Revista Info Aviação 11ª Edição Junho / 2011

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Revista Info Aviação 11ª Edição Junho / 2011

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SpaceShipTwo realiza primeiro teste de reentrada na atmosfera Transporte aéreo continua crescendo num ritmo alucinante no Brasil Segurança de Voo

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Voa pela primeira vez o Boeing Phantom Ray

O UAS Boeing Phantom Ray decola pela primeira vez a partir da Base Aérea de Edwards, California.

sistema embarcado nãotripulado (UAS) Boeing Phantom Ray completou com sucesso seu primeiro voo no dia 27 de abril a partir do Centro de Pesquisas Dryden da NASA, na Base Aérea de Edwards, California.

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março que validaram o controle no solo, a navegação e o controle, além do planejamento de missão, interferência do piloto e procedimentos operacionais. O Phantom Ray voou numa altitude de 7.500 pés e atingiu uma velocidade de 178 kts.

O voo teve uma duração de 17 minutos após uma série de testes de alta velocidade realizados em

O voo demonstrou a aeronavegabilidade básica do Phantom Ray, definindo o estágio

de voos adicionais que vão ocorrer nas próximas semanas. Os voos estão sendo totalmente financiados pela Boeing enquanto a aeronave é preparada para apoiar as potenciais missões que poderão incluir inteligência, vigilância e reconhecimento (ISR), supressão das defesas aéreas inimigas; ataque eletrônico, ataque; e reabastecimento aéreo autônomo.

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Embraer Defesa e Segurança define aviônicos do jato KC-390

O jato de transporte militar KC-390 da Embraer terá no cockpit o moderno painel Pro Line Fusion da Rockwell Collins.

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Embraer Defesa e Segurança selecionou o sistema aviônico Pro Line FusionTM, fabricado pela Rockwell Collins, para equipar a aeronave de transporte militar KC390. “A Embraer escolheu a melhor solução de aviônica de última geração disponível no mercado, o que trará maior eficiência operacional para o KC-390. O já profundo relacionamento comercial e técnico entre a Embraer e a Rockwell Collins será fortalecido com mais esta parceria, agora na área de defesa e segurança”, disse Eduardo Bonini Santos Pinto, Vice-Presidente de Operações da Embraer Defesa e Segurança.

“A escolha do nosso sistema integrado de aviônicos pela Embraer disponibilizará aos pilotos a mais avançada capacidade em aviônica comercial, robustecida para atender aos requisitos de missões militares”, disse Dave Nieuwsma, VicePresidente e Diretor-Geral de Mobilidade e Soluções para Asas Rotativas da Rockwell Collins. “Os pilotos contarão com uma consciência situacional aprimorada e carga de trabalho reduzida para cumprir com sucesso as missões.” O sistema Pro Line FusionTM da Rockwell Collins incorpora ao KC-390 o que há de mais moderno em aviônicos e atende às necessidades atuais e futuras da

aeronave em termos de comunicação, navegação e vigilância. A ferramenta atende aos mais recentes requisitos de CNS/ATM (Communication, Navigation and Surveillance for Air Traffic Management, ou Comunicação, Navegação e Vigilância para Gerenciamento do Tráfego Aéreo), com avançada interface homem-máquina, capacidade de reconfiguração automática em caso de avarias e barramento de troca de dados de alta capacidade. O início dos ensaios em vôo do KC-390 com os novos aviônicos está previsto para 2014 e a entrada em serviço da aeronave para o final de 2015.

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Sikorsky recebe o primeiro pilone do rotor principal do helicóptero CH-53K

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Aurora Flight Sciences comemorou a entrega do primeiro pilone do rotor principal (MRP) do helicóptero CH-53K representando a primeira peça estrutural entregue para a Sikorsky Aircraft Corp. O helicóptero CH-53K será o principal helicóptero pesado dos EUA, fornecendo a capacidade de carga necessária para a força expedicionária dos Fuzileiros Navais durante o século 21.

A entrega é a primeira de cinco módulos MRP que serão entregues como parte do programa de Desenvolvimento e Demonstração de Sistema (SDD) do helicóptero CH-53K. A seção de montagem MRP será integrada ao helicóptero CH-53K na plataforma de testes no solo, na unidade de montagem da Sikorsky na Florida e na unidade de instalação de Operações de Vôo

(PDPS), localizada em West Palm Beach, na Florida. O projeto do sistema do rotor principal do CH-53K começou em 2007 no centro de engenharia da Aurora em Manassas, na Virgínia. A produção do MRP começou em 2010, na linha de produção de materiais compostos da Aurora em Bridgeport, West Virginia.

Saab fará manutenção dos helicópteros AW109s da Suécia

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Saab assinou um novo contrato com a Administração de Material de Defesa da Suécia (FMV) para o suporte e manutenção dos Helicópteros 15 (Agusta 109 LUHS), operados pelas Forças Armadas da Suécia.

O contrato se estende ao longo de um período de 6 anos, com início em 2012, com opção para mais 2 anos e depois mais 2 anos. O contrato inclui o suporte e manutenção de todos os 20 helicópteros incluindo material e pessoal técnico.

O pessoal está baseado sob a forma de planejamento, gestão e administração, logística e fornecimento de material e serviços de permanência sob a forma adicional de pessoal técnico.

