência e que o juiz nomeasse perito contábil. “Nosso objetivo era que ficasse constatado que o sr. Wagner dispôs efetivamente de seu patrimônio pessoal, injetou recursos próprios para tentar salvar a companhia.O sr. Wagner amava a Vasp, era a paixão da vida dele. Pretendíamos demonstrar a conduta (de Canhedo) nos autos, mas o juiz não permitiu. O tribunal vai anular a sentença.” O advogado é categórico. “O sr. Wagner é um homem sério, querido por todos os empregados. Não merece esse tipo de tratamento. Ele não se apropriou dos valores da Previdência. A dificuldade era imensa, não havia desconto da folha, pagava- se o líquido. Era preciso cobrir

despesas de combustível, taxas aeroportuárias, peças de reposição e manutenção, o básico. Não houve dolo, não houve vontade de sonegar impostos, de se apropriar de verbas da Previdência, mas priorização para manter a empresa em operação. Na fase de dificuldades ele parou de fazer retirara de pro labore.” Freitas pede preliminarmente ao TRF anulação da sentença por cerceamento. No mérito, o criminalista pleiteia “reconhecimento da inexigibilidade de conduta diversa” – o revés financeiro obrigou Canhedo a agir daquela forma, excludente de culpabilidade.


Tragédia da Air France: relatório final indica que avião fez os pilotos errarem

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Escritório de Investigações e Análises para a Aviação Civil (BEA) disse ontem, em seu relatório final, que equipamentos do Airbus A-330 deram ordens erradas a pilotos para ganhar altitude - o que levou à perda de sustentação e queda do voo AF447 (Rio-Paris), em 31 de maio de 2009, deixando 228 mortos. A informação isenta em parte a tripulação, sobre a qual vinha recaindo a culpa. O relatório, de mais de 300 páginas, ainda aponta falhas técnicas no Airbus, lacunas no treinamento da Air France e omissões de agências de aviação. Inicialmente, confirma que o congelamento dos sensores de velocidade do avião, os tubos de Pitot, foi o que "detonou" o incidente. Depois, instrumentos de navegação, como piloto automático e controle de propulsão, foram desligando ou 16 / Info Aviação – Julho /2012

sendo afetados informação.

por

erros

de

Pelos relatórios parciais, sabia-se que o piloto em função, PierreCedric Bonin, de 32 anos, havia respondido a essas falhas puxando o joystick da aeronave, para ganhar altitude. Essa decisão errada fez o avião perder sustentação, iniciando a queda. No último ano, especialistas do BEA conseguiram reconstituir dados matemáticos do "diretor de voo", um dos instrumentos eletrônicos de navegação. E eles são reveladores. Segundo o relatório, quando o controle do avião foi "entregue" pelo piloto automático a Bonin, o diretor de voo se desligou por segundos. Quando voltou a funcionar, deu ordem para "cabrar" (ganhar altitude). Essa orientação também foi apresentada ao piloto várias vezes nos 4 minutos de queda. "Quando o avião estava em perda

de sustentação, era necessário fazer o contrário, baixar o nariz", reconheceu Léopold Sartorius, chefe do grupo de trabalho de Sistemas Aviônicos do BEA. Outro fator que levou Bonin a "cabrar" foi o fato de a velocidade aferida pelos tubos de pitot (errada) estar próxima da máxima. O ruído provocado na estrutura da aeronave também poderia ser sinal de velocidade extrema, mas na realidade já era sintoma da perda de sustentação. "Mais de um fator induziu o piloto", confirmou Luís Cláudio Lupoli, da Força Aérea Brasileira. Por fim, peritos observam que, após serem induzidos ao erro, pilotos podem ter falhado ao não desligar o diretor de voo nem prestar atenção aos alarmes sonoros de perda de sustentação. As razões disso não foram esclarecidas. Nem jamais serão, segundo especialistas.


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Cassidian entrega os dois primeiros Tornado ASSTA 3.0 para Força Aérea da Alemanha

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o final de junho, a Cassidian entregou para a Força Aérea da Alemanha os dois primeiros aviões Tornado atualizados para o novo padrão de capacidade ASSTA 3.0 (Avionics Software System Tornado Ada). Após vários meses de certificação da adaptação e aceitação pela Cassidian e pelo Centro Técnico da Bundeswehr 61, em Manching, as aeronaves já estão sendo devolvidas para a Ala de Caças Bombardeiros 33 em Büchel. “Hoje é um grande salto no desenvolvimento do sistema de armas Tornado”, disse Erik Jensen, chefe da linha de negócios da Cassidian Air Services, numa cerimônia de entrega com a presença de representantes da indústria e da Força Aérea alemã. “Com o ASSTA 3.0, a frota alamã de Tornados está sendo adaptado para cumprir as atuais exigência 18 / Info Aviação – Julho /2012

das Forças Armadas para operar em todos os climas, com alta precisão e com recursos centrados em rede.”

dos monitores monocromáticos CRT no cockpit traseiro com telas coloridas e expandindo a funcionalidade do MIDS.

Todos os 85 Tornados em serviço com a frota da Força Aérea Alemã estão programados para no futuro serem atualizados para este padrão até 2018. Além da integração da rede-centrado de dados do sistema de comunicação MIDS (Sistema de Distribuição Multifuncional de Informação / Link 16), o padrão ASSTA 3.0 inclui um dispositivo de rádio estado-da-arte, um gravador digital de dados e vídeo (DVDR), e o integrado Laser Joint Direct Attack Munition (LJDAM) que pode ser guiado ao seu alvo por meio de navegação por satélite ou por laser.

Em nome da Panavia GmbH, a Cassidian é responsável pelo gerenciamento de projetos, desenvolvimento, fabricação e instalação das melhorias de eficiência de combate para os Tornados alemães, em colaboração estreita com a Alenia Aermacchi na Itália e a BAE Systems no Reino Unido. Como uma parceira industrial no programa Tornado trinacional, a Cassidian está responsável pelo desenvolvimento e fabricação de todas as seções da fuselagem central, e foi também responsável pelos aviônicos, sistema de comunicação, o sistema de controle de vôo e do completo sistema de computador da aeronave.

