CLB - Euclides da Cunha

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29 Flavio de Carvalho, “O complexo de onipotência” in Experiência nº 2: realizada sobre uma procissão de Corpus Christi; uma possível teoria e uma experiência, [1931], 2001, p. 134. Acerca da presença forte da poética das ruínas na cultura estética e literária francesa do Renascimento ao Romantismo (com inegáveis repercussões no Brasil do séc. XIX), apóio-me em Roland Mortier, La poétique des ruines en France, 1974. No caso de Euclides, a marca de certa eloqüência catastrófica hugoana parece inegável; em Pompéia, são antes as variações leopardianas que se multiplicam, entremeadas, algumas vezes, pela morbidez tenebrosa de Poe (cf. notas 23 e 24). 30 Robert Nye (ed.), A selection of the poems of Laura Riding, 1996, p. 92. Este poema deve integrar a primeira edição/tradução de poemas de Laura Riding fora dos EUA/Inglaterra, a ser publicada em breve no Brasil pela editora Iluminuras (Mindscapes). 31 Pompéia, Canções…, op. cit., p. 156. Cf. G. Leopardi, Canti, op. cit., XXXV. 32 Id., ibid., pp. 156-58. Há pequenas variações na transcrição feita em Lêdo Ivo, op. cit., pp. 246-50. Este autor anota o seguinte acerca dessa belíssima “canção” esparsa de Pompéia: “Note-se que quase todo este poema em prosa é vazado em decassílabos, numa singular fusão de verso e ritmo.” (op. cit., p. 246). 33 Raul Pompéia, “Paisagem (Fragmentos)” [1895], Crônicas 3, 1983, p. 369. Cf. também Lêdo Ivo, op. cit., pp. 235-42. Sobre este inconcluso romance-poema, ver ainda referências em Camil Capaz, op. cit. Já Araripe Jr. testemunhou um episódio em que Pompéia contou-lhe ter ficado de ponta-cabeça à beira do abismo do Corcovado para vislumbrar a impressão deixada pela paisagem invertida; no mesmo diálogo, o escritor ressaltou ao crítico sua concepção da obra de arte como metamorfose contínua da realidade por meio da imaginação. Cf. Araripe Jr., “Raul Pompéia como esteta” [1897] in op. cit., III, 1963, pp. 257-64. 34 Araripe Jr., in: op. cit., IV, p.299. 35 Vide os ensaios de minha autoria, “Brutalidade antiga: sobre história e ruína em Euclides”, 1996; “Tróia de taipa: Canudos e os irracionais”, 1998; “A vingança da Hiléia: os sertões amazônicos de Euclides”, 2001. 36 Euclides da Cunha, Obra completa, I, 1966, p. 656. Cf. “Brutalidade antiga…”,. op. cit. Graças ao apoio de José Carlos Barreto de Santana e de Consuelo Pondé, consegui localizar, recentemente, no Rio de Janeiro, o álbum original de Francisca Praguer, com sua nora, dona Celina Fróes, a quem devo agradecer pelo gentil acolhimento a nosso projeto. A reprodução fotográfica desse notável documento contou com o trabalho de Sergio Burgi, coordenador da Reserva Técnica Fotográfica do Instituto Moreira Salles do Rio de Janeiro (ver página 160). 37 Bernard Delvaille, Mille et cent ans de poésie française, 1991, p. 962. Num interessante processo de correspondência poética, reencontrei este soneto traduzido pelo filho de Francisca Praguer, o médico, poeta e tradutor Heitor Praguer Fróes, em Meus poemas… dos outros: traduções e versões, 1952, juntamente com uma réplica de Charles Nodier e uma paródia de Maurice Donnay, todas as três traduções ao lado dos textos em francês. O título completo do poema de Arvers era “Sonnet imité de l’italien”. Cf. op. cit., pp. 38-43. 38 Euclides da Cunha, op. cit., pp. 652-53. Ver considerações em “Brutalidade antiga…”, op. cit. 39 E. da Cunha, op. cit., p. 650. Cf. também “Brutalidade antiga…”, op. cit. O tema, parece ter atraído a tal ponto a imaginação de Euclides, que reapareceria na figura desses “astros volúveis, que pelejam por momentos e morrem indecifráveis”, no ensaio com que encerrará À margem da história, em 1909: “Estrelas indecifráveis”. Cf. E. da Cunha, op. cit., pp. 377-84. A propósito, ver ensaio de minha autoria, “Estrelas indecifráveis ou: um sonhador quer sempre mais”, 1994. 40 E. da Cunha, Id., ibid. 41 Cf. Primo Levi, “Le stelle nere”, in: Ad ora incerta, 1998, p. 39. 42 As imagens finais de Canudos encontram-se em E. da Cunha, Os sertões, 2002, edição organizada por Leopoldo Bernucci. Cf. parte “A luta”.

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