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SpaceShipTwo realiza primeiro teste de reentrada na atmosfera

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Virgin Galactic anunciou (04/05/11) que a SpaceShipTwo (SS2), a primeira espaçonave comercial, com sucesso demonstrou pela primeira vez sua configuração única de reentrada na atmosfera. Após uma subida de 45 minutos a SS2 foi liberada da VMS Eve numa altitude de 51.500 pés. A aeronave estabilizou num perfil de voo nivelado antes de mudar sua configuração, pela primeira vez, para reentrada, rotacionando seção da cauda do veículo para cima num ângulo de 65 graus em relação a fuselagem. A nave permaneceu nessa configuração com a aeronave mantendo uma elevação do nariz por cerca de 1 minuto e 15 segundos enquanto descia, quase que verticalmente, a cerca de 15.500 pés por minuto, reduzido

pelo arrasto criado pela seção da cauda especialmente projetada para este fim. Por volta dos 33.500 pés, os pilotos reconfiguraram a aeronave para sua configuração normal de voo planado e executaram uma suave aproximação e um belo pouso. A reentrada do espaço sempre é considerada uma das mais desafiadoras e perigosa manobra no modo técnico. Uma vez fora da atmosfera toda a cauda da aeronave precisa ser rotacionada até os 65 graus. A configuração permite um controle automático de atitude com a fuselagem nivelada paralela ao horizonte. Isso cria um grande arrasto enquanto a espaçonave desce pelas regióes mais altas da atmosfera. A configuração altamente estável,

também é efetivamente

dando ao piloto a capacidade de reentrar sem precisar mexer nos controles da aeronave, algo que não era possível de ser feito numa espaçonave, sem o recurso de sistemas de voo fly-by-wire controlados por computadores. A combinação de alto arrasto e baixo peso (devido ao uso de materiais leves na construção do veículo) fazem que a temperatura durante a reentrada permaneça bem baixa comparada a outras espaçonaves controladas, fazendo com que sistemas de proteção termais ou escudos de calor como pastilhas não sejam necessários. Durante um voo suborbital completo, a cerca de 70.000 pés após a reentrada, a configuração retorna para a posição original e a espaçonave torna-se uma aeronave planadora que retorna para a pista do espaçoporto. Junho 2011

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Começam os voos de testes do primeiro Sukhoi Su-35S de série

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fabricante russa Sukhoi iniciou os testes de voo do primeiro caça Su-35S de série. A aeronave voou a partir da base aérea de Komsomolsk-onAmur da Aircraft Production Association, chamada de Yuri Gagarin (JSC “KNAAPO”). Durante uma hora e meia de voo, o piloto realizou testes em vários modos de funcionamento do motor e do sistema de controle integrado. Todos os sistemas da aeronave e os motores funcionaram normalmente. O avião era pilotado pelo piloto de teste Sergey Bogdan, herói russo. Ele foi o piloto que voou o primeiro protótipo do Su-35 em 19 de fevereiro de 2008. Após a conclusão dos testes de voo, a aeronave de produção será entregue ao Ministério da Defesa da Federação Russa. A Sukhoi, com sucesso, também terminou os testes preliminares do Su-35/Su-35S relativos aos principais aviônicos, a estabilidade e controlabilidade da aeronave em

voo e ao desempenho dos motores e sistema de navegação, de acordo com as especificações técnicas. Em 2011, os testes de voo de caça foram bastante aumentados devido à nova aeronave estar envolvida no programa de testes. O primeiro estágio dentro dos limites dos testes será a aceitação do cliente (Força Aérea da Rússia) com a aeronave devendo cumprir os principais requisitos para posterior entrega futura para os regimentos da força aérea. O caça Su-35S é uma profunda modernização do já super manobrável Su-35 de geração 4++. No desenvolvimento do Su-35 foram utilizadas diversas tecnologias de caças de 5ª geração ??que colocam o Su-35 à frente dos jatos de combate em desenvolvimento e produção no mundo. O novo caça se orgulha de ter uma aviônica totalmente moderna, baseado em sistema digital de gestão da informação, integrando os equipamentos de bordo e sistemas de radar de novo

alcance gradualmente proporcionando longas distâncias de detecção de alvos aéreos com o aumento do número de alvos simultaneamente rastreados e atacados (30 alvos aéreos podendo ser monitorados e 8 alvos atacados, além de 4 alvos terrestres rastreados e 2 atacados no modo ar-solo). Os novos motores de empuxo vetorado agora possuem um empuxo maior. O Su-35 possui ainda uma vasta gama de armas de curto, médio e longo alcance, incluindo mísseis guiados anti-radar e anti-navio, além de bombas guiadas e não guiadas. A seção radar frontal da aeronave foi consideravelmente reduzida, devido à cobertura de materiais absorventes radar e do novo revistimento, e também com a redução do número de sensores externos. A vida útil da aeronave é de 6.000 horas de voo, uma vida de serviço de 30 anos de funcionamento, com os motores tendo uma vida especificada de 4.000 horas. Junho 2011

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Agusta GrandNew, em operação

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ficialmente revelado em fevereiro de 2010, o novo Agusta GrandNew, uma evolução do consagrado modelo Grand, obteve um enorme sucesso de vendas, com mais de 50 unidades encomendadas. Uma das primeiras unidades a utilizar a configuração VIP/Corporate foi entregue no final de 2010 para a Monacair, do Principado de Mônaco. O AgustaWestland GrandNew conta com aviônicos de última geração e máxima tecnologia, além de continuar oferecendo suas mais importantes qualidades como desempenho inigualável, baixo

custo operacional, alta segurança e níveis de espaço e conforto proporcionados apenas por aeronaves muito maiores. Como o primeiro helicóptero biturbina leve do mercado totalmente compatível com os mais avançados métodos de navegação global por satélite, o novo GrandNew estabelece novos padrões para a categoria e oferece várias possibilidades de aplicações. O Agusta GrandNew conta com flight deck totalmente digital e é homologado single pilot IFR. Além disso, foi o primeiro biturbina leve certificado

CS/JAR/FAR 27 com o novo EFIS – Electronic Flight Instrument System equipado com Synthetic Vision, que fornece imagens tridimensionais do terreno. Operando single pilot, o GrandNew pode transportar de 5 a 7 passageiros, dependendo da configuração. A velocidade máxima (VNE) é de 311 km/h, a velocidade máxima de cruzeiro é de 289 km/h e a autonomia é de 785 km. O GrandNew está equipado com duas turbinas Pratt & Whitney PWC207C, com 735 shp cada.