Embora as atividades do ASSTA 3.0 estarem em andamento, o desenvolvimento do ASSTA 3.1 já começou. Trata-se da substituição


Arkia encomenda quatro Airbus A321neo

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Arkia, segunda maior companhia aérea israelense, assinou dia 9 de julho, um acordo de compra de quatro A321neo durante o Farnborough International Airshow. Esta encomenda faz com que a companhia aérea seja o cliente de lançamento da nova família de aeronaves da Airbus e a primeira a encomendar um membro da família A320 neo em Israel. A escolha dos motores será feita em breve. As aeronaves serão configuradas com apenas uma classe de passageiros e terão 220 assentos. A capacidade de flexibilidade e a amplitude dos A321 neo permitirão à Arkia expandir suas rotas para destinos europeus e domésticos. "O A321neo é um ajuste perfeito para a nossa estratégia para crescer de forma eficiente nos mercados internacional e doméstico, além de ter custos eficazes e ideais de acordo com as necessidades de nossa frota", disse Gadi Tepper CEO da Arkia. "O A321neo vai trazer novos níveis de conforto aos 19 / Info Aviação – Julho /2012

nossos passageiros, enquanto criará valores para nossos acionistas", completou Tepper. "Após um estudo intensivo, a Arkia encontrou no A321neo e seus motores propostos como o mais adequado para nossas necessidades e economia, e o projeto de recomposição da frota também vai ampliar o escopo das atividades atuais de manutenção da Arkia na região", diz Nir Dagan, vice-presidente executivo da Arkia. "Estamos muito contentes em receber a Arkia como um novo cliente Airbus", disse John Leahy, chefe de operações com os clientes da Airbus. "A família A320neo oferece desempenho excepcional, flexibilidade e uma redução de 15% no consumo de combustível beneficiando tanto a companhia aérea e o meio ambiente. É a escolha natural no mercado de curto e médio alcance", completou Leahy. A família A320neo terá uma nova opção de motores e entrará em serviço a partir de 2015. Vai

incorporar motores de última geração e grandes "Sharklets", dispositivos de ponta de asa, que juntas irão fornecer 15% na economia de combustível. A redução no consumo de combustível é equivalente a 1,4 milhões de litros de combustível, o consumo de 1.000 carros de tamanho médio, poupando 3.600 toneladas de CO2 por aeronave por ano. As emissões de NOx A320neo são 50% abaixo do CAEP/6, e estes aviões também terão ruído consideravelmente menor. Mais de 8.500 aeronaves da família A320 foram encomendados e mais de 5.100 entregues para mais de 365 clientes e operadores em todo o mundo. O A320neo tem mais de 95% da estrutura em comum com o A320, tornando-se um ajuste fácil para as frotas existentes, oferecendo até 500 milhas náuticas (950 km) a mais de alcance ou duas toneladas a mais de carga útil em um determinado intervalo.


TBM 850 ganha espaço no setor de agronegócio Monomotor turboélice pode operar em qualquer tipo de pista

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TBM 850 ganha cada vez mais espaço no setor de agronegócios por sua capacidade de operar nos mais diversos tipos de pista, inclusive em pistas não pavimentadas. O avião versátil, rápido e com segurança de operação, há dois anos chamou atenção do empresário do setor de agronegócios Arthur Monassi. "O grande diferencial do TBM 850 é operar em pistas curtas e em algumas situações de terra ou grama, sem perder a vantagem da velocidade que se assemelha a de um jato. Para o produtor, em especial, que opera em suas propriedades agrícolas e ao mesmo tempo em grandes centros, o TBM

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850 é imbatível em custos operacionais e rapidez", afirma Monassi. O TBM 850 voa como um jato e é mais econômico que as aeronaves da mesma categoria, consumindo apenas 200 litros por hora. O avião chega a atingir a velocidade máxima de 593 km/h. Além disso, consegue subir extremamente rápido, a 26 mil pés em 15 minutos e 31 mil pés em 20 minutos, o que permite evitar as condições climáticas desfavoráveis. "Dificilmente um empresário do setor agrícola encontrará uma outra aeronave que consiga uma relação de custo-benefício tão equilibrada para as suas necessidades", diz o

diretor-superintendente da Algar Aviation, Rogério Montalvão. Criado para um público exigente e diferenciado, o TBM 850 tem atualmente 16 aeronaves operando no mercado brasileiro. Com seis assentos, seu preço é de US$ 3,3 milhões. A expectativa é que até o fim de 2012 esse número chegue a 18. "O TBM 850 é para empresários que realmente fazem cálculos e tem visão dos benefícios como agilidade e segurança trazem em suas demandas do dia a dia, podendo aliar trabalho e lazer", complementa Monassi.


Empresa mostra aeronave que fará voos comerciais ao espaço

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Virgin Galactic, umas das companhias do bilionário britânico Richard Branson, levou para a feira aérea de 2012 de Farnborough, na Inglaterra, uma réplica de como será uma de suas naves que fará viagens espaciais para o público em geral. A SpaceShipTwo proporcionará a qualquer pessoa a experiência que apenas os astronautas tiveram até hoje. Mas brincar de ser astronauta

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promete ser caro e só para aqueles que estiverem dispostos a gastar US$ 200 mil pelo passeio - preço mínimo anunciado pela empresa para as viagens, que estão com reservas abertas desde 2005. A SpaceShipTwo terá capacidade para levar até seis passageiros e dois pilotos. Segundo a Virgin Galactic, a sensação dentro da aeronave é similar à de viajar em um avião executivo. Um teste de

voo completo está previsto para ser realizado pela aeronave no final deste ano. De acordo com um subcomitê do governo dos Estados Unidos, a indústria de turismo espacial valerá cerca de US$ 1 bilhão nos próximos dez anos. Entre os primeiros "turistas espaciais" está o ator Ashton Kutcher, que já se inscreveu para voar na primeira espaçonave de Richard Branson.


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Força Aérea da Indonésia adquire mais oito Super Tucano

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Força Aérea da Indonésia assinou um contrato comercial de um segundo lote de oito aviões turboélices de ataque leve e treinamento tático A29 Super Tucano, da Embraer. O pedido inclui ainda um simulador de voo que será utilizado para instrução e treinamento dos pilotos indonésios. A Indonésia começará a receber os primeiros quatro aviões do primeiro lote em agosto de 2012 e as entregas do segundo lote serão em 2014. "Esta decisão demonstra o reconhecimento da qualidade do Super Tucano no mercado internacional", disse Luiz Carlos

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Aguiar, presidente da Embraer Defesa e Segurança. "Agradecemos à Força Aérea da Indonésia pela confiança e estamos certos de que o Super Tucano desempenhará com eficácia e excelência as missões para as quais foi selecionado", complementa Aguiar. O A-29 Super Tucano foi escolhido pela Indonésia para executar uma ampla gama de missões, que incluem ataque leve, vigilância, interceptação aérea e contra insurgência. Esta aquisição faz parte do plano de modernização de equipamentos das Forças Armadas da Indonésia

para os anos 2009-2014. Com mais de 157 mil horas de voo e mais de 23 mil horas de combate, o A-29 Super Tucano está equipado com as mais recentes tecnologias em sistemas eletrônicos, eletroópticos, infravermelho e laser, assim como sistemas de rádios seguros com enlace de dados e uma inigualável capacidade de armamentos, o que o torna altamente confiável e com excelente relação custo-benefício para um grande número de missões militares, mesmo em pistas não pavimentadas.


