Arquivos Catarinenses de Medicina 2003

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VANTAGENS DA RITIDOPLASTIA CÉRVICO-FACIAL COM DESCOLAMENTO SUBCUTÂNEO AMPLO Wagenführ, Jorge Jr. - M.D 1

Médico Cirurgião Plástico

Rua Amâncio Moro, nº 65 - Alto da Glória Curitiba / Pr Cep: 80030-220 - Tel. (41) 252-0926 - Fax: (41) 353-6497 Clinica de Cirurgia Plástica Milton Daniel Rua Av. Visconde de Guarapuava, nº 4742 Batel Curitiba / Pr - Cep: 80240-010 Tel: (41) 244-5560 - E-mail: mdaniel@milenio.com.br DESCRITORES: Ritidoplastia, descolamento subcutâneo amplo

RESUMO

Considerando-se que, a maior parte da literatura sobre o tratamento de envelhecimento facial, referiase à técnica com SMAS (Sistema Músculo Aponeurótico Superficial), o autor realizou 31 cirurgias com a ritidoplastia cérvico-facial com descolamento subcutâneo amplo e a propõe como uma opção de recurso a ser utilizado. Essa técnica tem se revelado segura e simples e com menores riscos de lesões nervosas. Pode ser utilizada pelo cirurgião iniciante, pela facilidade de execução, e pelo cirurgião experiente como técnica alternativa. Houve redução do tempo cirúrgico e, em conseqüência, menos hematomas e edemas e um maior tempo para ocupar-se com vetores de tração, cicatrizes resultantes e demais estigmas da face operada. As complicações foram incomuns, os resultados satisfatórios e prolongados, tanto em pacientes jovens como em idosos. INTRODUÇÃO

A descrição do desenvolvimento das bordas faciais subcutâneas e das incisões periauriculares, objetivando a aparência mais jovem, teve início com Bettman1, em 1929, e permaneceu popular por décadas2. Hoje é usualmente aceita a necessidade de manipulação de SMAS. Recentemente, devido aos melhoramentos na

aparência do envelhecimento ou do pescoço gordo de uma face padrão levantada, tem sido algumas vezes desapontador, tanto para o paciente quanto para o cirurgião, o uso de técnicas mais profundas e extensivas que têm sido desenvolvidas (3, 4, 5, 6, 7). Com esses métodos mais agressivos, pelos quais o cirurgião eleva o SMAS (sistema músculo-aponeurótico superficial) incluindo platismal e sub-platismal, a dissecção é mais profunda na face e no pescoço e aumenta o risco de ferimento do nervo facial e de outras complicações, especialmente quando o cirurgião é inexperiente7. As causas mais freqüentes de complicações estão relacionadas com o ferimento do nervo facial (paralisia do nervo)8, sendo descritos também infecção, alopécia, equimose prolongada9, hematoma e necrose de pele 9, 10. Complicações secundárias foram relatadas10 como aspiração, hipertrofia de cicatriz, extrusão da sutura, sangramento incisional posterior, parotidite, erupção cutânea, otite média, alopécia, trauma e paralisia das cordas vocais. Dentre as incidências de paralisia do nervo facial descritas9, a maior porcentagem das ramificações envolvidas(4%) refere-se à ramificação mandibular (quadro 1). O presente estudo, relativo a 31 cirurgias, realizado em Curitiba-PR, teve o objetivo de verificar se a ritidoplastia cérvico-facial com descolamento subcutâneo amplo possui vantagens nos resultados finais em relação à técnica SMAS.

QUADRO 1 INCIDÊNCIA DA PARARALISIA DO NERVO FACIAL

FONTE: STARK (1977). Arquivos Catarinenses de Medicina - Volume 32 - Suplemento 01 - 2003

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