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TAM expandirá malha para o México após lucro no 1º trimestre

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companhia aérea TAM vai começar a voar para o México este ano, expandindo seu alcance na América Latina em um momento em que se concentra na fusão com a chilena LAN e enfrenta aumento da concorrência no Brasil. A empresa, que divulgou dia (16/05), o lucro de R$ 128,8 milhões para o primeiro trimestre após prejuízo de R$ 70,9 milhões um ano antes , ainda vai adicionar um segundo destino diário para Orlando, nos Estados Unidos. A adição da Cidade do México marca o primeiro destino na América Latina atendido pela maior companhia aérea do País e acontece enquanto a rival Gol dedica seus esforços para atender o mercado doméstico, região do Caribe e América do Sul. Segundo Líbano Barroso, presidente da TAM Linhas Aéreas,

a companhia vai começar a voar para o México - e operar a segunda frequência diária para Orlando - no segundo semestre.

América Latina por meio da fusão com a chilena LAN , um projeto que deve voltar a andar não antes do final do ano.

"Nossas operações internacionais vêm apresentando forte aumento há alguns anos (...) nossa estratégia é sempre buscar rotas com alta demanda de passageiros e carga e é por isso que estamos anunciando o voo direto para a cidade do México", disse Barroso em teleconferência com analistas.

A fusão, anunciada em agosto do ano passado, enfrentou questionamentos de consumidores do Chile e atualmente aguarda o crivo de um tribunal de defesa da competição chileno. Uma audiência pública está marcada para 26 de maio e a TAM vê com otimismo a aprovação do negócio.

No primeiro trimestre, a taxa de ocupação da TAM em voos internacionais subiu 3 pontos percentuais em relação ao mesmo período de 2010, para 79,6%. Enquanto isso, o yield internacional, que mede preços de passagens, caiu 9,2% em reais, para R$ 0,148.

"Após a audiência, os juízes tomarão uma decisão, mas sem um cronograma definido. Mas estamos no 'fast track' (caminho rápido) em virtude de manifestações do próprio tribunal. Acreditamos que teremos aprovação (da fusão) sim", disse o presidente do grupo TAM, Marco Antonio Bologna, durante teleconferência com analistas.

Enquanto arma sua estratégia internacional, a TAM se dedica a criar a maior companhia aérea da

Segundo ele, o foco principal da TAM é concluir a fusão, algo que Junho 2011 11


depende da empresa obter uma série de licenças em vários países, incluindo Europa, e que deve ocorrer "não antes do final do quarto trimestre". Bologna evitou comentar com precisão se a TAM tem interesse na aérea estatal portuguesa TAP, que pode ser privatizada este ano, como parte do plano de recuperação financeira de Portugal. Uma fonte do governo brasileiro afirmou à Reuters no início do mês que o Brasil poderia financiar a aquisição pela TAM de uma parcela da TAP. A fonte comentou que a TAM havia procurado o governo para saber se poderia obter financiamento para participar da privatização da TAP.

Resultado A TAM manteve suas estimativas para o ano, de crescimento da demanda doméstica de 15% a 18% e de sua oferta entre 10% e 13%. A companhia também manteve expectativa sobre o preço médio do barril do petróleo WTI em 2011, de US$ 93, e de um custo excluíndo despesas com combustíveis recuando 5%. Na semana passada, a Gol elevou sua previsão para o barril do petróleo de US$ 82 a US$ 93 para US$ 100 a US$ 115, em meio à alta dos preços da commodity nos últimos meses, e manteve projeção de expansão da demanda doméstica entre 10% e 15%.

O yield doméstico da TAM, medidor do preço das passagens, caiu 5,7% na comparação anual, para R$ 0,182, mas o presidente da companhia aérea estima recuperação no segundo trimestre, apesar do período ser marcado como o mais fraco do ano para o setor. "Estamos vendo no segundo trimestre uma recuperação nos preços, nos yields médios, de forma que, sequencialmente, esses yields estão crescendo em 'low single digits' (até 5%)", disse o Barroso. Às 14h50, as ações da TAM recuavam 0,92%, enquanto o índice Ibovespa mostrava ligeira valorização de 0,09%.

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China testa seu primeiro helicóptero não-tripulado

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tripulado de tamanho médio tem um peso de decolagem de 757 kg e executou algumas manobras antes do pouso.

Agência de notícias Xinhua informou que o helicóptero não

O helicóptero, com capacidade de carga de mais de 80 kg, é capaz de voar a uma velocidade máxima de 161 km/h e também pode ser controlado remotamente de uma

China com sucesso realizou o primeiro voo de testes de um helicóptero não-tripulado fabricado no país, o V750, a partir do centro de testes de voo da Waifang Tianxiang Aerospace Industry Co, China.

distância de quilômetros.

mais

de

150

O presidente da Weifang Tianxiang Shenzong Cheng disse que a aeronave poderia ser usada na vigilância, busca e salvamento, e fins de exploração científica.

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O helicóptero híbrido Eurocopter X3 excede sua meta de velocidade helicóptero híbrido demonstrador X3 da Eurocopter cumpriu a promessa de ampliar as fronteiras da aviação de asa rotativa, superando a meta original de velocidade de 220 kts, demonstrando que a aeronave é compsota de desempenho, capacidade e maturidade.