Airbus lança a cabine Space-Flex com a encomenda da TAM

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om uma encomenda da TAM, a Airbus lançou oficialmente o banheiro Space-Flex PRM (Pessoas com Mobilidade Reduzida) como uma opção para os operadores da família A320. A TAM se tornará o primeiro cliente da Airbus a se beneficiar do Space-Flex, a nova opção que oferece mais conforto aos passageiros e já está disponível na família A320. O pedido da TAM é para a Airbus adicionar o Space-Flex nas 39 novas aeronaves que serão entregues a partir do 4º trimestre de 2013. Fazendo um uso mais eficiente do espaço na parte de trás da cabine, dois lavatórios mais uma galeria poderão ser eficientemente acomodados neste espaço, gerando vantagens para a TAM. O Space-Flex libera esta área para mais comodidade aos passageiros,

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o espaço da cabine será ampliado, oferecendo dois banheiros, cada um do tamanho comparável aos existentes dos A320, ou seja, maior do que os lavabos dos concorrentes. O banheiro PRM é um auxílio ao progresso através de um processo de conversão simples: dois lavabos Space-Flex são conversíveis em um espaço para pessoas de mobilidade reduzida, de forma semelhante às apresentadas em aeronaves Airbus de fuselagem larga. "O Space-Flex otimiza o espaço da cabine e, portanto, nos dá mais flexibilidade em nossas novas aeronaves Airbus da família A320", disse José Maluf, vicepresidente de suprimentos e contratos da TAM. "No futuro, poderíamos facilmente adaptar-nos à demanda do mercado e melhorar custos de assento-milha adicionando seis lugares sem

comprometer o conforto", conclui Maluf. Antes deste lançamento pela TAM, o conceito do Space-Flex havia sido revisto e testado com numerosas companhias aéreas, e a representação foi apresentada nas recentes feiras, incluindo a Aircraft Interiors Expo, em Hamburgo. A TAM, que recentemente se fundiu com a LAN para formar o LATAM Airlines Group, é o maior cliente da Airbus no hemisfério sul com mais de 200 encomendas e uma notável frota com mais de 100 aeronaves Airbus. Cerca de 8.400 aeronaves da família A320 já foram encomendadas e mais de 5.100 aeronaves entregues a mais de 360 clientes e operadores em todo o mundo.


Aeronaves da Azul utilizarão avançado sistema de navegação Chamado de Required Navigation Performance (RNP-AR), o sistema auxilia nas operações de pouso, além de reduzir ruídos, tempo de viagem e queima de combustível

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Azul, em parceria com a GE, está homologando seus jatos Embraer com um avançado sistema de navegação, chamado Required Navigation Performance (RNPAR). Esse sistema, que tem tecnologia orientada por satélite, objetiva uma otimização nos procedimentos de aproximação e pousos, aumentando significantemente a segurança e diminuindo o trajeto da aeronave, o que traz uma série de benefícios. São eles: a redução de ruídos, de atrasos, do tempo de viagem, além de um menor gasto com combustível, o que torna as operações da companhia mais sustentáveis. As aeronaves da companhia devem ser certificadas com o novo sistema até o fim de 2012.

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A Azul está entre as empresas do setor aéreo brasileiro a trabalhar para adotar tal sistema, que será utilizado inicialmente para pousos no aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro. Por iniciativa do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea), o aeroporto fluminense já recebeu a certificação e, com isso, a companhia poderá operar com mais precisão, mesmo que em condições meteorológicas adversas, evitando atrasos e cancelamentos. Com a implantação do novo sistema, a empresa trabalhará com mínimos operacionais (teto) bem reduzidos. "Com a integração do RNP-AR em nossa frota de jatos, passaremos a ter uma trajetória precisa horizontalmente e verticalmente até o pouso, melhorando nossa eficiência

econômica e ecológica", afirma Flávio Costa, vice-presidente técnico-operacional da Azul. Com a expectativa de um aumento significativo no volume de passageiros nos terminais do país, sobretudo em função da Copa do Mundo e da Olimpíada, soluções como essa devem ser cruciais para garantir o melhor gerenciamento do espaço aéreo. "Esses eventos devem trazer milhares de espectadores ao Brasil, os quais poderão contar com um transporte aéreo mais eficiente e pontual", afirma Giovanni Spitale, gerente geral de serviços de desempenho de navegação da GE. Após o processo de certificação pela ANAC (Agência Nacional da Aviação Civil), a companhia adotará o novo procedimento em seus voos.


“De Olho na Mala” já cobre aeroportos de todas as regiões do país

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processo de restituição de bagagens nas esteiras já pode ser acompanhado pelos passageiros em vários aeroportos brasileiros. O programa “De Olho na Mala”, implantado pela Superintendência de Segurança Aeroportuária (Dosa) da Infraero, já instalou sistemas de monitoramento de bagagens nas áreas de desembarque de 22 terminais da Rede, cobrindo todas as regiões do Brasil. A intenção da Infraero é instalar o “De Olho na Mala” ao longo de toda a rede de aeroportos administrados pela empresa. Os sistemas são compostos por câmeras de vigilância instaladas nas áreas em que os funcionários responsáveis pelo manuseio das bagagens as colocam nas esteiras de restituição e monitores, colocados próximos das esteiras na área de desembarque, que exibem as imagens captadas pelas câmeras. Dessa forma, os passageiros que aguardam por seus 26 / Info Aviação – Julho /2012

