Revista Cooperação Técnica RIB

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O compromisso do Brasil com o Haiti é firme, amplo e de longo prazo. Ao auxiliar o Governo e o povo haitianos a encontrarem o caminho para o desenvolvimento autônomo e sustentável, o Brasil reforça sua opção pela política externa da nãoindiferença, que conjuga solidariedade e pleno respeito à soberania. Em 2004, o Governo brasileiro respondeu prontamente ao chamado das Nações Unidas para integrar os esforços da comunidade internacional para estabilizar o país. Em paralelo ao exercício do comando da Missão das Nações Unidas para Estabilização do Haiti (MINUSTAH), o Brasil engajouse em um abrangente programa de cooperação, em linha com a posição de que as dimensões de segurança, desenvolvimento e consolidação institucional devem ser abordadas de maneira integrada. A Agência Brasileira de Cooperação (ABC), juntamente com parceiros brasileiros, haitianos e de terceiros países, pôs em marcha um portfólio de iniciativas de cooperação técnica de médio e longo prazos, de perfil estruturante, com o objetivo principal de criar capacidade local, no Haiti, para responder aos desafios haitianos. Tais projetos contemplam as áreas de agricultura (incluindo segurança alimentar e nutricional), formação profissional, educação, justiça, esporte, saúde, meio ambiente, tecnologia da informação, trabalho, desenvolvimento urbano e bioenergia. Quando o terremoto de 12 de janeiro se abateu sobre o Haiti, o Brasil traduziu em ações concretas de ajuda humanitária as palavras do Presidente Lula: “o Haiti não está sozinho”. Criamos uma verdadeira “ponte aérea” entre o Brasil e o Haiti para o envio de alimentos, medicamentos, hospital de campanha e pessoal especializado em trabalhos de resgate. Em ajuda emergencial e para a reconstrução do país, o Brasil empenhou cerca de US$ 350 milhões, que reverterão em benefício do povo haitiano através, sobretudo, de obras de infraestrutura e ações nas áreas de saúde e segurança alimentar. A tragédia que vitimou centenas de milhares de haitianos também ceifou as vidas de dezoito militares brasileiros, da Doutora Zilda Arns, fundadora

da Pastoral da Criança, e de Luiz Carlos da Costa, Representante Especial Adjunto do Secretário Geral das Nações Unidas para o Haiti. O sacrifício daqueles que acreditavam em um Haiti melhor e a coragem e dignidade dos haitianos diante de uma das piores catástrofes humanitárias da história revigoram nossa determinação em trabalhar, com o Haiti e conforme suas prioridades, pela criação das condições que permitirão o reencontro do país com a estabilidade democrática e o crescimento com justiça social. Arquivo ABC

Criamos uma verdadeira “ponte aérea” entre o Brasil e o Haiti para o envio de alimentos, medicamentos, hospital de campanha e pessoal especializado em trabalhos de resgate.

Revista Cooperação Técnica RIB - www.iica.org.br l 61 l 14ª Edição


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