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líder da indústria de helicópteros”, disse Lutz Bertling, presidente e CEO da Eurocopter. “Os futuros helicópteros a incorporar a configuração X3 vão ofercer aos nossos clientes uma velocidade de cruzeiro de 50% maior e com custos muito acessíveis, além de definir o futuro das aeronaves de alta produtividade de asa rotativa.”

A meta de velocidade do X3 foi alcançada no dia 12 de maio durante um voo estável e nivelado – com o modelo híbrido mantendo a velocidade real de 232 kts (430 km/h) durante vários minutos. Isso ocorreu durante a terceira missão depois de uma atualização programada que integrou as definitivas gearboxes do X3, permitindo que ele operasse a plena potência.

A bordo da aeronave da Eurocopter estavam o piloto de testes Hervé Jammayrac e engenheiro de voo de teste Daniel Semioli. “Ficamos impressionados com a facilidade com que este objetivo de velocidade foi atingido”, explicou Jammayrac. “O X3 lida extremamente bem, demonstrando notável estabilidade em alta velocidade – mesmo com o piloto automático desligado. Estamos muito orgulhosos desta conquista, que resulta da dedicação de todos aqueles que trabalharam no projeto. ”

“As equipes da Eurocopter, uma vez mais demonstraram a sua capacidade de aplicar a inovação como um pilar da estratégia junto a

A Eurocopter começou os voos de testes com o X3 em do ano passado em um programa que combina as excelente capacidades de decolagem e pouso verticais com as velocidades de cruzeiro do tipo de aeronaves de mais de 220 kts. Após o X3 ter alcançado o verdadeiro objetivo inicial de velocidade de 180 kts (333 km/h) em novembro, numa potência reduzida do motor, o X3 passou pela atualização planejada na sua gearbox numa inspeção de segurança. Desde o retorno ao voo na semana passada, o X3 rapidamente demonstrou a sua performance com a potência completa do motor, incluindo subidas e descidas impressionantes, bem como uma excelente manobrabilidade, além de confirmar excepcionais capacidades do sistema de propulsão híbrida para aceleração e desaceleração. Junho 2011

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No programa de testes até a data, as características do X3 para a aeronavegabilidade e estabilidade base foram validados ao longo dos testes de envelope de voo da aeronave, sem a necessidade de um sistema de aumento de estabilidade, o que foi confirmado em teste realizado com o piloto automático desligado e engajado. Além disso, o avião híbrido tem baixos níveis de vibração sem a utilização de sistemas passivos ou ativos de anti-vibração, oferecendo características de vôo comparáveis aos melhores helicópteros com

design tradicional actualmente em serviço. A empresa vislumbra uma ampla gama de utilizações para este conceito, incluindo missões de busca e salvamento (SAR) de longa distância, tarefas para guarda costeira, missões de patrulhamento de fronteiras, transporte de passageiros, operações offshore e serviços de transporte intercidades. Também poderia ser bem adaptada para missões militares em operações de forças especiais, transporte de tropas, SAR de combate, e evacuação médica –

beneficiando a combinação de aeronaves híbridas de maiores velocidades de cruzeiro com decolagem vertical e excelente desempenho de operações de embarque/desembarque. Os voos de testes do X3 estão sendo realizados a partir do Centro de Testes de Voo da DGA, em Istres, França. O programa de ensaios em voo continuará ao longo de 2011 para explorar o envelope do helicóptero híbrido em pleno voo e avaliar todas as possibilidades oferecidas por esta nova tecnologia.

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Embraer internacionaliza produção para crescer na aviação executiva

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Embraer tem avançado a passos largos no mercado global de aviação executiva. A fabricante brasileira já é a terceira maior do mundo nesse segmento, dominado há décadas por empresas europeias e da América do Norte. Em 2010, um a cada cinco aviões vendidos no mundo foi fabricado pela empresa brasileira e o jato Phenom 100 passou a ser o aparelho mais vendido do mundo. Para conquistar uma fatia ainda maior do mercado e se transformar em líder até 2015, a empresa já transfere para os Estados Unidos e

China parte de sua produção, para estar mais próxima do mercado consumidor, e internacionaliza sua cúpula, até hoje dominada por executivos nacionais. Além disso, US$ 100 milhões ainda estão sendo investidos para montar centros de atendimento para os donos desses jatos em todo o mundo.

substituindo Affonso.

a

Luis

Carlos

Há quinze dias, o americano Ernest Edwards, que era responsável pela área de vendas da empresa na América do Norte e Caribe, assumiu a vice-presidência para o Mercado de Aviação Executiva,

Mas a companhia destaca que ganhou uma nova parcela do mercado nos últimos anos. Em 2005, quando vendeu seu primeiro avião executivo de pequeno porte – o Phenom -, a Embraer tinha apenas 2,5% do mercado mundial Junho 2011 16

Com sete jatos executivos em seu portfólio, a Embraer não disfarça a dificuldade do período de crise. Na empresa, todos admitem que a crise não acabou e que uma recuperação de vendas ocorrerá apenas a partir de 2012.


no setor. Cinco anos depois, já são 200 Phenoms em operações, além de 99 Legacys. Participação maior. No total, 19% de todas as vendas de aviões executivos no mundo em 2010 foram abocanhados pela Embraer. O Phenom 100 ainda foi o jato mais vendido do mundo no ano, com cem unidades, cada uma no valor de tabela de US$ 3,9 milhões. O bom desempenho do modelo permitiu que um total de 146 jatos da empresa fossem entregues em 2010. No ano, apenas a Bombardier (com 24% do mercado) e a Cesna (com 21%) mantiveram vendas superiores às da empresa brasileira.