pertences podem observar o fluxo de devolução de volumes e o manuseio dos mesmos pelos responsáveis. O primeiro terminal da Infraero a receber a iniciativa foi o Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro/Galeão – Antonio Carlos Jobim (RJ), em agosto de 2011. Em fevereiro de 2012, o sistema chegou ao Aeroporto Internacional de Brasília/Juscelino Kubitschek (DF). Diante da repercussão positiva ao monitoramento das bagagens, a Infraero implantou o “De Olho na Mala” em escala nacional, orientando os aeroportos da Rede a instalarem equipamentos para o monitoramento das bagagens de acordo com a necessidade e recursos disponíveis. Uma vantagem do sistema é a rapidez de montagem. No Galeão, a instalação dos monitores e câmeras que compõem o sistema levou três dias. “Nos dedicamos ao máximo para garantir que o

sistema fosse instalado no menor tempo possível, pois sabemos da importância que é, para o passageiro, entender melhor como se dá o manuseio das bagagens”, destacou o engenheiro Pedro Paulo, coordenador de Tecnologia da Informação da Infraero no aeroporto. Desde março, além de Brasília e Galeão, os seguintes aeroportos já implantaram o monitoramento: Confins, Uberlândia e Montes Claros (MG), Manaus, Tabatinga e Tefé (AM), Navegantes e Joinville (SC), Londrina (PR), Cuiabá (MT), Vitória (ES), Campina Grande (PB), Palmas (TO), Marabá (PA), Macapá (AP), Rio Branco (AC), Boa Vista (RR), Imperatriz (MA), Campo Grande e Corumbá (MS). Com o projeto, a Infraero busca contribuir para a transparência e segurança no processo de restituição de bagagens, visando à satisfação do passageiro com os serviços oferecidos em seus aeroportos.


Vale destacar também que, após o check-in, as bagagens são de responsabilidade da empresa aérea, permanecendo sob sua custódia até a devolução ao passageiro, conforme a prevê a legislação referente à segurança da aviação civil. Recepção dos passageiros A iniciativa tem sido bem recebida pelos passageiros. No Galeão, o casal Cláudia e Robadias, de 27 e 28 anos, desembarcou de um voo vindo de João Pessoa em dia 3 de julho. No terminal carioca, os dois puderam observar o sistema em funcionamento enquanto aguardavam a chegada das malas. “É muito interessante poder ver como estão cuidando das nossas malas”, notou Cláudia. Quem também chegou de João Pessoa foi

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a pequena Thalita, de 5 anos, que viajou com o pai e os avós. A menina brincou de “achar” as malas da família que estavam no carrinho e ajudou a retirá-las da esteira. “Foi legal ver a mala do papai ali na tevê”, disse ela. Em Confins e Manaus, o monitoramento foi instalado no final de abril nas áreas de desembarque doméstico e internacional. O estudante Gabriel Braga, 21 anos, também aprovou o sistema no aeroporto mineiro. “Visualizar a entrega das malas traz uma sensação de segurança a mais. Imagino que esse projeto vai contribuir bastante para solucionar possíveis problemas na restituição de bagagens”, afirmou. No terminal manauara, o professor Leandro Dutra, 28 anos, também enfatizou o ganho de segurança.

“Observar todo o processo passa maior segurança ao passageiro. Talvez faça com que os funcionários tenham um cuidado especial devido ao monitoramento eletrônico”, notou Dutra. “Eu viajo bastante, inclusive para o exterior, e é a primeira vez que vejo essa iniciativa. Esse sistema me faz sentir mais seguro, e acho que é bom que seja instalado em mais aeroportos”, destacou Paulo de Lima, que desembarcou no Aeroporto de Macapá em um voo vindo de São Paulo. Finalmente, em Navegantes (SC), a empresária gaúcha Leci Maia aprovou a utilização do sistema em larga escala. “É interessante ver essa iniciativa neste aeroporto e também em outros aeroportos”, concluiu.


Esquadrilha anuncia os nomes de seus três novos pilotos

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Esquadrilha da Fumaça divulgou os nomes dos três novos pilotos que passam a integrar a equipe fumaceira: Capitão aviador Ubirajara Costa Júnior, capitão aviador Daniel Pereira Garcia e tenente aviador Thiago Capuchinho assumirão, a partir de 2013, as posições de números 3 (ala esquerda), 6 (ala direita externa) e 2 (ala direita), respectivamente. A "sexta-feira 13" trouxe muita sorte e foi de muita felicidade aos aviadores que receberam a notícia de forma inesperada. O capitão Costa, que atualmente é instrutor

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de voo na AFA (Academia da Força Aérea), recebeu, após o expediente, a visita de alguns pilotos enquanto os demais sobrevoaram os arredores de sua casa. Pelo rádio, o comandante da Fumaça, que liderava o voo, deu a notícia e as boas-vindas ao novo fumaceiro. Muito emocionado, Costa recebeu os cumprimentos da família e dos novos companheiros de trabalho. Já o capitão Garcia e o tenente Capuchinho, que são instrutores do Esquadrão Joker, na Base Aérea de Natal (BANT), receberam uma ligação do comandante e todos da

equipe deram os parabéns pelo telefone. Os aviadores foram aprovados no conselho operacional realizado entre todos oficiais da Esquadrilha da Fumaça. Anualmente, a equipe escolhe três novos pilotos que, possuindo os requisitos necessários, se candidatam às vagas. Para se candidatar neste ano era necessário possuir 1500 horas de voo, sendo 800 horas como instrutor da AFA ou ser instrutor de voo no Esquadrão Joker. O treinamento dos três militares está previsto para começar em setembro.


Pilotos demitidos pela Gol são disputados lá fora

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onda de demissões na Gol reacendeu o temor de o País ver uma nova leva de pilotos migrar para o exterior em busca de emprego, num movimento semelhante ao que aconteceu após a paralisação das operações da Varig em 2006. Atentas à mudança de cenário, empresas internacionais de recrutamento e companhias aéreas estrangeiras começam uma corrida para tentar captar os profissionais desempregados hoje no mercado brasileiro. Com a perspectiva de um novo impulso no fluxo de pilotos expatriados, o Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA) já receia uma volta da situação vivida até o ano passado, quando a escassez de pilotos assombrava companhias aéreas nacionais. "Assim que o mercado brasileiro (de aviação civil) voltar a crescer, vamos ter falta de pilotos novamente", disse o secretário-geral da entidade, Sérgio Dias. A notícia de que a Gol demitiria 2.500 pessoas este ano - incluindo pilotos, comissários e outros 29 / Info Aviação – Julho /2012

profissionais - chegou rápido a Dublin, na Irlanda, onde estão os escritórios da empresa de recrutamento Direct Personnel. Ao tomar conhecimento das dispensas pela aérea brasileira, a companhia entrou em contato com o sindicato e começou a procurar os pilotos desempregados para tentar levá-los para companhias aéreas estrangeiras. "Contatei todos os pilotos afetados (pelas demissões) e mandei informações sobre as vagas disponíveis", diz a gerente Barbara Kelly. O próximo passo da empresa, agora, é trazer ao País as empresas que querem contratar. "O interesse desses profissionais tem sido alto, e eu já estou conversando com clientes da China e da África para levá-los ao Brasil para entrevistar os pilotos da Gol e fazer avaliação em simuladores." A busca por uma posição no exterior pode ajudar os pilotos dispensados a encontrar mais rapidamente uma vaga, num momento em que a situação é mais adversa do que a de 2006. Na época, companhias como TAM e Gol estavam em franca expansão e absorveram parte dos profissionais

que ficaram sem trabalho com o fim da Varig. Hoje, depois de um ano marcado por um prejuízo conjunto de mais de R$ 1 bilhão, as duas empresas enxugam suas operações. Os pilotos nacionais têm sido disputados principalmente por aéreas da Ásia, continente em que a aviação civil vem se desenvolvendo fortemente nos últimos anos e que não tinha um contingente significativo de pilotos. Mas outras regiões, como África e Europa, também têm oferecido vagas. Profissionais experientes, com milhares de horas voadas, os brasileiros são vistos com bons olhos pelo mercado internacional. Segundo o consultor Nelson Riet, especialista no setor aéreo, a boa qualidade técnica dos profissionais não é o único motivo de seu prestígio no exterior. "Do fim da Varig para cá, os pilotos brasileiros firmaram conceito positivo, não só pela competência técnica, mas por sua boa capacidade de adaptação a outras culturas", explica. Ele vê as demissões da Gol como pontuais e acredita que o mercado brasileiro


se recuperará, mas acredita que os pilotos que tiverem a possibilidade de trabalhar fora vão migrar. Com quase 24 anos de experiência em grandes aéreas nacionais, o comandante Marcos Ferreira, 49, agora escolhe entre as ofertas de emprego de companhias estrangeiras, depois de ter deixado a Gol no mês passado. Uma delas é a Ethiopian Airlines, da Etiópia, que já manifestou interesse em voar para cá. "A empresa está atrás de 30 pilotos para operar Boeing 737, mesmo avião em que voávamos na Gol. Eles pegarão pilotos praticamente prontos para voar", afirma o aeronauta, que também analisa oportunidades em companhias chinesas. Além da possibilidade de ganhos mais elevados, que podem chegar a

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R$ 25 mil por mês para comandantes, as aéreas estrangeiras criam facilidades para atrair os brasileiros. A possibilidade de tirar 15 dias de folga a cada mês, por exemplo, permitiria que Ferreira viesse frequentemente ao Brasil, onde sua mulher atua também como piloto.

novas reduções de pessoal. Procurada, a aérea diz que não há previsão de demissões por causa da criação do grupo Latam Airlines. O vice-presidente comercial da Azul, Paulo Nascimento, também negou que associação com a Trip resulte em enxugamento.

Atento aos processos de seleção, ele diz que a OK Airways, com base no gigante asiático, mandará representantes ao Brasil no mês que vem para recrutar. A Emirates, dos Emirados Árabes Unidos, que também tem recebido inscrição de candidatos no País, marcou datas este mês para receber currículos de aeronautas, incluindo comissários, de São Paulo e Porto Alegre.

"Com o excesso de oferta que houve no mercado, as líderes (TAM e Gol) foram obrigadas a reduzir capacidade. No nosso caso, mesmo com a fusão, o plano de expansão continua", declarou. A previsão de crescimento da empresa, porém, não implica a possibilidade de realocação rápida dos pilotos da Gol. Como a Azul utiliza outros tipos de aeronaves, eles precisariam se requalificar.

Enquanto isso, o sindicato teme que movimentos de consolidação, como a fusão da TAM com a chilena LAN, possam resultar em


Presidente da Venezuela Hugo Chávez diz mais uma vez estar interessado nos caças Su-35

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presidente venezuelano, Hugo Chávez, disse que está interessado em comprar caças multifunção Sukhoi Su-35 Flanker-E da Rússia para melhorar as capacidades de defesa de seu país. “Eu já enviei um comunicado ao governo da Rússia que estamos prontos para considerar a compra nos próximos anos dos caças Su35 para modernizar e melhorar os nossos poderes de defesa,” disse Chávez durante discurso na Rádio Nacional da Venezuela.

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O presidente disse que as questões de defesa, de segurança e o desenvolvimento do país devem ser a prioridade para o governo da Venezuela dentro dos quadros da prestação da independência nacional.

O Su-35, equipado com dois motores 117S com empuxo vetorial, combina alta manobrabilidade e capacidade de efetivamente envolver vários alvos aéreos de forma simultânea, usando mísseis guiados e não guiados e outros sistemas de armas.

“Essa independência, o bem protegido e a garantia do país, nos dará a possibilidade de construir uma nova Venezuela, uma nova Pátria e para alcançar novos horizontes”, acrescentou.

A aeronave tem sido apontado como de geração “4++, utilizando tecnologia de quinta geração.”


Helibras entrega mais um helicóptero EC725 do contrato firmado com o governo brasileiro O modelo VIP, recebido pelo Grupo de Transporte Especial (GTE), é o primeiro de dois helicópteros produzidos para a FAB e que serão destinados ao transporte presidencial