Para este ano, a Embraer projeta a entrega de um número menor – 118 aviões. Mas a companhia aposta em sua estratégia de internacionalização como forma de estar mais próxima ao cliente. “O plano é de trazer a Embraer aos mercados consumidores”, explicou Edwards, sobre sua estratégia. Para isso, a divisão de jatos executivos estará baseada na Flórida, Estado que concedeu subsídios à empresa brasileira para instalar uma fábrica nos Estados Unidos, inaugurada este ano. Outros quatro Estados norte-americanos foram consultados sobre as facilidades que dariam à empresa. A planta na cidade de Melbourne, na Flórida, deve montar seu primeiro Phenom até o final do

ano. Com 200 empregados, ela contou com investimentos de US$ 50 milhões. “O nosso centro de gravidade vai para Melbourne”, disse Edwards. A aposta é de que, ao trazer a Embraer para mais perto do maior mercado consumidor do mundo, a empresa possa ter facilidades em mostrar seus jatos aos potenciais compradores, sem ter de trazê-los ao Brasil. A empresa garante que os aviões continuarão a ser fabricados no Brasil em sua grande maioria, e que a Flórida seria apenas um local de montagem. Os componentes também continuariam a ser enviados das instalações brasileiras.

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F-X2: Jobim diz que escolha de caças para a FAB será ‘seguramente’ em 2012

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ministro da Defesa, Nelson Jobim, afirmou (17/05/11) que a escolha dos caças que vão ser comprados para a Força Aérea Brasileira (FAB) vai ser decidida “seguramente” em 2012. “Nós temos que aguardar. A matéria está sob a análise da Presidência da República”, afirmou o ministro durante o 23º Fórum Nacional, realizado na sede do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), no Rio.

O governo brasileiro analisa projetos de França, Suécia e Estados Unidos para compra dos aviões. Em 2009, os presidentes da França, Nicolas Sarkozy, e Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, emitiram comunicado conjunto em que anunciam a intenção da parte do governo brasileiro de entrar em negociação para aquisição de 36 caças GIE Rafale. Depois disso, o governo informou que ainda analisaria outros projetos.

Gripen da sueca Saab e o F/A18 Super Hornet da norte-americana Boeing. O ex-presidente Lula deixou a decisão sobre compra de caças para a sucessora, Dilma Roussef. Devido ao anúncio do corte no orçamento, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou em fevereiro deste ano que o governo brasileiro não tem “recursos disponíveis” para comprar caças em 2011.

O avião Rafale, da empresa francesa Dassault, compete com o

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Bombardier poderá desenvolver versão de 90 lugares para o turbo-hélice Q400

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Bombardier deu indicações de que poderá na segunda metade desta década desenvolver uma versão extendida do seu turbo-hélice com capacidade para 70 passageiros Q400, versão essa que se posicionaria na faixa de mercado dos 90 passageiros, informou a ATI. A possibilidade de investir no desenvolvimento de uma versão com maior capacidade do Q400 foi confirmada durante uma entrevista que antecede o Paris Air Show deste ano de 2011 concedida a jornalistas na Suíça pelo presidente da Bombardier Commercial Aircraft, Gary Scott, e indica que as fabricantes parecem acreditar

que um turbo-hélice maior que os atualmente oferecidos seja um caminho correto a ser seguido. A fabricante européia ATR, principal concorrente da canadense Bombardier no mercado de aviões comerciais turbo-hélice, divulgou no início deste ano visualizar para as próximas duas décadas uma demanda por turbo-hélices na faixa de 90 passageiros que chegaria a 30% dos três mil aviões do tipo que deverão ser fabricados nesse período. Recentemente a italiana Alenia Aeronautica, que é junto com a EADS uma das sócias proprietárias da ATR, chegou a dizer até mesmo que caso sua parceira não queira

que a ATR desenvolva um novo tubo-hélice para 90 passageiros ela o fará por conta própria, utilizando sua subsidiária Finmeccanica que ficaria responsável por produzir o novo avião. Ao se considerar os comentários e posicionamentos das fabricantes de aviões comerciais turbo-hélice tudo parece indicar que futuramente elas entrarão no mercado onde atualmente a maior presença é dos jatos regionais, e assim como já acontece com os aviões para 50 e 70 passageiros passarão a disputar entre si com eles a preferência das companhias aéreas.

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Transporte aéreo continua crescendo num ritmo alucinante no Brasil

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e janeiro a abril, a demanda de passageiros por viagens de avião teve expansão de 20% nas rotas domésticas e de 21,3% nos destinos internacionais. Já a infraestrutura... Embora a economia brasileira esteja em processo de desaceleração, o setor de transporte aéreo continua avançando num ritmo alucinante. O efeito lógico – e que pode ser constatado na prática – é a falta de infraestrutura nos aeroportos, já que os investimentos não

acompanham a evolução desse mercado. Um balanço da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) divulgado nesta quinta-feira (19) mostra que a demanda de passageiros nas rotas domésticas cresceu 31,45% em abril, na comparação com o mesmo período do ano passado. Em relação à oferta de assentos, o aumento foi de 15,44%. Com isso, a taxa de ocupação chegou a 73,37%, contra 64,43% em abril de 2010.

No acumulado do ano, as companhias aéreas brasileiras registram crescimento de 20,22% na procura por voos no mercado nacional em relação ao mesmo período do ano anterior. A oferta de assentos foi 14,75% maior e a taxa de ocupação passou de 69,43% para 72,74%. Nas rotas internacionais realizadas pelas empresas brasileiras, a expansão da demanda em abril foi de 34,88% em relação ao mesmo mês do ano anterior. No mesmo período, a oferta de assentos aumentou 18,59% e a taxa de

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ocupação atingiu a marca de 81,13%. No acumulado do ano, o crescimento da procura por voos foi de 21,28% na comparação com 2010, enquanto a oferta teve expansão de 15,17%. A taxa de ocupação passou de 73,99% para 77,92% A ANAC esclarece que "a oferta é representada pelo assentoquilômetro oferecido, o qual representa a quantidade de

quilômetros percorridos por cada assento oferecido. Já a demanda é representada pelo passageiroquilômetro transportado, o qual representa a quantidade de quilômetros voados por cada passageiro".

destinos internacionais, a alta foi de 20,38%.