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m cerimônia ocorrida dia (18), em Brasília (DF), a Helibras entregou o EC725 – VIP, que faz parte do contrato assinado entre a empresa e o Ministério da Defesa para a produção de 50 novos helicópteros de grande porte destinados às Forças Armadas. Deste montante, dois foram reservados ao Grupo de Transporte Especial (GTE) da Força Aérea Brasileira (FAB) para o transporte da Presidência da República. Além deste helicóptero VIP, a empresa está finalizando em suas novas instalações, em Itajubá (MG), três outros aparelhos sob o comando de funcionários brasileiros treinados na França. “Nosso objetivo é de que o índice de nacionalização chegue a 50%, o que deve acontecer até o ano de 2014. Consequentemente, contribuímos para o desenvolvimento da indústria nacional, uma vez que firmamos, até agora, contratos com 15 32 / Info Aviação – Julho /2012

fornecedores brasileiros de peças e serviços”, afirma Eduardo Marson Ferreira, presidente da Helibras. Durante discurso na cerimônia de entrega do novo helicóptero, o ministro da Defesa Celso Amorim reafirmou as palavras de Marson e assegurou que é um papel do governo estimular a indústria do país. “Há uma preocupação fortíssima do Brasil, fortíssima da presidente da República, de que nós precisamos impulsionar a indústria nacional, em particular a indústria de defesa nacional pelo que ela representa diretamente ou pelo que ela representa como possibilidade de alavancar vários setores da indústria na área de tecnologia de ponta”, disse. Para abarcar este grande contrato com as Forças Armadas, a Helibrás está prestes a inaugurar sua nova linha de produção em Itajubá (MG), na qual serão produzidos os helicópteros EC725 e também a versão civil da mesma aeronave, o

EC225, utilizada no transporte entre o continente e as plataformas de exploração de petróleo em alto mar. Com isso, a empresa – subsidiária do grupo Eurocopter e única fabricante de helicópteros da América Latina – terá capacitação tecnológica para, em 10 anos, conceber, projetar e fabricar integralmente um helicóptero no Brasil, graças à transferência de tecnologia resultante do programa de expansão desenvolvido para esta nova unidade. O contrato com as Forças Armadas, assinado em 2008, permitiu, ainda, a qualificação da mão de obra local. A Helibras contratou e capacitou, desde então, mais de 400 empregados, com enfase para engenheiros e mecânicos. Destes, aproximadamente 100 receberam treinamento da Eurocopter na França, por períodos de até um ano.


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‘Aerodilma’ em pauta

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presidente Dilma Rousseff está em conversas com a Boeing para adquirir um novo avião presidencial, disseram quatro fontes à Reuters, sinalizando uma entrada maior para a fabricante norte-americana em um dos maiores mercados emergentes do mundo. Dilma quer um avião maior, mais consistente com o crescente poderio político e econômico do Brasil, e está avaliando a compra de um Boeing 747 similar ao Air Force One, aeronave usada pelo presidente dos Estados Unidos, disseram as fontes sob condição de anonimato. Atualmente, Dilma usa um Airbus A319, que foi comprado pelo expresidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2004. No entanto, a aeronave é incapaz de realizar longos percursos e teve de realizar duas paradas para abastecimento durante a viagem da presidente à 34 / Info Aviação – Julho /2012

Índia, em março, disseram as fontes. “Presidentes brasileiros irão viajar à Índia e à China uma vez por ano todos os anos a partir de agora, e não devemos ter que fazer paradas como esta”, disse uma das fontes. Outra fonte disse que a opção pela Boeing era a única sendo seriamente analisada por Dilma. Se a compra for realizada, será uma vitória simbólica nos esforços da Boeing de ganhar mercado na maior economia da América Latina e a sexta do mundo. A questão ganhou urgência já que os tradicionais mercados da companhia nos Estados Unidos e na Europa apresentam baixas previsões de crescimento. Relações próximas A Boeing anunciou um acordo neste mês para fornecer um novo sistema de armas para o avião de

combate leve Super Tucano, fabricado pela Embraer (EMBR3), que está tentando expandir suas operações na área da defesa. As companhias também anunciaram em junho que iriam colaborar no desenvolvimento e marketing do jato militar e de reabastecimento KC-390, também da Embraer. É possível que um relacionamento mais próximo com o governo brasileiro e a maior fabricante de aeronaves do país possa dar à Boeing uma vantagem em outro negócio muito maior, de ao menos 5 bilhões de dólares: a nova geração de caças da Força Aérea Brasileira. A francesa Dassault e a sueca Saab são as outras duas concorrentes para o negócio. Dilma não deve tomar nenhuma decisão até o início de 2013, disseram autoridades.


Jim Proulx, um porta-voz da Boeing, disse por e-mail: “Nós não comentamos na mídia as discussões que podemos ou não ter com clientes potenciais.” O Boeing 747 tem quatro turbinas ante duas na maioria dos modelos mais novos. Pode, portanto, oferecer maior segurança em caso de um problema em motor em pleno voo –uma prioridade para Dilma após problemas de segurança recentes com seu avião atual, disseram as fontes. Em junho, o Airbus presidencial sofreu um problema relacionado à pressurização da cabine durante viagem entre Rio de Janeiro e Brasília. Apesar de não ter deixado feridos, o avião teve de retornar ao

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Rio e Dilma foi forçada a voar a bordo de uma aeronave reserva menor, desembarcando em casa depois da meia-noite. O jornal “O Globo” informou no sábado que Dilma “morre de medo” de turbulência e instruiu seus pilotos algumas vezes a alterar o plano de voo para desviar de tempestades ou outros problemas. Outra grande compra de um grande avião presidencial, apenas oito anos após a última aquisição, poderá causar disputas políticas. O ex-presidente Lula enfrentou grandes críticas por gastos excessivos ao comprar o Airbus por alegados US$ 57 milhões.

No entanto, as ambições políticas e econômicas cresceram desde então. O Produto Interno Bruto brasileiro superou o da GrãBretanha em 2011, e sua influência cresceu em fóruns internacionais e em outros mercados emergentes, especialmente em países africanos. Até mesmo uma viagem recente à Etiópia precisou de uma parada de abastecimento no oeste africano, disse uma das autoridades. O Airbus A319 tem uma autonomia de 3.740 milhas náuticas, segundo o site da companhia na Internet. A distância de voo entre São Paulo e Nova Délhi é de aproximadamente 7.800 milhas náuticas. A Airbus pertence ao grupo europeu EADS.


Opções de 747 muito mais interessantes do que um modesto ‘Air Force One’ A notícia recente divulgada pela Reuters, dando de conta de que a presidente Dilma Rousseff está interessada em um Boeing 747 como o do presidente Obama, parece ter indignado alguns leitores. Mas acreditamos que essa questão também deveria ser encarada como uma oportunidade para voar ainda mais longe. Assim, pensamos em algumas outras sugestões de versões do Boeing 747 que os norte-americanos poderiam oferecer, e que seriam ainda mais interessantes, talvez, do que uma simples configuração do tipo “Air Force One” que, convenhamos, já anda um tanto “démodé”.