2010 foi excepcional

O índice de assentos ocupados das companhias aéreas brasileiras no segmento internacional atingiu 76,38%, um avanço expressivo em relação a 2009, que foi de 69,16%.

O crescimento registrado neste ano é expressivo, pois ocorre em cima de uma base elevada. Em 2010, a demanda nas rotas domésticas teve expansão de 23,47%, enquanto nos

Do lado da oferta de assentos, houve avanço de 17,99% nas rotas domésticas e de 9% nas internacionais.

Veja a evolução do setor aéreo em abril de 2011 e no acumulado do ano

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nEUROn recebe mecanismo do compartimento de armas da Alenia

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Alenia Aeronautica recentemente entregou o Mecanismo e Portas do Compartimento de Armas do nEUROn (o demonstrador de tecnologia da nova geração de Veículo Aéreo Não-Tripulado de Combate – UCAV) para a Dassault Aviation. Esse complexo sistema foi projetado, construído e integrado totalmente pela Alenia Aeronautica para incluir as portas que vão receber as armas e o respectivo sistema de controle a ativação.

O sistema entregue para a Dassault Aviation preenche as exigências específicas e extremamente definidas pelo programa para garantir a baixa visibilidade radar da aeronave. Esse critério exigido no novo projeto será adotado e o uso das tecnologias de fabricação serão completamente inovadores na Europa. Nesse quesito, a Alenia Aeronautica patenteou o projeto para utilização da “vedação” ao redor do perímetro das portas do compartimento de armas.

O programa nEUROn, lançado pelo Ministério de Defesa da França e apoiado pela Itália, Suécia, Espanha, Grécia e Suíça, representa um enorme esforço que está sendo feito para desenvolver novas tecnologias e criar as bases para futuros programas de aeronaves não tripuladas de uso militar. O objetivo é fabricar um demonstrador de tecnologia em escala de 100% de um UCAV que poderá voar na Europa em 2012.

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Saab vai finalizar trabalhos de design do Sea Gripen no Reino Unido

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Saab está recrutando uma pequena equipe de engenheiros para compor um centro de desenvolvimento com a finalidade de prosseguir os estudos da vesão naval do caça Gripen. Denominado de programa Sea Gripen, a iniciativa faz parte de um esforço que poderá levar à construção de uma aeronave demonstradora de tecnologia da aeronave. A empresa anunciou a novidade após uma reunião mantida na terça-feira, dia 24, com emoregados do Ministério da Defesa do Reino Unido em Londres, local onde deverá ficar sediada a equipe de projeto contratada. A iniciativa, cujos movimentos vêm sendo encabeçados pelo presidente-executivo da Saab, Hakan Buskhe, revela a estratégia da Saab para expandir significativamente a presença da empresa no Reino Unido em busca de oportunidades para desenvolver novos negócios. “O MoD está esperando por competição”, disse Buskhe. Uma fonte da Saab informou que o novo centro de projetos será ativado nos próximos meses, após

a contratação de aproximadamente 10 funcionários especializados. A organização deverá capitalizar a capacidade britânica no campo da engenharia voltada para a atividade de desenvolver jatos de emprego naval. “O primeiro projeto a ser desenvolvido pelo grupo será o Sea Gripen, uma versão naval multi-missão do Gripen NG, cuja característica principal sera a capacidade de operar a bordo de porta-aviões. Esses estudos vão ocorrer após as etapas já completadas pela Saab em seu país de origem”, explicou a mesma fonte. A fase de concepção do Sea Gripen deverá durar entre 12 e 18 meses, após a qual a Saab poderá optar pela construção de um protótipo demonstrador de conceito, este construído provavelmente na fabrica da divisão aeronáutica do grupo em Linköping, Suécia. A companhia espera estabelecer parcerias com empresas do Reino Unido para dar mais impulso ao projeto, a exemplo do que já esta acontecendo com o Gripen NG, cujo índice de participação da industria britânica alcança 28% do total da aeronave.

A Saab esta apresentando o Programa Sea Gripen destacando suas potencialidades para substituir modelos atualmente em operação em algumas partes do mundo. Brasil e Índia aparecem como mercados promissores para o novo avião de combate. O conceito do Sea Gripen foi colocado em discussão há cinco anos, e as fontes pesquisadas avaliaram que a aeronave seria adequada para operar em navios-aeródromos de tonelagem relativamente baixas, em torno de 25 mil toneladas. Concluída a fase de desenvolvimento do Sea Gripen, a previsão da Saab é para que as primeiras entregas aconteçam a partir de 2018. A Saab possui cerca de 200 empregados no Reino Unido, mas de acordo com Buskhe, “não existem razões pelas quais nós nào poderemos crescer 10 vezes o nosso tamanho no Reino Unido. Nós acreditamos que o Reino Unido é um bom local para fazermos uma expansão. Nós acreditamos ter um buraco a preencher, e isso nos molstra que é possível desenvolver produtos de boa qualidade que são acessíveis. Junho 2011 24


Bombardeiros B-52H atingem importante marca na aviação

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cinquenta anos atrás, a U.S. Air Force colocava em operação na sua frota um devastador e multimissão bombardeiro de longo alcance, o B-52H Stratofortress. O dia 9 de maio foi marcado pelo aniversário de 50 anos de serviço operacional do modelo B-52H, uma importante marca para Boeing e para história da aviação. Desde que subiu ao céu durante as tensões com a União Soviética durante a Guerra Fria até manter a presença nos recentes conflitos, o B-52 continua sendo um importante elemento da frota de bombardeiros do Comando de Ataque Global da USAF. “Se olharmos para trás quando o primeiro modelo A do B-52 foi feito em 1952, as capacidades desse aeronave cresceram muito,”

disse o Major Chris Otis, diretor assistente de operações do 20th Bomb Squadron. “Por ter sido um membro da tripulação do B-52, eu posso de forma instantânea falar sobre o que essa aeronave é capaz de realizar.”

símbolo do poder militar dos EUA pelos últimos 56 anos, e é reconhecido não apenas aqui na América, mas pelos nossos amigos e inimigos pelo mundo. E acreditase que o modelo H continuará o legado por mais décadas futuras.”