A primeira, mostrada nas duas imagens acima, serviria para causar impacto e botar medo em qualquer lugar onde se vá, com essa poderosíssima torreta laser instalada no nariz. Infelizmente, o sistema de acumulação de energia para o laser e toda a parafernália de controle ocupam boa parte do espaço interno. Em compensação, não precisa mais se preocupar com novos caças para a FAB, pois com um avião desses para passar fogo em quem se meta pela frente, quem precisa de Força Aérea?

Já esta segunda opção é menos belicosa, porém ainda mais impactante e, de quebra, oferece um espaço extra no teto. Literalmente, muito espaço. Um espaço, digamos assim, espacial. Com alguns adendos tecnológicos que poderiam ser desenvolvidos aqui mesmo, privilegiando as mentes e esforços nacionais e fomentando nossa pesquisa em foguetes, poderia ser “tunada” e abandonar essa ideia de só visitar membros do BRICS, coisa de novo rico. Bom mesmo é ter a capacidade de visitar membros do G8. Evidentemente, estamos falando do Grupo dos Oito planetas do sistema solar. Audaciosamente indo onde nenhum avião presidencial jamais esteve!

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Turbomeca assina com Eurocopter para fornecimento do motor TM800 para novo helicóptero X4

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Turbomeca (Safran Group) anunciou a assinatura de um contrato com a Eurocopter para fornecer os motores TM800 para o helicóptero de nova geração X4. O Eurocopter X4 é uma nova geração de helicóptero na categoria 5-6 toneladas. O futuro helicóptero será equipado com um novo motor: o TM800 da Turbomeca, um turbo-eixo na categoria 1.100 shp categoria (800 kW). O motor TM800 irá se beneficiar dos avanços tecnológicos

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decorrentes da estratégia de Pesquisa e Desenvolvimento da Turbomeca. Por um lado, o motor TM800 incorpora os resultados de vários projetos de pesquisa, inclusive algumas tecnologias validadas pelo demonstrador Tech 800. Por outro lado, leva a vantagem dos feedbacks da experiência operacional de toda linha de motores Turbomeca. Os benefícios deste novo motor consistem basicamente em reduzir significativamente o consumo específico no que diz respeito à geração atualmente em serviço.

Isso contribuirá para melhorar o desempenho (carga, alcance) e reduzir a emissão de gases na atmosfera. O custo de propriedade será reduzido através do seu conceito de manutenção otimizado para oferecer uma redução significativa na atividade de manutenção nas instalações do operador. O desenvolvimento motor e o plano de certificação estão em linha com a entrada em serviço da versão inicial do helicóptero em 2017.


Cessna lança o Grand Caravan EX e o Skylane NXT

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Cessna Aircraft Company, representada no Brasil pela TAM Aviação Executiva, lançou dia 23 de julho, durante a EAA AirVenture, em Oshkosh, o Grand Caravan EX e o Skylane NXT.

motor mais potente, o PT6A-140 de 867 HP, 25% a mais que os 675 HP de seu antecessor; a razão de subida aumentou 32%, passando de 925 para 1220 pés/minuto; a distância de decolagem diminuiu de 762 m para 689 m; a velocidade de cruzeiro aumentou 7% passando para 184 nós; novos faróis de LED com maior iluminação; instalação de flutuadores (opcional); está previsto para ser comercializado a partir do quarto trimestre de 2012.

características: motor a querosene, ao invés de gasolina (42 litros por hora, redução de 30 a 40% no consumo); bancos de couro ergonomicamente projetados; redução de custo com combustível e tempo de revisão da aeronave; maior alcance de 1.798 km para 1.898 km; capacidade para quatro pessoas; capacidade de combustível de 87 galões (329 litros); carga útil estimada em 1.100 libras (499 kg).

Sua configuração interna de poltronas pode ser alterada rapidamente para atender às necessidades momentâneas do proprietário. Com isso, um avião de passageiros pode rapidamente tornar-se um veículo de transportes de cargas.

Já o Skylane, é um avião extremamente versátil, que atende tanto necessidades de utilização como locomoção para o trabalho quanto como utilitário esportivo para os finais de semana. O Skylane é uma combinação perfeita entre potencia, performance e velocidade. É um avião robusto por fora e extremamente espaçoso e confortável em seu interior.

Para Leonardo Fiuza, diretor Comercial da TAM Aviação Executiva, os dois modelos trazem novidades que os operadores destes segmentos vinham solicitando. "Os clientes terão novas oportunidades de utilização ao adquirir qualquer um desses novos modelos, sem abrir mão da segurança, da versatilidade e do baixo custo operacional", disse o executivo.

A versão Grand Caravan EX lançada tem como diferenciais:

A nova versão do Skylane, o NXT tem como destaque as seguintes

O Grand Caravan é conhecido em todo o mundo por sua grande versatilidade, conforto, confiabilidade e segurança. A aeronave permite até 9 passageiros e, na configuração executiva, leva até 8 passageiros, com espaço e conforto similares a linha de jatos Citation.

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Helibras faz parcerias acadêmicas para atrair profissionais

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mercado de trabalho no setor aeronáutico vive momentos de grande expansão na demanda por mão de obra qualificada, mas, sem o necessário acompanhamento da qualificação de profissionais. Dentro deste quadro, empresas como a Helibras, que emprega funcionários cada vez mais especializados, passam por dificuldades em preencher as vagas disponíveis. "Vivemos uma revolução nos padrões de contratação. Nossa tarefa é encontrar profissionais de altíssima qualificação para uma empresa que está passando de 300 para mil empregados e necessita de especialização até para as atividades mais primárias. Estamos desenvolvendo diversas parcerias e estratégias para suprir esta carência e vemos que a Helibras está se tornando porta de entrada para carreiras internacionais, despertando, inclusive, o interesse do grupo Eurocopter em funcionários brasileiros", diz Ana Renó, vice-presidente de Recursos Humanos e Administração da Helibras. As estratégias citadas incluem parcerias entre Helibras e a USP 39 / Info Aviação – Julho /2012

São Carlos na realização de estágios na Europa e com a Universidade Federal de Itajubá (Unifei) para criação de cursos voltados à engenharia aeronáutica, além de aulas técnicas promovidas pelo Centro de Treinamento e pelo Instituto de Responsabilidade Social da empresa. No entanto, a necessidade de profissionais que estejam aptos a iniciar os trabalhos de maneira imediata faz com que a empresa busque currículos fora do país e treine brasileiros também no exterior. "Oferecemos aos funcionários brasileiros a oportunidade de treinamentos e especialização na fábrica francesa da Eurocopter, estágio em bases da EADS, holding do grupo, bem como captamos de lá perfis de interesse para suprir as vagas mais urgentes, que, em médio prazo, serão ocupadas por brasileiros que estão estudando e se capacitando. Não só para trabalhar conosco, mas para estar apto a ocupar cargos importantes em qualquer empresa aeronáutica", explica Ana. A Helibras também está exportando criatividade brasileira. A empresa está auxiliando sua matriz, a Eurocopter, na

contratação de engenheiros, o que confirma a inclusão do Brasil, de seus profissionais e de seu estilo, no mercado aeronáutico mundial, através da possibilidade de uma carreira no exterior. "Além de tudo isso, é responsabilidade da empresa acomodar e integrar profissionais franceses que chegam ao Brasil, brasileiros que vão à França e novos funcionários que iniciam suas carreiras em um ambiente multicultural e de alta especialização", ressalta Ana, responsável também pela gestão de toda essa integração cultural que envolve as muitas e múltiplas contratações. Ana Renó iniciou seu trabalho na Helibras em 2012, após viver em 18 cidades em cinco países entre a América e a Europa, trabalhando em empresas destacadas em seus segmentos. A executiva, que é mineira de nascimento, retorna às origens e chega à Itajubá com objetivos bem definidos: atrair, desenvolver e reter talentos em uma empresa em acelerado crescimento e diferentes culturas.


Câmara quer flexibilizar lei de heliponto

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o fim do recesso na Câmara Municipal de São Paulo, em agosto, um dos poucos projetos que devem ser votados antes das eleições é o que flexibiliza as normas criadas em 2009 pelo prefeito Gilberto Kassab (PSD) para os helipontos de São Paulo. As regras atuais, consideradas rígidas demais pelas empresas de táxi aéreo, obrigam os pontos de pouso a funcionar a uma distância mínima de 300 metros de escolas e hospitais. A nova proposta, criada com base em estudos da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano, reduz para 200 metros a distância mínima, além de abrir exceções para órgãos públicos e estabelecimentos privados com pontos de pouso. Segundo as empresas e sindicatos do setor, 90% dos pedidos de alvará para novos helipontos são negados na capital paulista. As regras foram consideradas rígidas pelos próprios técnicos do governo, em parecer feito em novembro de 2011 e encaminhado para o Legislativo. Dezenas de helipontos perderam registro para funcionar desde 2009. Helipontos de locais nobres, como os de hotéis no Itaim-Bibi e na Avenida Paulista, seguem 40 / Info Aviação – Julho /2012

funcionando de forma irregular. A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) interditou 16 locais de pouso com base nas regras municipais de 2009. O projeto de flexibilização, encampado pelo vereador Milton Leite (DEM), por pouco não foi votado nas três últimas sessões do primeiro semestre. Mas não houve acordo por causa da obstrução do PT à proposta - o petista Chico Macena é o autor da atual legislação em vigor. Leite quer também que a nova lei abra exceção a helipontos que não gerem mais de 95 decibéis, mesmo localizados a menos de 200 metros de escolas e creches. O vereador argumenta que as regras atuais estão inviabilizando um meio de transporte relevante para a movimentação da vida financeira de São Paulo. Outros parlamentares governistas apoiam a proposta do vereador, que deve entrar na pauta de votação no início de agosto. Leite já avisou aos colegas que pretende obstruir qualquer outra proposta enquanto as novas regras para helipontos não forem votadas. O vereador diz que nenhum prédio comercial consegue mais a licença para operar heliponto. Em outubro do ano passado, por exemplo, a

Secretaria Municipal do Verde indeferiu o pedido de alvará de quatro helipontos - entre eles, o da torre norte do Condomínio Cetenco Plaza, na Avenida Paulista, que teve a licença negada por funcionar a menos de 300 metros do Hospital 9 de Julho. Barulho. Com a restrição aos helipontos, a principal opção de pouso na cidade se tornou o Campo de Marte, na zona norte. O movimento tem incomodado os moradores do Jardim São Bento, do lado do aeroporto. "O dia inteiro tem helicóptero pousando aqui, você pode ver", diz o empresário Lucas Generoso, de 51 anos, morador da Rua Santo Anselmo há 32 anos. No sábado, entre 19h05 e 20h10, a reportagem contou três helicópteros descendo no Campo de Marte. "Quando tem evento no Anhembi, os helicópteros decolam mesmo durante a madrugada, e a lei só permite até as 23 horas. Já liguei no 156 da Prefeitura umas três vezes, relatei tudo certinho os casos, e vejo sempre os helicópteros chegando depois da meia-noite durante a semana", relata Gerson Fagundes, de 34 anos, morador na Rua Subiacó, no alto do Jardim São Bento.


Avião revolucionário deverá fazer voo tripulado em 2013

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FanWing é encarado como a primeira ruptura em termos de desenho de aviões em um século. A aeronave, que vem sendo testada há anos em modelos em escala, deverá fazer seu primeiro voo tripulado em 2013. O principal destaque no projeto é o uso de grandes “ventiladores” (fans) para gerar a propulsão do avião. Ao longo das décadas, aviões sempre foram construídos com motores que moviam hélices ou com turbinas, que sugam o ar e geram o empuxo que empurra e sustenta a aeronave no ar. O FanWing é uma revisão desse conceito: ao longo das asas, as pás

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de um grande ventilador giram a partir da tração do motor montado na fuselagem. O giro dessas pás é responsável pela propulsão da aeronave e pela sua capacidade de aumentar de altitude. Se você não conseguiu criar uma ideia de como a coisa funciona, basta olhar na imagem e imaginar que, dentro das asas, está girando uma versão bem mais leve dos braços de uma colheitadeira. Esta grande turbina transversal move o ar para a parte de cima da asa e ao fazer isso gera propulsão e, se acelerada, pode fazer com que o avião ganhe altitude.

Este detalhe leva a um ponto interessante: como o controle de altura é feito a partir do giro do motor (e não por um conjunto de flaps que alteram a dinâmica do movimento da aeronave conforme o ar passa por eles), o FanWing é um avião que pode decolar virtualmente na vertical, como um helicóptero. Entre as grandes vantagens desse design, está o baixo custo, facilidade de manobrar, a impossibilidade de estolar (perda de sustentação em voo) e a possibilidade de pouso em lugares mais apertados em casos de emergência.


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Revista Info Aviação 16ª Edição Julho 2012

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