O B-52H entrou em operação no dia 9 de maio de 1961. Nós últimos 50 anos, o bombardeiro serviu como força de disuasão nuclear, entrando em combate nos céus em inúmeros conflitos.

Intensivas modernizações estruturais e de sistemas devem ampliar a vida operacional da aeronave, a qual deverá seguir em serviço na USAF além de 2030.

De acordo com o site da Boeing.com, nenhum outro bombardeiro da história militar dos EUA permenceu tanto tempo em operação como o B-52. “O B-52 é sem dúvida a mairo aeronave militar de todos tempos,” disse o Coronel da reserva Ronald Thurlow. “Ele tem servido como

“Meio século atrás ninguém imaginava que essa aeronave poderia estar voando hoje,” disse o Major Otis. “Este é um verdadeiro testemunho dessa fuselagem.” A tarefa do Stratofortess com bombardeiro pesado continua e será uma viável parte da frota de bombardeiros dos EUA durante este século.

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Estou aqui para comentar um assunto muito importante para nós e todas as pessoas que estão ao nosso redor, o assunto é SEGURANÇA DE VÔO! Como muitos dizem, segurança de vôo não é um verbo que se conjugue. Pratique-se. Estatisticamente o avião é o meio de transporte mais seguro do mundo. O que origina-se muito acidentes aéreos fatais, é a imprudência. Sendo um acidente, uma sequencia de incidentes. Veja a baixo uma de muitas imprudência que ocorreu, no mundo da aviação. O ano, 1966. O equipamento, B-25(Bombardeiro leve da Segunda Guerra Mundial). Missão de instrução de navegação à baixa altura. Região, interior de São Paulo. O Comandante da aeronave, que fazia a navegação no posto de segundo piloto, querendo mostrar maior habilidade que o companheiro ao lado, tomou o comando, já em vôo à baixa altura, baixou ainda mais do que devia. Resultado. Mergulho na represa - uma vida perdida - a dele. Muitos pilotos levam em consideração, um grande medo. A pane. A mesma não deve servir como motivo de insegurança. Muito pelo contrario. Isso quem deixa claro é Chesley Burnett Sulleberger, conhecido como Sully, que realizou pouso forçado no rio Hudson. Salvando mais de 150 vidas. Homem líder no quesito segurança de vôo. Tal qual temos que seguir seus ensinamentos. Voar lá nas alturas, ou voar rente a pista, no dorso ( vôo de cabeça para baixo ), cortando um cordão de isolamento com o spinner da hélice, a mais de 350 km/h, exige apenas uma coisa. Segurança de vôo. Tal qual a mesma, é uma junção de “X” personalidades do aviador, que ira fazer aquele vôo seguro, ou inseguro. Sabe-se que em uma cabine de comando, operada por dois pilotos: um é o Comandante, o outro o Co-piloto, com deveres algumas vezes diferentes onde só o Comandante é o responsável. Na aviação em geral, existe toda uma preparação didática para que os promovidos comandantes entendam perfeitamente o que isto quer dizer. Levando-se em conta o perfil e atitudes anteriores, durante observações e relatórios próprios da Direção de cada organização, sobre cada um. É pois, o Comandante, preparado para administrar a segurança do vôo, a integridade do equipamento e o bem estar de todos os passageiros. Seja o vôo civil e/ou militar. Para que isso aconteça é necessário uma perfeita integração com seu companheiro ao lado; de conhecimentos técnicos, de troca de experiências, de diálogo franco/cordato e de respeito mútuo. Vale bem lembrar a todos que co-piloto, não é marionete, ou fantoche, e sim, um homem de respeito que esta aliado com o comandante, trabalhando dia pós dia para tomar o acento da esquerda com lealdade. Sempre Brincamos em aeroclubes que co piloto, vem de COP: Carregador Oficial de Papel. Só que muitos queriam estar no lugar desses COP. Não é mesmo? Portanto, mais respeito para com os co-pilotos. Em um vôo que se reine a segurança de vôo é primordial começar pelo planejamento de vôo. O PLANEJAMENTO DE VÔO: como só pode acontecer deverá ser elaborado de comum acordo com seu companheiro de cabine. Todas as informações da rota a ser percorrida devem ser anotadas e comentadas; discutidas e se possível não modificar as ações decorridas desse diálogo. Salvo, informação posterior e/ou durante o vôo, emitida por órgão superior de Controle de Tráfego Aéreo que as altere. O bom desenvolvimento da missão, se traduz por esse diálogo. Preparando alternativas para possíveis enganos e para saídas de possíveis emergências. Segue a baixo, uma receita para um vôo seguro, dados do DIPAA. Siga os ingredientes e aproveite seu vôo com responsabilidade, cautela, e muita responsabilidade. Seja ele o tipo que for. Agricola, acrobático e Cia ltda. Receita para um vôo seguro INGREDIENTES: Junho 2011

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· 01 PILOTO com Certificados de Habilitação Técnica e Capacidade Física válidos, descansado e em boas condições psicológicas. · 01 AERONAVE com Certificado de Aeronavegabilidade, Inspeção Anual de Manutenção, Seguro, Licença de Estação e Lista de Equipamentos Mínimos, válidos e atualizados, e sem itens pendentes de manutenção. · INFORMAÇÕES ATUALIZADAS, na maior quantidade possível, referentes à meteorologia (Cartas PROG, METAR, TAF, SPECI, etc.) e aos aeródromos (NOTAM). · BAGAGEM DE CONHECIMENTOS, também sem limite máximo, sobre Regras de Tráfego Aéreo, Regulamentos Brasileiros de Homologação Aeronáutica e Manuais de Operações da Aeronave a ser voada. MODO DE PREPARO: · Junte cuidadosamente o piloto e toda a sua bagagem de conhecimentos, a todas as informações disponíveis antes do vôo, para ciência das condições meteorológicas da rota, destino e alternativas. · Ao obter um piloto bem informado, adicione-o à aeronave a ser usada, cuidando para que ela seja de acordo com a capacitação e habilitação do piloto e, ambos, também o sejam para o tipo de vôo a ser realizado. · Mexa com atenção, para que as inspeções externas sejam feitas com cuidado, os "checklists" sempre lidos e cumpridos rigorosamente, as Regras de Tráfego Aéreo, os Regulamentos Aeronáuticos e o Manual de Operações da aeronave sejam seguidos à risca. · Adicione sempre ao conjunto a mentalidade de segurança, orientando o piloto para que tenha sempre o máximo critério em seus julgamentos e decisões. LEMBRAR SEMPRE AO PILOTO: Na dúvida, arremeta! Não force a barra! Alternativa é para ser usada! Saúde, segurança e pista nunca se têm em demasia! SEGUINDO-SE ESTA RECEITA, SEM SACUDIR OU BATER, TEREMOS SEMPRE UM VÔO SEGURO! SEM SUPRESAS! É SÓ SERVIR À VONTADE, A QUALQUER TEMPERATURA, PARA QUALQUER DESTINO E A QUALQUER TEMPO. FAZ BEM, NÃO ENGORDA E INFELIZMENTE... NÃO VICIA!!!

Um ótimo vôo a todos.

Escrito por: Tiago Balduino Ricci

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F-X2: Dassault também mostra interesse na região do ABC

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empresa francesa Dassault, outra interessada em participar da licitação FX-2 do governo federal na compra de 36 caças supersônicos para renovar a frota da Força Aérea Brasileira (FAB), apresentou (25/05/2011) para servidores municipais e universidades locais o projeto “Cidade Digital”. Projeto desenvolvido para criação de aplicativos tecnológicos nos serviços públicos, educação infantil e também no planejamento urbano. A implantação do programa na cidade só ocorrerá se os franceses vencerem a disputa que tem como objetivo reequipar o setor de defesa aeronáutico nacional. O anúncio ocorreu durante o seminário “As Oportunidades do Consórcio Rafale para São Bernardo, região do ABC e Brasil”, realizado na Pinacoteca municipal e contou com a presença do prefeito Luiz Marinho (PT) De acordo com o representante do consórcio francês no Brasil, Jean-

Marc Merialdo, o projeto proposto visa desenvolver tecnologicamente São Bernardo em diversos setores. “É uma forma de poder encontrar soluções tanto para o planejamento urbano municipal como também para o trânsito local e regional. Acredito que esse programa pode vir a ser aplicado na área de educação e de habitação”, disse. Já o secretário de Relações Internacionais de São Bernardo, Evandro de Lima (PT do B), ponderou que o “Cidade Digital” certamente pode contribuir para evitar o crescimento desordenado que ocorre muitas vezes nas cidades. “Será uma forma de digitalizar toda a planta da cidade. Caso ele venha a ser implantado em São Bernardo acredito que nossa cidade poderá ser ainda melhor planejada. De fato é um jeito de prevenir os problemas que possam acontecer no futuro. O grupo francês segue a parceria com São Bernardo e nos próximos meses devem ocorrer novas reuniões com integrantes da

secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo. A Dassault planeja para o próximo semestre realizar outros seminários pelo País. Porto Alegre e Rio de Janeiro estão entre as mais cotadas para receber o evento. Comenta-se nos bastidores que São Paulo também pode vir a receber o seminário ao longo do segundo semestre Briga por espaço Tradicional polo industrial nos anos 70 e palco de boa parte das conquistas trabalhistas brasileiras, a região do ABC não foi escolhida pela sueca Saab e pela francesa por acaso. A boa estrutura para desenvolvimento industrial e a localização privilegiada, entre portos e com fácil acesso às principais rodovias do País influíram para que as gigantes da aviação mundial olhassem para a região.

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De acordo com José Alvares Campos, professor de Engenharia Aeronáutica do ITA, a escolha do ABC não poderia ser melhor. “O Brasil precisa de muito tempo e tecnologia para competir com as grandes nações mundiais no quesito construção aeronáutica. Mas, dentro desse cenário, se há uma região com pessoal capacitado, infraestrutura e possibilidade no País, é o ABC”, ressaltou o professor.

A empresa sueca Saab inaugurou ontem, no bairro de Nova Petrópolis, em São Bernardo, o Centro de Pesquisa e Inovação Sueco-Brasileiro (Cisb), fruto de acordo de cooperação bilateral entre o Município de São Bernardo e a cidade sueca Linköping. O projeto envolve investimento de US$ 50 milhões em cinco anos por parte do Grupo Saab, fabricante do

avião-caça Gripen e detentor da montadora de caminhões Scania. De acordo com o prefeito da cidade, Luiz Marinho (PT) a chegada de novos players da indústria aeronáutica é um grande marco para a cidade. “Quem ganha com esse tipo de iniciativa é o cidadão e a economia de São Bernardo”, afirmou o chefe do executivo.

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